SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 25
O LIVRO
Casa-grande & Senzala (
1933).
O AUTOR:
GILBERTO
DE MELLO
FREYRE
Nasceu em 1900 – Recife
Filho de Dr. Alfredo Freyre – juiz de direito & de Francisca de Mello Freyre – filha de
aristocrata açucareira.
Influenciado pelo que viu e conviveu no Recife.
Custou a aprender a ler
Estudou na Universidade de Columbia – Defendeu a tese: A vida Social no Brasil em
1923.
A tese deu origem aos livros: Casa Grande & Senzala – 1933 e Sobrados e Mucambos –
1936.
Tema das obras: O Patriarquismo no Brasil rural.
[Link da imagem]
A leitura do Cap. IV: qual foi o propósito
da leitura?
■ A do curso: compreender a perspectiva da escravidão brasileira: em
Gilberto Freyre.
■ Que paradigma o autor de Casa Grande & Senzala, opera?
■ Qual a via de Gilberto Freyre?
CAPÍTULO
4
O escravo negro na vida
sexual e de família do
brasileiro
Todo brasileiro, [...] traz, [...] a
sombra, ou pelo menos a pinta, do
indígena ou do negro. Ternura, mimica excessiva, catolicismo, música, no andar, na fala, no
canto de ninar, em tudo que é expressão sincera da vida, trazemos a
influência negra.
 Significação de brancos amamentados por ama negra... explicaria a
predileção e até de exclusivismo do “gozo” sexual masculino com
negra.
 Mórbidos – classifica Freyre – “ é por onde sente a sombra do
escravo negro sobre a vida sexual e de família do brasileiro”. p334
Expõe o que interessa: cultura
material e moral
 A Tese de Afrânio Peixoto: “superioridade biológica e psíquica para
vida nos trópicos.” E as severas críticas do grupo IHGB...
 Apresenta o – Mapa de área de cultura da América – de KROEBER
– dá ideia da quantidade ou elaboração de valores.
 Imagem – Incluir
 Discute e apresenta pressupostos de alerta contra o perigo das
generalizações sobre os colonizadores africanos no Brasil.
 Defende que é necessário discriminar que negro se refere
ou que ameríndio se refere?
Negros – E sua Predisposição Biológica
e Psíquica
 Fertilidade
 Adaptação ao clima quente – capacidade de transpirar
 Humor vivo , alegre e loquaz
 Compara essas predileções entre o negro e o índio – cita
teorias de estudiosos para argumentar em favor dos
atributos do negro – como Bates, Waldo Frank, Mc Dougall,
Wallace...
Índio - Negro
Introvertido
Extrovertido
Explicação pelas Oposições Binárias
entre Índios e Negros...
■ Ruth Benedict, (1934).
■ Apolíneos X Dionisíacos – razão x caos
■ A dieta – Alimentos mais ricos em nutrientes – para atribuir
superioridade de eficiência econômica e eugênica.
■ Cita P. Armitage – teoria da cor e forma do crânio
■ Sorokin – Rússia
■ Otto Ammon – Holanda
■ Ales Hrdlicka – na América
Teorias de cor de pele
■ Leonard Williams – 1909 – versa sobre as relações das glândulas
endócrinas com o metabolismo geral. Que a produção da
pigmentação intervém das glândulas suprarrenais e pituitária.
Experiencias com girinos – extração dessas glândulas = gera
albinos.
■ Ressalta que é uma assunto a se resolver pela Antropologia. Muitas
incongruências observadas que descarta as generalizações. Cita os
estudos de Haddon que encontram povos de cor e de caracteres
físicos diferentes em ambiente e clima parecidos.
■ Discorre sobre alguns estudos que busca compreender a relação
do pigmento da pele com o meio físico. Os de fundamentos
Lamarckiano (uso/desuso) e Weismanniano (herança dos
caracteres adquirido). Cita estudos de: Pavlov, McDougal, Little,
Bagg, Harrison, Muller entre outros – conclui que são experiencias
que necessitam de confirmação.
Forma de Crânio: superioridade ou
inferioridade■ Descrédito – superioridade dólico-louros – HERTZ E NYSTROM
– pesquisadores salientam que não terem sido nórdicos puros
nem KANT, GOETHE, BEETHOVEN, IBSEN, LUTERO,
SCHOPENHAUER,... Quase nenhum dos gloriosos homens dos
países nórdicos.
■ Estudos ao peso do cérebro são pontos indecisos...
■ E segue expondo vários outros estudos que são contraditórios e
desconexos nas relações de raças e capacidade
mental/inteligência – estudo de Q I
■ Raças e critérios de aptidões – Também não explica aptidões
inatas ou ambientais ou circunstâncias econômicas de cultura.
Difícil de separar a hereditariedade do meio – os dois se
cruzam.
Área de cultura de
procedência do escravo
■ Erro de generalização – “peça da Guiné” ou de “preto da
costa”. Destaca que importaram para o Brasil negros
maometanos – “de cultura superior não só dos indígenas como a
da grande maioria dos colonos brancos”. p. 357
■ Revolta do Malê – 1835
■ Cita os estudos de NINA RODRIGUES – Refuta o exclusivismo
Banto na colonização africana do Brasil. A identificação
linguística revelada pela pesquisadora.(p.360)
Critérios de diferenciações
 Para os Ingleses:
 Critério de importação de escravos exclusivamente agrícola.
 Energia Bruta.
 Resistente, forte e barato.
 No Brasil
 Critérios:
 Suprir a Falta de mulheres brancas
 Técnicos em metal.
Minas e Fulas - Mulheres das
Minas Gerais
 Governador do Rio LuísV. Monteiro:
 “não há mineiro que possa viver sem uma negra”.
 “ donas de casa”
 Vieram para o Brasil:
 “donas de casa” para colonos sem mulher branca. Técnico
para as minas, criadores de gado e indústria pastoril,
culinária , sacerdotes, mestres, Comerciantes de panos e
sabão, ferreiros e oradores maometanos.
 “A proximidade da Bahia e de Pernambuco da Costa da
África – deu as relações entre o Brasil e o continente negro
um caráter todo especial de intimidade. Intimidade mais
fraternal que com as colônias Inglesas.” p.365
Sudaneses e o maometismo
■ Quanto a influência desse ramo religioso:
– Certa predisposição as revoltas
– O Catolicismo influenciado pelo Islamismo
– Leitura e escrita carácteres arábicos
– Escolas e casas de oração
Destaca as considerações de Nina Rodrigues sobre a
grande influência dos Fulas e dos Haúças
maometanos sob os Iorubanos ou Nagô e dos Ewes
ou Gege.
Negro & escravo: não se separam
no julgamento da moralidade
■ Quanto a influência do negro sobre a vida sexual do
brasileiro.
– Negro e escravo não se separam no processo de
cultura dissolvente que gera um comportamento
imoral. p.369
– Luxúria, o erotismo, a depravação sexual.
– Apetite do negro maior que o dos Europeus.
■ Necessita estímulos picantes:
– Danças afrodisíacas, orgias.
■ Europeu:
– Apenas grandes provocações.
■ “Mulheres negras mais frias do que fogosas” (Havelock Ellis).
■ A Negra corrompeu a vida sexual da sociedade brasileira.
– Iniciando precocemente no amor físico os filhos-família.
família.
■ Não há escravidão sem depravação sexual.
– “A parte mais produtiva da propriedade escrava é o ventre
As contaminações do Brasil com
a África.
– O Negro se sifilizou no Brasil – nas senzalas coloniais.
– Crença da cura -”negrinha virgem como depurativo paro o
sifilizado”.
– Amas-de-leite – contaminada pelo “menino de peito”.
– A sífilis sempre fez o que quis no Brasil patriarcal. p. 374
– Apetites sexuais “estimulados pelo ócio, [...] pela
estrutura econômica do regime escravocrata”. p. 375
O AFRICANO TORNOU-SE AGENTE
PATOLÓGICO DO/NO SISTEMA
ESCRAVOCRATA BRASILEIRO
“O negro foi patogênico, mas a serviço dos
brancos, como parte irresponsável de um sistema
articulado por outros.” p. 377
Outros traços que passam por
ser de origem exclusivamente
africana:■ Sadismo & sodomitas
■ Feitiçarias & satanismo – o amor tema de
bruxaria em Portugal – “lastro europeu”,
para as feitiçaria africana e indígena.
■ Descreve várias “mandinga de
amor”...p.381
Canções de ninar e suas
modificações
■ As mudanças recria “novos medos”.
■ Das “côcas”(cucas) para o boitatá, cobras cabriolas,
negõs de surrão, negros velhos papa figos,
quibungos,...
■ Nas canções e nas histórias de terror contadas para
as crianças...
A Linguagem
– Dói – dodói
– Pipi, nenem, papá, mimim, au-au.
– Se deu pela ação da negra junto a criança.
– “mi espere”, “le pediu”, “mi deixe”.
– Desenvolvimento de cultura no mestiço.
Disparidade entre a Língua falada e a escrita “
... A escrita recusando-se, com escrúpulos de
donzela, ao mais leve contato com a falada, com
a do povo, com a de uso corrente.” p. 388
Repercussão psíquica:
sadismo e masoquismo
■ Casamento Precoce
– Casamentos aos treze e aos quinze anos.
– Maridos quinze, vinte anos mais velhos.
– Escolha dos noivos pelos pais.
– Oferecimento das irmãs.
– Meninas com acima de 18 com ar de velhas.
■ Hábitos incestuosos
– Tio com sobrinha
– Primo e primas
– Muito comum desde do primeiro século de colonização.
Costumes, consequências
mórbidas...■ Muitas noivas de quinze anos – mulheres - morriam de parto.
■ Práticas curativas: portuguesa (imunda e inferior) & africanas e
ameríndios (desdenhados, mas de conhecimentos e processos
curativos valiosíssimos)
■ Os escravos domésticos eram considerados quase parte da
família.
– Irmãos de criação.
■ A mortalidade infantil era muito alta – crianças – “anjos”-
morria uma e nascia outra – “nunca foi para família patriarcal a
mesma dor profunda que para uma família de hoje.” p. 419
– Hábitos europeus se tornavam mortais.
– Horror ao banho e do ar.
– Mimos extremosos.
■ Menino diabo – sadismo – violência – bestialidades sexuais –
precocidade sexual
Fontes: Cartas, relatos de viajantes, literatura, registros paroquiais,
...
Considerações finais
Notadamente conservador. Defende os valores “nobres”, destaca o
carácter de nobreza aristocrática do negro africano em especial os sudaneses,
busca na cultura da vida cotidiana o caráter do povo brasileiro. Uma análise
cujo foco é a família. A tese central articulada na sua narração explicativa é a
de que foi o regime escravocrata colonial que gerou as patologias da
sociedade. A patologia maior foi a anulação dos sujeitos, das suas
individualidades pela vontade déspota do senhor de engenho. Acrescenta que
o único freio do senhor, foi a religião.
Na sua narração explicativa usa dos pares antagônicos que dá a ver
hora as mazelas e suas consequências patológicas, hora as virtudes nobres dos
africanos e ameríndios, com um entre meio de apaziguamento como se fosse
“o recheio” do “bolo” representado pela sociedade brasileira, conciliatória,
apontando a espontaneidade cordial dos afetos sem culpa racionalizada do
negro, como a saída social para o Brasil.
O negro não reprime seus sentimentos sofre, chora, a dor, o banzo...
Dionisíaco, alegre, espontâneo dos afetos que se complementa com o caráter
Apolínio dos ameríndios – contidos nos afetos, introvertidos...
A Casa Grande é completada pela Senzala e juntas constituem o
espaço de integração social. Movimento em que se afasta do racismo e admite
a relevância de outras culturas, nosso autor teria criado uma imagem quase
idílica da nossa sociedade colonial, ocultando a exploração, os conflitos e a
O escravo negro na vida sexual e de família do brasileiro

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Binômio de newton e triângulo de pascal
Binômio de newton e triângulo de pascalBinômio de newton e triângulo de pascal
Binômio de newton e triângulo de pascalespacoaberto
 
Sistemas de equações
 Sistemas de equações Sistemas de equações
Sistemas de equaçõesmarilia65
 
Apresentação geometria analítica
Apresentação geometria analíticaApresentação geometria analítica
Apresentação geometria analíticaprofluizgustavo
 
Teorema dos senos e cossenos
Teorema dos senos e cossenosTeorema dos senos e cossenos
Teorema dos senos e cossenosRodrigo Carvalho
 
Equação de 1º grau
Equação de 1º grauEquação de 1º grau
Equação de 1º grauleilamaluf
 
Matemática - Aula 5
Matemática - Aula 5Matemática - Aula 5
Matemática - Aula 5IBEST ESCOLA
 
Números negativos
Números negativosNúmeros negativos
Números negativosleilamaluf
 
Introdução ao estudo das funções
Introdução ao estudo das funçõesIntrodução ao estudo das funções
Introdução ao estudo das funçõeslilianamcvieira1986
 
Matemática Básica - Exercícios
Matemática Básica - ExercíciosMatemática Básica - Exercícios
Matemática Básica - ExercíciosEverton Moraes
 
Aula 9-intervalo-de-confiança para a média
Aula 9-intervalo-de-confiança para a médiaAula 9-intervalo-de-confiança para a média
Aula 9-intervalo-de-confiança para a médiaCarlos Alberto Monteiro
 
87996543 conicas-exercicios-resolvidos
87996543 conicas-exercicios-resolvidos87996543 conicas-exercicios-resolvidos
87996543 conicas-exercicios-resolvidosPatricia Oliveira
 
Medidas de Tendência Central e Dispersão
Medidas de Tendência Central e DispersãoMedidas de Tendência Central e Dispersão
Medidas de Tendência Central e DispersãoWanderson Oliveira
 
Organização tratamento de_dados
Organização tratamento de_dadosOrganização tratamento de_dados
Organização tratamento de_dadosHelena Borralho
 
Sólidos geométricos
Sólidos geométricosSólidos geométricos
Sólidos geométricos195954530
 

Mais procurados (20)

Adolescência
AdolescênciaAdolescência
Adolescência
 
Função quadrática
Função quadráticaFunção quadrática
Função quadrática
 
Binômio de newton e triângulo de pascal
Binômio de newton e triângulo de pascalBinômio de newton e triângulo de pascal
Binômio de newton e triângulo de pascal
 
Trigonometria na circunferência
Trigonometria na circunferênciaTrigonometria na circunferência
Trigonometria na circunferência
 
Numeros Inteiros
Numeros InteirosNumeros Inteiros
Numeros Inteiros
 
Sistemas de equações
 Sistemas de equações Sistemas de equações
Sistemas de equações
 
Apresentação geometria analítica
Apresentação geometria analíticaApresentação geometria analítica
Apresentação geometria analítica
 
Teorema dos senos e cossenos
Teorema dos senos e cossenosTeorema dos senos e cossenos
Teorema dos senos e cossenos
 
Equação de 1º grau
Equação de 1º grauEquação de 1º grau
Equação de 1º grau
 
Matemática - Aula 5
Matemática - Aula 5Matemática - Aula 5
Matemática - Aula 5
 
Números negativos
Números negativosNúmeros negativos
Números negativos
 
Introdução ao estudo das funções
Introdução ao estudo das funçõesIntrodução ao estudo das funções
Introdução ao estudo das funções
 
Expressões Numéricas
Expressões Numéricas Expressões Numéricas
Expressões Numéricas
 
Matemática Básica - Exercícios
Matemática Básica - ExercíciosMatemática Básica - Exercícios
Matemática Básica - Exercícios
 
Aula 9-intervalo-de-confiança para a média
Aula 9-intervalo-de-confiança para a médiaAula 9-intervalo-de-confiança para a média
Aula 9-intervalo-de-confiança para a média
 
87996543 conicas-exercicios-resolvidos
87996543 conicas-exercicios-resolvidos87996543 conicas-exercicios-resolvidos
87996543 conicas-exercicios-resolvidos
 
Medidas de Tendência Central e Dispersão
Medidas de Tendência Central e DispersãoMedidas de Tendência Central e Dispersão
Medidas de Tendência Central e Dispersão
 
Organização tratamento de_dados
Organização tratamento de_dadosOrganização tratamento de_dados
Organização tratamento de_dados
 
Sólidos geométricos
Sólidos geométricosSólidos geométricos
Sólidos geométricos
 
Você é um número
Você é um númeroVocê é um número
Você é um número
 

Semelhante a O escravo negro na vida sexual e de família do brasileiro

Bastide, Roger - As-Americas-Negras
Bastide, Roger - As-Americas-NegrasBastide, Roger - As-Americas-Negras
Bastide, Roger - As-Americas-NegrasMarcelo Lopes
 
O quilombo mata cavalo territorialidade negra no mundo globalizado subme...
O quilombo mata cavalo  territorialidade negra no mundo globalizado     subme...O quilombo mata cavalo  territorialidade negra no mundo globalizado     subme...
O quilombo mata cavalo territorialidade negra no mundo globalizado subme...Silvânio Barcelos
 
O quilombo mata cavalo territorialidade negra no mundo globalizado subme...
O quilombo mata cavalo  territorialidade negra no mundo globalizado     subme...O quilombo mata cavalo  territorialidade negra no mundo globalizado     subme...
O quilombo mata cavalo territorialidade negra no mundo globalizado subme...guest322cf8
 
O quilombo mata cavalo territorialidade negra no mundo globalizado
O quilombo mata cavalo   territorialidade negra no mundo globalizadoO quilombo mata cavalo   territorialidade negra no mundo globalizado
O quilombo mata cavalo territorialidade negra no mundo globalizadoSilvânio Barcelos
 
Africanidades na historiografia e na literatura brasileira
Africanidades na historiografia e na literatura brasileiraAfricanidades na historiografia e na literatura brasileira
Africanidades na historiografia e na literatura brasileiraAline Sesti Cerutti
 
Fatores psicossociais sulamericanos
Fatores psicossociais sulamericanosFatores psicossociais sulamericanos
Fatores psicossociais sulamericanosSauloBarreto7
 
Fatores psicossociais sulamericanos
Fatores psicossociais sulamericanosFatores psicossociais sulamericanos
Fatores psicossociais sulamericanosSaulo Barreto
 
Gilberto Freyre Casa Grande & Senzala
Gilberto Freyre Casa Grande & SenzalaGilberto Freyre Casa Grande & Senzala
Gilberto Freyre Casa Grande & SenzalaJorge Miklos
 
A hereditariedade, a educação e o meio em os maias
A hereditariedade, a educação e o meio em os maiasA hereditariedade, a educação e o meio em os maias
A hereditariedade, a educação e o meio em os maiasMaria Rodrigues
 
Novembro Preto A consciência tardia e o racismo no Brasil contemporâneo
Novembro Preto  A consciência tardia e o racismo no Brasil contemporâneo Novembro Preto  A consciência tardia e o racismo no Brasil contemporâneo
Novembro Preto A consciência tardia e o racismo no Brasil contemporâneo Emerson Mathias
 
Escravidão racial o legado do racismo aula de história prof. silvânio barcelos
Escravidão racial o legado do racismo  aula de história prof. silvânio barcelosEscravidão racial o legado do racismo  aula de história prof. silvânio barcelos
Escravidão racial o legado do racismo aula de história prof. silvânio barcelosSilvânio Barcelos
 
Quilombo Mata Cavalo: O negro e a identidade quilombola no mundo globalizado
Quilombo Mata Cavalo: O negro e a identidade quilombola no mundo globalizadoQuilombo Mata Cavalo: O negro e a identidade quilombola no mundo globalizado
Quilombo Mata Cavalo: O negro e a identidade quilombola no mundo globalizadoSilvânio Barcelos
 
Web aula 1éder
Web aula 1éderWeb aula 1éder
Web aula 1éderDudu1980
 
Web aula 1éder
Web aula 1éderWeb aula 1éder
Web aula 1éderDudu1980
 
Cultura brasileira - Gabriel Neiva - PUC-Rio
Cultura brasileira - Gabriel Neiva - PUC-RioCultura brasileira - Gabriel Neiva - PUC-Rio
Cultura brasileira - Gabriel Neiva - PUC-Rioagccf
 
Aula - tema: África - Ensino Médio
Aula - tema: África - Ensino MédioAula - tema: África - Ensino Médio
Aula - tema: África - Ensino MédioJoacir Pimenta
 
A escravidão e formas de resistência indígena e africana na América.pdf
A escravidão e formas de resistência indígena e africana na América.pdfA escravidão e formas de resistência indígena e africana na América.pdf
A escravidão e formas de resistência indígena e africana na América.pdfGabrielaDuarte699486
 
Racismo Científico e Apagamento Histórico_20240317_214134_0000.pptx
Racismo Científico e Apagamento Histórico_20240317_214134_0000.pptxRacismo Científico e Apagamento Histórico_20240317_214134_0000.pptx
Racismo Científico e Apagamento Histórico_20240317_214134_0000.pptxNathaliaGoncalves5
 

Semelhante a O escravo negro na vida sexual e de família do brasileiro (20)

Bastide, Roger - As-Americas-Negras
Bastide, Roger - As-Americas-NegrasBastide, Roger - As-Americas-Negras
Bastide, Roger - As-Americas-Negras
 
O quilombo mata cavalo territorialidade negra no mundo globalizado subme...
O quilombo mata cavalo  territorialidade negra no mundo globalizado     subme...O quilombo mata cavalo  territorialidade negra no mundo globalizado     subme...
O quilombo mata cavalo territorialidade negra no mundo globalizado subme...
 
O quilombo mata cavalo territorialidade negra no mundo globalizado subme...
O quilombo mata cavalo  territorialidade negra no mundo globalizado     subme...O quilombo mata cavalo  territorialidade negra no mundo globalizado     subme...
O quilombo mata cavalo territorialidade negra no mundo globalizado subme...
 
O quilombo mata cavalo territorialidade negra no mundo globalizado
O quilombo mata cavalo   territorialidade negra no mundo globalizadoO quilombo mata cavalo   territorialidade negra no mundo globalizado
O quilombo mata cavalo territorialidade negra no mundo globalizado
 
Africanidades na historiografia e na literatura brasileira
Africanidades na historiografia e na literatura brasileiraAfricanidades na historiografia e na literatura brasileira
Africanidades na historiografia e na literatura brasileira
 
Fatores psicossociais sulamericanos
Fatores psicossociais sulamericanosFatores psicossociais sulamericanos
Fatores psicossociais sulamericanos
 
Fatores psicossociais sulamericanos
Fatores psicossociais sulamericanosFatores psicossociais sulamericanos
Fatores psicossociais sulamericanos
 
Gilberto Freyre Casa Grande & Senzala
Gilberto Freyre Casa Grande & SenzalaGilberto Freyre Casa Grande & Senzala
Gilberto Freyre Casa Grande & Senzala
 
Retratos de Mulher
Retratos de MulherRetratos de Mulher
Retratos de Mulher
 
A hereditariedade, a educação e o meio em os maias
A hereditariedade, a educação e o meio em os maiasA hereditariedade, a educação e o meio em os maias
A hereditariedade, a educação e o meio em os maias
 
Novembro Preto A consciência tardia e o racismo no Brasil contemporâneo
Novembro Preto  A consciência tardia e o racismo no Brasil contemporâneo Novembro Preto  A consciência tardia e o racismo no Brasil contemporâneo
Novembro Preto A consciência tardia e o racismo no Brasil contemporâneo
 
Escravidão racial o legado do racismo aula de história prof. silvânio barcelos
Escravidão racial o legado do racismo  aula de história prof. silvânio barcelosEscravidão racial o legado do racismo  aula de história prof. silvânio barcelos
Escravidão racial o legado do racismo aula de história prof. silvânio barcelos
 
Quilombo Mata Cavalo: O negro e a identidade quilombola no mundo globalizado
Quilombo Mata Cavalo: O negro e a identidade quilombola no mundo globalizadoQuilombo Mata Cavalo: O negro e a identidade quilombola no mundo globalizado
Quilombo Mata Cavalo: O negro e a identidade quilombola no mundo globalizado
 
Web aula 1éder
Web aula 1éderWeb aula 1éder
Web aula 1éder
 
Web aula 1éder
Web aula 1éderWeb aula 1éder
Web aula 1éder
 
Cultura brasileira - Gabriel Neiva - PUC-Rio
Cultura brasileira - Gabriel Neiva - PUC-RioCultura brasileira - Gabriel Neiva - PUC-Rio
Cultura brasileira - Gabriel Neiva - PUC-Rio
 
Aula - tema: África - Ensino Médio
Aula - tema: África - Ensino MédioAula - tema: África - Ensino Médio
Aula - tema: África - Ensino Médio
 
Casa-Grande e Senzala
Casa-Grande e SenzalaCasa-Grande e Senzala
Casa-Grande e Senzala
 
A escravidão e formas de resistência indígena e africana na América.pdf
A escravidão e formas de resistência indígena e africana na América.pdfA escravidão e formas de resistência indígena e africana na América.pdf
A escravidão e formas de resistência indígena e africana na América.pdf
 
Racismo Científico e Apagamento Histórico_20240317_214134_0000.pptx
Racismo Científico e Apagamento Histórico_20240317_214134_0000.pptxRacismo Científico e Apagamento Histórico_20240317_214134_0000.pptx
Racismo Científico e Apagamento Histórico_20240317_214134_0000.pptx
 

Último

Bloco de português com artigo de opinião 8º A, B 3.docx
Bloco de português com artigo de opinião 8º A, B 3.docxBloco de português com artigo de opinião 8º A, B 3.docx
Bloco de português com artigo de opinião 8º A, B 3.docxkellyneamaral
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números Mary Alvarenga
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....LuizHenriquedeAlmeid6
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaHELENO FAVACHO
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteVanessaCavalcante37
 
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfplanejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfmaurocesarpaesalmeid
 
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorINTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorEdvanirCosta
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxferreirapriscilla84
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesFabianeMartins35
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTailsonSantos1
 
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇJaineCarolaineLima
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médiorosenilrucks
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecniCleidianeCarvalhoPer
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãIlda Bicacro
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfEmanuel Pio
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Ilda Bicacro
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...IsabelPereira2010
 

Último (20)

Bloco de português com artigo de opinião 8º A, B 3.docx
Bloco de português com artigo de opinião 8º A, B 3.docxBloco de português com artigo de opinião 8º A, B 3.docx
Bloco de português com artigo de opinião 8º A, B 3.docx
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfplanejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
 
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorINTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
 
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecni
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIXAula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 

O escravo negro na vida sexual e de família do brasileiro

  • 1. O LIVRO Casa-grande & Senzala ( 1933).
  • 2. O AUTOR: GILBERTO DE MELLO FREYRE Nasceu em 1900 – Recife Filho de Dr. Alfredo Freyre – juiz de direito & de Francisca de Mello Freyre – filha de aristocrata açucareira. Influenciado pelo que viu e conviveu no Recife. Custou a aprender a ler Estudou na Universidade de Columbia – Defendeu a tese: A vida Social no Brasil em 1923. A tese deu origem aos livros: Casa Grande & Senzala – 1933 e Sobrados e Mucambos – 1936. Tema das obras: O Patriarquismo no Brasil rural. [Link da imagem]
  • 3. A leitura do Cap. IV: qual foi o propósito da leitura? ■ A do curso: compreender a perspectiva da escravidão brasileira: em Gilberto Freyre. ■ Que paradigma o autor de Casa Grande & Senzala, opera? ■ Qual a via de Gilberto Freyre?
  • 4. CAPÍTULO 4 O escravo negro na vida sexual e de família do brasileiro
  • 5. Todo brasileiro, [...] traz, [...] a sombra, ou pelo menos a pinta, do indígena ou do negro. Ternura, mimica excessiva, catolicismo, música, no andar, na fala, no canto de ninar, em tudo que é expressão sincera da vida, trazemos a influência negra.  Significação de brancos amamentados por ama negra... explicaria a predileção e até de exclusivismo do “gozo” sexual masculino com negra.  Mórbidos – classifica Freyre – “ é por onde sente a sombra do escravo negro sobre a vida sexual e de família do brasileiro”. p334
  • 6. Expõe o que interessa: cultura material e moral  A Tese de Afrânio Peixoto: “superioridade biológica e psíquica para vida nos trópicos.” E as severas críticas do grupo IHGB...  Apresenta o – Mapa de área de cultura da América – de KROEBER – dá ideia da quantidade ou elaboração de valores.  Imagem – Incluir  Discute e apresenta pressupostos de alerta contra o perigo das generalizações sobre os colonizadores africanos no Brasil.  Defende que é necessário discriminar que negro se refere ou que ameríndio se refere?
  • 7. Negros – E sua Predisposição Biológica e Psíquica  Fertilidade  Adaptação ao clima quente – capacidade de transpirar  Humor vivo , alegre e loquaz  Compara essas predileções entre o negro e o índio – cita teorias de estudiosos para argumentar em favor dos atributos do negro – como Bates, Waldo Frank, Mc Dougall, Wallace... Índio - Negro Introvertido Extrovertido
  • 8. Explicação pelas Oposições Binárias entre Índios e Negros... ■ Ruth Benedict, (1934). ■ Apolíneos X Dionisíacos – razão x caos ■ A dieta – Alimentos mais ricos em nutrientes – para atribuir superioridade de eficiência econômica e eugênica. ■ Cita P. Armitage – teoria da cor e forma do crânio ■ Sorokin – Rússia ■ Otto Ammon – Holanda ■ Ales Hrdlicka – na América
  • 9. Teorias de cor de pele ■ Leonard Williams – 1909 – versa sobre as relações das glândulas endócrinas com o metabolismo geral. Que a produção da pigmentação intervém das glândulas suprarrenais e pituitária. Experiencias com girinos – extração dessas glândulas = gera albinos. ■ Ressalta que é uma assunto a se resolver pela Antropologia. Muitas incongruências observadas que descarta as generalizações. Cita os estudos de Haddon que encontram povos de cor e de caracteres físicos diferentes em ambiente e clima parecidos. ■ Discorre sobre alguns estudos que busca compreender a relação do pigmento da pele com o meio físico. Os de fundamentos Lamarckiano (uso/desuso) e Weismanniano (herança dos caracteres adquirido). Cita estudos de: Pavlov, McDougal, Little, Bagg, Harrison, Muller entre outros – conclui que são experiencias que necessitam de confirmação.
  • 10. Forma de Crânio: superioridade ou inferioridade■ Descrédito – superioridade dólico-louros – HERTZ E NYSTROM – pesquisadores salientam que não terem sido nórdicos puros nem KANT, GOETHE, BEETHOVEN, IBSEN, LUTERO, SCHOPENHAUER,... Quase nenhum dos gloriosos homens dos países nórdicos. ■ Estudos ao peso do cérebro são pontos indecisos... ■ E segue expondo vários outros estudos que são contraditórios e desconexos nas relações de raças e capacidade mental/inteligência – estudo de Q I ■ Raças e critérios de aptidões – Também não explica aptidões inatas ou ambientais ou circunstâncias econômicas de cultura. Difícil de separar a hereditariedade do meio – os dois se cruzam.
  • 11. Área de cultura de procedência do escravo ■ Erro de generalização – “peça da Guiné” ou de “preto da costa”. Destaca que importaram para o Brasil negros maometanos – “de cultura superior não só dos indígenas como a da grande maioria dos colonos brancos”. p. 357 ■ Revolta do Malê – 1835 ■ Cita os estudos de NINA RODRIGUES – Refuta o exclusivismo Banto na colonização africana do Brasil. A identificação linguística revelada pela pesquisadora.(p.360)
  • 12. Critérios de diferenciações  Para os Ingleses:  Critério de importação de escravos exclusivamente agrícola.  Energia Bruta.  Resistente, forte e barato.  No Brasil  Critérios:  Suprir a Falta de mulheres brancas  Técnicos em metal.
  • 13. Minas e Fulas - Mulheres das Minas Gerais  Governador do Rio LuísV. Monteiro:  “não há mineiro que possa viver sem uma negra”.  “ donas de casa”  Vieram para o Brasil:  “donas de casa” para colonos sem mulher branca. Técnico para as minas, criadores de gado e indústria pastoril, culinária , sacerdotes, mestres, Comerciantes de panos e sabão, ferreiros e oradores maometanos.  “A proximidade da Bahia e de Pernambuco da Costa da África – deu as relações entre o Brasil e o continente negro um caráter todo especial de intimidade. Intimidade mais fraternal que com as colônias Inglesas.” p.365
  • 14. Sudaneses e o maometismo ■ Quanto a influência desse ramo religioso: – Certa predisposição as revoltas – O Catolicismo influenciado pelo Islamismo – Leitura e escrita carácteres arábicos – Escolas e casas de oração Destaca as considerações de Nina Rodrigues sobre a grande influência dos Fulas e dos Haúças maometanos sob os Iorubanos ou Nagô e dos Ewes ou Gege.
  • 15. Negro & escravo: não se separam no julgamento da moralidade ■ Quanto a influência do negro sobre a vida sexual do brasileiro. – Negro e escravo não se separam no processo de cultura dissolvente que gera um comportamento imoral. p.369 – Luxúria, o erotismo, a depravação sexual. – Apetite do negro maior que o dos Europeus. ■ Necessita estímulos picantes: – Danças afrodisíacas, orgias. ■ Europeu: – Apenas grandes provocações.
  • 16. ■ “Mulheres negras mais frias do que fogosas” (Havelock Ellis). ■ A Negra corrompeu a vida sexual da sociedade brasileira. – Iniciando precocemente no amor físico os filhos-família. família. ■ Não há escravidão sem depravação sexual. – “A parte mais produtiva da propriedade escrava é o ventre
  • 17. As contaminações do Brasil com a África. – O Negro se sifilizou no Brasil – nas senzalas coloniais. – Crença da cura -”negrinha virgem como depurativo paro o sifilizado”. – Amas-de-leite – contaminada pelo “menino de peito”. – A sífilis sempre fez o que quis no Brasil patriarcal. p. 374 – Apetites sexuais “estimulados pelo ócio, [...] pela estrutura econômica do regime escravocrata”. p. 375
  • 18. O AFRICANO TORNOU-SE AGENTE PATOLÓGICO DO/NO SISTEMA ESCRAVOCRATA BRASILEIRO “O negro foi patogênico, mas a serviço dos brancos, como parte irresponsável de um sistema articulado por outros.” p. 377
  • 19. Outros traços que passam por ser de origem exclusivamente africana:■ Sadismo & sodomitas ■ Feitiçarias & satanismo – o amor tema de bruxaria em Portugal – “lastro europeu”, para as feitiçaria africana e indígena. ■ Descreve várias “mandinga de amor”...p.381
  • 20. Canções de ninar e suas modificações ■ As mudanças recria “novos medos”. ■ Das “côcas”(cucas) para o boitatá, cobras cabriolas, negõs de surrão, negros velhos papa figos, quibungos,... ■ Nas canções e nas histórias de terror contadas para as crianças...
  • 21. A Linguagem – Dói – dodói – Pipi, nenem, papá, mimim, au-au. – Se deu pela ação da negra junto a criança. – “mi espere”, “le pediu”, “mi deixe”. – Desenvolvimento de cultura no mestiço. Disparidade entre a Língua falada e a escrita “ ... A escrita recusando-se, com escrúpulos de donzela, ao mais leve contato com a falada, com a do povo, com a de uso corrente.” p. 388
  • 22. Repercussão psíquica: sadismo e masoquismo ■ Casamento Precoce – Casamentos aos treze e aos quinze anos. – Maridos quinze, vinte anos mais velhos. – Escolha dos noivos pelos pais. – Oferecimento das irmãs. – Meninas com acima de 18 com ar de velhas. ■ Hábitos incestuosos – Tio com sobrinha – Primo e primas – Muito comum desde do primeiro século de colonização.
  • 23. Costumes, consequências mórbidas...■ Muitas noivas de quinze anos – mulheres - morriam de parto. ■ Práticas curativas: portuguesa (imunda e inferior) & africanas e ameríndios (desdenhados, mas de conhecimentos e processos curativos valiosíssimos) ■ Os escravos domésticos eram considerados quase parte da família. – Irmãos de criação. ■ A mortalidade infantil era muito alta – crianças – “anjos”- morria uma e nascia outra – “nunca foi para família patriarcal a mesma dor profunda que para uma família de hoje.” p. 419 – Hábitos europeus se tornavam mortais. – Horror ao banho e do ar. – Mimos extremosos. ■ Menino diabo – sadismo – violência – bestialidades sexuais – precocidade sexual Fontes: Cartas, relatos de viajantes, literatura, registros paroquiais, ...
  • 24. Considerações finais Notadamente conservador. Defende os valores “nobres”, destaca o carácter de nobreza aristocrática do negro africano em especial os sudaneses, busca na cultura da vida cotidiana o caráter do povo brasileiro. Uma análise cujo foco é a família. A tese central articulada na sua narração explicativa é a de que foi o regime escravocrata colonial que gerou as patologias da sociedade. A patologia maior foi a anulação dos sujeitos, das suas individualidades pela vontade déspota do senhor de engenho. Acrescenta que o único freio do senhor, foi a religião. Na sua narração explicativa usa dos pares antagônicos que dá a ver hora as mazelas e suas consequências patológicas, hora as virtudes nobres dos africanos e ameríndios, com um entre meio de apaziguamento como se fosse “o recheio” do “bolo” representado pela sociedade brasileira, conciliatória, apontando a espontaneidade cordial dos afetos sem culpa racionalizada do negro, como a saída social para o Brasil. O negro não reprime seus sentimentos sofre, chora, a dor, o banzo... Dionisíaco, alegre, espontâneo dos afetos que se complementa com o caráter Apolínio dos ameríndios – contidos nos afetos, introvertidos... A Casa Grande é completada pela Senzala e juntas constituem o espaço de integração social. Movimento em que se afasta do racismo e admite a relevância de outras culturas, nosso autor teria criado uma imagem quase idílica da nossa sociedade colonial, ocultando a exploração, os conflitos e a