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A prevenção da recaída
A recaída é um processo que leva o indivíduo a retomar
o uso abusivo de álcool e/ou drogas. Como processo, a
recaída apresenta alguns sinalizadores que,
considerados em tempo, podem ser interrompidos por
habilidades e estratégias que, abordadas e executadas,
fazem com que o mesmo retorne ao foco de sua
recuperação e reverta tal processo.
Por se tratar de um fenômeno consideravelmente
poderoso e perigoso, é necessário que o indivíduo
receba instruções em grupos e reuniões para conhecer
tal processo e receber treinamento para desenvolver o
autocontrole (equilíbrio).
A recaída se constitui num desafio para o
indivíduo, uma vez que é difícil entender
e/ou identificar seus motivos.
Quando focalizamos o comportamento de
dependentes químicos, podemos perceber
algumas características que o diferenciam
de um indivíduo que não tem esse
comprometimento, um indivíduo que
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social estável.
Desta visão, o indivíduo deve, através de
exercícios de autoconhecimentoe autocontrole,
identificar situações, pessoas, lugares e estados
emocionais, comportamentos e atitudes que
podem mantê-lo em recuperação ou preceder
uma recaída.
A Prevenção da Recaída é um conjuntode
habilidades e modificaçõesdo estilo de vida da
pessoa para evitar uma recaída e visa:
A aquisiçãode habilidades para lidar com as
situações de risco.
A modificação do estilo de vida.
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com as situações de risco e mudar o estilo de
vida.
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DE CONSUMIR
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LIDAR COM O TRATAMENTO:
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prática o plano de recuperação;
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REATIVAÇÃO DOS MECANISMOS DE
DEFESA:
Negação;
Projeção;
Racionalização;
Justificativas.
Temos que observar alguns sinais e
sintomas físicos e emocionais que
ocorrem neste processo e, caso não
identificados ou trabalhados a tempo,
podem levar o indivíduo a uma
recaída.
SINAIS INTERIORES:
Mente fechada;
Age excessivamente pelo
emocional;
Vergonha da própria doença;
Desonestidade;
ANSIEDADE:
Imediatismo exagerado para
ter, ver e fazer coisas;
VOLTA DA NEGAÇÃO:
Ignora ou nega sentimentos e
dificuldades;
Medo;
Ansiedade;
Preocupação com o próprio bem estar;
COMPORTAMENTO EVASIVO* E
DEFENSIVO
Evita pensamentos honestos da
própria situação;
Preocupação com os outros e não
consigo mesmo;
Comportamento impulsivo;
Solidão;
CONSTRUÇÃO DA CRISE:
Devido à negação dos problemas;
“Baixo Astral”;
Focaliza e dá um valor maximizado
a um determinado problema(Visão
de túnel);
Perda da capacidade de pensar;
IMOBILIZAÇÃO:
Sonha acordado;
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concentração;
Desejo imaturo de ser feliz;
CONFUSÃO E REAÇÃO
EXAGERADA:
Revolta contra si e contra os
outros;
Irritação;
Raiva fácil;
Hábitos irregulares;
Recusa ajuda;
A recaída não deve ser considerada como um sinal de insucesso
no tratamento. Ela pode ser utilizada como uma oportunidade
para ampliar a conscientizaçãodo dependente sobre suas
dificuldades e seus conflitos. E pode ser vista também como
oportunidade de rever as convicções em torno da abstinência.
É comum observarmos alguns residentes alimentando
expectativas de conquistar ou reconquistar valores e situações
que não dependem exclusivamente do esforço individual, mas
dos agentes socializantes, do ambiente e do tempo. Muitos
acabam se desestimulando, perdendo a motivação quando se
deparam com frustrações, insucessos, preconceitose outros
fatos e fatores, e retornam aos antigos hábitos, pensamentos, e
mecanismos de defesa, como justificativa, racionalização,
negação, projeção etc.
Sabemos que a fissura é o desejo de usar a droga e que
não significa recaída. Mas também sabemos que
pensamentos e sentimentos gerados por uma situação
(“de risco” , por exemplo) podem levar a atitudes e
comportamentos (“ de risco”).
Por exemplo, um dependente que sente desejo de usar
por ter visto algum “sinalizador” (garrafa, lata, cinza,
cachimbo, música, amigo da ativa, etc.) deve ter
habilidade de interromper esse processo, mudando o
pensamento e focalizar as consequências negativas do
uso, como a dor, a culpa, a solidão, a paranoia, as
perdas, etc.
Esse processo funciona como uma
balança de dois pratos: é preciso
equilíbrio para que o dependente
químico não entre no processo de
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  • 1. A prevenção da recaída
  • 2. A recaída é um processo que leva o indivíduo a retomar o uso abusivo de álcool e/ou drogas. Como processo, a recaída apresenta alguns sinalizadores que, considerados em tempo, podem ser interrompidos por habilidades e estratégias que, abordadas e executadas, fazem com que o mesmo retorne ao foco de sua recuperação e reverta tal processo. Por se tratar de um fenômeno consideravelmente poderoso e perigoso, é necessário que o indivíduo receba instruções em grupos e reuniões para conhecer tal processo e receber treinamento para desenvolver o autocontrole (equilíbrio).
  • 3. A recaída se constitui num desafio para o indivíduo, uma vez que é difícil entender e/ou identificar seus motivos. Quando focalizamos o comportamento de dependentes químicos, podemos perceber algumas características que o diferenciam de um indivíduo que não tem esse comprometimento, um indivíduo que consegue manter um relacionamento social estável.
  • 4. Desta visão, o indivíduo deve, através de exercícios de autoconhecimentoe autocontrole, identificar situações, pessoas, lugares e estados emocionais, comportamentos e atitudes que podem mantê-lo em recuperação ou preceder uma recaída. A Prevenção da Recaída é um conjuntode habilidades e modificaçõesdo estilo de vida da pessoa para evitar uma recaída e visa: A aquisiçãode habilidades para lidar com as situações de risco. A modificação do estilo de vida.
  • 5. É importante desenvolver habilidades para lidar com as situações de risco e mudar o estilo de vida. Frente a uma situação de risco, a pessoa tem 2 (duas) opções: Enfrenta ou não a situação (resposta de enfrentamento) Vejamos agora algumas situações consideradas de risco, entre outras, e facilitadoras para a recaída:
  • 6. ESTADOS EMOCIONAIS NEGATIVOS Depressão Ressentimento Tristeza Impulsividade Desânimo Tédio Ansiedade Medos Stress Raiva Angústia Ciúmes Solidão Inveja Preocupação Auto piedade Culpa vergonha Humilhação Frustração Rejeição Inibição
  • 7. CONFLITO FAMILIAR: Preconceito Desentendimentos Cobranças Discussões Dificuldades nos relacionamentos Dificuldades financeiras Ociosidade em casa
  • 9. TRABALHO E O AMBIENTE DE TRABALHO: Fim do expediente Convites dos colegas Hábitos de risco Brincadeiras constrangedoras Etc.
  • 10. INFLUÊNCIA DE AMIGOS: PRINCIPALMENTE POR AMIGOS DA ATIVA E AMIZADES QUE NÃO CONHECEM A PROBLEMÁTICA DA DOENÇA E ACABAM TORNANDO-SE FACILITADORAS DE UMA RECAÍDA, ETC.
  • 11. DIVERSÃO E PRAZER: Comemorações Festas Bares e boates Euforia e a excitação; Companhia de pessoas que bebem e usam drogas quando alguma coisa boa acontece.
  • 12. PROBLEMAS FÍSICOS OU PSICOLÓGICOS: Insônia Problemas sexuais Dores físicas Doença própria Morte na família Cansaço ou sono Solidão Pensamentos desagradáveis etc.
  • 14. HÁBITO DE USAR ÁLCOOL E/OU DROGAS No término do trabalho; Em fins de semana; Quando amigos oferecem; Em visitas; Etc.
  • 15. LIDAR COM O TRATAMENTO: Quando está indo muito lentamente no tratamento; É mais fácil do que imaginava; Excesso de confiança na recuperação; Pensa que não vai ser feliz sem usar; Já está velho demais para parar de usar e / ou beber; Quando sente que não está colocando em prática o plano de recuperação; Etc.
  • 16. REATIVAÇÃO DOS MECANISMOS DE DEFESA: Negação; Projeção; Racionalização; Justificativas.
  • 17. Temos que observar alguns sinais e sintomas físicos e emocionais que ocorrem neste processo e, caso não identificados ou trabalhados a tempo, podem levar o indivíduo a uma recaída.
  • 18. SINAIS INTERIORES: Mente fechada; Age excessivamente pelo emocional; Vergonha da própria doença; Desonestidade;
  • 20. VOLTA DA NEGAÇÃO: Ignora ou nega sentimentos e dificuldades; Medo; Ansiedade; Preocupação com o próprio bem estar;
  • 21. COMPORTAMENTO EVASIVO* E DEFENSIVO Evita pensamentos honestos da própria situação; Preocupação com os outros e não consigo mesmo; Comportamento impulsivo; Solidão;
  • 22. CONSTRUÇÃO DA CRISE: Devido à negação dos problemas; “Baixo Astral”; Focaliza e dá um valor maximizado a um determinado problema(Visão de túnel); Perda da capacidade de pensar;
  • 24. CONFUSÃO E REAÇÃO EXAGERADA: Revolta contra si e contra os outros; Irritação; Raiva fácil; Hábitos irregulares; Recusa ajuda;
  • 25. A recaída não deve ser considerada como um sinal de insucesso no tratamento. Ela pode ser utilizada como uma oportunidade para ampliar a conscientizaçãodo dependente sobre suas dificuldades e seus conflitos. E pode ser vista também como oportunidade de rever as convicções em torno da abstinência. É comum observarmos alguns residentes alimentando expectativas de conquistar ou reconquistar valores e situações que não dependem exclusivamente do esforço individual, mas dos agentes socializantes, do ambiente e do tempo. Muitos acabam se desestimulando, perdendo a motivação quando se deparam com frustrações, insucessos, preconceitose outros fatos e fatores, e retornam aos antigos hábitos, pensamentos, e mecanismos de defesa, como justificativa, racionalização, negação, projeção etc.
  • 26. Sabemos que a fissura é o desejo de usar a droga e que não significa recaída. Mas também sabemos que pensamentos e sentimentos gerados por uma situação (“de risco” , por exemplo) podem levar a atitudes e comportamentos (“ de risco”). Por exemplo, um dependente que sente desejo de usar por ter visto algum “sinalizador” (garrafa, lata, cinza, cachimbo, música, amigo da ativa, etc.) deve ter habilidade de interromper esse processo, mudando o pensamento e focalizar as consequências negativas do uso, como a dor, a culpa, a solidão, a paranoia, as perdas, etc.
  • 27. Esse processo funciona como uma balança de dois pratos: é preciso equilíbrio para que o dependente químico não entre no processo de euforia ou no processo de depressão e, assim,evite ou interrompa os mecanismos negativos de ação / reação diante destes comportamentos.