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ARCADISMO.ppt

  1. ARCADISMO / NEOCLASSICISMO (séc. XVIII)
  2. ARCADISMO NEOCLASSICISMO “Aproveite-se o tempo, antes que faça/ O estrago de roubar ao corpo as forças/ E ao semblante a graça!”
  3. PENSAMENTOS DA ÉPOCA  Iluminismo: O uso da razão como meio para satisfazer as necessidades do homem. Os movimentos pela independência do Brasil, como a Inconfidência Mineira, por exemplo, inspiraram-nas nas idéias iluministas.  Liberalismo: ideologia política que defende os sistemas representativos, os direitos civis e a igualdade de oportunidades para os cidadãos.
  4. CARACTERÍSTICAS DO MOVIMENTO EXPRESSÃO ARTÍSTICA DA BURGUESIA  Idealização da vida natural, em oposição à vida urbana; a humildade, em oposição aos gastos exorbitantes da nobreza; o racionalismo, em oposição à fé; a linguagem simples e direta, em oposição à linguagem rebuscada do Barroco.  O Arcadismo pode ser visto, sob o ponto de vista ideológico, como um arte revolucionária. Contudo, do ponto de vista estético, é uma arte conservadora, pois ainda se liga à tradição clássica, tanto tempo cultivada pelas cortes aristocráticas.
  5. CARACTERÍSTICAS DO MOVIMENTO CARACTERÍSTICAS DO MOVIMENTO LITERÁRIO  - Arte ligada ao Iluminismo. Oposição ao absolutismo despótico e ao poder (barroco) da Igreja.  - Afirmação orgulhosa da racionalidade. Razão = Verdade = Simplicidade e clareza.  - Culto da simplicidade. Como se atinge a mesma? Através da imitação (não no sentido de cópia, mas no de seguir modelos já estabelecidos).  - Imitação dos clássicos gregos. Em especial, Virgílio e Teócrito, clássicos pastoris.
  6. CARACTERÍSTICAS DO MOVIMENTO  - Imitação da natureza campestre, isto é, da ordem e do equilíbrio que essa natureza apresenta, o que dá a mesma um caráter de paraíso perdido. Dois elementos decorrem da aproximação do árcade da natureza campestre:  - Bucolismo: adequação do homem à harmonia e serenidade da natureza.  - Pastoralismo: celebração da vida pastoril, vista como um eterno idílio entre pastores e pastoras.  - Ausência de subjetividade. O autor não expressa o seu próprio eu, adota uma forma pastoril (era comum os escritores usarem pseudônimos em seus poemas,sonetos e obras, como exemplo: Cláudio Manuel da Costa é Glauceste Satúrnio, Tomás Antônio Gonzaga é Dirceu, Basílio da Gama é Termindo Sipílio)
  7. CARACTERÍSTICAS DO MOVIMENTO  Fugere urbem (fuga da cidade): Os árcades defendiam o bucolismo como ideal de vida, isto é, uma vida simples e natural, junto ao campo, distante dos centros urbanos. Tal princípio era reforçado pelo pensamento do filósofo francês Jean Jacques Rousseau – “a civilização corrompe os costumes do homem, que nasce naturalmente bom.”  Aurea mediocritas (vida medíocre materialmente mais rica em realizações espirituais): A idealização de uma vida pobre e feliz no campo, em oposição à vida luxuosa e triste na cidade.  Carpe diem: o desejo de aproveitar o dia e a vida enquanto é possível. Essa idéia é retomada pelos árcades e faz parte do convite amoroso.
  8. CARACTERÍSTICAS DO MOVIMENTO  Convencionalismo amoroso: na poesia árcade, as situações são artificiais; não é o próprio poeta quem fala de si e de seus reais sentimentos. No plano amoroso, por exemplo, quase sempre é um pastor que confessa o seu amor por uma pastora e a convida para aproveitar a vida junto à natureza. Porém, ao se lerem vários poemas, de poetas árcades diferentes, tem-se a impressão de que se trata sempre de um mesmo homem, de uma mesma mulher e de um mesmo tipo de amor. Não há variações emocionais. Isso ocorre devido ao convencionalismo amoroso, que impede a livre expressão dos sentimentos. O que mais importava ao poeta árcade era seguir a convenção, fazer poemas de amor como faziam os poetas clássicos, e não expressar os sentimentos. A mulher é vista como um ser superior, inalcançável e imaterial.
  9. QUADRO DE CARACTERÍSTICAS QUANTO À FORMA QUANTO AO CONTEÚDO Vocabulário simples Pastoralismo Frases em ordem direta Bucolismo Ausência quase total de figuras de linguagem Fugere urbem (fugir da cidade) Manutenção do verso decassílabo, do soneto e de outras formas clássicas Aurea mediocritas (vida simples) Elementos da cultura greco-latina (deuses pagãos) Convencionalismo amoroso (pseudônimos) Inutilia Truncat Racionalismo Ideias iluministas Carpe diem (viver o presente) Locus Amenus
  10. ARCADISMO NO BRASIL CONTEXTO HISTÓRICO  Minas Gerais como centro econômico e político;  A descoberta do ouro, na região de Minas Gerais, forma cidades ao redor;  Vila Rica (atual Ouro Preto) se consolida como espaço cultural desde o Barroco (Aleijadinho);  A corrida pelo ouro se intensifica;  Conflitos com o Império (Inconfidência Mineira);  O ciclo da mineração;  A expulsão dos jesuítas do Brasil - (1759);
  11. ARCADISMO NO BRASIL MARCO INICIAL DO ARCADISMO NO BRASIL  Publicação das Obras Poéticas, de Cláudio Manuel da Costa (1768);  Fundação da Arcádia Ultramarina em Vila Rica (atual Ouro Preto, MG). CARACTERÍSTICAS DO ARCADISMO NO BRASIL  História colonial muito valorizada;  Início do nacionalismo;
  12. ARCADISMO NO BRASIL  Início da luta pela independência - Tomás Antônio Gonzaga("primeira cabeça da inconfidência" segundo Joaquim Silvério, delator da Inconfidência Mineira);  A colônia é colocada como centro das atenções.
  13. ARCADISMO NO BRASIL  Cláudio Manuel da Costa Pseudônimo: Glauceste Satúrnio-Doroteu Nasceu nas proximidades da Vila do Ribeirão do Carmo,hoje cidade de Mariana (MG), em 1729 e faleceu em 1789, em Vila Rica, onde se encontrava preso por sua participação na Inconfidência Mineira. Escreveu poesia lírica (Obras Poéticas, 1768, com a qual inicia o Arcadismo no Brasil) e épica (Vila Rica, 1837). Sofreu influência do Barroco, como ele próprio afirma no prólogo das Obras, mas abraçou a causa árcade, ainda que em suas poesias os aspectos ligados à natureza fujam ao padrão europeu.  Liderou grupo de poetas árcades brasileiros. Seus sonetos apresentavam notável afinidade com a lírica de Camões.  Obras Poéticas (1768) – Marco inicial do Arcadismo – poesia lírica  Vila Rica (composto por volta de 1773) – poema épico falando sobre a história da cidade de Vila Rica.
  14. ARCADISMO NO BRASIL  Tomás Antônio Gonzaga Pseudônimo: Dirceu-Critilo Nascido no Porto, em Portugal, de pai brasileiro, estudou na Bahia e formou-se em Coimbra. Jurista de rara habilidade, já em 1782 era designado Ouvidor de Vila Rica. Envolvido no processo da Inconfidência, é preso em 1789 e, em, 1792, condenado ao degredo em Moçambique, onde logo se casa com a rica herdeira Juliana Mascarenhas. Foi durante o curto período vivido em Minas Gerais que Gonzaga produziu alguns dos mais significativos poemas do arcadismo luso-brasileiro. Apaixonado pela jovem Maria Joaquina Dorotéia de Seixas, Gonzaga dedicou-lhe os poemas líricos de Marília de Dirceu, em que se retrata como Dirceu e à amada como Marília. O estudioso Rodrigues Lapa provou serem dele também as Cartas Chilenas, conjunto de poemas anônimos que satirizavam o governador Luís da Cunha Menezes, seu desafeto.  Obra lírica: Marília de Dirceu  A obra se divide em duas partes
  15. ARCADISMO NO BRASIL  1ª parte: contém os poemas escritos na época anterior à prisão de Gonzaga. Nela predominam as composições convencionais: o pastor Dirceu celebra a beleza de Marília. Em algumas liras, entretanto, as convenções mal disfarçam a confissão amorosa do amor: a ansiedade de um quarentão apaixonado por uma adolescente; a necessidade de mostrar que não é um qualquer e que merece sua amada; os projetos de uma sossegada vida futura, rodeado de filhos e bem cuidado por suas mulher etc.  2ª parte: escrita na prisão da ilha das Cobras. Os poemas exprimem a solidão de Dirceu, saudoso de Marília. Nesta segunda parte, encontramos a melhor poesia de Gonzaga. As convenções, embora ainda presentes, não sustentam o equilíbrio neoclássico. O tom confessional e o pessimismo prenunciam o emocionalismo romântico.
  16. Marília de Dirceu... “Eu, Marília, não sou algum vaqueiro, Que viva de guardar alheio gado; De tosco trato, d’ expressões grosseiro, Dos frios gelos, e dos sóis queimado. Tenho próprio casal, e nele assisto; Dá-me vinho, legume, fruta, azeite; Das brancas ovelhinhas tiro o leite, E mais as finas lãs, de que me visto. Graças, Marília bela, Graças à minha Estrela! Eu vi o meu semblante numa fonte, Dos anos inda não está cortado: Os pastores, que habitam este monte, Com tal destreza toco a sanfoninha, Que inveja até me tem o próprio Alceste: Ao som dela concerto a voz celeste; Nem canto letra, que não seja minha, Graças, Marília bela, Graças à minha Estrela!”
  17. Eu, Marília, não fui nenhum Vaqueiro, Fui honrado Pastor da tua aldeia; Vestia finas lãs, e tinha sempre A minha choça do preciso cheia. Tiraram-me o casal, e o manso gado, Nem tenho, a que me encoste, um só cajado. Para ter que te dar, é que eu queria De mor rebanho ainda ser o dono; Prezava o teu semblante, os teus cabelos Ainda muito mais que um grande Trono. Agora que te oferte já não vejo Além de um puro amor, de um são desejo. Se o rio levantado me causava, Levando a sementeira, prejuízo, Eu alegre ficava apenas via Na tua breve boca um ar de riso. Tudo agora perdi; nem tenho o gosto De ver-te aos menos compassivo o rosto.
  18. ARCADISMO NO BRASIL  Obra satírica: Cartas Chilenas (principal obra satírica do século XVIII, atribuída a Gonzaga)  Cartas Chilenas são poemas satíricos, em versos decassílabos brancos, que circularam em Vila Rica poucos anos antes da Inconfidência Mineira, em 1789. Revelando seu lado satírico, num tom mordaz, agressivo, jocoso, pleno de alusões e máscaras, o poeta satiriza ferinamente a mediocridade administrativa, os desmandos dos componentes do governo, o governador de Minas Gerais.  São uma coleção de treze cartas, assinadas por Critilo (Tomás Antônio Gonzaga) e endereçadas a Doroteu (Cláudio Manuel da Costa), residente em Madri.  Critilo é um habitante de Santiago do Chile (na verdade Vila Rica), narra os desmandos despóticos e narcisistas do governador chileno Fanfarrão Minésio (na realidade, Luís da Cunha Menezes, governador de Minas até a Inconfidência Mineira).
  19. ARCADISMO NO BRASIL  Obras épicas  O Uraguai (1769) – José Basílio da Gama. Melhor realização no gênero épico no Arcadismo Brasileiro. Temática: Luta dos portugueses e espanhóis contra índios e jesuítas que, instalados nas missões jesuíticas do atual Rio Grande do Sul, não queriam aceitar as decisões do Tratado de Madri.  Caramuru (1781) – Frei José de Santa Rita Durão. É considerado um poema inferior a O Uraguai e, de certa forma, um retrocesso do ponto de vista temático e estilístico. Temática: Poema narra as aventuras, em parte históricas, em parte lendárias, do náufrago português Diogo Álvares Correia, o Caramuru. Em meio às aventuras do protagonista, o autor aproveita para fazer uma longa descrição das qualidades da terra.
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