SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 11
Descargar para leer sin conexión
Ceretech 
Sistemas de Informação nas Empresas 
Diolene Bernardo Sampaio
Aqui nessa apostila Apenas serão mostradas o 50% do Apostila principal 
que esta Ser Feita... 
Faça o Download do App “Onde Ir ?” em www.ondeir.me da 
DOUTOUCH
INTRODUÇÃO AO SISTEMA DE INFORMAÇÃO NAS EMPRESAS 
1.1 INTRODUÇÃO AO SISTEMA DE INFORMAÇÃO 
Estamos vivendo em um mercado globalizado e em constante emulação, onde 
predomina uma competição económica global em que todos estão disputando recursos, 
mercados e receitas. As organizações estão cada vez mais internacionais (actuam em diversos 
países) e necessitam de forças de trabalho para actuar nestes mercados, para isso existe a 
necessidade de se ter domínio de um conjunto de conhecimento sobre sistemas de 
informação. OS sistemas de informação enquanto assunto de gestão têm cerca de 30 anos de 
idade e a sua evolução ao longo destes últimos tem sido tão dramática como irregular e a 
importância dos mesmos, dentro de mercados com características de mudança acelerada, é 
de tal forma que deverá suportar devidamente as suas necessidades de informação a todos 
os níveis de decisão, constituindo um elemento central no desenvolvimento da sua 
capacidade competitiva. 
1.2 O CONCEITO DE SISTEMA 
Num contexto de desenvolvimento de uma economia global, fomentada pelo crescente 
desenvolvimento tecnológico, o acesso á informação e o seu controlo são extremamente 
importantes para as organizações. Neste ambiente fortemente competitivo, os sistemas de 
informação desempenham um papel fundamental no processo de tomada de decisão das 
organizações. No entanto, para compreender o conceito de sistema de informação é 
necessário começar por perceber o conceito de sistema. 
1.2 A TEORIA GERAL DOS SISTEMAS 
A Teoria Geral dos Sistemas, desenvolvida em meados do século XX por Ludwing Von 
Bertalanffy, nasce da tentativa de encontrar um modelo conceptual que seja aplicável às 
diferentes áreas da ciência, fomentando uma maior união e interligação entre estas. Esta 
teoria abrange a generalidade das ciências, quer elas sejam formais, naturais ou sociais, e vem 
contribuir de forma significativa para o estudo das organizações e respectivos sistemas de 
informação. 
Segundo Bertalanffy (1973), um sistema é, na sua essência, um conjunto complexo de 
elementos em interacção. O mundo em que vivemos é constituído por sistemas. O ser humano 
é um sistema. As organizações empresarias e sociais são sistemas. O sistema de informação é, 
naturalmente, um sistema. Nas organizações os elementos do sistema (Organizacional) 
podem ser expressos através dos diferentes recursos humanos, materiais ou financeiros. Nos
sistemas informáticos, temos os seus componentes, que incluem hardware (parte física dos 
computadores), software (componente lógica) e peopleware (as pessoas, sem as quais não é 
possível obter os outputs do sistema informático). 
A generalidade das definições de sistema salienta a importância da existência de um 
objectivo para o qual trabalham coordenadamente os diferentes elementos que o constituem. 
Filipe Gómez-Pallete Rivas expressa a essência deste conceito dizendo que um sistema 
corresponde a um conjunto de elementos, relacionados entre si, actuando num determinado 
ambiente, tendo por finalidade alcançar objectivos comuns, e com capacidade de auto-controlo 
(Rivas, 1984). 
A capacidade de auto-controlo consiste na possibilidade de verificar se o sistema está 
ou não a atingir os seus objectivos, para efectuar eventuais correcções para que os objectivos 
sejam atingidos. Por exemplo, quando um sistema informático não produz os resultados 
desejados é naturalmente necessário efectuar correcções no seu processamento. 
Apesar de eventualmente diferentes na sua essência, os sistemas possuem um conjunto 
de características que, pela relevância com que se expressam nas organizações e respectivos 
sistemas de informação, julgamos conveniente descrever. 
SISTEMA DE INFORMAÇÃO NAS EMPRESAS 
2.1 CARACTERISTICAS GERAIS DOS SISTEMAS 
Uma característica importante dos sistemas é interligação e cooperação entre os 
elementos que os constituem. Os diferentes elementos que constituem um sistema, na 
medida em que actuam de uma forma coordenada, permitem que o resultado da sua acção 
conjunta seja superior, em efeito, ao somatório das suas acções individuais. A esta 
propriedade dos sistemas dá-se o nome de sinergia. 
Como todos os sistemas estão incorporados em outros sistemas (metasistemas) e 
podem ser sempre divididos em sistemas menores (Subsistemas), o estudo de um sistema 
complexo, ou de grande dimensão, pode ser realizado analisando individualmente os 
subsistemas que o constituem e a sua respectiva interligação. Entenda-se por sistema 
complexo um sistema constituído por um elevado número elementos, fortemente 
relacionados entre si. Esta característica é importante quando se efectua um trabalho de 
analise de sistemas de informação nas organizações, na medida em que a divisão da 
organização em sub-sistemas para obter uma visão global da organização. 
Com o decorrer do tempo, os sistemas apresentam uma tendência para o aumento da 
entropia. Tal como os seres humanos, as organizações, nascem, desenvolvem-se e morrem. 
Quanto maior é um sistema mais difícil e complexa é a sua gestão, o que aumenta o risco de 
existência de entropia, de deficiências de funcionamento, com o decorrer do tempo. Uma das
funções do sistema de informação nas organizações é permitir a comunicação e diminuir a 
entropia. Como refere Bertalanffy (1973), a entropia é a medida da desordem e por 
conseguinte a entropia negativa ou informação é a medida da ordem ou da organização. 
Sistemas abertos, por contraposição a sistemas fechados, são aqueles que apresentam 
uma forte interacção com o seu ambiente, através de intercâmbios frequentes. Sofrem as 
consequências das mutações ambientais e provocam, em função da sua própria acção, 
alterações no meio envolvente. Estes sistemas têm a propriedade de se adaptarem às 
mutações externas de forma a manterem o seu equilíbrio dinâmico, designado de 
homeostase. As organizações e respectivos sistemas de informação têm mecanismos de 
análise do meio envolvente de forma a poderem adaptar-se às alterações desse mesmo meio 
envolvente. Quando ocorrem alterações no contexto de uma organização, esta tende a 
adaptar-se ao novo contexto. 
Uma característica geral dos sistemas, importante na informatização das organizações, 
é o facto que quanto mais especializado for um sistema menor é o seu grau de adaptação a 
circunstancias diferentes. Por exemplo, se uma aplicação informática foi desenhada à medida 
de acordo com os requisitos específicos de uma organização, a adaptação desse software a 
organizações diferentes poderá ser uma tarefa relativamente difícil. 
Qualquer sistema em funcionamento é constituído por inputs (entradas), 
processamento e outputs (saídas). Os inputs correspondem à entradas (de dados, materiais, 
etc) que o sistema recebe para poder operar. O processamento é a parte do sistema que, 
mediante um determinado objectivo, transforma os inputs produzindo os outputs. Os outputs 
correspondem ao resultado final do processo de transformação, de processamento. 
Um sistema de informação funciona deste modo. Recebe dados, processa esses dados 
(manual ou informaticamente) e emite informação supostamente relevante para os 
utilizadores. 
Input Processamento Output 
↖ ↗ 
Controlo 
Figura 1.1 – Estrutura de um sistema
O nível de recursos necessários à manutenção de um sistema tende a ser directamente 
proporcional à sua dimensão. Este aspecto, como aponta Edward Yourdon (1989) é muito 
relevante na automatização de sistemas de informação. Nem sempre, na avaliação dos custos 
inerentes à utilização de um sistema informático, o custo de manutenção é devidamente 
ponderado e, segundo Yourdon (1989), muitas organizações utilizam mais de 50% dos seus 
recursos na manutenção de sistemas antigos. A manutenção de um sistema consiste em 
assegurar a sua eficiência adaptando-o a novos requisitos e corrigindo eventuais anomalias. 
2.2 O SISTEMA ORGANIZACIONAL 
Uma organização pode ser entendida como um sistema complexo, resultado de um 
vasto conjunto de motivações económicas e sociais distintas, associadas às pessoas que a 
constituem e que têm interesses na organização (stakeholders). Os objectivos organizacionais 
são, por isso, resultado da integração das eventuais diferentes perspectivas dos seus gestores 
e stakeholders. Devido à sua importância e carácter multifacetado, as organizações são 
objecto de estudo da generalidade das ciências sociais. 
Uma empresa é um caso particular de uma organização social onde a perspectiva 
económica assume especial relevância. A gestão empresarial corresponde ao processo de 
utilização e articulação dos recursos necessários ou disponíveis, para atingir objectivos 
específicos, num determinado contexto, e consiste fundamentalmente em quatro funções 
elementares e distintas: planear, organizar, dirigir e controlar. 
O planeamento deverá permitir definir os objectivos da organização e formular os 
planos de acção necessários para a sua concretização. Organizar implica a definição dos 
diferentes grupos, estrutura hierárquica e relações de trabalho. Dirigir corresponde, 
fundamentalmente, à acção de influenciar os membros da organização para a realização das 
tarefas que lhes estão atribuídas, e a função de controlo pretende verificar se as actividades 
organizacionais foram executadas de acordo com o planeado. 
Apesar de se basear num conjunto sistematizado de conhecimentos, com técnicas e 
métodos cientificamente formulados, a gestão das organizações não é uma actividade 
puramente racional, incorporando normalmente uma boa dose de emotividade e intuição, 
decorrente do seu carácter social, da complexidade das organizações e da dificuldade em 
prever de uma forma rigorosa as alterações ambientais. 
O sistema organizacional integra a organização como um sistema que processa e 
transforma bens e serviços, produzindo, com acréscimo de valor, outros bens e serviços, em 
intensa interligação a montante e a jusante com o seu ambiente. 
O ambiente da organização consiste num conjunto de elementos do seu meio 
envolvente que, apesar de não pertencerem à organização, são susceptíveis de alterar o seu
comportamento, ou de serem influenciados pela própria organização, como por exemplo, os 
clientes, fornecedores, estado ou bancos. 
Qualquer organização tem três subsistemas fundamentais: O sistema de decisão, o 
sistema de informação e o sistema de operações. Esta perspectiva da organização é muito 
importante para a compreensão da função do sistema de informação da organização. 
Sistema de Decisão 
↑ ↓ 
Sistema de 
Informação 
↑ ↓ 
Sistema de 
Operações 
Figura 1.2 – A função do Sistema de Informação Organizacional 
O sistema de decisão corresponde ao conjunto de processos através dos quais a 
informação é convertida em pré-acção, isto é, na escolha de uma opção que se irá 
posteriormente procurar executar. Um dos problemas existentes nas organizações advém da 
dificuldade de transformar rapidamente as decisões em acções. 
Segundo Simon (1965) as decisões podem-se subdividir em duas grandes classes: as 
programadas e as não programadas. As decisões programadas são decisões de rotinas para as 
quais existe um conjunto de regras fixas e formais, de forma a que a decisão possa ser tomada 
automaticamente sem necessidade de recorrer ao raciocínio do responsável pela tomada de 
decisão. Neste caso, é possível representar a decisão de modo formal, sem ambiguidade, 
através de uma tabela de decisão ou de uma linguagem de programação. As decisões não 
programadas são aquelas em que o processo de resolução não é algorítmico, exige o apelo ao 
raciocínio. A decisão tem de ser pensada, pois não existe um método formal de resolução. 
Estas decisões são muito subjectivas e dependem profundamente da intuição do responsável 
pela decisão, como, por exemplo, a escolha de argumento publicitário. 
As tecnologias de informação podem dar um contributo significativo na automatização 
das decisões programadas, mas apresentam actualmente sérias limitações para a tomada de 
decisões não programadas. 
Igor Ansoff, apresentou um esquema de classificação em que as decisões, de acordo 
com a sua natureza, podem ser classificadas em estratégicas, tácticas e operacionais.
As decisões estratégicas estão directamente relacionadas com a definição da missão, 
objectivos, estratégias e politicas da organização. Estão aqui incluídas as opções fundamentais 
de aplicação de recursos entre possíveis alternativas, como, por exemplo, a escolha dos 
produtos a serem fabricados ou a selecção dos mercados onde a empresa irá operar. São 
decisões de elevada importância que irão afectar de forma significativa a persecução dos 
objectivos organizacionais e, por isso, são tomadas pelos gestores de topo da organização. 
As decisões tácticas dizem respeito à estruturação dos recursos de modo a responder 
às exigências impostas pela estratégia. Como exemplo, podemos referir as decisões relativas 
à escolha de canais de distribuição ou à aquisição de equipamento. 
Por sua vez, as decisões operacionais tem como objectivo maximizar a eficiência do 
processo de conversão de recursos. Envolvem, por exemplo, a determinação de preços de 
produtos, do nível de stock necessário, etc. Incluem um grande número de decisões 
programadas e o seu nível de importância para a organização é menor que as decisões tácticas 
ou estratégicas. 
A classificação de um determinado tipo de decisão em estratégica, táctica ou 
operacional, não é simples, poderá envolver alguma subjectividade e depende naturalmente 
do impacto dessa decisão nos objectivos organizacionais. 
O sistema de decisão é importante nas organizações, mas para que as decisões sejam 
materializadas é necessário a existência de um sistema de operações. O sistema de operações 
tem como função a produção de bens materiais e serviços. É o sistema físico encarregado de 
realizar as acções correspondentes às decisões elaboradas pelo sistema de decisão e 
transmitidas através do sistema de informação. Inclui um conjunto de meios humanos, 
técnicos e materiais, directamente relacionados com a execução do processo de 
transformação ou com a realização de serviços relativos à actividade da organização. 
2.3 O CONCEITO DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO 
O biólogo alemão ludwig Von Bertalanffy desenvolveu vários estudos publicados no final 
da década de 1950. Dos seus estudos definiu a teoria Geral dos Sistemas, empregada 
amplamente nos estudos das organizações. No entanto, segundo o autor a empresa seria 
assim um todo organizado e complexo, inserida em um ambiente onde busca os recursos que 
utiliza e para o qual se destinam os resultados de suas actividades de transformação. 
A partir dos estudos e publicações da Teoria Geral dos Sistemas, conceito de sistema 
passou a dominar as ciências e, principalmente, a Administração e a Informatica. Fala-se em 
Astronomia, pensa-se em Sistema Solar; se o assunto é Fisiologia pensa-se no sistema nervoso, 
no sistema circulatório e no sistema digestivo.
A sociologia fala em sistema social; a Economia, em sistemas monetários. A 
administração fala em sistemas organizacionais. 
Nesta ordem de ideias, podemos conceituar um sistema de forma ampla, como sendo um 
conjunto de elementos interdependentes em interacção, visando atingir o mesmo objectivo. 
O sistema de informação de uma organização deverá possibilitar, aos responsáveis pela 
decisão, a informação necessária para as decisões programadas, auxiliando na tomada de 
decisões não programadas, apoiar o desempenho do sistema de operações, e assegurar a 
comunicação entre os elementos da organização. Por outro lado, deverá possuir métodos de 
representação da estrutura e dinâmica do sistema organizacional, assim como um conjunto 
de meios de tratamento de dados e informação natural. 
A informação natural envolve as diferentes formas de informação que não tenham sido 
artificialmente estruturadas recorrendo à tecnologia informática. Esta informação pode 
assumir uma forma oral, textual, gráfica, etc. 
O sistema de informação de uma organização é um sistema aberto, com objectivos bem 
definidos, funcionando em interligação com outros sistemas de informação. É o sistema de 
informação organizacional que fornece informação sobre a organização e o seu ambiente, não 
só para os elementos da organização como também para os elementos do meio envolvente 
(administração fiscal, clientes, fornecedores, etc…). 
Todas as organizações têm obrigatoriamente um sistema de informação. A hipótese da 
sua não existência põe em causa a comunicação e relacionamento entre os seus elementos e, 
portanto, o próprio conceito de organização. Gómez-Pallete Rivas defende inclusive que 
qualquer organização, seja de que tipo for, pode e deve ser interpretada como Sistema de 
Informação, na medida em que pode ser encarada como um sistema que recolhe, memoriza, 
processa e utiliza informação nos seus processos de decisão e de operação. Apesar de não 
existirem organizações sem sistema de informação, nem sempre o sistema de informação 
existente é eficiente. 
2.4 O PAPEL DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO NA GESTAO DAS ORGANIZAÇÕES 
As tecnologias da informação têm evoluído nos últimos anos de forma muito 
significativa, permitindo aperfeiçoar o funcionamento do sistema de informação 
organizacional. A informatização das organizações possibilita não só um aumento do nível de 
eficiência do sistema de informação como permite a obtenção de vantagens competitivas em 
relação aos concorrentes, contribuindo desta forma para o crescimento e desenvolvimento 
dessa organização. 
Designa-se de informatização o processo de automatização recorrendo às tecnologias 
da informação. Por tecnologias da informação entendemos o conjunto de processos 
cognitivos (software) e materiais (hardware) necessários para a realização de uma actividade 
de captação, processamento, memorização ou emissão de informação.
A crescente automatização dos sistemas de informação, através da introdução destas 
novas tecnologias é, de certa forma, responsável pelo facto de existir uma tendência para 
identificar sistemas de informação com sistemas informáticos. 
O sistema informático de uma organização é a parte do sistema de informação cujo 
tratamento e execução é realizado, parcial ou totalmente, em computador. 
De uma outra forma, é a componente ou fracção automatizada do sistema de 
informação. O conceito de sistema de informação é um conceito intrinsecamente 
organizacional, que não deve ser confundido com a introdução de tecnologias de base 
computacional para tratamento de dados, cujo objectivo é permitir a sua automatização mas 
não constitui a sua essência. O sistema de informação organizacional não é, portanto, o 
sistema informático, embora seja fundamental o seu correcto entendimento para que a 
informatização das organizações se realize de harmonia com os objectivos da organização. 
Na verdade, o conceito tradicional de Sistema de Informação de Gestão, numa tradução 
literal é normalmente associado apenas aos sistemas transaccionais e operacionais da 
organização. Subsistindo a ideia, junto de alguns sectores da comunidade informática, que a 
automatização de sistemas de informação de gestão é plenamente conseguida através da 
introdução de tecnologias da informação como suporte ao nível do controlo operacional, ou 
por outras palavras, que a automatização do sistema de informação de gestão se completa 
com a informatização dos processos relativos às actividades operacionais, como: registos de 
encomendas, emissão de facturas, contabilidade, etc. 
No entanto, o desenvolvimento de Sistemas de Apoio à Decisão e de Sistemas de 
Informação para Executivos vem justificar o facto, anteriormente apontado, que os 
problemas, que inicialmente se apresentam como semi-estruturados ou não estruturados, 
podem ser estudados e analisados de forma a se desenvolver e formalizar um modelo que se 
aproxime da estrutura lógica inerente ao respectivo processo de resolução. 
Um sistema de Apoio à Decisão é um sistema computacional utilizado para auxiliar a 
tomada de decisão sobre problemas semi-estruturados, cujo processo de resolução é 
relativamente complexo e requer o tratamento de um grande volume de dados. 
Por outra, os Sistemas de Informação para Executivos podem ser entendidos como 
subsistemas de apoio à decisão, cuja função é produzir informação pertinente e actualizada 
para os gestores de topo da organização, em função dos factores críticos de sucesso da 
respectiva área de decisão. O sistema deve ser personalizado de forma a satisfazer as 
necessidades individuais desses gestores, cujos requisitos e formas de gestão podem variar 
significativamente.
2.5 A IMPORATANCIA DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO 
Um sistema de informação, quer na sua forma mais tradicional, quer ao mais alto nível 
tecnológico, é irrelevante se não proporcionar em cada momento a informação adequada. 
Pode até conter uma enorme quantidade de dados, mas se lhe faltarem um ou dois itens vitais, 
ou se não disponibilizar a informação numa forma utilizável, então o sistema é irrelevante para 
o processo de tomada de decisão. 
Apesar de ser geralmente reconhecida a importância de uma informação de qualidade 
e prontamente disponível, essas duas qualidades quase nunca se encontram à disposição dos 
decisores. 
Se ainda fosse preciso uma prova do poder da informação, poder-se-ia considerar 
influência da televisão – o mais poderoso meio de comunicação actualmente existente. 
A sua importância advém do facto de transmitir simultaneamente informação para dois 
dos nossos sentidos – visão e audição. Em qualquer situação de alteração da ordem política 
estabelecida, é sempre um dos alvos preferenciais das forças beligerantes. Nas organizações 
modernas a informação é encarada como um recurso chave. 
Pode-se usar a expressão gestão de recursos de informação para fazer a abordagem da 
importância dos recursos informativos. Através deste conceito reconhece-se a informação 
como um recurso vital que, tal como os outros – por exemplo, os recursos humanos – também 
fundamentais, deve ser adequadamente gerido e usado.

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Tipos de Sistemas de Informação Resumo
Tipos de Sistemas de Informação ResumoTipos de Sistemas de Informação Resumo
Tipos de Sistemas de Informação ResumoRobson Santos
 
Sistemas de Informações Gerenciais - SIG
Sistemas de Informações Gerenciais - SIGSistemas de Informações Gerenciais - SIG
Sistemas de Informações Gerenciais - SIGJoão Filho
 
Tipos de Sistema de Informação
Tipos de Sistema de InformaçãoTipos de Sistema de Informação
Tipos de Sistema de InformaçãoRobson Santos
 
Conceitos Iniciais de Sistemas da Informação
Conceitos Iniciais de Sistemas da InformaçãoConceitos Iniciais de Sistemas da Informação
Conceitos Iniciais de Sistemas da Informaçãocarllos.souza
 
Sistema de Informação
Sistema de InformaçãoSistema de Informação
Sistema de InformaçãoAntonio Cruz
 
Fundamentos de sistemas de informação
Fundamentos de sistemas de informaçãoFundamentos de sistemas de informação
Fundamentos de sistemas de informaçãoLeonardo Melo Santos
 
Administração Sistemas de Informação - Sistema de Informações Gerenciais – SIG
Administração Sistemas de Informação - Sistema de Informações Gerenciais – SIGAdministração Sistemas de Informação - Sistema de Informações Gerenciais – SIG
Administração Sistemas de Informação - Sistema de Informações Gerenciais – SIGCursos Profissionalizantes
 
Sistemas Transacionais, Gerenciais e Estratégicos
Sistemas Transacionais, Gerenciais e EstratégicosSistemas Transacionais, Gerenciais e Estratégicos
Sistemas Transacionais, Gerenciais e EstratégicosClaudio Barbosa
 
Introdução à Sistemas de Informação
Introdução à Sistemas de InformaçãoIntrodução à Sistemas de Informação
Introdução à Sistemas de InformaçãoÁlvaro Farias Pinheiro
 
Análise de sistemas aula 2
Análise de sistemas   aula 2Análise de sistemas   aula 2
Análise de sistemas aula 2Mário Gomes
 
Transparências Sistemas de Informação
Transparências Sistemas de InformaçãoTransparências Sistemas de Informação
Transparências Sistemas de InformaçãoLuis Borges Gouveia
 
Fundamentos de Sistemas de Informacao - Aula 5
Fundamentos de Sistemas de Informacao - Aula 5Fundamentos de Sistemas de Informacao - Aula 5
Fundamentos de Sistemas de Informacao - Aula 5Ismar Silveira
 
Introdução aos Sistemas de Informações
Introdução aos Sistemas de InformaçõesIntrodução aos Sistemas de Informações
Introdução aos Sistemas de InformaçõesMatheus Beleboni
 
Administração de Sistemas de Informação
Administração de Sistemas de InformaçãoAdministração de Sistemas de Informação
Administração de Sistemas de InformaçãoDenise Maria Cotoman
 
Aula 4 - Sistemas de Informação
Aula 4 - Sistemas de InformaçãoAula 4 - Sistemas de Informação
Aula 4 - Sistemas de InformaçãoJocelma Rios
 
Sistema de informação em RH (recursos humanos)
Sistema de informação em RH (recursos humanos)Sistema de informação em RH (recursos humanos)
Sistema de informação em RH (recursos humanos)Alaxiel
 
1 lista-si 02-03-2020
1 lista-si 02-03-20201 lista-si 02-03-2020
1 lista-si 02-03-2020Carlos Lemes
 
Administração de Sistemas de Informação - aula 3
Administração de Sistemas de Informação - aula 3Administração de Sistemas de Informação - aula 3
Administração de Sistemas de Informação - aula 3Paulo Sérgio Ramão
 

La actualidad más candente (20)

Tipos de Sistemas de Informação Resumo
Tipos de Sistemas de Informação ResumoTipos de Sistemas de Informação Resumo
Tipos de Sistemas de Informação Resumo
 
Sistemas de Informações Gerenciais - SIG
Sistemas de Informações Gerenciais - SIGSistemas de Informações Gerenciais - SIG
Sistemas de Informações Gerenciais - SIG
 
Tipos de Sistema de Informação
Tipos de Sistema de InformaçãoTipos de Sistema de Informação
Tipos de Sistema de Informação
 
Conceitos Iniciais de Sistemas da Informação
Conceitos Iniciais de Sistemas da InformaçãoConceitos Iniciais de Sistemas da Informação
Conceitos Iniciais de Sistemas da Informação
 
Sistema de Informação
Sistema de InformaçãoSistema de Informação
Sistema de Informação
 
Fundamentos de sistemas de informação
Fundamentos de sistemas de informaçãoFundamentos de sistemas de informação
Fundamentos de sistemas de informação
 
Administração Sistemas de Informação - Sistema de Informações Gerenciais – SIG
Administração Sistemas de Informação - Sistema de Informações Gerenciais – SIGAdministração Sistemas de Informação - Sistema de Informações Gerenciais – SIG
Administração Sistemas de Informação - Sistema de Informações Gerenciais – SIG
 
Sistemas Transacionais, Gerenciais e Estratégicos
Sistemas Transacionais, Gerenciais e EstratégicosSistemas Transacionais, Gerenciais e Estratégicos
Sistemas Transacionais, Gerenciais e Estratégicos
 
Introdução à Sistemas de Informação
Introdução à Sistemas de InformaçãoIntrodução à Sistemas de Informação
Introdução à Sistemas de Informação
 
Análise de sistemas aula 2
Análise de sistemas   aula 2Análise de sistemas   aula 2
Análise de sistemas aula 2
 
O Sistema de informação
O Sistema de informaçãoO Sistema de informação
O Sistema de informação
 
Sistemas de informações gerenciais
Sistemas de informações gerenciaisSistemas de informações gerenciais
Sistemas de informações gerenciais
 
Transparências Sistemas de Informação
Transparências Sistemas de InformaçãoTransparências Sistemas de Informação
Transparências Sistemas de Informação
 
Fundamentos de Sistemas de Informacao - Aula 5
Fundamentos de Sistemas de Informacao - Aula 5Fundamentos de Sistemas de Informacao - Aula 5
Fundamentos de Sistemas de Informacao - Aula 5
 
Introdução aos Sistemas de Informações
Introdução aos Sistemas de InformaçõesIntrodução aos Sistemas de Informações
Introdução aos Sistemas de Informações
 
Administração de Sistemas de Informação
Administração de Sistemas de InformaçãoAdministração de Sistemas de Informação
Administração de Sistemas de Informação
 
Aula 4 - Sistemas de Informação
Aula 4 - Sistemas de InformaçãoAula 4 - Sistemas de Informação
Aula 4 - Sistemas de Informação
 
Sistema de informação em RH (recursos humanos)
Sistema de informação em RH (recursos humanos)Sistema de informação em RH (recursos humanos)
Sistema de informação em RH (recursos humanos)
 
1 lista-si 02-03-2020
1 lista-si 02-03-20201 lista-si 02-03-2020
1 lista-si 02-03-2020
 
Administração de Sistemas de Informação - aula 3
Administração de Sistemas de Informação - aula 3Administração de Sistemas de Informação - aula 3
Administração de Sistemas de Informação - aula 3
 

Destacado

Alimentos regionaisbrasil
Alimentos regionaisbrasilAlimentos regionaisbrasil
Alimentos regionaisbrasilMGA
 
Ciˆncias humanas e suas tecnologias parte iii
Ciˆncias humanas e suas tecnologias   parte iiiCiˆncias humanas e suas tecnologias   parte iii
Ciˆncias humanas e suas tecnologias parte iiijullyvi
 
Indústria fonográfica: consolidação e reconfiguração
Indústria fonográfica: consolidação e reconfiguraçãoIndústria fonográfica: consolidação e reconfiguração
Indústria fonográfica: consolidação e reconfiguraçãoLucas Waltenberg
 
O mito da "Super-Tecnologia da Informação e Comunicação: os problemas e desaf...
O mito da "Super-Tecnologia da Informação e Comunicação: os problemas e desaf...O mito da "Super-Tecnologia da Informação e Comunicação: os problemas e desaf...
O mito da "Super-Tecnologia da Informação e Comunicação: os problemas e desaf...Naira Michelle Alves Pereira
 
Sistemas para Internet FMU
Sistemas para Internet FMUSistemas para Internet FMU
Sistemas para Internet FMUFMU - Oficial
 
Laboratorio de Escrita Criativa
Laboratorio de Escrita CriativaLaboratorio de Escrita Criativa
Laboratorio de Escrita CriativaGrupo Treinar
 
Turismo en brasil
Turismo en brasilTurismo en brasil
Turismo en brasiljcesar2119
 
Apresentação Davos do Brasil
Apresentação Davos do BrasilApresentação Davos do Brasil
Apresentação Davos do Brasilfabricandoweb
 
Turismo e arqueologia na amazonia
Turismo e arqueologia na amazoniaTurismo e arqueologia na amazonia
Turismo e arqueologia na amazoniaAndrea Scabello
 
Relatório de Acompanhamento do Comércio Exterior da Bahia - Novembro 2011
Relatório de Acompanhamento do Comércio Exterior da Bahia - Novembro 2011Relatório de Acompanhamento do Comércio Exterior da Bahia - Novembro 2011
Relatório de Acompanhamento do Comércio Exterior da Bahia - Novembro 2011Sistema FIEB
 
Rede de Computadores - Conceito
Rede de Computadores - ConceitoRede de Computadores - Conceito
Rede de Computadores - ConceitoGiulliana Marialva
 
Aula 3 - Redes de Computadores A - Administração da Internet. Modelo TCP/IP.
Aula 3 - Redes de Computadores A - Administração da Internet. Modelo TCP/IP.Aula 3 - Redes de Computadores A - Administração da Internet. Modelo TCP/IP.
Aula 3 - Redes de Computadores A - Administração da Internet. Modelo TCP/IP.Filipo Mór
 
Sopa de letras cuencas del Amazonas
Sopa de letras cuencas del AmazonasSopa de letras cuencas del Amazonas
Sopa de letras cuencas del AmazonasNORMITAMON
 
Brincando de Arqueologia em Pelotas
Brincando de Arqueologia em PelotasBrincando de Arqueologia em Pelotas
Brincando de Arqueologia em PelotasGiullia Anjos
 
Resumo produção multimídia
Resumo produção multimídiaResumo produção multimídia
Resumo produção multimídiaAlessandro Dias
 

Destacado (20)

Alimentos regionaisbrasil
Alimentos regionaisbrasilAlimentos regionaisbrasil
Alimentos regionaisbrasil
 
Ciˆncias humanas e suas tecnologias parte iii
Ciˆncias humanas e suas tecnologias   parte iiiCiˆncias humanas e suas tecnologias   parte iii
Ciˆncias humanas e suas tecnologias parte iii
 
Estatística
EstatísticaEstatística
Estatística
 
Indústria fonográfica: consolidação e reconfiguração
Indústria fonográfica: consolidação e reconfiguraçãoIndústria fonográfica: consolidação e reconfiguração
Indústria fonográfica: consolidação e reconfiguração
 
O mito da "Super-Tecnologia da Informação e Comunicação: os problemas e desaf...
O mito da "Super-Tecnologia da Informação e Comunicação: os problemas e desaf...O mito da "Super-Tecnologia da Informação e Comunicação: os problemas e desaf...
O mito da "Super-Tecnologia da Informação e Comunicação: os problemas e desaf...
 
TOW - Eventos de Natal
TOW - Eventos de NatalTOW - Eventos de Natal
TOW - Eventos de Natal
 
Sistemas para Internet FMU
Sistemas para Internet FMUSistemas para Internet FMU
Sistemas para Internet FMU
 
Super agosto 2012
Super agosto 2012Super agosto 2012
Super agosto 2012
 
Laboratorio de Escrita Criativa
Laboratorio de Escrita CriativaLaboratorio de Escrita Criativa
Laboratorio de Escrita Criativa
 
Turismo en brasil
Turismo en brasilTurismo en brasil
Turismo en brasil
 
Apresentação Davos do Brasil
Apresentação Davos do BrasilApresentação Davos do Brasil
Apresentação Davos do Brasil
 
Turismo e arqueologia na amazonia
Turismo e arqueologia na amazoniaTurismo e arqueologia na amazonia
Turismo e arqueologia na amazonia
 
Tecno Assistiva
Tecno AssistivaTecno Assistiva
Tecno Assistiva
 
Relatório de Acompanhamento do Comércio Exterior da Bahia - Novembro 2011
Relatório de Acompanhamento do Comércio Exterior da Bahia - Novembro 2011Relatório de Acompanhamento do Comércio Exterior da Bahia - Novembro 2011
Relatório de Acompanhamento do Comércio Exterior da Bahia - Novembro 2011
 
Rede de Computadores - Conceito
Rede de Computadores - ConceitoRede de Computadores - Conceito
Rede de Computadores - Conceito
 
Aula 3 - Redes de Computadores A - Administração da Internet. Modelo TCP/IP.
Aula 3 - Redes de Computadores A - Administração da Internet. Modelo TCP/IP.Aula 3 - Redes de Computadores A - Administração da Internet. Modelo TCP/IP.
Aula 3 - Redes de Computadores A - Administração da Internet. Modelo TCP/IP.
 
Sopa de letras cuencas del Amazonas
Sopa de letras cuencas del AmazonasSopa de letras cuencas del Amazonas
Sopa de letras cuencas del Amazonas
 
Brincando de Arqueologia em Pelotas
Brincando de Arqueologia em PelotasBrincando de Arqueologia em Pelotas
Brincando de Arqueologia em Pelotas
 
Resumo produção multimídia
Resumo produção multimídiaResumo produção multimídia
Resumo produção multimídia
 
Hidrografia
HidrografiaHidrografia
Hidrografia
 

Similar a Sistema de informação nas Empresas

Similar a Sistema de informação nas Empresas (19)

Teoria geral-de-sistemas
Teoria geral-de-sistemasTeoria geral-de-sistemas
Teoria geral-de-sistemas
 
Aula 2 conceitos básicos
Aula 2 conceitos básicosAula 2 conceitos básicos
Aula 2 conceitos básicos
 
Sist informação Gerencial
Sist informação GerencialSist informação Gerencial
Sist informação Gerencial
 
3 apostila __tipologia_dos_si
3 apostila __tipologia_dos_si3 apostila __tipologia_dos_si
3 apostila __tipologia_dos_si
 
Teoria geral de sistemas
Teoria geral de sistemasTeoria geral de sistemas
Teoria geral de sistemas
 
Trabalho SI Vítor Flores
Trabalho SI Vítor FloresTrabalho SI Vítor Flores
Trabalho SI Vítor Flores
 
Aula15
Aula15Aula15
Aula15
 
Capitulo2 eb
Capitulo2 ebCapitulo2 eb
Capitulo2 eb
 
Comun65
Comun65Comun65
Comun65
 
Comun65
Comun65Comun65
Comun65
 
Teoria Geral de Sistemas e Cibernética
Teoria Geral de Sistemas e CibernéticaTeoria Geral de Sistemas e Cibernética
Teoria Geral de Sistemas e Cibernética
 
Sibb i
Sibb iSibb i
Sibb i
 
3apostilatipologiadossi 120301170032-phpapp02
3apostilatipologiadossi 120301170032-phpapp023apostilatipologiadossi 120301170032-phpapp02
3apostilatipologiadossi 120301170032-phpapp02
 
Revisão s.i.
Revisão s.i.Revisão s.i.
Revisão s.i.
 
Capitulo 01 sistemas
Capitulo 01   sistemasCapitulo 01   sistemas
Capitulo 01 sistemas
 
Informação e inteligência competitiva aula 3
Informação e inteligência competitiva aula 3Informação e inteligência competitiva aula 3
Informação e inteligência competitiva aula 3
 
Analise sistemas 01
Analise sistemas 01Analise sistemas 01
Analise sistemas 01
 
Sistemas de informação 1
Sistemas de informação 1Sistemas de informação 1
Sistemas de informação 1
 
Aula1 e aula2 - Analise e Projeto de Sistemas
Aula1 e aula2 - Analise e Projeto de SistemasAula1 e aula2 - Analise e Projeto de Sistemas
Aula1 e aula2 - Analise e Projeto de Sistemas
 

Último

Treinamento de NR06 Equipamento de Proteção Individual
Treinamento de NR06 Equipamento de Proteção IndividualTreinamento de NR06 Equipamento de Proteção Individual
Treinamento de NR06 Equipamento de Proteção Individualpablocastilho3
 
Livro Vibrações Mecânicas - Rao Singiresu - 4ª Ed.pdf
Livro Vibrações Mecânicas - Rao Singiresu - 4ª Ed.pdfLivro Vibrações Mecânicas - Rao Singiresu - 4ª Ed.pdf
Livro Vibrações Mecânicas - Rao Singiresu - 4ª Ed.pdfSamuel Ramos
 
LEAN SIX SIGMA - Garantia da qualidade e segurança
LEAN SIX SIGMA - Garantia da qualidade e segurançaLEAN SIX SIGMA - Garantia da qualidade e segurança
LEAN SIX SIGMA - Garantia da qualidade e segurançaGuilhermeLucio9
 
DESTRAVANDO O NOVO EDITAL DA CAIXA ECONOMICA
DESTRAVANDO O NOVO EDITAL DA CAIXA ECONOMICADESTRAVANDO O NOVO EDITAL DA CAIXA ECONOMICA
DESTRAVANDO O NOVO EDITAL DA CAIXA ECONOMICAPabloVinicius40
 
A Importância dos EPI's no trabalho e no dia a dia laboral
A Importância dos EPI's no trabalho e no dia a dia laboralA Importância dos EPI's no trabalho e no dia a dia laboral
A Importância dos EPI's no trabalho e no dia a dia laboralFranciscaArrudadaSil
 
Eletricista instalador - Senai Almirante Tamandaré
Eletricista instalador - Senai Almirante TamandaréEletricista instalador - Senai Almirante Tamandaré
Eletricista instalador - Senai Almirante TamandaréGuilhermeLucio9
 
Tecnólogo em Mecatrônica - Universidade Anhanguera
Tecnólogo em Mecatrônica - Universidade AnhangueraTecnólogo em Mecatrônica - Universidade Anhanguera
Tecnólogo em Mecatrônica - Universidade AnhangueraGuilhermeLucio9
 

Último (7)

Treinamento de NR06 Equipamento de Proteção Individual
Treinamento de NR06 Equipamento de Proteção IndividualTreinamento de NR06 Equipamento de Proteção Individual
Treinamento de NR06 Equipamento de Proteção Individual
 
Livro Vibrações Mecânicas - Rao Singiresu - 4ª Ed.pdf
Livro Vibrações Mecânicas - Rao Singiresu - 4ª Ed.pdfLivro Vibrações Mecânicas - Rao Singiresu - 4ª Ed.pdf
Livro Vibrações Mecânicas - Rao Singiresu - 4ª Ed.pdf
 
LEAN SIX SIGMA - Garantia da qualidade e segurança
LEAN SIX SIGMA - Garantia da qualidade e segurançaLEAN SIX SIGMA - Garantia da qualidade e segurança
LEAN SIX SIGMA - Garantia da qualidade e segurança
 
DESTRAVANDO O NOVO EDITAL DA CAIXA ECONOMICA
DESTRAVANDO O NOVO EDITAL DA CAIXA ECONOMICADESTRAVANDO O NOVO EDITAL DA CAIXA ECONOMICA
DESTRAVANDO O NOVO EDITAL DA CAIXA ECONOMICA
 
A Importância dos EPI's no trabalho e no dia a dia laboral
A Importância dos EPI's no trabalho e no dia a dia laboralA Importância dos EPI's no trabalho e no dia a dia laboral
A Importância dos EPI's no trabalho e no dia a dia laboral
 
Eletricista instalador - Senai Almirante Tamandaré
Eletricista instalador - Senai Almirante TamandaréEletricista instalador - Senai Almirante Tamandaré
Eletricista instalador - Senai Almirante Tamandaré
 
Tecnólogo em Mecatrônica - Universidade Anhanguera
Tecnólogo em Mecatrônica - Universidade AnhangueraTecnólogo em Mecatrônica - Universidade Anhanguera
Tecnólogo em Mecatrônica - Universidade Anhanguera
 

Sistema de informação nas Empresas

  • 1. Ceretech Sistemas de Informação nas Empresas Diolene Bernardo Sampaio
  • 2. Aqui nessa apostila Apenas serão mostradas o 50% do Apostila principal que esta Ser Feita... Faça o Download do App “Onde Ir ?” em www.ondeir.me da DOUTOUCH
  • 3. INTRODUÇÃO AO SISTEMA DE INFORMAÇÃO NAS EMPRESAS 1.1 INTRODUÇÃO AO SISTEMA DE INFORMAÇÃO Estamos vivendo em um mercado globalizado e em constante emulação, onde predomina uma competição económica global em que todos estão disputando recursos, mercados e receitas. As organizações estão cada vez mais internacionais (actuam em diversos países) e necessitam de forças de trabalho para actuar nestes mercados, para isso existe a necessidade de se ter domínio de um conjunto de conhecimento sobre sistemas de informação. OS sistemas de informação enquanto assunto de gestão têm cerca de 30 anos de idade e a sua evolução ao longo destes últimos tem sido tão dramática como irregular e a importância dos mesmos, dentro de mercados com características de mudança acelerada, é de tal forma que deverá suportar devidamente as suas necessidades de informação a todos os níveis de decisão, constituindo um elemento central no desenvolvimento da sua capacidade competitiva. 1.2 O CONCEITO DE SISTEMA Num contexto de desenvolvimento de uma economia global, fomentada pelo crescente desenvolvimento tecnológico, o acesso á informação e o seu controlo são extremamente importantes para as organizações. Neste ambiente fortemente competitivo, os sistemas de informação desempenham um papel fundamental no processo de tomada de decisão das organizações. No entanto, para compreender o conceito de sistema de informação é necessário começar por perceber o conceito de sistema. 1.2 A TEORIA GERAL DOS SISTEMAS A Teoria Geral dos Sistemas, desenvolvida em meados do século XX por Ludwing Von Bertalanffy, nasce da tentativa de encontrar um modelo conceptual que seja aplicável às diferentes áreas da ciência, fomentando uma maior união e interligação entre estas. Esta teoria abrange a generalidade das ciências, quer elas sejam formais, naturais ou sociais, e vem contribuir de forma significativa para o estudo das organizações e respectivos sistemas de informação. Segundo Bertalanffy (1973), um sistema é, na sua essência, um conjunto complexo de elementos em interacção. O mundo em que vivemos é constituído por sistemas. O ser humano é um sistema. As organizações empresarias e sociais são sistemas. O sistema de informação é, naturalmente, um sistema. Nas organizações os elementos do sistema (Organizacional) podem ser expressos através dos diferentes recursos humanos, materiais ou financeiros. Nos
  • 4. sistemas informáticos, temos os seus componentes, que incluem hardware (parte física dos computadores), software (componente lógica) e peopleware (as pessoas, sem as quais não é possível obter os outputs do sistema informático). A generalidade das definições de sistema salienta a importância da existência de um objectivo para o qual trabalham coordenadamente os diferentes elementos que o constituem. Filipe Gómez-Pallete Rivas expressa a essência deste conceito dizendo que um sistema corresponde a um conjunto de elementos, relacionados entre si, actuando num determinado ambiente, tendo por finalidade alcançar objectivos comuns, e com capacidade de auto-controlo (Rivas, 1984). A capacidade de auto-controlo consiste na possibilidade de verificar se o sistema está ou não a atingir os seus objectivos, para efectuar eventuais correcções para que os objectivos sejam atingidos. Por exemplo, quando um sistema informático não produz os resultados desejados é naturalmente necessário efectuar correcções no seu processamento. Apesar de eventualmente diferentes na sua essência, os sistemas possuem um conjunto de características que, pela relevância com que se expressam nas organizações e respectivos sistemas de informação, julgamos conveniente descrever. SISTEMA DE INFORMAÇÃO NAS EMPRESAS 2.1 CARACTERISTICAS GERAIS DOS SISTEMAS Uma característica importante dos sistemas é interligação e cooperação entre os elementos que os constituem. Os diferentes elementos que constituem um sistema, na medida em que actuam de uma forma coordenada, permitem que o resultado da sua acção conjunta seja superior, em efeito, ao somatório das suas acções individuais. A esta propriedade dos sistemas dá-se o nome de sinergia. Como todos os sistemas estão incorporados em outros sistemas (metasistemas) e podem ser sempre divididos em sistemas menores (Subsistemas), o estudo de um sistema complexo, ou de grande dimensão, pode ser realizado analisando individualmente os subsistemas que o constituem e a sua respectiva interligação. Entenda-se por sistema complexo um sistema constituído por um elevado número elementos, fortemente relacionados entre si. Esta característica é importante quando se efectua um trabalho de analise de sistemas de informação nas organizações, na medida em que a divisão da organização em sub-sistemas para obter uma visão global da organização. Com o decorrer do tempo, os sistemas apresentam uma tendência para o aumento da entropia. Tal como os seres humanos, as organizações, nascem, desenvolvem-se e morrem. Quanto maior é um sistema mais difícil e complexa é a sua gestão, o que aumenta o risco de existência de entropia, de deficiências de funcionamento, com o decorrer do tempo. Uma das
  • 5. funções do sistema de informação nas organizações é permitir a comunicação e diminuir a entropia. Como refere Bertalanffy (1973), a entropia é a medida da desordem e por conseguinte a entropia negativa ou informação é a medida da ordem ou da organização. Sistemas abertos, por contraposição a sistemas fechados, são aqueles que apresentam uma forte interacção com o seu ambiente, através de intercâmbios frequentes. Sofrem as consequências das mutações ambientais e provocam, em função da sua própria acção, alterações no meio envolvente. Estes sistemas têm a propriedade de se adaptarem às mutações externas de forma a manterem o seu equilíbrio dinâmico, designado de homeostase. As organizações e respectivos sistemas de informação têm mecanismos de análise do meio envolvente de forma a poderem adaptar-se às alterações desse mesmo meio envolvente. Quando ocorrem alterações no contexto de uma organização, esta tende a adaptar-se ao novo contexto. Uma característica geral dos sistemas, importante na informatização das organizações, é o facto que quanto mais especializado for um sistema menor é o seu grau de adaptação a circunstancias diferentes. Por exemplo, se uma aplicação informática foi desenhada à medida de acordo com os requisitos específicos de uma organização, a adaptação desse software a organizações diferentes poderá ser uma tarefa relativamente difícil. Qualquer sistema em funcionamento é constituído por inputs (entradas), processamento e outputs (saídas). Os inputs correspondem à entradas (de dados, materiais, etc) que o sistema recebe para poder operar. O processamento é a parte do sistema que, mediante um determinado objectivo, transforma os inputs produzindo os outputs. Os outputs correspondem ao resultado final do processo de transformação, de processamento. Um sistema de informação funciona deste modo. Recebe dados, processa esses dados (manual ou informaticamente) e emite informação supostamente relevante para os utilizadores. Input Processamento Output ↖ ↗ Controlo Figura 1.1 – Estrutura de um sistema
  • 6. O nível de recursos necessários à manutenção de um sistema tende a ser directamente proporcional à sua dimensão. Este aspecto, como aponta Edward Yourdon (1989) é muito relevante na automatização de sistemas de informação. Nem sempre, na avaliação dos custos inerentes à utilização de um sistema informático, o custo de manutenção é devidamente ponderado e, segundo Yourdon (1989), muitas organizações utilizam mais de 50% dos seus recursos na manutenção de sistemas antigos. A manutenção de um sistema consiste em assegurar a sua eficiência adaptando-o a novos requisitos e corrigindo eventuais anomalias. 2.2 O SISTEMA ORGANIZACIONAL Uma organização pode ser entendida como um sistema complexo, resultado de um vasto conjunto de motivações económicas e sociais distintas, associadas às pessoas que a constituem e que têm interesses na organização (stakeholders). Os objectivos organizacionais são, por isso, resultado da integração das eventuais diferentes perspectivas dos seus gestores e stakeholders. Devido à sua importância e carácter multifacetado, as organizações são objecto de estudo da generalidade das ciências sociais. Uma empresa é um caso particular de uma organização social onde a perspectiva económica assume especial relevância. A gestão empresarial corresponde ao processo de utilização e articulação dos recursos necessários ou disponíveis, para atingir objectivos específicos, num determinado contexto, e consiste fundamentalmente em quatro funções elementares e distintas: planear, organizar, dirigir e controlar. O planeamento deverá permitir definir os objectivos da organização e formular os planos de acção necessários para a sua concretização. Organizar implica a definição dos diferentes grupos, estrutura hierárquica e relações de trabalho. Dirigir corresponde, fundamentalmente, à acção de influenciar os membros da organização para a realização das tarefas que lhes estão atribuídas, e a função de controlo pretende verificar se as actividades organizacionais foram executadas de acordo com o planeado. Apesar de se basear num conjunto sistematizado de conhecimentos, com técnicas e métodos cientificamente formulados, a gestão das organizações não é uma actividade puramente racional, incorporando normalmente uma boa dose de emotividade e intuição, decorrente do seu carácter social, da complexidade das organizações e da dificuldade em prever de uma forma rigorosa as alterações ambientais. O sistema organizacional integra a organização como um sistema que processa e transforma bens e serviços, produzindo, com acréscimo de valor, outros bens e serviços, em intensa interligação a montante e a jusante com o seu ambiente. O ambiente da organização consiste num conjunto de elementos do seu meio envolvente que, apesar de não pertencerem à organização, são susceptíveis de alterar o seu
  • 7. comportamento, ou de serem influenciados pela própria organização, como por exemplo, os clientes, fornecedores, estado ou bancos. Qualquer organização tem três subsistemas fundamentais: O sistema de decisão, o sistema de informação e o sistema de operações. Esta perspectiva da organização é muito importante para a compreensão da função do sistema de informação da organização. Sistema de Decisão ↑ ↓ Sistema de Informação ↑ ↓ Sistema de Operações Figura 1.2 – A função do Sistema de Informação Organizacional O sistema de decisão corresponde ao conjunto de processos através dos quais a informação é convertida em pré-acção, isto é, na escolha de uma opção que se irá posteriormente procurar executar. Um dos problemas existentes nas organizações advém da dificuldade de transformar rapidamente as decisões em acções. Segundo Simon (1965) as decisões podem-se subdividir em duas grandes classes: as programadas e as não programadas. As decisões programadas são decisões de rotinas para as quais existe um conjunto de regras fixas e formais, de forma a que a decisão possa ser tomada automaticamente sem necessidade de recorrer ao raciocínio do responsável pela tomada de decisão. Neste caso, é possível representar a decisão de modo formal, sem ambiguidade, através de uma tabela de decisão ou de uma linguagem de programação. As decisões não programadas são aquelas em que o processo de resolução não é algorítmico, exige o apelo ao raciocínio. A decisão tem de ser pensada, pois não existe um método formal de resolução. Estas decisões são muito subjectivas e dependem profundamente da intuição do responsável pela decisão, como, por exemplo, a escolha de argumento publicitário. As tecnologias de informação podem dar um contributo significativo na automatização das decisões programadas, mas apresentam actualmente sérias limitações para a tomada de decisões não programadas. Igor Ansoff, apresentou um esquema de classificação em que as decisões, de acordo com a sua natureza, podem ser classificadas em estratégicas, tácticas e operacionais.
  • 8. As decisões estratégicas estão directamente relacionadas com a definição da missão, objectivos, estratégias e politicas da organização. Estão aqui incluídas as opções fundamentais de aplicação de recursos entre possíveis alternativas, como, por exemplo, a escolha dos produtos a serem fabricados ou a selecção dos mercados onde a empresa irá operar. São decisões de elevada importância que irão afectar de forma significativa a persecução dos objectivos organizacionais e, por isso, são tomadas pelos gestores de topo da organização. As decisões tácticas dizem respeito à estruturação dos recursos de modo a responder às exigências impostas pela estratégia. Como exemplo, podemos referir as decisões relativas à escolha de canais de distribuição ou à aquisição de equipamento. Por sua vez, as decisões operacionais tem como objectivo maximizar a eficiência do processo de conversão de recursos. Envolvem, por exemplo, a determinação de preços de produtos, do nível de stock necessário, etc. Incluem um grande número de decisões programadas e o seu nível de importância para a organização é menor que as decisões tácticas ou estratégicas. A classificação de um determinado tipo de decisão em estratégica, táctica ou operacional, não é simples, poderá envolver alguma subjectividade e depende naturalmente do impacto dessa decisão nos objectivos organizacionais. O sistema de decisão é importante nas organizações, mas para que as decisões sejam materializadas é necessário a existência de um sistema de operações. O sistema de operações tem como função a produção de bens materiais e serviços. É o sistema físico encarregado de realizar as acções correspondentes às decisões elaboradas pelo sistema de decisão e transmitidas através do sistema de informação. Inclui um conjunto de meios humanos, técnicos e materiais, directamente relacionados com a execução do processo de transformação ou com a realização de serviços relativos à actividade da organização. 2.3 O CONCEITO DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO O biólogo alemão ludwig Von Bertalanffy desenvolveu vários estudos publicados no final da década de 1950. Dos seus estudos definiu a teoria Geral dos Sistemas, empregada amplamente nos estudos das organizações. No entanto, segundo o autor a empresa seria assim um todo organizado e complexo, inserida em um ambiente onde busca os recursos que utiliza e para o qual se destinam os resultados de suas actividades de transformação. A partir dos estudos e publicações da Teoria Geral dos Sistemas, conceito de sistema passou a dominar as ciências e, principalmente, a Administração e a Informatica. Fala-se em Astronomia, pensa-se em Sistema Solar; se o assunto é Fisiologia pensa-se no sistema nervoso, no sistema circulatório e no sistema digestivo.
  • 9. A sociologia fala em sistema social; a Economia, em sistemas monetários. A administração fala em sistemas organizacionais. Nesta ordem de ideias, podemos conceituar um sistema de forma ampla, como sendo um conjunto de elementos interdependentes em interacção, visando atingir o mesmo objectivo. O sistema de informação de uma organização deverá possibilitar, aos responsáveis pela decisão, a informação necessária para as decisões programadas, auxiliando na tomada de decisões não programadas, apoiar o desempenho do sistema de operações, e assegurar a comunicação entre os elementos da organização. Por outro lado, deverá possuir métodos de representação da estrutura e dinâmica do sistema organizacional, assim como um conjunto de meios de tratamento de dados e informação natural. A informação natural envolve as diferentes formas de informação que não tenham sido artificialmente estruturadas recorrendo à tecnologia informática. Esta informação pode assumir uma forma oral, textual, gráfica, etc. O sistema de informação de uma organização é um sistema aberto, com objectivos bem definidos, funcionando em interligação com outros sistemas de informação. É o sistema de informação organizacional que fornece informação sobre a organização e o seu ambiente, não só para os elementos da organização como também para os elementos do meio envolvente (administração fiscal, clientes, fornecedores, etc…). Todas as organizações têm obrigatoriamente um sistema de informação. A hipótese da sua não existência põe em causa a comunicação e relacionamento entre os seus elementos e, portanto, o próprio conceito de organização. Gómez-Pallete Rivas defende inclusive que qualquer organização, seja de que tipo for, pode e deve ser interpretada como Sistema de Informação, na medida em que pode ser encarada como um sistema que recolhe, memoriza, processa e utiliza informação nos seus processos de decisão e de operação. Apesar de não existirem organizações sem sistema de informação, nem sempre o sistema de informação existente é eficiente. 2.4 O PAPEL DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO NA GESTAO DAS ORGANIZAÇÕES As tecnologias da informação têm evoluído nos últimos anos de forma muito significativa, permitindo aperfeiçoar o funcionamento do sistema de informação organizacional. A informatização das organizações possibilita não só um aumento do nível de eficiência do sistema de informação como permite a obtenção de vantagens competitivas em relação aos concorrentes, contribuindo desta forma para o crescimento e desenvolvimento dessa organização. Designa-se de informatização o processo de automatização recorrendo às tecnologias da informação. Por tecnologias da informação entendemos o conjunto de processos cognitivos (software) e materiais (hardware) necessários para a realização de uma actividade de captação, processamento, memorização ou emissão de informação.
  • 10. A crescente automatização dos sistemas de informação, através da introdução destas novas tecnologias é, de certa forma, responsável pelo facto de existir uma tendência para identificar sistemas de informação com sistemas informáticos. O sistema informático de uma organização é a parte do sistema de informação cujo tratamento e execução é realizado, parcial ou totalmente, em computador. De uma outra forma, é a componente ou fracção automatizada do sistema de informação. O conceito de sistema de informação é um conceito intrinsecamente organizacional, que não deve ser confundido com a introdução de tecnologias de base computacional para tratamento de dados, cujo objectivo é permitir a sua automatização mas não constitui a sua essência. O sistema de informação organizacional não é, portanto, o sistema informático, embora seja fundamental o seu correcto entendimento para que a informatização das organizações se realize de harmonia com os objectivos da organização. Na verdade, o conceito tradicional de Sistema de Informação de Gestão, numa tradução literal é normalmente associado apenas aos sistemas transaccionais e operacionais da organização. Subsistindo a ideia, junto de alguns sectores da comunidade informática, que a automatização de sistemas de informação de gestão é plenamente conseguida através da introdução de tecnologias da informação como suporte ao nível do controlo operacional, ou por outras palavras, que a automatização do sistema de informação de gestão se completa com a informatização dos processos relativos às actividades operacionais, como: registos de encomendas, emissão de facturas, contabilidade, etc. No entanto, o desenvolvimento de Sistemas de Apoio à Decisão e de Sistemas de Informação para Executivos vem justificar o facto, anteriormente apontado, que os problemas, que inicialmente se apresentam como semi-estruturados ou não estruturados, podem ser estudados e analisados de forma a se desenvolver e formalizar um modelo que se aproxime da estrutura lógica inerente ao respectivo processo de resolução. Um sistema de Apoio à Decisão é um sistema computacional utilizado para auxiliar a tomada de decisão sobre problemas semi-estruturados, cujo processo de resolução é relativamente complexo e requer o tratamento de um grande volume de dados. Por outra, os Sistemas de Informação para Executivos podem ser entendidos como subsistemas de apoio à decisão, cuja função é produzir informação pertinente e actualizada para os gestores de topo da organização, em função dos factores críticos de sucesso da respectiva área de decisão. O sistema deve ser personalizado de forma a satisfazer as necessidades individuais desses gestores, cujos requisitos e formas de gestão podem variar significativamente.
  • 11. 2.5 A IMPORATANCIA DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Um sistema de informação, quer na sua forma mais tradicional, quer ao mais alto nível tecnológico, é irrelevante se não proporcionar em cada momento a informação adequada. Pode até conter uma enorme quantidade de dados, mas se lhe faltarem um ou dois itens vitais, ou se não disponibilizar a informação numa forma utilizável, então o sistema é irrelevante para o processo de tomada de decisão. Apesar de ser geralmente reconhecida a importância de uma informação de qualidade e prontamente disponível, essas duas qualidades quase nunca se encontram à disposição dos decisores. Se ainda fosse preciso uma prova do poder da informação, poder-se-ia considerar influência da televisão – o mais poderoso meio de comunicação actualmente existente. A sua importância advém do facto de transmitir simultaneamente informação para dois dos nossos sentidos – visão e audição. Em qualquer situação de alteração da ordem política estabelecida, é sempre um dos alvos preferenciais das forças beligerantes. Nas organizações modernas a informação é encarada como um recurso chave. Pode-se usar a expressão gestão de recursos de informação para fazer a abordagem da importância dos recursos informativos. Através deste conceito reconhece-se a informação como um recurso vital que, tal como os outros – por exemplo, os recursos humanos – também fundamentais, deve ser adequadamente gerido e usado.