A oxfam adverte a desigualdade econômica está fora de controle

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Oxfam BrasilOxfam é uma organização global para o desenvolvimento que mobiliza o poder das pessoas contra a pobreza.

O aumento da desigualdade pode levar a um retrocesso de décadas na luta contra a pobreza, alertou hoje a Oxfam durante a divulgação de um novo relatório mostrando que o número de bilionários no mundo mais que dobrou desde a última crise financeira global. O relatório, “Equilibre o Jogo: é hora de acabar com a desigualdade extrema”, mostra em detalhes que as pessoas mais ricas do mundo têm mais dinheiro do que jamais poderão gastar durante toda a vida, enquanto centenas de milhões de outras vivem em abjeta pobreza sem acesso a serviços essenciais de saúde ou à educação básica. Em países do mundo todo, a prosperidade não está chegando às pessoas comuns, mas está indo para os que estão no topo e cuja fortuna excepcional cresce cada vez mais rápido. As 85 pessoas mais ricas – as quais a Oxfam revelou em janeiro possuírem patrimônio igual ao da metade mais pobre da população mundial – viram sua fortuna coletiva crescer US$ 668 milhões ao dia entre 2013 e 2014. Isso é quase meio milhão de dólares por minuto. Do FMI ao Papa, do presidente Obama ao Fórum Econômico Mundial há um consenso cada vez maior de que a desigualdade é um desafio crucial do nosso tempo, e que a falta de ação é prejudicial tanto em termos econômicos quanto sociais. Apesar das palavras, poucas foram as ações concretas. O relatório da Oxfam, endossado por Graça Machel, Kofi Annan e Joseph Stiglitz, entre outros, representa a abertura de uma nova campanha da instituição, também chamada “Equilibre o Jogo !”, para pressionar líderes mundiais a transformar a retórica em prática e garantir condições mais justas às pessoas mais pobres. É preciso agir para acabar com a sonegação fiscal de corporações multinacionais e das pessoas mais ricas do mundo. As grandes corporações globais e as pessoas mais ricas precisam pagar sua justa parcela aos cofres públicos, para que os países possam combater a desigualdade e construir sociedades mais justas.

Embargo: 5:00PM GMT October 29th 2014 / 15:00h HORÁRIO DE BRASÍLIA 
A Oxfam adverte: a desigualdade econômica está fora de controle 
Número de bilionários dobra no mundo. 
O aumento da desigualdade pode levar a um retrocesso de décadas na luta contra a pobreza (1), alertou hoje a Oxfam durante a divulgação de um novo relatório mostrando que o número de bilionários no mundo mais que dobrou desde a última crise financeira global.(2) 
O relatório, “Equilibre o Jogo: é hora de acabar com a desigualdade extrema”, mostra em detalhes que as pessoas mais ricas do mundo têm mais dinheiro do que jamais poderão gastar durante toda a vida, enquanto centenas de milhões de outras vivem em abjeta pobreza sem acesso a serviços essenciais de saúde ou à educação básica. 
Em países do mundo todo, a prosperidade não está chegando às pessoas comuns, mas está indo para os que estão no topo e cuja fortuna excepcional cresce cada vez mais rápido. As 85 pessoas mais ricas – as quais a Oxfam revelou em janeiro possuírem patrimônio igual ao da metade mais pobre da população mundial(3) – viram sua fortuna coletiva crescer US$ 668 milhões ao dia entre 2013 e 2014. Isso é quase meio milhão de dólares por minuto.(4) 
Do FMI ao Papa, do presidente Obama ao Fórum Econômico Mundial há um consenso cada vez maior de que a desigualdade é um desafio crucial do nosso tempo, e que a falta de ação é prejudicial tanto em termos econômicos quanto sociais. Apesar das palavras, poucas foram as ações concretas. 
O relatório da Oxfam, endossado por Graça Machel, Kofi Annan e Joseph Stiglitz, entre outros, representa a abertura de uma nova campanha da instituição, também chamada “Equilibre o Jogo !”, para pressionar líderes mundiais a transformar a retórica em prática e garantir condições mais justas às pessoas mais pobres. É preciso agir para acabar com a sonegação fiscal de corporações multinacionais e das pessoas mais ricas do mundo. As grandes corporações globais e as pessoas mais ricas precisam pagar sua justa parcela aos cofres públicos, para que os países possam combater a desigualdade e construir sociedades mais justas. 
Winnie Byanyima, diretora executiva da Oxfam Internacional declarou: “Longe de fomentar o crescimento econômico, a desigualdade extrema é uma barreira à prosperidade para a maioria das pessoas no planeta. Hoje a riqueza fluindo para os que já a tem e continuará assim até que os governos ajam. Não devemos permitir que doutrinas econômicas limitadas nem que o interesse próprio dos ricos e poderosos nos impeçam de ver esses fatos. 
“Por todo o mundo milhões de pessoas estão morrendo por falta de assistência médica e milhões de crianças estão fora da escola, ao passo que uma pequena elite tem mais dinheiro do que poderia gastar durante a vida. 
“A desigualdade dificulta o crescimento, corrompe a política, suprime oportunidades e fomenta a instabilidade, ao mesmo tempo que aprofunda a discriminação contra as mulheres”, afirmou Winnie Byanyima. 
O benefício potencial da redistribuição da fortuna dos muito mais ricos, ainda que de uma parcela mínima desse patrimônio, revela uma história contundente. Uma alíquota de imposto de apenas 1,5% sobre a fortuna dos bilionários do mundo poderia arrecadar o suficiente para colocar todas as crianças na escola e fornecer assistência à saúde nos países mais pobres.(6) O efeito de deter a desigualdade seria tão impressionante quanto a falta de ação. Na Índia, por exemplo, a interrupção
do recente aumento da desigualdade poderia retirar 90 milhões de pessoas da extrema pobreza até 2019.(7) No Quênia, 3 milhões de pessoas a mais podem ser empurradas para abaixo da linha da pobreza até 2019 se a desigualdade no país permanecer nos níveis atuais.(8) 
Winnie Byanyima acrescentou: “O combate à desigualdade não é uma questão de inveja de carros velozes e super iates - trata-se literalmente de que as pessoas mais ricas vivem mais e são mais saudáveis do que as mais pobres. Vivemos em um mundo onde há mais que o suficiente para todos melhorarem de vida. A desigualdade extrema causa instabilidade, conflitos e até problemas mentais que afetam todos nós. É hora de equilibrar o jogo antes que a situação piore.” 
Investimento em serviços públicos gratuitos serão essenciais para diminuir a distância entre os mais ricos e o restante da humanidade. Todo ano, cem milhões de pessoas são levadas à pobreza porque são obrigadas a pagar por serviços de saúde. Entre 2009 e 2014, o número de mulheres que morreram no parto por falta de serviços básicos de saúde foi de no mínimo um milhão.(9) Ao mesmo tempo os custos da educação continuam excluindo um número demasiado grande de pessoas. Em Gana, por exemplo, as famílias mais pobres teriam de pagar 40% da sua renda para mandar apenas um filho a uma escola de baixo custo, destacando a importância da educação gratuita para todos. 
Mas para os que estão no topo a história é outra, já que possuem o suficiente para sobreviverem além da própria existência. Se as três pessoas mais ricas do mundo gastassem US$ 1 milhão por dia, precisariam de 200 anos para exaurir suas fortunas.(10) Essa não é uma história somente de um país rico; hoje há 16 bilionários na África Subsaariana convivendo com 358 milhões de pessoas na extrema pobreza, enquanto na África do Sul, a desigualdade agora é maior do que na época do fim do apartheid. 
Para mais informações, entre em contato com: 
Carlos Wilson /Imprensa, Oxfam Internacional 61 8127-5307 – carloswbr@gmail.com 
Notas dos editores 
1. Se os países africanos continuarem em sua trajetória atual de crescimento sem mudança nos níveis de desigualdade de renda, o índice de pobreza do continente não cairá abaixo de 3% – definição do Banco Mundial para o fim da pobreza – até 2075. FMI (2014) ‘Fiscal Policy and Income Inequality’ [Política Fiscal e Desigualdade de Renda], Documentos de Política do FMI, Figura 8, Washington D.C. FMI, http://www.imf.org/external/np/pp/eng/2014/012314.pdf O prazo estabelecido pelo FMI e o Banco Mundial para pôr fim à pobreza é 2030 http://www.imf.org/external/np/cm/2013/101213a.htm 
2. Em março de 2009, havia 793 bilionários, de acordo com a Forbes. http://www.forbes.com/2009/03/11/worlds- richest-people-billionaires-2009-billionaires-intro.html Em março de 2014, havia 1.645 bilionários, de acordo com a Forbes. http://www.forbes.com/sites/luisakroll/2014/03/03/inside-the-2014-forbes-billionaires-list-facts- and-figures/ 
3. Uma pesquisa da Oxfam no início de 2014 revelou que as 85 pessoas mais ricas do mundo possuem patrimônio igual ao da metade mais pobre da população global. Esse número foi baseado na fortuna dos 85 bilionários que existiam na época do relatório anual da Forbes em março de 2013, relatório Working for the Few http://policy-practice.oxfam.org.uk/publications/working-for-the-few-political-capture-and-economic- inequality-311312 
4. No período de março de 2013 a março de 2014, a Oxfam constatou que a fortuna das 85 pessoas mais ricas do mundo identificadas no relatório Working for the Few detalhado na nota de rodapé 3, cresceu mais 14%, ou US$ 224 bilhões. Isso equivale a um aumento de US$ 668 mil por dia; US$ 463.888,89 por minuto. Relatório Equilibre o Jogo: É Hora de Acabar com a Desigualdade Extrema, página 3. 
5. Lista das pessoas que endossaram o relatório Equilibre o Jogo: É Hora de Acabar com a Desigualdade Extrema: Graça Machel, fundadora da Fundação para o Desenvolvimento Comunitário em Moçambique, especialista independente da ONU para impacto de conflito armado sobre as crianças e membro fundadora de The Elders [Os Idosos]; Kofi Annan, presidente do Painel para o Progresso da África, ex-secretário-geral das Nações Unidas e ganhador do Prêmio Nobel; professor Joseph Stiglitz, Universidade de Colúmbia, vencedor do Prêmio Nobel de Economia; Nawal El Saadawi, escritor e ativista egípcio; Andrew Haldane, economista-chefe, Banco da Inglaterra; Jeffrey Sachs, diretor do Instituto da Terra da Universidade de Colúmbia; Rosa Pavanelli, secretária-geral, Internacional de Serviços Públicos; Ha-Joon Chang, economista da Universidade de Cambridge; Jay Naidoo, presidente do Conselho de Administração e presidente do Conselho de Parceria, Aliança Global para Melhor Nutrição; Kate Pickett e Richard Wilkinson, coautores de The Spirit Level [O Nível do Espírito]; Michael J. Sandel, autor de What Money Can't Buy: The Moral Limits of Markets [O Que o Dinheiro Não Pode Comprar: Os Limites Morais do Mercado]; Kevin Watkins, diretor- executivo, Instituto de Desenvolvimento Externo; Mark Thomas, sócio e diretor de Estratégia, PA Consulting
Services; Jayati Ghosh, professor de economia na Universidade Jawaharlal Nehru; Amina J Mohammed assessora especial do secretário-geral da ONU para Planejamento do Desenvolvimento Pós-2015. 
6. Um imposto de 1,5% sobre a fortuna de bilionários superior a US$ 1 bilhão em 2014 teria arrecadado US$ 74 bilhões – cálculo baseado nos dados sobre riqueza da Forbes de 4 de agosto de 2014. O déficit atual de recursos para fornecer Educação Básica Universal é de US$ 26 bilhões por ano, segundo a UNESCO, e o déficit anual para fornecer serviços de saúde essenciais (inclusive intervenções específicas como saúde materna, imunização para doenças graves como HIV/Aids, tuberculose e malária, assim como para fortalecer sistemas importantes de saúde a fim de que essas e outras intervenções sejam realizadas) em 2015 é de US$ 37 bilhões por ano, segundo a OMS. Veja UNESCO (2014) op. cit. e OMS (2010), op.cit. relatório Equilibre o Jogo: É Hora de Acabar com a Desigualdade Extrema, página 13 
7. Na Índia, a diminuição da desigualdade em 10 pontos do coeficiente de Gini, o equivalente a uma redução de 36%, poderia quase eliminar por completo a pobreza extrema, ao retirar 173 milhões de pessoas da pobreza extrema. 
8. No Quênia, a diminuição da desigualdade em 5 pontos do coeficiente de Gini, o equivalente a uma redução de 12%, poderia retirar 3 milhões de quenianos a mais da extrema pobreza do que se a desigualdade permanecer nos níveis atuais. 
9. Para os anos 2009 a 2014, os dados sobre morte materna no mundo todo só estão disponíveis para os anos 2010 e 2013. Em 2010 houve 287 mil mortes maternas no mundo, http://africa.unfpa.org/webdav/site/africa/users/africa_admin/public/Trends%20in%20maternal%20mortality%20A4.pdf, pg. 1. Em 2013, foram registradas 289 mil mortes maternas no mundo, http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/112682/2/9789241507226_eng.pdf pg. 1. Usando esses números, a Oxfam calculou um número aproximado de 1,4 milhão de mortes maternas entre 2009 e 12013 devido à falta de serviços básicos de saúde. 
10. Cálculos da Oxfam sobre o tempo necessário para que as três pessoas mais ricas do mundo gastem sua fortuna: a fortuna de Carlos Slim Helu e família: US$ 80 bilhões. Anos para gastar todo o dinheiro, gastando US$ 1 milhão por dia: 220 anos. Rendimentos diários a uma taxa comum de 1,95% de juros: US$ 4,3 milhões. Rendimentos diários a uma taxa bilionária de retorno (5,3%): US$ 11,6 milhões. Fortuna de Bill Gates: US$ 79 bilhões. Anos para gastar todo o dinheiro, gastando US$ 1 milhão por dia: 218 anos. Rendimentos diários a uma taxa comum de 1,95% de juros: US$ 4,2 milhões. Rendimentos diários a uma taxa bilionária de retorno (5,3%): US$ 11,5 milhões. Fortuna de Amancio Ortega: US$ 63 bilhões. Anos para gastar todo o dinheiro, gastando US$ 1 milhão por dia: 172 anos. Rendimentos diários a uma taxa comum de 1,95% de juros: US$ 3,3 milhões. Rendimentos diários a uma taxa bilionária de retorno (5,3%): US$ 9,1 milhões. O número médio de anos para que Carlos Slim Helu e família, Bill Gates e Amancio Ortega gastem toda sua fortuna é de 203 anos, baseado nos cálculos acima realizados pela Oxfam. Relatório Equilibre o Jogo: É Hora de Acabar com a Desigualdade Extrema, pg. 27.

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A oxfam adverte a desigualdade econômica está fora de controle

  • 1. Embargo: 5:00PM GMT October 29th 2014 / 15:00h HORÁRIO DE BRASÍLIA A Oxfam adverte: a desigualdade econômica está fora de controle Número de bilionários dobra no mundo. O aumento da desigualdade pode levar a um retrocesso de décadas na luta contra a pobreza (1), alertou hoje a Oxfam durante a divulgação de um novo relatório mostrando que o número de bilionários no mundo mais que dobrou desde a última crise financeira global.(2) O relatório, “Equilibre o Jogo: é hora de acabar com a desigualdade extrema”, mostra em detalhes que as pessoas mais ricas do mundo têm mais dinheiro do que jamais poderão gastar durante toda a vida, enquanto centenas de milhões de outras vivem em abjeta pobreza sem acesso a serviços essenciais de saúde ou à educação básica. Em países do mundo todo, a prosperidade não está chegando às pessoas comuns, mas está indo para os que estão no topo e cuja fortuna excepcional cresce cada vez mais rápido. As 85 pessoas mais ricas – as quais a Oxfam revelou em janeiro possuírem patrimônio igual ao da metade mais pobre da população mundial(3) – viram sua fortuna coletiva crescer US$ 668 milhões ao dia entre 2013 e 2014. Isso é quase meio milhão de dólares por minuto.(4) Do FMI ao Papa, do presidente Obama ao Fórum Econômico Mundial há um consenso cada vez maior de que a desigualdade é um desafio crucial do nosso tempo, e que a falta de ação é prejudicial tanto em termos econômicos quanto sociais. Apesar das palavras, poucas foram as ações concretas. O relatório da Oxfam, endossado por Graça Machel, Kofi Annan e Joseph Stiglitz, entre outros, representa a abertura de uma nova campanha da instituição, também chamada “Equilibre o Jogo !”, para pressionar líderes mundiais a transformar a retórica em prática e garantir condições mais justas às pessoas mais pobres. É preciso agir para acabar com a sonegação fiscal de corporações multinacionais e das pessoas mais ricas do mundo. As grandes corporações globais e as pessoas mais ricas precisam pagar sua justa parcela aos cofres públicos, para que os países possam combater a desigualdade e construir sociedades mais justas. Winnie Byanyima, diretora executiva da Oxfam Internacional declarou: “Longe de fomentar o crescimento econômico, a desigualdade extrema é uma barreira à prosperidade para a maioria das pessoas no planeta. Hoje a riqueza fluindo para os que já a tem e continuará assim até que os governos ajam. Não devemos permitir que doutrinas econômicas limitadas nem que o interesse próprio dos ricos e poderosos nos impeçam de ver esses fatos. “Por todo o mundo milhões de pessoas estão morrendo por falta de assistência médica e milhões de crianças estão fora da escola, ao passo que uma pequena elite tem mais dinheiro do que poderia gastar durante a vida. “A desigualdade dificulta o crescimento, corrompe a política, suprime oportunidades e fomenta a instabilidade, ao mesmo tempo que aprofunda a discriminação contra as mulheres”, afirmou Winnie Byanyima. O benefício potencial da redistribuição da fortuna dos muito mais ricos, ainda que de uma parcela mínima desse patrimônio, revela uma história contundente. Uma alíquota de imposto de apenas 1,5% sobre a fortuna dos bilionários do mundo poderia arrecadar o suficiente para colocar todas as crianças na escola e fornecer assistência à saúde nos países mais pobres.(6) O efeito de deter a desigualdade seria tão impressionante quanto a falta de ação. Na Índia, por exemplo, a interrupção
  • 2. do recente aumento da desigualdade poderia retirar 90 milhões de pessoas da extrema pobreza até 2019.(7) No Quênia, 3 milhões de pessoas a mais podem ser empurradas para abaixo da linha da pobreza até 2019 se a desigualdade no país permanecer nos níveis atuais.(8) Winnie Byanyima acrescentou: “O combate à desigualdade não é uma questão de inveja de carros velozes e super iates - trata-se literalmente de que as pessoas mais ricas vivem mais e são mais saudáveis do que as mais pobres. Vivemos em um mundo onde há mais que o suficiente para todos melhorarem de vida. A desigualdade extrema causa instabilidade, conflitos e até problemas mentais que afetam todos nós. É hora de equilibrar o jogo antes que a situação piore.” Investimento em serviços públicos gratuitos serão essenciais para diminuir a distância entre os mais ricos e o restante da humanidade. Todo ano, cem milhões de pessoas são levadas à pobreza porque são obrigadas a pagar por serviços de saúde. Entre 2009 e 2014, o número de mulheres que morreram no parto por falta de serviços básicos de saúde foi de no mínimo um milhão.(9) Ao mesmo tempo os custos da educação continuam excluindo um número demasiado grande de pessoas. Em Gana, por exemplo, as famílias mais pobres teriam de pagar 40% da sua renda para mandar apenas um filho a uma escola de baixo custo, destacando a importância da educação gratuita para todos. Mas para os que estão no topo a história é outra, já que possuem o suficiente para sobreviverem além da própria existência. Se as três pessoas mais ricas do mundo gastassem US$ 1 milhão por dia, precisariam de 200 anos para exaurir suas fortunas.(10) Essa não é uma história somente de um país rico; hoje há 16 bilionários na África Subsaariana convivendo com 358 milhões de pessoas na extrema pobreza, enquanto na África do Sul, a desigualdade agora é maior do que na época do fim do apartheid. Para mais informações, entre em contato com: Carlos Wilson /Imprensa, Oxfam Internacional 61 8127-5307 – carloswbr@gmail.com Notas dos editores 1. Se os países africanos continuarem em sua trajetória atual de crescimento sem mudança nos níveis de desigualdade de renda, o índice de pobreza do continente não cairá abaixo de 3% – definição do Banco Mundial para o fim da pobreza – até 2075. FMI (2014) ‘Fiscal Policy and Income Inequality’ [Política Fiscal e Desigualdade de Renda], Documentos de Política do FMI, Figura 8, Washington D.C. FMI, http://www.imf.org/external/np/pp/eng/2014/012314.pdf O prazo estabelecido pelo FMI e o Banco Mundial para pôr fim à pobreza é 2030 http://www.imf.org/external/np/cm/2013/101213a.htm 2. Em março de 2009, havia 793 bilionários, de acordo com a Forbes. http://www.forbes.com/2009/03/11/worlds- richest-people-billionaires-2009-billionaires-intro.html Em março de 2014, havia 1.645 bilionários, de acordo com a Forbes. http://www.forbes.com/sites/luisakroll/2014/03/03/inside-the-2014-forbes-billionaires-list-facts- and-figures/ 3. Uma pesquisa da Oxfam no início de 2014 revelou que as 85 pessoas mais ricas do mundo possuem patrimônio igual ao da metade mais pobre da população global. Esse número foi baseado na fortuna dos 85 bilionários que existiam na época do relatório anual da Forbes em março de 2013, relatório Working for the Few http://policy-practice.oxfam.org.uk/publications/working-for-the-few-political-capture-and-economic- inequality-311312 4. No período de março de 2013 a março de 2014, a Oxfam constatou que a fortuna das 85 pessoas mais ricas do mundo identificadas no relatório Working for the Few detalhado na nota de rodapé 3, cresceu mais 14%, ou US$ 224 bilhões. Isso equivale a um aumento de US$ 668 mil por dia; US$ 463.888,89 por minuto. Relatório Equilibre o Jogo: É Hora de Acabar com a Desigualdade Extrema, página 3. 5. Lista das pessoas que endossaram o relatório Equilibre o Jogo: É Hora de Acabar com a Desigualdade Extrema: Graça Machel, fundadora da Fundação para o Desenvolvimento Comunitário em Moçambique, especialista independente da ONU para impacto de conflito armado sobre as crianças e membro fundadora de The Elders [Os Idosos]; Kofi Annan, presidente do Painel para o Progresso da África, ex-secretário-geral das Nações Unidas e ganhador do Prêmio Nobel; professor Joseph Stiglitz, Universidade de Colúmbia, vencedor do Prêmio Nobel de Economia; Nawal El Saadawi, escritor e ativista egípcio; Andrew Haldane, economista-chefe, Banco da Inglaterra; Jeffrey Sachs, diretor do Instituto da Terra da Universidade de Colúmbia; Rosa Pavanelli, secretária-geral, Internacional de Serviços Públicos; Ha-Joon Chang, economista da Universidade de Cambridge; Jay Naidoo, presidente do Conselho de Administração e presidente do Conselho de Parceria, Aliança Global para Melhor Nutrição; Kate Pickett e Richard Wilkinson, coautores de The Spirit Level [O Nível do Espírito]; Michael J. Sandel, autor de What Money Can't Buy: The Moral Limits of Markets [O Que o Dinheiro Não Pode Comprar: Os Limites Morais do Mercado]; Kevin Watkins, diretor- executivo, Instituto de Desenvolvimento Externo; Mark Thomas, sócio e diretor de Estratégia, PA Consulting
  • 3. Services; Jayati Ghosh, professor de economia na Universidade Jawaharlal Nehru; Amina J Mohammed assessora especial do secretário-geral da ONU para Planejamento do Desenvolvimento Pós-2015. 6. Um imposto de 1,5% sobre a fortuna de bilionários superior a US$ 1 bilhão em 2014 teria arrecadado US$ 74 bilhões – cálculo baseado nos dados sobre riqueza da Forbes de 4 de agosto de 2014. O déficit atual de recursos para fornecer Educação Básica Universal é de US$ 26 bilhões por ano, segundo a UNESCO, e o déficit anual para fornecer serviços de saúde essenciais (inclusive intervenções específicas como saúde materna, imunização para doenças graves como HIV/Aids, tuberculose e malária, assim como para fortalecer sistemas importantes de saúde a fim de que essas e outras intervenções sejam realizadas) em 2015 é de US$ 37 bilhões por ano, segundo a OMS. Veja UNESCO (2014) op. cit. e OMS (2010), op.cit. relatório Equilibre o Jogo: É Hora de Acabar com a Desigualdade Extrema, página 13 7. Na Índia, a diminuição da desigualdade em 10 pontos do coeficiente de Gini, o equivalente a uma redução de 36%, poderia quase eliminar por completo a pobreza extrema, ao retirar 173 milhões de pessoas da pobreza extrema. 8. No Quênia, a diminuição da desigualdade em 5 pontos do coeficiente de Gini, o equivalente a uma redução de 12%, poderia retirar 3 milhões de quenianos a mais da extrema pobreza do que se a desigualdade permanecer nos níveis atuais. 9. Para os anos 2009 a 2014, os dados sobre morte materna no mundo todo só estão disponíveis para os anos 2010 e 2013. Em 2010 houve 287 mil mortes maternas no mundo, http://africa.unfpa.org/webdav/site/africa/users/africa_admin/public/Trends%20in%20maternal%20mortality%20A4.pdf, pg. 1. Em 2013, foram registradas 289 mil mortes maternas no mundo, http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/112682/2/9789241507226_eng.pdf pg. 1. Usando esses números, a Oxfam calculou um número aproximado de 1,4 milhão de mortes maternas entre 2009 e 12013 devido à falta de serviços básicos de saúde. 10. Cálculos da Oxfam sobre o tempo necessário para que as três pessoas mais ricas do mundo gastem sua fortuna: a fortuna de Carlos Slim Helu e família: US$ 80 bilhões. Anos para gastar todo o dinheiro, gastando US$ 1 milhão por dia: 220 anos. Rendimentos diários a uma taxa comum de 1,95% de juros: US$ 4,3 milhões. Rendimentos diários a uma taxa bilionária de retorno (5,3%): US$ 11,6 milhões. Fortuna de Bill Gates: US$ 79 bilhões. Anos para gastar todo o dinheiro, gastando US$ 1 milhão por dia: 218 anos. Rendimentos diários a uma taxa comum de 1,95% de juros: US$ 4,2 milhões. Rendimentos diários a uma taxa bilionária de retorno (5,3%): US$ 11,5 milhões. Fortuna de Amancio Ortega: US$ 63 bilhões. Anos para gastar todo o dinheiro, gastando US$ 1 milhão por dia: 172 anos. Rendimentos diários a uma taxa comum de 1,95% de juros: US$ 3,3 milhões. Rendimentos diários a uma taxa bilionária de retorno (5,3%): US$ 9,1 milhões. O número médio de anos para que Carlos Slim Helu e família, Bill Gates e Amancio Ortega gastem toda sua fortuna é de 203 anos, baseado nos cálculos acima realizados pela Oxfam. Relatório Equilibre o Jogo: É Hora de Acabar com a Desigualdade Extrema, pg. 27.