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Passagem do
mundo Virtual
     para o Real!
      DE GALVES
Para muitos, a passagem do virtual para
o real        é bastante dura.
                             Para outros,
impossível.                        Lembro-
  me dela, que não era ela, era ele.
  Lembro-me dele que não tinha charme
 algum, embora fosse um verdadeiro Don
Juan no virtual.
                   Sabia muito bem lidar
        com as palavras escritas...
              DE GALVES
Lembro-me de toda aquela falsa
 alegria         que vários deixaram
   transparecer             durante
anos através das letras
 e que no real, rolou ladeira abaixo.

  Lembro-me de opções sexuais que
não eram verdadeiras e de amizades
            DE GALVES não foram
                     que
             sinceras...
Lembro-me daquela loira fatal, sexy,
sensual que enviava sempre suas fotos
                causando frisson em
muitos.
         Trinta, quarenta, quarenta e
cinco anos,           talvez?

Não!
                Já era avó e beirava
seus         DE GALVES      cinquenta
          e poucos anos...
Lembro-me de críticos literários,
               viviam de um sonho que
   possivelmente                  jamais
concretizaram.
               Lembro-me dos exaltados,
     ferozes provocadores, verdadeiras
  ovelhinhas no real.
Lembro-me de profissões virtuais,
   Médicos, Advogados, Engenheiros,
             seres reais que sequer tiveram
  a oportunidade GALVES de passar na
               DE
         porta de uma faculdade...
Lembro-me dos donos da verdade virtuais,
   apenas virtuais, no real, não tinham
  opinião a respeito de nada, perdiam-se
dentro das suas próprias dúvidas. Lembro-
me dos vários intelectuais,
     a maioria de porta de buteco.
                               Lembro-me de
 amores que jamais passaram
   para o real, pois no virtual já eram
 impossíveis,                       se bem
              que necessários...
                DE GALVES
Lembro-me do caráter dos seres
 virtuais,         como distinguir os
 bons e os maus?
     Ainda não existe em nenhum
  computador        uma peça que se
 encaixe e faça uma luz vermelha ou
 verde piscar a cada e-mail que entra
na nossa caixa de correio nos dando a
     informação que precisamos...
            DE GALVES
Lembro-me dela que tomou ele da
outra              e dessa mesma outra
  que nunca foi dele, mas havia quem
dissesse: Ele é meu! Ela é minha!
            No virtual, ninguém nunca
   foi de ninguém           e quando
chegaram ao real,
        poucos foram de alguém...
             DE GALVES
Lembro-me dos formadores de opinião e
            das vaquinhas de presépio.
                        Lembro-me da
 unanimidade virtual,             talvez a
única coisa real.
Lembro-me de enigmas.
               É assim ou assado?
                                É falso ou
verdadeiro?
 E lembro-me dos especialistas
                DEem enganar, trapacear,
                    GALVES
                 provocar...
Lembro-me dos ofendidos, feridos que
  sangravam virtualmente até não poder
  mais.                    Lembro-me das
 doenças virtuais (?) , das mortes (?) , das
 fugas (?) e dos sumiços(?) , seres que nem
 mesmo no virtual conseguiram sustentar
 seus personagens. Lembro-me dos ódios e
intrigas.                        Quem seria
o vilão e a vítima?
              Jamais saberei...
               DE GALVES
Lembro-me de mim, em meio a um tiroteio
invisível             e a um carinho duvidoso.

Lembro-me tão bem das carências excessivas
                 que desabrochavam em palavras
 dolorosas.                      Lembro-me da
criança que era um adulto
  e do adulto que era uma criança.
                                   Lembro-me da
 ofensa, da necessidade de
 denegrir a imagem de pessoas que incomodavam
  as outras       DE GALVES        pelo simples
      fato de se destacarem virtualmente...
Lembro-me finalmente,
                que o virtual jamais
 conseguiu ser real            e que o
real vivia a anos luz do virtual.
                            Depois de
lembrar-me de tudo isso           chego
à conclusão que apenas sei
         que nada sei sobre o mundo
  virtual,    DE GALVES
      assim como ninguém sabe.!
www.mensagensvirtuais.com.br




Apresentação e Montagem De               Desconheço o Autor
           galves

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Passagem do mundo virtual para

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  • 2. Para muitos, a passagem do virtual para o real é bastante dura. Para outros, impossível. Lembro- me dela, que não era ela, era ele. Lembro-me dele que não tinha charme algum, embora fosse um verdadeiro Don Juan no virtual. Sabia muito bem lidar com as palavras escritas... DE GALVES
  • 3. Lembro-me de toda aquela falsa alegria que vários deixaram transparecer durante anos através das letras e que no real, rolou ladeira abaixo. Lembro-me de opções sexuais que não eram verdadeiras e de amizades DE GALVES não foram que sinceras...
  • 4. Lembro-me daquela loira fatal, sexy, sensual que enviava sempre suas fotos causando frisson em muitos. Trinta, quarenta, quarenta e cinco anos, talvez? Não! Já era avó e beirava seus DE GALVES cinquenta e poucos anos...
  • 5. Lembro-me de críticos literários, viviam de um sonho que possivelmente jamais concretizaram. Lembro-me dos exaltados, ferozes provocadores, verdadeiras ovelhinhas no real. Lembro-me de profissões virtuais, Médicos, Advogados, Engenheiros, seres reais que sequer tiveram a oportunidade GALVES de passar na DE porta de uma faculdade...
  • 6. Lembro-me dos donos da verdade virtuais, apenas virtuais, no real, não tinham opinião a respeito de nada, perdiam-se dentro das suas próprias dúvidas. Lembro- me dos vários intelectuais, a maioria de porta de buteco. Lembro-me de amores que jamais passaram para o real, pois no virtual já eram impossíveis, se bem que necessários... DE GALVES
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  • 8. Lembro-me dela que tomou ele da outra e dessa mesma outra que nunca foi dele, mas havia quem dissesse: Ele é meu! Ela é minha! No virtual, ninguém nunca foi de ninguém e quando chegaram ao real, poucos foram de alguém... DE GALVES
  • 9. Lembro-me dos formadores de opinião e das vaquinhas de presépio. Lembro-me da unanimidade virtual, talvez a única coisa real. Lembro-me de enigmas. É assim ou assado? É falso ou verdadeiro? E lembro-me dos especialistas DEem enganar, trapacear, GALVES provocar...
  • 10. Lembro-me dos ofendidos, feridos que sangravam virtualmente até não poder mais. Lembro-me das doenças virtuais (?) , das mortes (?) , das fugas (?) e dos sumiços(?) , seres que nem mesmo no virtual conseguiram sustentar seus personagens. Lembro-me dos ódios e intrigas. Quem seria o vilão e a vítima? Jamais saberei... DE GALVES
  • 11. Lembro-me de mim, em meio a um tiroteio invisível e a um carinho duvidoso. Lembro-me tão bem das carências excessivas que desabrochavam em palavras dolorosas. Lembro-me da criança que era um adulto e do adulto que era uma criança. Lembro-me da ofensa, da necessidade de denegrir a imagem de pessoas que incomodavam as outras DE GALVES pelo simples fato de se destacarem virtualmente...
  • 12. Lembro-me finalmente, que o virtual jamais conseguiu ser real e que o real vivia a anos luz do virtual. Depois de lembrar-me de tudo isso chego à conclusão que apenas sei que nada sei sobre o mundo virtual, DE GALVES assim como ninguém sabe.!