1. As Tecnologias de Informação na Prática da Engenharia
Civil
Rodrigo Falcão Moreira
SOPSEC, SA
Palestra realizada no âmbito da sessão de apresentação do NTIEC – Núcleo de Tecnologias de
Informação na Engenharia Civil da FEUP
09 de Outubro de 2013
2. Enquadramento
O que mudou em 10 anos na prática da Engenharia Civil?
Tecnologias de Informação na Engenharia Civil: Friend or Foe?
Obrigatório ou opcional?
Podemos / devemos estar 100% dependentes do software comercial?
Ou temos todos de passar a ser applications developers…
…
Scared yet?
3. 10 anos de evolução (2003 – 2013)
Considerável evolução da capacidade de processamento do hardware;
Novo hardware (smartphones, tablets…) e novos softwares;
Informação circula cerca de 10x mais depressa (web, e-mail, cloud…);
Organização da informação na Construção mudou / continua a mudar:
Passagem do 2D para o 3D;
Passagem do CAD para o BIM;
Passagem do projecto individual para o projecto colaborativo;
Comunicação eficaz entre todos os intervenientes tem de ser assegurada;
Conceitos de Arquitectura mais arrojados → Novos desafios para a Engenharia.
4. Processo de Projecto em 2003
Representação essencialmente 2D;
Troca de informação via ficheiros de Texto e CAD;
Cada especialidade trabalha “independente” sobre uma base de Arquitectura;
Sobreposição de plantas e cortes como forma de coordenação entre especialidades;
Modelos 3D de cálculo estrutural são criados a partir de elementos 2D de Arquitectura;
Comunicação de dados entre intervenientes não levanta grandes dificuldades;
Qualquer modelo 3D de Arquitectura exige várias horas de trabalho e de renderização.
5. Processo de Projecto em 2013 - O que mudou?
Informação 3D paramétrica – BIM começa a querer generalizar-se;
Todos os intervenientes podem trabalhar coordenados sobre um modelo único da obra;
Este modelo BIM pode acompanhar a obra desde a concepção à exploração;
Existência de vários softwares BIM de diferentes fabricantes Europeus, Americanos…
Comunicação de dados directa por vezes não é possível…
Torna-se necessário conhecer outras “linguagens” (pml, stp, sat…);
Pode ser necessário desenvolver rotinas de programação para gerar estes ficheiros…
6. TI’s na Engenharia Civil - O que são actualmente?
Software de desenho 2D / 3D (CAD);
Software de modelação paramétrica (BIM);
Software comercial de cálculo estrutural (FEM p. ex.);
Outros softwares comerciais de cálculo (Hidráulica, Térmica, AVAC…);
Rotinas de programação para tratamento dos resultados obtidos;
Folhas de cálculo XL;
Add-ons para software comercial;
Aplicativos desenvolvidos em meio académico e disponibilizados ao público;
Qualquer código informático escrito por um utilizador para o ajudar!
7. Quais as vantagens da evolução?
Permite uma visão global tridimensional da obra desde as fases iniciais;
Liberta tempo para as importantes tarefas de concepção e verificação do projecto;
Reduz o tempo despendido no desenho e cálculos dos projectos;
Reduz o tempo necessário para a implementação de alterações ao projecto;
Melhora a coordenação entre todos os intervenientes e a qualidade da informação;
Permite comunicar em qualquer contexto.
É possível não fazer este investimento?
Depende de quanto tempo se quiser sobreviver…
8. Software comercial Vs. Aplicações próprias
O software comercial pode ser mais ou menos versátil, depende do fabricante;
A compatibilidade entre diferentes plataformas nem sempre funciona…
Portanto:
pode haver necessidade de criar aplicações para resolver um problema muito
específico;
podem surgir dificuldades de comunicação que obriguem a transmitir a
informação num formato não nativo ao software utilizado.
Ou seja, há várias situações em que o software comercial não resolve tudo;
E quando o Engenheiro não tem, o Engenheiro cria…
16. Obrigado.
Palestra realizada no âmbito da sessão de apresentação do NTIEC – Núcleo de Tecnologias de
Informação na Engenharia Civil da FEUP
09 de Outubro de 2013