SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 25
MÓDULO 2 – DO
ANTIGO REGIME
À AFIRMAÇÃO DO
LIBERALISMO
AS ORIGENS DO ABSOLUTISMO
 O Absolutismo Régio afirmou-se, na Europa, ao longo do século XVII.
 A sua origem recua ao século XII, quando se iniciou, em muitas monarquias europeias, um processo de
centralização do poder do rei.
 Processo intensifica-se nos séculos XV e XVI, contando com uma conjuntura favorável:
 O ressurgir do mundo urbano e mercantil, que cresceu à margem do mundo rural e feudal;
 O desejo de ascensão da burguesia enriquecida, numa época de decadência da sociedade senhorial;
 O desenvolvimento cultural e o renascimento do direito romano, que influenciou decisivamente o direito
canónico e, através dele, o pensamento jurídico e político, revalorizando a noção de Estado Centralizado;
AS ORIGENS DO ABSOLUTISMO
 O crescimento demográfico, económico e geográfico dos países, factos que impuseram a necessidade de uma
organização mais eficiente, unitária e permanente, coisa que só o poder régio poderia fazer com eficácia,
imparcialidade e soberania.
AS ORIGENS DO ABSOLUTISMO
 Estes factos, em conjunto, contribuíram para valorizar a figura do rei junto das comunidades da época.
 O rei passa a ser visto como organizador da defesa nacional, juiz imparcial das questões sociais,
garante do povo contra as arbitrariedades do senhorialismo, impulsionador do progresso e da fortuna
das nações (“pai protetor”) que, igualava, perante o seu poder, todas as ordens sociais.
 As Cortes, espaço de decisão nacional, passaram gradualmente a órgãos de conselho ouvidos apenas
quando o rei entendesse.
AS ORIGENS DO ABSOLUTISMO
 Desta forma, o rei foi reunindo os necessários apoios sociais, económicos e jurídicos que vão estar na
base do poder absoluto e foi reduzindo, gradualmente, a importância política e o poder das ordens
privilegiadas, garantindo apoios em grupos emergentes como alguma burguesia, endinheirada e ávida
de poder.
AS ORIGENS DO ABSOLUTISMO
 Com esses apoios os reis europeus dos séculos XV a XVII lutaram contra os privilégios e as imunidades
das ordens sociais, disciplinaram nobres e clérigos, rodearam-se de aparelhos de Estado cada vez
mais complexos e construíram as monarquias absolutas, regime político que marcou alguns países
europeus no período do Antigo Regime.
CONCEITOS
 Monarquia absoluta – Regime político em que
o rei detém uma autonomia total e única
sobre os seus súbditos, concentrando na sua
pessoa todos os poderes do Estado. Este
regime vigorou na quase totalidade dos reinos
europeus, de finais do século XVI a finais do
século XVIII.
 Antigo Regime – Designação atribuída ao
regime político – social que caracterizou a
Europa entre os séculos XVI e XVIII, isto é,
após o Renascimento e até às Revoluções
Liberais.
COMO SE CARACTERIZA A MONARQUIA ABSOLUTA
MONARQUIAS ABSOLUTAS DE DIREITO DIVINO
 No século XVII, as monarquias absolutas distinguiam-se das que não o eram pelo papel que cabia aos
reis na estrutura do estado:
 Foram a primeira e mais poderosa figura dos seus estados e exerceram o poder de forma pessoal (não
admitindo delegar poderes);
 Absoluta (não reconhecendo outro poder além ou acima do seu);
 Única (não repartida ou partilhada com ninguém)
MONARQUIAS ABSOLUTAS DE DIREITO DIVINO
 Este poder soberano era-lhes reconhecido de direito (juristas da época):
 A soberania régia era um legado divino, recebido diretamente pelos reis no dia da sua coroação,
quando ungidos e sacralizados como imagens de Deus sobre a Terra – rei, própria fonte do poder que
detém. Assumiam também o dever de tratar os seus súbditos com a bondade e a justiça divinas, apenas
devendo a Deus uma justificação pelos seus atos.
MONARQUIAS ABSOLUTAS DE DIREITO DIVINO
 Assim investido, o poder real parecia não admitir limites: nenhum privilégio e nenhuma liberdade,
privada ou pública, estavam acima do rei.
 O rei absoluto, detinha superior e arbitrariamente todos os poderes políticos:
 Poder legislativo – só o rei podia promulgar ou revogar as leis; ele era a lei viva;
 Poder judicial – o rei era o supremo juiz no seu reino e as suas decisões eram as únicas que não admitiam
apelação;
 Poder executivo – do rei dependiam todas as decisões de governação; possuía a chefia suprema do exército
(agora permanente e dependente apenas do rei) e só ele podia declarar a guerra ou a paz; chefiava
superiormente todas as instituições e órgãos político – administrativos, bem como todo o funcionalismo público,
cada vez mais numeroso, mas sempre de nomeação régia (todas as funções administrativas eram dons do rei); a
ele eram devidos todos os impostos, pois mesmo quando estes andavam alienados aos privilegiados, isso
acontecia por graça ou concessão régia e niunca por direito das ordens sociais.
MONARQUIAS ABSOLUTAS DE DIREITO DIVINO
 Os poderes do rei e do estado eram unos e indivisíveis, sem qualquer mecanismo de controlo.
 A teoria absolutista reconhecia alguns limites ao poder do rei:
 As leis de Deus, a que o rei, como seu vigário e mandatário, devia jurar obediência;
 As leis da Justiça natural dos homens (direito à propriedade, à justiça, à liberdade, à vida…), impostas desde
sempre:
 Leis Fundamentais de cada reino, instituídas pelo Costume e pela Tradição, ao longo dos tempos e, na sua
maioria, não escritas. Eram uma espécie de constituição consuetudinária e, sendo anteriores aos reis, impunham
limites ao Estado (cuja forma determinavam imperativamente) e aos soberanos que, apesar dos amplos poderes
legislativos que detinham, nunca as poderiam revogar.
COMO ESTAVA ORGANIZADA A SOCIEDADE NAS
MONARQUIAS ABSOLUTAS
A ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL
 O Antigo Regime caracteriza-se, por ser uma sociedade em Ordens ou Estados, integrada numa
monarquia absoluta.
 Entre os séculos XVI e XVIII, a maior parte das sociedades europeias estava estratificada em três grandes
grupos, juridicamente diferenciados segundo o nascimento e/ou prestígio da função que
desempenhavam na sociedade, independentemente da sua real condição económica ou do seu papel na
produção dos bens materiais
A ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL
 Os grupos assim formados designavam-se por Estados ou Ordens.
 Os Estados ou Ordens eram três:
 Clero
 Nobreza
 Povo (denominado, sobretudo no século XVIII, por Terceiro Estado).
A ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL
 Este tipo de estratificação social foi herdado da Idade Média e assentava na valorização que certas
funções adquiriram no contexto da vida em sociedade.
 Esta valorização foi ficando como tradição impondo-se nas leis consuetudinárias e institucionalizou-se
nas leis escritas:
 Faziam depender a posição social dos indivíduos da condição de nascimento ou do estado (religioso ou laico) a que
ascendiam.
 Estabeleciam os privilégios e os deveres das Ordens ou Estados, atribuindo a cada uma leis civis e penais próprias (os foros
das Ordens);
 Determinavam os códigos de atuação pública de cada Ordem e as relações de umas com as outras;
 Definiam as diferentes formas de tratamento, as honras, as dignidades e pensões a que cada uma tinha direito.
A ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL
 Deste modo, a estratificação da sociedade de corte era de tipo legal ou jurídico e assentava no
reconhecimento e aceitação do princípio da desigualdade natural dos súbditos perante o Estado e a
comunidade.
 Esta desigualdade encontrava-se definida nos estatutos jurídicos de cada Ordem, que atribuíam a cada
Estado direitos e deveres diferentes e específicos e definiam um conjunto de valores e comportamentos
para toda a vida.
 A estratificação social assentava no privilégio e era garantida pelos princípios do absolutismo régio,
baseado no direito divino; cada um pertencia a determinada ordem por nascimento, ou seja, por
“vontade divina”.
A ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL
 A condição social era quase inalterável.
 Só por decisão do rei, por casamento ou pela compra de títulos se podia ascender na sociedade.
 Daí a imobilidade que marcou esta sociedade.
 Nos meios urbanos, as sociedades eram mais diversificadas e menos cristalizadas, o que estava inerente
à própria dinâmica de crescimento económico.
CONCEITOS
 Ordem / Estado Social – Grupo social cujos
elementos são determinados com base no
nascimento ou no desempenho de cargos ou
funções. Nas sociedades europeias do Antigo
Regime, existiam três ordens ou estados
sociais: clero, nobreza e Terceiro Estado, do
qual faziam parte a burguesia e o povo
 Sociedade de Corte – Sociedade hierarquizada
em ordens, marcada pela preponderância das
elites, sobretudo das que compunham a corte
régia.
DIREITOS E DEVERES DOS PRIVILEGIADOS
DIREITOS E DEVERES DOS PRIVILEGIADOS
 Os direitos específicos dos grupos definiam-se como atributos especiais, designados por privilégios.
 A grande distinção fazia-se entre as ordens privilegiadas – o clero e a nobreza – e a não privilegiada, o
povo ou Terceiro Estado, que constituía cerca de 80 a 90% das populações, consoante as regiões.
 Nesta hierarquia, o primeiro lugar em prestígio, dignidades e honras pertencia ao clero(1).
 (I) como estado religioso, o clero estava diretamente dependente do Papa de Roma, uma entidade
exterior e superior aos estados políticos. Por isso, o clero possuía foro, ou seja, leis e tribunais privados
que julgavam apenas de acordo com o direito canónico, o direito próprio e específico dos eclesiásticos.
A Igreja manteve o direito de imunidade e asilo em todas as suas propriedades. O clero estava isento do
serviço militar e era uma ordem não tributária, pois, salvo nas exceções consignadas pelo Papa, os seus
bens, porque bens de Deus, não sofriam deduções a favor do Estado.
DIREITOS E DEVERES DOS PRIVILEGIADOS
 (I) Cobrava das restantes ordens o dízimo eclesiástico e recebia, também em nome de Deus, numerosas
outras dádivas e doações. Esta situação permitiu-lhe acumular, ao longo dos tempos, uma imensa
fortuna imobiliária e mobiliária, isenta de tributação. Pela cultura que normalmente detinham, os
eclesiásticos do Alto Clero eran chamados a desempenhar importantes cargos no ensino, na corte e na
administração pública. Pelo poder espiritual que representavam, usufruíam de grande prestígio, estima e
consideração social. Pela riqueza que detinham, impuseram-se, também, como força económica. O
Estatuto privilegiado que possuíam concedeu-lhes tantas liberdades que eram considerados como um
Estado dentro do Estado.
 Os nobres (II) também estavam isentos do pagamento de impostos ao Estado, com exceção dos
impostos gerais, devidos em ocasião de guerra; geriam-se por um foro privado; continuavam a cobrar
os direitos senhoriais aos camponeses e, nalgumas regiões, mantinham em funcionamento o tribunal
senhorial.
DIREITOS E DEVERES DOS PRIVILEGIADOS
 (II)Possuíam em exclusivo o direito de caça e, como pares e conselheiros dos reis, eram preferidos para o
desempenho dos mais altos cargos no exército e no aparelho político – administrativo, o que lhes
permitioa acumular subsídios e pensões que ajudavam a manter o seu padrão económico e
compensavam a desvalorização entretanto ocorrida nas rendas fundiárias. O absolutismo tendeu a
controlar uma parte da nobreza através dos rituais palacianos e da vida na corte, entretida em festas e
rivalidades pela atenção régia.
DIREITOS E DEVERES ATRIBUÍDOS AO TERCEIRO
ESTADO
DIREITOS E DEVERES DO TERCEIRO ESTADO
 Era composto pelo povo e pela burguesia.
 Não possuía quaisquer privilégios, mas era quem produzia riqueza, era a ordem tributária por
excelência.
 Inferior na consideração pública, no trajo

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Do Golpe Militar Ao Estado Novo
Do Golpe Militar Ao Estado NovoDo Golpe Militar Ao Estado Novo
Do Golpe Militar Ao Estado Novojdlimaaear
 
A Europa dos Parlamentos_Inglaterra.pptx
A Europa dos Parlamentos_Inglaterra.pptxA Europa dos Parlamentos_Inglaterra.pptx
A Europa dos Parlamentos_Inglaterra.pptxManuel Martins
 
01 história a_revisões_módulo_1
01 história a_revisões_módulo_101 história a_revisões_módulo_1
01 história a_revisões_módulo_1Vítor Santos
 
Da Queda Da Monarquia à ImplantaçãO Da RepúBlica ~ ApresentaçãO De Slides
Da Queda Da Monarquia à ImplantaçãO Da RepúBlica ~ ApresentaçãO De SlidesDa Queda Da Monarquia à ImplantaçãO Da RepúBlica ~ ApresentaçãO De Slides
Da Queda Da Monarquia à ImplantaçãO Da RepúBlica ~ ApresentaçãO De Slidesoliviaguerra
 
00 04 revisoes_modulo_4
00 04 revisoes_modulo_400 04 revisoes_modulo_4
00 04 revisoes_modulo_4Vítor Santos
 
00 3 preparação_exame_nacional_2017
00 3 preparação_exame_nacional_201700 3 preparação_exame_nacional_2017
00 3 preparação_exame_nacional_2017Vítor Santos
 
Imperialismo e Colonialismo no século XIX
Imperialismo e Colonialismo no século XIXImperialismo e Colonialismo no século XIX
Imperialismo e Colonialismo no século XIXAna Barreiros
 
Singapore political history
Singapore political historySingapore political history
Singapore political historyEEEE E
 
04 história a_revisões_módulo_4
04 história a_revisões_módulo_404 história a_revisões_módulo_4
04 história a_revisões_módulo_4Vítor Santos
 
O mapa politico de africa
O mapa politico de africaO mapa politico de africa
O mapa politico de africaHerminio Banze
 
Revolução Liberal de 1820
Revolução Liberal de 1820Revolução Liberal de 1820
Revolução Liberal de 1820ricardup
 
Portugal:da 1ªRepública à Ditadura Militar
Portugal:da 1ªRepública à Ditadura MilitarPortugal:da 1ªRepública à Ditadura Militar
Portugal:da 1ªRepública à Ditadura Militarnanasimao
 
As formas de estado, absolutismo
As formas de estado, absolutismoAs formas de estado, absolutismo
As formas de estado, absolutismoAlexandre Ramos
 

Mais procurados (20)

Do Golpe Militar Ao Estado Novo
Do Golpe Militar Ao Estado NovoDo Golpe Militar Ao Estado Novo
Do Golpe Militar Ao Estado Novo
 
P a l o p
P a l o pP a l o p
P a l o p
 
A Europa dos Parlamentos_Inglaterra.pptx
A Europa dos Parlamentos_Inglaterra.pptxA Europa dos Parlamentos_Inglaterra.pptx
A Europa dos Parlamentos_Inglaterra.pptx
 
Módulo 0
Módulo 0Módulo 0
Módulo 0
 
Bálcãs
BálcãsBálcãs
Bálcãs
 
01 história a_revisões_módulo_1
01 história a_revisões_módulo_101 história a_revisões_módulo_1
01 história a_revisões_módulo_1
 
Da Queda Da Monarquia à ImplantaçãO Da RepúBlica ~ ApresentaçãO De Slides
Da Queda Da Monarquia à ImplantaçãO Da RepúBlica ~ ApresentaçãO De SlidesDa Queda Da Monarquia à ImplantaçãO Da RepúBlica ~ ApresentaçãO De Slides
Da Queda Da Monarquia à ImplantaçãO Da RepúBlica ~ ApresentaçãO De Slides
 
00 04 revisoes_modulo_4
00 04 revisoes_modulo_400 04 revisoes_modulo_4
00 04 revisoes_modulo_4
 
História A - módulo 3, 4 e 6
História A - módulo 3, 4 e 6História A - módulo 3, 4 e 6
História A - módulo 3, 4 e 6
 
O Estado Novo
O Estado NovoO Estado Novo
O Estado Novo
 
00 3 preparação_exame_nacional_2017
00 3 preparação_exame_nacional_201700 3 preparação_exame_nacional_2017
00 3 preparação_exame_nacional_2017
 
Imperialismo e Colonialismo no século XIX
Imperialismo e Colonialismo no século XIXImperialismo e Colonialismo no século XIX
Imperialismo e Colonialismo no século XIX
 
Singapore political history
Singapore political historySingapore political history
Singapore political history
 
04 história a_revisões_módulo_4
04 história a_revisões_módulo_404 história a_revisões_módulo_4
04 história a_revisões_módulo_4
 
7.1.3 a regressão do demoliberalismo
7.1.3 a regressão do demoliberalismo7.1.3 a regressão do demoliberalismo
7.1.3 a regressão do demoliberalismo
 
O mapa politico de africa
O mapa politico de africaO mapa politico de africa
O mapa politico de africa
 
Revolução Liberal de 1820
Revolução Liberal de 1820Revolução Liberal de 1820
Revolução Liberal de 1820
 
Portugal:da 1ªRepública à Ditadura Militar
Portugal:da 1ªRepública à Ditadura MilitarPortugal:da 1ªRepública à Ditadura Militar
Portugal:da 1ªRepública à Ditadura Militar
 
As formas de estado, absolutismo
As formas de estado, absolutismoAs formas de estado, absolutismo
As formas de estado, absolutismo
 
O Antigo Regime.
O Antigo Regime.O Antigo Regime.
O Antigo Regime.
 

Semelhante a Módulo 2 – Do Antigo Regime à afirmação do Liberalismo.ppt

Luís XIV e o Absolutismo
Luís XIV e o AbsolutismoLuís XIV e o Absolutismo
Luís XIV e o AbsolutismoJoanaRitaSilva
 
Absolutismo monárquico
Absolutismo  monárquico Absolutismo  monárquico
Absolutismo monárquico Mary Alvarenga
 
Hist A11 Europa Politica Social Xvi Ie Xviii Denise S Almeida[1]
Hist A11 Europa Politica Social Xvi Ie Xviii Denise S Almeida[1]Hist A11 Europa Politica Social Xvi Ie Xviii Denise S Almeida[1]
Hist A11 Europa Politica Social Xvi Ie Xviii Denise S Almeida[1]josepedrosilva
 
O absolutismo europeu
O absolutismo europeuO absolutismo europeu
O absolutismo europeuTania Beatriz
 
4-Sociedade-Absolut. e mercant. numa soc. de ordens (4).ppt
4-Sociedade-Absolut. e mercant. numa soc. de ordens (4).ppt4-Sociedade-Absolut. e mercant. numa soc. de ordens (4).ppt
4-Sociedade-Absolut. e mercant. numa soc. de ordens (4).pptAnabela Costa
 
4 02 a europa dos estados absolutos e a europa dos parlamentos
4 02 a europa dos estados absolutos e a europa dos parlamentos4 02 a europa dos estados absolutos e a europa dos parlamentos
4 02 a europa dos estados absolutos e a europa dos parlamentosVítor Santos
 
Estado nação, território e poder
Estado nação, território e poderEstado nação, território e poder
Estado nação, território e poderVinicius Coelho
 
áRea De IntegraçãO
áRea De IntegraçãOáRea De IntegraçãO
áRea De IntegraçãORita
 
estado-naoterritrioepoder-150808235120-lva1-app6891.pptx
estado-naoterritrioepoder-150808235120-lva1-app6891.pptxestado-naoterritrioepoder-150808235120-lva1-app6891.pptx
estado-naoterritrioepoder-150808235120-lva1-app6891.pptxsilvana maciel
 
Política
PolíticaPolítica
Políticatsocio
 
F2.antigo regime
F2.antigo regimeF2.antigo regime
F2.antigo regimeCaio Cesar
 
2.1 estratificação social e poder político
2.1 estratificação social e poder político2.1 estratificação social e poder político
2.1 estratificação social e poder políticocattonia
 
Texto Introdutório - Absolutismo
Texto Introdutório - AbsolutismoTexto Introdutório - Absolutismo
Texto Introdutório - AbsolutismoPIBID HISTÓRIA
 
Texto introdutório absolutismo
Texto introdutório absolutismoTexto introdutório absolutismo
Texto introdutório absolutismoEmilia Andrade
 
Teoria Geral do Estado
Teoria Geral do EstadoTeoria Geral do Estado
Teoria Geral do EstadoPreOnline
 

Semelhante a Módulo 2 – Do Antigo Regime à afirmação do Liberalismo.ppt (20)

O Antigo Regime
O Antigo RegimeO Antigo Regime
O Antigo Regime
 
Luís XIV e o Absolutismo
Luís XIV e o AbsolutismoLuís XIV e o Absolutismo
Luís XIV e o Absolutismo
 
Absolutismo monárquico
Absolutismo  monárquico Absolutismo  monárquico
Absolutismo monárquico
 
Hist A11 Europa Politica Social Xvi Ie Xviii Denise S Almeida[1]
Hist A11 Europa Politica Social Xvi Ie Xviii Denise S Almeida[1]Hist A11 Europa Politica Social Xvi Ie Xviii Denise S Almeida[1]
Hist A11 Europa Politica Social Xvi Ie Xviii Denise S Almeida[1]
 
O absolutismo europeu
O absolutismo europeuO absolutismo europeu
O absolutismo europeu
 
4-Sociedade-Absolut. e mercant. numa soc. de ordens (4).ppt
4-Sociedade-Absolut. e mercant. numa soc. de ordens (4).ppt4-Sociedade-Absolut. e mercant. numa soc. de ordens (4).ppt
4-Sociedade-Absolut. e mercant. numa soc. de ordens (4).ppt
 
4 02 a europa dos estados absolutos e a europa dos parlamentos
4 02 a europa dos estados absolutos e a europa dos parlamentos4 02 a europa dos estados absolutos e a europa dos parlamentos
4 02 a europa dos estados absolutos e a europa dos parlamentos
 
Estado nação, território e poder
Estado nação, território e poderEstado nação, território e poder
Estado nação, território e poder
 
Caderno diário O Absolutismo n.º6 1415
Caderno diário O Absolutismo n.º6 1415Caderno diário O Absolutismo n.º6 1415
Caderno diário O Absolutismo n.º6 1415
 
áRea De IntegraçãO
áRea De IntegraçãOáRea De IntegraçãO
áRea De IntegraçãO
 
estado-naoterritrioepoder-150808235120-lva1-app6891.pptx
estado-naoterritrioepoder-150808235120-lva1-app6891.pptxestado-naoterritrioepoder-150808235120-lva1-app6891.pptx
estado-naoterritrioepoder-150808235120-lva1-app6891.pptx
 
Absolutismo
AbsolutismoAbsolutismo
Absolutismo
 
Absolutismo Monárquico 2019
Absolutismo Monárquico 2019Absolutismo Monárquico 2019
Absolutismo Monárquico 2019
 
República
RepúblicaRepública
República
 
Política
PolíticaPolítica
Política
 
F2.antigo regime
F2.antigo regimeF2.antigo regime
F2.antigo regime
 
2.1 estratificação social e poder político
2.1 estratificação social e poder político2.1 estratificação social e poder político
2.1 estratificação social e poder político
 
Texto Introdutório - Absolutismo
Texto Introdutório - AbsolutismoTexto Introdutório - Absolutismo
Texto Introdutório - Absolutismo
 
Texto introdutório absolutismo
Texto introdutório absolutismoTexto introdutório absolutismo
Texto introdutório absolutismo
 
Teoria Geral do Estado
Teoria Geral do EstadoTeoria Geral do Estado
Teoria Geral do Estado
 

Último

matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecniCleidianeCarvalhoPer
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTailsonSantos1
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfCamillaBrito19
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéisines09cachapa
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....LuizHenriquedeAlmeid6
 
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptxApresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptxLusGlissonGud
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesFabianeMartins35
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfHELENO FAVACHO
 
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfplanejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfmaurocesarpaesalmeid
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.Mary Alvarenga
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfEmanuel Pio
 
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇJaineCarolaineLima
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfHELENO FAVACHO
 
Bloco de português com artigo de opinião 8º A, B 3.docx
Bloco de português com artigo de opinião 8º A, B 3.docxBloco de português com artigo de opinião 8º A, B 3.docx
Bloco de português com artigo de opinião 8º A, B 3.docxkellyneamaral
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãIlda Bicacro
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfHELENO FAVACHO
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 

Último (20)

matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecni
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
 
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptxApresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
 
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfplanejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
 
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
 
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIXAula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
 
Bloco de português com artigo de opinião 8º A, B 3.docx
Bloco de português com artigo de opinião 8º A, B 3.docxBloco de português com artigo de opinião 8º A, B 3.docx
Bloco de português com artigo de opinião 8º A, B 3.docx
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
 

Módulo 2 – Do Antigo Regime à afirmação do Liberalismo.ppt

  • 1. MÓDULO 2 – DO ANTIGO REGIME À AFIRMAÇÃO DO LIBERALISMO
  • 2. AS ORIGENS DO ABSOLUTISMO  O Absolutismo Régio afirmou-se, na Europa, ao longo do século XVII.  A sua origem recua ao século XII, quando se iniciou, em muitas monarquias europeias, um processo de centralização do poder do rei.  Processo intensifica-se nos séculos XV e XVI, contando com uma conjuntura favorável:  O ressurgir do mundo urbano e mercantil, que cresceu à margem do mundo rural e feudal;  O desejo de ascensão da burguesia enriquecida, numa época de decadência da sociedade senhorial;  O desenvolvimento cultural e o renascimento do direito romano, que influenciou decisivamente o direito canónico e, através dele, o pensamento jurídico e político, revalorizando a noção de Estado Centralizado;
  • 3. AS ORIGENS DO ABSOLUTISMO  O crescimento demográfico, económico e geográfico dos países, factos que impuseram a necessidade de uma organização mais eficiente, unitária e permanente, coisa que só o poder régio poderia fazer com eficácia, imparcialidade e soberania.
  • 4. AS ORIGENS DO ABSOLUTISMO  Estes factos, em conjunto, contribuíram para valorizar a figura do rei junto das comunidades da época.  O rei passa a ser visto como organizador da defesa nacional, juiz imparcial das questões sociais, garante do povo contra as arbitrariedades do senhorialismo, impulsionador do progresso e da fortuna das nações (“pai protetor”) que, igualava, perante o seu poder, todas as ordens sociais.  As Cortes, espaço de decisão nacional, passaram gradualmente a órgãos de conselho ouvidos apenas quando o rei entendesse.
  • 5. AS ORIGENS DO ABSOLUTISMO  Desta forma, o rei foi reunindo os necessários apoios sociais, económicos e jurídicos que vão estar na base do poder absoluto e foi reduzindo, gradualmente, a importância política e o poder das ordens privilegiadas, garantindo apoios em grupos emergentes como alguma burguesia, endinheirada e ávida de poder.
  • 6. AS ORIGENS DO ABSOLUTISMO  Com esses apoios os reis europeus dos séculos XV a XVII lutaram contra os privilégios e as imunidades das ordens sociais, disciplinaram nobres e clérigos, rodearam-se de aparelhos de Estado cada vez mais complexos e construíram as monarquias absolutas, regime político que marcou alguns países europeus no período do Antigo Regime.
  • 7. CONCEITOS  Monarquia absoluta – Regime político em que o rei detém uma autonomia total e única sobre os seus súbditos, concentrando na sua pessoa todos os poderes do Estado. Este regime vigorou na quase totalidade dos reinos europeus, de finais do século XVI a finais do século XVIII.  Antigo Regime – Designação atribuída ao regime político – social que caracterizou a Europa entre os séculos XVI e XVIII, isto é, após o Renascimento e até às Revoluções Liberais.
  • 8. COMO SE CARACTERIZA A MONARQUIA ABSOLUTA
  • 9. MONARQUIAS ABSOLUTAS DE DIREITO DIVINO  No século XVII, as monarquias absolutas distinguiam-se das que não o eram pelo papel que cabia aos reis na estrutura do estado:  Foram a primeira e mais poderosa figura dos seus estados e exerceram o poder de forma pessoal (não admitindo delegar poderes);  Absoluta (não reconhecendo outro poder além ou acima do seu);  Única (não repartida ou partilhada com ninguém)
  • 10. MONARQUIAS ABSOLUTAS DE DIREITO DIVINO  Este poder soberano era-lhes reconhecido de direito (juristas da época):  A soberania régia era um legado divino, recebido diretamente pelos reis no dia da sua coroação, quando ungidos e sacralizados como imagens de Deus sobre a Terra – rei, própria fonte do poder que detém. Assumiam também o dever de tratar os seus súbditos com a bondade e a justiça divinas, apenas devendo a Deus uma justificação pelos seus atos.
  • 11. MONARQUIAS ABSOLUTAS DE DIREITO DIVINO  Assim investido, o poder real parecia não admitir limites: nenhum privilégio e nenhuma liberdade, privada ou pública, estavam acima do rei.  O rei absoluto, detinha superior e arbitrariamente todos os poderes políticos:  Poder legislativo – só o rei podia promulgar ou revogar as leis; ele era a lei viva;  Poder judicial – o rei era o supremo juiz no seu reino e as suas decisões eram as únicas que não admitiam apelação;  Poder executivo – do rei dependiam todas as decisões de governação; possuía a chefia suprema do exército (agora permanente e dependente apenas do rei) e só ele podia declarar a guerra ou a paz; chefiava superiormente todas as instituições e órgãos político – administrativos, bem como todo o funcionalismo público, cada vez mais numeroso, mas sempre de nomeação régia (todas as funções administrativas eram dons do rei); a ele eram devidos todos os impostos, pois mesmo quando estes andavam alienados aos privilegiados, isso acontecia por graça ou concessão régia e niunca por direito das ordens sociais.
  • 12. MONARQUIAS ABSOLUTAS DE DIREITO DIVINO  Os poderes do rei e do estado eram unos e indivisíveis, sem qualquer mecanismo de controlo.  A teoria absolutista reconhecia alguns limites ao poder do rei:  As leis de Deus, a que o rei, como seu vigário e mandatário, devia jurar obediência;  As leis da Justiça natural dos homens (direito à propriedade, à justiça, à liberdade, à vida…), impostas desde sempre:  Leis Fundamentais de cada reino, instituídas pelo Costume e pela Tradição, ao longo dos tempos e, na sua maioria, não escritas. Eram uma espécie de constituição consuetudinária e, sendo anteriores aos reis, impunham limites ao Estado (cuja forma determinavam imperativamente) e aos soberanos que, apesar dos amplos poderes legislativos que detinham, nunca as poderiam revogar.
  • 13. COMO ESTAVA ORGANIZADA A SOCIEDADE NAS MONARQUIAS ABSOLUTAS
  • 14. A ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL  O Antigo Regime caracteriza-se, por ser uma sociedade em Ordens ou Estados, integrada numa monarquia absoluta.  Entre os séculos XVI e XVIII, a maior parte das sociedades europeias estava estratificada em três grandes grupos, juridicamente diferenciados segundo o nascimento e/ou prestígio da função que desempenhavam na sociedade, independentemente da sua real condição económica ou do seu papel na produção dos bens materiais
  • 15. A ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL  Os grupos assim formados designavam-se por Estados ou Ordens.  Os Estados ou Ordens eram três:  Clero  Nobreza  Povo (denominado, sobretudo no século XVIII, por Terceiro Estado).
  • 16. A ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL  Este tipo de estratificação social foi herdado da Idade Média e assentava na valorização que certas funções adquiriram no contexto da vida em sociedade.  Esta valorização foi ficando como tradição impondo-se nas leis consuetudinárias e institucionalizou-se nas leis escritas:  Faziam depender a posição social dos indivíduos da condição de nascimento ou do estado (religioso ou laico) a que ascendiam.  Estabeleciam os privilégios e os deveres das Ordens ou Estados, atribuindo a cada uma leis civis e penais próprias (os foros das Ordens);  Determinavam os códigos de atuação pública de cada Ordem e as relações de umas com as outras;  Definiam as diferentes formas de tratamento, as honras, as dignidades e pensões a que cada uma tinha direito.
  • 17. A ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL  Deste modo, a estratificação da sociedade de corte era de tipo legal ou jurídico e assentava no reconhecimento e aceitação do princípio da desigualdade natural dos súbditos perante o Estado e a comunidade.  Esta desigualdade encontrava-se definida nos estatutos jurídicos de cada Ordem, que atribuíam a cada Estado direitos e deveres diferentes e específicos e definiam um conjunto de valores e comportamentos para toda a vida.  A estratificação social assentava no privilégio e era garantida pelos princípios do absolutismo régio, baseado no direito divino; cada um pertencia a determinada ordem por nascimento, ou seja, por “vontade divina”.
  • 18. A ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL  A condição social era quase inalterável.  Só por decisão do rei, por casamento ou pela compra de títulos se podia ascender na sociedade.  Daí a imobilidade que marcou esta sociedade.  Nos meios urbanos, as sociedades eram mais diversificadas e menos cristalizadas, o que estava inerente à própria dinâmica de crescimento económico.
  • 19. CONCEITOS  Ordem / Estado Social – Grupo social cujos elementos são determinados com base no nascimento ou no desempenho de cargos ou funções. Nas sociedades europeias do Antigo Regime, existiam três ordens ou estados sociais: clero, nobreza e Terceiro Estado, do qual faziam parte a burguesia e o povo  Sociedade de Corte – Sociedade hierarquizada em ordens, marcada pela preponderância das elites, sobretudo das que compunham a corte régia.
  • 20. DIREITOS E DEVERES DOS PRIVILEGIADOS
  • 21. DIREITOS E DEVERES DOS PRIVILEGIADOS  Os direitos específicos dos grupos definiam-se como atributos especiais, designados por privilégios.  A grande distinção fazia-se entre as ordens privilegiadas – o clero e a nobreza – e a não privilegiada, o povo ou Terceiro Estado, que constituía cerca de 80 a 90% das populações, consoante as regiões.  Nesta hierarquia, o primeiro lugar em prestígio, dignidades e honras pertencia ao clero(1).  (I) como estado religioso, o clero estava diretamente dependente do Papa de Roma, uma entidade exterior e superior aos estados políticos. Por isso, o clero possuía foro, ou seja, leis e tribunais privados que julgavam apenas de acordo com o direito canónico, o direito próprio e específico dos eclesiásticos. A Igreja manteve o direito de imunidade e asilo em todas as suas propriedades. O clero estava isento do serviço militar e era uma ordem não tributária, pois, salvo nas exceções consignadas pelo Papa, os seus bens, porque bens de Deus, não sofriam deduções a favor do Estado.
  • 22. DIREITOS E DEVERES DOS PRIVILEGIADOS  (I) Cobrava das restantes ordens o dízimo eclesiástico e recebia, também em nome de Deus, numerosas outras dádivas e doações. Esta situação permitiu-lhe acumular, ao longo dos tempos, uma imensa fortuna imobiliária e mobiliária, isenta de tributação. Pela cultura que normalmente detinham, os eclesiásticos do Alto Clero eran chamados a desempenhar importantes cargos no ensino, na corte e na administração pública. Pelo poder espiritual que representavam, usufruíam de grande prestígio, estima e consideração social. Pela riqueza que detinham, impuseram-se, também, como força económica. O Estatuto privilegiado que possuíam concedeu-lhes tantas liberdades que eram considerados como um Estado dentro do Estado.  Os nobres (II) também estavam isentos do pagamento de impostos ao Estado, com exceção dos impostos gerais, devidos em ocasião de guerra; geriam-se por um foro privado; continuavam a cobrar os direitos senhoriais aos camponeses e, nalgumas regiões, mantinham em funcionamento o tribunal senhorial.
  • 23. DIREITOS E DEVERES DOS PRIVILEGIADOS  (II)Possuíam em exclusivo o direito de caça e, como pares e conselheiros dos reis, eram preferidos para o desempenho dos mais altos cargos no exército e no aparelho político – administrativo, o que lhes permitioa acumular subsídios e pensões que ajudavam a manter o seu padrão económico e compensavam a desvalorização entretanto ocorrida nas rendas fundiárias. O absolutismo tendeu a controlar uma parte da nobreza através dos rituais palacianos e da vida na corte, entretida em festas e rivalidades pela atenção régia.
  • 24. DIREITOS E DEVERES ATRIBUÍDOS AO TERCEIRO ESTADO
  • 25. DIREITOS E DEVERES DO TERCEIRO ESTADO  Era composto pelo povo e pela burguesia.  Não possuía quaisquer privilégios, mas era quem produzia riqueza, era a ordem tributária por excelência.  Inferior na consideração pública, no trajo