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O transtorno delirante é um transtorno
psiquiátrico onde os sintomas proeminentes
são os delírios. Foi chamado, anteriormente, de
“paranoia”, ou “transtorno paranóide”, porém os
delírios não são necessariamente sempre de
natureza persecutória, tornando tais termos
inadequados. Os delírios no transtorno
delirante podem ser de grandeza, eróticos, de
ciúmes, somáticos ou mistos, além de
persecutórios.
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A diferenciação com a esquizofrenia se
faz pela ausência de outros sintomas
vistos nesta última, como alucinações
proeminentes, embotamento afetivo,
transtornos do pensamento, catatonia,
além da natureza de seus delírios não ser
tão bizarra quanto nos esquizofrênicos.
Em geral, são coisas até plausíveis, ainda
que improváveis.
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Já a diferenciação com os transtornos do
humor se faz pelo fato de que os
pacientes com transtorno delirante não
apresentam toda a gama de sintomas
afetivos vistos nos transtornos do humor,
embora tenham um humor consistente
com o conteúdo de seus delírios.
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Os delírios podem ser de
vários tipos, classificados
em erotomaníacos (uma
outra pessoa, geralmente de
posição mais elevada,
estaria apaixonada pelo
indivíduo).
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Grandiosos (delírios de valor, poder,
conhecimento, identidade ou de relação
especial com uma pessoa famosa ou
divindade), ciumento (delírios de que o
parceiro sexual é infiel).
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Persecutório (o indivíduo ou alguém
próximo a ele está sendo, de algum modo,
maldosamente tratado), somático (algum
defeito físico ou condição médica geral
específica), ou misto (mais de um dos tipos
acima, sem predomínio de um deles).
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ESQUIZOFRENIA PARANOIDE
É o tipo mais comum, em que
predominam os delírios e
alucinações, principalmente o
ouvir vozes, sendo também
comum alterações do
comportamento, como agitação,
inquietação.
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ESQUIZOFRENIA CATATÔNICA
É caracterizada pela presença do catatonismo,
em que a pessoa não reage de forma correta ao
ambiente, havendo movimentos lentos ou
paralisia do corpo, em que se pode permanecer
na mesma posição por horas a dias, fala
lentificada ou não falar, repetição de palavras ou
frases que alguém acabou de dizer, como
também a repetição de movimentos bizarros,
realização de caretas ou olhar fixo.
É um tipo menos comum de
esquizofrenia, e de tratamento
mais difícil, havendo risco de
complicações como desnutrição
ou autoagressão, por exemplo.
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ESQUIZOFRENIA HERBEFRÊNICA
OU DESORGANIZADA
Predomina o pensamento
desorganizado, com falas sem sentido e
fora do contexto, além de ser comum a
presença de sintomas negativos, como
desinteresse, isolamento social e perda
da capacidade de realizar atividades do
dia-a-dia.
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ESQUIZOFRENIA RESIDUAL
É uma forma crônica da doença. Acontece
quando os critérios para esquizofrenia ocorreram
no passado, mas não estão ativos atualmente,
entretanto, ainda persistem sintomas negativos
como lentificação, isolamento social, falta de
iniciativa ou afeição, expressão facial diminuída
ou falta de autocuidado, por exemplo.
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ESQUIZOFRENIA INFANTIL
A esquizofrenia infantil é chamada de
esquizofrenia precoce, já que não é
comum surgir em crianças, ela se
apresenta com os mesmos sintomas e
mesmos tipos que a esquizofrenia no
adulto, entretanto, costuma ter um início
mais gradual, muitas vezes difícil de
delimitar quando surgiu.
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É mais comum haver alterações do
pensamento, com ideias desorganizadas,
delírios, alucinações e difícil contato social.
O tratamento é feito com o psiquiatra infantil,
com uso de medicamentos antipsicóticos, como
Haloperidol, Risperidona ou Olanzapina,
Quetiapina, Clozapina, por exemplo, que
ajudam a controlar principalmente os sintomas
positivos, como alucinações, delírios ou
alterações do comportamento.
A causa exata do que provoca a esquizofrenia
ainda é desconhecida, no entanto, sabe-se que
o seu desenvolvimento é influenciado tanto pela
genética, já que há maior risco dentro de uma
mesma família, como por fatores ambientais,
que podem incluir uso de drogas como a
maconha, infecções virais, pais com idade
avançada no momento da gravidez, desnutrição
durante a gravidez, complicações no parto,
experiências psicológicas negativas ou sofrer
abuso físico ou sexual.
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Além disso, é necessária a realização
de psicoterapia e terapia ocupacional,
como forma de contribuir para uma
melhor reabilitação e reintegração do
paciente ao convívio social. A
orientação à família e o
acompanhamento por equipes de
apoio social e comunitárias também
são medidas importantes para
melhorar a eficácia do tratamento.
Obrigado! Até a próxima postagem!
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Laplanche define NEUROSE como
uma afecção, em que os sintomas
são a expressão simbólica de um
conflito psíquico, que tem as suas
raízes na história infantil do
indivíduo e constitui compromissos
entre o desejo e a defesa.
Os sintomas neuróticos são
perturbações dos comportamentos
sentimentos ou ideias que
manifestam uma defesa contra a
angústia e constituem relativamente
a este conflito interno um
compromisso no qual o indivíduo
tira benefícios.
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A PSICOSE seria uma
perturbação primária da
relação libidinal com a
realidade, onde a maioria dos
sintomas manifestos seriam
tentativas secundárias de
restauração do laço objetal.
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Na NEUROSE o ego, obedecendo
as exigências da realidade e do
superego, recalca as reivindicações
pulsionais. Já na PSICOSE começa
por se produzir entre o ego e a
realidade uma ruptura que deixa o
ego sob o domínio do id.
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Num segundo momento,
o do delírio, o ego
reconstituiria uma nova
realidade de acordo com
os desejos do id.
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PORTAL E@D
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Estudos recentes mostram que os parentes
de primeiro grau de esquizofrênicos têm um
risco dez vezes maior do que pessoas da
população geral de serem diagnosticados de
esquizofrenia. Esse risco, entretanto, não é
uma medida direta do componente genético
da esquizofrenia, já que os genes são um
enlace dos diversos fatores transmitidos e que
se traduzem em agregação familiar do caráter.
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Também têm sido realizados estudos em
gêmeos. Embora os resultados não mostrem
consenso entre as diferentes pesquisas, todas
elas sugerem uma substancial contribuição da
genética na causa da esquizofrenia. A
concordância observada em gêmeos
monozigóticos, comparadas com as de
gêmeos dizigóticos esquizofrênicos (bem
menor) indica uma etiologia genética
complexa.
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Os gêmeos monozigóticos originam-se de
um único ovo, portanto, apresentam genoma
idêntico, enquanto os dizigóticos originam-se
a partir de diferentes ovos, portanto, do
ponto de vista genético, seriam como irmãos
normais não gêmeos e, como tal,
apresentam, em média, apenas 50% do
genoma em comum.
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Os estudos de adoção de gêmeos também
buscam avaliar a participação dos componentes
genéticos e ambientais na causa da
esquizofrenia. Esses estudos englobam
indivíduos geneticamente relacionados por serem
gêmeos, porém, expostos a um meio ambiente
diferente por terem sido adotados por famílias
diferentes. De modo complementar, há estudos
de indivíduos geneticamente não relacionados,
expostos ao ambiente semelhante.