Aqui vai minha petição de refúgio junto ACNUR em Buenos Aires. Eu tive que retornar ao Brasil não apenas pela inércia da ACNUR mas também pelas hostilidades do Governo Argentino pondo pessoas para me hostilizar nas ruas de Buenos Aires. O Governo Argentino tem tomado este tipo de atitude partidarista em relação à política interna do Brasil e isso não me parece uma boa ideia. Quando um país toma partido em questões internas de seu vizinho corre o risco de ter problemas quando as condições políticas mudarem e, mudam, e vão mudar por que política é assim mesmo. Essas atitudes mais recentes de partidarização neoliberal sob inspiração da Embaixada Americana é um bom exemplo de como agora, assim como antes, o Governo Argentino não reflete muito bem em suas atitudes presentes e vai acabar por colher maus frutos no futuro. Está claro para mim que essa aliança neoliberal da República Argentina está baseada numa visão cultural comum com essa italianada racista do interior de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul e isso não trará bons frutos para a Argentina. Morei 2 anos em Buenos Aires e pude verificar que esse racismo de origem ética e homogeneidade racial italiana é rampante na Argentina e quiçá fruto desses eternos conflitos políticos internos argentinos que permeiam todo o século 20. O Brasil não é um país de maioria branca nem de descendência italiana. Não reconhecer isso e estabelecer alianças culturais e políticas com essa italianada racista do sul do Brasil trará consequências nefastas à República Argentina no futuro. Uma das razões do estancamento econômico argentino a partir de meados do século 20 tem, uma de suas causas, nessa visão de homogeneidade racial que está solidificada principalmente a partir da imigração italiana em Buenos Aires. Isso têm impedido a imigração de outras etnias, estancando o crescimento populacional e sua densidade econômica do país. Essas atitudes de exacerbação política ideológica é típica dessa italianada racista que fala alto, é prolixa e está sempre prestes a sacar do revólver. Isso é típico da cultura europeia mediterrânea onde sempre há o sonho de se restituir um império perdido no passado longínquo e que na Argentina acabou por não ter moderação de outros grupos étnicos. Morei, também, 6 anos nos Estados Unidos e pude verificar, adicionando-se a essa experiência em Buenos Aires, que um dos maiores focos de racismo no continente Americano é a descendência italiana. E a argentinização dos conflitos sociais só não aconteceu nos EE.UU. por que os anglo-saxões são mais comedidos, não compartilham os mesmos valores culturais e não se engajam em ações políticas de cabeça quente. Então, a italianização da cultura Americana através da italianização dos conflitos raciais e étnicos ficou restrito ao Bronx em New York. Observo com preocupação a argentinização dos conflitos sociais no sul do Brasil a partir do incitamento dessas questões raciais e éticas pela italianada racista sulista brasileira .