O documento descreve vários instrumentos musicais tradicionais de Portugal, incluindo suas características e usos. São mencionados o violão de sete cordas, o tambor, o bandolim, a viola amarantina, a rabeca, a viola toeira, a guitarra de Coimbra, o cavaquinho e a concertina.
Regiões e músicos da Beira Litoral e Douro Litoral
1.
2. Fazia fronteira a Norte com o Douro Litoral. A Este com a Beira Alta e a
Beira Baixa. A Sudeste com o Ribatejo. A Sudoeste com a Estremadura e a Oeste
com o Oceano Atlântico.
A Beira Litoral é uma antiga província (ou região natural) portuguesa,
formalmente instituída por uma reforma administrativa que houve 1936. O seu
território correspondia na sua maior parte ao da antiga Província do Douro
desaparecida no séc. XIX.
As províncias de 1936, no entanto, praticamente nunca tiveram qualquer
atribuição prática, e desapareceram do vocabulário administrativo (ainda que não do
vocabulário quotidiano dos portugueses) com a entrada em vigor da Constituição de
1976.
3. O Douro Litoral é uma antiga província (ou região natural) portuguesa,
formalmente instituída por uma reforma administrativa que houve em 1936. No
entanto, as províncias nunca tiveram qualquer atribuição prática, e
desapareceram do vocabulário administrativo (ainda que não do vocabulário
quotidiano dos portugueses) com a entrada em vigor da Constituição de 1976.
Fazia fronteira a Norte com o Minho. A Este com Trás-os-Montes e
Alto Douro. A Sudeste com a Beira Alta. A Sul com a Beira Litoral e a Oeste
com o Oceano Atlântico.
4. Violão: É um instrumento musical, consistindo de uma alteração do
violão tradicional (com 6 cordas) ao adicionar uma corda, mais grave
que as demais. Originalmente, a corda adicionada era uma de
violoncelo, afinada em dó, e necessitava o uso de uma dedeira no
polegar. Mais tarde começou-se a usar uma corda grave, afinada em
si, feita como as demais cordas graves (bordões) do violão. Muitos
violonistas utilizam, no choro, a sétima corda afinada em dó visto que
existem muitos choros na tonalidade de dó e poucos em si. Assim um
bordão com essa nota em corda solta facilitaria bastante a montagem
de acordes e o desenvolvimento de frases na baixaria.
Tambor: é um instrumento musical do tipo membranofone,
consistindo de uma membrana esticada sobre um tubo ou caixa de
ressonância que pode ser de vários formatos (cilíndrico, cónico,
esférico entre outros). Existem tambores em que a extremidade
oposta está aberta, como em um atabaque ou bongô. Em outros,
como os tímpanos a extremidade oposta é fechada. Também há os
que tem peles nas duas extremidades, como por exemplo a caixa.
A membrana é golpeada (percutida) com a mão ou uma baqueta. O
corpo do tambor, além de dar suporte mecânico às membranas,
também atua como caixa de ressonância para amplificar o som
resultante da batida. Um percussionista é o músico que toca os
tambores.
5. Bandolim: é um instrumento musical surgido na Itália no século XVI.
Com formato de pêra e costas abauladas, possui 8 cordas, agrupadas
duas a duas. Cada par de cordas está afinado em uníssono, e estão
afastados em quintas, semelhantes ao violino (G-D-A-E baixo-para-
agudo). Ao contrário do violino, o braço do bandolim é achatado.
No Brasil esse instrumento forma historicamente o conjunto básico,
junto com o cavaquinho (instrumento português), a flauta e o violão,
para execução de choros. Jacob do Bandolim é considerado o maior
bandolinista de todos os tempos.
Viola Amarantina:
É muito semelhante à viola braguesa, mas tem a boca em forma de dois
corações.
Rabeca: A palavra rabeca foi usada durante a idade média para designar
um instrumento importado do Norte de África. Posteriormente, passou a
designar qualquer instrumento folclórico parecido com o violino de
fatura popular. De timbre mais baixo que o do violino, tem um som
fanhoso e sentido como tristonho. Suas quatro cordas de tripa são
afinadas, por quintas, em mi-lá-ré-sol.
O tocador encosta a rabeca no braço e no peito, friccionando suas
cordas com arco de crina, untado no breu. É, com a viola, instrumento
tradicional dos cantadores nordestinos.
6. Viola Toeira: É o instrumento com uma forma semelhante à do vilão,
embora de tamanho menor, a toeira tem uma escala ao nível do tampo
harmónico, com 10 pontos, e apresenta uma boca de forma oval
“atravessada” . Além disso é dotada de 5 ordens de cordas (3 ordens
agudas duplas e 2 graves triplas) afinadas, dos graves para os agudos em
lá-ré-sol-sí-mí, facto que lhe confere uma sonoridade particularmente
harmónica. A toeira toca-se geralmente rasgando (técnica que já
descrevemos relativamente ao cavaquinho), em conjunto com outros
instrumentos, a acompanhar a dança e o canto.
Guitarra de Coimbra: A guitarra de Coimbra tem uma sonoridade bem
diferente da de Lisboa. Tem uma escala de maior comprimento, afina um
tom abaixo e tem uma técnica de tocar diferente. São raros os
guitarristas que dominam a técnica de Lisboa e de Coimbra. Se poder
não utilize a expressão "Fado de Coimbra". Na minha opinião é mais
correcto dizer "Balada ou Canção de Coimbra.
7. Cavaquinho: O cavaquinho, braguinha, braga, machete, machetinho ou
machete-de-braga é um instrumento cordofone que soa por dedilhado,
menor que a viola, de grande popularidade como acompanhador e mesmo
solista nas orquestras do povo. O ponto é dividido em 17 trastos; tem
quatro cordas de tripa ou de metal, afinadas normalmente em sol-sol-si-ré,
lá-lá-dó#-mi, sol-si-ré-mi, ré-sol-si-ré ou, mais raramente, em ré-sol-si-mi
(este mais utilizado por pessoas que já tocam violão e não querem ter que
aprender outros acordes).
O cavaquinho, segundo Gonçalo Sampaio, é procedente de Braga, tendo sido
criado pelos Biscainhos. O cavaquinho tem uma afinação própria da cidade
de Braga que é ré-lá-si-mi.
Além de Portugal, é usado em Cabo Verde, Moçambique e Brasil.
Concertina: Concertina é o nome pelo qual é conhecido o acordeão
diatónico. Trata-se de um instrumento de palhetas livres, com fole,
semelhante a um acordeão, com dois teclados dispostos de maneira a
favorecer a formação de acordes pelo executante. A concertina, é um
instrumento diatónico no qual, ao abrirmos o fole pressionando um botão,
obtemos uma nota musical e, ao carregar no mesmo botão mas a fechar o
fole, teremos outra nota. Em Portugal, há vários métodos de ensino da
concertina, há quem diga até que a concertina não se pode aprender com
notas musicais, opinião esta que está completamente errada, porque a
concertina, contém maioria das sonoridades reproduzidas pelas notas
musicais.
8. A Dança de Dois Passos: A conhecida valsa de dois passos, tão popular também
noutras províncias (Ribatejo, Alentejo, Beira Baixa, Beira Litoral), é muito do agrado
dos estremenhos, que a bailam com grande vigor e galhardia, por vezes até com
alacridade.
Musicalmente é uma mazurca, pois apresenta a característica acentuação no
segundo tempo do seu compasso ternário.
Rancho de Ribamar: O Rancho Folclórico “Os Pescadores de Ribamar” foi no
entanto fundado no ano de 1980. É pois uma das várias secções desta instituição.
Canta e dança a maior parte do que há mais de 50 anos se dançava e
cantava nesta região, nas tardes de domingos e dias festivos.
VIRA: o Vira é uma dança folclórica, talvez originária da beira litoral e bailado
em todas as regiões de Portugal. É uma dança espectacular músico-coreográfica e
nele dança-se junto ao par, separado ou em conjunto, elevando-se os braços para
cima, sendo que, com um parceiro ou formando pares e esses pares ficam
agarradinhos e depois se separam e dirigem-se ao centro da dança e sucedem-se
com rapazes e raparigas. O Vira é uma das danças mais antigas de Portugal e
remonta ao século XVI (século 16), e provavelmente deriva do Fandango.
9. FANDANGO: Do ponto de vista musical o fandango é semelhante ao vira, porém,
baila-se de diferente maneira ; de resto, o actual vira é possivelmente o antigo
fandango agora dançado em cruz. Dança que nos veio de Espanha, o fandango
enraizou-se em Portugal, onde é bailado em quase todo o país desde há muito. Velha
dança espanhola, o fandango é também uma dança portuguesa muito antiga.
TIRANA: Apesar de melodicamente a tirana ser uma dança meridional, isto é, do
Sul, a verdade é que ela se baila exclusivamente do Minho à Beira Litoral,
particularmente na região de Coimbra - pois «tiranas» se chama às tricanas de
Coimbra. O ritmo da tirana é um ritmo valseado. No nosso teatro ligeiro musicado,
bem como nos ranchos folclóricos, dança-se frequentemente a tirana, mas,
erradamente, chamam-lhe, a maior parte das vezes, vira. Com a moda das saias, a
tirana tanto pode ser só cantada como cantada e bailada como, ainda, bailada com
acompanhamento instrumental.
SAIAS: A moda das saias é uma dança popular bailada principalmente pela gente do
Alto Alentejo mas também bailada em algumas regiões do Ribatejo, da Beira Baixa,
da Beira Litoral, da Estremadura, da Beira Alta e do Douro Litoral. O ritmo típico
das saias é o binário; no Alto Alentejo o binário composto (6/8); no Douro Litoral, as
saias têm um ritmo nortenho - binário simples (2/4).
10. Uns dos cantores da Beira Litoral e
Douro Litoral são o Rui Veloso, Tonicha ,
Zeca Afonso, entre outros.
A Musica que estava a tocar é “Anel de
Rubi” de Rui Veloso