O documento menciona dois vídeos, um chamado "Video João" e outro chamado "Video DT". Infelizmente não há outras informações fornecidas para gerar um resumo mais completo.
Existe um inseto que transmite uma doença chamada Doença de Chagas, onde a pessoa que é infectada perde a sensibilidade, pode se ferir, se queimar e não sente dor. O objetivo de estudarmos nesse trimestre sobre Jesus e sua vida, seu ministério, é para nos tornarmos mais sensíveis. A religiosidade faz com que nos tornemos cada vez mais infectados pela dureza, pela insensibilidade de acharmos que somos invencíveis. Jesus veio à terra como homem, sujeito às mesmas dificuldades que todos nós enfrentamos. É na sua conduta que encontramos uma base que pode guiar nossa vida.
Existem hoje aproximadamente 7,1 bilhões de pessoas na mundo hoje. Na época de Jesus, claro, o número era menor, mas mesmo assim existe muita gente. Porém, as curas realizadas por Jesus foram poucas se compararmos com a quantidade que havia na época. O tempo era pouco, ele estava como homem. Foram muitas curas, mas não todas.
Haviam muitos cegos, muitos paralíticos. Ele curou muitos, mas não curou todos. Por que? Primeiro, antes de explicar, vamos entender a origem dessas doenças.
Todas as nossas ações produzem uma consequência. Isso é fato. Não tem como plantar limão e colher laranja. Se você não cuida do seu corpo é obvio que uma hora ele vai reclamar. Muitas pessoas tem um metabolismo incrível e consegue lidar com os descuidos de forma tranquila, outras não. Se uma pessoa fuma, por exemplo, a consequência pode ser um câncer de pulmão, ou problemas respiratórios. E por aí vai.
Podemos dizer que a origem das doenças se deu na queda do homem. Foi no pecado original que tudo começou. De acordo com o texto de Gênesis 3:19, o homem teria que trabalhar, suar para conseguir seu sustento e a sentença pelo seu pecado estava decretada: tornaria ao pó, ou seja, devido à queda, veio a morte. A Bíblia não menciona, mas podemos imaginar: será que se o homem não tivesse pecado, estaria vivo até hoje?! De acordo com Romanos 6:23, o salário do pecado é a morte, ou seja, sem pecado, sem morte.
Você com certeza já ouviu essa frase: “Essa enfermidade não é para morte, mas para a glória de Deus” – João 11:4. Ao contrário do que muita gente anda pregando hoje, as doenças não são um julgamento de Deus. Se você está resfriado, não precisa pensar que Deus está te punindo por aquela coisa errada que você fez antes de ter gripe. Talvez tenha sido apenas um vento, ou o vírus transmitido em um lugar lotado de pessoas. Pense, se Deus fosse nos punir com doenças, estaríamos todos, crentes e descrentes, todos mortos, afinal, quem não peca? Não que isso sirva como uma desculpa pra você sair fazendo coisas erradas por aí. Mas provavelmente esse resfriado é culpa sua. Afinal, Deus não é aquele velhinho que está ali no canto, com um chicote na mão, esperando você errar pra te açoitar. Essa é uma imagem que as pessoas que pregam essa doutrina errada usam pra aterrorizar e manter o controle sobre as pessoas.
Mas o que significa então essa questão de enfermidade para a glória? Quer dizer que algumas enfermidades Deus mesmo coloca? Quando estudamos que a doença é origem da queda lá no Éden, percebemos que Deus não é responsável pelo mal. A doença é um tipo de mal. Se Deus nos implanta uma doença, logo, ele é o causador desse mal. Tudo isso vai contra a bondade dele (ainda que seja justo). O que acontece é que às vezes, devido negligência, genética, epidemia e até mesmo influência malígna, as doenças vêm. Quando o texto diz que a enfermidade seria para a glória, se refere ao fato de que a cura dessa tal doença produziria a glorificação do nome de Deus através do testemunho da pessoa que foi curada.
No começo da aula vimos que Deus não cura (ainda que tenha poder para tal) todas as doenças. Umas pessoas são curadas de uma enfermidade, enquanto outras morrem pela mesma enfermidade. O que seria isso? Predestinação? Deus escolhe só algumas pessoas para curar e deixa o resto lá, sofrendo? Deus tem obrigação de curar as enfermidades. O que acontece é que nós criamos uma imagem errada de Deus e passamos a enxergá-lo como um garçom de curas e provisões. De acordo com a mensagem que é pregada hoje, Deus é obrigado a nos curar, do contrário, não temos fé suficiente para alcançar a cura. No tempo de Jesus ele escolheu não curar a todos. Como falamos, haviam vários cegos, mas nem todos puderam ver. O objetivo de Cristo ter vindo à terra não foi a cura, embora tenha curado. Não foram os milagres, embora muitos ele tenha realizado. Seu objetivo era pregar o Evangelho, a mensagem de Deus, e as curas serviam pra mostrar que Ele era realmente o Filho de Deus. Seu objetivo foi sempre a cruz: “quem quiser vir após mim, tome a sua cura? E siga-me? Não, tome sua cruz!
O texto de Lc 5:12 deixa claro a intenção em receber a cura que aquele homem tinha. Ao dizer Senhor, ele reconhece Cristo como Deus e em seguida: “Se quiseres”: Mesmo que Jesus não o quisesse curar, ele permaneceria fiel, o adoraria. Existe uma grande inversão de valores: adoramos a Deus querendo a cura. Se não somos curados, não o adoramos. Antes de dar um tempo no canal, eu disse no video de abertura da série de Estudos “Tempestade” é no momento de dor que a nossa fé se manifesta. Às vezes nos comportamos como uma criança mimada que fica braba por não receber o seu presente. Quando Jesus fui a humildade daquele homem e o curou, sabia que seu testemunho alcançaria a muitos.
O texto de João 5 deixa claro que o objetivo de Jesus era a salvação e não a cura. Ao dizer para o paralítico para que não peques mais para que não o suceda coisa pior, Cristo se referia que pior do que não ter saúde e não poder entrar no templo, era não poder entrar no céu.