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Coletânea de Artigos
NOVEMBRO 2014
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Todos os direitos reservados e protegidos pela lei 9.610 de 19/02/1998.
Nenhuma parte deste livro, sem autorização prévia por escrito do autor, poderá ser
reproduzida ou transmitida sejam quais forem os meios empregados: eletrônicos, mecânicos,
fotográficos, gravação ou quaisquer outros.
Nota: Muita pesquisa, raciocínio, reflexão e zelo foram aplicados neste material. No entanto,
podem ocorrer erros de digitação ou insuficiência de detalhes nas informações.
O autor não se responsabiliza por qualquer dano ou perdas a pessoas ou organizações,
originados pelo uso desta publicação.
Autor: Rafael Mendes
Editoração: Daniela Catisti
ASAP Log | Soluções em Logística
+55 41 4063-7283 | contato@asaplog.com.br
www.asaplog.com.br |
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Os artigos contidos nesta coletânea foram escritos de forma simplificada e resumida a
partir de pesquisa e experiência de mercado do autor. O objetivo é compartilhar uma visão da
Logística e seu contexto global. O impacto das inovações da indústria e varejo na logística e
vice e versa, além de algumas tendências. É preciso entender a dinâmica empresarial e estar
preparado para rápidas mudanças!
Boa Leitura.
Rafael Mendes
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1. TERCEIRIZAÇÃO.....................................................................................................................6
1.1 Terceirização Logística.......................................................................................................6
1.2 Por que terceirizar a Logística ............................................................................................7
1.3 Como comparar os custos terceirizando ou realizando internamente? ............................10
1.4 7 Regras para obter sucesso............................................................................................12
2. SEGMENTOS .........................................................................................................................14
2.1 Logística no Comércio Eletrônico .....................................................................................14
2.2 Logística no Marketplace..................................................................................................16
2.3 Integração Logística Omni-channel ..................................................................................18
3. TENDÊNCIAS E INOVAÇÕES ...............................................................................................20
3.1 Mercado, inovações e tendências ....................................................................................20
3.2 Aplicação do Big Data na Logística ..................................................................................21
3.3 Impressora 3D e Supply Chain. Qual a relação?..............................................................23
3.4 Como se preparar para o Same Day Delivery? ................................................................24
3.5 Logística e os Drones .......................................................................................................26
3.6 Anticipatory Delivery .........................................................................................................28
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................................30
6
1. TERCEIRIZAÇÃO
1.1 Terceirização Logística
Cada vez mais adotada nas empresas a terceirização logística (outsourcing) deve ser
operacionalizada pelo parceiro correto! Como saber qual é este parceiro?
Em primeiro lugar é preciso conhecer claramente o modelo operacional, expectativas e
particularidades da empresa e alinhar em nível estratégico e operacional com o Prestador
de Serviço Logístico (PSL).
1. Modelo Operacional do Cliente
Sabemos que existem diferentes maneiras de se fazer a mesma coisa, porém cada
organização adota o modelo que julga mais adequado ao seu negócio. De forma mais
prática podemos exemplificar um modelo operacional como sendo os processos,
sistemas, equipamentos, estrutura hierárquica, descrição de cargos, entre outros.
2. Expectativas
Pode variar de um cliente para outro, pois está diretamente relacionado com a sua
estratégia e diferenciais. Portanto é imprescindível a contratação do parceiro correto, ou
seja, capaz de satisfazer essas expectativas.
3. Particularidades
Estão relacionadas ao tipo de material, modelo operacional e expectativas. Para que a
operacionalização seja viável é preciso que o Prestador de Serviços de Logística
trabalhe de forma flexível e customizável.
7
1.2 Por que terceirizar a Logística
Essa é uma dúvida muito comum! Apesar de muito se falar sobre outsourcing (terceirização)
ainda existem muitas empresas que realizam determinadas atividades, diferentes do seu
Core Business (Negócio Chave/Atividade Fim) internamente.
Esse posicionamento pode estar correto, principalmente se tais atividades forem exclusivas
e o mercado não dispor de Prestadores de Serviços capacitados para sua execução.
Por outro lado, existem diversas empresas cujo negócio é especificamente atender o que
não é o Core Business de seus clientes! Em outras palavras, prestadores de serviços
capacitados para exercer funções específicas para outras organizações, nas quais estas
são somente um suporte e não a atividade fim.
No caso da Logística não é diferente! Um Prestador de Serviço Logístico (PSL), no inglês
Third-party Logistics (3PL), concentra todos os seus esforços neste segmento.
Veja através de diferentes perspectivas o porquê de terceirizar a logística
 Pessoas
Isso significa que as pessoas que atuam neste ramo são especialistas no assunto, tanto
por formação acadêmica (MBA, mestrado, doutorado, etc) quanto pela experiência
profissional. Além disso, estão envolvidas no meio, participando de feiras, fóruns,
reuniões e tendo acesso a canais destinados ao setor, tais como revistas, blogs, etc.
Portanto, conhecem novas tecnologias e tendências nacionais e internacionais. Tudo
isso reflete nas Soluções e Diferenciais oferecidos aos seus clientes.
Para a empresa que terceiriza, pode haver uma considerável redução do quadro de
funcionários, o que diminui a necessidade de gestão, espaço e outras tarefas
administrativas relativas a pessoas.
 Equipamentos
Existem dezenas de equipamentos aplicáveis na armazenagem e movimentação de
materiais. Porém, é preciso conhecer o que eles oferecem e quais suprem ou não a
necessidade de cada operação. Em alguns casos um equipamento influencia em outro e
uma escolha errada pode comprometer toda a operação, por isso é importante entender
do assunto!
8
 Processos
Ter um processo robusto é a base para uma boa operação! É preciso mapear todas as
atividades e entendê-las de forma detalhada, assim é possível gerar: velocidade,
qualidade, flexibilidade, produtividade, confiabilidade, etc.
 Ambiente/Layout
Para operacionalização é preciso ter um ambiente adequado em termos de: espaço
(área, pé direito, capacidade de peso do piso, docas elevadas, iluminação, sistemas de
detecção e combate a incêndio, segurança, etc) e layout adequado para proporcionar
redução dos movimentos, tempos (lead time) e melhor aproveitamento do espaço.
 Qualidade
É o que todo prestador de serviços deve buscar continuamente!
Um dos principais motivos pelo qual algumas empresas têm receio em terceirizar. É fato
que nem todos os prestadores conseguem garantir um bom Nível de Serviço, por isso é
importante escolher o parceiro certo! Esse deve contar com um SGQ – Sistema de
Gestão da Qualidade desenvolvido, implementado e controlado através de importantes
indicadores (KPI- Key Performance Indicators).
 Tecnologia
O mercado está em constante evolução, por isso novas tecnologias surgem diariamente.
É preciso trabalhar atualizado e implementar os novos recursos disponíveis, tanto
hardwares quanto softwares. Tudo isso pode gerar maior produtividade, agilidade,
qualidade, menores custos ou também pode ser um diferencial para o cliente final!
 Custos
Creio que esse seja o fator principal para a escolha de terceirização pela maioria das
empresas! Na prestação de serviços é possível ter custos menores, tudo depende da
eficiência do operador logístico. Em muitos casos é ainda possível substituir custos fixos
por variáveis, o que é muito positivo para as organizações!
As perspectivas acima são apenas alguns exemplos, além dessas existem diversas outras
que podem ser observadas. Importante lembrar que a eficácia da terceirização depende de
todas as partes envolvidas nas etapas dessa mudança.
9
Para concluir, deixo a questão: Devo concentrar os recursos da minha organização no meu
Core Business (Negócio Chave/Atividade Fim) e realizar internamente tudo o que foi
mencionado acima?
10
1.3 Como comparar os custos terceirizando ou realizando internamente?
O ponto mais importante dessa análise é fazer a comparação correta! O que isso quer dizer?
De forma figurativa: comparar banana com banana e não com laranja!
É preciso mapear todos os custos envolvidos com a Operação Logística, realizando
internamente ou terceirizando, principalmente:
 Pessoas
Salários, encargos, benefícios (vale alimentação, refeição, transporte, plano de saúde,
plano odontológico, seguro de vida, etc), férias, 13° salário, hora extra, participação nos
lucros, abono, recrutamento e seleção, exames periódicos, verbas rescisórias,
reclamatória trabalhista, entre outros.
 Infraestrutura
Aluguel, depreciação, energia elétrica, água e esgoto, telecomunicação (telefonia e
internet), serviços de segurança, limpeza, manutenção predial, etc.
 Equipamentos
Depreciação, manutenção preventiva/corretiva, substituição e locação (se houver).
 Insumos
Aquisição de embalagens, inclusive: caixas de papelão/plástica, fita adesiva e/ou
gomada, plástico bolha, filme strech, fita de arquear, etiquetas e reebons para
impressora térmica e qualquer outro que possa ser necessário para a operação e
administração.
 Financeiro
Juros e outras taxas pelo empréstimo para aquisição de imóvel (caso seja comprado),
equipamentos, capital de giro, entre outros.
 Seguro
Prédio e conteúdo.
Observe que grande parte, se não todos os custos listados acima são Fixos quando realizados
internamente!
11
Quando terceirizado os serviços podem ser cobrados de diferentes formas pelo Prestador de
Serviços Logísticos, geralmente com uma parte dos valores fixo e outra variável, mas é sempre
possível calcular o custo total e unitário. Para isso utilize previsões futuras e/ou histórico
realizado para prever os valores. Analise minuciosamente o que está e o que não está incluso
nos serviços ofertados e também, é claro, o valor mínimo a ser faturado.
É importante ressaltar que neste caso não levamos em consideração o aporte de capital para
investimento em equipamentos e softwares necessários, principalmente os mais
representativos como: equipamentos de armazenagem, empilhadeiras e software de gestão de
armazém.
Lembre-se que falamos somente do aspecto financeiro, porém existem outras perspectivas a
serem avaliadas.
12
1.4 7 Regras para obter sucesso
A opção pela terceirização de certa atividade é uma mudança com impactos significativos para
as organizações, em alguns casos vitais para a continuidade do negócio. Especialmente se
estiver relacionada de alguma forma direta ou indiretamente com seus clientes.
É o caso da terceirização logística! Por essa razão compartilho a seguir algumas das principais
regras básicas para garantir o sucesso neste relacionamento:
1. Faça uma boa análise antes de decidir por terceirizar
Essa decisão é de extrema importância para a gestão empresarial e clientes da
empresa. Deve-se levar em conta os Pontos Positivos e Negativos, Oportunidades e
Ameaças, sugiro sempre utilizar a Análise S.W.O.T. Faça tudo com muita cautela, saiba
que problemas podem surgir durante a o período de implementação, esteja preparado!
2. Selecione bons parceiros
Existem dezenas de parceiros disponíveis no mercado, muitos utilizam novas
tecnologias, bons métodos, equipamentos, etc. Porém o principal cuidado que deve ser
tomado neste momento é se sua empresa irá se adaptar ao modelo de negócio do
parceiro ou o parceiro irá se moldar às suas necessidades particulares.
3. Deixe claro para os Prestadores de Serviços Logísticos as expectativas quanto à
operação
É essencial ao Prestador de Serviços conhecer as expectativas dos seus clientes.
Assim pode concentrar seus esforços em ações que aumentem a Satisfação de seus
Clientes. Isso pode ser claramente controlado/monitorado através de Indicadores.
4. Avalie além do custo unitário a solução completa proposta
Já notei várias vezes empresas, através de seu setor de Compras, nomearem um
fornecedor/prestador de serviços por apresentar menor custo unitário. O que
isoladamente é um grande erro! É preciso conhecer a solução completa que está sendo
proposta, comercialmente e tecnicamente. Somente assim é possível prever custos
mais reais a serem pagos futuramente, além de ter uma verdadeira visão de quem tem
o melhor custo!
13
5. Formalize um contrato
A formalização é uma forma de proteção aos envolvidos, garantindo quesitos
importantes para as partes numa operação. De um lado geralmente são feitos
investimentos, contratações, entre outros para viabilizar a operacionalização, de outro
está a satisfação dos clientes da contratante.
6. Defina procedimentos e políticas
Determinadas atividades devem ser executadas de forma padrão, o que pode ser até
mesmo um diferencial competitivo. Por este motivo devem ser documentados e
alinhados com o Prestador de Serviço. Outro ponto importante está relacionado as
políticas da empresa, as quais o prestador deve ter conhecimento e estar preparado
para tomar as decisões corretas quando necessário.
7. Mantenha boa comunicação
Durante a operação no dia a dia cliente e terceiro precisam trabalhar em sintonia, de
forma alinhada. Para isso acontecer é essencial uma boa comunicação. Esta por sua
vez depende dos canais disponibilizados, treinamentos, procedimentos, reuniões
periódicas, pesquisas de satisfação, entre outros. Além disso, avalie constantemente os
Indicadores estabelecidos e forneça feedback sobre eles.
Mesmo parecendo simples, essas regras, se bem aplicadas, são capazes de garantir um bom
relacionamento entre Empresa, seus cliente e Prestadores de Serviço.
14
2. SEGMENTOS
2.1 Logística no Comércio Eletrônico
O Comércio Eletrônico, através da loja virtual ou televenda, cresce num ritmo muito acelerado
a cada ano, não somente para gigantes do varejo, mas também para grandes, médias e
pequenas empresas.
Portanto, é primordial para o negócio o estabelecimento de parcerias que apoiem a operação
logística no comércio eletrônico, sendo a parte interna e o transporte dos produtos
comercializados.
De forma geral são necessárias três soluções básicas de Logística Interna: Armazenar, Montar
os Pedidos e Expedir para finalmente Transportar sempre que houver uma compra pelo
cliente.
1. Armazenar
Inicia com o recebimento dos materiais no armazém, conferência/inspeção, envolve
movimentação física e registros no sistema de gestão, além da realização de inventários
periodicamente (cíclico/rotativo ou geral), segurança, logística reversa
(devolução/reposição), entre outros.
2. Montar os Pedidos
Os produtos devem ser coletados (picking) conforme pedido do cliente nos sistemas de
armazenagem/área de picking e embalados (packing) de forma que a embalagem
circule até o local de entrega sem avarias.
3. Expedir
Antes do material deixar o armazém é necessário fazer uma série de conferências,
gerar documentos fiscais, direcionar materiais de acordo com a transportadora
responsável, carregar os veículos (caminhão ou container).
Finalizada a logística interna, os produtos estão prontos para serem transportados e entregues
aos clientes.
15
Essas atividades são de extrema importância, por estarem diretamente relacionadas com a
Satisfação dos Clientes. A expectativa de um cliente ao fazer uma compra de forma eletrônica
é que seu produto chegue o mais rápido possível e em perfeitas condições, isso depende da
Operação Logística!
Tome cuidado para contratar o Prestador de Serviço Logístico correto, pois a imagem do seu
negócio depende da eficiência dele!
16
2.2 Logística no Marketplace
O Marketplace é uma excelente forma de viabilizar empresas com interesse em vender ou
aumentar as vendas no Comércio Eletrônico. São oferecidas diversas vantagens aos lojistas,
tais como a ligação com marcas fortes como Extra.com e Submarino.com, SEO, pagamento
centralizado, antecipação de recebíveis, ferramenta de gerenciamento do e-commerce, entre
outros.
Para completar as facilidades disponibilizadas pelos shoppings-mercado o Operador Logístico
deve gerar diferencial competitivo para as lojas, entenda como:
 Menor custo devido escala
Numa única estrutura física, equipe, equipamentos, etc são realizadas operações de
diversas lojas, desta forma o custo total é dividido entre todas elas, como consequência
o custo unitário é menor.
 Maior qualidade dos serviços
A busca pela melhoria contínua e a aplicação de métodos e ferramentas de qualidade
somada aos procedimentos padrões das atividades garantem melhor Nível de Serviço.
 Menores tempos de operação
O espaço, layout, equipamentos, sistemas e pessoas planejadas e implementadas para
que as atividades aconteçam no menor tempo possível.
 Redução de vínculo de empregos
Não é necessário contratação e relação direta de emprego com funcionários com
funções relacionadas à Logística.
 Gestão da operação por terceiros
A empresa de Logística é responsável por todo o fluxo logístico, tais como: receber,
conferir, armazenar, montar os pedidos, expedir, etc.
 Liberação de espaço físico
O estoque ocupa muito espaço, principalmente sem local, sistemas de armazenagem e
movimentação adequados.
17
 Menor imobilização de capital
Sistemas de armazenagem, movimentação, servidores, computadores, impressoras
térmicas, aparelhos de embalamento, entre outros requerem altos investimentos.
18
2.3 Integração Logística Omni-channel
A integração dos diferentes canais de comunicação com os clientes é um assunto de extrema
importância para os varejistas. É nítida a necessidade de fornecer diferentes meios de compra,
tais como: loja física, online, redes sociais, televendas, totem, entre outros.
O sucesso do Omni-channel (multi-canal) vai além das boas ferramentas tecnológicas e de
marketing. A logística deve estar alinhada com a estratégia global da organização, ou seja,
deve haver a integração logística omni-channel. Afinal, um dos principais objetivos da marca é
gerar uma boa experiência de compra aos seus clientes.
Imagine um cliente procurando por um produto amplamente comercializado por diferentes
lojas, inclusive com preços similares. Uma delas oferece melhor compatibilidade com seu
dispositivo e fácil navegabilidade em sua loja online. Pode-se dizer que esse já é um
diferencial percebido pelo usuário que finaliza a compra. A entrega do produto demora e este
cliente começa a pensar que se tivesse comprado de outro local já teria recebido.
Apesar de todo o esforço de marketing e investimento numa boa plataforma de comércio
eletrônico, por exemplo, a experiência de compra percebida por este consumidor não foi boa.
É provável que ele comente o ocorrido com seus colegas e escolha outra loja na sua próxima
pesquisa.
Por este motivo é importante pensar de forma sistêmica, alinhando as estratégicas nos mais
diferentes setores, marketing, tecnologia da informação, logística, etc. A integração logística,
ou seja, concentração do estoque num único local, mesmo comercializado por diferentes
canais pode evitar uma séria de problemas.
É possível perceber algumas vantagens na integração do estoque, veja algumas delas:
1. Redução do espaço físico
Com a centralização do estoque num único local (pode ser vários locais de acordo com
a região), reduz-se a necessidade de lojas físicas com amplo espaço, a qual passa a
funcionar mais como um verdadeiro show room ou ainda oferecendo um ambiente mais
agradável ao cliente.
2. Melhor controle de estoque
19
Os produtos manuseados no mesmo local aumentam a acuracidade em inventários e
facilita a integração com saldos em sistema.
3. Menor custo
Reduz a necessidade de pagamento de despesas relacionadas a locação e manutenção
de vários espaços, por exemplo, o metro quadrado de uma loja dentro de um shopping
custa muito mais caro que num armazém na região metropolitana da cidade. Além de
operação projetada e monitorada para gerar maior produtividade, ganho de escala nas
atividades de recebimento, montagem de pedidos/fulfillment, expedição, entre outros.
4. Menor prazo de entrega
O armazém onde os produtos são geralmente centralizados costuma contar com uma
equipe, pessoas, sistemas, equipamentos, layout, processos, entre outros
desenvolvidos para execução das atividades no menor tempo possível, gerando maior
produtividade.
20
3. TENDÊNCIAS E INOVAÇÕES
3.1 Mercado, inovações e tendências
Inicialmente gostaria apenas de fazer uma breve contextualização do mercado nacional e
internacional que estamos vivenciando atualmente.
Com uma globalização cada vez maior o comércio entre países não está mais limitado
apenas através de grandes corporações.
A conjuntura macro econômica mundial mudou e países como Brasil passaram a chamar
mais atenção de empresas estrangeiras.
Os consumidores estão comprando mais pela internet e, consequentemente o Comércio
Eletrônico está crescendo cada vez mais, inclusive para novos segmentos, antes
considerados inviáveis.
Cada vez mais a Logística torna-se elemento chave no varejo, pois está diretamente
relacionada a satisfação com cliente final e pode gerar diferenciais competitivos.
A gigante de tecnologia Google e a de comércio eletrônico Amazon, referências em seus
segmentos, estão buscando vantagens competitivas para oferecer aos seus clientes. Dois
ótimos exemplos relacionados a Logística são: anticipatory shipping que é basicamente
iniciar a entrega do material antes do cliente confirmar a compra e same day delivery,
traduzindo ao pé da letra, entrega no mesmo dia da conclusão do pedido.
Além dessas existem outras tendências e inovações, como marketplace, integração omni-
channel, QR code, app, entre outras. Estão amplamente sendo implementadas e de forma
muito rápida. É possível dizer que durante seu período de amadurecimento será um
diferencial, mas logo passará a ser um requisito! Por isso para aplicá-las como vantagem
competitiva é preciso um Prestador de Serviços Logísticos que esteja por dentro do assunto,
em constante atualização e preparado para atender seus clientes.
21
3.2 Aplicação do Big Data na Logística
O termo Big Data vem sendo bastante utilizado no mundo dos negócios. Segundo a
definição da IBM trata-se de grande volume de dados cada vez mais relevantes nas
informações extraídas deles.
Isso significa basicamente que através da análise dos dados, obtemos informações. Em
outras palavras, dados estão geralmente na forma bruta, representados por palavras e/ou
números que por si só não dizem muito coisa! Partindo do tratamento desses dados, como
as correlações e segmentações, por exemplo, conseguimos obter informações importantes.
Vamos usar um exemplo real. Imagine o caixa de um supermercado, os produtos são
registrados através de seu código de barras num sistema computacional, o qual gera baixa
no estoque, identifica o valor unitário e calcula o total da compra. Cada registro desses é um
dado na forma bruta. Agora pense no total de registros realizados em todos os caixas de um
supermercado num dia, multiplique pela quantidade de dias no mês, agora pelo número de
supermercados na sua cidade, por exemplo. O resultado é enorme!
Isoladamente esses dados não tem tanta relevância, mas é uma fonte de informação muito
importante. É possível correlacionar alguns produtos com outros e descobrir que, num
exemplo muito simples, quando o cliente compra um Vinho, geralmente compra um queijo.
Ainda é possível verificar o que vende mais num determinado horário do dia ou ainda,
período do mês e ano. Ainda é possível descobrir quais itens estão mais presentes nas
compras com maior ou menor valor total. Uma infinidade de informações pode ser extraída
do Big Data!
Com o resultado deste trabalho, as organizações têm condições de conhecer melhor o seu
negócio e seus clientes. O bom uso disso aumenta a eficiência e gera vantagem e
diferencial competitivo no seu segmento de atuação.
O Big Data na Logística não é diferente, avaliando o dia a dia operacional de um Operador
Logístico também é possível observar o grande volume de dados. Para exemplificar, cito de
forma básica um fluxo logístico interno:
1. Receber Pedido → 2. Coletar Itens → 3. Conferir Itens → 4. Embalar Pedido
22
O que é feito em cada atividade:
1. Receber Pedido
Cliente do Operador Logístico ou cliente final seleciona o(s) produto(s), quantidade(s) e
informa o local de entrega, geralmente via sistema;
2. Coletar Itens
Com o pedido em mãos o colaborador do Operador identifica o endereço do(s) item(s)
no armazém, dirige-se até o local e coleta na quantidade solicitada;
3. Conferir Itens
Com o pedido e os itens em mãos é realizada uma conferência para verificar se os
produtos são de fato o que foi solicitado;
4. Embalar Pedido
Acondicionamento dos produtos dentro de embalagens e identificação para posterior
transporte.
Em todas as etapas anteriores são realizados registros em sistema, formando um grande
banco de dados, veja alguns exemplos do que podemos extrair deles e melhorar eficiência:
2. Coletar Itens
Itens que tem maior giro – Devem ser endereçados em locais de fácil acesso e,
consequentemente menor necessidade de movimentos e tempo;
3. Conferir Itens
Itens coletados errados – Avaliar a causa e implementar melhorias para evitar coletas
erradas;
4. Embalar Pedidos
Tamanho médio dos produtos – Utilizar embalagens que atendam ao tamanho médio dos
pedidos, reduzindo desperdícios.
Foram listados acima alguns resultados que podem ser obtidos através do Big Data e
convertidas em maior eficiência operacional. É claro que existem milhares de outras
23
informações que podem ser resultado de análises, tanto no âmbito operacional quanto no
estratégico. O mais importante é saber aplicar esse conceito e gerar maior eficiência,
diferencial e vantagem competitiva!
3.3 Impressora 3D e Supply Chain. Qual a relação?
Inovação recentemente divulgada por diversos canais de comunicação a Impressora 3D
deve trazer consideráveis mudanças no mercado. Apesar dos avanços, ainda é uma
tecnologia cara e com pouca escala de produção, porém com enorme potencial futuro.
Desde já as organizações devem avaliar quais impactos esse equipamento pode gerar no
seu negócio e se preparar para não ter surpresas!
Impressora 3D e Supply Chain. Qual a relação?
Em termos de Cadeia de Abastecimento (Supply Chain) é possível observar certas
mudanças, causadas principalmente pela manufatura. Este dispositivo permite uma
produção instantânea, deixando de ser puxada e passando para empurrada, ou seja, sob
demanda e ainda em alguns casos com a possibilidade de customização. Isso pode ocorrer
no próprio ponto de venda ou até mesmo em indústrias locais de menor porte.
A consequência é a descentralização da produção de determinados materiais, reduzindo a
necessidade de armazenagem e transporte inbound e outbound. A distância entre origem e
destino tende a ser menor e, como consequência os lead times também, pois os locais de
produção devem estar geograficamente mais próximos de seus clientes.
Por outro lado deve crescer a movimentação de matéria prima para abastecer as
Impressoras 3D, a qual pode inclusive estar sob diferente forma e/ou estado físico, o que
deve gerar significativas reduções no volume cúbico de armazenagem e transporte. Cargas
com volume menor podem ser melhores otimizadas no armazenamento e transporte, desde
que respeitando as limitações de peso.
A partir dessa leitura, pense de que forma tudo isso poderá impactar no seu negócio!
24
3.4 Como se preparar para o Same Day Delivery?
Assunto em alta nos Estados Unidos, principalmente por que cada vez mais gigantes de
tecnologia, comércio eletrônico e varejo como: Google, Amazon, Ebay e Walmart estão
aderindo a entregas no mesmo dia, ou no inglês, same day delivery.
Será esta uma tendência no mercado brasileiro? Em quanto tempo as empresas brasileiras
colocarão esse assunto em pauta?
O que podemos afirmar com toda certeza neste momento é que este pode se tornar um
grande diferencial competitivo!
É fato que a entrega em D+0 (no mesmo dia) reduz os tempos de operação, ou seja, é
preciso basicamente produzir e transportar em menos tempo. Isso significa que os lead
times devem reduzir também!
Num país como o Brasil, onde o modal predominante de transporte é o rodoviário sabemos
que este por sua vez representa grande parte do tempo total.
Como podemos reduzir este tempo?
Existem algumas alternativas, uma delas é utilizar frete aéreo, porém este representa custos
consideravelmente maiores. Por isso uma opção mais viável é a Descentralização dos
Centros de Distribuição (CD).
Isso significa deixar de adotar um grande CD e passar a utilizar diversos menores, também
conhecidos como Centro de Distribuição Avançado (CDA), localizados em regiões
estratégicas. Desta forma é possível que o estoque esteja mais próximo do cliente final,
reduzindo o maior tempo de transporte.
Ainda assim é preciso tomar alguns cuidados na escolha do CDA! Para obter o resultado
desejado é preciso que o Prestador de Serviço Logístico esteja preparado em seu armazém
para reduzir os tempos internos de movimentação, ou seja, desde o momento em que
recebe os produtos, separa, embala até a expedição. Sem contar é claro com outros fatores,
tais como: inventário, segurança, conservação, serviços agregados, entre outros.
25
Os principais fatores que garantem velocidade (sem perder qualidade) num CDA são:
 Layout
Deve ser projetado de forma a permitir deslocamentos menores dentro do depósito.
 Organização
Alocação física dos materiais nos sistemas de armazenagem deve obedecer a critérios
de giro.
 Equipamentos
Preparados para rápido e fácil manuseio e movimentação
 Sistema
Projetado para funcionar com simples navegação pelo usuário.
 Processo
Atentar para atividades dependentes de outras, evitar gargalos e aplicar procedimentos
padrão.
 Pessoas
Treinamento e indicadores de produtividade são importantes.
Levando os itens acima em consideração será possível atingir o objetivo com a implantação
de CDAs.
26
3.5 Logística e os Drones
Ao se pensar em inovação logística os drones estão entre as primeiras coisas que vem à
cabeça nos dias de hoje. Este equipamento, também conhecido como VANTS - Veículo
Aéreo Não Tripulado ou VARP - Veículo Aéreo Remotamente Pilotado, tem chamado
atenção do mercado nos últimos anos.
Apesar de não ser uma criação recente e já ser utilizada para determinadas necessidades
como na produção de imagens, limpeza, segurança e a militar, por exemplo. A expectativa
proveniente da aplicação como uma nova forma de transporte de cargas é alta, pois figura
como uma solução a muitos problemas logísticos.
Dentre as principais dificuldades no transporte estão: prazo, infraestrutura, custo, acesso a
regiões hostis e segurança. Os quais podem ser solucionados com os drones, considerando
que o transporte aéreo é mais rápido, não demanda grandes infraestruturas, custa menos, o
equipamento sobrevoa áreas remotas como ilhas, sem grandes dificuldades e o risco de
acidentes e assaltos são remotos.
Embora muito se falar sobre o assunto, ainda existem diversas questões a serem definidas,
como por exemplo, as regras de trafego aéreo, segurança e energia. Por estas e outras
razões a utilização atual desta tecnologia no segmento de Logística ainda é restrita.
Empresas como DHL estão realizando testes em determinadas regiões na Europa com a
movimentação de remédios para locais mais isolados e com maiores complicações na
entrega através dos meios convencionais. A Amazon nos Estados Unidos e a Google na
Austrália também fazem seus experimentos para entregas de compras pela internet.
Existem ainda notícias de que o Facebook planeja utilizar drones para distribuir internet pelo
mundo.
De um modo geral os drones tendem a se popularizar e continuarem sendo soluções
alternativas interessantes para muitas atividades. Como será com a Logística? Podemos
imaginar andar pelas ruas e se deparar com drones aterrissando e levantando voo nas
residências e centros de distribuição para entregar pacotes comprados no e-commerce.
Outra possível realidade serão áreas fechadas com estes dispositivos movimentando
materiais, eliminando atividades operacionais realizadas por pessoas. Será que as entregas
urbanas deixarão de serem realizadas por pequenos veículos de carga e motocicletas?
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Independente das respostas para as perguntas, temos que lembrar que ainda existe muito
trabalho pela frente. Viabilizar a utilização de drones nas entregas não será uma tarefa fácil
no âmbito operacional e financeiro!
28
3.6 Anticipatory Shipping
Uma ideia genial da Amazon, a qual patenteou com o nome de anticipatory shipping, no
português livre, entrega antecipada. Um dos grandes diferenciais do varejo, principalmente
e-commerce, é o prazo de entrega. Num mercado cada vez mais concorrido com players de
confiança praticando preços similares, a Logística tem se tornado uma vantagem
competitiva.
O grande desafio é como entregar os produtos de compras online de forma mais rápida. O
modal de transporte mais utilizado nacionalmente para este tipo de entrega é o rodoviário,
mas não é possível reduzir o transit time de um trajeto com o mesmo veículo (respeitando
os limites de velocidade e legislação) e rota ótima. Desta forma sobram poucas alternativas,
mas a Amazon, através dos recursos tecnológicos e de inteligência artificial desenvolveu o
anticipatory shipping ou entrega antecipada.
Basicamente consiste em entregar um produto antes do cliente finalizar uma compra na loja
virtual. A viabilidade desta inovação está nos dados dos usuários e algoritmos que avaliam o
comportamento do consumidor online. Em outras palavras, estatisticamente é possível
prever a probabilidade de compra de determinados itens, baseado em ações dos clientes,
como: pesquisas, compras anteriores, entre outros fatores avaliados.
Em termos logísticos, assim que é identificada uma probabilidade de compra, o produto é
enviado do Centro de Distribuição onde está localizado para o HUB mais próximo do
endereço do cliente. Desta forma a mercadoria já estará mais próxima do destino, o que
permite um menor prazo de entrega. As condições de transporte continuam as mesmas,
porém quando o consumidor decide comprar, o tempo de espera pelo produto será menor.
Essa mudança permite que outras inovações/tendências como o Same Day Delivery, no
português, Entrega no Mesmo Dia, sejam possíveis. Caso o comprador não tenha interesse
em finalizar a compra, não tem problema, o material é encaminhado para outro potencial
consumidor ou para o HUB. Este modelo de entrega foi registrado através de um pedido de
patente em 2012 pela Amazon. No pedido constou como sendo um mecanismo
desenvolvido que envolve o envio do produto a uma determinada área geográfica enquanto
o potencial consumidor avalia comprar o mesmo sem dar o endereço desse consumidor (já
que ele ainda não fechou negócio). Enquanto o pacote estiver em trânsito, caso o
consumidor conclua sua compra, a Amazon então envia o endereço específico de entrega e
a entrega é feita em um tempo menor do que pelo método de entrega atual.
29
A Amazon é uma empresa de Comércio Eletrônico multinacional sediada nos Estados
Unidos fundada em 1994 por Jeff Bezos. Ganhou fama recentemente principalmente pelas
inovações dos produtos e serviços.
30
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
É nítida a quantidade de ações sendo tomadas em busca de diferenciais competitivos na
indústria e no varejo. Todo o contexto global está mudando, a modalidade de comércio
eletrônico está crescendo num ritmo acelerado, distâncias geográficas já não são mais
impeditivos para as transações comerciais, além de novos consumidores com perfil
diferente estarem surgindo. Com essa evolução aparecem novos desafios, à medida que a
disputa por uma fatia de mercado é crescente. As mudanças acontecem cada vez mais
rapidamente e o tempo de resposta deve ser curto.
A Logística tem assumido uma participação importante na satisfação dos clientes. O
mercado responde com inovações, algumas das quais se tornam tendências para um ou
mais segmentos. Os problemas são desafiadores, mas soluções inteligentes estão
ganhando espaço, muitas delas viabilizadas pela tecnologia disponível. Por isso é preciso
estar atento a tudo o que está acontecendo, não só no Brasil, mas em outros países que
vivenciam outra fase dos negócios, avaliando a aplicação e os impactos das inovações e
tendências.
31
SOBRE O AUTOR
RAFAEL MENDES é um profissional da área de Logística. Fundador
e CEO da ASAP Log | Soluções em Logística, formação acadêmica
em Administração de Empresas pela FAE Business School com
experiência profissional em empresas multinacionais de grande
porte no Brasil e EUA como: HSBC Banco Múltiplo, Hilton
Properties, Volkswagen e Renault.
Atuou na área de planejamento e projetos, estruturando todo fluxo
logístico, desde o desenho de processos, especificação de sistema,
definição de layout e equipamentos, RFI – Requerimento de Informação, RFQ – Requerimento
de Cotação e RFP – Requerimento de Proposta, análise e contratação de transportadoras,
treinamentos, estudo de embalagens, implantação de indicadores e controles, entre outros.
No setor de planejamento de materiais realizou controle de MRP – Material Requirement
Planning de peças importadas e motores nacionais para abastecimento de linha de produção.
Controlou o MPS – Material Planning Schedule de conjuntos e embalagens destinados a
exportação.
No departamento de Engenharia de Transporte elaborou o Plano de Transporte combinando
todas as variáveis envolvidas através de ferramentas e metodologias avançadas na busca de
soluções ótimas inbound.
SOBRE ASAP Log | Soluções em Logística
Operador Logístico com foco em operações customizadas de acordo com a necessidade.
Assim como seus clientes, sabe a importância da eficiência nas operações logísticas. Por esta
razão trabalha para tornar seus clientes mais competitivos em seu setor de atuação.
Dispõe de uma gama completa de soluções em logística interna capazes de atender a
necessidade de seus clientes e contribuir para uma melhor gestão da cadeia de abastecimento
(Supply Chain Management). Entende que cada empresa tem sua particularidade, por este
motivo trabalha de forma flexível, oferecendo a customização das operações para cada cliente
de acordo com a sua necessidade, independente de seu porte e segmento de atuação.

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Logística e tendências em coletânea de artigos

  • 1.
  • 3. 3 Todos os direitos reservados e protegidos pela lei 9.610 de 19/02/1998. Nenhuma parte deste livro, sem autorização prévia por escrito do autor, poderá ser reproduzida ou transmitida sejam quais forem os meios empregados: eletrônicos, mecânicos, fotográficos, gravação ou quaisquer outros. Nota: Muita pesquisa, raciocínio, reflexão e zelo foram aplicados neste material. No entanto, podem ocorrer erros de digitação ou insuficiência de detalhes nas informações. O autor não se responsabiliza por qualquer dano ou perdas a pessoas ou organizações, originados pelo uso desta publicação. Autor: Rafael Mendes Editoração: Daniela Catisti ASAP Log | Soluções em Logística +55 41 4063-7283 | contato@asaplog.com.br www.asaplog.com.br |
  • 4. 4 Os artigos contidos nesta coletânea foram escritos de forma simplificada e resumida a partir de pesquisa e experiência de mercado do autor. O objetivo é compartilhar uma visão da Logística e seu contexto global. O impacto das inovações da indústria e varejo na logística e vice e versa, além de algumas tendências. É preciso entender a dinâmica empresarial e estar preparado para rápidas mudanças! Boa Leitura. Rafael Mendes
  • 5. 5 1. TERCEIRIZAÇÃO.....................................................................................................................6 1.1 Terceirização Logística.......................................................................................................6 1.2 Por que terceirizar a Logística ............................................................................................7 1.3 Como comparar os custos terceirizando ou realizando internamente? ............................10 1.4 7 Regras para obter sucesso............................................................................................12 2. SEGMENTOS .........................................................................................................................14 2.1 Logística no Comércio Eletrônico .....................................................................................14 2.2 Logística no Marketplace..................................................................................................16 2.3 Integração Logística Omni-channel ..................................................................................18 3. TENDÊNCIAS E INOVAÇÕES ...............................................................................................20 3.1 Mercado, inovações e tendências ....................................................................................20 3.2 Aplicação do Big Data na Logística ..................................................................................21 3.3 Impressora 3D e Supply Chain. Qual a relação?..............................................................23 3.4 Como se preparar para o Same Day Delivery? ................................................................24 3.5 Logística e os Drones .......................................................................................................26 3.6 Anticipatory Delivery .........................................................................................................28 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................................30
  • 6. 6 1. TERCEIRIZAÇÃO 1.1 Terceirização Logística Cada vez mais adotada nas empresas a terceirização logística (outsourcing) deve ser operacionalizada pelo parceiro correto! Como saber qual é este parceiro? Em primeiro lugar é preciso conhecer claramente o modelo operacional, expectativas e particularidades da empresa e alinhar em nível estratégico e operacional com o Prestador de Serviço Logístico (PSL). 1. Modelo Operacional do Cliente Sabemos que existem diferentes maneiras de se fazer a mesma coisa, porém cada organização adota o modelo que julga mais adequado ao seu negócio. De forma mais prática podemos exemplificar um modelo operacional como sendo os processos, sistemas, equipamentos, estrutura hierárquica, descrição de cargos, entre outros. 2. Expectativas Pode variar de um cliente para outro, pois está diretamente relacionado com a sua estratégia e diferenciais. Portanto é imprescindível a contratação do parceiro correto, ou seja, capaz de satisfazer essas expectativas. 3. Particularidades Estão relacionadas ao tipo de material, modelo operacional e expectativas. Para que a operacionalização seja viável é preciso que o Prestador de Serviços de Logística trabalhe de forma flexível e customizável.
  • 7. 7 1.2 Por que terceirizar a Logística Essa é uma dúvida muito comum! Apesar de muito se falar sobre outsourcing (terceirização) ainda existem muitas empresas que realizam determinadas atividades, diferentes do seu Core Business (Negócio Chave/Atividade Fim) internamente. Esse posicionamento pode estar correto, principalmente se tais atividades forem exclusivas e o mercado não dispor de Prestadores de Serviços capacitados para sua execução. Por outro lado, existem diversas empresas cujo negócio é especificamente atender o que não é o Core Business de seus clientes! Em outras palavras, prestadores de serviços capacitados para exercer funções específicas para outras organizações, nas quais estas são somente um suporte e não a atividade fim. No caso da Logística não é diferente! Um Prestador de Serviço Logístico (PSL), no inglês Third-party Logistics (3PL), concentra todos os seus esforços neste segmento. Veja através de diferentes perspectivas o porquê de terceirizar a logística  Pessoas Isso significa que as pessoas que atuam neste ramo são especialistas no assunto, tanto por formação acadêmica (MBA, mestrado, doutorado, etc) quanto pela experiência profissional. Além disso, estão envolvidas no meio, participando de feiras, fóruns, reuniões e tendo acesso a canais destinados ao setor, tais como revistas, blogs, etc. Portanto, conhecem novas tecnologias e tendências nacionais e internacionais. Tudo isso reflete nas Soluções e Diferenciais oferecidos aos seus clientes. Para a empresa que terceiriza, pode haver uma considerável redução do quadro de funcionários, o que diminui a necessidade de gestão, espaço e outras tarefas administrativas relativas a pessoas.  Equipamentos Existem dezenas de equipamentos aplicáveis na armazenagem e movimentação de materiais. Porém, é preciso conhecer o que eles oferecem e quais suprem ou não a necessidade de cada operação. Em alguns casos um equipamento influencia em outro e uma escolha errada pode comprometer toda a operação, por isso é importante entender do assunto!
  • 8. 8  Processos Ter um processo robusto é a base para uma boa operação! É preciso mapear todas as atividades e entendê-las de forma detalhada, assim é possível gerar: velocidade, qualidade, flexibilidade, produtividade, confiabilidade, etc.  Ambiente/Layout Para operacionalização é preciso ter um ambiente adequado em termos de: espaço (área, pé direito, capacidade de peso do piso, docas elevadas, iluminação, sistemas de detecção e combate a incêndio, segurança, etc) e layout adequado para proporcionar redução dos movimentos, tempos (lead time) e melhor aproveitamento do espaço.  Qualidade É o que todo prestador de serviços deve buscar continuamente! Um dos principais motivos pelo qual algumas empresas têm receio em terceirizar. É fato que nem todos os prestadores conseguem garantir um bom Nível de Serviço, por isso é importante escolher o parceiro certo! Esse deve contar com um SGQ – Sistema de Gestão da Qualidade desenvolvido, implementado e controlado através de importantes indicadores (KPI- Key Performance Indicators).  Tecnologia O mercado está em constante evolução, por isso novas tecnologias surgem diariamente. É preciso trabalhar atualizado e implementar os novos recursos disponíveis, tanto hardwares quanto softwares. Tudo isso pode gerar maior produtividade, agilidade, qualidade, menores custos ou também pode ser um diferencial para o cliente final!  Custos Creio que esse seja o fator principal para a escolha de terceirização pela maioria das empresas! Na prestação de serviços é possível ter custos menores, tudo depende da eficiência do operador logístico. Em muitos casos é ainda possível substituir custos fixos por variáveis, o que é muito positivo para as organizações! As perspectivas acima são apenas alguns exemplos, além dessas existem diversas outras que podem ser observadas. Importante lembrar que a eficácia da terceirização depende de todas as partes envolvidas nas etapas dessa mudança.
  • 9. 9 Para concluir, deixo a questão: Devo concentrar os recursos da minha organização no meu Core Business (Negócio Chave/Atividade Fim) e realizar internamente tudo o que foi mencionado acima?
  • 10. 10 1.3 Como comparar os custos terceirizando ou realizando internamente? O ponto mais importante dessa análise é fazer a comparação correta! O que isso quer dizer? De forma figurativa: comparar banana com banana e não com laranja! É preciso mapear todos os custos envolvidos com a Operação Logística, realizando internamente ou terceirizando, principalmente:  Pessoas Salários, encargos, benefícios (vale alimentação, refeição, transporte, plano de saúde, plano odontológico, seguro de vida, etc), férias, 13° salário, hora extra, participação nos lucros, abono, recrutamento e seleção, exames periódicos, verbas rescisórias, reclamatória trabalhista, entre outros.  Infraestrutura Aluguel, depreciação, energia elétrica, água e esgoto, telecomunicação (telefonia e internet), serviços de segurança, limpeza, manutenção predial, etc.  Equipamentos Depreciação, manutenção preventiva/corretiva, substituição e locação (se houver).  Insumos Aquisição de embalagens, inclusive: caixas de papelão/plástica, fita adesiva e/ou gomada, plástico bolha, filme strech, fita de arquear, etiquetas e reebons para impressora térmica e qualquer outro que possa ser necessário para a operação e administração.  Financeiro Juros e outras taxas pelo empréstimo para aquisição de imóvel (caso seja comprado), equipamentos, capital de giro, entre outros.  Seguro Prédio e conteúdo. Observe que grande parte, se não todos os custos listados acima são Fixos quando realizados internamente!
  • 11. 11 Quando terceirizado os serviços podem ser cobrados de diferentes formas pelo Prestador de Serviços Logísticos, geralmente com uma parte dos valores fixo e outra variável, mas é sempre possível calcular o custo total e unitário. Para isso utilize previsões futuras e/ou histórico realizado para prever os valores. Analise minuciosamente o que está e o que não está incluso nos serviços ofertados e também, é claro, o valor mínimo a ser faturado. É importante ressaltar que neste caso não levamos em consideração o aporte de capital para investimento em equipamentos e softwares necessários, principalmente os mais representativos como: equipamentos de armazenagem, empilhadeiras e software de gestão de armazém. Lembre-se que falamos somente do aspecto financeiro, porém existem outras perspectivas a serem avaliadas.
  • 12. 12 1.4 7 Regras para obter sucesso A opção pela terceirização de certa atividade é uma mudança com impactos significativos para as organizações, em alguns casos vitais para a continuidade do negócio. Especialmente se estiver relacionada de alguma forma direta ou indiretamente com seus clientes. É o caso da terceirização logística! Por essa razão compartilho a seguir algumas das principais regras básicas para garantir o sucesso neste relacionamento: 1. Faça uma boa análise antes de decidir por terceirizar Essa decisão é de extrema importância para a gestão empresarial e clientes da empresa. Deve-se levar em conta os Pontos Positivos e Negativos, Oportunidades e Ameaças, sugiro sempre utilizar a Análise S.W.O.T. Faça tudo com muita cautela, saiba que problemas podem surgir durante a o período de implementação, esteja preparado! 2. Selecione bons parceiros Existem dezenas de parceiros disponíveis no mercado, muitos utilizam novas tecnologias, bons métodos, equipamentos, etc. Porém o principal cuidado que deve ser tomado neste momento é se sua empresa irá se adaptar ao modelo de negócio do parceiro ou o parceiro irá se moldar às suas necessidades particulares. 3. Deixe claro para os Prestadores de Serviços Logísticos as expectativas quanto à operação É essencial ao Prestador de Serviços conhecer as expectativas dos seus clientes. Assim pode concentrar seus esforços em ações que aumentem a Satisfação de seus Clientes. Isso pode ser claramente controlado/monitorado através de Indicadores. 4. Avalie além do custo unitário a solução completa proposta Já notei várias vezes empresas, através de seu setor de Compras, nomearem um fornecedor/prestador de serviços por apresentar menor custo unitário. O que isoladamente é um grande erro! É preciso conhecer a solução completa que está sendo proposta, comercialmente e tecnicamente. Somente assim é possível prever custos mais reais a serem pagos futuramente, além de ter uma verdadeira visão de quem tem o melhor custo!
  • 13. 13 5. Formalize um contrato A formalização é uma forma de proteção aos envolvidos, garantindo quesitos importantes para as partes numa operação. De um lado geralmente são feitos investimentos, contratações, entre outros para viabilizar a operacionalização, de outro está a satisfação dos clientes da contratante. 6. Defina procedimentos e políticas Determinadas atividades devem ser executadas de forma padrão, o que pode ser até mesmo um diferencial competitivo. Por este motivo devem ser documentados e alinhados com o Prestador de Serviço. Outro ponto importante está relacionado as políticas da empresa, as quais o prestador deve ter conhecimento e estar preparado para tomar as decisões corretas quando necessário. 7. Mantenha boa comunicação Durante a operação no dia a dia cliente e terceiro precisam trabalhar em sintonia, de forma alinhada. Para isso acontecer é essencial uma boa comunicação. Esta por sua vez depende dos canais disponibilizados, treinamentos, procedimentos, reuniões periódicas, pesquisas de satisfação, entre outros. Além disso, avalie constantemente os Indicadores estabelecidos e forneça feedback sobre eles. Mesmo parecendo simples, essas regras, se bem aplicadas, são capazes de garantir um bom relacionamento entre Empresa, seus cliente e Prestadores de Serviço.
  • 14. 14 2. SEGMENTOS 2.1 Logística no Comércio Eletrônico O Comércio Eletrônico, através da loja virtual ou televenda, cresce num ritmo muito acelerado a cada ano, não somente para gigantes do varejo, mas também para grandes, médias e pequenas empresas. Portanto, é primordial para o negócio o estabelecimento de parcerias que apoiem a operação logística no comércio eletrônico, sendo a parte interna e o transporte dos produtos comercializados. De forma geral são necessárias três soluções básicas de Logística Interna: Armazenar, Montar os Pedidos e Expedir para finalmente Transportar sempre que houver uma compra pelo cliente. 1. Armazenar Inicia com o recebimento dos materiais no armazém, conferência/inspeção, envolve movimentação física e registros no sistema de gestão, além da realização de inventários periodicamente (cíclico/rotativo ou geral), segurança, logística reversa (devolução/reposição), entre outros. 2. Montar os Pedidos Os produtos devem ser coletados (picking) conforme pedido do cliente nos sistemas de armazenagem/área de picking e embalados (packing) de forma que a embalagem circule até o local de entrega sem avarias. 3. Expedir Antes do material deixar o armazém é necessário fazer uma série de conferências, gerar documentos fiscais, direcionar materiais de acordo com a transportadora responsável, carregar os veículos (caminhão ou container). Finalizada a logística interna, os produtos estão prontos para serem transportados e entregues aos clientes.
  • 15. 15 Essas atividades são de extrema importância, por estarem diretamente relacionadas com a Satisfação dos Clientes. A expectativa de um cliente ao fazer uma compra de forma eletrônica é que seu produto chegue o mais rápido possível e em perfeitas condições, isso depende da Operação Logística! Tome cuidado para contratar o Prestador de Serviço Logístico correto, pois a imagem do seu negócio depende da eficiência dele!
  • 16. 16 2.2 Logística no Marketplace O Marketplace é uma excelente forma de viabilizar empresas com interesse em vender ou aumentar as vendas no Comércio Eletrônico. São oferecidas diversas vantagens aos lojistas, tais como a ligação com marcas fortes como Extra.com e Submarino.com, SEO, pagamento centralizado, antecipação de recebíveis, ferramenta de gerenciamento do e-commerce, entre outros. Para completar as facilidades disponibilizadas pelos shoppings-mercado o Operador Logístico deve gerar diferencial competitivo para as lojas, entenda como:  Menor custo devido escala Numa única estrutura física, equipe, equipamentos, etc são realizadas operações de diversas lojas, desta forma o custo total é dividido entre todas elas, como consequência o custo unitário é menor.  Maior qualidade dos serviços A busca pela melhoria contínua e a aplicação de métodos e ferramentas de qualidade somada aos procedimentos padrões das atividades garantem melhor Nível de Serviço.  Menores tempos de operação O espaço, layout, equipamentos, sistemas e pessoas planejadas e implementadas para que as atividades aconteçam no menor tempo possível.  Redução de vínculo de empregos Não é necessário contratação e relação direta de emprego com funcionários com funções relacionadas à Logística.  Gestão da operação por terceiros A empresa de Logística é responsável por todo o fluxo logístico, tais como: receber, conferir, armazenar, montar os pedidos, expedir, etc.  Liberação de espaço físico O estoque ocupa muito espaço, principalmente sem local, sistemas de armazenagem e movimentação adequados.
  • 17. 17  Menor imobilização de capital Sistemas de armazenagem, movimentação, servidores, computadores, impressoras térmicas, aparelhos de embalamento, entre outros requerem altos investimentos.
  • 18. 18 2.3 Integração Logística Omni-channel A integração dos diferentes canais de comunicação com os clientes é um assunto de extrema importância para os varejistas. É nítida a necessidade de fornecer diferentes meios de compra, tais como: loja física, online, redes sociais, televendas, totem, entre outros. O sucesso do Omni-channel (multi-canal) vai além das boas ferramentas tecnológicas e de marketing. A logística deve estar alinhada com a estratégia global da organização, ou seja, deve haver a integração logística omni-channel. Afinal, um dos principais objetivos da marca é gerar uma boa experiência de compra aos seus clientes. Imagine um cliente procurando por um produto amplamente comercializado por diferentes lojas, inclusive com preços similares. Uma delas oferece melhor compatibilidade com seu dispositivo e fácil navegabilidade em sua loja online. Pode-se dizer que esse já é um diferencial percebido pelo usuário que finaliza a compra. A entrega do produto demora e este cliente começa a pensar que se tivesse comprado de outro local já teria recebido. Apesar de todo o esforço de marketing e investimento numa boa plataforma de comércio eletrônico, por exemplo, a experiência de compra percebida por este consumidor não foi boa. É provável que ele comente o ocorrido com seus colegas e escolha outra loja na sua próxima pesquisa. Por este motivo é importante pensar de forma sistêmica, alinhando as estratégicas nos mais diferentes setores, marketing, tecnologia da informação, logística, etc. A integração logística, ou seja, concentração do estoque num único local, mesmo comercializado por diferentes canais pode evitar uma séria de problemas. É possível perceber algumas vantagens na integração do estoque, veja algumas delas: 1. Redução do espaço físico Com a centralização do estoque num único local (pode ser vários locais de acordo com a região), reduz-se a necessidade de lojas físicas com amplo espaço, a qual passa a funcionar mais como um verdadeiro show room ou ainda oferecendo um ambiente mais agradável ao cliente. 2. Melhor controle de estoque
  • 19. 19 Os produtos manuseados no mesmo local aumentam a acuracidade em inventários e facilita a integração com saldos em sistema. 3. Menor custo Reduz a necessidade de pagamento de despesas relacionadas a locação e manutenção de vários espaços, por exemplo, o metro quadrado de uma loja dentro de um shopping custa muito mais caro que num armazém na região metropolitana da cidade. Além de operação projetada e monitorada para gerar maior produtividade, ganho de escala nas atividades de recebimento, montagem de pedidos/fulfillment, expedição, entre outros. 4. Menor prazo de entrega O armazém onde os produtos são geralmente centralizados costuma contar com uma equipe, pessoas, sistemas, equipamentos, layout, processos, entre outros desenvolvidos para execução das atividades no menor tempo possível, gerando maior produtividade.
  • 20. 20 3. TENDÊNCIAS E INOVAÇÕES 3.1 Mercado, inovações e tendências Inicialmente gostaria apenas de fazer uma breve contextualização do mercado nacional e internacional que estamos vivenciando atualmente. Com uma globalização cada vez maior o comércio entre países não está mais limitado apenas através de grandes corporações. A conjuntura macro econômica mundial mudou e países como Brasil passaram a chamar mais atenção de empresas estrangeiras. Os consumidores estão comprando mais pela internet e, consequentemente o Comércio Eletrônico está crescendo cada vez mais, inclusive para novos segmentos, antes considerados inviáveis. Cada vez mais a Logística torna-se elemento chave no varejo, pois está diretamente relacionada a satisfação com cliente final e pode gerar diferenciais competitivos. A gigante de tecnologia Google e a de comércio eletrônico Amazon, referências em seus segmentos, estão buscando vantagens competitivas para oferecer aos seus clientes. Dois ótimos exemplos relacionados a Logística são: anticipatory shipping que é basicamente iniciar a entrega do material antes do cliente confirmar a compra e same day delivery, traduzindo ao pé da letra, entrega no mesmo dia da conclusão do pedido. Além dessas existem outras tendências e inovações, como marketplace, integração omni- channel, QR code, app, entre outras. Estão amplamente sendo implementadas e de forma muito rápida. É possível dizer que durante seu período de amadurecimento será um diferencial, mas logo passará a ser um requisito! Por isso para aplicá-las como vantagem competitiva é preciso um Prestador de Serviços Logísticos que esteja por dentro do assunto, em constante atualização e preparado para atender seus clientes.
  • 21. 21 3.2 Aplicação do Big Data na Logística O termo Big Data vem sendo bastante utilizado no mundo dos negócios. Segundo a definição da IBM trata-se de grande volume de dados cada vez mais relevantes nas informações extraídas deles. Isso significa basicamente que através da análise dos dados, obtemos informações. Em outras palavras, dados estão geralmente na forma bruta, representados por palavras e/ou números que por si só não dizem muito coisa! Partindo do tratamento desses dados, como as correlações e segmentações, por exemplo, conseguimos obter informações importantes. Vamos usar um exemplo real. Imagine o caixa de um supermercado, os produtos são registrados através de seu código de barras num sistema computacional, o qual gera baixa no estoque, identifica o valor unitário e calcula o total da compra. Cada registro desses é um dado na forma bruta. Agora pense no total de registros realizados em todos os caixas de um supermercado num dia, multiplique pela quantidade de dias no mês, agora pelo número de supermercados na sua cidade, por exemplo. O resultado é enorme! Isoladamente esses dados não tem tanta relevância, mas é uma fonte de informação muito importante. É possível correlacionar alguns produtos com outros e descobrir que, num exemplo muito simples, quando o cliente compra um Vinho, geralmente compra um queijo. Ainda é possível verificar o que vende mais num determinado horário do dia ou ainda, período do mês e ano. Ainda é possível descobrir quais itens estão mais presentes nas compras com maior ou menor valor total. Uma infinidade de informações pode ser extraída do Big Data! Com o resultado deste trabalho, as organizações têm condições de conhecer melhor o seu negócio e seus clientes. O bom uso disso aumenta a eficiência e gera vantagem e diferencial competitivo no seu segmento de atuação. O Big Data na Logística não é diferente, avaliando o dia a dia operacional de um Operador Logístico também é possível observar o grande volume de dados. Para exemplificar, cito de forma básica um fluxo logístico interno: 1. Receber Pedido → 2. Coletar Itens → 3. Conferir Itens → 4. Embalar Pedido
  • 22. 22 O que é feito em cada atividade: 1. Receber Pedido Cliente do Operador Logístico ou cliente final seleciona o(s) produto(s), quantidade(s) e informa o local de entrega, geralmente via sistema; 2. Coletar Itens Com o pedido em mãos o colaborador do Operador identifica o endereço do(s) item(s) no armazém, dirige-se até o local e coleta na quantidade solicitada; 3. Conferir Itens Com o pedido e os itens em mãos é realizada uma conferência para verificar se os produtos são de fato o que foi solicitado; 4. Embalar Pedido Acondicionamento dos produtos dentro de embalagens e identificação para posterior transporte. Em todas as etapas anteriores são realizados registros em sistema, formando um grande banco de dados, veja alguns exemplos do que podemos extrair deles e melhorar eficiência: 2. Coletar Itens Itens que tem maior giro – Devem ser endereçados em locais de fácil acesso e, consequentemente menor necessidade de movimentos e tempo; 3. Conferir Itens Itens coletados errados – Avaliar a causa e implementar melhorias para evitar coletas erradas; 4. Embalar Pedidos Tamanho médio dos produtos – Utilizar embalagens que atendam ao tamanho médio dos pedidos, reduzindo desperdícios. Foram listados acima alguns resultados que podem ser obtidos através do Big Data e convertidas em maior eficiência operacional. É claro que existem milhares de outras
  • 23. 23 informações que podem ser resultado de análises, tanto no âmbito operacional quanto no estratégico. O mais importante é saber aplicar esse conceito e gerar maior eficiência, diferencial e vantagem competitiva! 3.3 Impressora 3D e Supply Chain. Qual a relação? Inovação recentemente divulgada por diversos canais de comunicação a Impressora 3D deve trazer consideráveis mudanças no mercado. Apesar dos avanços, ainda é uma tecnologia cara e com pouca escala de produção, porém com enorme potencial futuro. Desde já as organizações devem avaliar quais impactos esse equipamento pode gerar no seu negócio e se preparar para não ter surpresas! Impressora 3D e Supply Chain. Qual a relação? Em termos de Cadeia de Abastecimento (Supply Chain) é possível observar certas mudanças, causadas principalmente pela manufatura. Este dispositivo permite uma produção instantânea, deixando de ser puxada e passando para empurrada, ou seja, sob demanda e ainda em alguns casos com a possibilidade de customização. Isso pode ocorrer no próprio ponto de venda ou até mesmo em indústrias locais de menor porte. A consequência é a descentralização da produção de determinados materiais, reduzindo a necessidade de armazenagem e transporte inbound e outbound. A distância entre origem e destino tende a ser menor e, como consequência os lead times também, pois os locais de produção devem estar geograficamente mais próximos de seus clientes. Por outro lado deve crescer a movimentação de matéria prima para abastecer as Impressoras 3D, a qual pode inclusive estar sob diferente forma e/ou estado físico, o que deve gerar significativas reduções no volume cúbico de armazenagem e transporte. Cargas com volume menor podem ser melhores otimizadas no armazenamento e transporte, desde que respeitando as limitações de peso. A partir dessa leitura, pense de que forma tudo isso poderá impactar no seu negócio!
  • 24. 24 3.4 Como se preparar para o Same Day Delivery? Assunto em alta nos Estados Unidos, principalmente por que cada vez mais gigantes de tecnologia, comércio eletrônico e varejo como: Google, Amazon, Ebay e Walmart estão aderindo a entregas no mesmo dia, ou no inglês, same day delivery. Será esta uma tendência no mercado brasileiro? Em quanto tempo as empresas brasileiras colocarão esse assunto em pauta? O que podemos afirmar com toda certeza neste momento é que este pode se tornar um grande diferencial competitivo! É fato que a entrega em D+0 (no mesmo dia) reduz os tempos de operação, ou seja, é preciso basicamente produzir e transportar em menos tempo. Isso significa que os lead times devem reduzir também! Num país como o Brasil, onde o modal predominante de transporte é o rodoviário sabemos que este por sua vez representa grande parte do tempo total. Como podemos reduzir este tempo? Existem algumas alternativas, uma delas é utilizar frete aéreo, porém este representa custos consideravelmente maiores. Por isso uma opção mais viável é a Descentralização dos Centros de Distribuição (CD). Isso significa deixar de adotar um grande CD e passar a utilizar diversos menores, também conhecidos como Centro de Distribuição Avançado (CDA), localizados em regiões estratégicas. Desta forma é possível que o estoque esteja mais próximo do cliente final, reduzindo o maior tempo de transporte. Ainda assim é preciso tomar alguns cuidados na escolha do CDA! Para obter o resultado desejado é preciso que o Prestador de Serviço Logístico esteja preparado em seu armazém para reduzir os tempos internos de movimentação, ou seja, desde o momento em que recebe os produtos, separa, embala até a expedição. Sem contar é claro com outros fatores, tais como: inventário, segurança, conservação, serviços agregados, entre outros.
  • 25. 25 Os principais fatores que garantem velocidade (sem perder qualidade) num CDA são:  Layout Deve ser projetado de forma a permitir deslocamentos menores dentro do depósito.  Organização Alocação física dos materiais nos sistemas de armazenagem deve obedecer a critérios de giro.  Equipamentos Preparados para rápido e fácil manuseio e movimentação  Sistema Projetado para funcionar com simples navegação pelo usuário.  Processo Atentar para atividades dependentes de outras, evitar gargalos e aplicar procedimentos padrão.  Pessoas Treinamento e indicadores de produtividade são importantes. Levando os itens acima em consideração será possível atingir o objetivo com a implantação de CDAs.
  • 26. 26 3.5 Logística e os Drones Ao se pensar em inovação logística os drones estão entre as primeiras coisas que vem à cabeça nos dias de hoje. Este equipamento, também conhecido como VANTS - Veículo Aéreo Não Tripulado ou VARP - Veículo Aéreo Remotamente Pilotado, tem chamado atenção do mercado nos últimos anos. Apesar de não ser uma criação recente e já ser utilizada para determinadas necessidades como na produção de imagens, limpeza, segurança e a militar, por exemplo. A expectativa proveniente da aplicação como uma nova forma de transporte de cargas é alta, pois figura como uma solução a muitos problemas logísticos. Dentre as principais dificuldades no transporte estão: prazo, infraestrutura, custo, acesso a regiões hostis e segurança. Os quais podem ser solucionados com os drones, considerando que o transporte aéreo é mais rápido, não demanda grandes infraestruturas, custa menos, o equipamento sobrevoa áreas remotas como ilhas, sem grandes dificuldades e o risco de acidentes e assaltos são remotos. Embora muito se falar sobre o assunto, ainda existem diversas questões a serem definidas, como por exemplo, as regras de trafego aéreo, segurança e energia. Por estas e outras razões a utilização atual desta tecnologia no segmento de Logística ainda é restrita. Empresas como DHL estão realizando testes em determinadas regiões na Europa com a movimentação de remédios para locais mais isolados e com maiores complicações na entrega através dos meios convencionais. A Amazon nos Estados Unidos e a Google na Austrália também fazem seus experimentos para entregas de compras pela internet. Existem ainda notícias de que o Facebook planeja utilizar drones para distribuir internet pelo mundo. De um modo geral os drones tendem a se popularizar e continuarem sendo soluções alternativas interessantes para muitas atividades. Como será com a Logística? Podemos imaginar andar pelas ruas e se deparar com drones aterrissando e levantando voo nas residências e centros de distribuição para entregar pacotes comprados no e-commerce. Outra possível realidade serão áreas fechadas com estes dispositivos movimentando materiais, eliminando atividades operacionais realizadas por pessoas. Será que as entregas urbanas deixarão de serem realizadas por pequenos veículos de carga e motocicletas?
  • 27. 27 Independente das respostas para as perguntas, temos que lembrar que ainda existe muito trabalho pela frente. Viabilizar a utilização de drones nas entregas não será uma tarefa fácil no âmbito operacional e financeiro!
  • 28. 28 3.6 Anticipatory Shipping Uma ideia genial da Amazon, a qual patenteou com o nome de anticipatory shipping, no português livre, entrega antecipada. Um dos grandes diferenciais do varejo, principalmente e-commerce, é o prazo de entrega. Num mercado cada vez mais concorrido com players de confiança praticando preços similares, a Logística tem se tornado uma vantagem competitiva. O grande desafio é como entregar os produtos de compras online de forma mais rápida. O modal de transporte mais utilizado nacionalmente para este tipo de entrega é o rodoviário, mas não é possível reduzir o transit time de um trajeto com o mesmo veículo (respeitando os limites de velocidade e legislação) e rota ótima. Desta forma sobram poucas alternativas, mas a Amazon, através dos recursos tecnológicos e de inteligência artificial desenvolveu o anticipatory shipping ou entrega antecipada. Basicamente consiste em entregar um produto antes do cliente finalizar uma compra na loja virtual. A viabilidade desta inovação está nos dados dos usuários e algoritmos que avaliam o comportamento do consumidor online. Em outras palavras, estatisticamente é possível prever a probabilidade de compra de determinados itens, baseado em ações dos clientes, como: pesquisas, compras anteriores, entre outros fatores avaliados. Em termos logísticos, assim que é identificada uma probabilidade de compra, o produto é enviado do Centro de Distribuição onde está localizado para o HUB mais próximo do endereço do cliente. Desta forma a mercadoria já estará mais próxima do destino, o que permite um menor prazo de entrega. As condições de transporte continuam as mesmas, porém quando o consumidor decide comprar, o tempo de espera pelo produto será menor. Essa mudança permite que outras inovações/tendências como o Same Day Delivery, no português, Entrega no Mesmo Dia, sejam possíveis. Caso o comprador não tenha interesse em finalizar a compra, não tem problema, o material é encaminhado para outro potencial consumidor ou para o HUB. Este modelo de entrega foi registrado através de um pedido de patente em 2012 pela Amazon. No pedido constou como sendo um mecanismo desenvolvido que envolve o envio do produto a uma determinada área geográfica enquanto o potencial consumidor avalia comprar o mesmo sem dar o endereço desse consumidor (já que ele ainda não fechou negócio). Enquanto o pacote estiver em trânsito, caso o consumidor conclua sua compra, a Amazon então envia o endereço específico de entrega e a entrega é feita em um tempo menor do que pelo método de entrega atual.
  • 29. 29 A Amazon é uma empresa de Comércio Eletrônico multinacional sediada nos Estados Unidos fundada em 1994 por Jeff Bezos. Ganhou fama recentemente principalmente pelas inovações dos produtos e serviços.
  • 30. 30 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS É nítida a quantidade de ações sendo tomadas em busca de diferenciais competitivos na indústria e no varejo. Todo o contexto global está mudando, a modalidade de comércio eletrônico está crescendo num ritmo acelerado, distâncias geográficas já não são mais impeditivos para as transações comerciais, além de novos consumidores com perfil diferente estarem surgindo. Com essa evolução aparecem novos desafios, à medida que a disputa por uma fatia de mercado é crescente. As mudanças acontecem cada vez mais rapidamente e o tempo de resposta deve ser curto. A Logística tem assumido uma participação importante na satisfação dos clientes. O mercado responde com inovações, algumas das quais se tornam tendências para um ou mais segmentos. Os problemas são desafiadores, mas soluções inteligentes estão ganhando espaço, muitas delas viabilizadas pela tecnologia disponível. Por isso é preciso estar atento a tudo o que está acontecendo, não só no Brasil, mas em outros países que vivenciam outra fase dos negócios, avaliando a aplicação e os impactos das inovações e tendências.
  • 31. 31 SOBRE O AUTOR RAFAEL MENDES é um profissional da área de Logística. Fundador e CEO da ASAP Log | Soluções em Logística, formação acadêmica em Administração de Empresas pela FAE Business School com experiência profissional em empresas multinacionais de grande porte no Brasil e EUA como: HSBC Banco Múltiplo, Hilton Properties, Volkswagen e Renault. Atuou na área de planejamento e projetos, estruturando todo fluxo logístico, desde o desenho de processos, especificação de sistema, definição de layout e equipamentos, RFI – Requerimento de Informação, RFQ – Requerimento de Cotação e RFP – Requerimento de Proposta, análise e contratação de transportadoras, treinamentos, estudo de embalagens, implantação de indicadores e controles, entre outros. No setor de planejamento de materiais realizou controle de MRP – Material Requirement Planning de peças importadas e motores nacionais para abastecimento de linha de produção. Controlou o MPS – Material Planning Schedule de conjuntos e embalagens destinados a exportação. No departamento de Engenharia de Transporte elaborou o Plano de Transporte combinando todas as variáveis envolvidas através de ferramentas e metodologias avançadas na busca de soluções ótimas inbound. SOBRE ASAP Log | Soluções em Logística Operador Logístico com foco em operações customizadas de acordo com a necessidade. Assim como seus clientes, sabe a importância da eficiência nas operações logísticas. Por esta razão trabalha para tornar seus clientes mais competitivos em seu setor de atuação. Dispõe de uma gama completa de soluções em logística interna capazes de atender a necessidade de seus clientes e contribuir para uma melhor gestão da cadeia de abastecimento (Supply Chain Management). Entende que cada empresa tem sua particularidade, por este motivo trabalha de forma flexível, oferecendo a customização das operações para cada cliente de acordo com a sua necessidade, independente de seu porte e segmento de atuação.