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• O grupo das pteridófitas compreende plantas
que, diferentemente das briófitas, possuem
vasos condutores de seiva sendo por isso,
consideradas traqueófitas. Entretanto, não
apresentam sementes.
• De acordo com o sistema de classificação
que utilizamos, as pteridófitas estão
distribuídas em dois filos: Pteridophyta
(samambaias, avencas, cavalinhas e psilotos)
e Lycopodiophyta (licopódios e selaginelas).
Características Gerais
As pteridófitas caracterizam-se por não formarem
sementes e por apresentarem, nos esporófitos, dois
tipos de tecido condutor bem diferenciado:
• O xilema (do grego xylon, madeira), que transporta
água e sais minerais das raízes até as folhas;
• O floema (do grego phloos, casca) que transporta
uma solução de açúcares e outros compostos
orgânicos produzidos nas folhas, para as demais
partes da planta. A solução de água e sais
transportada pelo xilema constitui a seiva mineral,
ou seiva xilemática; a solução de substâncias
orgânicas transportada pelo floema constitui a seiva
orgânica, ou seiva floemática.
Figura 1: (A) xilema para transporte de seiva
bruta e sustentação;
(B) floema para transporte de seiva elaborada
• As raízes são estruturas em geral subterrâneas, cuja
função é fixar a planta ao solo e absorver água e sais
minerais. Muitas pteridófitas têm raízes aéreas, que
crescem fora do solo.
• O caule é uma estrutura que cresce geralmente em
sentido oposto ao das raízes, mas muitas samambaias
têm caules que crescem paralelos à superfície do solo
ou logo abaixo dela. O caule sustenta as folhas em
posição adequada para que elas recebam luz, fonte de
energia para a seiva orgânica das folhas até as raízes.
• As folhas são estruturas geralmente laminares e com
células ricas em cloroplastos. Essas características são
adaptações à sua principal função, que é realizar a
fotossíntese.
As células que constituem o corpo das plantas
vasculares são bem diferenciadas entre si.
Células semelhantes reúnem-se formando tecidos,
especializados na realização de funções específicas.
Os tecidos organizam-se em três sistemas principais:
dérmico, vascular e fundamental.
• O sistema dérmico forma a camada mais externa
do corpo das plantas vasculares, recobrindo as
raízes, o caule e as folhas; sua função é proteger os
tecidos internos.
• O sistema vascular compõe-se dos tecidos
condutores – xilema e floema – e sua função é
distribuir substâncias pelo corpo da planta.
• O sistema fundamental é formado pelos tecidos que ocupam os
espaços internos da planta e que são chamados genericamente de
parênquimas. Estes desempenham funções diversas, de acordo com o
local em que se localizam e o tipo de planta em que ocorrem. Por
exemplo, o tecido que preenche o interior das folhas é chamado de
parênquima clorofiliano, por apresentar células ricas em cloroplastos,
especializadas na realização da fotossíntese. Muitas raízes e caules
têm um tecido fundamental denominado parênquima amilífero, cujas
células são ricas em amiloplastos,
organelas especializadas no armazenamento
de amido. Plantas aquáticas flutuantes
apresentam um tecido funda-
mental especializado na flutuação,
o parênquima aerífero, com
grandes espaços intercelulares
cheios de ar.
Representação
esquemática de esporófito
jovem de pteridófita, com
cortes transversais na
folha, no caule e na raiz,
para mostrar a
organização dos tecidos
nessas partes. (Imagens
sem escala, cores-
fantasia.)
(Baseado em Raven, P. H. e
col., 2007.)
Pteridófitas
Ao longo da história evolutiva do planeta,
elas tiveram grande importância pois foram
as primeiras a apresentar um sistema de
vasos condutores de nutrientes. Isso
favoreceu o transporte rápido pelo corpo do
vegetal e possibilitou o surgimento de
plantas de grande porte. Essa característica
também é marcante para a adaptação ao
ambiente terrestre.
A fase mais desenvolvida e predominante no ciclo
de vida das plantas vasculares é representada pelo
esporófito diploide.
Em plantas que tem
alternância de gerações, é a
geração ou fase diploide
(2n), produtora de esporos.
Figura: Esquema do esporófito adulto
de Polypodium.
Reprodução e ciclo de vida das
pteridófitas
Na reprodução assexuada Muitas espécies
de pteridófita têm
reprodução assexuada por brotamento.
O rizoma vai crescendo e, de
espaço em espaço, formam-se
pontos vegetativos que
originam folhas e raízes.
A fragmentação ou decomposição
do rizoma nas regiões entre esses pontos
vegetativos isola-os uns dos outros e assim
surgem novas plantas.
Reprodução sexuada
A maioria das espécies de pteridófita tem esporos de um único
tipo, sendo por isso denominadas homosporadas (do grego homos,
igual). Outras, como as dos gêneros Selaginella, Salvinia e Marsilea,
formam dois tipos de esporo, um grande – o megásporo – e outro
pequeno – o micrósporo. Por isso, elas são chamadas de
heterosporadas (do grego hetero, diferentes).
Na superfície inferior das folhas de certas samambaias existem
pequenas estruturas circulares verdes ou marrons, enfileiradas,
denominadas soros. Cada um deles contém um conjunto de
esporângios, geralmente recobertos por uma estrutura protetora, o
indúsio. No interior dos esporângios há esporócitos, células que se
dividem por meiose e originam esporos haploides. Quando maduros,
os esporângios rompem-se e liberam os esporos.
Pteridófitas
Ao cair em solo úmido, cada esporo pode germinar e dar
origem a um prótalo, essa plantinha em forma de cora-
ção mostrada na figura. O prótalo é uma planta sexuada
e produtora de gametas, ou seja, é o gametófito. Nas
espécies homosporadas, como as samambaias e as
avencas, o gametófito é, em geral, monoico
(bissexuado), formando
tanto arquegônios
(femininos) quanto
anterídios (masculinos).
No Prótalo existem
estruturas que formam
anterozóides e oosferas.
O arquegônio das pteridófitas é uma estrutura em forma de
garrafa, semelhante à das briófitas, em cujo interior se
diferencia o gameta feminino, a oosfera (n). A coluna de
células do arquegônio acima da oosfera degenera e abre um
canal de comunicação com o meio externo, por onde
penetram os anterozoides.
O anterídio é uma bolsa revestida por células estéreis, em cujo
interior se diferenciam gametas masculinos dotados de flagelos, os
anterozoides (n). A ruptura da parede dos anterídios liberta os
anterozoides, que nadam até os arquegônios, onde penetram. Um
anterozoide fecunda a oosfera e assim surge o zigoto diploide. Este se
divide por mitoses sucessivas, originando o embrião, que
será nutrido por substâncias
fornecidas pelo gametófito.
As células do embrião em desenvolvimento logo se
diferenciam em raiz, caule e folha, definindo a
organização básica do corpo da jovem planta.
A raiz entra em contato com o substrato, de onde
começa a absorver água e nutrientes minerais. Nas
células das primeiras folhas diferenciam-se cloroplastos,
que permitem ao jovem esporófito realizar fotossíntese e
tornar-se independente do gametófito quanto a nutrição.
Quando as reservas de nutrientes orgânicos do
gametófito se esgotam, ele degenera. Na maturidade, o
esporófito desenvolverá folhas férteis, nas quais se
formarão esporos, completando o ciclo. O ciclo de vida
que acabamos de descrever é típico das samambaias e
avencas.
Imagem de uma samambaia, divisão
Avenca e samambaia com soros.
Cavalinha,
Pteridófita
do Gênero
Equisetum.
Xaxim. Espécie: Dicksonia sellowiana, da
família Dicksoniaceae.

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Pteridófitas: vasos e ciclo de vida

  • 1.
  • 2. • O grupo das pteridófitas compreende plantas que, diferentemente das briófitas, possuem vasos condutores de seiva sendo por isso, consideradas traqueófitas. Entretanto, não apresentam sementes. • De acordo com o sistema de classificação que utilizamos, as pteridófitas estão distribuídas em dois filos: Pteridophyta (samambaias, avencas, cavalinhas e psilotos) e Lycopodiophyta (licopódios e selaginelas).
  • 3. Características Gerais As pteridófitas caracterizam-se por não formarem sementes e por apresentarem, nos esporófitos, dois tipos de tecido condutor bem diferenciado: • O xilema (do grego xylon, madeira), que transporta água e sais minerais das raízes até as folhas; • O floema (do grego phloos, casca) que transporta uma solução de açúcares e outros compostos orgânicos produzidos nas folhas, para as demais partes da planta. A solução de água e sais transportada pelo xilema constitui a seiva mineral, ou seiva xilemática; a solução de substâncias orgânicas transportada pelo floema constitui a seiva orgânica, ou seiva floemática.
  • 4. Figura 1: (A) xilema para transporte de seiva bruta e sustentação; (B) floema para transporte de seiva elaborada
  • 5. • As raízes são estruturas em geral subterrâneas, cuja função é fixar a planta ao solo e absorver água e sais minerais. Muitas pteridófitas têm raízes aéreas, que crescem fora do solo. • O caule é uma estrutura que cresce geralmente em sentido oposto ao das raízes, mas muitas samambaias têm caules que crescem paralelos à superfície do solo ou logo abaixo dela. O caule sustenta as folhas em posição adequada para que elas recebam luz, fonte de energia para a seiva orgânica das folhas até as raízes. • As folhas são estruturas geralmente laminares e com células ricas em cloroplastos. Essas características são adaptações à sua principal função, que é realizar a fotossíntese.
  • 6. As células que constituem o corpo das plantas vasculares são bem diferenciadas entre si. Células semelhantes reúnem-se formando tecidos, especializados na realização de funções específicas. Os tecidos organizam-se em três sistemas principais: dérmico, vascular e fundamental. • O sistema dérmico forma a camada mais externa do corpo das plantas vasculares, recobrindo as raízes, o caule e as folhas; sua função é proteger os tecidos internos. • O sistema vascular compõe-se dos tecidos condutores – xilema e floema – e sua função é distribuir substâncias pelo corpo da planta.
  • 7. • O sistema fundamental é formado pelos tecidos que ocupam os espaços internos da planta e que são chamados genericamente de parênquimas. Estes desempenham funções diversas, de acordo com o local em que se localizam e o tipo de planta em que ocorrem. Por exemplo, o tecido que preenche o interior das folhas é chamado de parênquima clorofiliano, por apresentar células ricas em cloroplastos, especializadas na realização da fotossíntese. Muitas raízes e caules têm um tecido fundamental denominado parênquima amilífero, cujas células são ricas em amiloplastos, organelas especializadas no armazenamento de amido. Plantas aquáticas flutuantes apresentam um tecido funda- mental especializado na flutuação, o parênquima aerífero, com grandes espaços intercelulares cheios de ar.
  • 8. Representação esquemática de esporófito jovem de pteridófita, com cortes transversais na folha, no caule e na raiz, para mostrar a organização dos tecidos nessas partes. (Imagens sem escala, cores- fantasia.) (Baseado em Raven, P. H. e col., 2007.)
  • 9. Pteridófitas Ao longo da história evolutiva do planeta, elas tiveram grande importância pois foram as primeiras a apresentar um sistema de vasos condutores de nutrientes. Isso favoreceu o transporte rápido pelo corpo do vegetal e possibilitou o surgimento de plantas de grande porte. Essa característica também é marcante para a adaptação ao ambiente terrestre.
  • 10. A fase mais desenvolvida e predominante no ciclo de vida das plantas vasculares é representada pelo esporófito diploide. Em plantas que tem alternância de gerações, é a geração ou fase diploide (2n), produtora de esporos. Figura: Esquema do esporófito adulto de Polypodium.
  • 11. Reprodução e ciclo de vida das pteridófitas Na reprodução assexuada Muitas espécies de pteridófita têm reprodução assexuada por brotamento. O rizoma vai crescendo e, de espaço em espaço, formam-se pontos vegetativos que originam folhas e raízes. A fragmentação ou decomposição do rizoma nas regiões entre esses pontos vegetativos isola-os uns dos outros e assim surgem novas plantas.
  • 12. Reprodução sexuada A maioria das espécies de pteridófita tem esporos de um único tipo, sendo por isso denominadas homosporadas (do grego homos, igual). Outras, como as dos gêneros Selaginella, Salvinia e Marsilea, formam dois tipos de esporo, um grande – o megásporo – e outro pequeno – o micrósporo. Por isso, elas são chamadas de heterosporadas (do grego hetero, diferentes).
  • 13. Na superfície inferior das folhas de certas samambaias existem pequenas estruturas circulares verdes ou marrons, enfileiradas, denominadas soros. Cada um deles contém um conjunto de esporângios, geralmente recobertos por uma estrutura protetora, o indúsio. No interior dos esporângios há esporócitos, células que se dividem por meiose e originam esporos haploides. Quando maduros, os esporângios rompem-se e liberam os esporos.
  • 15. Ao cair em solo úmido, cada esporo pode germinar e dar origem a um prótalo, essa plantinha em forma de cora- ção mostrada na figura. O prótalo é uma planta sexuada e produtora de gametas, ou seja, é o gametófito. Nas espécies homosporadas, como as samambaias e as avencas, o gametófito é, em geral, monoico (bissexuado), formando tanto arquegônios (femininos) quanto anterídios (masculinos). No Prótalo existem estruturas que formam anterozóides e oosferas.
  • 16. O arquegônio das pteridófitas é uma estrutura em forma de garrafa, semelhante à das briófitas, em cujo interior se diferencia o gameta feminino, a oosfera (n). A coluna de células do arquegônio acima da oosfera degenera e abre um canal de comunicação com o meio externo, por onde penetram os anterozoides.
  • 17. O anterídio é uma bolsa revestida por células estéreis, em cujo interior se diferenciam gametas masculinos dotados de flagelos, os anterozoides (n). A ruptura da parede dos anterídios liberta os anterozoides, que nadam até os arquegônios, onde penetram. Um anterozoide fecunda a oosfera e assim surge o zigoto diploide. Este se divide por mitoses sucessivas, originando o embrião, que será nutrido por substâncias fornecidas pelo gametófito.
  • 18. As células do embrião em desenvolvimento logo se diferenciam em raiz, caule e folha, definindo a organização básica do corpo da jovem planta. A raiz entra em contato com o substrato, de onde começa a absorver água e nutrientes minerais. Nas células das primeiras folhas diferenciam-se cloroplastos, que permitem ao jovem esporófito realizar fotossíntese e tornar-se independente do gametófito quanto a nutrição. Quando as reservas de nutrientes orgânicos do gametófito se esgotam, ele degenera. Na maturidade, o esporófito desenvolverá folhas férteis, nas quais se formarão esporos, completando o ciclo. O ciclo de vida que acabamos de descrever é típico das samambaias e avencas.
  • 19.
  • 20. Imagem de uma samambaia, divisão Avenca e samambaia com soros. Cavalinha, Pteridófita do Gênero Equisetum. Xaxim. Espécie: Dicksonia sellowiana, da família Dicksoniaceae.