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FACULDADE EVANGÉLICA DO
MEIO NORTE- FAEME
Prof. Esp.: Magno Fernando
DIALOGANDO COM OS TEÓRICOS
“O que observamos na atualidade continuam
sendo esporádicos exemplos de sucesso
educacional e um enorme contingente de surdos
sem acesso a leitura, a escrita, a oralização, e
não raro, até mesmo a Língua de Sinais. Este
fato ocasiona grandes barreiras que dificultam
sua inserção da dimensão do trabalho, a
concretização de sua cidadania, o
desenvolvimento de suas potencialidades e sua
efetiva realização como indivíduo”
SÁ, 1999, p. 25
 “língua (oral) e intelecto estão tão unidos em nossa
representação de pessoas” que, desse modo, a
“surdez parece um defeito do intelecto.” Lane (1992)
 O fascínio pela palavra levou as pessoas a perderem
muito da capacidade de ler os sinais corporais.
Linguagem corporal, Allan e Barbara Pease (2005, pág
32).
 Quando aprendemos a prestar atenção em nossa
linguagem corporal e interpretar corretamente a dos
outros, passamos a ter maior controle sobre as
situações, pois podemos identificar sinais de abertura,
de tédio, de atração ou de rivalidade e agir de forma
adequada aos nossos objetivos. Allan e Barbara
Pease (2005 )
Albert Mehrabian, pioneiro da
pesquisa de linguagem corporal na
década de 1950, apurou que em toda
comunicação interpessoal cerca de
7% da mensagem é verbal ( somente
palavras), 38% é vocal ( incluindo
tom de voz, reflexão e outros sons) e
55% é não verbal.
HISTÓRIA DOS SURDOS
Até a IDADE MÉDIA
 HEBREUS - Levítico 19:14 – “Não amaldiçoarás ao surdo, nem
porás tropeço diante do cego; mas terás temor do teu Deus...”;
 EGITO – adorados como deuses, serviam de mediadores entre
deuses e os Faraós...temidos e respeitados pela população;
 ANTIGUIDADE CHINESA – lançados no mar;
 GAULESES – sacrificavam-nos aos deuses Teutates;
 ESPARTA – lançados no alto dos rochedos;
 GRÉCIA – encarados como seres incompetentes;
→ Platão e Aristóteles: “Não sabes falar, não sabes ouvir, és louco”
;
 ROMANOS – influenciados pelos gregos, os consideravam seres
imperfeitos
→ Imperador Justiniano 529 a.C. criou lei que impossibilitava os
surdos de:
• celebrar contrato;
• elaborar testamentos;
• possuir propriedades ou reclamar heranças.
 CONSTANTINOPLA – realizavam algumas tarefas
como:
• pajens das mulheres;
•IGREJA CATÓLICA – não possuíam alma imortal,
uma vez que eram incapazes de proferir os
sacramentos
Fim da Idade Média e início do Renascimento,
que saímos da perspectiva religiosa para a
perspectiva da razão, em que a deficiência passa
a ser analisada sob a ótica médica e científica
ATÉ A IDADE MODERNA
Surge os primeiros educadores interessados na educação dos
surdos, os quais admitiam que eles podiam aprender
 PEDRO PONCE DE LEÓN – (1520-1584)
• espanhol monge beneditino;
• considerado primeiro professor dos surdos;
 • estabeleceu uma escola para surdos no Mosteiro de San
Salvador
em Onã Burgos - Madri;
• alunos filhos de aristocratas ricos;
• educação individual;
• trabalho com a escrita e alfabeto bimanual;
• garantir os filhos surdos dos nobres a terem privilégio perante a lei.
 JUAN PABLO BONET (1579-1633)
• padre espanhol, estudioso dos surdos e educador;
• publicou 1º livro sobre educação dos surdos em 1620,
em Madri – “Redução das Letras e Arte de Ensinar a
Falar os Mudos”;
• trabalho: ensinar surdos a falar e a ler, por meio do
alfabeto manual;
• proibia o uso da língua gestual, optando pela oral
 JOHN BULWER (1606–1656)
• médico inglês, primeiro inglês a desenvolver um método
de comunicação entre ouvintes e surdos;
• acreditava que a L.S. deveria possuir um lugar de
destaque na educação dos surdos;
• publicou vários livros, que realçam o uso dos gestos
 JOHN WALLIS (1616-1703)
• estudioso da surdez e educador de surdos;
• tentou ensinar os surdos a falar, desistiu deste método de
ensino, dedicando-se ao ensino da escrita;
• usava gestos no seu ensino.
 KONRAH AMMAN
• médico suíço, defensor da leitura labial, para ele a fala
fazia com que a pessoa fosse humana;
• cria que a língua gestual atrofiava a mente, no que refere
ao desenvolvimento da fala e do pensamento, embora a
usasse como método de ensino para atingir a oralidade
CHARLES-MICHEL DE L´EPÉE (1712-
1789)
educador francês, ficou conhecido como “Pai dos Surdos”;
• estudou para ser padre, mas foi lhe negada a ordenação;
• estudou direito, e pouco tempo depois foi designado abade;
• dedicou-se a salvação dos surdos;
• meados na década de 1750, fundou um abrigo, que ele próprio
sustentava (nível particular e privado);
• acreditava que os surdos eram capazes de possuir linguagem,
receber sacramentos e evitar ir para o inferno;
• 1º anos da década de 1760, o abrigo tornou-se a primeira escola
de surdos a nível mundial, aberta ao público;
• seu método se espalhou pelo mundo (centrava-se no uso dos
gestos);
• baseou-se no princípio:
“ ao surdo-mudo deve ser ensinado através da visão aquilo que
às outras pessoas é ensinado através da audição”
também trabalhou com a língua oral e a leitura
labial, mas em menos grau;
• estabeleceu programa de ensino/treinamento
para estrangeiros;
• reconheceu que a L.S. existia e se desenvolvia
(embora a não considerasse uma língua com
gramática) – “Sinais Metódicos”
• permitia acesso aos seus métodos e às suas
aulas ao público e outros educadores.
• reconhecia que ensinar o surdo falar seria perda
de tempo, antes devia ensinar-lhe a língua
gestual
 JACOB RODRIGUES PEREIRA (1715-1780)
• educador francês, usava gestos mas defendia a
oralização dos surdos;
 THOMAS BRAIDWOOD (1715-1806)
• abre uma escola (1ª de correção da fala da
Europa) em Edimburgo, baseada numa
metodologia de base oral e gestual;
 SAMUEL HEINICKE (1727-1790)
• alemão, ensinou vários surdos a falar, criando e
definindo o método conhecido hoje como
Oralismo.
• pensamento só poderia ser desenvolvido através
da língua oral;
• utilizava sinais e alfabeto manual como meio de
atingir a fala
ATÉ A IDADE CONTEMPORÂNEA
 1º livro publicado por um surdo – “Observatios” de
Pierre Desloges em 1779 (levantou atenção para o uso
da L.S. na educ.dos surdos);
• pouco antes surdos eram considerados incapazes de
serem educados e até desprovido de pensamento.
 PIERRE DESLOGES (1747-1799)
• ficou surdo aos 7 anos de idade, devido varíola;
• aprendeu L.S. só aos 27 anos de idade, ensinado por
um surdo italiano;
→ Segunda metade do século XVIII – educação dos
surdos dividia entre dois métodos de ensino, o
GESTUALISMO (conhecido como método francês, do
abade L´Epée) e o ORALISMO (conhecido como
método alemão, de Heinicke).
1789 morre L´Epée e o abade Sicard (brilhante gramático da época), é nomeado o
novo diretor do Institution National for Deaf-Mutes de Paris
 ROCH-AMBROISE CUCURRON SICARD (1742-1822)
• abade francês e instrutor de surdos;
• gramático e diretor do Instituto de Paris (sucessor de L´Epée)
• publicou dois livros, um deles relata a história do surdo Jean Massieu, neste livro
conta com detalhes como educou com êxito este surdo.
“Porque a pessoa surda permanece estúpida enquanto nos tornamos inteligentes!”
 JEAN MASSIEU (1772-1846)
• até 14 anos de idade não tinha conhecimento de nenhuma língua;
• famoso professor fluente tanto na L.S. quanto no francês escrito.
• escreve uma autobiografia.
 Após a morte de L´Epée, o quadro da educação dos
surdos, que havia sido revolucionado através de
suas influências e método com resultados positivos
até então, começa a tomar outro rumo, e a onda do
oralismo volta com força total.
 JEAN MARC ITARD (1774-1838)
• médico-cirurgião (1º médico a se interessar pelo estudo
da surdez e das deficiências auditivas)
• foi residente do Instituto de Paris;
• a surdez, que após muita luta começava a ser vista
como uma diferença, passa a ser vista como uma
doença, por influência deste médico;
• como doença, torna-se passível de tratamento para sua
diminuição e erradicação.
PROCURANDO DESCOBRIR AS CAUSAS E A
CURA PARA A SURDEZ, ITARD:
dissecou cadáveres de surdos;
• aplicou cargas elétricas nos ouvidos de surdos;
• usou sanguessugas para provocar sangramentos;
• furou as membranas timpânicas de alunos (um aluno
morreu por este motivo);
• fez várias experiências e publicou vários artigos sobre
uma técnica especial para colocar cateteres no ouvido
de pessoas com problemas auditivos, tornando-se
famoso e dando nome a sonda de Itard;
• fraturou o crânio de alguns alunos;
• infeccionou pontos atrás das orelhas deles.
ITARD AINDA:
realizou trabalho com alguns alunos surdos, sempre com um
único objetivo, o de desenvolver a fala;
• resultado de seu trabalho – conseguiu com que alguns
alunos falassem, mas percebeu que não era natural e
fluente como nos ouvintes;
• proposta inicial: transformar o surdo em um ouvinte, pelo
fracasso culpou a L.S.
“Após 16 anos de experiências e tentativas de
oralização e correção da surdez, o próprio Itard se
frustra com seus resultados não satisfatórios, sem
conseguir atingir seu objetivo desejado, ele mesmo se
rende, concluindo que os surdos realmente precisam
ser educados através da L.S. (MOURA, 2000, p. 27)”
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO DOS SURDOS NOS
E.U.A
 THOMAS HOPKINS GALLAUDET (1787-1851)
• 1814 – primeiro encontro com um surdo (observando
algumas crianças brincando, percebeu que uma não
participava da brincadeira, descobriu que ela era surda
e que seu nome era Alice Cogswell);
• tentou ensinar Alice, depois conversou com seu pai a
respeito da fundação de uma escola para surdos no
local (não havia escola para surdos nos EUA na
época);
• Gallaudet decidiu dedicar-se ao ensino dos surdos;
• soube do trabalho com surdos na França e na
Inglaterra e foi a Europa em 1816;
• 1º Inglaterra (escolas Braidwood, método oral), o
receberam com frieza, métodos mantidos em segredo.
• 2º Paris, onde conheceu Laurent Clerc, surdo, que
decidiu viajar com Gallaudet para os EUA;
52 dias de viagem, Clerc ensinou L.S. a Gallaudet e o
mesmo o ensinou inglês;
• em 1817, junto com Mason Cogswell fundaram o
Americam School for the Deaf (1ª escola para surdos,
nos EUA);
• Thomas Gallaudet morre em 1851, considerado o
pais da A.S.L.;
 EDWARD MINER GALLAUDET (1864-1910)
• filho de Thomas Gallaudet, participou da fundação da
1º colégio universitário para surdos em 1857, a
“GALLAUDET SCHOOL”, que deu origem a
“Universidade Gallaudet”, em Washington;
• educador de surdos, e presidente da Universidade
Gallaudet por 40 anos.
UNIVERSIDADE GALLAUDET
• única universidade do mundo para surdos;
• instituição privada, que conta com o apoio direto do
Congresso, que em 1864 autorizou a escola a conferir
títulos universitários;
• 1ª língua oficial – A.S.L.
2ª língua – inglês
• prioridade a estudantes surdos, porém admite um
pequeno número de estudantes ouvintes a cada
semestre;
• atualmente conta com 2000 estudantes (25% cursam
pós-graduação);
• oferece educação em todos os níveis (desde escola
primária até doutorado);
• há cerca de 40 carreiras distintas, em praticamente
todas as áreas do conhecimento
1988 um surdo é eleito reitor da instituição (Dr. I. King
Jordan);
• iniciou a partir de então, um processo de reforma
administrativa para que ao menos 51% dos cargos
de direção da universidade fossem ocupados por
surdos.
NESSE INTERÍM, ALEXANDER GRAHM BELL,
TRABALHAVA NA ORALIZAÇÃO DOS SURDOS
 ALEXANDER GRAHM BELL (1847-1922)
• escocês, cientista e inventor do telefone;
• sua mãe e esposa eram surdas;
• defensor do oralismo e opositor da L.S. e das
comunidades surdas;
• Bell defendia que os surdos não deveriam poder
casar entre si;
• surdos deveriam obrigatoriamente frequentar
escolas normais e regulares;
• em 1887, admitiu que os surdos deveriam ser
oralizados durante um ano, mas se isso não
resultasse, então poderiam ser expostos a L.S.
“o inimigo mais temível dos surdos americanos”,
proclamou George Veditz, ex-presidente da
Associação Nacional dos Surdos
CONGRESSO DE MILÃO - 1880
→ Oralismo X Gestualismo;
→ evento preparado pela maioria ouvinte oralista;
→ reunira-se profissionais da educação de diversos
países, para discutir métodos utilizados na educação
dos surdos;
→ Edward Gallaudet, principal representante gestualista;
→ dos congressistas, somente três eram surdo;
→ foi apresentado alunos surdos que falavam bem
(dando impressão que todos os surdos que passavam
pelo oralismo obtinham eficiência na fala).
→ Oralismo saiu vencedor e o uso da L.S. nas escolas foi
oficialmente abolido;
“Hoje, 86% dos surdos dos EUA não falam bem
(ARRIENS, 2002)
CONSEQUÊNCIAS DO CONGRESSO
→ L.S. totalmente proibida e estigmatizada;
→ A figura do professor surdo começa a desaparecer,
pois aos poucos foram sendo demitidos;
Proporção de professores surdos:
- 1850, cerca de 50%
- diminuiu para 25% na virada do século;
- e 12% em 1960
→ domínio da língua oral passou a ser uma condição
indispensável para a sua aceitação dentro da
comunidade majoritária;
→ 100 anos após o Congresso de Milão encontramos os
primeiros relatos do fracasso do oralismo puro;
→ grande parte dos surdos profundos não desenvolveu
uma fala socialmente satisfatória;
→ nível de aprendizagem da leitura e escrita dos surdos
após anos de escolaridade era muito ruim;
EDUCAÇÃO DOS SURDOS NO BRASIL
iniciou na época do imperador D. Pedro II;
→ no ano de 1855 D. Pedro II trouxe para o Brasil,
diretamente do Instituto de Paris, Hernest Huet, um
professor surdo;
→ Huet nasceu em Paris em 1822, ficou surdo aos 12 anos
de idade;
→ antes de adquirir a surdez falava francês, alemão e
português, e após ficar surdo aprendeu espanhol;
→ em 1857 foi fundada no Brasil a primeira escola de surdos
no Brasil, hoje Instituto Nacional de Educação de Surdos
(INES);
→ Brasil, como todo mundo sofre influência do Congresso de
1880;
“Mas é somente na década de 1960 que a L.S. volta a ser
considerada como língua, por meio das observações feitas
pelo linguísta americano Willian Stokoe...”(SACKS, 1998, p.
28)
LEI E DECRETO
 Citamos como exemplo, o Decreto 5.626 de 22 de
dezembro de 2005, que regulamentou a Lei
10.436/02 e definiu formas institucionais para o uso
e a difusão da Língua Brasileira de Sinais e da
Língua Portuguesa, visando o acesso das pessoas
surdas à educação. O decreto, no Capítulo II, trata
da inclusão da Libras como disciplina curricular
obrigatória nos cursos de formação de professores
e nos cursos de Fonoaudiologia. No Capítulo III,
que trata da formação do professor de Libras e do
instrutor de Libras, transcrevemos:
 § 1º Todos os cursos de licenciatura, o curso normal
superior, o curso de pedagogia e o curso de educação
especial serão considerados cursos de formação de
professores e profissionais da educação para o exercício do
magistério.
 Quem é o professor de libras:
 I - Professor de LIBRAS - usuário nativo dessa língua, que
possua certificado de curso superior e certificado de
proficiência em LIBRAS obtido por meio de exame
promovido pelo MEC;
CURSO DE GRADUAÇÃO EM LETRAS / LIBRAS –
UFSC
 O MEC implantou o primeiro Curso de Graduação em
Letras com licenciatura em Libras, na modalidade semi
presencial, com o objetivo de formar professores para o
ensino da Língua Brasileira de Sinais. Esse curso acontece
em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina
– UFSC, organizados com pólos nos Estados de AM, CE,
GO, BA, DF, SP, RJ e RS, para 500 alunos.
A DECLARAÇÃO DE SALAMANCA
 Toda essa mudança na legislação teve como ponto
de partida a declaração de Salamanca. No ano de
1994, os representantes de mais de oitenta países se
reúnem na Espanha e assinam a Declaração de
Salamanca, um dos mais importantes documentos de
compromisso de garantia de direitos educacionais.
Este documento declara as escolas regulares
inclusivas como o meio mais eficaz de combate à
discriminação e ordena que as escolas devam
acolher todas as crianças, independentemente de
suas condições físicas, intelectuais, sociais,
emocionais ou linguísticas.
SURDO-MUDO
O surdo-mudo é a mais antiga e
inadequada denominação atribuída ao
surdo, e infelizmente ainda utilizada em
certas áreas e divulgada nos meios de
comunicação
Deficiente auditivo
Surdo
Mudo ou mudez
CAUSAS DA SURDEZ
Pré-natais: adquirida através da mãe no
período de gestação (rubéola, sífilis,
citomegalovírus, toxoplasmose, drogas,
remédios tóxicos, entre outros.)
Peri-natais: adquirida durante o parto (anóxia,
fórceps, infecção hospitalar, entre outros.)
Pós-natais: adquirida após o nascimento
(meningite, excesso de remédios, sífilis,
sarampo, caxumba, exposição a fortes ruídos,
traumatismos cranianos, entre outros.)
DESMISTIFICANDO
Nem todo surdo é mudo;
Nem todos os surdos fazem leitura labial;
Nem todos os surdos sabem Língua de Sinais;
Ao falar com surdo não é necessário tocá-lo
fortemente e/ou falar em voz alta.
A Língua de Sinais não é universal.
Cavalcanti ( 1999) mito de monolinguismo no país
Sem Especificidade linguistica, isto é, fonologia,
morfologia, sintaxe, semântica
COMUNIDADE E CULTURA SURDA DO
BRASIL
 CULTURA É UM CONJUNTO DE
COMPORTAMENTOS APREENDIDOS DE UM
GRUPO DE PESSOAS QUE POSSUEM SUA
PROPRIA LÍNGUA, VALORES, REGRAS DE
COMPORTAMENTO E TRADIÇÕES;
 DIA DO SURDO 26 DE SETEMBRO (
NACIONAL)
 30 DE SETEMBRO ( INTERNACIONAL)
“Enquanto houver duas pessoas surdas sobre
a face da terra e elas se encontrarem, serão
usados os sinais”
J. Schuler Long
 “OLHO DO MESMO MODO COM QUE PODERIA
ESCUTAR. MEUS OLHOS SÃO MEUS OUVIDOS. MINHAS
MÃOS SÃO BILÍNGÜES”
(LABORIT,1994)
OS SETES DOUTORES SURDOS DO BRASIL
 Dra. Ana Regina e Souza Campello
 Professora Adjunta da UFRJ
 Dra. Gladis Teresinha Taschetto Perlin
 Professora Adjunta da UFSC
 Dra. Karin Lilian Strobel
 Professora Adjunta da UFSC
 Dra. Marianne Rossi Stumpf
 Professora Adjunta da UFSC
 Dra. Patrícia Luiza Ferreira Rezende
 Professora Adjunta da UFSC
 Dr. Rodrigo Rosso Marques
 Professor Adjunto da UFSC
 Dr. Wilson de Oliveira Miranda
 Professor Adjunto da UFSM
REALIDADE 2015
RARIDADE DO NOSSO PAÍS
 SURDOCEGA APROVADA EM PEDAGOGIA NA
UNIVERSIDADE ESTADUAL DA BAHIA (UNEB)
 JANINE FARIAS, 22 ANOS, PRIMEIRA SURDOCEGA
CONGÊNITA A FAZER UMA FACULDADE NO NOSSO
PAÍS.
 MORADORA DA CIDADE DE BARREIRA NA REGIÃO
OESTE DA BAHIA.
 SONHO DE JANINE FAZER UM CONCURSO E
TRABALHAR DE PROFESSORA. ENSINAR OS SURDOS-
CEGOS A APRENDER EM BRAILE E LIBRAS TAMBÉM.
 APROVADA SEM PRECISAR DO SISTEMA DE
RESERVAS DE VAGAS POR COTAS.
 PRIMEIRO DIA DE AULA NA UNEB 19 DE MARÇO DE
2015 NUMA QUARTA-FEIRA.
TRECHO DA CARTA AO MINISTRO
 Dói-nos verificar que esses espaços de aquisição linguística e
convivência mútua entre os pares falantes da língua de sinais
têm sido rotulados de espaços e escolas “segregacionistas”.
Isso não é verdade! Escola segregacionista e segregadora é a
que impõe que alunos surdos e ouvintes estejam no mesmo
espaço sem que tenham as mesmas oportunidades de acesso
ao conhecimento. O fato de os alunos surdos estudarem em
Escolas Bilíngues, onde são considerados e aceitos como uma
minoria linguística, não significa segregar.
 Realizamos seminários estaduais em defesa das Escolas Bilíngues
para Surdos no PNE, apresentamos propostas aos parlamentares da
Comissão Especial do Plano Nacional de Educação, visitamos a
Câmara dos Deputados e o Senado e, ainda, mantivemos um ativo e
democrático diálogo com a Ministra da Casa Civil, que culminou com a
assinatura do Decreto Presidencial 7.611 de 17 de novembro de 2011.
Entendemos que é assim que funciona a democracia, com a
participação da sociedade civil, envolvida na luta de suas causas. Por
isso, Excelência, estranhamos que seu discurso esteja contrário ao
democrático processo de construção parlamentar do Plano Nacional de
Educação, que tem contado com a legítima participação da principal
entidade representativa das comunidades surdas brasileiras, a FENEIS,
entre outras entidades
 Convidamos Vossa Senhoria para ver com os próprios
olhos o que estamos falando. Gostaríamos de convidá-
lo a visitar as Escolas Bilíngues para Surdos, no
Município de São Paulo; lá existem escolas públicas
recentemente estabelecidas, num complexo e diverso
programa de inclusão escolar. Também seria muito
interessante que visitasse, igualmente, escolas
bilíngues como o Instituto Santa Terezinha e o Centro
de Educação de Surdos Rio Branco.
 Verifique a excelência do trabalho nelas desenvolvido,
verifique, também, se as crianças surdas estão ali
“segregadas”, ou se o ensino que ali recebem é apenas
“complementar”. É preciso reconhecer, Senhor Ministro,
que essas escolas não são segregadoras e nem
oferecem apenas ensino complementar, mas favorecem
um ensino efetivo e eficaz.
 lembramos enfaticamente que a Convenção Internacional
sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, no seu
Art. 4º, inciso 3, determina que:
 Na elaboração e implementação de legislação e políticas
para executar a presente Convenção e em outros
processos de tomada de decisão relativos às pessoas
com deficiência, os Estados Partes deverão estreitamente
consultar e ativamente envolver pessoas com deficiência,
inclusive crianças com deficiência, por intermédio de suas
organizações representativas.
DECRET O Nº 7.611, DE 17 DE NOVEMBRO
DE 2011
 Dispõe sobre a educação especial, o atendimento
educacional especializado e da outras providencias.
 Art. 1º O dever do Estado com a educação das pessoas
público-alvo da educação especial será efetivado de acordo
com as seguintes diretrizes:
§ 2o No caso dos estudantes surdos e com deficiência
auditiva serão observadas as diretrizes e princípios
dispostos no Decreto no 5.626, de 22 de dezembro de
2005.
 Art. 5º A União prestara apoio técnico e financeiro aos sistemas
públicos de ensino dos estados, municípios e Distrito Federal, e
a instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem
fins lucrativos, com a finalidade de ampliar a oferta do
atendimento educacional especializado aos estudantes com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades ou superlotação, matriculados na rede pública de
ensino regular.
 III – formação continuada de professores, inclusive para o
desenvolvimento da educação bilíngue para estudantes surdos
ou com deficiência auditiva e do ensino do braile para
estudantes cegos ou com baixa visão;
 Art. 9º As despesas decorrentes da execução das
disposições constantes deste decreto correrão por conta
das dotações próprias consignadas ao Ministério da
Educação.
 Substitui Decreto no 6.571, de 17 de setembro de
2008.
 INCLUSÃO ESCOLAR DOS SURDOS
SERÁ QUE A INCLUSÃO DE SURDOS EXISTE?
 O QUE É A INCLUSÃO EDUCACIONAL ?
 RESTAURAÇÃO DO SISTEMA EDUCACIONAL, OU
SEJA, PROPOSTA DE MUDANÇA NO ENSINO
REGULAR, CUJO OBJETIVO É FAZER COM QUE A
ESCOLA SE TORNE INCLUSIVA, UM ESPAÇO
DEMOCRÁTICO E COMPETENTE PARA TRABALHAR
COM TODOS OS EDUCANDOS, SEM DISTINÇÃO DE
RAÇA, CLASSE, GÊNERO OU CARACTERÍSTICAS
PESSOAIS, OFERECENDO CONDIÇÕES PARA QUE
TENHAM ACESSO E PERMANÊNCIA, E QUE
OBTENHA SUCESSO NO SEU PROCESSO DE
APRENDIZAGEM
 INCLUSÃO: DEFINIÇÃO
 FUNDAMENTA-SE NUMA FILOSOFIA QUE
RECONHECE E ACEITA A DIVERSIDADE.
 ISTO SIGNIFICA GARANTIA DE ACESSO E
OPORTUNIDADE À TODOS, INDEPENDENTE DE SUAS
PARTICULARIDADES.
 EDUCAÇÃO INCLUSIVA
 É UMA ATITUDE DE ACEITAÇÃO DAS
 DIFERENÇAS,
 NÃO UMA SIMPLES COLOCAÇÃO
 EM SALA DE AULA.
 INCLUSÃO NÃO QUER DIZER ABSOLUTAMENTE
 QUE SOMOS TODOS IGUAIS, MAS É RECONSTRUIR
 NOSSA MENTALIDADE.
FORMAÇÃO DE PROFESSORES
O art. 59, inciso III, diz que os sistemas de
ensino devem assegurar aos educandos
com necessidades especiais “professores
com especialização adequada em nível
médio ou superior, para atendimento
especializado, bem como professores do
ensino regular capacitados para a
integração desses educando nas classes
comuns” (Brasil, 1996, p. 44).
 CONSTATA-SE QUE A EDUCAÇÃO DOS SURDOS
ESTÁ SENDO UM GRANDE DESAFIO AOS
PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO, NO QUE SE
REFERE A SEU PROCESSO DE ESCOLARIZAÇÃO
ONDE A MAIORIA DESSES EDUCADORES PASSA
POR DIFICULDADES POR NÃO SEREM
CAPACITADOS PARA LECIONAR EM SALAS DE
AULAS. MAIS DE 50% DAS ESCOLAS NO PAIS TEM
UM ALUNO SURDO MAIS QUASE NENHUMA TEM
PROFESSORES CAPACITADOS.
REALIDADE DOS PROFESSORES
 Não sou capaz disso;
 Não sei por onde começar;
 É preciso ter uma equipe técnica na escola;
 A direção não entende;
 Vai prejudicar os outros alunos;
 Necessitamos de treinamento específico;
 Como trabalhar esse aluno na parte psicológica?
 Não somos preparados para atuar em todas as áreas;
 Como alfabetizar o deficiente?
Faculdade Evangélica do Meio Norte-FAEME
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Faculdade Evangélica do Meio Norte-FAEME

  • 1. FACULDADE EVANGÉLICA DO MEIO NORTE- FAEME Prof. Esp.: Magno Fernando
  • 2. DIALOGANDO COM OS TEÓRICOS “O que observamos na atualidade continuam sendo esporádicos exemplos de sucesso educacional e um enorme contingente de surdos sem acesso a leitura, a escrita, a oralização, e não raro, até mesmo a Língua de Sinais. Este fato ocasiona grandes barreiras que dificultam sua inserção da dimensão do trabalho, a concretização de sua cidadania, o desenvolvimento de suas potencialidades e sua efetiva realização como indivíduo” SÁ, 1999, p. 25
  • 3.  “língua (oral) e intelecto estão tão unidos em nossa representação de pessoas” que, desse modo, a “surdez parece um defeito do intelecto.” Lane (1992)  O fascínio pela palavra levou as pessoas a perderem muito da capacidade de ler os sinais corporais. Linguagem corporal, Allan e Barbara Pease (2005, pág 32).  Quando aprendemos a prestar atenção em nossa linguagem corporal e interpretar corretamente a dos outros, passamos a ter maior controle sobre as situações, pois podemos identificar sinais de abertura, de tédio, de atração ou de rivalidade e agir de forma adequada aos nossos objetivos. Allan e Barbara Pease (2005 )
  • 4. Albert Mehrabian, pioneiro da pesquisa de linguagem corporal na década de 1950, apurou que em toda comunicação interpessoal cerca de 7% da mensagem é verbal ( somente palavras), 38% é vocal ( incluindo tom de voz, reflexão e outros sons) e 55% é não verbal.
  • 5. HISTÓRIA DOS SURDOS Até a IDADE MÉDIA  HEBREUS - Levítico 19:14 – “Não amaldiçoarás ao surdo, nem porás tropeço diante do cego; mas terás temor do teu Deus...”;  EGITO – adorados como deuses, serviam de mediadores entre deuses e os Faraós...temidos e respeitados pela população;  ANTIGUIDADE CHINESA – lançados no mar;  GAULESES – sacrificavam-nos aos deuses Teutates;  ESPARTA – lançados no alto dos rochedos;  GRÉCIA – encarados como seres incompetentes; → Platão e Aristóteles: “Não sabes falar, não sabes ouvir, és louco” ;  ROMANOS – influenciados pelos gregos, os consideravam seres imperfeitos → Imperador Justiniano 529 a.C. criou lei que impossibilitava os surdos de: • celebrar contrato; • elaborar testamentos; • possuir propriedades ou reclamar heranças.
  • 6.  CONSTANTINOPLA – realizavam algumas tarefas como: • pajens das mulheres; •IGREJA CATÓLICA – não possuíam alma imortal, uma vez que eram incapazes de proferir os sacramentos Fim da Idade Média e início do Renascimento, que saímos da perspectiva religiosa para a perspectiva da razão, em que a deficiência passa a ser analisada sob a ótica médica e científica
  • 7. ATÉ A IDADE MODERNA Surge os primeiros educadores interessados na educação dos surdos, os quais admitiam que eles podiam aprender  PEDRO PONCE DE LEÓN – (1520-1584) • espanhol monge beneditino; • considerado primeiro professor dos surdos;  • estabeleceu uma escola para surdos no Mosteiro de San Salvador em Onã Burgos - Madri; • alunos filhos de aristocratas ricos; • educação individual; • trabalho com a escrita e alfabeto bimanual; • garantir os filhos surdos dos nobres a terem privilégio perante a lei.
  • 8.  JUAN PABLO BONET (1579-1633) • padre espanhol, estudioso dos surdos e educador; • publicou 1º livro sobre educação dos surdos em 1620, em Madri – “Redução das Letras e Arte de Ensinar a Falar os Mudos”; • trabalho: ensinar surdos a falar e a ler, por meio do alfabeto manual; • proibia o uso da língua gestual, optando pela oral  JOHN BULWER (1606–1656) • médico inglês, primeiro inglês a desenvolver um método de comunicação entre ouvintes e surdos; • acreditava que a L.S. deveria possuir um lugar de destaque na educação dos surdos; • publicou vários livros, que realçam o uso dos gestos
  • 9.  JOHN WALLIS (1616-1703) • estudioso da surdez e educador de surdos; • tentou ensinar os surdos a falar, desistiu deste método de ensino, dedicando-se ao ensino da escrita; • usava gestos no seu ensino.  KONRAH AMMAN • médico suíço, defensor da leitura labial, para ele a fala fazia com que a pessoa fosse humana; • cria que a língua gestual atrofiava a mente, no que refere ao desenvolvimento da fala e do pensamento, embora a usasse como método de ensino para atingir a oralidade
  • 10. CHARLES-MICHEL DE L´EPÉE (1712- 1789) educador francês, ficou conhecido como “Pai dos Surdos”; • estudou para ser padre, mas foi lhe negada a ordenação; • estudou direito, e pouco tempo depois foi designado abade; • dedicou-se a salvação dos surdos; • meados na década de 1750, fundou um abrigo, que ele próprio sustentava (nível particular e privado); • acreditava que os surdos eram capazes de possuir linguagem, receber sacramentos e evitar ir para o inferno; • 1º anos da década de 1760, o abrigo tornou-se a primeira escola de surdos a nível mundial, aberta ao público; • seu método se espalhou pelo mundo (centrava-se no uso dos gestos); • baseou-se no princípio: “ ao surdo-mudo deve ser ensinado através da visão aquilo que às outras pessoas é ensinado através da audição”
  • 11. também trabalhou com a língua oral e a leitura labial, mas em menos grau; • estabeleceu programa de ensino/treinamento para estrangeiros; • reconheceu que a L.S. existia e se desenvolvia (embora a não considerasse uma língua com gramática) – “Sinais Metódicos” • permitia acesso aos seus métodos e às suas aulas ao público e outros educadores. • reconhecia que ensinar o surdo falar seria perda de tempo, antes devia ensinar-lhe a língua gestual
  • 12.  JACOB RODRIGUES PEREIRA (1715-1780) • educador francês, usava gestos mas defendia a oralização dos surdos;  THOMAS BRAIDWOOD (1715-1806) • abre uma escola (1ª de correção da fala da Europa) em Edimburgo, baseada numa metodologia de base oral e gestual;  SAMUEL HEINICKE (1727-1790) • alemão, ensinou vários surdos a falar, criando e definindo o método conhecido hoje como Oralismo. • pensamento só poderia ser desenvolvido através da língua oral; • utilizava sinais e alfabeto manual como meio de atingir a fala
  • 13. ATÉ A IDADE CONTEMPORÂNEA  1º livro publicado por um surdo – “Observatios” de Pierre Desloges em 1779 (levantou atenção para o uso da L.S. na educ.dos surdos); • pouco antes surdos eram considerados incapazes de serem educados e até desprovido de pensamento.  PIERRE DESLOGES (1747-1799) • ficou surdo aos 7 anos de idade, devido varíola; • aprendeu L.S. só aos 27 anos de idade, ensinado por um surdo italiano; → Segunda metade do século XVIII – educação dos surdos dividia entre dois métodos de ensino, o GESTUALISMO (conhecido como método francês, do abade L´Epée) e o ORALISMO (conhecido como método alemão, de Heinicke).
  • 14. 1789 morre L´Epée e o abade Sicard (brilhante gramático da época), é nomeado o novo diretor do Institution National for Deaf-Mutes de Paris  ROCH-AMBROISE CUCURRON SICARD (1742-1822) • abade francês e instrutor de surdos; • gramático e diretor do Instituto de Paris (sucessor de L´Epée) • publicou dois livros, um deles relata a história do surdo Jean Massieu, neste livro conta com detalhes como educou com êxito este surdo. “Porque a pessoa surda permanece estúpida enquanto nos tornamos inteligentes!”  JEAN MASSIEU (1772-1846) • até 14 anos de idade não tinha conhecimento de nenhuma língua; • famoso professor fluente tanto na L.S. quanto no francês escrito. • escreve uma autobiografia.
  • 15.  Após a morte de L´Epée, o quadro da educação dos surdos, que havia sido revolucionado através de suas influências e método com resultados positivos até então, começa a tomar outro rumo, e a onda do oralismo volta com força total.  JEAN MARC ITARD (1774-1838) • médico-cirurgião (1º médico a se interessar pelo estudo da surdez e das deficiências auditivas) • foi residente do Instituto de Paris; • a surdez, que após muita luta começava a ser vista como uma diferença, passa a ser vista como uma doença, por influência deste médico; • como doença, torna-se passível de tratamento para sua diminuição e erradicação.
  • 16. PROCURANDO DESCOBRIR AS CAUSAS E A CURA PARA A SURDEZ, ITARD: dissecou cadáveres de surdos; • aplicou cargas elétricas nos ouvidos de surdos; • usou sanguessugas para provocar sangramentos; • furou as membranas timpânicas de alunos (um aluno morreu por este motivo); • fez várias experiências e publicou vários artigos sobre uma técnica especial para colocar cateteres no ouvido de pessoas com problemas auditivos, tornando-se famoso e dando nome a sonda de Itard; • fraturou o crânio de alguns alunos; • infeccionou pontos atrás das orelhas deles.
  • 17. ITARD AINDA: realizou trabalho com alguns alunos surdos, sempre com um único objetivo, o de desenvolver a fala; • resultado de seu trabalho – conseguiu com que alguns alunos falassem, mas percebeu que não era natural e fluente como nos ouvintes; • proposta inicial: transformar o surdo em um ouvinte, pelo fracasso culpou a L.S. “Após 16 anos de experiências e tentativas de oralização e correção da surdez, o próprio Itard se frustra com seus resultados não satisfatórios, sem conseguir atingir seu objetivo desejado, ele mesmo se rende, concluindo que os surdos realmente precisam ser educados através da L.S. (MOURA, 2000, p. 27)”
  • 18. HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO DOS SURDOS NOS E.U.A  THOMAS HOPKINS GALLAUDET (1787-1851) • 1814 – primeiro encontro com um surdo (observando algumas crianças brincando, percebeu que uma não participava da brincadeira, descobriu que ela era surda e que seu nome era Alice Cogswell); • tentou ensinar Alice, depois conversou com seu pai a respeito da fundação de uma escola para surdos no local (não havia escola para surdos nos EUA na época); • Gallaudet decidiu dedicar-se ao ensino dos surdos; • soube do trabalho com surdos na França e na Inglaterra e foi a Europa em 1816; • 1º Inglaterra (escolas Braidwood, método oral), o receberam com frieza, métodos mantidos em segredo. • 2º Paris, onde conheceu Laurent Clerc, surdo, que decidiu viajar com Gallaudet para os EUA;
  • 19. 52 dias de viagem, Clerc ensinou L.S. a Gallaudet e o mesmo o ensinou inglês; • em 1817, junto com Mason Cogswell fundaram o Americam School for the Deaf (1ª escola para surdos, nos EUA); • Thomas Gallaudet morre em 1851, considerado o pais da A.S.L.;  EDWARD MINER GALLAUDET (1864-1910) • filho de Thomas Gallaudet, participou da fundação da 1º colégio universitário para surdos em 1857, a “GALLAUDET SCHOOL”, que deu origem a “Universidade Gallaudet”, em Washington; • educador de surdos, e presidente da Universidade Gallaudet por 40 anos.
  • 21. • única universidade do mundo para surdos; • instituição privada, que conta com o apoio direto do Congresso, que em 1864 autorizou a escola a conferir títulos universitários; • 1ª língua oficial – A.S.L. 2ª língua – inglês • prioridade a estudantes surdos, porém admite um pequeno número de estudantes ouvintes a cada semestre; • atualmente conta com 2000 estudantes (25% cursam pós-graduação); • oferece educação em todos os níveis (desde escola primária até doutorado); • há cerca de 40 carreiras distintas, em praticamente todas as áreas do conhecimento
  • 22. 1988 um surdo é eleito reitor da instituição (Dr. I. King Jordan); • iniciou a partir de então, um processo de reforma administrativa para que ao menos 51% dos cargos de direção da universidade fossem ocupados por surdos. NESSE INTERÍM, ALEXANDER GRAHM BELL, TRABALHAVA NA ORALIZAÇÃO DOS SURDOS  ALEXANDER GRAHM BELL (1847-1922) • escocês, cientista e inventor do telefone; • sua mãe e esposa eram surdas; • defensor do oralismo e opositor da L.S. e das comunidades surdas;
  • 23. • Bell defendia que os surdos não deveriam poder casar entre si; • surdos deveriam obrigatoriamente frequentar escolas normais e regulares; • em 1887, admitiu que os surdos deveriam ser oralizados durante um ano, mas se isso não resultasse, então poderiam ser expostos a L.S. “o inimigo mais temível dos surdos americanos”, proclamou George Veditz, ex-presidente da Associação Nacional dos Surdos
  • 24. CONGRESSO DE MILÃO - 1880 → Oralismo X Gestualismo; → evento preparado pela maioria ouvinte oralista; → reunira-se profissionais da educação de diversos países, para discutir métodos utilizados na educação dos surdos; → Edward Gallaudet, principal representante gestualista; → dos congressistas, somente três eram surdo; → foi apresentado alunos surdos que falavam bem (dando impressão que todos os surdos que passavam pelo oralismo obtinham eficiência na fala). → Oralismo saiu vencedor e o uso da L.S. nas escolas foi oficialmente abolido; “Hoje, 86% dos surdos dos EUA não falam bem (ARRIENS, 2002)
  • 25. CONSEQUÊNCIAS DO CONGRESSO → L.S. totalmente proibida e estigmatizada; → A figura do professor surdo começa a desaparecer, pois aos poucos foram sendo demitidos; Proporção de professores surdos: - 1850, cerca de 50% - diminuiu para 25% na virada do século; - e 12% em 1960 → domínio da língua oral passou a ser uma condição indispensável para a sua aceitação dentro da comunidade majoritária; → 100 anos após o Congresso de Milão encontramos os primeiros relatos do fracasso do oralismo puro; → grande parte dos surdos profundos não desenvolveu uma fala socialmente satisfatória; → nível de aprendizagem da leitura e escrita dos surdos após anos de escolaridade era muito ruim;
  • 26.
  • 27. EDUCAÇÃO DOS SURDOS NO BRASIL iniciou na época do imperador D. Pedro II; → no ano de 1855 D. Pedro II trouxe para o Brasil, diretamente do Instituto de Paris, Hernest Huet, um professor surdo; → Huet nasceu em Paris em 1822, ficou surdo aos 12 anos de idade; → antes de adquirir a surdez falava francês, alemão e português, e após ficar surdo aprendeu espanhol; → em 1857 foi fundada no Brasil a primeira escola de surdos no Brasil, hoje Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES); → Brasil, como todo mundo sofre influência do Congresso de 1880; “Mas é somente na década de 1960 que a L.S. volta a ser considerada como língua, por meio das observações feitas pelo linguísta americano Willian Stokoe...”(SACKS, 1998, p. 28)
  • 28. LEI E DECRETO  Citamos como exemplo, o Decreto 5.626 de 22 de dezembro de 2005, que regulamentou a Lei 10.436/02 e definiu formas institucionais para o uso e a difusão da Língua Brasileira de Sinais e da Língua Portuguesa, visando o acesso das pessoas surdas à educação. O decreto, no Capítulo II, trata da inclusão da Libras como disciplina curricular obrigatória nos cursos de formação de professores e nos cursos de Fonoaudiologia. No Capítulo III, que trata da formação do professor de Libras e do instrutor de Libras, transcrevemos:
  • 29.  § 1º Todos os cursos de licenciatura, o curso normal superior, o curso de pedagogia e o curso de educação especial serão considerados cursos de formação de professores e profissionais da educação para o exercício do magistério.  Quem é o professor de libras:  I - Professor de LIBRAS - usuário nativo dessa língua, que possua certificado de curso superior e certificado de proficiência em LIBRAS obtido por meio de exame promovido pelo MEC;
  • 30. CURSO DE GRADUAÇÃO EM LETRAS / LIBRAS – UFSC  O MEC implantou o primeiro Curso de Graduação em Letras com licenciatura em Libras, na modalidade semi presencial, com o objetivo de formar professores para o ensino da Língua Brasileira de Sinais. Esse curso acontece em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, organizados com pólos nos Estados de AM, CE, GO, BA, DF, SP, RJ e RS, para 500 alunos.
  • 31. A DECLARAÇÃO DE SALAMANCA  Toda essa mudança na legislação teve como ponto de partida a declaração de Salamanca. No ano de 1994, os representantes de mais de oitenta países se reúnem na Espanha e assinam a Declaração de Salamanca, um dos mais importantes documentos de compromisso de garantia de direitos educacionais. Este documento declara as escolas regulares inclusivas como o meio mais eficaz de combate à discriminação e ordena que as escolas devam acolher todas as crianças, independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais ou linguísticas.
  • 32.
  • 33. SURDO-MUDO O surdo-mudo é a mais antiga e inadequada denominação atribuída ao surdo, e infelizmente ainda utilizada em certas áreas e divulgada nos meios de comunicação Deficiente auditivo Surdo Mudo ou mudez
  • 34. CAUSAS DA SURDEZ Pré-natais: adquirida através da mãe no período de gestação (rubéola, sífilis, citomegalovírus, toxoplasmose, drogas, remédios tóxicos, entre outros.) Peri-natais: adquirida durante o parto (anóxia, fórceps, infecção hospitalar, entre outros.) Pós-natais: adquirida após o nascimento (meningite, excesso de remédios, sífilis, sarampo, caxumba, exposição a fortes ruídos, traumatismos cranianos, entre outros.)
  • 35. DESMISTIFICANDO Nem todo surdo é mudo; Nem todos os surdos fazem leitura labial; Nem todos os surdos sabem Língua de Sinais; Ao falar com surdo não é necessário tocá-lo fortemente e/ou falar em voz alta. A Língua de Sinais não é universal. Cavalcanti ( 1999) mito de monolinguismo no país Sem Especificidade linguistica, isto é, fonologia, morfologia, sintaxe, semântica
  • 36. COMUNIDADE E CULTURA SURDA DO BRASIL  CULTURA É UM CONJUNTO DE COMPORTAMENTOS APREENDIDOS DE UM GRUPO DE PESSOAS QUE POSSUEM SUA PROPRIA LÍNGUA, VALORES, REGRAS DE COMPORTAMENTO E TRADIÇÕES;  DIA DO SURDO 26 DE SETEMBRO ( NACIONAL)  30 DE SETEMBRO ( INTERNACIONAL)
  • 37. “Enquanto houver duas pessoas surdas sobre a face da terra e elas se encontrarem, serão usados os sinais” J. Schuler Long  “OLHO DO MESMO MODO COM QUE PODERIA ESCUTAR. MEUS OLHOS SÃO MEUS OUVIDOS. MINHAS MÃOS SÃO BILÍNGÜES” (LABORIT,1994)
  • 38. OS SETES DOUTORES SURDOS DO BRASIL  Dra. Ana Regina e Souza Campello  Professora Adjunta da UFRJ  Dra. Gladis Teresinha Taschetto Perlin  Professora Adjunta da UFSC  Dra. Karin Lilian Strobel  Professora Adjunta da UFSC  Dra. Marianne Rossi Stumpf  Professora Adjunta da UFSC  Dra. Patrícia Luiza Ferreira Rezende  Professora Adjunta da UFSC  Dr. Rodrigo Rosso Marques  Professor Adjunto da UFSC  Dr. Wilson de Oliveira Miranda  Professor Adjunto da UFSM
  • 39. REALIDADE 2015 RARIDADE DO NOSSO PAÍS  SURDOCEGA APROVADA EM PEDAGOGIA NA UNIVERSIDADE ESTADUAL DA BAHIA (UNEB)  JANINE FARIAS, 22 ANOS, PRIMEIRA SURDOCEGA CONGÊNITA A FAZER UMA FACULDADE NO NOSSO PAÍS.  MORADORA DA CIDADE DE BARREIRA NA REGIÃO OESTE DA BAHIA.
  • 40.  SONHO DE JANINE FAZER UM CONCURSO E TRABALHAR DE PROFESSORA. ENSINAR OS SURDOS- CEGOS A APRENDER EM BRAILE E LIBRAS TAMBÉM.  APROVADA SEM PRECISAR DO SISTEMA DE RESERVAS DE VAGAS POR COTAS.  PRIMEIRO DIA DE AULA NA UNEB 19 DE MARÇO DE 2015 NUMA QUARTA-FEIRA.
  • 41.
  • 42. TRECHO DA CARTA AO MINISTRO  Dói-nos verificar que esses espaços de aquisição linguística e convivência mútua entre os pares falantes da língua de sinais têm sido rotulados de espaços e escolas “segregacionistas”. Isso não é verdade! Escola segregacionista e segregadora é a que impõe que alunos surdos e ouvintes estejam no mesmo espaço sem que tenham as mesmas oportunidades de acesso ao conhecimento. O fato de os alunos surdos estudarem em Escolas Bilíngues, onde são considerados e aceitos como uma minoria linguística, não significa segregar.
  • 43.  Realizamos seminários estaduais em defesa das Escolas Bilíngues para Surdos no PNE, apresentamos propostas aos parlamentares da Comissão Especial do Plano Nacional de Educação, visitamos a Câmara dos Deputados e o Senado e, ainda, mantivemos um ativo e democrático diálogo com a Ministra da Casa Civil, que culminou com a assinatura do Decreto Presidencial 7.611 de 17 de novembro de 2011. Entendemos que é assim que funciona a democracia, com a participação da sociedade civil, envolvida na luta de suas causas. Por isso, Excelência, estranhamos que seu discurso esteja contrário ao democrático processo de construção parlamentar do Plano Nacional de Educação, que tem contado com a legítima participação da principal entidade representativa das comunidades surdas brasileiras, a FENEIS, entre outras entidades
  • 44.  Convidamos Vossa Senhoria para ver com os próprios olhos o que estamos falando. Gostaríamos de convidá- lo a visitar as Escolas Bilíngues para Surdos, no Município de São Paulo; lá existem escolas públicas recentemente estabelecidas, num complexo e diverso programa de inclusão escolar. Também seria muito interessante que visitasse, igualmente, escolas bilíngues como o Instituto Santa Terezinha e o Centro de Educação de Surdos Rio Branco.
  • 45.  Verifique a excelência do trabalho nelas desenvolvido, verifique, também, se as crianças surdas estão ali “segregadas”, ou se o ensino que ali recebem é apenas “complementar”. É preciso reconhecer, Senhor Ministro, que essas escolas não são segregadoras e nem oferecem apenas ensino complementar, mas favorecem um ensino efetivo e eficaz.
  • 46.  lembramos enfaticamente que a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, no seu Art. 4º, inciso 3, determina que:  Na elaboração e implementação de legislação e políticas para executar a presente Convenção e em outros processos de tomada de decisão relativos às pessoas com deficiência, os Estados Partes deverão estreitamente consultar e ativamente envolver pessoas com deficiência, inclusive crianças com deficiência, por intermédio de suas organizações representativas.
  • 47. DECRET O Nº 7.611, DE 17 DE NOVEMBRO DE 2011  Dispõe sobre a educação especial, o atendimento educacional especializado e da outras providencias.  Art. 1º O dever do Estado com a educação das pessoas público-alvo da educação especial será efetivado de acordo com as seguintes diretrizes: § 2o No caso dos estudantes surdos e com deficiência auditiva serão observadas as diretrizes e princípios dispostos no Decreto no 5.626, de 22 de dezembro de 2005.
  • 48.  Art. 5º A União prestara apoio técnico e financeiro aos sistemas públicos de ensino dos estados, municípios e Distrito Federal, e a instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos, com a finalidade de ampliar a oferta do atendimento educacional especializado aos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superlotação, matriculados na rede pública de ensino regular.  III – formação continuada de professores, inclusive para o desenvolvimento da educação bilíngue para estudantes surdos ou com deficiência auditiva e do ensino do braile para estudantes cegos ou com baixa visão;
  • 49.  Art. 9º As despesas decorrentes da execução das disposições constantes deste decreto correrão por conta das dotações próprias consignadas ao Ministério da Educação.  Substitui Decreto no 6.571, de 17 de setembro de 2008.
  • 50.  INCLUSÃO ESCOLAR DOS SURDOS SERÁ QUE A INCLUSÃO DE SURDOS EXISTE?
  • 51.
  • 52.  O QUE É A INCLUSÃO EDUCACIONAL ?  RESTAURAÇÃO DO SISTEMA EDUCACIONAL, OU SEJA, PROPOSTA DE MUDANÇA NO ENSINO REGULAR, CUJO OBJETIVO É FAZER COM QUE A ESCOLA SE TORNE INCLUSIVA, UM ESPAÇO DEMOCRÁTICO E COMPETENTE PARA TRABALHAR COM TODOS OS EDUCANDOS, SEM DISTINÇÃO DE RAÇA, CLASSE, GÊNERO OU CARACTERÍSTICAS PESSOAIS, OFERECENDO CONDIÇÕES PARA QUE TENHAM ACESSO E PERMANÊNCIA, E QUE OBTENHA SUCESSO NO SEU PROCESSO DE APRENDIZAGEM
  • 53.  INCLUSÃO: DEFINIÇÃO  FUNDAMENTA-SE NUMA FILOSOFIA QUE RECONHECE E ACEITA A DIVERSIDADE.  ISTO SIGNIFICA GARANTIA DE ACESSO E OPORTUNIDADE À TODOS, INDEPENDENTE DE SUAS PARTICULARIDADES.
  • 54.  EDUCAÇÃO INCLUSIVA  É UMA ATITUDE DE ACEITAÇÃO DAS  DIFERENÇAS,  NÃO UMA SIMPLES COLOCAÇÃO  EM SALA DE AULA.  INCLUSÃO NÃO QUER DIZER ABSOLUTAMENTE  QUE SOMOS TODOS IGUAIS, MAS É RECONSTRUIR  NOSSA MENTALIDADE.
  • 55. FORMAÇÃO DE PROFESSORES O art. 59, inciso III, diz que os sistemas de ensino devem assegurar aos educandos com necessidades especiais “professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educando nas classes comuns” (Brasil, 1996, p. 44).
  • 56.  CONSTATA-SE QUE A EDUCAÇÃO DOS SURDOS ESTÁ SENDO UM GRANDE DESAFIO AOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO, NO QUE SE REFERE A SEU PROCESSO DE ESCOLARIZAÇÃO ONDE A MAIORIA DESSES EDUCADORES PASSA POR DIFICULDADES POR NÃO SEREM CAPACITADOS PARA LECIONAR EM SALAS DE AULAS. MAIS DE 50% DAS ESCOLAS NO PAIS TEM UM ALUNO SURDO MAIS QUASE NENHUMA TEM PROFESSORES CAPACITADOS.
  • 57. REALIDADE DOS PROFESSORES  Não sou capaz disso;  Não sei por onde começar;  É preciso ter uma equipe técnica na escola;  A direção não entende;  Vai prejudicar os outros alunos;  Necessitamos de treinamento específico;  Como trabalhar esse aluno na parte psicológica?  Não somos preparados para atuar em todas as áreas;  Como alfabetizar o deficiente?