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1
Apostasia
nos Últimos Tempos
Edição Revisada
e Ampliada
Ribamar
Cantanhede
Mestre e Doutor
em Teologia
2
TEXTO BÁSICO: I Timóteo: 4:1-5.
Direto ao assunto
"Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão
da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios, 2 pela
hipocrisia dos que falam mentiras e que têm cauterizada a própria consciência, 3
que proíbem o casamento e exigem abstinência de alimentos que Deus criou para
serem recebidos, com ações de graças, pelos fiéis e por quantos conhecem
plenamente a verdade; 4 pois tudo que Deus criou é bom, e, recebido com ações de
graças, nada é recusável, 5 porque, pela palavra de Deus e pela oração, é
santificado." I Timóteo: 4:1-5.
Observando os pontos Destacados:
a) o Espírito afirma expressamente
b) últimos tempos
c) alguns apostatarão da fé
d) obedecerem a espíritos enganadores
e) ensinos de demônios
f) hipocrisia dos que falam mentiras
g) proíbem o casamento
h) exigem abstinência de alimentos que Deus criou para serem recebidos, com
ações de graças
i) pelos fiéis e por quantos conhecem plenamente a verdade
j) tudo que Deus criou é bom
l) e, recebido com ações de graças, nada é recusável
m) pela palavra de Deus e pela oração, é santificado
Trabalhando os pontos Destacados
a) o Espírito afirma expressamente
O Espírito Santo (o Espirito de Cristo) foi quem Inspirou os Escritores Bíblicos:
"Foi a respeito desta salvação que os profetas indagaram e inquiriram, os quais
profetizaram acerca da graça a vós outros destinada, 11 investigando,
atentamente, qual a ocasião ou quais as circunstâncias oportunas, indicadas pelo
Espírito de Cristo, que neles estava, ao dar de antemão testemunho sobre os
sofrimentos referentes a Cristo e sobre as glórias que os seguiriam. 12 A eles foi
revelado que, não para si mesmos, mas para vós outros, ministravam as coisas que,
agora, vos foram anunciadas por aqueles que, pelo Espírito Santo enviado do céu,
vos pregaram o evangelho, coisas essas que anjos anelam perscrutar." I Pedro:
1:10-12
“Sabendo, primeiramente, isto: que nenhuma profecia da Escritura provém de
particular elucidação; porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade
3
humana; entretanto, homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo
Espírito Santo.” II Pedro: 1:20-21.
“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão,
para a correção, para a educação na justiça, A fim de que o homem de Deus seja
perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.” II Timóteo: 3:16-17.
“O Espírito do SENHOR fala por meu intermédio, e a sua palavra está na minha
língua.” II Samuel: 23:2.
Quem é o Espirito Santo (Espirito de Cristo) que inspirou e falou por meio
dos profetas?
O Espírito Santo que inspirou e falou por meio dos Profetas é o Próprio
Cristo.
"Cristo não somente foi o guia dos hebreus no deserto - o Anjo em quem
estava o nome de Jeová, e que, velado na coluna de nuvem, ia diante das
hostes - mas foi também Ele que deu a Israel a lei. Por entre a tremenda
glória do Sinai, Cristo declarou aos ouvidos de todo o povo os dez
preceitos da lei de Seu Pai. Foi Ele que deu a Moisés a lei gravada em
tábuas de pedra. Ainda mais: Cristo é chamado o Verbo de Deus. João
1:1-3. É assim chamado porque Deus deu Suas revelações ao homem em
todos os tempos por meio de Cristo. Foi o Seu Espírito que inspirou os
profetas. I Ped. 1:10 e 11. Ele lhes foi revelado como o Anjo de Jeová, o
Capitão do exército do Senhor, o Arcanjo Miguel. Foi Cristo que falou a
Seu povo por intermédio dos profetas. Escrevendo à igreja cristã, diz o
apóstolo Pedro que os profetas "profetizaram da graça que vos foi dada,
indagando que tempo ou que ocasião de tempo o Espírito de Cristo, que
estava neles, indicava, anteriormente testificando os sofrimentos que a
Cristo haviam de vir, e a glória que se lhes havia de seguir". I Ped. 1:10 e
11. É a voz de Cristo que nos fala através do Antigo Testamento. "O
testemunho de Jesus é o Espírito de Profecia." Apoc. 19:10." WHITE,
Ellen G., Patriarcas e Profetas, Págs. 366-367
Observe no texto acima:
a) Deus deu Suas revelações ao homem em todos os tempos por meio de Cristo
b) Foi Cristo que falou a Seu povo por intermédio dos profetas
c) É a voz de Cristo que nos fala através do Antigo Testamento
“Impedido pela humanidade, Cristo não poderia estar em todo lugar
pessoalmente; portanto, era totalmente para sua vantagem que Ele os
deixasse, fosse a seu pai e enviasse o Espírito Santo para ser Seu
sucessor na terra. O Espírito Santo é Ele mesmo despojado da
personalidade da humanidade e independente disso. Ele representaria a
Si mesmo como presente em todos os lugares pelo Seu Espírito Santo,
como o Onipresente. “Mas o Consolador, que é o Espírito Santo, a quem o
Pai enviará em meu nome, Ele (embora não seja visto por você), [ Essa
frase foi acrescentada por Ellen White. ] ensinar-te todas as coisas, e
trazer todas as coisas à tua lembrança, tudo o que eu tenho dito a você ”[
João 14:26]. “No entanto, eu lhe digo a verdade; É conveniente que eu vá
embora: se eu não for embora, o Consolador não virá até você; mas, se eu
partir, eu o enviarei para vós ”[ João 16: 7].”WHITE. Ellen G. -
4
Manuscritos Releases, Vol. 14, Pág. 23, Páragrafo. 3, Nº 1084 {14MR
23,3} Nº 1084
"Ora, o Senhor é o Espírito; e, onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade." II
Coríntios: 3:17
"logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora,
tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se
entregou por mim." Gálatas: 2:20
Observe no texto abaixo que o nosso corpo é o Santuário de apenas "Duas
Pessoas"
"Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?
17 Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá; porque o santuário
de Deus, que sois vós, é sagrado." I Coríntios: 3:16-17
Observem no texto acima:
a) sois santuário de Deus
b) o Espírito de Deus habita em vós
Obervem no texto abaixo que somente "Duas Pessoas" participaram da Inspiração
das Escrituras:
“Sabendo, primeiramente, isto: que nenhuma profecia da Escritura provém de
particular elucidação; porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade
humana; entretanto, homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo
Espírito Santo.” II Pedro: 1:20-21.
Observem no texto acima:
a) falaram da parte de Deus
b) movidos pelo Espírito Santo
Agora observem elucidativamente quem são essas Duas Pessoas:
"Respondeu Jesus: Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o
amará, e viremos para ele e faremos nele morada." João: 14:23
"Respondeu-lhe Jesus: Se alguém me ama, guardará a minha palavra e meu Pai o
amará, e nós viremos a ele e nele faremos nossa morada." João: 14:23 (Bíblia
Ave Maria)
"Jesus respondeu: "Se alguém me ama, guarda a minha palavra, e meu Pai o
amará. Eu e meu Pai viremos e faremos nele a nossa morada." João: 14:23
(Versão da Bíblia Católica sem Apócrifo)
"Viremos. O plural enfatiza a unidade entre Pai e Filho. Eles vêm para
habitar simbolicamente o coração do crente. Assim, há uma unidade não
5
só entre o Pai e o Filho, mas entre o Pai, o Filho e o crente (ver TM,
519)." SÉTIMO DIA, Comentário Bíblico Adventista do, Vol. 5, Pág 1155
"E aquele que guarda os seus mandamentos permanece em Deus, e Deus, nele. E
nisto conhecemos que ele permanece em nós, pelo Espírito que nos deu." I João:
3:24
"Se, porém, Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do
pecado, mas o espírito é vida, por causa da justiça. 11 Se habita em vós o Espírito
daquele que ressuscitou a Jesus dentre os mortos, esse mesmo que ressuscitou
a Cristo Jesus dentre os mortos vivificará também o vosso corpo mortal, por meio
do seu Espírito, que em vós habita." Romanos: 8:10-11
"Porque qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o seu próprio espírito,
que nele está? Assim, também as coisas de Deus, ninguém as conhece, senão o
Espírito de Deus."I Coríntios: 2:11
"Tudo me foi entregue por meu Pai. Ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e
ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar."
Mateus: 11:27
"O Soberano do Universo não estava só em Sua obra de beneficência.
Tinha um companheiro - um cooperador que poderia apreciar Seus
propósitos, e participar de Sua alegria ao dar felicidade aos seres
criados. "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo
era Deus. Ele estava no princípio com Deus." João 1:1 e 2. Cristo, o
Verbo, o Unigênito de Deus, era um com o eterno Pai - um em
natureza, caráter, propósito - o único ser que poderia penetrar em
todos os conselhos e propósitos de Deus. "O Seu nome será:
Maravilhoso Conselheiro, Deus forte, Pai da eternidade, Príncipe da paz."
Isa. 9:6. Suas "saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da
eternidade". Miq. 5:2. E o Filho de Deus declara a respeito de Si mesmo:
"O Senhor Me possuiu no princípio de Seus caminhos, e antes de Suas
obras mais antigas. ... Quando compunha os fundamentos da Terra, então
Eu estava com Ele e era Seu aluno; e era cada dia as Suas delícias,
folgando perante Ele em todo o tempo". Prov. 8:22-30." WHITE, Ellen G.
- Patriarcas e Profetas Pág. 34
"O Rei do Universo convocou os exércitos celestiais perante Ele, para, em
sua presença, apresentar a verdadeira posição de Seu Filho, e mostrar a
relação que Este mantinha para com todos os seres criados. O Filho de
Deus partilhava do trono do Pai, e a glória do Ser eterno, existente
por Si mesmo, rodeava a ambos. Em redor do trono reuniam-se os
santos anjos, em uma multidão vasta, inumerável - "milhões de milhões,
e milhares de milhares" (Apoc. 5:11), estando os mais exaltados
anjos,como ministros e súditos, a regozijar-se na luz que, da presença
da Divindade, caía sobre eles. Perante os habitantes do Céu,reunidos, o
Rei declarou que ninguém, a não ser Cristo, o Unigênito de Deus,
poderia penetrar inteiramente em Seus propósitos, e a Ele foi
confiado executar os poderosos conselhos de Sua vontade. O Filho
de Deus executara a vontade do Paina criação de todos os exércitos do
Céu; e a Ele, bem como a Deus, eram devidas as homenagens e
fidelidade daqueles. Cristo ia ainda exercer o poder divino na criação
da Terra e de seus habitantes. Em tudo isto, porém, não procuraria poder
ou exaltação para Si mesmo, contrários ao plano de Deus, mas exaltaria a
6
glória do Pai, e executaria Seus propósitos de beneficência e amor."
WHITE, Ellen G. - Patriarcas e Profetas, PÁG. 36
"Toda o exército celestial foi convocado para comparecer perante o Pai, a
fim de que cada caso ficasse decidido. Satanás ousadamente fez saber
sua insatisfação por ter sido Cristo preferido a ele. Permaneceu
orgulhoso e instando que devia ser igual a Deus e introduzido a
conferenciar com o Pai e entender Seus propósitos. Deus informou a
Satanás que apenas a Seu Filho Ele revelaria Seus propósitos
secretos, e que requeria de toda a família celestial, e mesmo de
Satanás, que Lhe rendessem implícita e inquestionável obediência;
mas que ele (Satanás) tinha provado ser indigno de ter um lugar no
Céu. Então Satanás exultantemente apontou aos seus simpatizantes,
quase a metade de todos os anjos, e exclamou: "Estes estão comigo!
Expulsarás também a estes e deixarás tal vazio no Céu?" Declarou então
que estava preparado para resistir à autoridade de Cristo e defender seu
lugar no Céu pelo poder da força, força contra força." WHITE, Ellen G.
História da Redenção Pág. 18
b) últimos tempos
Os últimos tempos aqui tem um sentido duplo, aponta para os últimos dias da era
messiânica e para os últimos dias que antecedem a segunda vinda de Cristo.
Era messiânica:
para os apóstolos, os “últimos tempos” eram:
I) o tempo em que Jesus estava vivendo sobre a terra, pregando e ensinando os
mistérios divinos.
Paulo localiza os “últimos dias” como sendo os dias em que o “Messias’ estava
vivendo sobre esta a terra como o enviado de Deus”
“Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos
profetas, nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de
todas as coisas, pelo qual também fez o universo.” Hebreus: 1:1-2.
Segundo Ellen White, foi Paulo quem escreveu a epístola aos hebreus.
“O apóstolo Paulo, na epístola aos Hebreus...” WHITE, Ellen G., O Grande
Conflito, Pág. 411.
II) o tempo em que o Espírito santo estava sendo derramado sobre os apóstolos no
dia de pentecostes:
Pedro localiza os “últimos dias” como sendo o dia de pentecostes em Jerusalém, dia
em que o Espírito santo agia poderosamente sobre a Igreja de Deus.
“Mas o que ocorre é o que foi dito por intermédio do profeta Joel: “E acontecerá
nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei do meu Espírito sobre toda a
carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos jovens terão visões, e
sonharão vossos velhos.” Atos: 2:16-17.
7
III) o tempo em que Cristo dava o seu próprio sangue para salvar a humanidade
perdida:
Pedro também localiza os “últimos tempos” como sendo ainda o tempo em que o
sangue de Cristo estava sendo derramado pela humanidade:
“Sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes
resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, “Mas pelo
precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo,
Conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim
dos tempos, por amor de vós” I Pedro: 1:18-20.
Agora observe essa fonte:
“Este não é um período imediatamente antes da segunda vinda de cristo.
Pelo contrário, de acordo com a perspectiva do Novo Testamento, trata-
se da era inaugurada pela primeira vinda de Cristo e concluída na
sua segunda vinda.” GENEBRA, Bíblia de Estudo de, Págs. 1445 -1446.
Observe agora a Lição da Escola Sabatina:
“O cumprimento das profecias do Antigo Testamento – a vinda do
messias, seu sacrifício, a concessão do Espírito Santo – era pelos cristãos
primitivos encarado como evidência de que estavam vivendo nos
últimos tempos." SABATINA, Lição da Escola, 3° Trimestre de 1992, Pág.
59.
Observe agora a Bíblia de Estudo Plenitude:
“Os últimos tempos foram inaugurados com a primeira vinda de
Cristo (ver at. 2.17; heb. 1.2)” PLENITUDE, Bíblia de Estudo, Pág. 1309.
João chama estes ‘últimos tempos’ de “última hora”.
“Filhinhos, já é a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também,
agora, muitos anticristos tem surgido; pelo que conhecemos que é a última hora.”
I João: 2:18.
Muitos anticristos – são os “homens que falam mentiras” em I Timóteo 4:2 (ver
letra f).
“O anticristo original, obviamente, é satanás, o qual, desde a origem
do grande conflito, têm-se oposto a Cristo” SABATINA, Lição da Escola, 2°
Trimestre de 1997, Lição 5, Pág. 3.
“A resolução do anticristo, de levar a cabo a rebelião que iniciou no
céu, continuará a operar nos filhos da desobediência.”WHITE, Ellen G.,
Testemunhos Seletos, VOL. 3, Pág. 394.
Veja como Judas intitula os muitos anticristos (homens que falam mentiras) de
seu tempo:
8
“Os tais são murmuradores, são descontentes, andando segundo as suas
paixões. A sua boca vive propalando grandes arrogâncias; são aduladores dos
outros, por motivos interesseiros. Vós, porém, amados, lembrai-vos das palavras
anteriormente proferidas pelos apóstolos de nosso Senhor Jesus Cristo, os quais
vos diziam: No último tempo, haverá escarnecedores, andando segundo as suas
ímpias paixões. “São estes os que promovem divisões, sensuais, que não têm o
Espírito.” Judas: 1:16-19.
“Pois certos indivíduos se introduziram com dissimulação, os quais, desde muito,
foram antecipadamente pronunciados para esta condenação, homens ímpios, que
transformam em libertinagem a graça de nosso Deus e negam o nosso único
Soberano e Senhor, Jesus Cristo.” Judas: 1:4.
“Estes, porém, quanto a tudo o que não entendem, difamam; e, quanto a tudo o
que compreendem por instinto natural, como brutos sem razão, até nessas coisas
se corrompem. Ai deles! Porque prosseguiram pelo caminho de Caim, e, movidos
de ganância, se precipitaram no erro de Balaão, e pereceram na revolta de
Corá. Estes homens são como rochas submersas, em vossas festas de fraternidade,
banqueteando-se juntos sem qualquer recato, pastores que a si mesmos se
apascentam; nuvens sem água impelidas pelos ventos; árvores em plena estação
dos frutos, destes desprovidas, duplamente mortas, desarraigadas; ondas
bravias do mar, que espumam as suas próprias sujidades; estrelas errantes, para as
quais tem sido guardada a negridão das trevas, para sempre.”Judas: 1:10-13.
Destacando os pontos mais importantes:
1) murmuradores
2) descontentes
3) seguindo suas paixões
4) arrogantes
5) aduladores
6) escarnecedores
7) ímpios (ímpias paixões
8) promovem divisões
9) não têm o espírito santo
10) homens ímpios
11) negam o único soberano senhor
12) difamadores
13) brutos sem razão
14) corrompidos
15) caminho de Caim
16) erro de Balaão (ganância)
17 revolta de Corá
18) pastores que a se mesmos se apascentam
19) árvores sem frutos, mortas
20) negridão das trevas.
Analisando os pontos destacados:
9
1) murmurador – grego “γογγυσται” (gongustai) sig: difamador, detrator, que
fala mal do próximo, maldizente.
O difamador (murmurador) separa os maiores amigos:
“O homem perverso espalha contendas, e o difamador separa os maiores
amigos.” Provérbios: 16:28
Os murmuradores (difamadores) estão associados a:
Injustiça
Malícia
Avareza
Maldade
Inveja
Homicídio
Contendas
Engano
Malignidade.
“cheios de toda injustiça, malícia, avareza e maldade; possuídos de inveja,
homicídio, contenda, dolo e malignidade; sendo difamadores,” Romanos: 1:29
2) descontentes:
“Isto é, os que estão desconformes com sua sorte e, portanto,
murmuram contra Deus.” SÉTIMO DIA, Comentário Bíblico Adventista
do, Vol. 7, Pág. 784
3) seguindo suas próprias paixões:
“Tendo em conta, antes de tudo, que, nos últimos dias, virão escarnecedores com
os seus escárnios, andando segundo as próprias paixões” II Pedro: 3:3.
Andar “segundo as paixões da carne é caminhar para a morte”
“Porque, quando vivíamos segundo a carne, as paixões pecaminosas postas em
realce pela lei operavam em nossos membros, a fim de frutificarem para a
morte.” Romanos: 7:5
Quem está com Cristo (do lado de Cristo) crucifica as paixões da carne:
“E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e
concupiscências.” Gálatas: 5:24
As paixões da carne devem ser renegadas:
“Educando-nos para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas,
vivamos, no presente século, sensata, justa e piedosamente,” Tito: 2:12
10
As paixões mundanas “nos tornam escravos do pecado”
“Pois nós também, outrora, éramos néscios, desobedientes, desgarrados, escravos
de toda sorte de paixões e prazeres, vivendo em malícia e inveja, odiosos e
odiando-nos uns aos outros.” Tito: 3:3
As paixões mundanas “guerreiam contra a nossa alma”
“Amados, exorto-vos, como peregrinos e forasteiros que sois, a vos absterdes das
paixões carnais, que fazem guerra contra a alma.” I Pedro: 2:11
As paixões mundanas nos transformam em “homens desobedientes e sem
princípios”.
“Especialmente aqueles que, seguindo a carne, andam em imundas paixões e
menosprezam qualquer governo. Atrevidos, arrogantes, não temem difamar
autoridades superiores.” II Pedro: 2:10
4) arrogantes:
Os arrogantes serão destruídos:
“Castigarei o mundo por causa da sua maldade e os perversos, por causa da sua
iniqüidade; farei cessar a arrogância dos atrevidos e abaterei a soberba dos
violentos.” Isaías: 13:11
A arrogância está associada a “soberba e a zombaria”.
“Quanto ao soberbo e presumido, zombador é seu nome; procede com indignação
e arrogância.” Provérbios: 21:24
O arrogante é “ímpio e perseguidor”
“Com arrogância, os ímpios perseguem o pobre; sejam presas das tramas que
urdiram” Salmos: 10:2
Os ímpios serão destruídos:
Os ímpios, no entanto, perecerão, e os inimigos do SENHOR serão como o viço
das pastagens; serão aniquilados e se desfarão em fumaça.” Salmos: 37:20 “
“Pois o SENHOR ama a justiça e não desampara os seus santos; serão preservados
para sempre, mas a descendência dos ímpios será exterminada.” Salmos: 37:28
5) aduladores – eles são “falsos e fingidos”
“Falam com falsidade uns aos outros, falam com lábios bajuladores e coração
fingido.” Salmos: 12:2
11
6) escarnecedores:
Eles andam seguindo as suas próprias paixões:
“Tendo em conta, antes de tudo, que, nos últimos dias, virão escarnecedores com
os seus escárnios, andando segundo as próprias paixões” II Pedro: 3:3
O povo de Deus não deve ter nenhum tipo de relacionamento com eles:
“Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém
no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.”
Salmos: 1:1
7) ímpios:
Os ímpios fazem parte do time de Faraó:
“Então, Faraó mandou chamar a Moisés e a Arão e lhes disse: Esta vez pequei; o
SENHOR é justo, porém eu e o meu povo somos ímpios.” Êxodo: 9:27
A salvação está longe dos ímpios:
“A salvação está longe dos ímpios, pois não procuram os teus decretos.” Salmos:
119:155
8) promovem divisões:
Devemos nos afastar deles:
“Rogo-vos, irmãos, que noteis bem aqueles que provocam divisões e
escândalos, em desacordo com a doutrina que aprendestes; afastai-vos deles.”
Romanos: 16:17
Não devem existir “divisões” entre o povo de Deus:
“Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que faleis todos a
mesma coisa e que não haja entre vós divisões; antes, sejais inteiramente unidos,
na mesma disposição mental e no mesmo parecer.” I Coríntios: 1:10
Divisão é sinônimo de “contendas”
“Pois a vosso respeito, meus irmãos, fui informado, pelos da casa de Cloe, de que
há contendas entre vós.” I Coríntios: 1:11
“Porquanto, havendo entre vós ciúmes e contendas, não é assim que sois carnais
e andais segundo o homem?” I Coríntios: 3:3
As contendas estão associadas a “inveja, ira, porfias, detrações, intrigas,
orgulho e tumulto”.
12
“Temo, pois, que, indo ter convosco, não vos encontre na forma em que vos quero,
e que também vós me acheis diferente do que esperáveis, e que haja entre vós
contendas, invejas, iras, porfias, detrações, intrigas, orgulho e tumultos.” II
Coríntios: 12:20
“Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia,
idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões,
facções, Invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das
quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de
Deus os que tais coisas praticam.” Gálatas: 5:19-21.
9) não têm o espírito santo:
Quem não tem o espírito santo não pertence a Cristo:
“Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se, de fato, o Espírito de Deus
habita em vós. E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele.”
Romanos: 8:9.
Quem não tem o espírito não tem “amor, alegria, paz, longanimidade,
benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio.”
“Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade,
bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há
lei.” Gálatas: 5:22-23.
10) homens ímpios
Não há esperança para os ímpios:
“São assim as veredas de todos quantos se esquecem de Deus; e a esperança do
ímpio perecerá.” Jó: 8:13
o ímpio não poderá habitar com Deus:
“Também isto será a minha salvação, o fato de o ímpio não vir perante ele.” Jó:
13:16
A vida do ímpio é uma vida de “iniquidade, de malícia e de mentira”
“Eis que o ímpio está com dores de iniqüidade; concebeu a malícia e dá à luz a
mentira.” Salmos: 7:14
Satanás é o pai da mentira – ver: João: 8:44.
O coração do ímpio está cheio de transgressão e diante dele não há o temor de
Deus:
13
“Há no coração do ímpio a voz da transgressão; não há temor de Deus diante
de seus olhos.” Salmos: 36:1
11) negam o único e soberano senhor – trabalharemos esse tópico mais na
frente.
12) difamadores
O difamador está associado a: “injustiça, malícia, avareza, maldade, inveja,
homicídio, contenda e malignidade”
“Cheios de toda injustiça, malícia, avareza e maldade; possuídos de inveja,
homicídio, contenda, dolo e malignidade; sendo difamadores.” Romanos: 1:29
Contendas:
“O homem perverso espalha contendas, e o difamador separa os maiores
amigos.” Provérbios: 16:28
“Seis coisas o SENHOR aborrece, e a sétima a sua alma abomina”: Testemunha
falsa que profere mentiras e o que semeia contendas entre irmãos.”Provérbios:
6:16, 19”.
13) brutos sem razão
São aqueles que rejeitam a correção e a disciplina:
“Mas, se estais sem correção, de que todos se têm tornado participantes, logo,
sois bastardos e não filhos.” Hebreus: 12:8
“Quem ama a disciplina ama o conhecimento, mas o que aborrece a repreensão
é estúpido.” Provérbios: 12:1
14) corrompidos
São os que resistem a verdade:
“E, do modo por que Janes e Jambres resistiram a Moisés, também estes resistem
à verdade. São homens de todo corrompidos na mente, réprobos quanto à fé.”
II Timóteo: 3:8
15) caminho de Caim:
O caminho de Caim é “o caminho do maligno, da maldade”
I João: 3:12 “Não segundo Caim, que era do Maligno e assassinou a seu irmão; e
por que o assassinou? Porque as suas obras eram más, e as de seu irmão, justas.”
14
CAIM - Rejeitou o Sacrifício de Cristo, Tentou Ganhar a Salvação a sua própria
maneira, Sua oferta foi rejeitada, Irou-se contra o Senhor, Procedeu Mal, Matou o
próprio irmão, Tornou-se um Maldito, fugitivo e errante, Retirou-se da Presença do
Senhor.
"Os filhos de Arão tomaram fogo comum, o qual Deus não aceitava, e
insultaram ao infinito Deus, apresentando fogo estranho diante dele.
Deus os consumiu com fogo, por causa do desrespeito à Sua expressa
orientação. Tudo que faziam era como a oferta de Caim. O divino
Salvador não estava representado." WHITE, Ellen G., No Deserto da
Tentação, Pág. 97
"Deus, em Sua Palavra, colocou o Seu selo [de condenação] sobre as
heresias do espiritualismo, como colocou a marca sobre Caim. Os
piedosos não precisam ser enganados se são estudantes das Escrituras e
obedientes, ao seguir o caminho claramente indicado a eles na Palavra de
Deus. " WHITE, Ellen G., No Deserto da Tentação, Pág. 108
"Caim tivera, como Abel, a oportunidade de saber e aceitar estas
verdades. Não foi vítima de um intuito arbitrário. Um irmão não fora
eleito para ser aceito por Deus, e o outro para ser rejeitado. Abel
escolheu a fé e a obediência; Caim, a incredulidade e a rebeldia. Nisto
consistia toda a questão". WHITE, Ellen G., Patriarcas e Profetas, Pág. 72
4:15 - um sinal em Caim: - "Deus deu a cada um seu trabalho; E se
alguém se virar da obra que Deus lhe deu, para fazer a obra de Satanás,
para contaminar seu próprio corpo ou levar outro ao pecado, a obra
desse homem é amaldiçoada e a marca de Caim é colocada sobre ele. A
ruína de sua vítima clamará a Deus, assim como o sangue de Abel." -
WHITE, Ellen G., {RH 6 de março de 1894, par. 9}.
"Qualquer homem, quer seja ministro ou Leigo, que tenta forçar ou reger
a razão de qualquer outro homem, converte-se num instrumento de
Satanás para fazer sua obra, e leva o sinal de Caim ante a vista do
universo celestial." - WHITE, Ellen G., (MS 29, 1911).
16) erros de Balaão (ganância)
Balaão “abandonou o reto caminho, amou o prêmio da injustiça”
“Abandonando o reto caminho, se extraviaram, seguindo pelo caminho de
Balaão, filho de Beor, que amou o prêmio da injustiça”
II Pedro: 2:15
Balaão é símbolo de “cilada, idolatria e prostituição”
“Tenho, todavia, contra ti algumas coisas, pois que tens aí os que sustentam a
doutrina de Balaão, o qual ensinava a Balaque a armar ciladas diante dos filhos de
Israel para comerem coisas sacrificadas aos ídolos e praticarem a prostituição.”
Apocalipse: 2:14
Balaão era ganancioso (materialista):
Observe o conselho bíblico:
15
“Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas
concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e
perdição”. “Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa
cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores.” I
Timóteo: 6:9-10.
17) revolta de Corá
Corá era “inimigo de Deus:”
“Nosso pai morreu no deserto e não estava entre os que se ajuntaram contra o
SENHOR no grupo de Corá; mas morreu no seu próprio pecado e não teve filhos.”
Números: 27:3
O fim dos que seguem Corá é a morte:
“Quando a terra abriu a boca e os tragou com Corá, morrendo aquele grupo;
quando o fogo consumiu duzentos e cinqüenta homens, e isso serviu de
advertência.” Números: 26:10
18) pastores que a se mesmos se apascentam
Trata-se aqui dos “falsos pastores”
“Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto! diz o
SENHOR.” Jeremias: 23:1
Eles serão punidos pelo Senhor:
“Portanto, assim diz o SENHOR, o Deus de Israel, contra os pastores que
apascentam o meu povo: Vós dispersastes as minhas ovelhas, e as
afugentastes, e delas não cuidastes; mas eu cuidarei em vos castigar a maldade
das vossas ações, diz o SENHOR” Jeremias: 23:2
São chamados de “cães”
“Tais cães são gulosos, nunca se fartam; são pastores que nada compreendem,
e todos se tornam para o seu caminho, cada um para a sua ganância, todos sem
exceção” Isaías: 56:11
“Acautelai-vos dos cães! Acautelai-vos dos maus obreiros! Acautelai-vos da falsa
circuncisão!” Filipenses: 3:2
Eles ficarão fora do céu, fora da cidade santa, perderão a salvação:
“Fora ficam os cães, os feiticeiros, os impuros, os assassinos, os idólatras e todo
aquele que ama e pratica a mentira.” Apocalipse: 22:15
16
19) árvores sem frutos, mortas
Árvore que não produz frutos será lançada no fogo:
“Já está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que não produz
bom fruto é cortada e lançada ao fogo.” Mateus: 3:10
“E, vendo uma figueira à beira do caminho, aproximou-se dela; e, não tendo
achado senão folhas, disse-lhe: Nunca mais nasça fruto de ti! E a figueira
secou imediatamente.” Mateus: 21:19
20) negridão das trevas.
Pode ser uma referência a quinta praga do apocalipse onde os ímpios serão
envoltos em trevas:
“Derramou o quinto a sua taça sobre o trono da besta, cujo reino se tornou em
trevas, e os homens remordiam a língua por causa da dor que sentiam”
Apocalipse: 16:10
Esses homens rejeitaram a verdade apegando-se as trevas:
“O julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as
trevas do que a luz; porque as suas obras eram más.” João: 3:19
O império das trevas é o império de satanás:
“Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho
do seu amor.” Colossenses: 1:13
“Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade
pode haver entre a justiça e a iniqüidade”? Ou que comunhão, da luz com as
trevas? Que harmonia, entre Cristo e o Maligno? Ou que união, do crente com o
incrédulo?” II Coríntios: 6:14-15”.
Paulo advertiu a respeito desses indivíduos:
“Eu sei que, depois da minha partida, entre vós penetrarão lobos vorazes, que não
pouparão o rebanho. “E que, dentre vós mesmos, se levantarão homens falando
coisas pervertidas para arrastar os discípulos atrás deles.” Atos: 20:29-30.
“Paulo tremia pela igreja quando, olhando para o futuro, via os ataques
que ela sofreria de inimigos externos e internos. Com solene fervor
exortou seus irmãos a guardar vigilantes seu sagrado depósito.” WHITE,
Ellen G., Atos dos Apóstolos, Pág. 395.
Lobos vorazes = ou lobos roubadores – era a expressão usada por Jesus para
identificar os ‘falsos profetas’.
17
“Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados em
ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores.” Mateus: 7:15
Eles ensinavam outra doutrina, a qual se opunha aos ensinamentos de Cristo.
“Quando eu estava de viagem, rumo da Macedônia, te roguei permanecesses ainda
em Éfeso para admoestares a certas pessoas, a fim de que não ensinem outra
doutrina, Nem se ocupem com fábulas e genealogias sem fim, que, antes,
promovem discussões do que o serviço de Deus, na fé” I Timóteo: 1:3-4.
Até aqui nós entendemos que eles são:
Murmuradores
Aduladores
Homens que falam mentiras
Homens que proíbem o casamento
Homens que exigem abstinência de alimentos que Deus criou para serem
recebidos em ação de graça
Anticristos
Escarnecedores
Lobos vorazes
Falsos profetas
Pessoas que ensinam outra doutrina
Homens ímpios
Homens do grupo de Caim
Difamadores
Corruptos
Brutos sem razão.
c) alguns apostatarão da fé
Esses "alguns" são aqueles citados por Judas que abandonariam a fé por serem de
fato da sinagoga de satanás
"Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos
admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima." Hebreus: 10:25
"Eis farei que alguns dos que são da sinagoga de Satanás, desses que a si
mesmos se declaram judeus e não são, mas mentem, eis que os farei vir e
prostrar-se aos teus pés e conhecer que eu te amei." Apocalipse: 3:9
"Mantendo fé e boa consciência, porquanto alguns, tendo rejeitado a boa
consciência, vieram a naufragar na fé. 20 E dentre esses se contam Himeneu e
Alexandre, os quais entreguei a Satanás, para serem castigados, a fim de não
mais blasfemarem." I Timóteo: 1:19-20
"Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas
concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na
ruína e perdição. 10 Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e
18
alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com
muitas dores." I Timóteo: 6:9-10
"E tu, ó Timóteo, guarda o que te foi confiado, evitando os falatórios inúteis e
profanos e as contradições do saber, como falsamente lhe chamam, 21 pois
alguns, professando-o, se desviaram da fé. A graça seja convosco." I Timóteo:
6:20-21
d) obedecerem a espíritos enganadores
TRATA-SE AQUI DOS GNÓSTICOS, UM “ecletismo filosófico religioso
surgido nos primeiros séculos da nossa era e diversificado em
numerorosas seitas, que visam conciliar todas as religiões e as explicar-
lhes o sentido mais profundo por meio da gnose. [são dogmas do
gnosticismo: a emanação, a queda, a redenção e a mediação, exercida por
inúmeras potências celestes, entre a divindade e os homens.
Relacionava-se o gnosticismo com a cabala, o neoplatonísmo e as
religiões orientais.” PORTUGUESA, Dicionário Aurélio DA Língua, Pág.
325.
e) ensinos de demônios
"Demônios. Do gr. daimonia, “demônios" (ver com. de lCo 10:20). Os
mestres do engano disseminam ensinamentos que são inspirados por
Satanás e seus colaboradores (comparar com o controle do diabo sobre
Judas, cf. Lc 22:3). Satanás trabalha para controlar a mente das
pessoas. Por isso, é muito importante captar a verdade ► corretamente.
O espiritualismo moderno, um exemplo inegável de doutrina de
demônios, é apenas um renascimento do culto demoníaco e da feitiçaria
do passado. Sua influência sedutora acabará por varrer o mundo, tanto
de cristãos como de não cristãos, e preparará o caminho para o último
grande engano de Satanás (GC, 562, 588, 589, 624; PP, 686)." SÉTIMO
DIA, Comentário Bíblico Adventista do, Vol. 7, Pág. 312.
f) hipocrisia dos que falam mentiras
"Hipocrisia. Ou, “simulação”, “aparência exterior”. Os mestres do engano
(v. 1) podem fingir lealdade à verdade enquanto espalham suas
“doutrinas de demônios' (v. 1). Muitas vezes, os apóstatas não estão
aliados abertamente sob a bandeira de erro e da traição à causa de
Cristo. Os mestres do engano trombeteiam lealdade à causa da
verdade, a fim de melhor iludir as pessoas." SÉTIMO DIA, Comentário
Bíblico Adventista do, Vol. 7, Pág. 312.
Jesus chamou os fariseus de seu tempo de "hipócritas, serpentes e raça de
víboras"
"Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque dais o dízimo da hortelã, do
endro e do cominho e tendes negligenciado os preceitos mais importantes da
Lei: a justiça, a misericórdia e a fé; devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir
aquelas!" Mateus: 23:23
"Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas, por dentro,
estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade." Mateus: 23:28
19
"Serpentes, raça de víboras! Como escapareis da condenação do inferno?"
Mateus: 23:33
Hipocrisia, Serpente e Mentira estão associadas a Satanás, a Dã e aos ímpios
"Então, o SENHOR Deus disse à serpente: Visto que isso fizeste, maldita és entre
todos os animais domésticos e o és entre todos os animais selváticos; rastejarás
sobre o teu ventre e comerás pó todos os dias da tua vida." Gênesis: 3:14
"Dã será serpente junto ao caminho, uma víbora junto à vereda, que morde os
talões do cavalo e faz cair o seu cavaleiro por detrás." Gênesis: 49:17
"Desviam-se os ímpios desde a sua concepção; nascem e já se desencaminham,
proferindo mentiras. 4 Têm peçonha semelhante à peçonha da serpente; são
como a víbora surda, que tapa os ouvidos." Salmos: 58:3-4
"Livra-me, SENHOR, do homem perverso, guarda-me do homem violento, 2
cujo coração maquina iniqüidades e vive forjando contendas. 3 Aguçam a
língua como a serpente; sob os lábios têm veneno de áspide. 4 Guarda-me,
SENHOR, da mão dos ímpios, preserva-me do homem violento, os quais se
empenham por me desviar os passos." Salmos: 140:1-4
"Ele segurou o dragão, a antiga serpente, que é o diabo, Satanás, e o prendeu
por mil anos" Apocalipse: 20:2
"Mas receio que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim
também seja corrompida a vossa mente e se aparte da simplicidade e pureza
devidas a Cristo." II Coríntios: 11:3
Observe que os hipócritas (os que tem a natureza de Satanás, a grande serpente e
dos ímpios) irão se rastejarem com as serpentes no Grande dia do Senhor.
"Densas nuvens ainda cobrem o céu; contudo o Sol de quando em
quando irrompe, aparecendo como o olhar vingador de Jeová.
Relâmpagos terríveis estalam dos céus, envolvendo a Terra num lençol
de chamas. Por sobre o estrondo medonho do trovão, vozes misteriosas e
terríveis declaram a sorte dos ímpios. As palavras proferidas não são
compreendidas por todos;entendem-nas, porém, distintamente os falsos
ensinadores. Os que pouco antes eram tão descuidados, tão jactanciosos
e desafiadores, tão exultantes em sua crueldade para com o povo de
Deus, observador dos mandamentos, acham-se agora vencidos pela
consternação, e a estremecer de medo. Ouve-se o seu pranto acima do
som dos elementos. Demônios reconhecem a divindade de Cristo, e
tremem diante de Seu poder, enquanto homens estão suplicando
misericórdia e rastejando em abjeto terror." WHITE, Ellen G., O
Grande Conflito, Págs. 637-638
"Os inimigos da lei de Deus, desde o ministro até ao menor dentre eles,
têm nova concepção da verdade e do dever. Demasiado tarde vêem que
o sábado do quarto mandamento é o selo do Deus vivo. Tarde demais
vêem a verdadeira natureza de seu sábado espúrio, e o fundamento
20
arenoso sobre o qual estiveram a construir." WHITE, Ellen G., O Grande
Conflito, Pág. 640
g) proíbem o casamento
Vejamos porque os gnósticos proibiam o casamento:
“os falsos mestres combinariam ensinamentos judaicos cristãos com
ascetismo oriental, proibindo o casamento e exigindo à abstinência
de certos alimentos. alguns gnósticos declaravam que a matéria é má:
por isso, a comida e o casamento, que se acham relacionados com os
aspectos físicos da vida, deviam ser evitados e suprimidos. Paulo
exalta o casamento como instituição de origem divina. (ver i cor. 7.1-
4; heb. 13.4)” SABATINA, Lição da Escola 3º Trimestre de 1 997, Pág. 70.
“Os falsos mestres promovem um rigoroso estilo de vida... Alguns
gnósticos argumentavam que, visto o mundo material ser mau, o
ser espiritual deveria evitá-lo.” GENEBRA, Bíblia de Estudo de, Pág. 1
446.
"Proíbem o casamento. Paulo admoesta contra os conceitos fanáticos
introduzidos primeiramente no cristianismo pelos gnósti- cos (ver vol. 6,
p. 40-45) e perpetuados pelo sistema monástico. Os gnósticos
acreditavam que toda matéria é má e que o corpo humano, sendo
material, deve ter suas paixões reprimidas e negadas. Segundo essa
teoria, o casamento se tornou uma concessão aos desejos da carne
e, portanto, era pecaminoso. Paulo deixa claro que o casamento é uma
instituição de origem divina e que combater essa instituição seria atacar
a sabedoria infinita e os bondosos propósitos de Deus (ver com. de lCo
7:1; Hb 13:4)." SÉTIMO DIA, Comentário Bíblico Adventista do, Vol. 7,
Pág. 312.
"A partir do 3o século, alguns cristãos começaram a achar o celibato
melhor que o casamento, especialmente para os clérigos, que, por
volta do fim do 4o século, eram no Ocidente obrigados a ser
celibatários. Os gnósticos já haviam ensinado que a união conjugal
era pecaminosa. Jerônimo (c. 340-420) não só elogiava a virgindade,
como também sugeria que o casamento não era ideal. Agostinho
(354- 430) adotava pontos de vista mais moderados do que os de
Jerônimo, pois ensinava que o casamento possuía três benefícios:
fidelidade, descendência e sacramento." DEDEREN, Raoul, Tratado de
Teologia Adventista do Sétimo Dia, Pág. 824
"Em outras palavras, de acordo com o ensino gnóstico, a salvação
eterna tomou-se completamente impossível àqueles que têm filhos.
Esta era possivelmente a razão pela qual os falsos mestres em Éfeso
estavam proibindo o casamento (4.3). “Alguns textos gnósticos
condenavam ter filhos, e outros chegavam até mesmo a afirmar que
era impossível uma mulher alcançara vida eterna” (Kroeger, Evans e
Storkey, 1995, 442). Deste modo, Paulo corrige este ensino errôneo,
prometendo assim a salvação a estas mulheres — ainda que tivessem
filhos —, caso vivessem uma vida de santidade cristã." PENTECOSTAL,
Comentário Bíblico (Novo Testamento), Pág.1453
h) exigem abstinência de alimentos que Deus criou para serem recebidos,
com ações de graças
21
"Alimentos. Do gr. bromata, “alimento sólido” (ver com. de Mc 7:19;
sobre uma discussão a respeito da posição de Paulo quanto a relação
entre alimentação e vida cristã, ver com. de Rm 14:1). Aqui, Paulo se
refere às influências e tendências ascéticas que permeavam a igreja. Por
razões cerimoniais, ritualísticas, esses ascetas consideravam que a total
proibição de certos alimentos seria espiritualmente desejável. A proibição
de certos alimentos em determinados dias religiosos também pode ser
incluída na advertência do apóstolo." SÉTIMO DIA, Comentário Bíblico
Adventista do, Vol. 7, Pág. 312.
Veja quais são os alimentos que foram criados para serem oferecidos em ação
de graça no contexto do Antigo Testamento segundo a bíblia:
“Esta é a lei das ofertas pacíficas que alguém pode oferecer ao SENHOR. Se fizer
por ação de graças, com a oferta de ação de graças trará bolos asmos
amassados com azeite, obreias asmas untadas com azeite e bolos de flor de
farinha bem amassados com azeite. “Com os bolos trará, por sua oferta, pão
levedado, com o sacrifício de sua oferta pacífica por ação de graças.” Levítico: 7.11-
13.
Observe: “bolos asmos, obreias asmas, bolos de flor de farinha e a oferta de
ação de graça”
“Se a sua oferta for holocausto de gado, trará macho sem defeito; à porta da tenda
da congregação o trará, para que o homem seja aceito perante o SENHOR... Depois,
imolará o novilho perante o SENHOR; e os filhos de Arão, os sacerdotes,
apresentarão o sangue e o aspergirão ao redor sobre o altar que está diante da
porta da tenda da congregação.” Levitico: 1:3,5.
Observe: “gado e novilho”
“Ou se o pecado em que ela caiu lhe for notificado, trará por sua oferta uma cabra
sem defeito, pelo pecado que cometeu.” Levitico: 4:28.
Observe “uma cabra”
“Levantou Noé um altar ao SENHOR e, tomando de animais limpos e de aves
limpas, ofereceu holocaustos sobre o altar.” Gênesis: 8:20.
Observe: “animais limpos e aves limpas”
Os sacerdotes “comiam” tanto a carne como os pães do sacrifício que era
oferecido em ação de graça.
“Mas a carne do sacrifício de ação de graças da sua oferta pacífica se comerá no
dia do seu oferecimento; nada se deixará dela até à manhã. E, se o sacrifício da sua
oferta for voto ou oferta voluntária, no dia em que oferecer o seu sacrifício, se
comerá; e o que dele ficar também se comerá no dia seguinte. “Porém o que ainda
restar da carne do sacrifício, ao terceiro dia, será queimado.” Levitico: 7:15-17.
22
“Esta é a lei da oferta de manjares: os filhos de Arão a oferecerão perante o
SENHOR, diante do altar. Um deles tomará dela um punhado de flor de farinha da
oferta de manjares com seu azeite e todo o incenso que está sobre a oferta de
manjares; então, o queimará sobre o altar, como porção memorial de aroma
agradável ao SENHOR. O restante dela comerão Arão e seus filhos; asmo se
comerá no lugar santo; no pátio da tenda da congregação, o comerão.
Levedado não se cozerá; sua porção dei-lhes das minhas ofertas queimadas; coisa
santíssima é, como a oferta pelo pecado e a oferta pela culpa. “Todo varão entre os
filhos de Arão comerá da oferta de manjares; estatuto perpétuo será para as vossas
gerações dentre as ofertas queimadas do SENHOR; tudo o que tocar nelas será
santo.” Levitico: 6:14-18.
O povo comia da carne do cordeiro:
“O cordeiro será sem defeito, macho de um ano; podereis tomar um cordeiro ou
um cabrito... naquela noite, comerão a carne assada no fogo; com pães asmos e
ervas amargas a comerão.” Êxodo:12:5,8.
O cordeiro era símbolo de Cristo, o verdadeiro cordeiro de Deus: - João: 1:29.
Agora observe esses versos:
“Quem comer a minha carne e beber o meu sangue tem a vida eterna, e eu o
ressuscitarei no último dia. Pois a minha carne é verdadeira comida, e o meu
sangue é verdadeira bebida. “Quem comer a minha carne e beber o meu
sangue permanece em mim, e eu, nele.” João: 6:54-56.
“Replicou-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: não foi Moisés quem vos
deu o pão do céu; o verdadeiro pão do céu é meu Pai quem vos dá. Porque o pão de
Deus é o que desce do céu e dá vida ao mundo. Então, lhe disseram: Senhor, dá-nos
sempre desse pão. “Declarou-lhes, pois, Jesus: Eu sou o pão da vida; o que vem a
mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede.” João: 6:32-35.
“Com os bolos trará, por sua oferta, pão levedado, com o sacrifício de sua oferta
pacífica por ação de graças.”Levitico: 7;13.
“A sua oferta de manjares serão duas dízimas de um efa de flor de farinha,
amassada com azeite, para oferta queimada de aroma agradável ao SENHOR, e a
sua libação será de vinho, a quarta parte de um him.” Levitico: 23:13
"Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; era sacerdote do Deus
Altíssimo." Gênesis: 14:18
"Vai, pois, come com alegria o teu pão e bebe gostosamente o teu vinho, pois Deus
já de antemão se agrada das tuas obras." Eclesiastes: 9:7
Observe as palavras: “pão, vinho e ação de graça.”
23
No contexto do Novo Testamento os “alimentos” criados para serem recebidos em
“ação de graças” são o ‘pão e o vinho’
“Enquanto comiam, tomou Jesus um pão, e, abençoando-o, o partiu, e o deu aos
discípulos, dizendo: Tomai, comei; isto é o meu corpo. “A seguir, tomou um cálice
e, tendo dado graças, o deu aos discípulos, dizendo: Bebei dele todos; porque isto é
o meu sangue, o sangue da nova aliança, derramado em favor de muitos, para
remissão de pecados.” Mateus: 26:26-28
"Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei: que o Senhor Jesus, na
noite em que foi traído, tomou o pão; 24 e, tendo dado graças, o partiu e disse: Isto
é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim. 25 Por
semelhante modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: Este
cálice é a nova aliança no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes,
em memória de mim." I Coríntios: 11:23-25
O cordeiro, o pão e o vinho são símbolos do corpo de Cristo tanto no Antigo
como no Novo Testamento.
Os Gnósticos negavam a encarnação e a realidade dos sofrimentos de Cristo:
“Eles [os gnósticos] chegaram ao ponto de negar a realidade dos
sofrimentos de cristo... Recusava aceitar a paixão como parte da obra
messiânica da salvação.” TESTAMENTO, Teologia do Novo, Pág. 564 –
George e Ladd.
“Ensinavam que o corpo de Cristo era apenas uma aparência (dokeo), e
não real.” TESTAMENTO, Teologia do Novo, Pág. 563
“João estava realmente preocupado em combater os falsos ensinos dos
que, naquele tempo, negavam a completa divindade de cristo ou a
encarnação. O mesmo teste pode ser feito hoje. Muitos vão aceitar a tese
de que Jesus era um homem bom, talvez um interessante mestre ou
filósofo. Mas poucos vão admitir que ele era e é Deus, na plenitude da
divindade (coloss: 2:9), ..." SABATINA, Lição da Escola, 2° Trimestre de 1
997, Pág. 3, Lição 8.
“João distingue o evangelho do erro dos docéticos, os quais diziam que
Jesus cristo não era verdadeiramente humano... A natureza humana de
cristo era essencial para que ele pudesse morrer por nossos pecados.”
GENEBRA, Bíblia de Estudo de, Pág. 1513.
“Docetísmo – esta heresia, que se avultava nos primórdios como ensino
legítimo, advogava que a humanidade de cristo era apenas aparente.
Jesus parecia humano, mas não era humano. O Docetísmo começou a ser
desarticulado com os credos dos apóstolos e niceno. E em ambos, ficava
bem claro que Jesus era de fato verdadeiro homem e verdadeiro Deus.
Nas definições de calcedônia, a humanidade do filho de Deus voltaria a
ser tratada de maneira insofismável. O que os três documentos
demonstraram é que a encarnação de cristo é o acontecimento mais
importante da história sagrada. “sem um cristo humano, a redenção do
homem perderia toda a razão de ser.” ANDRADE, Claudionor Corrêa de,
Dicionário Teológico, Pág. 104 (CPAD).
24
“O erro em especial desses heréticos era a negação da encarnação, que
criou um evangelho de misticismo e obstruiu uma verdadeira
compreensão do relacionamento paternal e pessoal com ele (João: 14:7-
11)” GENEBRA, Bíblia de Estudo de, Pág. 1 325.
“Separar cristo, o salvador, do homem Jesus era a marca distintiva do
Docetismo. A heresia segundo a qual, cristo só tinha a aparência de um
ser humano.” GENEBRA, Bíblia de Estudo de, Pág. 1 511.
“A heresia era um precursor do gnosticismo... Que ensinava que a
matéria era essencialmente ruim e o espírito era essencialmente bom. O
ponto de vista dualista fez com que os falsos mestres negassem a
encarnação de cristo e, portanto, a ressurreição. O verdadeiro Deus
ensinavam eles, nunca poderia habitar um corpo material de carne e
sangue. Portanto, o corpo humano que Jesus supostamente possuiu não
era real, mas apenas aparente. João escreveu vigorosamente contra esse
erro (ver I João: 2:22-23; 4:3).” GENEBRA, Bíblia de Estudo de, Pág. 1322.
“A primeira carta de João foi escrita para alertar e instruir os leitores
sobre um tipo de falso ensinamento que negava que Jesus cristo havia se
encarnado”. O ensino era que Cristo só tinha a aparência de ser humano
e, sendo assim, a encarnação não aconteceu realmente e não houve um
salvador divino que pudesse morrer pelos pecadores. Cristo só havia
aparentado morrer. Tal ensinamento é conhecido desde a história cristã
primitiva, e é chamado de “Docetismo” (do grego dokeo, parecer).
“alguns estudiosos acham que o falso ensinamento era uma variação do
gnosticismo, um movimento religioso que ligava a salvação a uma
experiência de revelação individual e esotérica (gnosis é a palavra grega
que significa conhecimento)” GENEBRA, Bíblia de Estudo de, Pág. 1508
Mais tarde surgiu Ário, bispo de Alexandria, negando a divindade do filho de
Deus:
“O arianismo, criado por Ario, bispo de Alexandria, que estabeleceu a
teoria do cristo-criatura, eliminando dessa forma um dos angustiantes
mistérios de fé, a divindade de Cristo” BARSA, Enciclopédia, Vol. VIII,
Pág. 511.
“Ário pensava que cristo não era Deus e, portanto, não era igual ao pai.
Essa idéia deu origem a outras heresias, como a do nestorianísmo, que
negava a natureza divina de cristo.” ARRUDA, José Jobbson de Almeida,
História Antiga e Medieval, Pág. 275
“Entre as heresias podemos citar: o arianismo, fundado pelo bispo Ário
de Alexandria. Consistia em negar a divindade do filho e do espírito
santo, e só aceitava o pai como único e verdadeiro Deus. Através do
concílio de Nicéia em 325 foi redigida uma profissão de fé, chamada
“símbolo de Nicéia”, cujo objetivo principal era de combater o arianismo.
Este símbolo condenava a doutrina de Ário e afirmava que o verbo é
verdadeiramente Deus, consubstancial ao pai, o qual possui com ele a
mesma natureza divina e as mesmas perfeições.” BÁSICA, Moderna
Enciclopédia Para a Educação, Vol. IV, Págs. 53 E 54 (Editora Educacional
Brasileira S.A.)
Veja essa outra fonte:
“Arianismo – heresia fermentada por um presbítero do 4° século
chamado Ário. Negando a divindade de cristo, ensinava ele ser o filho
25
de Deus o mais elevado dos seres criados. Por este motivo, seria
impropriedade referir-se a ele como Deus. Para fundamentar seus
devaneios doutrinários, buscava desautorizar, por exemplo, o evangelho
de João por ser o propósito deste, justamente mostrar que cristo é o
filho de deus, afinal, como negar estas assertivas do apostolo do amor
”no princípio era o verbo; e, o verbo estava com deus. “o verbo era deus”.
(João:1:1). Ora, quanto a divindade de Jesus, não há o que se negar: ele
era e é o verdadeiro deus, e o verdadeiro homem. Os ensinos de Ário
foram condenados no concílio de Nicéia em325 d c.” ANDRADE,
Claudionor Corrêa de, Dicionario Teológico, Pág. 38 (CPAD)”.
Observem “que os gnósticos rejeitavam a paixão de Cristo”
Rejeitar a paixão de Cristo era rejeitar a sua morte. Por essa razão, eles não
participavam, isto é, eles não comiam do ‘pão e não bebiam o vinho’. Eles se
afastavam desses alimentos, uma vez que os mesmos relembravam os
sofrimentos e a morte (paixão) de cristo. Não existia santa ceia para eles.
Comer do pão e beber do vinho era aceitar o Cristo encarnado com corpo real,
do qual o pão e o vinho era símbolo.
Comer do pão e beber do vinho era aceitar a paixão (morte) e os sofrimentos
de cristo.
"Se havia alguns que sacrificavam a divindade pela defesa da
humanidade de Cristo, havia outros que invertiam a ordem. Os gnósticos
foram profundamente influenciados pela concepção dualista dos gregos,
em que a matéria, entendida como inerentemente má, é descrita como
completamente oposta ao espírito; e por uma tendência mística para
considerar as coisas terrenas como representações alegóricas dos
grandes processos redentores cósmicos. Rejeitavam a ideia de uma
encarnação, de uma manifestação de Deus em forma visível, visto
que isto envolveria um contato direto do espírito com a matéria. Diz
Harnack que a maioria deles considerava Cristo como um Espírito
consubstancial com o Pai. Conforme alguns, Ele desceu sobre o homem
Jesus quando do Seu batismo, mas O deixou de novo antes da Sua
crucificação; ao passo que, segundo outros, Ele assumiu um corpo
meramente fantasmagórico. Os monarquistas modalistas também
negavam a humanidade de Cristo, em parte no interesse da Sua
divindade, e em parte para preservar a unidade do Ser Divino. Viam nele
apenas um modo ou uma manifestação do Deus único, em quem não
reconheciam nenhuma distinção de pessoas." Berkhof, Louis, Teologia
Sistemática, Pág. 299
"A melhor solução parece ser que o evangelho de João foi escrito,
conforme sugere a tradição patrística, no final do primeiro século, para
refutar uma tendência gnóstica na Igreja. (uma indicação pode ser
encontrada na Primeira Epistola, que provavelmente teve a mesma
origem do Evangelho: a negação de que Jesus tivesse vindo em carne
(1 Jo. 4:2). Havia falsos mestres na igreja, que incorporaram o espírito
do anticristo (1 Jo. 2:18-19) e negaram o verdadeiro messiado de
Jesus. Se o Evangelho, da mesma forma que a primeira Epistola, foi
escrito para refutar um gnosticismo incipiente, fica claro a razão para
sua mensagem e terminologia particular. João utiliza palavras e ideias
familiares aos círculos gnósticos para refutar essas próprias
tendências gnósticas. A base de sua terminologia remonta a Palestina,
26
e, sem duvida, ao próprio Jesus. Porem, João escolheu formular seu
Evangelho, como um todo, na linguagem que provavelmente tenha sido
utilizada por nosso Senhor somente em diálogos íntimos com seus
discípulos, ou em argumentações teológicas com os escribas mais
doutos, com a finalidade de mostrar o pleno significado do Verbo Eterno
que se fez carne (Jo. 1:14) no evento histórico de Jesus Cristo."
TESTAMENTO, Teologia do Novo, Pág. 332, George Eldon Ladd
"O que era desde o princípio, o que temos ouvido, o que temos visto com os
nossos próprios olhos, o que contemplamos, e as nossas mãos apalparam, com
respeito ao Verbo da vida 2 (e a vida se manifestou, e nós a temos visto, e dela
damos testemunho, e vo-la anunciamos, a vida eterna, a qual estava com o Pai e
nos foi manifestada), 3 o que temos visto e ouvido anunciamos também a vós
outros, para que vós, igualmente, mantenhais comunhão conosco. Ora, a nossa
comunhão é com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo." I João: 1:1-3
"E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos
a sua glória, glória como do unigênito do Pai." João:1:14
"Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? Este é o
anticristo, o que nega o Pai e o Filho. 23 Todo aquele que nega o Filho, esse não
tem o Pai; aquele que confessa o Filho tem igualmente o Pai." I João: 2:22-23
"Amados, não deis crédito a qualquer espírito; antes, provai os espíritos se
procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora. 2
Nisto reconheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo
veio em carne é de Deus; 3 e todo espírito que não confessa a Jesus não
procede de Deus; pelo contrário, este é o espírito do anticristo, a respeito do
qual tendes ouvido que vem e, presentemente, já está no mundo." I João: 4:1-3
"João defende desde o início o que está prestes a escrever a respeito
daquele a quem ele e seus companheiros haviam realmente ouvido, e
contesta as afirmações do que negavam a realidade da encarnação."
SDABC VOL.7 PÁG. 689
"Seria difícil conceber uma forma mais clara de afirmar que o escritor e
seu grupo haviam tido uma ligação pessoal com o Verbo que Se fez carne,
e de refutar as diversas heresias que diziam que não foi real a
existência de Cristo na Terra (ver p. 687, 688)." SDABC VOL.7 PÁG. 690
"A informação neste versículo pode estar dando uma resposta ao
gnosticismo e ao judaísmo, pois o gnosticismo não cria que uma
pessoa divina também pudesse ser humana, e o judaísmo não cria
que um ser humano pudesse ser ao mesmo tempo divino."
PENTECOSTAL, Comentário Bíblico (Novo Testamento), Pág. 497
"Aquele que nega. João já havia advertido da presença dos falsos
mestres (v. 18-21) e passou a identificar suas doutrinas. O tempo do
verbo grego implica uma negação contínua.
Jesus é o Cristo? Ver com. de Mt 1:1; Fp 2:5. João estabelece como
crença fundamental que Jesus de Nazaré é o Cristo, o Ungido, o Messias, o
Filho de Deus, o Salvador do mundo (ver com. de Lc 1:35; Jo 1:14, ver
Nota Adicional a João 1). Aquele que nega isso nega o fato histórico
central da redenção e, desse modo, impossibilita sua própria (ver com.
de At 4:12). Não pode haver perversão mais destrutiva no
27
cristianismo do que a negação da divindade de Jesus. O doce- tismo
e, mais tarde, o gnosticismo e outras heresias perverteram a
verdade sobre a natureza de Cristo (ver vol. 5, p. 984, 985, vol. 6, p.
40-44), e foi a essas negações que João se referiu principalmente. Para
ele, a verdade presente era a plena aceitação de Jesus como o Filho de
Deus encarnado, como apresentada de forma eloquente e enfática em
seu evangelho (Jo 1:1-3, 14) e nesta epístola (ver ljo 4:1-3, 15; 5:1, 5). A
mesma verdade gloriosa deve ser proclamada com ênfase hoje,
juntamente às mensagens projetadas especialmente para o nosso tempo
(ver com. de Ap 14:6-12)." SDABC VOL.7 PÁG. 710
"Em cada etapa da história do mundo tem havido uma verdade presente
a ser ressaltada, mas essa verdade presente tem variado através dos
tempos. Os judeus que se converteram depois do Pentecostes
precisavam aceitar Jesus como o Messias esperado, a fim de se tornarem
cristãos, pois o ponto essencial era reconhecer a divindade de Cristo.
Poucos anos depois, os gnósticos começaram a negar não a divindade,
mas a humanidade do Salvador. Eles acreditavam que os deuses se
manifestavam aos homens de várias maneiras, mas negaram que “o
Verbo se fez carne" (ver p. 687, 688). Por isso, a ênfase de João na
encarnação tinha um significado peculiar para os dias em que ele viveu."
SDABC VOL.7 PÁG. 729
"Algumas heresias haviam perturbado a igreja, e alguns falsos mestres
dentro dela haviam tratado de perverter a fé (IJo 2:18, 19). Embora
tivessem deixado a igreja, sua influência perdurava e ameaçava
prejudicá-la. João escreveu para enfrentar esse perigo, fortalecer os
membros nas doutrinas essenciais e para tornar a verdade atraente, de
modo que os seguidores de Cristo não fossem seduzidos pelo erro.
A heresia fundamental contra a qual João lutou é identificada como uma
espécie de proto-gnosticismo, que ensinava um conhecimento (gnõsis)
falso (ver vol. 5, p. 984, 985; vol. 6, p. 40-45). Pelas ênfases dadas na
epístola, parece que a oposição provinha de duas principais formas de
gnosticismo: docetismo e cerintianismo. A heresia de ambas se referia à
natureza de Cristo. O docetismo negava a realidade da encarnação e
ensinava que Cristo tinha um corpo humano apenas na aparência (ver
vol. 5, p. 1008, 1009; vol. 6, p. 44). A segunda heresia se originou com
Cerinto, um dos contemporâneos de João, que, após estudar no Egito,
ensinou na Ásia Menor e propagou os ensinamentos judaizantes. Ele
defendia que Jesus era o filho natural de José e Maria, e que Cristo entrou
no corpo de Jesus em Seu batismo e Se retirou dele antes da crucifixão
(ver vol. 6, p. 23, 43). Os criadores e adeptos dessas heresias são
graficamente descritos por João como “anticristos" (IJo 2:18, 22; 4:3) e
“falsos profetas” (IJo 4:1)." SDABC VOL.7 PÁG. 687
Os Gnósticos, a exemplo dos saduceus, negavam a Ressurreição
"No tempo de Jesus havia uma diferença de opiniões entre os judeus, a
respeito da ressurreição. Enquanto que os fariseus criam nela, os
saduceus não criam, Mt 22.23; At 23.8. Quando Paulo falou a seu respeito
em Atenas, enfrentou zombaria, At 17.32... e os gnósticos, que
consideravam a matéria como inerentemente má, naturalmente a
rejeitavam." BERKHOF, Louis, Teologia Sistemática, Pág. 724
"A outra doutrina defendida por críticos gnósticos do cristianismo,
afirmava que tudo o que fosse material era impuro e, portanto, rejeitava
qualquer visão da ressurreição que fizesse referência a elementos
físicos. Para Orígenes, era evidente que o corpo ressurrecto era uma
entidade puramente espiritual. Em vez de possuir aspectos físicos
28
adequados à vida na terra, o corpo ressurrecto era adaptado à vida
espiritual no céu. Isso, em parte, refletia seus pressupostos de inspiração
platônica, principalmente a doutrina platônica da imortalidade da
alma." MCGRATH, Alister E. - Teologia Sistemática, histórica e filosófica,
Pág. 643
"O gnosticismo e o neoplatonísmo realçavam somente a oposição corpo
versus alma, negando a doutrina bíblica da ressurreição." DEDEREN,
Raoul, Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia, Pág. 824
"Há indícios de que idéias heréticas acerca da ressurreição apareceram
muito cedo. Em 1 Coríntios 15, Paulo parece refutar tanto a negação da
ressurreição como pontos de vista errôneos a respeito dela. Em 2
Timóteo 2:17 e 18, ele dá o nome de dois mestres que afirmavam
que a ressurreição já havia acontecido. Talvez fossem as mesmas
pessoas mencionadas em 2 Tessalonicenses 2:2, segundo as quais o
dia do Senhor já havia chegado.
Desde o tempo dos primeiros Pais até Agostinho, que fixou os rumos do
período medieval, os Pais da igreja confirmavam a ressurreição do corpo
contra ataques de duas direções. A primeira vinha de críticos não
cristãos, que ridicularizavam essa crença como um absurdo. A segunda
vinha dos gnósticos, que achavam que toda a matéria, inclusive o
corpo, era má; sendo, portanto, impensável a salvação no corpo por
meio de uma ressurreição, Enquanto os pais defendiam a ressurreição
contra essas duas influências, ocorreu algo importante. A influência do
ensino da imortalidade da alma se misturou com a ressurreição,
destituindo essa última de seu poder e significado original."
DEDEREN, Raoul, Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia, Pág.
411
Os Gnósticos acreditavam na imortalidade da alma
"A fim de fazer uma apreciação da psicologia paulina, precisamos ter em
mente os principais elementos dos conceitos grego e hebraico de
humanidade, um dos pensadores mais influentes, para a historia
subsequente da filosofia grega, foi Platão. Platão defendia um dualismo
de dois mundos, o nominal e o fenomenal, e um dualismo antropológico
de corpo e alma. O corpo não e ipso facto mau, mas e um peso e um
empecilho para a alma. O sábio cultiva a alma de modo que possa se
elevar acima do corpo e, na morte, se libertar desse corpo e escapar para
o mundo superior.3 Nos tempos helenísticos, o corpo, que pertence ao
mundo da matéria, era considerado pelos gnósticos como mau ipso facto.
Stacey assinalou que a maioria dos filósofos da Grécia seguia Platão
nessa visão do corpo e da alma, e que isto estava tao impresso no mundo
civilizado que “ninguém pode discutir a relação do corpo com a alma
hoje sem se deparar ao menos com alguns pontos da visão platônica”."
Ladd, George Eldon, Teologia do Novo Testamento, Pág. 626
"Os gnósticos acreditavam que Deus era luz, mas o mundo material
visível era o reino das trevas. O caminho da salvação consistia em obter
gnõsis, o que não era simplesmente apreensão intelectual, mas envolvia
uma experiência mística direta,7 por meio da qual a alma do homem
poderia escapar da servidão as trevas e, ao morrer, voar para o
mundo da luz." LADD, George Eldon, Teologia do Novo Testamento, Pág.
814
Os Gnósticos negavam a segunda vida de Cristo
29
"A ocasião para a escrita da carta determina seu conteúdo. A segunda
Epistola de Pedro foi escrita com um propósito inteiramente diferente de
1 Pedro; essa e a razão para a notável diferença na essência das duas
cartas. Se 1 Pedro foi escrita para encorajar seus leitores diante de
perseguições, 2 Pedro foi escrita para preveni-los contra falsos mestres
(2:1-2). Esses eram claramente mestres dentro da igreja, que se
apostataram da verdadeira Fe (2:21). Podemos concluir, a partir da forte
ênfase que 2 Pedro atribui ao “conhecimento”, por meio do qual ele se
opõe a esses falsos mestres gnósticos, que reivindicavam ter acesso
especial a verdade divina.2 Fica claro que esses falsos mestres
declaravam haver alcançado a verdadeira liberdade (2:19), mas fica
igualmente claro que sua liberdade consistia na exclusão da disciplina
crista e na liberdade para a satisfação de seus apetites carnais. Sabemos
que o gnosticismo antigo se movia em duas direções: ou para o controle
ascético dos apetites, ou para a liberdade antinômica; e os oponentes de
Pedro seguiam a segunda corrente, uma de suas heresias doutrinarias
básicas era a negação da parousia de Cristo; e Pedro dedica grande parte
do terceiro capitulo a essa questão" LADD, George Eldon, Teologia do
Novo Testamento, Pág. 802
"Sobre o conteúdo de 2 Pedro temos que concluir que um dos principais
erros doutrinários dos gnósticos era a negação da escatologia crista
fundamental e da vinda do Senhor. Essa pode ser a única razão pela qual
essa segunda epistola dedica tanta atenção a escatologia. Ao passo que 1
Pedro fala do apokalypsis de Cristo (1:7, 13), 2 Pedro fala de sua
parousia (3:4). Isso não deveria causar nenhum problema, pois Paulo usa
ambos os termos alternadamente. Os gnósticos negavam a doutrina do
retorno de Cristo. Fica obvio no versículo 4 que a segunda epistola de
Pedro foi escrita no final da era apostólica, quando a demora da parousia
já poderia ser sentida como um problema. Os gnósticos ridicularizavam a
ideia da parousia, provavelmente a favor da ideia da salvação na morte.
Eles zombavam: “Onde esta a promessa da sua vinda? Porque desde que
os pais dormiram todas as coisas permanecem como desde o principio
da criação” (3:4)." LADD, George Eldon, Teologia do Novo Testamento,
Pág. 805-806
"Tendo em conta, antes de tudo, que, nos últimos dias, virão escarnecedores com
os seus escárnios, andando segundo as próprias paixões 4 e dizendo: Onde
está a promessa da sua vinda? Porque, desde que os pais dormiram, todas as coisas
permanecem como desde o princípio da criação." II Pedro: 3:3-4
"Escarnecedores. Ou, “zombadores . Evidências textuais (cf. p. xvi)
apoiam a inclusão das palavras "em zombaria antes de “escarnecedores”.
Isso reforça a descrição dos céticos como “escarnecedores e mostra que
eles atuavam de forma maligna para ridicularizar a ideia da segunda
vinda. Segundo as próprias paixões. Literalmente, “de acordo com
suas próprias concupiscências”; conforme seus desejos pecaminosos.
Esses escarnecedores eram semelhantes aos falsos mestres, regidos
pelas próprias paixões (cf. 2Pe 2:2, 10). As paixões decidiam a teologia
deles. Pessoas de mente sensual não podem desejar o retorno do Santo."
SÉTIMO DIA, Comentário Bíblico Adventista do, Vol. 4, Pág. 674
"3.3 Últimos dias. Cf 2.1, nota. Escamecedores. No intuito de negar o juízo
após a segunda vinda, os falsos mestres argumentaram que a demora
significa uma falsa esperança. Duvidando da futura realidade do Reino da
justiça, "andam segundo as próprias paixões"." SHEDD, Bíblia, Pág. 1743
30
"3.3 tendo cm conta, antes de tudo. 'Antes de tudo" significa aqui o
principal assunto, nao o primeiro item da lista. A prioridade de Pedro
nessa secao de sua carta e advertir os cristãos sobre como os falsos
mestres tentariam negar esse juizo e roubar a esperança dos cristãos,
nos últimos dias. Essa expressão refere-se a todo o período de tempo
entre a chegada do Messias e sua volta (cf. At 2.17; Gl 4.4; 2Tm 3.1; Hb
1.2; Tg 5.3; 1 Pe 1.20; 1 Jo 2.18-19; Jd 18). Toda a era sera marcada por
sabotadores da verdade crista e especialmente da esperança da volta de
Cristo, virão escarnecedores. Por meio de escárnios, os falsos mestres
argumentam contra a segunda vinda de Cristo ou a qualquer ensino da
Escritura (cf. Is 5.19; Jd 18). andando segundo as próprias paixões.
"Andando" refere-se a maneira de comportar-se ou ao estilo de vida.
Salientando a sua advertência,
Pedro novamente fala do estilo de vida dos falsos mestres, que era
caracterizado por paixões sexuais (cf. 2.2,10,13-14,18). Os falsos mestres
que não conhecem a verdade e nao conhecem a Deus não tem nada que
possa refrear suas paixões. Em particular, zombam da segunda vinda de
Jesus Cristo porque querem buscar os prazeres sexuais impuros sem
sofrer consequências ou sem ter de enfrentar a punição divina. Querem
uma Escatologia que se adapte a sua conduta (ci. 1 )o 2.28-29; 3.2-3)."
MACARTHUR, Bíblia de Estudo, Pág. 1748
"Os precursores do gnosticismo procuravam minar a fé dos cristãos,
argumentando que já havia passado muito tempo desde a morte de Jesus
e de alguns de seus grandes discípulos, como Estevão, Tiago (irmão de
João) e outros (Hb 13.7), e tudo continuava como no tempo dos
patriarcas do AT. Essa forma de pensar os levava a suporem e pregarem
que Deus não interfere na terra nem na história humana.
Pedro desmascara o sofisma usado pelos falsos mestres afirmando que é
impossível que alguém desconsidere o dilúvio e tantos outros eventos
portentosos (Ex 13.21; 14.21; Js 10.12,13), como intervenção de Deus. Os
gnósticos estavam tentando, a todo custo, evitar que a fragilidade e a
falsidade dos seus argumentos se comprovassem. A palavra de Deus é
criadora e poderosa, separando e discernindo os elementos e a própria
alma humana (Gn 1.3-10; Hb 4.12)." JAMES, Testamento Novo King (II
Pedro 3.3-4)
Os Gnósticos se consideravam os verdadeiros apóstolos
"Conheço as tuas obras, tanto o teu labor como a tua perseverança, e que não
podes suportar homens maus, e que puseste à prova os que a si mesmos se
declaram apóstolos e não são, e os achaste mentirosos" Apocalipse: 2:2
"Apóstolos. Dentre as heresias mais graves que ameaçavam a igreja no
fim do primeiro século estavam o docetismo e uma forma inicial do
gnosticismo (sobre essas e outras heresias que assolaram a igreja
apostólica, ver no vol. 5, p. 1007-1109; vol. 6, p. 38-46). Mais
especificamente, uma antiga tradição sugere que um gnóstico chamado
Cerinto visitou Efeso e criou problemas para João e sua congregação
(ver Irineu, Contra Heresias, iii.3.4). A situação de Efeso, nesse período,
relativa aos embates com falsos profetas, também se aplicava à igreja
como um todo."SÉTIMO DIA, Comentário Bíblico Adventista do, Vol. 7,
Pág. 823
"A segunda epistola de Pedro contem um dos clássicos enunciados a
respeito da inspiração da Bíblia Sagrada como um todo. “Nenhuma
profecia da Escritura e de particular interpretação; porque a profecia
nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens
31
santos de Deus falaram inspirados pelo Espirito Santo” (1:20-21). Pedro
esta se referindo basicamente ao Antigo Testamento. A primeira parte da
passagem e difícil. Ela pode estar refutando os entusiastas gnósticos que
reivindicavam ter uma nova palavra de Deus, que suplementava o
evangelho recebido. Isso significa, portanto, que a interpretação das
Escrituras não é uma questão particular, mas pertence a igreja como um
todo, que tem sob sua custodia a verdade apostólica. Contudo, isto não
explicaria por que Pedro coloca a inspiração e a interpretação tão
próximas, em que a segunda e a consequência lógica da primeira. Pedro
esta se referindo a autenticação da Escritura, e não a sua
interpretação.11 Para ser preciso, 2 Pedro esta comparando a verdade
da Escritura com as “fabulas” (1:16) dos gnósticos; mas ele o faz
autenticando as Escrituras, devido a inspiração de seus autores. “Os
verdadeiros profetas não profetizavam aquilo que pertencia a seus
próprios pensamentos, segundo os seus próprios caprichos”.12 Pedro
mostra que a única fonte da verdade divina e a Escritura, porque seus
autores foram inspirados e, logo, capacitados a escrever a verdade
divina." LADD, George Eldon, Teologia do Novo Testamento, Pág. 804
Os gnósticos negavam Cristo e negavam também a Lei de Deus
"Ha poucos ensinos de interesse teológico em Judas, que não se
encontram em 2 Pedro. Judas trata do mesmo problema em relação aos
gnósticos libertinos como faz 2 Pedro, e escreve para encorajar seus
leitores a lutarem por uma fé ortodoxa (v. 3). Chegaram a igreja falsos
mestres que “negam a Deus, único dominador e Senhor nosso, Jesus
Cristo” (v. 4), que rejeitam e ultrajaram as autoridades, os anjos (v.
8), que são escarnecedores (v. 18) do caminho cristão que havia sido
aceito. Judas não diz que eles escarnecem da ideia da parousia de Cristo,
como faz 2 Pedro (3:3-4). Reivindicam ter uma iluminação especial do
Espirito, mas são, na verdade, destituídos deste Espirito (v. 19). Seu erro
se manifesta na licenciosidade sexual (v. 4 e 12). “Os falsos mestres
estavam declarando ser tão cheios do Espirito que não havia espaço
para a lei em suas vidas cristas”.21 Judas, como 2 Pedro, enfatiza o
juízo escatológico que será sofrido por estes apostatas (v. 14). Fica claro,
a partir da referencia as predições dos apóstolos, que a epistola de Judas,
como 2 Pedro, deve ter sido escrita tardiamente na era apostólica (v.
17)." LADD, George Eldon, Teologia do Novo Testamento, Pág. 807-808
"E digno de nota que, no contexto em que João faz a declaração, Cristo Se
manifestou para tirar o pecado, não para abolir a lei. Os gnósticos
gostavam de acreditar que, no caso deles, as restrições da lei
haviam sido suprimidas. Contudo, João sabia que Cristo manteve a lei,
enquanto removia a transgressão da lei (cf. com. de Mt 5:17-19; Rm
3:31)." SDABC VOL.7 PÁG. 717
"Como sucessor de Moisés, Jesus dá a palavra final na lei. Mas o que Ele
quer dizer quando fala que cumpre a lei? Não significa que Ele
simplesmente a observa. Nem quer dizer que Ele anulou o Antigo
Testamento e as leis (como sugerido por Márcion e os hereges
gnósticos)." PENTECOSTAL, Comentário Bíblico (Novo Testamento),
Pág.44
"Pois certos indivíduos se introduziram com dissimulação, os quais, desde muito,
foram antecipadamente pronunciados para esta condenação, homens ímpios, que
transformam em libertinagem a graça de nosso Deus e negam o nosso único
Soberano e Senhor, Jesus Cristo." Judas: 1:4
32
"Certos indivíduos. Comparar com 2Pe 2:1, em que Pedro fala de um
grupo similar de homens cuja vinda estava ainda no futuro. Judas declara
que, na época em que escreveu a epístola, esses enganadores já estavam
perturbando a igreja (ver com. de Jd 18).
Introduziram com dissimulação. Do gr. pareisduõ, “entrar secretamente’,
“infiltrar-se furtivamente". Os falsos mestres não eram honestos. Por
ensinarem doutrinas subversivas, eles se esforçavam na dissimulação e
entravam na igreja sem revelar seu verdadeiro caráter." SÉTIMO DIA,
Comentário Bíblico Adventista do, Vol. 7, Pág. 779
"Muitos falsos mestres do primeiro século estavam ensinando que os
cristãos podiam fazer o que bem quisessem, sem temer o castigo de
Deus, tinham uma visão superficial da santidade e da justiça divina.
Paulo refutou esse mesmo tipo de falso ensino em Romanos 6.1-23.
Mesmo em nossos dias, alguns cristãos minimizam a gravidade do
pecado, acreditando que a forma como vivem tem muito pouco a ver com
sua fé. Mas aquilo em que uma pessoa realmente acredita logo se revela
na maneira como age. Aqueles que verdadeiramente tem fé irão
demonstrá-la através de seu profundo respeito por Deus e seu sincero
desejo de viver de acordo com os princípios da sua palavra." PESSOAL,
Bíblia de Estudo Aplicação, Pág. 1797
"v.4 CONVERTEM EM DISSOLUÇÃO A GRAÇA DE DEUS. Dissolução
significa orgia sexual sem refreio. Judas condena aqueles que ensinam
que a salvação pela graça permite que crentes professos vivam na prática
de pecados graves sem sofrerem juízo divino. Talvez ensinassem que,
seja como for, Deus perdoará aqueles que continuamente entregam-se às
concupiscências carnais, ou, que os que agora vivem na imoralidade
sexual estão eternamente seguros se, no passado, eles creram em Cristo
(cf. Rm 5.20; 6.1). Pregavam o perdão do pecado, mas não o imperativo
da santidade." PENTECOSTA, Bíblia de Estudo (Judas 4)
"For. Introduz a razão Judas sentiu impelido a mudar de assunto de sua
carta (ver Introdução: Ocasião e Objetivo). cuja condenação foi escrito
sobre. A referência pode ser a OT denúncias de pessoas ímpias ou a
profecia de Enoque ( vv. 14-15 ). Ou Jude pode significar que o
julgamento tem sido prestes a cair sobre eles por causa de seu pecado
(ver NVI nota de texto e 2Pe 2:03 , o que pode ser um esclarecimento
desta cláusula). homens ímpios. Ver vv. 15 , 18 . mudar a graça de nosso
Deus em uma licença para a imoralidade. Eles assumem que a salvação
pela graça lhes dá o direito de pecar sem restrição, ou porque Deus, na
sua graça vai perdoar livremente todos os seus pecados, ou porque o
pecado, pelo contrário, aumenta a graça de Deus (cf. Rm 5:20 ; 6: 1 e
nota)." NVI, Bíblia de Estudo, Pág. 1898
"Aquele que diz: Eu o conheço e não guarda os seus mandamentos é mentiroso,
e nele não está a verdade." I João: 2:4
"Aquele que diz. Comparar com o com. de ljo 1:6. E provável que se
trate dos que, de fato, influenciados por tais heresias como o docetismo
(ver p. 687), pretendiam conhecer a Cristo, ignorando os Seus
mandamentos. E a essas pessoas que João aludiu, para evitar nomeá-las
ou incluir especificamente entre seus leitores (cf. ljo 2:6, 9). Não havia
nenhuma desculpa para esses ensinamentos espúrios na igreja, pois
Cristo havia deixado claro que aquele que estivesse disposto a receber a
verdade, ela lhe seria revelada (ver com. de Jo 7:17), e que aqueles que
33
verdadeiramente O amavam guardariam Seus mandamentos (ver com.
de ljo 14:15).
E mentiroso. Tanto a pessoa como sua pretensão são falsas. O mentiroso
demonstra com sua conduta que “a verdade não está nele" (cf. com. de ljo
1:6, 8). Note novamente o uso paralelo e contrastante de expressões
afirmativas e negativas (ver ljo 1:5, 6, 8, 10)." SÉTIMO DIA, Comentário
Bíblico Adventista do, Vol. 7, Pág. 701
"E u o conheço. ..» Isso é o que os mestres gnósticos afirmavam.
Supunham eles que seu conhecimento místico, cerimonial e mágico era o
caminho de volta para Deus. Mas o «caminho» deles não produzia a
santidade, pelo que era um caminho espúrio, com base em um
conhecimento falso...não guarda os seus m andamentos...» Para os
gnósticos, os mandamentos do Senhor não eram um grande tesouro, que
deveria ser protegido e preservado, não eram a norma orientadora na
vida.
Lançavam-se no mar da vida sem bússola e sem leme. Eram líderes que
não levavam a qualquer porto seguro... Os mandamentos são vistos como
uma disciplina moral, que conduz ao caráter cristão. Um atlético
treinador, bem-sucedido em seu trabalho, observou de certa feita acerca
de seus atletas: «Eles não entram em treinamento; eles permanecem em
treinamento». Os gnósticos, porém, negavam-se tanto a entrar como a
permanecer em treinamento." CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo
Testamento Interpretado Versículo por Versículo, Vol. 6, Pág. 235
Os gnósticos acreditavam que entre Deus e a humanidade existia um paredão de
anjos fazendo a mediação entre Deus e a humanidade. Acreditavam que Cristo era
um desses anjos. Dessa forma, eles punham por terra “Cristo como único
mediador” e ao mesmo tempo, cultuavam os anjos.
São Paulo advertiu a Igreja quanto a esse tipo de culto:
“Ninguém se faça árbitro contra vós outros, pretextando humildade e culto dos
anjos, baseando-se em visões, enfatuado, sem motivo algum, na sua mente carnal”
Colossenses: 2:18.
"O gnosticismo era originalmente uma forma oriental de religião que
promovia a necessidade de um tipo especial de gnosis (“conhecimento”)
para a redenção da alma. No final, este ensino religioso com suas
opiniões sobre intermediários angelicais, o dualismo do
corpo/espírito, e práticas ascéticas/libertinas afetou grandes áreas
da igreja cristã. Tem-se presumido, freqüentemente, que a “heresia de
Colossos” consistia em uma mistura particular tomada de um
gnosticismo e de um judaísmo incipientes." PENTECOSTAL, Comentário
Bíblico (Novo Testamento), Págs.1361-1362
“Na filosofia neoplatônica e na heresia gnóstica... O logo era visto como
um dos muitos poderes intermediários entre deus e o mundo”
GENEBRA, Bíblia de Estudo de, Pág. 1 228.
Agora veja o que escreveu o apóstolo São Paulo:
“Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo
Jesus, homem” I Timóteo: 2:5
34
“Agora, com efeito, obteve Jesus ministério tanto mais excelente, quanto é ele
também Mediador de superior aliança instituída com base em superiores
promessas.” Hebreus: 8:6
“Por isso mesmo, ele é o Mediador da nova aliança, a fim de que, intervindo a
morte para remissão das transgressões que havia sob a primeira aliança, recebam
a promessa da eterna herança aqueles que têm sido chamados.” Hebreus: 9:15
“E a Jesus, o Mediador da nova aliança, e ao sangue da aspersão que fala coisas
superiores ao que fala o próprio Abel.” Hebreus: 12:24
"Um só Mediador. O pecador pode ser reconciliado com Deus somente
mediante Jesus (ver com. de Jo 14:5-6; Rm 5:1-2). Deus não precisa Se
reconciliar com o ser humano, pois foi Sua "vontade" (ITm. 2:4) que
iniciou o plano da salvação. Além disso, Ele proporcionou os meios de
salvação pela vida e morte de Cristo (ver com. de Rm 5:10). Aqui, Paulo
exclui a necessidade de mediadores humanos e o suposto valor que
alguns têm atribuído a essa suposta mediação ou intercessão." SÉTIMO
DIA, Comentário Bíblico Adventista do, Vol. 7, Pág. 301
“A heresia gnóstica que começou no primeiro século ensinava que
havia muitos intermediários entre Deus e o homem. Paulo salientou
que há um só mediador – aquele que morreu pelos pecados de todos.
Cristo é o nosso advogado junto ao pai: “porque ele é a propiciação pelos
nossos pecados”... A importância da mensagem de Paulo não se restringe
a determinada época. Até hoje há muitos cristãos que crêem na
intercessão dos “santos – almas imortais no céu” SABATINA, Lição da
Escola 3° Trimestre de 1 993.
"Culto dos anjos. Os falsos mestres aceitaram a guia dos anjos, aos quais
consideravam emanações inferiores de Deus. Eles insistiam na fraqueza
e inferioridade humana e na distância do grande e eterno Deus. Esse
ponto de vista era uma extensão da humildade voluntária que
defendiam. Se o corpo humano é completamente sem valor, não pode se
aproximar de Deus e precisa de intermediários. Assim, os anjos
eram adorados como seres superiores aos seres humanos, num
sentido, extensões da divindade. Paulo adverte os Colossenses contra
essa filosofia, que é oposta ao ensino de Cristo. Citando Deuteronômio
6:13, Jesus declarou: ‘Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a Ele darás
culto” (Mt 4:10). Os anjos impediram a adoração a si mesmos (ver Ap
22:9)." SÉTIMO DIA, Comentário Bíblico Adventista do, Vol. 7, Pág. 202
Até aqui nós compreendemos que no contexto do Novo Testamento, os
“alimentos” criados para serem recebidos em “ação de graças” são o ‘pão e o
vinho’
“Enquanto comiam, tomou Jesus um pão, e, abençoando-o, o partiu, e o deu aos
discípulos, dizendo: Tomai, comei; isto é o meu corpo. “A seguir, tomou um cálice
e, tendo dado graças, o deu aos discípulos, dizendo: Bebei dele todos; porque isto é
o meu sangue, o sangue da nova aliança, derramado em favor de muitos, para
remissão de pecados.” Mateus: 26.26-28
Compreendemos também que os apóstolos tiveram que enfrentar uma seita
chamada Gnosticismo que negavam a "encarnação e os sofrimentos de Cristo e
35
dessa forma ensinavam a não necessidade de participarem dos alimentos
separados para serem recebidos em ação de graça (o Pão e o Vinho), isto é,
ensinavam as pessoas a se absterem da cerimônia da Santa Ceia (de participarem
do Pão e do Vinho).
Em nossos dias, encontramos na Igreja Católica os fiéis não participando do ‘vinho’
por ocasião da missa.
"Acerca do rito da Comunhão, digam os párocos que a lei da Santa
Igreja proíbe a todo cristão tomar a Sagrada Eucaristia, em ambas
as espécies, a não ser que tenha autorizaçã0 da mesma Igreja ....
Excetuam-se os sacerdotes, quando consagram o Corpo do Senhor, no
Santo Sacrifício. Como declarou o Concílio de Trento ''', ainda que Cristo
Nosso Senhor, na Última Ceia, instituiu este augusto Sacr3mento sob as
espécies de pão e de vinho, e assim o administrou aos Apóstolos, dai
não se segue que Nosso Senhor e Salvador estabelecesse a obrigação de
se dar, a todos os fiéis, os Sagrados Mistérios em ambas as espécies."
MARTINS, Frei Leopoldo P1res, Catecismo Romano, Pág. 305, Edição de
1951 (Editora Vozes Limitada)
As Testemunhas de Jeová também se abstém de participarem do Pão e do Vinho:
"Visto que os coerdeiros de Cristo hão de ‘reinar como reis e sacerdotes
sobre a terra’, o Reino beneficiará os que viverem sob ele. (Re 5:10; 20:4,
6; 21:3, 4) Os beneficiados estariam naturalmente interessados no Reino
e em seu desenvolvimento. Por conseguinte, tais pessoas compareceriam
à celebração da Refeição Noturna do Senhor, e a comemorariam, mas,
não sendo co-herdeiros de Cristo, nem filhos espirituais de Deus, não
participariam dos emblemas como coparticipantes da morte de
Cristo, que têm a esperança de ressurreição para uma vida celestial
junto com ele. — Ro 6:3-5." ESCRITURAS, Estudos Perspicaz das, Vol. 2,
Pág. 801
O Pão e o Vinho servido na santa ceia não pode ser rejeitado porque são símbolo
do sangue de Cristo – ver Mateus: 26.26-30; João: 6:54-56.
O vinho servido na santa ceia era o puro suco das uvas:
“Assim diz o SENHOR: Como quando se acha vinho num cacho de uvas, dizem:
Não o desperdices, pois há bênção nele, assim farei por amor de meus servos e
não os destruirei a todos.” Isaías: 65:8
“O vinho provido por Cristo para a festa, e o que Ele deu aos discípulos
como símbolo de Seu próprio sangue, era o puro suco de uva. A esse se
refere o profeta Isaías quando fala do novo vinho "num cacho", e diz:
"Não o desperdices, pois há bênção nele". Isa. 65:8." WHITE, Ellen G., O
Desejado de Todas as Nações, PÁG. 149”.
“Instituiu em seu lugar o serviço que havia de comemorar Seu grande
sacrifício... O serviço que Cristo estabeleceu devia ser observado por
Seus seguidores em todas as terras e por todos os séculos... A ordenança
da ceia do Senhor foi dada para comemorar a grande libertação
operada em resultado da morte de Cristo. Até que Ele venha a
segunda vez em poder e glória, há de ser celebrada esta ordenança. É o
meio pelo qual Sua grande obra em nosso favor deve ser conservada viva
36
em nossa memória.” WHITE, Ellen G., O Desejado de Todas as Nações,
Págs 652-653.
O vinho que o cristão não deve tomar, nem na santa ceia, nem em nenhum outro
lugar é o vinho com álcool, o vinho fermentado. – ver Prov.: 20:1; 23:29-35; Gn:
9:20-21; Isa: 28:7; Dan:4:11; Isa: 5:11-12, 22; Ef: 5:18; hab.: 2:4,15-16; Dan: 5:4;
Ezeq: 44:21; gn: 19:35; Lev:10:9; Núm: 6:3; Jz: 13:4; Isa: 24:11.
Ao negarem que Jesus era de fato Real (que havia se encarnado), os gnósticos
entravam em conflito com as Escrituras Sagradas ou contradiziam a mesma.
MATEUS: 14:26 “E os discípulos, ao verem-no andando sobre as águas, ficaram
aterrados e exclamaram: É um fantasma! E, tomados de medo, gritaram.”
MARCOS 6:49 “Eles, porém, vendo-o andar sobre o mar, pensaram tratar-se de um
fantasma e gritaram.”
LUCAS 24:37 “Eles, porém, surpresos e atemorizados, acreditavam estarem
vendo um espírito.”
LUCAS 24:39 “Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me
e verificai, porque um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu
tenho.”
Carne e osso (aspecto humano de Jesus - o Cristo encarnado)
"E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a
sua glória, glória como do unigênito do Pai." João: 1:14
“Outro erro perigoso é a doutrina que nega a divindade de Cristo,
pretendendo que Ele não tivera existência antes de Seu advento a
este mundo. Esta teoria é recebida com favor por uma vasta classe que
professa crer na Escritura Sagrada; diretamente contradiz, todavia, as
mais compreensíveis declarações de nosso Salvador com respeito à Sua
relação com o Pai, Seu caráter divino e Sua preexistência. Não pode ser
entretida sem a mais injustificada violência às Escrituras. Não somente
rebaixa as concepções do homem acerca da obra da redenção, mas
solapa a fé na Bíblia como revelação de Deus. Ao mesmo tempo que isto a
torna mais perigosa, torna-a também mais difícil de ser enfrentada. Se os
homens rejeitam o testemunho das Escrituras inspiradas
concernente à divindade de Cristo, é em vão argüir com eles sobre
este ponto; pois nenhum argumento, por mais conclusivo, poderia
convencê-los. "O homem natural não compreende as coisas do Espírito
de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque
elas se discernem espiritualmente." I Cor. 2:14. Pessoa alguma que
alimente este erro pode ter exato conceito do caráter ou missão de
Cristo, nem do grande plano de Deus para a redenção do homem.”
WHITE, Ellen G., O Grande Conflito, Pág. 524.
João nos aponta Jesus como o nosso “Advogado junto ao Pai e como a oferta
pelos nossos pecados (propiciação)”.
37
“Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém
pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo;” I João:2:1.
“E ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos
próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro.” I João: 2:2.
João chama os mestres gnósticos de “Anticristos e de mentirosos”
“Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? Este é o
anticristo, o que nega o Pai e o Filho. “Todo aquele que nega o Filho, esse não
tem o Pai; aquele que confessa o Filho tem igualmente o Pai.” I João: 2:22-23.
Falando de sua preexistência e existência escreveu Ellen White:
“Cristo é o Filho de Deus, preexistente, existente por Si mesmo. ...
Falando de Sua preexistência, Cristo conduz a mente através de séculos
incontáveis. Afirma-nos que nunca houve tempo em que Ele não
estivesse em íntima comunhão com o eterno Deus. Aquele cuja voz os
judeus estavam então ouvindo estivera com Deus como Alguém que
vivera sempre com Ele. Ele era igual a Deus, infinito e onipotente. ... É
o Filho eterno, existente por Si mesmo. Manuscrito 101, 1897.”
WHITE, Ellen G., Evangelismo, Pág. 615”.
“Ao passo que a Palavra de Deus fala da humanidade de Cristo quando na
Terra, fala também positivamente de Sua preexistência. A Palavra existia
como um ser divino, mesmo como o Eterno Filho de Deus, em união e
unidade com Seu Pai. Desde a eternidade fora o Mediador do
concerto, Aquele em quem todas as nações da Terra, tanto judeus como
gentios, caso O aceitassem, seriam abençoados. "O Verbo estava com
Deus, e o Verbo era Deus." João 1:1. Antes que os homens ou os anjos
fossem criados, o Verbo estava com Deus” WHITE, Ellen G.,
Evangelismo, Pág. 615
Ao negarem a ressurreição de Cristo, os gnósticos estavam pondo por terra a
esperança e a garantia de todos os cristãos:
“E, se não há ressurreição de mortos, então, Cristo não ressuscitou. E, se Cristo
não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã, a vossa fé;” I Coríntios: 15:13-14.
“Jesus declarou: "Eu sou a ressurreição e a vida." João 11:25. Em Cristo
há vida original, não emprestada, não derivada. "Quem tem o Filho tem a
vida." I João 5:12. A divindade de Cristo é a certeza de vida eterna
para o crente.” WHITE, Ellen G., O Desejado de Todas as Nações, Pág.
530.
Em nossos dias, as testemunhas de Jeová, a exemplo do gnosticismo e do
arianismo, também rejeitam a Divindade de Cristo:
“Ele foi a primeira criação de Deus... Jesus é o único filho que Jeová
criou sozinho... Jesus é seu filho primogênito e esta sujeito a Deus.” O
Que Deus Requer DE Nós, Págs. 6 e 22 (Sociedade Torre de Vigia).
“Algumas religiões removeram a chave, ignorando Jesus por completo.
Outras distorceram o papel de Jesus, adorando-o como Deus
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Apostasia

  • 1. 1 Apostasia nos Últimos Tempos Edição Revisada e Ampliada Ribamar Cantanhede Mestre e Doutor em Teologia
  • 2. 2 TEXTO BÁSICO: I Timóteo: 4:1-5. Direto ao assunto "Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios, 2 pela hipocrisia dos que falam mentiras e que têm cauterizada a própria consciência, 3 que proíbem o casamento e exigem abstinência de alimentos que Deus criou para serem recebidos, com ações de graças, pelos fiéis e por quantos conhecem plenamente a verdade; 4 pois tudo que Deus criou é bom, e, recebido com ações de graças, nada é recusável, 5 porque, pela palavra de Deus e pela oração, é santificado." I Timóteo: 4:1-5. Observando os pontos Destacados: a) o Espírito afirma expressamente b) últimos tempos c) alguns apostatarão da fé d) obedecerem a espíritos enganadores e) ensinos de demônios f) hipocrisia dos que falam mentiras g) proíbem o casamento h) exigem abstinência de alimentos que Deus criou para serem recebidos, com ações de graças i) pelos fiéis e por quantos conhecem plenamente a verdade j) tudo que Deus criou é bom l) e, recebido com ações de graças, nada é recusável m) pela palavra de Deus e pela oração, é santificado Trabalhando os pontos Destacados a) o Espírito afirma expressamente O Espírito Santo (o Espirito de Cristo) foi quem Inspirou os Escritores Bíblicos: "Foi a respeito desta salvação que os profetas indagaram e inquiriram, os quais profetizaram acerca da graça a vós outros destinada, 11 investigando, atentamente, qual a ocasião ou quais as circunstâncias oportunas, indicadas pelo Espírito de Cristo, que neles estava, ao dar de antemão testemunho sobre os sofrimentos referentes a Cristo e sobre as glórias que os seguiriam. 12 A eles foi revelado que, não para si mesmos, mas para vós outros, ministravam as coisas que, agora, vos foram anunciadas por aqueles que, pelo Espírito Santo enviado do céu, vos pregaram o evangelho, coisas essas que anjos anelam perscrutar." I Pedro: 1:10-12 “Sabendo, primeiramente, isto: que nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação; porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade
  • 3. 3 humana; entretanto, homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo.” II Pedro: 1:20-21. “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, A fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.” II Timóteo: 3:16-17. “O Espírito do SENHOR fala por meu intermédio, e a sua palavra está na minha língua.” II Samuel: 23:2. Quem é o Espirito Santo (Espirito de Cristo) que inspirou e falou por meio dos profetas? O Espírito Santo que inspirou e falou por meio dos Profetas é o Próprio Cristo. "Cristo não somente foi o guia dos hebreus no deserto - o Anjo em quem estava o nome de Jeová, e que, velado na coluna de nuvem, ia diante das hostes - mas foi também Ele que deu a Israel a lei. Por entre a tremenda glória do Sinai, Cristo declarou aos ouvidos de todo o povo os dez preceitos da lei de Seu Pai. Foi Ele que deu a Moisés a lei gravada em tábuas de pedra. Ainda mais: Cristo é chamado o Verbo de Deus. João 1:1-3. É assim chamado porque Deus deu Suas revelações ao homem em todos os tempos por meio de Cristo. Foi o Seu Espírito que inspirou os profetas. I Ped. 1:10 e 11. Ele lhes foi revelado como o Anjo de Jeová, o Capitão do exército do Senhor, o Arcanjo Miguel. Foi Cristo que falou a Seu povo por intermédio dos profetas. Escrevendo à igreja cristã, diz o apóstolo Pedro que os profetas "profetizaram da graça que vos foi dada, indagando que tempo ou que ocasião de tempo o Espírito de Cristo, que estava neles, indicava, anteriormente testificando os sofrimentos que a Cristo haviam de vir, e a glória que se lhes havia de seguir". I Ped. 1:10 e 11. É a voz de Cristo que nos fala através do Antigo Testamento. "O testemunho de Jesus é o Espírito de Profecia." Apoc. 19:10." WHITE, Ellen G., Patriarcas e Profetas, Págs. 366-367 Observe no texto acima: a) Deus deu Suas revelações ao homem em todos os tempos por meio de Cristo b) Foi Cristo que falou a Seu povo por intermédio dos profetas c) É a voz de Cristo que nos fala através do Antigo Testamento “Impedido pela humanidade, Cristo não poderia estar em todo lugar pessoalmente; portanto, era totalmente para sua vantagem que Ele os deixasse, fosse a seu pai e enviasse o Espírito Santo para ser Seu sucessor na terra. O Espírito Santo é Ele mesmo despojado da personalidade da humanidade e independente disso. Ele representaria a Si mesmo como presente em todos os lugares pelo Seu Espírito Santo, como o Onipresente. “Mas o Consolador, que é o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, Ele (embora não seja visto por você), [ Essa frase foi acrescentada por Ellen White. ] ensinar-te todas as coisas, e trazer todas as coisas à tua lembrança, tudo o que eu tenho dito a você ”[ João 14:26]. “No entanto, eu lhe digo a verdade; É conveniente que eu vá embora: se eu não for embora, o Consolador não virá até você; mas, se eu partir, eu o enviarei para vós ”[ João 16: 7].”WHITE. Ellen G. -
  • 4. 4 Manuscritos Releases, Vol. 14, Pág. 23, Páragrafo. 3, Nº 1084 {14MR 23,3} Nº 1084 "Ora, o Senhor é o Espírito; e, onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade." II Coríntios: 3:17 "logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim." Gálatas: 2:20 Observe no texto abaixo que o nosso corpo é o Santuário de apenas "Duas Pessoas" "Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? 17 Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá; porque o santuário de Deus, que sois vós, é sagrado." I Coríntios: 3:16-17 Observem no texto acima: a) sois santuário de Deus b) o Espírito de Deus habita em vós Obervem no texto abaixo que somente "Duas Pessoas" participaram da Inspiração das Escrituras: “Sabendo, primeiramente, isto: que nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação; porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo.” II Pedro: 1:20-21. Observem no texto acima: a) falaram da parte de Deus b) movidos pelo Espírito Santo Agora observem elucidativamente quem são essas Duas Pessoas: "Respondeu Jesus: Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada." João: 14:23 "Respondeu-lhe Jesus: Se alguém me ama, guardará a minha palavra e meu Pai o amará, e nós viremos a ele e nele faremos nossa morada." João: 14:23 (Bíblia Ave Maria) "Jesus respondeu: "Se alguém me ama, guarda a minha palavra, e meu Pai o amará. Eu e meu Pai viremos e faremos nele a nossa morada." João: 14:23 (Versão da Bíblia Católica sem Apócrifo) "Viremos. O plural enfatiza a unidade entre Pai e Filho. Eles vêm para habitar simbolicamente o coração do crente. Assim, há uma unidade não
  • 5. 5 só entre o Pai e o Filho, mas entre o Pai, o Filho e o crente (ver TM, 519)." SÉTIMO DIA, Comentário Bíblico Adventista do, Vol. 5, Pág 1155 "E aquele que guarda os seus mandamentos permanece em Deus, e Deus, nele. E nisto conhecemos que ele permanece em nós, pelo Espírito que nos deu." I João: 3:24 "Se, porém, Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito é vida, por causa da justiça. 11 Se habita em vós o Espírito daquele que ressuscitou a Jesus dentre os mortos, esse mesmo que ressuscitou a Cristo Jesus dentre os mortos vivificará também o vosso corpo mortal, por meio do seu Espírito, que em vós habita." Romanos: 8:10-11 "Porque qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o seu próprio espírito, que nele está? Assim, também as coisas de Deus, ninguém as conhece, senão o Espírito de Deus."I Coríntios: 2:11 "Tudo me foi entregue por meu Pai. Ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar." Mateus: 11:27 "O Soberano do Universo não estava só em Sua obra de beneficência. Tinha um companheiro - um cooperador que poderia apreciar Seus propósitos, e participar de Sua alegria ao dar felicidade aos seres criados. "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus." João 1:1 e 2. Cristo, o Verbo, o Unigênito de Deus, era um com o eterno Pai - um em natureza, caráter, propósito - o único ser que poderia penetrar em todos os conselhos e propósitos de Deus. "O Seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus forte, Pai da eternidade, Príncipe da paz." Isa. 9:6. Suas "saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade". Miq. 5:2. E o Filho de Deus declara a respeito de Si mesmo: "O Senhor Me possuiu no princípio de Seus caminhos, e antes de Suas obras mais antigas. ... Quando compunha os fundamentos da Terra, então Eu estava com Ele e era Seu aluno; e era cada dia as Suas delícias, folgando perante Ele em todo o tempo". Prov. 8:22-30." WHITE, Ellen G. - Patriarcas e Profetas Pág. 34 "O Rei do Universo convocou os exércitos celestiais perante Ele, para, em sua presença, apresentar a verdadeira posição de Seu Filho, e mostrar a relação que Este mantinha para com todos os seres criados. O Filho de Deus partilhava do trono do Pai, e a glória do Ser eterno, existente por Si mesmo, rodeava a ambos. Em redor do trono reuniam-se os santos anjos, em uma multidão vasta, inumerável - "milhões de milhões, e milhares de milhares" (Apoc. 5:11), estando os mais exaltados anjos,como ministros e súditos, a regozijar-se na luz que, da presença da Divindade, caía sobre eles. Perante os habitantes do Céu,reunidos, o Rei declarou que ninguém, a não ser Cristo, o Unigênito de Deus, poderia penetrar inteiramente em Seus propósitos, e a Ele foi confiado executar os poderosos conselhos de Sua vontade. O Filho de Deus executara a vontade do Paina criação de todos os exércitos do Céu; e a Ele, bem como a Deus, eram devidas as homenagens e fidelidade daqueles. Cristo ia ainda exercer o poder divino na criação da Terra e de seus habitantes. Em tudo isto, porém, não procuraria poder ou exaltação para Si mesmo, contrários ao plano de Deus, mas exaltaria a
  • 6. 6 glória do Pai, e executaria Seus propósitos de beneficência e amor." WHITE, Ellen G. - Patriarcas e Profetas, PÁG. 36 "Toda o exército celestial foi convocado para comparecer perante o Pai, a fim de que cada caso ficasse decidido. Satanás ousadamente fez saber sua insatisfação por ter sido Cristo preferido a ele. Permaneceu orgulhoso e instando que devia ser igual a Deus e introduzido a conferenciar com o Pai e entender Seus propósitos. Deus informou a Satanás que apenas a Seu Filho Ele revelaria Seus propósitos secretos, e que requeria de toda a família celestial, e mesmo de Satanás, que Lhe rendessem implícita e inquestionável obediência; mas que ele (Satanás) tinha provado ser indigno de ter um lugar no Céu. Então Satanás exultantemente apontou aos seus simpatizantes, quase a metade de todos os anjos, e exclamou: "Estes estão comigo! Expulsarás também a estes e deixarás tal vazio no Céu?" Declarou então que estava preparado para resistir à autoridade de Cristo e defender seu lugar no Céu pelo poder da força, força contra força." WHITE, Ellen G. História da Redenção Pág. 18 b) últimos tempos Os últimos tempos aqui tem um sentido duplo, aponta para os últimos dias da era messiânica e para os últimos dias que antecedem a segunda vinda de Cristo. Era messiânica: para os apóstolos, os “últimos tempos” eram: I) o tempo em que Jesus estava vivendo sobre a terra, pregando e ensinando os mistérios divinos. Paulo localiza os “últimos dias” como sendo os dias em que o “Messias’ estava vivendo sobre esta a terra como o enviado de Deus” “Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo.” Hebreus: 1:1-2. Segundo Ellen White, foi Paulo quem escreveu a epístola aos hebreus. “O apóstolo Paulo, na epístola aos Hebreus...” WHITE, Ellen G., O Grande Conflito, Pág. 411. II) o tempo em que o Espírito santo estava sendo derramado sobre os apóstolos no dia de pentecostes: Pedro localiza os “últimos dias” como sendo o dia de pentecostes em Jerusalém, dia em que o Espírito santo agia poderosamente sobre a Igreja de Deus. “Mas o que ocorre é o que foi dito por intermédio do profeta Joel: “E acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei do meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos jovens terão visões, e sonharão vossos velhos.” Atos: 2:16-17.
  • 7. 7 III) o tempo em que Cristo dava o seu próprio sangue para salvar a humanidade perdida: Pedro também localiza os “últimos tempos” como sendo ainda o tempo em que o sangue de Cristo estava sendo derramado pela humanidade: “Sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, “Mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo, Conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos, por amor de vós” I Pedro: 1:18-20. Agora observe essa fonte: “Este não é um período imediatamente antes da segunda vinda de cristo. Pelo contrário, de acordo com a perspectiva do Novo Testamento, trata- se da era inaugurada pela primeira vinda de Cristo e concluída na sua segunda vinda.” GENEBRA, Bíblia de Estudo de, Págs. 1445 -1446. Observe agora a Lição da Escola Sabatina: “O cumprimento das profecias do Antigo Testamento – a vinda do messias, seu sacrifício, a concessão do Espírito Santo – era pelos cristãos primitivos encarado como evidência de que estavam vivendo nos últimos tempos." SABATINA, Lição da Escola, 3° Trimestre de 1992, Pág. 59. Observe agora a Bíblia de Estudo Plenitude: “Os últimos tempos foram inaugurados com a primeira vinda de Cristo (ver at. 2.17; heb. 1.2)” PLENITUDE, Bíblia de Estudo, Pág. 1309. João chama estes ‘últimos tempos’ de “última hora”. “Filhinhos, já é a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também, agora, muitos anticristos tem surgido; pelo que conhecemos que é a última hora.” I João: 2:18. Muitos anticristos – são os “homens que falam mentiras” em I Timóteo 4:2 (ver letra f). “O anticristo original, obviamente, é satanás, o qual, desde a origem do grande conflito, têm-se oposto a Cristo” SABATINA, Lição da Escola, 2° Trimestre de 1997, Lição 5, Pág. 3. “A resolução do anticristo, de levar a cabo a rebelião que iniciou no céu, continuará a operar nos filhos da desobediência.”WHITE, Ellen G., Testemunhos Seletos, VOL. 3, Pág. 394. Veja como Judas intitula os muitos anticristos (homens que falam mentiras) de seu tempo:
  • 8. 8 “Os tais são murmuradores, são descontentes, andando segundo as suas paixões. A sua boca vive propalando grandes arrogâncias; são aduladores dos outros, por motivos interesseiros. Vós, porém, amados, lembrai-vos das palavras anteriormente proferidas pelos apóstolos de nosso Senhor Jesus Cristo, os quais vos diziam: No último tempo, haverá escarnecedores, andando segundo as suas ímpias paixões. “São estes os que promovem divisões, sensuais, que não têm o Espírito.” Judas: 1:16-19. “Pois certos indivíduos se introduziram com dissimulação, os quais, desde muito, foram antecipadamente pronunciados para esta condenação, homens ímpios, que transformam em libertinagem a graça de nosso Deus e negam o nosso único Soberano e Senhor, Jesus Cristo.” Judas: 1:4. “Estes, porém, quanto a tudo o que não entendem, difamam; e, quanto a tudo o que compreendem por instinto natural, como brutos sem razão, até nessas coisas se corrompem. Ai deles! Porque prosseguiram pelo caminho de Caim, e, movidos de ganância, se precipitaram no erro de Balaão, e pereceram na revolta de Corá. Estes homens são como rochas submersas, em vossas festas de fraternidade, banqueteando-se juntos sem qualquer recato, pastores que a si mesmos se apascentam; nuvens sem água impelidas pelos ventos; árvores em plena estação dos frutos, destes desprovidas, duplamente mortas, desarraigadas; ondas bravias do mar, que espumam as suas próprias sujidades; estrelas errantes, para as quais tem sido guardada a negridão das trevas, para sempre.”Judas: 1:10-13. Destacando os pontos mais importantes: 1) murmuradores 2) descontentes 3) seguindo suas paixões 4) arrogantes 5) aduladores 6) escarnecedores 7) ímpios (ímpias paixões 8) promovem divisões 9) não têm o espírito santo 10) homens ímpios 11) negam o único soberano senhor 12) difamadores 13) brutos sem razão 14) corrompidos 15) caminho de Caim 16) erro de Balaão (ganância) 17 revolta de Corá 18) pastores que a se mesmos se apascentam 19) árvores sem frutos, mortas 20) negridão das trevas. Analisando os pontos destacados:
  • 9. 9 1) murmurador – grego “γογγυσται” (gongustai) sig: difamador, detrator, que fala mal do próximo, maldizente. O difamador (murmurador) separa os maiores amigos: “O homem perverso espalha contendas, e o difamador separa os maiores amigos.” Provérbios: 16:28 Os murmuradores (difamadores) estão associados a: Injustiça Malícia Avareza Maldade Inveja Homicídio Contendas Engano Malignidade. “cheios de toda injustiça, malícia, avareza e maldade; possuídos de inveja, homicídio, contenda, dolo e malignidade; sendo difamadores,” Romanos: 1:29 2) descontentes: “Isto é, os que estão desconformes com sua sorte e, portanto, murmuram contra Deus.” SÉTIMO DIA, Comentário Bíblico Adventista do, Vol. 7, Pág. 784 3) seguindo suas próprias paixões: “Tendo em conta, antes de tudo, que, nos últimos dias, virão escarnecedores com os seus escárnios, andando segundo as próprias paixões” II Pedro: 3:3. Andar “segundo as paixões da carne é caminhar para a morte” “Porque, quando vivíamos segundo a carne, as paixões pecaminosas postas em realce pela lei operavam em nossos membros, a fim de frutificarem para a morte.” Romanos: 7:5 Quem está com Cristo (do lado de Cristo) crucifica as paixões da carne: “E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências.” Gálatas: 5:24 As paixões da carne devem ser renegadas: “Educando-nos para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos, no presente século, sensata, justa e piedosamente,” Tito: 2:12
  • 10. 10 As paixões mundanas “nos tornam escravos do pecado” “Pois nós também, outrora, éramos néscios, desobedientes, desgarrados, escravos de toda sorte de paixões e prazeres, vivendo em malícia e inveja, odiosos e odiando-nos uns aos outros.” Tito: 3:3 As paixões mundanas “guerreiam contra a nossa alma” “Amados, exorto-vos, como peregrinos e forasteiros que sois, a vos absterdes das paixões carnais, que fazem guerra contra a alma.” I Pedro: 2:11 As paixões mundanas nos transformam em “homens desobedientes e sem princípios”. “Especialmente aqueles que, seguindo a carne, andam em imundas paixões e menosprezam qualquer governo. Atrevidos, arrogantes, não temem difamar autoridades superiores.” II Pedro: 2:10 4) arrogantes: Os arrogantes serão destruídos: “Castigarei o mundo por causa da sua maldade e os perversos, por causa da sua iniqüidade; farei cessar a arrogância dos atrevidos e abaterei a soberba dos violentos.” Isaías: 13:11 A arrogância está associada a “soberba e a zombaria”. “Quanto ao soberbo e presumido, zombador é seu nome; procede com indignação e arrogância.” Provérbios: 21:24 O arrogante é “ímpio e perseguidor” “Com arrogância, os ímpios perseguem o pobre; sejam presas das tramas que urdiram” Salmos: 10:2 Os ímpios serão destruídos: Os ímpios, no entanto, perecerão, e os inimigos do SENHOR serão como o viço das pastagens; serão aniquilados e se desfarão em fumaça.” Salmos: 37:20 “ “Pois o SENHOR ama a justiça e não desampara os seus santos; serão preservados para sempre, mas a descendência dos ímpios será exterminada.” Salmos: 37:28 5) aduladores – eles são “falsos e fingidos” “Falam com falsidade uns aos outros, falam com lábios bajuladores e coração fingido.” Salmos: 12:2
  • 11. 11 6) escarnecedores: Eles andam seguindo as suas próprias paixões: “Tendo em conta, antes de tudo, que, nos últimos dias, virão escarnecedores com os seus escárnios, andando segundo as próprias paixões” II Pedro: 3:3 O povo de Deus não deve ter nenhum tipo de relacionamento com eles: “Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.” Salmos: 1:1 7) ímpios: Os ímpios fazem parte do time de Faraó: “Então, Faraó mandou chamar a Moisés e a Arão e lhes disse: Esta vez pequei; o SENHOR é justo, porém eu e o meu povo somos ímpios.” Êxodo: 9:27 A salvação está longe dos ímpios: “A salvação está longe dos ímpios, pois não procuram os teus decretos.” Salmos: 119:155 8) promovem divisões: Devemos nos afastar deles: “Rogo-vos, irmãos, que noteis bem aqueles que provocam divisões e escândalos, em desacordo com a doutrina que aprendestes; afastai-vos deles.” Romanos: 16:17 Não devem existir “divisões” entre o povo de Deus: “Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que faleis todos a mesma coisa e que não haja entre vós divisões; antes, sejais inteiramente unidos, na mesma disposição mental e no mesmo parecer.” I Coríntios: 1:10 Divisão é sinônimo de “contendas” “Pois a vosso respeito, meus irmãos, fui informado, pelos da casa de Cloe, de que há contendas entre vós.” I Coríntios: 1:11 “Porquanto, havendo entre vós ciúmes e contendas, não é assim que sois carnais e andais segundo o homem?” I Coríntios: 3:3 As contendas estão associadas a “inveja, ira, porfias, detrações, intrigas, orgulho e tumulto”.
  • 12. 12 “Temo, pois, que, indo ter convosco, não vos encontre na forma em que vos quero, e que também vós me acheis diferente do que esperáveis, e que haja entre vós contendas, invejas, iras, porfias, detrações, intrigas, orgulho e tumultos.” II Coríntios: 12:20 “Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, Invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam.” Gálatas: 5:19-21. 9) não têm o espírito santo: Quem não tem o espírito santo não pertence a Cristo: “Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se, de fato, o Espírito de Deus habita em vós. E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele.” Romanos: 8:9. Quem não tem o espírito não tem “amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio.” “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei.” Gálatas: 5:22-23. 10) homens ímpios Não há esperança para os ímpios: “São assim as veredas de todos quantos se esquecem de Deus; e a esperança do ímpio perecerá.” Jó: 8:13 o ímpio não poderá habitar com Deus: “Também isto será a minha salvação, o fato de o ímpio não vir perante ele.” Jó: 13:16 A vida do ímpio é uma vida de “iniquidade, de malícia e de mentira” “Eis que o ímpio está com dores de iniqüidade; concebeu a malícia e dá à luz a mentira.” Salmos: 7:14 Satanás é o pai da mentira – ver: João: 8:44. O coração do ímpio está cheio de transgressão e diante dele não há o temor de Deus:
  • 13. 13 “Há no coração do ímpio a voz da transgressão; não há temor de Deus diante de seus olhos.” Salmos: 36:1 11) negam o único e soberano senhor – trabalharemos esse tópico mais na frente. 12) difamadores O difamador está associado a: “injustiça, malícia, avareza, maldade, inveja, homicídio, contenda e malignidade” “Cheios de toda injustiça, malícia, avareza e maldade; possuídos de inveja, homicídio, contenda, dolo e malignidade; sendo difamadores.” Romanos: 1:29 Contendas: “O homem perverso espalha contendas, e o difamador separa os maiores amigos.” Provérbios: 16:28 “Seis coisas o SENHOR aborrece, e a sétima a sua alma abomina”: Testemunha falsa que profere mentiras e o que semeia contendas entre irmãos.”Provérbios: 6:16, 19”. 13) brutos sem razão São aqueles que rejeitam a correção e a disciplina: “Mas, se estais sem correção, de que todos se têm tornado participantes, logo, sois bastardos e não filhos.” Hebreus: 12:8 “Quem ama a disciplina ama o conhecimento, mas o que aborrece a repreensão é estúpido.” Provérbios: 12:1 14) corrompidos São os que resistem a verdade: “E, do modo por que Janes e Jambres resistiram a Moisés, também estes resistem à verdade. São homens de todo corrompidos na mente, réprobos quanto à fé.” II Timóteo: 3:8 15) caminho de Caim: O caminho de Caim é “o caminho do maligno, da maldade” I João: 3:12 “Não segundo Caim, que era do Maligno e assassinou a seu irmão; e por que o assassinou? Porque as suas obras eram más, e as de seu irmão, justas.”
  • 14. 14 CAIM - Rejeitou o Sacrifício de Cristo, Tentou Ganhar a Salvação a sua própria maneira, Sua oferta foi rejeitada, Irou-se contra o Senhor, Procedeu Mal, Matou o próprio irmão, Tornou-se um Maldito, fugitivo e errante, Retirou-se da Presença do Senhor. "Os filhos de Arão tomaram fogo comum, o qual Deus não aceitava, e insultaram ao infinito Deus, apresentando fogo estranho diante dele. Deus os consumiu com fogo, por causa do desrespeito à Sua expressa orientação. Tudo que faziam era como a oferta de Caim. O divino Salvador não estava representado." WHITE, Ellen G., No Deserto da Tentação, Pág. 97 "Deus, em Sua Palavra, colocou o Seu selo [de condenação] sobre as heresias do espiritualismo, como colocou a marca sobre Caim. Os piedosos não precisam ser enganados se são estudantes das Escrituras e obedientes, ao seguir o caminho claramente indicado a eles na Palavra de Deus. " WHITE, Ellen G., No Deserto da Tentação, Pág. 108 "Caim tivera, como Abel, a oportunidade de saber e aceitar estas verdades. Não foi vítima de um intuito arbitrário. Um irmão não fora eleito para ser aceito por Deus, e o outro para ser rejeitado. Abel escolheu a fé e a obediência; Caim, a incredulidade e a rebeldia. Nisto consistia toda a questão". WHITE, Ellen G., Patriarcas e Profetas, Pág. 72 4:15 - um sinal em Caim: - "Deus deu a cada um seu trabalho; E se alguém se virar da obra que Deus lhe deu, para fazer a obra de Satanás, para contaminar seu próprio corpo ou levar outro ao pecado, a obra desse homem é amaldiçoada e a marca de Caim é colocada sobre ele. A ruína de sua vítima clamará a Deus, assim como o sangue de Abel." - WHITE, Ellen G., {RH 6 de março de 1894, par. 9}. "Qualquer homem, quer seja ministro ou Leigo, que tenta forçar ou reger a razão de qualquer outro homem, converte-se num instrumento de Satanás para fazer sua obra, e leva o sinal de Caim ante a vista do universo celestial." - WHITE, Ellen G., (MS 29, 1911). 16) erros de Balaão (ganância) Balaão “abandonou o reto caminho, amou o prêmio da injustiça” “Abandonando o reto caminho, se extraviaram, seguindo pelo caminho de Balaão, filho de Beor, que amou o prêmio da injustiça” II Pedro: 2:15 Balaão é símbolo de “cilada, idolatria e prostituição” “Tenho, todavia, contra ti algumas coisas, pois que tens aí os que sustentam a doutrina de Balaão, o qual ensinava a Balaque a armar ciladas diante dos filhos de Israel para comerem coisas sacrificadas aos ídolos e praticarem a prostituição.” Apocalipse: 2:14 Balaão era ganancioso (materialista): Observe o conselho bíblico:
  • 15. 15 “Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição”. “Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores.” I Timóteo: 6:9-10. 17) revolta de Corá Corá era “inimigo de Deus:” “Nosso pai morreu no deserto e não estava entre os que se ajuntaram contra o SENHOR no grupo de Corá; mas morreu no seu próprio pecado e não teve filhos.” Números: 27:3 O fim dos que seguem Corá é a morte: “Quando a terra abriu a boca e os tragou com Corá, morrendo aquele grupo; quando o fogo consumiu duzentos e cinqüenta homens, e isso serviu de advertência.” Números: 26:10 18) pastores que a se mesmos se apascentam Trata-se aqui dos “falsos pastores” “Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto! diz o SENHOR.” Jeremias: 23:1 Eles serão punidos pelo Senhor: “Portanto, assim diz o SENHOR, o Deus de Israel, contra os pastores que apascentam o meu povo: Vós dispersastes as minhas ovelhas, e as afugentastes, e delas não cuidastes; mas eu cuidarei em vos castigar a maldade das vossas ações, diz o SENHOR” Jeremias: 23:2 São chamados de “cães” “Tais cães são gulosos, nunca se fartam; são pastores que nada compreendem, e todos se tornam para o seu caminho, cada um para a sua ganância, todos sem exceção” Isaías: 56:11 “Acautelai-vos dos cães! Acautelai-vos dos maus obreiros! Acautelai-vos da falsa circuncisão!” Filipenses: 3:2 Eles ficarão fora do céu, fora da cidade santa, perderão a salvação: “Fora ficam os cães, os feiticeiros, os impuros, os assassinos, os idólatras e todo aquele que ama e pratica a mentira.” Apocalipse: 22:15
  • 16. 16 19) árvores sem frutos, mortas Árvore que não produz frutos será lançada no fogo: “Já está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo.” Mateus: 3:10 “E, vendo uma figueira à beira do caminho, aproximou-se dela; e, não tendo achado senão folhas, disse-lhe: Nunca mais nasça fruto de ti! E a figueira secou imediatamente.” Mateus: 21:19 20) negridão das trevas. Pode ser uma referência a quinta praga do apocalipse onde os ímpios serão envoltos em trevas: “Derramou o quinto a sua taça sobre o trono da besta, cujo reino se tornou em trevas, e os homens remordiam a língua por causa da dor que sentiam” Apocalipse: 16:10 Esses homens rejeitaram a verdade apegando-se as trevas: “O julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más.” João: 3:19 O império das trevas é o império de satanás: “Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor.” Colossenses: 1:13 “Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniqüidade”? Ou que comunhão, da luz com as trevas? Que harmonia, entre Cristo e o Maligno? Ou que união, do crente com o incrédulo?” II Coríntios: 6:14-15”. Paulo advertiu a respeito desses indivíduos: “Eu sei que, depois da minha partida, entre vós penetrarão lobos vorazes, que não pouparão o rebanho. “E que, dentre vós mesmos, se levantarão homens falando coisas pervertidas para arrastar os discípulos atrás deles.” Atos: 20:29-30. “Paulo tremia pela igreja quando, olhando para o futuro, via os ataques que ela sofreria de inimigos externos e internos. Com solene fervor exortou seus irmãos a guardar vigilantes seu sagrado depósito.” WHITE, Ellen G., Atos dos Apóstolos, Pág. 395. Lobos vorazes = ou lobos roubadores – era a expressão usada por Jesus para identificar os ‘falsos profetas’.
  • 17. 17 “Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores.” Mateus: 7:15 Eles ensinavam outra doutrina, a qual se opunha aos ensinamentos de Cristo. “Quando eu estava de viagem, rumo da Macedônia, te roguei permanecesses ainda em Éfeso para admoestares a certas pessoas, a fim de que não ensinem outra doutrina, Nem se ocupem com fábulas e genealogias sem fim, que, antes, promovem discussões do que o serviço de Deus, na fé” I Timóteo: 1:3-4. Até aqui nós entendemos que eles são: Murmuradores Aduladores Homens que falam mentiras Homens que proíbem o casamento Homens que exigem abstinência de alimentos que Deus criou para serem recebidos em ação de graça Anticristos Escarnecedores Lobos vorazes Falsos profetas Pessoas que ensinam outra doutrina Homens ímpios Homens do grupo de Caim Difamadores Corruptos Brutos sem razão. c) alguns apostatarão da fé Esses "alguns" são aqueles citados por Judas que abandonariam a fé por serem de fato da sinagoga de satanás "Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima." Hebreus: 10:25 "Eis farei que alguns dos que são da sinagoga de Satanás, desses que a si mesmos se declaram judeus e não são, mas mentem, eis que os farei vir e prostrar-se aos teus pés e conhecer que eu te amei." Apocalipse: 3:9 "Mantendo fé e boa consciência, porquanto alguns, tendo rejeitado a boa consciência, vieram a naufragar na fé. 20 E dentre esses se contam Himeneu e Alexandre, os quais entreguei a Satanás, para serem castigados, a fim de não mais blasfemarem." I Timóteo: 1:19-20 "Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição. 10 Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e
  • 18. 18 alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores." I Timóteo: 6:9-10 "E tu, ó Timóteo, guarda o que te foi confiado, evitando os falatórios inúteis e profanos e as contradições do saber, como falsamente lhe chamam, 21 pois alguns, professando-o, se desviaram da fé. A graça seja convosco." I Timóteo: 6:20-21 d) obedecerem a espíritos enganadores TRATA-SE AQUI DOS GNÓSTICOS, UM “ecletismo filosófico religioso surgido nos primeiros séculos da nossa era e diversificado em numerorosas seitas, que visam conciliar todas as religiões e as explicar- lhes o sentido mais profundo por meio da gnose. [são dogmas do gnosticismo: a emanação, a queda, a redenção e a mediação, exercida por inúmeras potências celestes, entre a divindade e os homens. Relacionava-se o gnosticismo com a cabala, o neoplatonísmo e as religiões orientais.” PORTUGUESA, Dicionário Aurélio DA Língua, Pág. 325. e) ensinos de demônios "Demônios. Do gr. daimonia, “demônios" (ver com. de lCo 10:20). Os mestres do engano disseminam ensinamentos que são inspirados por Satanás e seus colaboradores (comparar com o controle do diabo sobre Judas, cf. Lc 22:3). Satanás trabalha para controlar a mente das pessoas. Por isso, é muito importante captar a verdade ► corretamente. O espiritualismo moderno, um exemplo inegável de doutrina de demônios, é apenas um renascimento do culto demoníaco e da feitiçaria do passado. Sua influência sedutora acabará por varrer o mundo, tanto de cristãos como de não cristãos, e preparará o caminho para o último grande engano de Satanás (GC, 562, 588, 589, 624; PP, 686)." SÉTIMO DIA, Comentário Bíblico Adventista do, Vol. 7, Pág. 312. f) hipocrisia dos que falam mentiras "Hipocrisia. Ou, “simulação”, “aparência exterior”. Os mestres do engano (v. 1) podem fingir lealdade à verdade enquanto espalham suas “doutrinas de demônios' (v. 1). Muitas vezes, os apóstatas não estão aliados abertamente sob a bandeira de erro e da traição à causa de Cristo. Os mestres do engano trombeteiam lealdade à causa da verdade, a fim de melhor iludir as pessoas." SÉTIMO DIA, Comentário Bíblico Adventista do, Vol. 7, Pág. 312. Jesus chamou os fariseus de seu tempo de "hipócritas, serpentes e raça de víboras" "Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e tendes negligenciado os preceitos mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia e a fé; devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas!" Mateus: 23:23 "Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas, por dentro, estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade." Mateus: 23:28
  • 19. 19 "Serpentes, raça de víboras! Como escapareis da condenação do inferno?" Mateus: 23:33 Hipocrisia, Serpente e Mentira estão associadas a Satanás, a Dã e aos ímpios "Então, o SENHOR Deus disse à serpente: Visto que isso fizeste, maldita és entre todos os animais domésticos e o és entre todos os animais selváticos; rastejarás sobre o teu ventre e comerás pó todos os dias da tua vida." Gênesis: 3:14 "Dã será serpente junto ao caminho, uma víbora junto à vereda, que morde os talões do cavalo e faz cair o seu cavaleiro por detrás." Gênesis: 49:17 "Desviam-se os ímpios desde a sua concepção; nascem e já se desencaminham, proferindo mentiras. 4 Têm peçonha semelhante à peçonha da serpente; são como a víbora surda, que tapa os ouvidos." Salmos: 58:3-4 "Livra-me, SENHOR, do homem perverso, guarda-me do homem violento, 2 cujo coração maquina iniqüidades e vive forjando contendas. 3 Aguçam a língua como a serpente; sob os lábios têm veneno de áspide. 4 Guarda-me, SENHOR, da mão dos ímpios, preserva-me do homem violento, os quais se empenham por me desviar os passos." Salmos: 140:1-4 "Ele segurou o dragão, a antiga serpente, que é o diabo, Satanás, e o prendeu por mil anos" Apocalipse: 20:2 "Mas receio que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também seja corrompida a vossa mente e se aparte da simplicidade e pureza devidas a Cristo." II Coríntios: 11:3 Observe que os hipócritas (os que tem a natureza de Satanás, a grande serpente e dos ímpios) irão se rastejarem com as serpentes no Grande dia do Senhor. "Densas nuvens ainda cobrem o céu; contudo o Sol de quando em quando irrompe, aparecendo como o olhar vingador de Jeová. Relâmpagos terríveis estalam dos céus, envolvendo a Terra num lençol de chamas. Por sobre o estrondo medonho do trovão, vozes misteriosas e terríveis declaram a sorte dos ímpios. As palavras proferidas não são compreendidas por todos;entendem-nas, porém, distintamente os falsos ensinadores. Os que pouco antes eram tão descuidados, tão jactanciosos e desafiadores, tão exultantes em sua crueldade para com o povo de Deus, observador dos mandamentos, acham-se agora vencidos pela consternação, e a estremecer de medo. Ouve-se o seu pranto acima do som dos elementos. Demônios reconhecem a divindade de Cristo, e tremem diante de Seu poder, enquanto homens estão suplicando misericórdia e rastejando em abjeto terror." WHITE, Ellen G., O Grande Conflito, Págs. 637-638 "Os inimigos da lei de Deus, desde o ministro até ao menor dentre eles, têm nova concepção da verdade e do dever. Demasiado tarde vêem que o sábado do quarto mandamento é o selo do Deus vivo. Tarde demais vêem a verdadeira natureza de seu sábado espúrio, e o fundamento
  • 20. 20 arenoso sobre o qual estiveram a construir." WHITE, Ellen G., O Grande Conflito, Pág. 640 g) proíbem o casamento Vejamos porque os gnósticos proibiam o casamento: “os falsos mestres combinariam ensinamentos judaicos cristãos com ascetismo oriental, proibindo o casamento e exigindo à abstinência de certos alimentos. alguns gnósticos declaravam que a matéria é má: por isso, a comida e o casamento, que se acham relacionados com os aspectos físicos da vida, deviam ser evitados e suprimidos. Paulo exalta o casamento como instituição de origem divina. (ver i cor. 7.1- 4; heb. 13.4)” SABATINA, Lição da Escola 3º Trimestre de 1 997, Pág. 70. “Os falsos mestres promovem um rigoroso estilo de vida... Alguns gnósticos argumentavam que, visto o mundo material ser mau, o ser espiritual deveria evitá-lo.” GENEBRA, Bíblia de Estudo de, Pág. 1 446. "Proíbem o casamento. Paulo admoesta contra os conceitos fanáticos introduzidos primeiramente no cristianismo pelos gnósti- cos (ver vol. 6, p. 40-45) e perpetuados pelo sistema monástico. Os gnósticos acreditavam que toda matéria é má e que o corpo humano, sendo material, deve ter suas paixões reprimidas e negadas. Segundo essa teoria, o casamento se tornou uma concessão aos desejos da carne e, portanto, era pecaminoso. Paulo deixa claro que o casamento é uma instituição de origem divina e que combater essa instituição seria atacar a sabedoria infinita e os bondosos propósitos de Deus (ver com. de lCo 7:1; Hb 13:4)." SÉTIMO DIA, Comentário Bíblico Adventista do, Vol. 7, Pág. 312. "A partir do 3o século, alguns cristãos começaram a achar o celibato melhor que o casamento, especialmente para os clérigos, que, por volta do fim do 4o século, eram no Ocidente obrigados a ser celibatários. Os gnósticos já haviam ensinado que a união conjugal era pecaminosa. Jerônimo (c. 340-420) não só elogiava a virgindade, como também sugeria que o casamento não era ideal. Agostinho (354- 430) adotava pontos de vista mais moderados do que os de Jerônimo, pois ensinava que o casamento possuía três benefícios: fidelidade, descendência e sacramento." DEDEREN, Raoul, Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia, Pág. 824 "Em outras palavras, de acordo com o ensino gnóstico, a salvação eterna tomou-se completamente impossível àqueles que têm filhos. Esta era possivelmente a razão pela qual os falsos mestres em Éfeso estavam proibindo o casamento (4.3). “Alguns textos gnósticos condenavam ter filhos, e outros chegavam até mesmo a afirmar que era impossível uma mulher alcançara vida eterna” (Kroeger, Evans e Storkey, 1995, 442). Deste modo, Paulo corrige este ensino errôneo, prometendo assim a salvação a estas mulheres — ainda que tivessem filhos —, caso vivessem uma vida de santidade cristã." PENTECOSTAL, Comentário Bíblico (Novo Testamento), Pág.1453 h) exigem abstinência de alimentos que Deus criou para serem recebidos, com ações de graças
  • 21. 21 "Alimentos. Do gr. bromata, “alimento sólido” (ver com. de Mc 7:19; sobre uma discussão a respeito da posição de Paulo quanto a relação entre alimentação e vida cristã, ver com. de Rm 14:1). Aqui, Paulo se refere às influências e tendências ascéticas que permeavam a igreja. Por razões cerimoniais, ritualísticas, esses ascetas consideravam que a total proibição de certos alimentos seria espiritualmente desejável. A proibição de certos alimentos em determinados dias religiosos também pode ser incluída na advertência do apóstolo." SÉTIMO DIA, Comentário Bíblico Adventista do, Vol. 7, Pág. 312. Veja quais são os alimentos que foram criados para serem oferecidos em ação de graça no contexto do Antigo Testamento segundo a bíblia: “Esta é a lei das ofertas pacíficas que alguém pode oferecer ao SENHOR. Se fizer por ação de graças, com a oferta de ação de graças trará bolos asmos amassados com azeite, obreias asmas untadas com azeite e bolos de flor de farinha bem amassados com azeite. “Com os bolos trará, por sua oferta, pão levedado, com o sacrifício de sua oferta pacífica por ação de graças.” Levítico: 7.11- 13. Observe: “bolos asmos, obreias asmas, bolos de flor de farinha e a oferta de ação de graça” “Se a sua oferta for holocausto de gado, trará macho sem defeito; à porta da tenda da congregação o trará, para que o homem seja aceito perante o SENHOR... Depois, imolará o novilho perante o SENHOR; e os filhos de Arão, os sacerdotes, apresentarão o sangue e o aspergirão ao redor sobre o altar que está diante da porta da tenda da congregação.” Levitico: 1:3,5. Observe: “gado e novilho” “Ou se o pecado em que ela caiu lhe for notificado, trará por sua oferta uma cabra sem defeito, pelo pecado que cometeu.” Levitico: 4:28. Observe “uma cabra” “Levantou Noé um altar ao SENHOR e, tomando de animais limpos e de aves limpas, ofereceu holocaustos sobre o altar.” Gênesis: 8:20. Observe: “animais limpos e aves limpas” Os sacerdotes “comiam” tanto a carne como os pães do sacrifício que era oferecido em ação de graça. “Mas a carne do sacrifício de ação de graças da sua oferta pacífica se comerá no dia do seu oferecimento; nada se deixará dela até à manhã. E, se o sacrifício da sua oferta for voto ou oferta voluntária, no dia em que oferecer o seu sacrifício, se comerá; e o que dele ficar também se comerá no dia seguinte. “Porém o que ainda restar da carne do sacrifício, ao terceiro dia, será queimado.” Levitico: 7:15-17.
  • 22. 22 “Esta é a lei da oferta de manjares: os filhos de Arão a oferecerão perante o SENHOR, diante do altar. Um deles tomará dela um punhado de flor de farinha da oferta de manjares com seu azeite e todo o incenso que está sobre a oferta de manjares; então, o queimará sobre o altar, como porção memorial de aroma agradável ao SENHOR. O restante dela comerão Arão e seus filhos; asmo se comerá no lugar santo; no pátio da tenda da congregação, o comerão. Levedado não se cozerá; sua porção dei-lhes das minhas ofertas queimadas; coisa santíssima é, como a oferta pelo pecado e a oferta pela culpa. “Todo varão entre os filhos de Arão comerá da oferta de manjares; estatuto perpétuo será para as vossas gerações dentre as ofertas queimadas do SENHOR; tudo o que tocar nelas será santo.” Levitico: 6:14-18. O povo comia da carne do cordeiro: “O cordeiro será sem defeito, macho de um ano; podereis tomar um cordeiro ou um cabrito... naquela noite, comerão a carne assada no fogo; com pães asmos e ervas amargas a comerão.” Êxodo:12:5,8. O cordeiro era símbolo de Cristo, o verdadeiro cordeiro de Deus: - João: 1:29. Agora observe esses versos: “Quem comer a minha carne e beber o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Pois a minha carne é verdadeira comida, e o meu sangue é verdadeira bebida. “Quem comer a minha carne e beber o meu sangue permanece em mim, e eu, nele.” João: 6:54-56. “Replicou-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: não foi Moisés quem vos deu o pão do céu; o verdadeiro pão do céu é meu Pai quem vos dá. Porque o pão de Deus é o que desce do céu e dá vida ao mundo. Então, lhe disseram: Senhor, dá-nos sempre desse pão. “Declarou-lhes, pois, Jesus: Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede.” João: 6:32-35. “Com os bolos trará, por sua oferta, pão levedado, com o sacrifício de sua oferta pacífica por ação de graças.”Levitico: 7;13. “A sua oferta de manjares serão duas dízimas de um efa de flor de farinha, amassada com azeite, para oferta queimada de aroma agradável ao SENHOR, e a sua libação será de vinho, a quarta parte de um him.” Levitico: 23:13 "Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; era sacerdote do Deus Altíssimo." Gênesis: 14:18 "Vai, pois, come com alegria o teu pão e bebe gostosamente o teu vinho, pois Deus já de antemão se agrada das tuas obras." Eclesiastes: 9:7 Observe as palavras: “pão, vinho e ação de graça.”
  • 23. 23 No contexto do Novo Testamento os “alimentos” criados para serem recebidos em “ação de graças” são o ‘pão e o vinho’ “Enquanto comiam, tomou Jesus um pão, e, abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, dizendo: Tomai, comei; isto é o meu corpo. “A seguir, tomou um cálice e, tendo dado graças, o deu aos discípulos, dizendo: Bebei dele todos; porque isto é o meu sangue, o sangue da nova aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados.” Mateus: 26:26-28 "Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; 24 e, tendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim. 25 Por semelhante modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a nova aliança no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim." I Coríntios: 11:23-25 O cordeiro, o pão e o vinho são símbolos do corpo de Cristo tanto no Antigo como no Novo Testamento. Os Gnósticos negavam a encarnação e a realidade dos sofrimentos de Cristo: “Eles [os gnósticos] chegaram ao ponto de negar a realidade dos sofrimentos de cristo... Recusava aceitar a paixão como parte da obra messiânica da salvação.” TESTAMENTO, Teologia do Novo, Pág. 564 – George e Ladd. “Ensinavam que o corpo de Cristo era apenas uma aparência (dokeo), e não real.” TESTAMENTO, Teologia do Novo, Pág. 563 “João estava realmente preocupado em combater os falsos ensinos dos que, naquele tempo, negavam a completa divindade de cristo ou a encarnação. O mesmo teste pode ser feito hoje. Muitos vão aceitar a tese de que Jesus era um homem bom, talvez um interessante mestre ou filósofo. Mas poucos vão admitir que ele era e é Deus, na plenitude da divindade (coloss: 2:9), ..." SABATINA, Lição da Escola, 2° Trimestre de 1 997, Pág. 3, Lição 8. “João distingue o evangelho do erro dos docéticos, os quais diziam que Jesus cristo não era verdadeiramente humano... A natureza humana de cristo era essencial para que ele pudesse morrer por nossos pecados.” GENEBRA, Bíblia de Estudo de, Pág. 1513. “Docetísmo – esta heresia, que se avultava nos primórdios como ensino legítimo, advogava que a humanidade de cristo era apenas aparente. Jesus parecia humano, mas não era humano. O Docetísmo começou a ser desarticulado com os credos dos apóstolos e niceno. E em ambos, ficava bem claro que Jesus era de fato verdadeiro homem e verdadeiro Deus. Nas definições de calcedônia, a humanidade do filho de Deus voltaria a ser tratada de maneira insofismável. O que os três documentos demonstraram é que a encarnação de cristo é o acontecimento mais importante da história sagrada. “sem um cristo humano, a redenção do homem perderia toda a razão de ser.” ANDRADE, Claudionor Corrêa de, Dicionário Teológico, Pág. 104 (CPAD).
  • 24. 24 “O erro em especial desses heréticos era a negação da encarnação, que criou um evangelho de misticismo e obstruiu uma verdadeira compreensão do relacionamento paternal e pessoal com ele (João: 14:7- 11)” GENEBRA, Bíblia de Estudo de, Pág. 1 325. “Separar cristo, o salvador, do homem Jesus era a marca distintiva do Docetismo. A heresia segundo a qual, cristo só tinha a aparência de um ser humano.” GENEBRA, Bíblia de Estudo de, Pág. 1 511. “A heresia era um precursor do gnosticismo... Que ensinava que a matéria era essencialmente ruim e o espírito era essencialmente bom. O ponto de vista dualista fez com que os falsos mestres negassem a encarnação de cristo e, portanto, a ressurreição. O verdadeiro Deus ensinavam eles, nunca poderia habitar um corpo material de carne e sangue. Portanto, o corpo humano que Jesus supostamente possuiu não era real, mas apenas aparente. João escreveu vigorosamente contra esse erro (ver I João: 2:22-23; 4:3).” GENEBRA, Bíblia de Estudo de, Pág. 1322. “A primeira carta de João foi escrita para alertar e instruir os leitores sobre um tipo de falso ensinamento que negava que Jesus cristo havia se encarnado”. O ensino era que Cristo só tinha a aparência de ser humano e, sendo assim, a encarnação não aconteceu realmente e não houve um salvador divino que pudesse morrer pelos pecadores. Cristo só havia aparentado morrer. Tal ensinamento é conhecido desde a história cristã primitiva, e é chamado de “Docetismo” (do grego dokeo, parecer). “alguns estudiosos acham que o falso ensinamento era uma variação do gnosticismo, um movimento religioso que ligava a salvação a uma experiência de revelação individual e esotérica (gnosis é a palavra grega que significa conhecimento)” GENEBRA, Bíblia de Estudo de, Pág. 1508 Mais tarde surgiu Ário, bispo de Alexandria, negando a divindade do filho de Deus: “O arianismo, criado por Ario, bispo de Alexandria, que estabeleceu a teoria do cristo-criatura, eliminando dessa forma um dos angustiantes mistérios de fé, a divindade de Cristo” BARSA, Enciclopédia, Vol. VIII, Pág. 511. “Ário pensava que cristo não era Deus e, portanto, não era igual ao pai. Essa idéia deu origem a outras heresias, como a do nestorianísmo, que negava a natureza divina de cristo.” ARRUDA, José Jobbson de Almeida, História Antiga e Medieval, Pág. 275 “Entre as heresias podemos citar: o arianismo, fundado pelo bispo Ário de Alexandria. Consistia em negar a divindade do filho e do espírito santo, e só aceitava o pai como único e verdadeiro Deus. Através do concílio de Nicéia em 325 foi redigida uma profissão de fé, chamada “símbolo de Nicéia”, cujo objetivo principal era de combater o arianismo. Este símbolo condenava a doutrina de Ário e afirmava que o verbo é verdadeiramente Deus, consubstancial ao pai, o qual possui com ele a mesma natureza divina e as mesmas perfeições.” BÁSICA, Moderna Enciclopédia Para a Educação, Vol. IV, Págs. 53 E 54 (Editora Educacional Brasileira S.A.) Veja essa outra fonte: “Arianismo – heresia fermentada por um presbítero do 4° século chamado Ário. Negando a divindade de cristo, ensinava ele ser o filho
  • 25. 25 de Deus o mais elevado dos seres criados. Por este motivo, seria impropriedade referir-se a ele como Deus. Para fundamentar seus devaneios doutrinários, buscava desautorizar, por exemplo, o evangelho de João por ser o propósito deste, justamente mostrar que cristo é o filho de deus, afinal, como negar estas assertivas do apostolo do amor ”no princípio era o verbo; e, o verbo estava com deus. “o verbo era deus”. (João:1:1). Ora, quanto a divindade de Jesus, não há o que se negar: ele era e é o verdadeiro deus, e o verdadeiro homem. Os ensinos de Ário foram condenados no concílio de Nicéia em325 d c.” ANDRADE, Claudionor Corrêa de, Dicionario Teológico, Pág. 38 (CPAD)”. Observem “que os gnósticos rejeitavam a paixão de Cristo” Rejeitar a paixão de Cristo era rejeitar a sua morte. Por essa razão, eles não participavam, isto é, eles não comiam do ‘pão e não bebiam o vinho’. Eles se afastavam desses alimentos, uma vez que os mesmos relembravam os sofrimentos e a morte (paixão) de cristo. Não existia santa ceia para eles. Comer do pão e beber do vinho era aceitar o Cristo encarnado com corpo real, do qual o pão e o vinho era símbolo. Comer do pão e beber do vinho era aceitar a paixão (morte) e os sofrimentos de cristo. "Se havia alguns que sacrificavam a divindade pela defesa da humanidade de Cristo, havia outros que invertiam a ordem. Os gnósticos foram profundamente influenciados pela concepção dualista dos gregos, em que a matéria, entendida como inerentemente má, é descrita como completamente oposta ao espírito; e por uma tendência mística para considerar as coisas terrenas como representações alegóricas dos grandes processos redentores cósmicos. Rejeitavam a ideia de uma encarnação, de uma manifestação de Deus em forma visível, visto que isto envolveria um contato direto do espírito com a matéria. Diz Harnack que a maioria deles considerava Cristo como um Espírito consubstancial com o Pai. Conforme alguns, Ele desceu sobre o homem Jesus quando do Seu batismo, mas O deixou de novo antes da Sua crucificação; ao passo que, segundo outros, Ele assumiu um corpo meramente fantasmagórico. Os monarquistas modalistas também negavam a humanidade de Cristo, em parte no interesse da Sua divindade, e em parte para preservar a unidade do Ser Divino. Viam nele apenas um modo ou uma manifestação do Deus único, em quem não reconheciam nenhuma distinção de pessoas." Berkhof, Louis, Teologia Sistemática, Pág. 299 "A melhor solução parece ser que o evangelho de João foi escrito, conforme sugere a tradição patrística, no final do primeiro século, para refutar uma tendência gnóstica na Igreja. (uma indicação pode ser encontrada na Primeira Epistola, que provavelmente teve a mesma origem do Evangelho: a negação de que Jesus tivesse vindo em carne (1 Jo. 4:2). Havia falsos mestres na igreja, que incorporaram o espírito do anticristo (1 Jo. 2:18-19) e negaram o verdadeiro messiado de Jesus. Se o Evangelho, da mesma forma que a primeira Epistola, foi escrito para refutar um gnosticismo incipiente, fica claro a razão para sua mensagem e terminologia particular. João utiliza palavras e ideias familiares aos círculos gnósticos para refutar essas próprias tendências gnósticas. A base de sua terminologia remonta a Palestina,
  • 26. 26 e, sem duvida, ao próprio Jesus. Porem, João escolheu formular seu Evangelho, como um todo, na linguagem que provavelmente tenha sido utilizada por nosso Senhor somente em diálogos íntimos com seus discípulos, ou em argumentações teológicas com os escribas mais doutos, com a finalidade de mostrar o pleno significado do Verbo Eterno que se fez carne (Jo. 1:14) no evento histórico de Jesus Cristo." TESTAMENTO, Teologia do Novo, Pág. 332, George Eldon Ladd "O que era desde o princípio, o que temos ouvido, o que temos visto com os nossos próprios olhos, o que contemplamos, e as nossas mãos apalparam, com respeito ao Verbo da vida 2 (e a vida se manifestou, e nós a temos visto, e dela damos testemunho, e vo-la anunciamos, a vida eterna, a qual estava com o Pai e nos foi manifestada), 3 o que temos visto e ouvido anunciamos também a vós outros, para que vós, igualmente, mantenhais comunhão conosco. Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo." I João: 1:1-3 "E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai." João:1:14 "Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? Este é o anticristo, o que nega o Pai e o Filho. 23 Todo aquele que nega o Filho, esse não tem o Pai; aquele que confessa o Filho tem igualmente o Pai." I João: 2:22-23 "Amados, não deis crédito a qualquer espírito; antes, provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora. 2 Nisto reconheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; 3 e todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus; pelo contrário, este é o espírito do anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que vem e, presentemente, já está no mundo." I João: 4:1-3 "João defende desde o início o que está prestes a escrever a respeito daquele a quem ele e seus companheiros haviam realmente ouvido, e contesta as afirmações do que negavam a realidade da encarnação." SDABC VOL.7 PÁG. 689 "Seria difícil conceber uma forma mais clara de afirmar que o escritor e seu grupo haviam tido uma ligação pessoal com o Verbo que Se fez carne, e de refutar as diversas heresias que diziam que não foi real a existência de Cristo na Terra (ver p. 687, 688)." SDABC VOL.7 PÁG. 690 "A informação neste versículo pode estar dando uma resposta ao gnosticismo e ao judaísmo, pois o gnosticismo não cria que uma pessoa divina também pudesse ser humana, e o judaísmo não cria que um ser humano pudesse ser ao mesmo tempo divino." PENTECOSTAL, Comentário Bíblico (Novo Testamento), Pág. 497 "Aquele que nega. João já havia advertido da presença dos falsos mestres (v. 18-21) e passou a identificar suas doutrinas. O tempo do verbo grego implica uma negação contínua. Jesus é o Cristo? Ver com. de Mt 1:1; Fp 2:5. João estabelece como crença fundamental que Jesus de Nazaré é o Cristo, o Ungido, o Messias, o Filho de Deus, o Salvador do mundo (ver com. de Lc 1:35; Jo 1:14, ver Nota Adicional a João 1). Aquele que nega isso nega o fato histórico central da redenção e, desse modo, impossibilita sua própria (ver com. de At 4:12). Não pode haver perversão mais destrutiva no
  • 27. 27 cristianismo do que a negação da divindade de Jesus. O doce- tismo e, mais tarde, o gnosticismo e outras heresias perverteram a verdade sobre a natureza de Cristo (ver vol. 5, p. 984, 985, vol. 6, p. 40-44), e foi a essas negações que João se referiu principalmente. Para ele, a verdade presente era a plena aceitação de Jesus como o Filho de Deus encarnado, como apresentada de forma eloquente e enfática em seu evangelho (Jo 1:1-3, 14) e nesta epístola (ver ljo 4:1-3, 15; 5:1, 5). A mesma verdade gloriosa deve ser proclamada com ênfase hoje, juntamente às mensagens projetadas especialmente para o nosso tempo (ver com. de Ap 14:6-12)." SDABC VOL.7 PÁG. 710 "Em cada etapa da história do mundo tem havido uma verdade presente a ser ressaltada, mas essa verdade presente tem variado através dos tempos. Os judeus que se converteram depois do Pentecostes precisavam aceitar Jesus como o Messias esperado, a fim de se tornarem cristãos, pois o ponto essencial era reconhecer a divindade de Cristo. Poucos anos depois, os gnósticos começaram a negar não a divindade, mas a humanidade do Salvador. Eles acreditavam que os deuses se manifestavam aos homens de várias maneiras, mas negaram que “o Verbo se fez carne" (ver p. 687, 688). Por isso, a ênfase de João na encarnação tinha um significado peculiar para os dias em que ele viveu." SDABC VOL.7 PÁG. 729 "Algumas heresias haviam perturbado a igreja, e alguns falsos mestres dentro dela haviam tratado de perverter a fé (IJo 2:18, 19). Embora tivessem deixado a igreja, sua influência perdurava e ameaçava prejudicá-la. João escreveu para enfrentar esse perigo, fortalecer os membros nas doutrinas essenciais e para tornar a verdade atraente, de modo que os seguidores de Cristo não fossem seduzidos pelo erro. A heresia fundamental contra a qual João lutou é identificada como uma espécie de proto-gnosticismo, que ensinava um conhecimento (gnõsis) falso (ver vol. 5, p. 984, 985; vol. 6, p. 40-45). Pelas ênfases dadas na epístola, parece que a oposição provinha de duas principais formas de gnosticismo: docetismo e cerintianismo. A heresia de ambas se referia à natureza de Cristo. O docetismo negava a realidade da encarnação e ensinava que Cristo tinha um corpo humano apenas na aparência (ver vol. 5, p. 1008, 1009; vol. 6, p. 44). A segunda heresia se originou com Cerinto, um dos contemporâneos de João, que, após estudar no Egito, ensinou na Ásia Menor e propagou os ensinamentos judaizantes. Ele defendia que Jesus era o filho natural de José e Maria, e que Cristo entrou no corpo de Jesus em Seu batismo e Se retirou dele antes da crucifixão (ver vol. 6, p. 23, 43). Os criadores e adeptos dessas heresias são graficamente descritos por João como “anticristos" (IJo 2:18, 22; 4:3) e “falsos profetas” (IJo 4:1)." SDABC VOL.7 PÁG. 687 Os Gnósticos, a exemplo dos saduceus, negavam a Ressurreição "No tempo de Jesus havia uma diferença de opiniões entre os judeus, a respeito da ressurreição. Enquanto que os fariseus criam nela, os saduceus não criam, Mt 22.23; At 23.8. Quando Paulo falou a seu respeito em Atenas, enfrentou zombaria, At 17.32... e os gnósticos, que consideravam a matéria como inerentemente má, naturalmente a rejeitavam." BERKHOF, Louis, Teologia Sistemática, Pág. 724 "A outra doutrina defendida por críticos gnósticos do cristianismo, afirmava que tudo o que fosse material era impuro e, portanto, rejeitava qualquer visão da ressurreição que fizesse referência a elementos físicos. Para Orígenes, era evidente que o corpo ressurrecto era uma entidade puramente espiritual. Em vez de possuir aspectos físicos
  • 28. 28 adequados à vida na terra, o corpo ressurrecto era adaptado à vida espiritual no céu. Isso, em parte, refletia seus pressupostos de inspiração platônica, principalmente a doutrina platônica da imortalidade da alma." MCGRATH, Alister E. - Teologia Sistemática, histórica e filosófica, Pág. 643 "O gnosticismo e o neoplatonísmo realçavam somente a oposição corpo versus alma, negando a doutrina bíblica da ressurreição." DEDEREN, Raoul, Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia, Pág. 824 "Há indícios de que idéias heréticas acerca da ressurreição apareceram muito cedo. Em 1 Coríntios 15, Paulo parece refutar tanto a negação da ressurreição como pontos de vista errôneos a respeito dela. Em 2 Timóteo 2:17 e 18, ele dá o nome de dois mestres que afirmavam que a ressurreição já havia acontecido. Talvez fossem as mesmas pessoas mencionadas em 2 Tessalonicenses 2:2, segundo as quais o dia do Senhor já havia chegado. Desde o tempo dos primeiros Pais até Agostinho, que fixou os rumos do período medieval, os Pais da igreja confirmavam a ressurreição do corpo contra ataques de duas direções. A primeira vinha de críticos não cristãos, que ridicularizavam essa crença como um absurdo. A segunda vinha dos gnósticos, que achavam que toda a matéria, inclusive o corpo, era má; sendo, portanto, impensável a salvação no corpo por meio de uma ressurreição, Enquanto os pais defendiam a ressurreição contra essas duas influências, ocorreu algo importante. A influência do ensino da imortalidade da alma se misturou com a ressurreição, destituindo essa última de seu poder e significado original." DEDEREN, Raoul, Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia, Pág. 411 Os Gnósticos acreditavam na imortalidade da alma "A fim de fazer uma apreciação da psicologia paulina, precisamos ter em mente os principais elementos dos conceitos grego e hebraico de humanidade, um dos pensadores mais influentes, para a historia subsequente da filosofia grega, foi Platão. Platão defendia um dualismo de dois mundos, o nominal e o fenomenal, e um dualismo antropológico de corpo e alma. O corpo não e ipso facto mau, mas e um peso e um empecilho para a alma. O sábio cultiva a alma de modo que possa se elevar acima do corpo e, na morte, se libertar desse corpo e escapar para o mundo superior.3 Nos tempos helenísticos, o corpo, que pertence ao mundo da matéria, era considerado pelos gnósticos como mau ipso facto. Stacey assinalou que a maioria dos filósofos da Grécia seguia Platão nessa visão do corpo e da alma, e que isto estava tao impresso no mundo civilizado que “ninguém pode discutir a relação do corpo com a alma hoje sem se deparar ao menos com alguns pontos da visão platônica”." Ladd, George Eldon, Teologia do Novo Testamento, Pág. 626 "Os gnósticos acreditavam que Deus era luz, mas o mundo material visível era o reino das trevas. O caminho da salvação consistia em obter gnõsis, o que não era simplesmente apreensão intelectual, mas envolvia uma experiência mística direta,7 por meio da qual a alma do homem poderia escapar da servidão as trevas e, ao morrer, voar para o mundo da luz." LADD, George Eldon, Teologia do Novo Testamento, Pág. 814 Os Gnósticos negavam a segunda vida de Cristo
  • 29. 29 "A ocasião para a escrita da carta determina seu conteúdo. A segunda Epistola de Pedro foi escrita com um propósito inteiramente diferente de 1 Pedro; essa e a razão para a notável diferença na essência das duas cartas. Se 1 Pedro foi escrita para encorajar seus leitores diante de perseguições, 2 Pedro foi escrita para preveni-los contra falsos mestres (2:1-2). Esses eram claramente mestres dentro da igreja, que se apostataram da verdadeira Fe (2:21). Podemos concluir, a partir da forte ênfase que 2 Pedro atribui ao “conhecimento”, por meio do qual ele se opõe a esses falsos mestres gnósticos, que reivindicavam ter acesso especial a verdade divina.2 Fica claro que esses falsos mestres declaravam haver alcançado a verdadeira liberdade (2:19), mas fica igualmente claro que sua liberdade consistia na exclusão da disciplina crista e na liberdade para a satisfação de seus apetites carnais. Sabemos que o gnosticismo antigo se movia em duas direções: ou para o controle ascético dos apetites, ou para a liberdade antinômica; e os oponentes de Pedro seguiam a segunda corrente, uma de suas heresias doutrinarias básicas era a negação da parousia de Cristo; e Pedro dedica grande parte do terceiro capitulo a essa questão" LADD, George Eldon, Teologia do Novo Testamento, Pág. 802 "Sobre o conteúdo de 2 Pedro temos que concluir que um dos principais erros doutrinários dos gnósticos era a negação da escatologia crista fundamental e da vinda do Senhor. Essa pode ser a única razão pela qual essa segunda epistola dedica tanta atenção a escatologia. Ao passo que 1 Pedro fala do apokalypsis de Cristo (1:7, 13), 2 Pedro fala de sua parousia (3:4). Isso não deveria causar nenhum problema, pois Paulo usa ambos os termos alternadamente. Os gnósticos negavam a doutrina do retorno de Cristo. Fica obvio no versículo 4 que a segunda epistola de Pedro foi escrita no final da era apostólica, quando a demora da parousia já poderia ser sentida como um problema. Os gnósticos ridicularizavam a ideia da parousia, provavelmente a favor da ideia da salvação na morte. Eles zombavam: “Onde esta a promessa da sua vinda? Porque desde que os pais dormiram todas as coisas permanecem como desde o principio da criação” (3:4)." LADD, George Eldon, Teologia do Novo Testamento, Pág. 805-806 "Tendo em conta, antes de tudo, que, nos últimos dias, virão escarnecedores com os seus escárnios, andando segundo as próprias paixões 4 e dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? Porque, desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação." II Pedro: 3:3-4 "Escarnecedores. Ou, “zombadores . Evidências textuais (cf. p. xvi) apoiam a inclusão das palavras "em zombaria antes de “escarnecedores”. Isso reforça a descrição dos céticos como “escarnecedores e mostra que eles atuavam de forma maligna para ridicularizar a ideia da segunda vinda. Segundo as próprias paixões. Literalmente, “de acordo com suas próprias concupiscências”; conforme seus desejos pecaminosos. Esses escarnecedores eram semelhantes aos falsos mestres, regidos pelas próprias paixões (cf. 2Pe 2:2, 10). As paixões decidiam a teologia deles. Pessoas de mente sensual não podem desejar o retorno do Santo." SÉTIMO DIA, Comentário Bíblico Adventista do, Vol. 4, Pág. 674 "3.3 Últimos dias. Cf 2.1, nota. Escamecedores. No intuito de negar o juízo após a segunda vinda, os falsos mestres argumentaram que a demora significa uma falsa esperança. Duvidando da futura realidade do Reino da justiça, "andam segundo as próprias paixões"." SHEDD, Bíblia, Pág. 1743
  • 30. 30 "3.3 tendo cm conta, antes de tudo. 'Antes de tudo" significa aqui o principal assunto, nao o primeiro item da lista. A prioridade de Pedro nessa secao de sua carta e advertir os cristãos sobre como os falsos mestres tentariam negar esse juizo e roubar a esperança dos cristãos, nos últimos dias. Essa expressão refere-se a todo o período de tempo entre a chegada do Messias e sua volta (cf. At 2.17; Gl 4.4; 2Tm 3.1; Hb 1.2; Tg 5.3; 1 Pe 1.20; 1 Jo 2.18-19; Jd 18). Toda a era sera marcada por sabotadores da verdade crista e especialmente da esperança da volta de Cristo, virão escarnecedores. Por meio de escárnios, os falsos mestres argumentam contra a segunda vinda de Cristo ou a qualquer ensino da Escritura (cf. Is 5.19; Jd 18). andando segundo as próprias paixões. "Andando" refere-se a maneira de comportar-se ou ao estilo de vida. Salientando a sua advertência, Pedro novamente fala do estilo de vida dos falsos mestres, que era caracterizado por paixões sexuais (cf. 2.2,10,13-14,18). Os falsos mestres que não conhecem a verdade e nao conhecem a Deus não tem nada que possa refrear suas paixões. Em particular, zombam da segunda vinda de Jesus Cristo porque querem buscar os prazeres sexuais impuros sem sofrer consequências ou sem ter de enfrentar a punição divina. Querem uma Escatologia que se adapte a sua conduta (ci. 1 )o 2.28-29; 3.2-3)." MACARTHUR, Bíblia de Estudo, Pág. 1748 "Os precursores do gnosticismo procuravam minar a fé dos cristãos, argumentando que já havia passado muito tempo desde a morte de Jesus e de alguns de seus grandes discípulos, como Estevão, Tiago (irmão de João) e outros (Hb 13.7), e tudo continuava como no tempo dos patriarcas do AT. Essa forma de pensar os levava a suporem e pregarem que Deus não interfere na terra nem na história humana. Pedro desmascara o sofisma usado pelos falsos mestres afirmando que é impossível que alguém desconsidere o dilúvio e tantos outros eventos portentosos (Ex 13.21; 14.21; Js 10.12,13), como intervenção de Deus. Os gnósticos estavam tentando, a todo custo, evitar que a fragilidade e a falsidade dos seus argumentos se comprovassem. A palavra de Deus é criadora e poderosa, separando e discernindo os elementos e a própria alma humana (Gn 1.3-10; Hb 4.12)." JAMES, Testamento Novo King (II Pedro 3.3-4) Os Gnósticos se consideravam os verdadeiros apóstolos "Conheço as tuas obras, tanto o teu labor como a tua perseverança, e que não podes suportar homens maus, e que puseste à prova os que a si mesmos se declaram apóstolos e não são, e os achaste mentirosos" Apocalipse: 2:2 "Apóstolos. Dentre as heresias mais graves que ameaçavam a igreja no fim do primeiro século estavam o docetismo e uma forma inicial do gnosticismo (sobre essas e outras heresias que assolaram a igreja apostólica, ver no vol. 5, p. 1007-1109; vol. 6, p. 38-46). Mais especificamente, uma antiga tradição sugere que um gnóstico chamado Cerinto visitou Efeso e criou problemas para João e sua congregação (ver Irineu, Contra Heresias, iii.3.4). A situação de Efeso, nesse período, relativa aos embates com falsos profetas, também se aplicava à igreja como um todo."SÉTIMO DIA, Comentário Bíblico Adventista do, Vol. 7, Pág. 823 "A segunda epistola de Pedro contem um dos clássicos enunciados a respeito da inspiração da Bíblia Sagrada como um todo. “Nenhuma profecia da Escritura e de particular interpretação; porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens
  • 31. 31 santos de Deus falaram inspirados pelo Espirito Santo” (1:20-21). Pedro esta se referindo basicamente ao Antigo Testamento. A primeira parte da passagem e difícil. Ela pode estar refutando os entusiastas gnósticos que reivindicavam ter uma nova palavra de Deus, que suplementava o evangelho recebido. Isso significa, portanto, que a interpretação das Escrituras não é uma questão particular, mas pertence a igreja como um todo, que tem sob sua custodia a verdade apostólica. Contudo, isto não explicaria por que Pedro coloca a inspiração e a interpretação tão próximas, em que a segunda e a consequência lógica da primeira. Pedro esta se referindo a autenticação da Escritura, e não a sua interpretação.11 Para ser preciso, 2 Pedro esta comparando a verdade da Escritura com as “fabulas” (1:16) dos gnósticos; mas ele o faz autenticando as Escrituras, devido a inspiração de seus autores. “Os verdadeiros profetas não profetizavam aquilo que pertencia a seus próprios pensamentos, segundo os seus próprios caprichos”.12 Pedro mostra que a única fonte da verdade divina e a Escritura, porque seus autores foram inspirados e, logo, capacitados a escrever a verdade divina." LADD, George Eldon, Teologia do Novo Testamento, Pág. 804 Os gnósticos negavam Cristo e negavam também a Lei de Deus "Ha poucos ensinos de interesse teológico em Judas, que não se encontram em 2 Pedro. Judas trata do mesmo problema em relação aos gnósticos libertinos como faz 2 Pedro, e escreve para encorajar seus leitores a lutarem por uma fé ortodoxa (v. 3). Chegaram a igreja falsos mestres que “negam a Deus, único dominador e Senhor nosso, Jesus Cristo” (v. 4), que rejeitam e ultrajaram as autoridades, os anjos (v. 8), que são escarnecedores (v. 18) do caminho cristão que havia sido aceito. Judas não diz que eles escarnecem da ideia da parousia de Cristo, como faz 2 Pedro (3:3-4). Reivindicam ter uma iluminação especial do Espirito, mas são, na verdade, destituídos deste Espirito (v. 19). Seu erro se manifesta na licenciosidade sexual (v. 4 e 12). “Os falsos mestres estavam declarando ser tão cheios do Espirito que não havia espaço para a lei em suas vidas cristas”.21 Judas, como 2 Pedro, enfatiza o juízo escatológico que será sofrido por estes apostatas (v. 14). Fica claro, a partir da referencia as predições dos apóstolos, que a epistola de Judas, como 2 Pedro, deve ter sido escrita tardiamente na era apostólica (v. 17)." LADD, George Eldon, Teologia do Novo Testamento, Pág. 807-808 "E digno de nota que, no contexto em que João faz a declaração, Cristo Se manifestou para tirar o pecado, não para abolir a lei. Os gnósticos gostavam de acreditar que, no caso deles, as restrições da lei haviam sido suprimidas. Contudo, João sabia que Cristo manteve a lei, enquanto removia a transgressão da lei (cf. com. de Mt 5:17-19; Rm 3:31)." SDABC VOL.7 PÁG. 717 "Como sucessor de Moisés, Jesus dá a palavra final na lei. Mas o que Ele quer dizer quando fala que cumpre a lei? Não significa que Ele simplesmente a observa. Nem quer dizer que Ele anulou o Antigo Testamento e as leis (como sugerido por Márcion e os hereges gnósticos)." PENTECOSTAL, Comentário Bíblico (Novo Testamento), Pág.44 "Pois certos indivíduos se introduziram com dissimulação, os quais, desde muito, foram antecipadamente pronunciados para esta condenação, homens ímpios, que transformam em libertinagem a graça de nosso Deus e negam o nosso único Soberano e Senhor, Jesus Cristo." Judas: 1:4
  • 32. 32 "Certos indivíduos. Comparar com 2Pe 2:1, em que Pedro fala de um grupo similar de homens cuja vinda estava ainda no futuro. Judas declara que, na época em que escreveu a epístola, esses enganadores já estavam perturbando a igreja (ver com. de Jd 18). Introduziram com dissimulação. Do gr. pareisduõ, “entrar secretamente’, “infiltrar-se furtivamente". Os falsos mestres não eram honestos. Por ensinarem doutrinas subversivas, eles se esforçavam na dissimulação e entravam na igreja sem revelar seu verdadeiro caráter." SÉTIMO DIA, Comentário Bíblico Adventista do, Vol. 7, Pág. 779 "Muitos falsos mestres do primeiro século estavam ensinando que os cristãos podiam fazer o que bem quisessem, sem temer o castigo de Deus, tinham uma visão superficial da santidade e da justiça divina. Paulo refutou esse mesmo tipo de falso ensino em Romanos 6.1-23. Mesmo em nossos dias, alguns cristãos minimizam a gravidade do pecado, acreditando que a forma como vivem tem muito pouco a ver com sua fé. Mas aquilo em que uma pessoa realmente acredita logo se revela na maneira como age. Aqueles que verdadeiramente tem fé irão demonstrá-la através de seu profundo respeito por Deus e seu sincero desejo de viver de acordo com os princípios da sua palavra." PESSOAL, Bíblia de Estudo Aplicação, Pág. 1797 "v.4 CONVERTEM EM DISSOLUÇÃO A GRAÇA DE DEUS. Dissolução significa orgia sexual sem refreio. Judas condena aqueles que ensinam que a salvação pela graça permite que crentes professos vivam na prática de pecados graves sem sofrerem juízo divino. Talvez ensinassem que, seja como for, Deus perdoará aqueles que continuamente entregam-se às concupiscências carnais, ou, que os que agora vivem na imoralidade sexual estão eternamente seguros se, no passado, eles creram em Cristo (cf. Rm 5.20; 6.1). Pregavam o perdão do pecado, mas não o imperativo da santidade." PENTECOSTA, Bíblia de Estudo (Judas 4) "For. Introduz a razão Judas sentiu impelido a mudar de assunto de sua carta (ver Introdução: Ocasião e Objetivo). cuja condenação foi escrito sobre. A referência pode ser a OT denúncias de pessoas ímpias ou a profecia de Enoque ( vv. 14-15 ). Ou Jude pode significar que o julgamento tem sido prestes a cair sobre eles por causa de seu pecado (ver NVI nota de texto e 2Pe 2:03 , o que pode ser um esclarecimento desta cláusula). homens ímpios. Ver vv. 15 , 18 . mudar a graça de nosso Deus em uma licença para a imoralidade. Eles assumem que a salvação pela graça lhes dá o direito de pecar sem restrição, ou porque Deus, na sua graça vai perdoar livremente todos os seus pecados, ou porque o pecado, pelo contrário, aumenta a graça de Deus (cf. Rm 5:20 ; 6: 1 e nota)." NVI, Bíblia de Estudo, Pág. 1898 "Aquele que diz: Eu o conheço e não guarda os seus mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade." I João: 2:4 "Aquele que diz. Comparar com o com. de ljo 1:6. E provável que se trate dos que, de fato, influenciados por tais heresias como o docetismo (ver p. 687), pretendiam conhecer a Cristo, ignorando os Seus mandamentos. E a essas pessoas que João aludiu, para evitar nomeá-las ou incluir especificamente entre seus leitores (cf. ljo 2:6, 9). Não havia nenhuma desculpa para esses ensinamentos espúrios na igreja, pois Cristo havia deixado claro que aquele que estivesse disposto a receber a verdade, ela lhe seria revelada (ver com. de Jo 7:17), e que aqueles que
  • 33. 33 verdadeiramente O amavam guardariam Seus mandamentos (ver com. de ljo 14:15). E mentiroso. Tanto a pessoa como sua pretensão são falsas. O mentiroso demonstra com sua conduta que “a verdade não está nele" (cf. com. de ljo 1:6, 8). Note novamente o uso paralelo e contrastante de expressões afirmativas e negativas (ver ljo 1:5, 6, 8, 10)." SÉTIMO DIA, Comentário Bíblico Adventista do, Vol. 7, Pág. 701 "E u o conheço. ..» Isso é o que os mestres gnósticos afirmavam. Supunham eles que seu conhecimento místico, cerimonial e mágico era o caminho de volta para Deus. Mas o «caminho» deles não produzia a santidade, pelo que era um caminho espúrio, com base em um conhecimento falso...não guarda os seus m andamentos...» Para os gnósticos, os mandamentos do Senhor não eram um grande tesouro, que deveria ser protegido e preservado, não eram a norma orientadora na vida. Lançavam-se no mar da vida sem bússola e sem leme. Eram líderes que não levavam a qualquer porto seguro... Os mandamentos são vistos como uma disciplina moral, que conduz ao caráter cristão. Um atlético treinador, bem-sucedido em seu trabalho, observou de certa feita acerca de seus atletas: «Eles não entram em treinamento; eles permanecem em treinamento». Os gnósticos, porém, negavam-se tanto a entrar como a permanecer em treinamento." CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo, Vol. 6, Pág. 235 Os gnósticos acreditavam que entre Deus e a humanidade existia um paredão de anjos fazendo a mediação entre Deus e a humanidade. Acreditavam que Cristo era um desses anjos. Dessa forma, eles punham por terra “Cristo como único mediador” e ao mesmo tempo, cultuavam os anjos. São Paulo advertiu a Igreja quanto a esse tipo de culto: “Ninguém se faça árbitro contra vós outros, pretextando humildade e culto dos anjos, baseando-se em visões, enfatuado, sem motivo algum, na sua mente carnal” Colossenses: 2:18. "O gnosticismo era originalmente uma forma oriental de religião que promovia a necessidade de um tipo especial de gnosis (“conhecimento”) para a redenção da alma. No final, este ensino religioso com suas opiniões sobre intermediários angelicais, o dualismo do corpo/espírito, e práticas ascéticas/libertinas afetou grandes áreas da igreja cristã. Tem-se presumido, freqüentemente, que a “heresia de Colossos” consistia em uma mistura particular tomada de um gnosticismo e de um judaísmo incipientes." PENTECOSTAL, Comentário Bíblico (Novo Testamento), Págs.1361-1362 “Na filosofia neoplatônica e na heresia gnóstica... O logo era visto como um dos muitos poderes intermediários entre deus e o mundo” GENEBRA, Bíblia de Estudo de, Pág. 1 228. Agora veja o que escreveu o apóstolo São Paulo: “Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem” I Timóteo: 2:5
  • 34. 34 “Agora, com efeito, obteve Jesus ministério tanto mais excelente, quanto é ele também Mediador de superior aliança instituída com base em superiores promessas.” Hebreus: 8:6 “Por isso mesmo, ele é o Mediador da nova aliança, a fim de que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia sob a primeira aliança, recebam a promessa da eterna herança aqueles que têm sido chamados.” Hebreus: 9:15 “E a Jesus, o Mediador da nova aliança, e ao sangue da aspersão que fala coisas superiores ao que fala o próprio Abel.” Hebreus: 12:24 "Um só Mediador. O pecador pode ser reconciliado com Deus somente mediante Jesus (ver com. de Jo 14:5-6; Rm 5:1-2). Deus não precisa Se reconciliar com o ser humano, pois foi Sua "vontade" (ITm. 2:4) que iniciou o plano da salvação. Além disso, Ele proporcionou os meios de salvação pela vida e morte de Cristo (ver com. de Rm 5:10). Aqui, Paulo exclui a necessidade de mediadores humanos e o suposto valor que alguns têm atribuído a essa suposta mediação ou intercessão." SÉTIMO DIA, Comentário Bíblico Adventista do, Vol. 7, Pág. 301 “A heresia gnóstica que começou no primeiro século ensinava que havia muitos intermediários entre Deus e o homem. Paulo salientou que há um só mediador – aquele que morreu pelos pecados de todos. Cristo é o nosso advogado junto ao pai: “porque ele é a propiciação pelos nossos pecados”... A importância da mensagem de Paulo não se restringe a determinada época. Até hoje há muitos cristãos que crêem na intercessão dos “santos – almas imortais no céu” SABATINA, Lição da Escola 3° Trimestre de 1 993. "Culto dos anjos. Os falsos mestres aceitaram a guia dos anjos, aos quais consideravam emanações inferiores de Deus. Eles insistiam na fraqueza e inferioridade humana e na distância do grande e eterno Deus. Esse ponto de vista era uma extensão da humildade voluntária que defendiam. Se o corpo humano é completamente sem valor, não pode se aproximar de Deus e precisa de intermediários. Assim, os anjos eram adorados como seres superiores aos seres humanos, num sentido, extensões da divindade. Paulo adverte os Colossenses contra essa filosofia, que é oposta ao ensino de Cristo. Citando Deuteronômio 6:13, Jesus declarou: ‘Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a Ele darás culto” (Mt 4:10). Os anjos impediram a adoração a si mesmos (ver Ap 22:9)." SÉTIMO DIA, Comentário Bíblico Adventista do, Vol. 7, Pág. 202 Até aqui nós compreendemos que no contexto do Novo Testamento, os “alimentos” criados para serem recebidos em “ação de graças” são o ‘pão e o vinho’ “Enquanto comiam, tomou Jesus um pão, e, abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, dizendo: Tomai, comei; isto é o meu corpo. “A seguir, tomou um cálice e, tendo dado graças, o deu aos discípulos, dizendo: Bebei dele todos; porque isto é o meu sangue, o sangue da nova aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados.” Mateus: 26.26-28 Compreendemos também que os apóstolos tiveram que enfrentar uma seita chamada Gnosticismo que negavam a "encarnação e os sofrimentos de Cristo e
  • 35. 35 dessa forma ensinavam a não necessidade de participarem dos alimentos separados para serem recebidos em ação de graça (o Pão e o Vinho), isto é, ensinavam as pessoas a se absterem da cerimônia da Santa Ceia (de participarem do Pão e do Vinho). Em nossos dias, encontramos na Igreja Católica os fiéis não participando do ‘vinho’ por ocasião da missa. "Acerca do rito da Comunhão, digam os párocos que a lei da Santa Igreja proíbe a todo cristão tomar a Sagrada Eucaristia, em ambas as espécies, a não ser que tenha autorizaçã0 da mesma Igreja .... Excetuam-se os sacerdotes, quando consagram o Corpo do Senhor, no Santo Sacrifício. Como declarou o Concílio de Trento ''', ainda que Cristo Nosso Senhor, na Última Ceia, instituiu este augusto Sacr3mento sob as espécies de pão e de vinho, e assim o administrou aos Apóstolos, dai não se segue que Nosso Senhor e Salvador estabelecesse a obrigação de se dar, a todos os fiéis, os Sagrados Mistérios em ambas as espécies." MARTINS, Frei Leopoldo P1res, Catecismo Romano, Pág. 305, Edição de 1951 (Editora Vozes Limitada) As Testemunhas de Jeová também se abstém de participarem do Pão e do Vinho: "Visto que os coerdeiros de Cristo hão de ‘reinar como reis e sacerdotes sobre a terra’, o Reino beneficiará os que viverem sob ele. (Re 5:10; 20:4, 6; 21:3, 4) Os beneficiados estariam naturalmente interessados no Reino e em seu desenvolvimento. Por conseguinte, tais pessoas compareceriam à celebração da Refeição Noturna do Senhor, e a comemorariam, mas, não sendo co-herdeiros de Cristo, nem filhos espirituais de Deus, não participariam dos emblemas como coparticipantes da morte de Cristo, que têm a esperança de ressurreição para uma vida celestial junto com ele. — Ro 6:3-5." ESCRITURAS, Estudos Perspicaz das, Vol. 2, Pág. 801 O Pão e o Vinho servido na santa ceia não pode ser rejeitado porque são símbolo do sangue de Cristo – ver Mateus: 26.26-30; João: 6:54-56. O vinho servido na santa ceia era o puro suco das uvas: “Assim diz o SENHOR: Como quando se acha vinho num cacho de uvas, dizem: Não o desperdices, pois há bênção nele, assim farei por amor de meus servos e não os destruirei a todos.” Isaías: 65:8 “O vinho provido por Cristo para a festa, e o que Ele deu aos discípulos como símbolo de Seu próprio sangue, era o puro suco de uva. A esse se refere o profeta Isaías quando fala do novo vinho "num cacho", e diz: "Não o desperdices, pois há bênção nele". Isa. 65:8." WHITE, Ellen G., O Desejado de Todas as Nações, PÁG. 149”. “Instituiu em seu lugar o serviço que havia de comemorar Seu grande sacrifício... O serviço que Cristo estabeleceu devia ser observado por Seus seguidores em todas as terras e por todos os séculos... A ordenança da ceia do Senhor foi dada para comemorar a grande libertação operada em resultado da morte de Cristo. Até que Ele venha a segunda vez em poder e glória, há de ser celebrada esta ordenança. É o meio pelo qual Sua grande obra em nosso favor deve ser conservada viva
  • 36. 36 em nossa memória.” WHITE, Ellen G., O Desejado de Todas as Nações, Págs 652-653. O vinho que o cristão não deve tomar, nem na santa ceia, nem em nenhum outro lugar é o vinho com álcool, o vinho fermentado. – ver Prov.: 20:1; 23:29-35; Gn: 9:20-21; Isa: 28:7; Dan:4:11; Isa: 5:11-12, 22; Ef: 5:18; hab.: 2:4,15-16; Dan: 5:4; Ezeq: 44:21; gn: 19:35; Lev:10:9; Núm: 6:3; Jz: 13:4; Isa: 24:11. Ao negarem que Jesus era de fato Real (que havia se encarnado), os gnósticos entravam em conflito com as Escrituras Sagradas ou contradiziam a mesma. MATEUS: 14:26 “E os discípulos, ao verem-no andando sobre as águas, ficaram aterrados e exclamaram: É um fantasma! E, tomados de medo, gritaram.” MARCOS 6:49 “Eles, porém, vendo-o andar sobre o mar, pensaram tratar-se de um fantasma e gritaram.” LUCAS 24:37 “Eles, porém, surpresos e atemorizados, acreditavam estarem vendo um espírito.” LUCAS 24:39 “Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e verificai, porque um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho.” Carne e osso (aspecto humano de Jesus - o Cristo encarnado) "E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai." João: 1:14 “Outro erro perigoso é a doutrina que nega a divindade de Cristo, pretendendo que Ele não tivera existência antes de Seu advento a este mundo. Esta teoria é recebida com favor por uma vasta classe que professa crer na Escritura Sagrada; diretamente contradiz, todavia, as mais compreensíveis declarações de nosso Salvador com respeito à Sua relação com o Pai, Seu caráter divino e Sua preexistência. Não pode ser entretida sem a mais injustificada violência às Escrituras. Não somente rebaixa as concepções do homem acerca da obra da redenção, mas solapa a fé na Bíblia como revelação de Deus. Ao mesmo tempo que isto a torna mais perigosa, torna-a também mais difícil de ser enfrentada. Se os homens rejeitam o testemunho das Escrituras inspiradas concernente à divindade de Cristo, é em vão argüir com eles sobre este ponto; pois nenhum argumento, por mais conclusivo, poderia convencê-los. "O homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente." I Cor. 2:14. Pessoa alguma que alimente este erro pode ter exato conceito do caráter ou missão de Cristo, nem do grande plano de Deus para a redenção do homem.” WHITE, Ellen G., O Grande Conflito, Pág. 524. João nos aponta Jesus como o nosso “Advogado junto ao Pai e como a oferta pelos nossos pecados (propiciação)”.
  • 37. 37 “Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo;” I João:2:1. “E ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro.” I João: 2:2. João chama os mestres gnósticos de “Anticristos e de mentirosos” “Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? Este é o anticristo, o que nega o Pai e o Filho. “Todo aquele que nega o Filho, esse não tem o Pai; aquele que confessa o Filho tem igualmente o Pai.” I João: 2:22-23. Falando de sua preexistência e existência escreveu Ellen White: “Cristo é o Filho de Deus, preexistente, existente por Si mesmo. ... Falando de Sua preexistência, Cristo conduz a mente através de séculos incontáveis. Afirma-nos que nunca houve tempo em que Ele não estivesse em íntima comunhão com o eterno Deus. Aquele cuja voz os judeus estavam então ouvindo estivera com Deus como Alguém que vivera sempre com Ele. Ele era igual a Deus, infinito e onipotente. ... É o Filho eterno, existente por Si mesmo. Manuscrito 101, 1897.” WHITE, Ellen G., Evangelismo, Pág. 615”. “Ao passo que a Palavra de Deus fala da humanidade de Cristo quando na Terra, fala também positivamente de Sua preexistência. A Palavra existia como um ser divino, mesmo como o Eterno Filho de Deus, em união e unidade com Seu Pai. Desde a eternidade fora o Mediador do concerto, Aquele em quem todas as nações da Terra, tanto judeus como gentios, caso O aceitassem, seriam abençoados. "O Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus." João 1:1. Antes que os homens ou os anjos fossem criados, o Verbo estava com Deus” WHITE, Ellen G., Evangelismo, Pág. 615 Ao negarem a ressurreição de Cristo, os gnósticos estavam pondo por terra a esperança e a garantia de todos os cristãos: “E, se não há ressurreição de mortos, então, Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã, a vossa fé;” I Coríntios: 15:13-14. “Jesus declarou: "Eu sou a ressurreição e a vida." João 11:25. Em Cristo há vida original, não emprestada, não derivada. "Quem tem o Filho tem a vida." I João 5:12. A divindade de Cristo é a certeza de vida eterna para o crente.” WHITE, Ellen G., O Desejado de Todas as Nações, Pág. 530. Em nossos dias, as testemunhas de Jeová, a exemplo do gnosticismo e do arianismo, também rejeitam a Divindade de Cristo: “Ele foi a primeira criação de Deus... Jesus é o único filho que Jeová criou sozinho... Jesus é seu filho primogênito e esta sujeito a Deus.” O Que Deus Requer DE Nós, Págs. 6 e 22 (Sociedade Torre de Vigia). “Algumas religiões removeram a chave, ignorando Jesus por completo. Outras distorceram o papel de Jesus, adorando-o como Deus