O documento discute o papel do Centro Espírita como refúgio para almas encarnadas e desencarnadas, comparando-o aos templos do passado. Apresenta Jesus como um líder humilde que trouxe novas práticas espirituais sem ostentação. Discute como os primeiros cultos cristãos surgiram de forma simples e espontânea, propagando a "Boa Nova".
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudo
Boletim o pae marco 2019
1. 1
O Centro Espírita é o refúgio das
almas, encarnadas e desencarnadas.
Substitui no presente os templos do pas-
sado, onde as pompas terrenas estimu-
lavam as almas frágeis, sugerindo-lhes
o amparo das potências celestes. Jesus
de Nazaré, que os judeus es-
peravam como o Cristo das
novas guerras de conquista,
surgiu humilde e simples,
modesto filho de uma família
operária. De suas mãos surgi-
ram práticas novas, em que o
fluxo divino dispensava os pa-
ramentos suntuosos dos ca-
nais oficiais da Divindade. E,
com esse fluir espontâneo do
amor e da bondade naturais,
derramaram-se na terra dos corações as
sementes da Boa-Nova. Foi dessa se-
meadura nos campos e nas praias, no
próprio interior dos templos ou em seus
pátios exteriores, ainda sob o fumegar
das aras em que se queimavam as ervas
sagradas e as carnes dos animais sacri-
ficados, que surgiram os primeiros cultos
pneumáticos do Cristianismo Primitivo, os
cultos do Espírito.
O Centro Espírita nasceu como Jesus
e com Jesus, sem os aparatos inúteis do
formalismo religioso, restabelecendo nas
almas a confiança em si mesmas, desper-
tando-lhes a percepção de sua natureza
divina.As almas frágeis tornaram-se fortes
na fraqueza da simplicidade. O Espiritismo
abalou as estruturas do mundo artificial
dos homens, revelando-lhes assustado-
ras perspectivas de responsabilidade mo-
ral e espiritual. Subverteu a ordem extática
das aparências convencionais
e soltou sobre as Igrejas, as
Academias, as Universidades,
os gabinetes dos sábios e
toda a estrutura vacilante das
ciências os seus fantasmas
até então considerados como
simples ficções literárias.
Os fantasmas não pediam
licença para aparecer e tumul-
tuaram o panorama cultural,
suscitando polêmicas violen-
tas entre figurões mundiais do saber. Em
meio ao temporal, as almas frágeis se re-
fugiavam humildes nas reuniões familiais
do velho culto pneumático ressuscitado. O
Centro Espírita, como a relva, nasce por
todaparte,equandoospoderestemporais
o decompõem ou esmagam, ele renasce
com teimosia desafiante. As almas frágeis
se fizeram fortes ao sopro dos ventos pro-
féticos. Criaturas ingênuas e desprovidas
de tudo, órfãs da cultura secular, sentem-
se apoiadas na rocha das experiências vi-
tais do espírito e são capazes de enfrentar
os titãs da cultura mundial com a firmeza
dos estóicos.
Informativo Mensal do Posto de Assistência Espírita - Ano V, Número 42 - Março/2019.
Editorial – Jorge Hessen
Livro “O Centro Espírita”, Herculano Pires,
capítulo 6 - “As almas frágeis”
2. 2
Os presidentes e dirigentes de
Centros precisam exercer rigorosa vigilân-
cia em suas instituições, para que essas
almas infantis não deturpem santamente
a Doutrina, com as melhores intenções de
que o Inferno está cheio. Todas as formas
de resíduos do passado igrejeiro agradam
a essas almas traumatizadas, que são
atraídas ao Espiritismo precisamente para
se curarem nele e não para prejudicá-lo.
O Espiritismo não é uma Doutrina de pas-
sividade contemplativa. Sua finalidade,
como os Espíritos Superiores disseram a
Kardec, é revolucionar o mundo inteiro,
modificando-o para melhor.
ApromessaevangélicadoConsolador
secumprenaDoutrinaEspíritademaneira
positivaenãoatravésdecantigasdeninar,
de palavrório anestesiante. O consolo que
o Espiritismo nos dá não é a proteção fictí-
cia da fé cega, dos sacramentos vazios de
sentido, do socorro espiritual egoísta, em
forma de privilégio injustificáveis, do pater-
nalismo dos sacerdotes profissionais, dos
agrados interesseiros de médiuns venais.
O Consolador não se manifesta através de
prodígios sobrenaturais, mas na forma de
esclarecimentos positivos, de revelação
científica das leis naturais que até agora
olvidamos ou encaramos como crianças
choramingas pedindo colo.
O terror místico proveniente de um
longo passado religioso de mistérios e
ameaças não tem mais razão de ser. Não
obstante, encontramos no meio espírita
um pesado lastro desse terror em forma
de traumatismos inconscientes que geram
comportamentos antiespíritas. O ensino
de Jesus a Nicodemos: “É preciso nascer
de novo”, o caso de Madalena, a cortesã
compreendida pelo Mestre, o episódio da
mulher adúltera que os hipócritas queriam
apedrejar mostram de sobejo que a posi-
ção de Jesus em face desse problema era
de compreensão e respeito pela condição
humana.As almas frágeis do meio espírita
devem atirar no caminho a bagagem pe-
sada, dessas condenações do passado,
sem temer as ameaças do Céu nem se
entregar às fascinações da Terra.
Livro: O Consolador
Médium: Chico Xavier
Editora: FEB
Questão 242 - Por que o Evangelho não nos fala das alegrias da vida
humana?
O Evangelho não podia trazer os cenários do riso mascarado do mundo,
mas a verdade é que todas as lições do Mestre Divino foram efetuadas nas pai-
sagens da mais perfeita alegria espiritual. Sua primeira revelação foi nas bodas
de Canaã, entre os júbilos sagrados da família. Seus ensinamentos, à margem
das águas do Tiberíades, desdobraram-se entre criaturas simples e alegres, for-
talecidas na fé e no trabalho sadio. Em Jerusalém, contudo, junto das hipocrisias
do Templo, ou em face dos seus algozes empedernidos, o Mestre Divino não
poderia sorrir, alentando a mentira ou desenvolvendo os métodos da ingrati-
dão e da violência. Eis por que, em seu ambiente natural, toda a história evan-
gélica é sempre um poema de luz, de amor, de encantamento e de alegria.
Refletindo
com Emmanuel
3. 3
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Espaço da Codificação ............
O Evangelho segundo o Espiritismo
Capítulo 7, item 6.
O Espiritismo sanciona pelo exemplo a teoria, mostrando-nos
na posição de grandes no mundo dos Espíritos os que eram peque-
nos na Terra; e bem pequenos, muitas vezes, os que na Terra eram
os maiores e os mais poderosos. E que os primeiros, ao morrerem,
levaram consigo aquilo que faz a verdadeira grandeza no céu e que não
se perde nunca: as virtudes, ao passo que os outros tiveram de deixar
aqui o que lhes constituía a grandeza terrena e que se não leva para
a outra vida: a riqueza, os títulos, a glória, a nobreza do nascimento.
Nada mais possuindo senão isso, chegam ao outro mundo privados
de tudo, como náufragos que tudo perderam, até as próprias roupas.
Conservaram apenas o orgulho que mais humilhante lhes torna a nova
posição, porquanto veem colocados acima de si e resplandecentes de
glória os que eles na Terra espezinharam.
Suícidio
Que espécie de sofrimentos tidos por irremediáveis
são capazes de transtornar a mente da criatura e induzi-
la ao autoaniquilamento? Na questão 944 de “O Livro dos
Espíritos” temos: “Tem o homem o direito de dispor da
sua vida? Não; só a Deus assiste esse direito. O suicídio
voluntário importa numa transgressão desta lei”.
Pesquisas evidenciam que a busca da morte está
presente em todas as camadas da sociedade, sem que a formação intelectual ou a
condição material possam estagnar ou reduzir o número apocalíptico de vítimas.
O capítulo 24 da obra “Boa Nova”, autoria de Humberto de Campos, registra
com tristeza o fracasso de Judas Iscariotes, que se dependurou numa figueira,
despedindo-se deste plano perturbado pelo insucesso de suas maquinações políticas
e pela traição a Jesus. Camilo Castelo Branco, um dos mais notáveis gênios da
literatura portuguesa, após longo estágio nos sítios do horror em esferas espirituais
atormentadas, a convite de benfeitores, narrou, no livro “Memórias de um Suicida”,
de Yvonne A. Pereira, sua sofrida odisseia depois de arrebatar, sob a pressão de
obsessores e da cegueira, a própria existência com um tiro no ouvido.
Podemos citar, resumidamente, três realidades que se apresentam ao suicida
após sua desencarnação, com base na literatura espírita:
1 - Constatação que não morreu. Desfaz-se apenas do corpo físico, ao qual
Fabiano Augusto
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Expediente
Reuniões Públicas - Escala do Mês de Março
SÁBADOS / 18 HORAS
Dia Palestrante
02 - Jorge Hessen (PAE)
09 - Wallid Koury (Cantinho da Fé)
16 - Caio Lucidio (CEPT)
23 - Fabiano Augusto (CEFE)
30 - Fátima Guimarães (FEB)
QUARTAS-FEIRAS / 20 HORAS
Dia Palestrante
06 - Carlos Sá (FEB)
13 - Carlos Alberto (CEFE)
20 - Jorge Hessen (PAE)
27 - Sérgio Rossi (CEPT)
Matricule seu filho na evangelização do PAE.
Turmas dos 3 aos 21 anos. Sábados das 18h às 19h.
Equipe DIJ
mantém-se ligado por uma rede de energia magnética, sofrendo dolorosas
repercussões perispirituais com a decomposição do corpo físico.
2 - Ampliação exponencial do sofrimento percebido na matéria, somando-se às
crises de consciência além do aprisionamento nas inferiores paragens espirituais,
onde tudo é fome, sede, frio, imoralidade, violência, escuridão plena, ausência de
paz, revivência dos momentos do suícidio e outros sofrimentos inimagináveis.
3 - Perspectiva de reencarnação, após reciclagem em núcleos do mundo
espiritual, em futuro corpo físico comprometido pelas deformidades provocadas
pela violência do suicídio, que lesiona órgãos do corpo perispiritual, abala o sistema
nervoso central e provoca disfunções no psiquismo, irreversíveis a curto prazo.
A temática é ampla, sendo impraticável seu detalhamento em poucas palavras,
mas cabe aqui a ênfase de que diante da angústia extrema, a fé, que se expressa
na disciplina da prece fervorosa e na resignação, pode proporcionar resultados
surpreendentes;equeoautocídiojamaisseráofimdasaflições,aocontrário,converter-
se-á no estuário de horrores infernais de que tão cedo não se libertará o trânsfuga.