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Sonetos Secretos
1
Sonetos
Secretos
Roosevelt F. Abrantes
2021
Sonetos Secretos
2
“O tempo é uma adolescente com pressa, passa sem esmera, sem pudor, sem
amor e paixão... O tempo é uma graça de menina, uma graça de mulher, mas sem
precisão...”
Diegho Courtenbitter
Sonetos Secretos
3
Dedicatória
Dedico todas as linhas
Deste vil livro exógeno
Em refratado relicário...
Escritas a muitas mãos fieis
Em sentimentos facundos
A todo amor eloquente
Emprestado a um rio...
Um amor tremulo de corações
Completamente resvalados
Sitiados pelas intemperes
Ingrato a efêmera morte...
Desfraldo como um apego balsamo
Entregue inteiramente ao Vesúvio
Ao seu imenso desejo repetido...
Ao amor vil ensejado
Em todos os amantes
Ainda adolescentes...
Vejo com o mesmo vibrar biltre
A esmera que gotejas as insanidades
Em teu biltre amor químico e matemático...
Sitiado em todos os dependentes químicos
Sobre o seu adorar de penitencia algébrica...
Ao amor louco com que os amantes
Devoram o coração de suas amadas...
Refratado com a repetição inócua
Com que denoto a mutilação do cerne
O amor vil de uma imaculada mulher....
Enamorada em um campo sublime
Torneada em vis ventos do Eufrates
Ainda meio seco ao vil alento do amor...
Rusgat Niccus
Sonetos Secretos
4
Livro: Sonetos Secretos
Gênero: Poesia
Ano: 2021
Autor: Roosevelt F. Abrantes
Titularidade: Este é um Heterônimo de Roosevelt F. Abrantes
Editora: Editora Lascivinista / Produção e Publicação Independente
Coletânea: Paixões
Ano de Finalização Escritural da Obra: 2021
Data da Primeira Publicação deste Livro: 26 de Junho de 2021
Contatos:
End.: Rua das Palmeiras, n° 09
Residencial Parque das Palmeiras
Vila Embratel – São Luís - Maranhão
Cep.: 65080140 – São Luís – Ma
País.: Brasil / Região.: Nordeste
Tel.: (98) 9 9907-9243 / (98) 9 8545-4918
WhatsApp.: (98) 9 8545-4918
E-mail.: rooseveltabrantes@gmail.com
Redes Sociais:
Facebook.: https://www.facebook.com/rooseveltfabrantes
Twitter.: https://twitter.com/rooseveltabrant
Linkendin.: https://www.linkedin.com/in/roosevelt-f-abrantes-0b1b2426/
Instagran.: https://www.instagram.com/abrantesroosevelt/
Hotmail.: rooseveltabrantes@outlook.com
Blogger: http://movimentolascivinista.blogspot.com/
Site.: http://movimentolascivinista.com
Sonetos Secretos
5
Autobiografia
Nome: Roosevelt F. Abrantes
Data de Nascimento: 26/02/1981
Cidade Natal: São Luís
Estado Natal: Maranhão
País: Brasil
Nome do Pai: João Costa Abrantes
Nome da Mãe: Justa Maria de Nazaré Ferreira Abrantes
Cônjuge: Ainda há Procura de um Grande Amor Verdadeiro
Ocupação: Cientista Financeiro, Escritor, Poeta, Contista, Cronista, Fotografo,
Grafista, Iluminarista e Influenciador Digital
Profissão: Analista Financeiro
Bairro onde Morou na Infância: Vila Embratel
Locais onde Trabalhou: Staff Investimentos do Brasil
Formação Acadêmica: Pós-graduação Completa
Lugares onde Morou: Maranhão, Piauí, Recife, Rio Grande do Norte e São Paulo
Ideologia Politica: Extrema Esquerda
Gosto Musical: MPB, MPM e Rock
Gosto Gastronômico: Tambaqui, Baião de dois, feijão, Arroz, Farinha e Molho de
Pimenta
Religião: Agnóstica
Altura: 1,75 Mts
Etnia / Raça: Negra
Cor da Pele: Preta
Cor dos Olhos: Pretos e Pequenos
Cor dos Cabelos: Pretos, Enrolados e Curto
Postura Física: Reta e Firme
Tipo Físico: Magro, Dedos Pequenos, Pés Pequenos e Pernas Compridas
Tipo Físico Facial: Nariz Afilado, Cabeça Mediana e Queixo Redondo
Trajes Habituais: Camisas Apolo Brancas, Causas Jeans Escura e Tênis branco
Idade Atual: 39 anos
Orientação Sexual: Heterossexual
Heterônimo: Não possuir
Escritor: Roosevelt Ferreira Abrantes
Roosevelt F. Abrantes
Sonetos Secretos
6
“Tens pena de mim, amada amante, sabes que não tenho escolha, tens pena de
mim amada amante, não sei viver sem o seu amor, tenha piedade de teu índio
pintado, tenha piedade de teu escravo, tenha piedade do único amor que vai te
amar...
Ubirani Yaraima
Sonetos Secretos
7
Prefacio
As poesias de Sonetos Secretos são uma clara denotação refratária do
amor que deve ser refletida em todos os amantes e amados. Um desejo profano,
envolvido a uma essência divina, vinculado a breve casta de nossa vida efêmera.
Os escritos desta obra literária, buscam a guarda de emoções intimas dos
amores vivenciados em segredo, funcionando como as capsulas do tempo,
guardam o amor de suas amadas, inferindo segredos, sobre um cofre de sua
própria carne, forjado em seu íntimo coração flagelado, um amor que somente
pode ser entregue e ensejado, nunca devendo ser forçado ou inerte.
Um atributo que deve ser arquivado deliberadamente em seus sonhos,
sobre papel timbrado, todos os detalhes sórdidos, profanos e íntimos dos seus
desejos mais eloquentes e macabros. Um vislumbro guardado e alocado como
códigos, fechado em segredo, envelopado em selo em seu reservado desejo
cerne.
Neste livro estão guardados as paixões secretas e romances proibidos
vivenciados pelo autor da obra. Amores vulgares, amores sórdidos, amores
proibidos, amores perigosos e até amores profanos que talvez fossem rechaçados
por homens e mulheres mais conservadores de nosso tempo.
Textos românticos que devem ser guardados a sete chaves, paixões que
devem ser lidos como códigos, frases que devem ser ilustradas ao pé do ouvido,
reunidos em forma de poema e endereçados as suas consortes. Um amor velado
ao vento, refratado aos enamorados e distribuídas as belas amazonas do meu
frágil olimpo.
Abrantes F. Roosevelt
Sonetos Secretos
8
“Minha Louca”
Intacta
Impávida
Louca...
Um ato cerne
Uma desvairada
Sugando-me pela boca
Bebendo-me pelo canal...
Meu liquido dom da vida
Meu liquido nascer da vida
Meu fluido canal de desolação...
“adiuqiL arevamirP”
amU avúiv
amU megriv
...adunsed esauQ
etneuq rahlo um
osodlam racot mU
...atneloiv oãsavni amU
savom et oãN
senrec et oãN
....setsafa et oãN
megriv ateiuqnI
avluv aticiloS
soded suem ertnE
acob ahnim ertnE
...etnafni atsac azoG
zev ariemirp auS
edadi ad rolf na
adivápmi atnaS
adiulf oinômeD
...acob ahnim mE
Sonetos Secretos
9
“Insólita Amante”
Envolvida eternamente em sono
Constituída em um gélido pomar
Uma reclusa sobre o efêmero campo
Uma metástase sofrível em balsamo...
Reina em escampo florido
Tece em minha fluida boca
Maneja o meu coagulo frigido
Rebenta a minha louca emoção...
Revolve sobre a minha têmpora
Regurgita a minha breve vida
Torneia a minha alma perdida
Flutuar em meio ao mar Egeu...
Estou suprimido em teus gélidos seios
Revolvido em um pálido verme cinza
Andrógeno as minhas emoções frias...
Acorde de seu sono eloquente
Respira em minha fronte tépida
Reage a meu encanto demoníaco...
Rubra palpitante em meu ensejo
Abra as suas vis pálpebras ébrias...
Encanta-me com o teu choro sereno
Entorna-me com o teu beijo languido...
Congela-me no eterno fosso da morte
Incendeia-me novamente em teu inferno...
A quais chamas terríveis o teu fogo pertence
A quais labaredas vis o teu corpo gélido esfria...
Pálida amante
Pálida amada...
Em ti vejo a minha amada irmã
Em ti vejo o vil amor incestuoso...
Como o amor dos Cérberos
Eu te devoro fora do Paraíso...
Sonetos Secretos
10
Como os cães do inferno
Eu a rasgo em pedaços....
Acorde de seu sono mormo
Desperte de sua cama fria...
Leve-me para o paraíso de fogo
Conduza-me ao céu gelado de amor
Mata o meu desejo constituído e biltre...
“Inocência”
Doce Infante
Doce atrevida...
Menina pálida
Menina frágil...
Linda esmeralda
Lindo diamante...
Bela virgem
Bela tácita...
Solta a francesa
Como uma boneca
Solta a italiana
Como um balão...
Minha própria carne
Minha própria cerne
Minha própria razão...
Menina magica
Menina lívida...
Doce dança
Doce incesto
Doce perfume
Imaculado em beijo
Eu a beijei
Eu a sentir
Eu a devorei...
Sonetos Secretos
11
Não pude cernir
Não pude centra
Somente me envolvi...
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Sonetos Secretos
12
“Amantes e Amados”
Eu sou como a mulher que veste branco
Um homem revestido de lascívia promiscua
Eu sou como um índio rufio no cais da ribeira
Um negro que reverbera um pedido de guerra...
Um louco derrotado na compreensão
Um lucido em meio aos grandes ébrios
Um huguenote volvido as construções vis...
Sou como Ana Carla
Volvida em enamorados
Sortida em campos alísios
E entregue a amores insólitos ...
Sou como João Justina Liberto
Regado por mil relvas revoltas
Formado pelas regras mordazes
Forjado a ferro esmaltados de fel...
Sou como o bravo Ubirani Yaraima
Armado com flechas envenenadas
Munido com flamulas de guerras
Refratado com as almas de Yutia...
Sou como Diegho Courtenbitter
Um forasteiro de um coração vil
Um amante replicado de borda
Um biltre escondido no oceano...
Sou como Rusgat Niccus
Um amante a moda antiga
Um depravado da madrugada
Um lascivo em meio aos santos...
Estou escondido em você
Estou eloquente em mim
E forjado no reino etéreo...
Tenho em mim as paixões esdruxulas
Tenho em mim as brasas do inverno
Sou um cão no meio da floresta vazia
Um tolo em meio à multidão repetida....
Sou um vil eloquente
Em Diegho Courtenbitter...
Sonetos Secretos
13
Sou uma ave agorenta
Como o Ubirani Yaraima...
Sou um corvo com flamulas negras
Sentando ao lado de Rusgat Niccus...
Uma breve apaixonada
Como a linda Ana Carla...
Sou como o desejo do corpo
Igual a João Justina Liberto...
Quero ser como o poeta Rusgat Niccus
Um belo atrevido que encanta as damas...
Não sou um julgador
Não sou um jogador
Sou um amante
Sou um amado....
Atrevo-me em deseja o Roosevelt Abrantes
Atrevo-me a ambiciona-lo como meu amante...
Deus livra-me de meus tormentos
Deus livra-me de meus pensamentos...
Sou um homem dentro de vários
Sou várias mulheres de mão única...
Sou muitos homens em desejo viris
Sou inúmeras mulheres em chamas...
Uma única gota no teu olhar terno
Uma única mulher que em si deseja...
Quero pratica um amor insólito
Quero perpetra um amor sincero...
Desejo ódio aos corações dos ineptos
Anseio amor ao coração dos profanos...
Faço dos meus beijos
Um selo no espelho...
Faço dos meus braços
Um cinjo vil afagado
Uma tela esmaltada...
Sonetos Secretos
14
Um pincelar delirante em mim mesmo
Um borrão cintilante no teu singelo amor...
Como um fragmento de inúmeros homens
Uma imersão de variados personagens biltres...
Sou como a refração de poucas personalidades
Um ente forjado em um mesmo ser vitrificado
Renascido em muitos homens de mim mesmo
Remanejado de uma mulher muito provocante...
“Um Fel no Amor”
Meu fel e minhas tormentas
Meu tedio e meu amar violento....
Segue as minhas frias dores
Segue as minhas inócuas vertes...
Segue as minhas breves contrações
Segue as minhas hostis insanidades...
Quem tu es
Quem tu fostes
Quem nos trai...
Sou fiel
Sou fel
Sou homem
Sou tua amada...
Sou teu balsamo
A tua trilha maculada
O teu amor no firmamento
A tua vela no coração do mar...
“O Dinheiro”
O dinheiro
O monetário
O fiduciário...
Sonetos Secretos
15
Que homem esquisito
Que índole eloquente
Que poder inteligível...
Obra de um ser imaterial
Obra de um ser inanimado
Obra de um objeto tangível...
Um ser com status magico
Um ser com status sagrado
Um ser com um dom divino....
Uma criatura do criador
Um mandante dos céus
Um senhor de indústria...
Um alienígena
Um deus viril
Um homem vil...
O dinheiro
Ser indivisível
Nobre do etéreo...
Um dos deuses inanimados
Mais poderosos do mundo...
Um dos deuses mortos
Mais cultuados pelos vivos...
Quem pode lutar contra
Quem pode viver versus
Quem vive este magico...
És tu todo poderoso dólar
Quem nos compra comida...
És tu todo infalível euro
Quem nos trafica armas...
És tu todo inigualável peso
Que nos dar uma moradia...
És tu todo maravilhoso real
Que nos mantém ainda vivos...
Sonetos Secretos
16
A vida não tem vida
A imagem não reflete
A caminhada não começa...
Um ser sem vida nos governa
Um ser que não sabe falar nos cala
Um ser sem existência nos extermina...
É o dinheiro quem nos dar a saúde
É o dinheiro quem nos dar abrigo
É o dinheiro quem nos dar dignidade....
Como um príncipe viril
Dita ordens ao povo....
Como um rei terrivelmente biltre
Nos degola na guilhotina de aço...
Deus é uma nota de cem reais
Deus é uma moeda de um dólar...
Deus é que nos controla
Deus é que nos retém...
Quem tem dinheiro
Tem um ótimo amor...
Quem tem dinheiro
Tem a grande paz...
Quem tem dinheiro
Tem tudo na terra...
A vida me parece miserável
A vida me parece insuportável...
Não tem um abrigo
Para chamar de meu
Não tenho uma paz
Para dormir ao meu lado...
A fome me traz insanidades
A sede me traz inconformada...
Não tenho emprego
Não tenho dignidade
Não tenho um amor....
Sonetos Secretos
17
O dinheiro é um Deus poderoso
O dinheiro é um ser desolador
O dinheiro é um ceifador inteligente...
Ao nascer me puniu com dor
Ao crescer me puniu com mais dor
Ao envelhecer tenho muito mais dor
E ao morrer terei milhares de dores...
Ninguém é mais poderoso
Que este deus dinheiro...
Ninguém o adora tanto hoje
Como os santos de madeira
Crucificados em suas casas...
Minha vida foi peleja
Minha vida foi sofrida
Tenho sonos suicidas
Tenho vozes de morte....
As minhas costas doem
As minhas pernas doem
O meu ouvido ainda dói
Mas a minha alma chora....
Tudo na vida é dinheiro
Tudo na vida é controle
Tudo na vida é fiduciário
Tudo na vida tem um preço....
Quem pode com o dinheiro
Quem pode com o dinheiro....
Um deus indomável
Um deus onipotente
Um deus controlador...
Um rifle apontado para os bolsos
Um rifle apontado para a cabeça
Um rifle apontado para a alma....
Sonetos Secretos
18
“Livrai-me de Mim”
Eu não sei quem sou
Aqui vivem muitos de mim...
Não tenho autoridade alguma
Refém de meus desejos insanos...
Febril de minha caixa craniana
Um prisioneiro de minhas telas...
Não sou o que você pensa
Não estou um fragmentado...
Sou subdividido
Sou unificado
Sou vitrificado...
Não tenho uma persuasão
Não tenho um vil refratário...
Sou como os loucos do manicômio
Sou como tabula rasa, fria e frigida...
Pai quem sou eu
Mae quem é você
Irmão de que país...
Pai livra-me de mim mesmo
Mãe dispersa-me ao vento....
Não êxito
Não sinto
Não sei
Quem sou...
“Deusas”
Oh! Carol
Minha pálida musa...
Oh! Carol
Minha razão de viver....
Sonetos Secretos
19
Aquela que beijei os lábios
Aquela que toquei indelevelmente...
Existem sorrisos
Que somente Deus
Sabe como desenhar...
Existem lábios
Que somente a natureza
Sabe como delinear as curvas
Mas o seu sorriso
O seu formato biltre
Ele não desenhou no papel
Ele a esculpiu em mármore....
Oh! Carol
Minha pálida musa...
Oh! Carol
Minha razão de viver....
Eu sei que não me vês
Eu seu que não me tens
Mas rogo pelos seus beijos...
Santa de uma reza
Reza de uma santa
Imácula o meu desejo
Afronta a minha insanidade...
Quem te desenhou
Não quis te remodelar...
Quem te esculpiu
Não quis te recompensar...
Ver a minha culpa
Ver a minha tristeza
Ver a minha saudade...
Volta para o meu pecado
Volta para as nossas loucuras...
Sonetos Secretos
20
“O Valor das Coisas”
Não importa o valor das coisas
Não importa o valor que você tem
E nem importa o valor do que possui...
Coisas são apenas coisas
Casas são apenas casas
Carros são apenas carros...
Elas só valem alguma coisa
Elas só têm um valor fiduciário
Se elas forem compartilhadas...
Coisas são distinguidas
Coisas são precificadas
Coisas são nomenclaturas...
A vida
Esta vida
Eu não sei
O que ela é...
Não tem preço
Não tem distinção
Não tem designação
Não tem terminologia...
É algo raro
É algo único
É algo lúdico
É algo majestoso
É algo maravilhoso....
Mas a vida
Esta vida
Eu não sei...
Não saberei em verdade
O que ela realmente é...
Sonetos Secretos
21
“Os Condenados”
Não existe o céu
Não existe o mar...
O som não existe
O gesto não existe...
Tudo é percepção
Tudo é uma forma...
Não existe divindade
Não existe proteção...
O futuro é um desocupado
Um planeta abandonado...
Não existe proteção
Não existe um Deus...
Somos um rebanho
Almas condenadas
Ao mesmo tempo vivos
Ao mesmo tempo mortos...
Caminhantes dos escombros
Caminhantes da desolação...
Uma multidão de execrados
Uma multidão de cadáveres...
Mortos vivos
Vivos mortos
Alguns repleto de morte
Alguns repleto de vida...
Uma multidão de pessoas vivas
Condenadas a estarem mortas....
Sonetos Secretos
22
“Flores Secretas”
Em minha liquida vida curvilínea
Tive algumas flores perfumadas....
Flores ébrias que tive a sorte de beija-las
Perfumes esguios que jamais esqueci....
Perfumes secretos que nunca sonhei
Flores avidas que nunca declarei amor...
Muitas delas possuem nomes eloquentes
Outras, porém detêm formas comuns......
Muitas delas possuem nomes disertos
Outras, porém detêm formas quentes...
Algumas tive em minha existência
Outras, sonhei que tive em biografia...
Ébrio que a tive
Ébrio que a sonhei
Ébrio que existir
Ébrio que vivi....
Uma das belas primeiras flores se chamava Marcela
Outra flor de incansável beleza se chamava Carla
Outra flor magricela era prima desta lindeza, a Erica
Outra flor que cheirei bastante morava na rua 19.....
Uma outra flor morava ao lado de minha casa
Outra flor bem bonita se chamava Ana zilda
Outra bem singela era irmã desta, Joana Dark
Outra misturada as rosas era chamada de Abigail...
Outra era uma loirinha muito magrinha
Que morava bem no fim da minha rua...
Outra era prima desta mesma loirinha
Uma languida e morava ao lado desta....
Outra também bem loirinha
Morava no fim da rua 02....
Outra uma bem gordinha
Morava no início da rua 05...
Sonetos Secretos
23
Outra flor se chamava Kedma
Outra flor se chamava Larissa
Outra flor se chamava Nicole
Outra flor se chamava Rafaela...
Outra se chamava Silvia Helena
Outra se chamava Lindinalva...
Outra bela se chamava Cica
Outra bela se chamava Carol...
Outra se chamava Irlene
Outra se chamava Angela
Outra se chamava Uelida
Outra se chamava Rufina...
Outra se chamava Angelma
Outra se chamava Dedeza
Outra se chamava Mauricia
Outra se chamava Vanessa...
Outra se chamava Mariza
Outra se chamava Marisol
Outra se chamava Maxima
Outra se chamava Nubia
Outra se chamava Rubia...
Outra de seios bem empinados
Que morava no bairro do pianco...
Outra de seios bem firmes que beijei
Conheci no rio pimenta do calhau...
Outra de seios moderadamente pequenos
Mas também firmes deliciei-me de Ketyla...
Outra de pele branquinha
Morava na rua bom jesus...
Outra que briguei por seu amor
Estudava na escola Nerval Lebre...
Outra uma loirinha bem baixinha
Conheci no residencial paraíso...
Outra uma moreninha magrinha
Que peguei no terraço de casa...
Sonetos Secretos
24
Outra bela menina se chamava Jaqueline
E esta estudava no Liceu Maranhense...
Outra uma belíssima menina de Cururupu
Que conheci no reggae de areia branca...
Outra morena gostosa morava na vila Isabel
Outra era uma amiga gótica de Sterfesson
Outra uma amiga magrinha de Sterfesson....
Outra morena lindíssima conheci
Em um curso preparatório na UFMA...
Outra conheci em um outro curso preparatório
Na associação dos moradores da vila Embratel...
Outra era a Railene amiga de Cleudiane
Outra era a minha amiga lesbica Natalia...
Outra era uma bela amiga de Cleyton
Outra bem linda morava na rua 07......
Outra era a amiga de Welton chamada Lindalva
Outra uma babá do prédio em que eu era porteiro....
Outra linda bela menina conheci
Na praça do poeta Gonçalves Dias......
Outra conheci em um comité
Do partido dos trabalhadores....
Outra que morava bem próximo de mim
Atrás do colégio do professor Ferreira...
Outra uma loirinha muito simpática
Que estudava no Cem Cesar Aboud...
Outra uma morena que estudava
No Bernado Coelho de Almeida...
Outra uma bela ex-namorada
Do meu amigo Fabio cabeção....
Outra conheci em uma festa
Na associação dos moradores....
Sonetos Secretos
25
Outra era a irmã do meu velho amigo Elcivaldo
Que eu singelamente apelidei de cara de maçã......
Outra era uma lindíssima bela magrinha
Que morava no início da rua bom jesus...
Outra conheci através de um chat bate papo
Mas esta morava longe no bairro do maracanã......
Outra era uma aluna do Colégio La Roque
Uma linda que amei sem mesmo ter beijado....
Outra uma gracinha de baixinha bem loirinha
Um pouco gordinha da rua primeiro de maio....
Outra uma lindíssima morena também baixinha
Que mora próximo a feirinha primeiro de maio....
Outra uma senhora muito esguia
Que trabalhava em uma lotérica...
Outra uma linda mulher tênue
Que conheci em Campo Belo
Em Campinas, São Paulo....
Outra uma colega de trabalho chamada Elida
Outra era a ex-mulher do meu amigo alemão....
É claro que em muitas outras flores
Sempre tive acessos bem mais livres....
Acessos que fui mais eficiente
Acessos muito mais eficazes.......
Em minha vida estas outras lindas flores
Pude sentir um perfume mais tênue e forte...
Flores coloridas que polinizei em meio vítreo
Perfumes diversificados sentidos na origem....
Uma flor era filha de um nobre carroceiro
Outra polemizei debaixo das mangueiras....
Outra se chamava Rafaela
Outra bela morava na rua 05
Outra era a novinha Andreia
Outra era a maluca Rafisa....
Sonetos Secretos
26
Outra uma morena que morava na vila Isabel
Outra se chamava Jó e morava em Santa Rita....
Outra se chamava Fernanda e mora em Recife
Outra morena belíssima morava em Camaragibe....
Outra bela morava no bairro de UR7
E de dentro dela tirei uma camisinha....
Outra morava na rua bom jesus
E está se chamava de Marluce....
Outra uma senhora loira que mora na rua 23
Outra uma senhora jeitosa de Campo Belo....
Outra morena linda morava no Vicente Fialho
Outra branquinha linda conheci em uma boate
Outra no reviver e morava no bairro São Cristóvão....
Outra conheci no natal de 2008
E acabei na praia da Vila Nova...
Outra conheci em uma empresa
Chamada de Constat Pesquisa...
Outra era uma jeitosa senhora
Ana Rosa professora da UEMA...
Outra era uma lindíssima loira
Que cursava história na UFMA....
Outra se chama Regina
Outra se chama Elaine
Outra se chama Brenda....
Outra estudava comigo no Curso Wellington
Outra estuda na UFMA e cursa ciências sociais....
Outra se chama Samara e esta é residente do Gurutil
Outra se chama Yasmim e também mora no Gurutil....
Muitas flores doces eu cheirei chorando
Muitas flores lindas eu polinizei sorrindo....
Mais dentre as muitas flores silvestres que eu já tive
Uma em um especial momento de minha vida trepida
Eu nunca, eu jamais, e em tempo algum irei esquecer....
Sonetos Secretos
27
Pois dentre a flor chamada de Alecram
Ou dentre a flor chamada de Adnerb
Es tu minha flor chamada de Alrac
A mais linda flor do meu amanhecer....
Flor silvestre do meu presente
Flor silvestre do meu passado
Flor silvestre do meu futuro
Flor doce e silvestre de Alrac...
“Mãos Amarradas”
Pulsos abertos com cortes feitos a estiletes
Manchas roxas em suas pernas e coxas....
Cordas brancas amarradas no teto de sua casa
Bancos altos que limitam a sua vida por um fio....
Crenças tolas mal resolvidas
Gênios nascidos de refinaria...
Diálogos fúteis criados sobre mentiras
Vozes amorfas sempre ao pé do ouvido....
Discursões simplórias dentre as resplandecentes
Todas vigentes a goles do pior Whisky do mundo...
Amarra-me coeso a muitas de tuas mãos ás minhas
Deixa-me soergue sobre sua virilha quente e sublime...
Solta-me naquele bueiro escuso e meio frio
Enfileira-me neste teu amor torpe e doentio...
Use-me tenuemente sobre as lapides frias
Daqueles que não mais respiram entre nós....
Geme sôfrega em gozo lento
Em tua casa abandonada….
Faz de mim vil demônio sacana
Um mero vinculo de desejo biltre...
Devora-me vil cadela dos infernos
Seja um cão sarmento e diabólico...
Sonetos Secretos
28
Que a sua paixão nasça nos infernos
Invadindo os meus desejos sacanas....
Deixe que o seu amor por mim morra
Seja sôfrega na ilusão estando sozinha...
Durma em sua casa de mármore
Relaxe em sua caixa da eternidade...
Não tente compreender o sono dos mortos
Não ultrapasse a barreira da forma etérea...
Barra a minha presença mórbida
Fecha a minha janela do paraíso...
Sou um cavaleiro sem coração
Sou um vil rufião amaldiçoado
Em teu convite de baile sereno...
Não finja em olhar-me de teu leito frio
Quando eu passar sobre a tua lapide...
Mostre-me o caminho lagar para o calvário tórrido
A corrente de oração onde os miseráveis lamentam
Entendendo que nem sempre estive ao lado dos mortos...
E mesmo ainda tácito
Perdido sobre o etéreo...
Sem querer-te do lado dos mortos
Vou morrer durante a vida inteira
Querendo-te aqui do meu lado...
“Um Mundo para o Covid-19”
Um mundo para uma só coroa
Um mundo para um só cedro
Um mundo para um só reino....
Corona para os coroados
Corona para os enfermos
Corona para os eleitos....
Sonetos Secretos
29
Corona para os pobres
Corona para os riscos
Corona para os fies
Corona para os infiéis....
Um mundo para um novo rei
Um mundo para uma rainha
Um mundo para um príncipe
Um mundo para um plebeu...
Um mundo visível para um ser invisível
Um ser visível para um mundo vil risível
Uma terra retorica para um ser monstruoso ...
Um mundo para governar
Um mundo para destronar
Um mundo para destruir...
O povo não o que por perto
A plebe não o tem como digno
O clero ignora a sua presença
E a nobreza o espera a distância...
Os corvos estão todos laureados
Os vermes se vestem para comer
A terra escancara a sua abjeta boca
E o mar inclina-se para nos engolir....
As febres estão todas livres
As pestes estão solidarias
E os ventres estão mortos...
O paladar não nos oferece mais o gosto da comida
O olfato não nos oportuniza sentir o cheiro da manhã
O corpo fragiliza-se com a sua minuta microscópica
E os pulmões não nos ajuda a sugar o ar da natureza...
Aonde estão as estratégias das vis guerras
Aonde não podemos discuti-las abertamente
Aonde o fronte reverbera as trincheiras falecidas
Aonde os biltres detêm os nossos vis vencedores...
Sonetos Secretos
30
Há uma falta de ar
Mesmo ao ar livre
Há uma falta de fome
Mesmo com comida
Há uma falta de sede
Mesmo tendo água...
Há uma falta de paladar
Mesmo tendo pouco gosto...
Ticara alegram-se com a carne podre
E os deuses acolhem os seus mortos...
A criação mostrasse microscópica
Mas o criador somente o adverte....
Há um cavaleiro que caminha solitário
Um desabitado que cavalga impune...
Um filho de uma família de várias doenças
Uma doença que ceifa diversas famílias....
Um nobre que nos confronta de frente
Um agave que se deleita com a morte...
Um bandoleiro que invade terras alheias
Um monge que se move desde o oriente...
Suas travessuras lastram-se com facilidade
E as suas canções conduzem tudo a morte...
Há hoje um mundo inteiramente novo
Um mundo fel inteiramente invisível...
Onde um degenerado rei com coronas
Exibe as suas aborrecíveis flamulas...
Onde os campos de batalha
Não exigem armas brancas...
O rei é um ser sobrenatural
A rainha um demônio alado
E o príncipe um anjo torpe...
Tudo está moribundo
Tudo está às avessas...
Sonetos Secretos
31
Um mundo novo a Covid-19
Um mundo do Corona Vírus
Um mundo novo de coroas....
Um mundo não tão novo e nobre
Um mundo de rainhas e coronas....
O mundo hoje usa mascaras
Mas não estamos no carnaval...
O mundo hoje usa álcool
Mas não se embriaga...
O mundo hoje usa mais sabão
Mas não fazemos espuma......
O mundo hoje usa mais água
Mas não é para bebe-la.........
O mundo lava mais as mãos
Mas não nos sentimos limpos....
O mundo até esta menos poluído
Mas não o estamos usufruindo....
O mundo está até mais bela e pleno
Mas não gozamos o seu espetáculo...
O mundo está mais ébrio e menos torpe
Mas não observamos as taças de vinho...
O mundo está mais feio
Mas não estamos nele...
Porém ainda estamos presos
Escondidos sobre as flamulas
E absorto sobre nós mesmos
Abruptos dentro da mãe terra.
Sonetos Secretos
32
“mivleK seugirdoR”
Quando der a vontade de viver
Eu viverei em muita intensidade...
Quando der a vontade de sonha
Eu roncarei ébrio de tanto imaginar...
Quando der a vontade de dormir
Eu apenas dormirei sentindo você...
No entanto, vir que muitos de vocês
Adorariam ver o mundo como o vejo...
Eu sei que gostar de reggae music
É um clichê um tanto meio chato...
Eu sei que gostar de música eletrônica
Parece coisa de um garoto branco
Semelha coisas de um play boy...
Eu sei que gostar de comer besteiras
Um dia certamente me fara muito mal...
Mas qual o problema nisto
Afinal a vida foi feita para isto...
Para se ter muitos riscos
Para ser muito bem vivida...
Eu sempre fui assim mesmo
Destemido e bastante vivaz....
Quando meus amigos
Queriam falar algo
Eu falei por eles...
Quando os meus belos pais
Queriam mandar em mim
Eu mandei por eles...
Quando minha doce irmã
Queria namorar alguém
Eu a entreguei em segredo....
Por isso quando der vontade de amar
Amem absurdamente qualquer pessoa...
Sonetos Secretos
33
Por isso quando der vontade de beijar
Beijem absurdamente qualquer pessoa...
Por isso quando der vontade de viver
Viva absurdamente em você mesmo...
Quando der vontade de pular de paraquedas
Pule sem medo, pule de verdade, se entregue...
Quando der vontade de dançar enlouquecidamente
Dance sem medo, dance de verdade, se entregue...
Quando der vontade de chorar doloridamente a dor
Chore sem medo, chore de verdade, se entregue...
No entanto, nunca se esqueçam de viver a vida
E que a vida é uma grande e suntuosa corrida
Tudo na vida é como uma grossa cortina fina...
E que ninguém sabe quando exatamente
Será a hora que se deve enfim fecha-la...
Portanto amigos não se preocupem mais comigo
Pois da vida, vivi tudo que ela não pôde me dar....
Eu sonhei, um sonho ébrio coletivo
Eu viajei, uma viajem agremiada
Um tubo em onda fragmentada
Que solenemente compartilhei...
“Conversas Soturnas”
Sou um homem de muitas conversas
Um bicho intelectual de falar e prosa
Um biltre arquiteto da dúvida crua e nua
Um morador de rua na mente de teu teto...
As vezes um e outro ser espiritual
Me fazem diligências especificas
Algumas são inoportunas
Outras são prosa e poesia....
Sonetos Secretos
34
Em alguns destes ensaios fortuitos
Os dois conversam e me esquecem
Em outras visitas tentam me abstrair....
Em algumas destas oportunas visitas intimas
São as minhas conversas fixas que predomina
Mas sei que ambos apenas estão me analisando...
Há dias que as conversas são ótimas
Outras são apenas distrações ébrias....
Deus e o Diabo conversam comigo
Um vem pela manhã depois do sol
O outro vem a pino no meio da tarde...
Um tem o dialogo todo em prosa
O outro falar comigo em poesias...
Um é a plena mansidão em pessoa
O outro tem o caos em seu universo...
O Diabo eu sei que não me quer bem nenhum...
E Deus eu sei que não me quer mal algum.........
Um apenas perturba a calmaria tênue
O outro não me ajuda e nem interfere......
Um dia me coloquei ao lado dos enlouquecidos
E estando Deus em minhas pobres memorias
Conversando francamente sobre o que é a vida
Percebi que não éramos seres tão diferentes....
Principalmente quando o assunto é mais tênue
E o tema abordado busca o autoconhecimento....
Discursos que nos obrigam a discorda do consenso
Dialogas que traduziam nossas angustias e tristezas….
As febres eram matinais e frouxas
E os pensamentos fundamentais
O que nos levava ao contrassenso...
Em outras poucas vezes
Em visitas a minha casa....
Um anjo guardava-me a esquerda
E um demônio me expiava a direita....
Sonetos Secretos
35
Estando os visitantes muito angustiados
Possibilitei a abertura de novas conversas
Vislumbrei um embuste com o Lúcifer
E um outro aleive ébrio com Jeová.......
O discurso era sobre os humanos
Um outro discurso sobre os anjos
E um outro discurso sobre mim.....
Mais nenhum deles quis o discurso pessoal
Falar sobre suas próprias existências eternas...
Lúcifer relatava relutante
O discurso da depreciação....
A raça humana é como um gado
São pedaços de carne inconscientes
E merecem ser abatidos no curral...
Todos eles moribunda pelo mundo
São peças de um xadrez esquecido....
Bichos sarnentos preparados a uma caiçara
Cacas vazias de um involucro sujo e biltre....
Eles não sabem de sua importância virtuosa
Não valorizam as suas vis almas imortais......
Eles nunca pensam
Eles não vislumbram
E nem vivem a vida....
Deus, no entanto, apenas o escutar tacitamente
Ver que nem todas as suas criaturas são ébrias
Poucas se mostraram um biltre que traiçoeira....
As arvores estão plantadas no jardim
Mas nem todos os frutos vingará bem
Alguns nasceram de minha bel vontade
Mas nem todos serão como eu provir....
Nascer não foi uma escolha
E viver é uma opção tênue
Mas morrer é uma eleição...
As conversas e aquelas inúmeras visitas a noite
Foram todas fortuitas e magicamente ébrias.......
Sonetos Secretos
36
Algumas eram penalizantes a mente
Outras frustradas pelo amanhecer...
Todas tinham seus argumentos amargos
Outras muitas fundamentadas na culpa...
O Diabo me fez várias visitas durante a vida
Todas elas houveram conversas e bebidas....
O criado também se fez várias vezes presente
Mas seus diálogos foram sucintos e acanhados...
Um tinha a sem vergonha mentira impressa em sua cara
O outro possuía nas conversas um curto e grosso adeus...
Deus me deixou várias vezes sem respostas
Algumas nem foram proferidas em silencio fel...
O outro nem queria se explicar muito
Só desejava um dia possuir os céus....
“Vazio”
Tudo morre
Tudo passa...
E o mundo ébrio
Um dia passará...
Todas as pessoas
Um dia passaram....
E o mundo antes repleto de vida
Será como o vazio planeta Marte...
Um dia ele será um completo vazio
Uma montanha repleta de cadáveres....
Um vácuo no espaço vazio
Um silencio na eternidade....
Sonetos Secretos
37
“Simplesmente”
Eu simplesmente
Odeio gente feliz...
Eu simplesmente
Odeio gente falsa...
Ainda mais
Quando o feliz
Não sou eu...
Ainda mais
Quando o falso
É o meu algoz...
Eu odeio gente feliz
Eu odeio gente falsa...
Mas odeio
E as odeio
Muito mais...
Quando elas
Lembram-me...
O quanto eu sou feliz
O quanto eu estou infeliz
O quanto não sou falso...
“Conversas Coesas”
A vida é verdadeiramente uma só
E a morte é absurdamente biltre...
É errado dizermos que se vive apenas uma vez
Mas vivemos necessariamente todos os dias
E morremos nitidamente uma única vez...
Não existir, mas é uma lastima desprezível
Mas não viver também é uma agressão vil...
Portanto um recado aos viventes
É necessário saber viver a vida....
Sonetos Secretos
38
Não se pode passar apenas por ela
É preciso vivencia-la fortemente....
Aos tolos...
Tenham uma vida breve e chata...
Aos arrogantes...
Tenham uma vida maçante e abreviada
Aos amantes...
Tenham uma vida plena e longa...
Portanto quem viver bem...
Viveu...
Quem viveu mau...
Não viveu...
Quem beijou.........
Saboreou um ótimo sabor...
Quem não beijou...
Perdeu um primo sabor....
Quem se ariscou venceu na vida
Quem se acovardou fracassou....
Quem viveu...
Viveu...
Quem não viveu...
Morreu...
Quem sofreu...
Sofreu...
Quem sorriu...
Sorriu...
Quem gozou...
Gozou...
Quem não gozou...
Perdeu...
Portanto vivam o que há para se viver
Conseguinte sintam o que há para sentir...
Sonetos Secretos
39
Por que na vida nada é para ser sempre
Por que na vida o logo sempre se acaba...
Portanto na vida não há uma outra vida
Portanto não há uma segunda chance....
Então seja rápido
Então seja breve...
Por que a vida não espera
A vida passar bem veloz....
E ela não nos espera para vive-la
Ela simplesmente nos perpassar...
Então revise-se
E viva o agora...
“Ratos Desejáveis”
Alguns são ratos de esgotos
Outros são vis ratos de porão...
Alguns rastejam por cozinhas imundas
Outros caminham sorrateiros em lixões...
Diversos outros perambulam em hospitais ermos
Outros roem os restos em supermercados biltres...
Alguns poucos são ratos de laboratórios
Outros estão hospedados em vis livrarias....
Outros almejam suportavelmente as lixeiras
Mas muitos na verdade estão em restaurantes...
Os ratos são seres horríveis
Os ratos são animais detestáveis
Os ratos são encéfalos desprezíveis....
Mas nem tudo neles
Devem causar pavor....
As suas narinas engraçadas
Regozijam-me desejos pueris...
Sonetos Secretos
40
Seus olhares trêmulos
Suas orelhas curiosos
Causam-me sorrisos
Alguns afrouxados
Ouros refratados.....
Alguns são ratos a meia boca
Outros são ratos a meio tempo....
Concordo que eles são seres vis
Mas quem nunca os resignifico-os...
Alguns roem realmente as roupas do rei de Roma
Outros roedores roem literalmente o saber da vida....
Curiosamente tenho muito apreço a estes vis roedores
Gosto daqueles que possuem biltres gostos peculiares....
Sou completamente adepto
Aqueles tipos de roedores
Que fazem de um bom livro
O seu sublime jantar das seis...
Sou um rato com hábitos fortuitos
Sou um roedor das penumbras...
Há quem me julgue pelos dentes
Mas sou um rato de muitas ruas...
E muito fácil roer alguns livros
O difícil é não roer um amor....
Neste aspecto não desejável
Sou rato muito desajeitado
O meu coração se apaixonou
Ele realmente se empolgou....
Ela é uma rata de biblioteca
Uma rata que roubava livros
Uma rata que ruía muitos livros....
E nestes muitos roubos
E nestas muitas ruídas
Ela roubou o meu coração...
Sonetos Secretos
41
“Gente Egoísta”
Dizem que as pessoas solitárias são as mais felizes
Dizem que as pessoas casadas são as mais felizes
Dizem que as pessoas promiscuas são mais felizes...
Sobre a felicidade é algo que não entendo
Sobre o amor é algo que entendo pouco
Sobre prazer é algo que entendo muito...
Mas sobre o egoísmo
É algo pouco discutido....
As pessoas com pouco altruísmo sabem viver
As pessoas sem preocupações sabem viver....
O valor da felicidade está no biltre individualismo
A felicidade está em não se importar com o outro...
Pessoas egoístas vivem muito melhor
Pessoas egoístas sabem viver melhor...
Talvez a felicidade está no amor próprio
Talvez a felicidade está em pensar em si....
Nunca esteve ligado aos outros
Nunca esteve ligado a ninguém....
“O Mal que Influência o Bem ”
O mal foi uma influência do bem e nasceu do bem
O bem influenciou o mau e cresceu dentro do bem...
A origem do bem tem a mesma origem do mal
O mal tem origem do bem e nunca esteve mal...
Sabemos que o bem existiu antes de vim o mal
Mas não sabemos a origem do existir de ambos....
A ignorância é um terrível fruto biltre
Um fruto vil que jamais deveria existir...
E a sabedoria e´ uma semente inócua
Que estando livre germina a tenuidade...
Sonetos Secretos
42
A vida é uma sublime criação
Uma criação mágica do divino...
E a existência de cada ser vivo
Organismos que vivem na terra...
Pautam-se na resiliência da existência
Curvam-se na eloquência tênue do vil...
A arvore da sabedoria
Guardiã de todo o ser
Privatiza todo o saber...
O saber é até hoje um dilema dialético
Um problema vil na ignorância alheia...
Um conhecimento que liberta
Uma liberdade que escraviza
Um desconhecer que aprisiona...
O saber é tão contemporaneamente perigoso
Quanto na época das grandes mil criações......
A maça do jardim do éden
A maça de Issac Newtow
A maça mordida da Apple....
Até hoje perturba a onisciência de ser
Ciência de que não se possuir em si...
O interessante
Em nós mesmos...
É que este mesmo conhecimento que liberta
É o mesmo conhecimento que nos escraviza...
O bem é a única forma de ética não benéfica
E o mal é o único paradoxo dialético da vida....
Mas se o mal é uma ordem inversa ao bem
Onde se originou o mal que habita a terra....
Muitos dos livros sagrados
E outros escritos apócrifos
Tentam culpar o anjo lucífer
Pela terrível tragédia épica
Entre a humanidade e Deus...
Sonetos Secretos
43
Mas se no início só havia o bem
E neste intercurso surgiu o mal
De onde veio o mal original.......
Onde nasceu o mal no coração de lucífer
Onde cresceu o bem no infinito dos céus...
O entendimento é que se o mal é possível
Este mal teve uma provável origem inicial...
O mal teve um criador
E o criador teve o mal...
É por culpa do mal
O mal ser do mal....
E por culpa do bem
O bem ser do bem...
E um anjo rebelde
É um demônio vil...
A mera desculpa de ser mal
A dupla culpa de não servir...
Ninguém serve a dois senhores
Mas quem é senhor de quem...
A verdade é que pode ser possível o mal
E a mentira é que nem pode existir o bem...
O bem pode ser originário do próprio bem
E o mal é originário do que mesmo afinal...
O bem é originário do próprio bem de Deus
E o mal poderá ter vindo também de Deus...
Lúcifer é um ser de existência malvada
E Deus um ser de existência benévola...
Então por algo impuro
Nascer de algo puro....
Pois se o anjo lucífer é a sua vil criação
E, portanto, subproduto de sua criação...
Sonetos Secretos
44
O que o fez ser extremamente mal
Se este originou-se do perfeito bem...
Se o mal foi possível existir no bem
O mal também já existia no criador...
E se o bem externou-se como luz
O mal se internalizou por lucífer...
Há quem acredite numa criação do mal
Mas nem tudo no éden foi de fato ruim...
Afinal de contas o que seria de Deus
Sem o seu extremado inimigo lucífer...
E as trevas sem a luz
E o calor sem o frio....
E as tempestades sem a calmaria
E o ódio sem o seu amor fraternal...
O que seria do Super Mam sem o Lex Lutor
E o Homem Aranha sem o Doutro Octopus...
O que seria de mim sem o amor
E o amor sem alguém para amar...
O que seria do bem sem o mal
E todo esse mal sem o meu bem...
O bem somente existe
Porque existe o vil mal...
Há um contrato vil de equilíbrio
Um termo fel pré-estabelecido...
Um mal necessário para um bem primordial
Um bem irresoluto para um mal bem social....
Há a balança sombria de um universo em desequilíbrio
O bem e o mal de nossas próprias existências infinitas...
O anjo e o demônio de nossas crenças mais antigas
Deuses e demônios de nossos próprios destinos...
Somos nossos próprios mau em nosso vil bem
A vacina de nosso próprio veneno macabro….
Sonetos Secretos
45
Um deus caído na terra em pele de biltres demônio vis
Um demônio perverso na pele de um deus convencido...
Somos criação e criatura de um mesmo desejo torpe
Um desejo livre de ter seus próprios conhecimentos
Um ser livre de suas próprias amarravas e criações....
“Velhice”
A idade é um tormento
Mas do que envelhecer
A dor é um caminho vil.....
Tudo dói com a idade
Tudo cair com os anos
Tudo fica sem brilho.....
Posso sentir as dores do meu quadril quadrilátero
Posso sentir as dores da minha espinha vertebral
Posso sentir a minha dor de ouvido entupido
Posso sentir a minha dor em minha dor na dor....
Velhice
Velhice
Canalhice....
O veto dos fetos
O reto dos restos
O réu dos hereges....
Não vislumbro a quimera
Não regozijo o rei tempo...
Jazem mortos na primavera
A juventude de uma videira
Em um céu que não existe....
Vivem a velhice eterna
Vivem o fim de tudo....
Sonetos Secretos
46
“Trabalho Humano”
Quanto há hoje de trabalho escravo no mundo
Quanto há no mundo escravos do trabalho hoje...
Quantos zumbis há nas lúgubres oficinas vis
Quantos indigentes existem há nas fornalhas......
Quanto há hoje de vil escuridão na terra
Quanto há de vitalidade sobre os herdeiros....
Neste século do quase não luzes
Neste século do quase não cruzes...
Nunca houve tanta exploração do trabalho
Nunca houve tanto trabalho para realizar...
Nunca houve tantos humanos
Nunca houve tantas maquinas....
Nunca houve tantos recursos disponíveis
E nunca houve tantas desigualdades juntas...
Nunca houve tanta fartura na terra
E ao mesmo tempo e em penumbra
Nunca houve tanta fome e indigência...
Nunca houve tantas luzes sobre a litosfera
Como há hoje tanta escuridão no homem...
Nunca houve tantas religiões
E singularmente a espécie
Nunca houve tanta solidão....
Nunca houve tanta felicidade
E linearmente ao lado dela
Nunca houve tanta infelicidade...
Nunca houve tantos céus no céu
Como há hoje sobre a terra fria
Nunca houve tantos infernos....
Sonetos Secretos
47
“Deus e o Diabo”
Um Deus que esta solicito
Um demônio que esta vil...
Um é andante de águas límpidas
Um exímio e ilustre velejador....
Outro é um biltre requeiro insensível
Um militar que luta por um céu vazio...
Um deseja caminhar sobre a sua terra
Mesmo que ela se mostre turbulenta...
O outro já é dono temporário da terra
E almeja caminhar sobre crânios e fel...
Um é Deus por procedência e essência
O outro cobiça ser deus por opulência...
O primeiro lutar pela espada firme
O segundo briga como a um louco...
Um tem a essência de um leão
O outro a excreta de um cão....
Um possuir o seu brilho próprio
O outro deseja ser iluminado....
Na falta de ossos e carnes
O diabo sorrir contente....
Na extravagancia de almas e de luzes
Deus recria os seus jardins suspensos...
O mundo não quer orbitar em uma bolha
E a vida não está presa a uma varanda....
Os céus não são um bom pecúlio
Mas a terra não vem do paraíso...
Deus até pode estar em você
Mas o diabo quer ter você....
A vida tem no princípio o infinito
Mas o infinito finito a nossa vida...
Sonetos Secretos
48
“Perdidos”
Uma humanidade perdida
Uma humanidade esguia....
Proletária
Riquíssima...
Naufraga no meio do mar
Perdida na cidade em cinzas....
“Preconceito”
Pior do que o preconceito
É o conceito sobre o assunto...
“Sono Sagrado”
Sou um ser inevitavelmente de muitas noites
Dormi depois das três é uma dadiva sagrada....
A insônia é algo que aproveito de madrugada
Uso meu distúrbio para escrever os meus dias....
Dormir muito é o mesmo que morrer
E viver de verdade é algo para poucos...
E somente se vive estando acordado
Pois teremos a eternidade para dormir...
Descansando morbidamente em talhes
Em nossa caixa fechada da eternidade...
Sonetos Secretos
49
“Os Ratos de Schrodinger”
Esses são tempos estranhos
Um mundo tomado em solidão
Repleto por ruas e vielas vazias
Tomadas por casas silenciosas
Caladas pelos ruivos dos cães...
Nunca foi tão necessário ser
E nunca foi tão necessário ter...
A hoje uma buscar convivências tímidas
Buscas por novas experiências mentais
Projetada para outros mundos infinitos
Onde a paz seria menos difícil de viver...
Frequentemente descrevemos absurdos
Como é paradoxo a vivencia dos mudos
A vida que não nos é mais um habitual...
Como um ato empírico inebriado de luz
Que nos coloca como gato sujo de rua
Trancafiado em uma caixa de madeira
E exposto a um veneno mórbido e letal...
A vida nos tornou um carcereiro ébrio
Um soberbo de nossa própria liberdade
Um rufião de armas longas e mortais...
Estamos realmente em um estado de vivomorto
Estamos sujeitos a uma experiência mortífera....
Exposto a algo tão insano e cruel
Que ainda não nos foi declarada...
Somos na verdade um gato numa caixa
A fazenda de formigas de uma criança
Um rato de laboratório de um cientista
Um big brother de um deus na televisão
Ou a triste experiência mental de alguém...
Mas o que somos realmente hoje
Que proposito temos neste plano
Quais lutas teremos que travamos
E onde queremos chegar com isso...
Sonetos Secretos
50
Somos um Gato de Schrodinger
Uma formiga atômica da Marvel
Ou somos sapos de sala de aula...
A China tem produzido milhares de vacinas
A Austrália tem produzido algumas vacinas
Os Estados Unidos da América do Norte
Têm produzidos milhares dessas vacinas
O Brasil produziu vários lotes de vacinas...
Mas a maioria das cobaias humanas
Estão tristemente em nosso vil país...
Assim como os países da África
Tem sido palco de experimentos
Testes medonhos de toda ordem
Usados por meio da cruz vermelha
E pelos os médicos sem fronteiras
Por razões que todos conhecem....
Doenças, pobreza, fome
E heranças colonialistas...
Somos hoje a vil ebola ébria
Os hospitais do sul da África...
O gado extremamente novo
Conduzido para a vil morte....
Um fato que me faz pensar
Um pensar que me faz fato....
Somos um observador de uma experiência
Somos redentores de uma brutal experiência
Ou seremos todos nós a experiência de alguém...
Como não contesta se sou atomato
Como não qualifica se não sou real
Se não sou uma ébria anedota triste...
Uma nota de cruzado
Um dobrão de níquel
Um vintém de esmola
Um euro de fraude
Um dólar de outrem...
Sonetos Secretos
51
“Réplicas Matemáticas”
Não sejamos nestes tempos difíceis
Um rato dócil de experiência mental...
Não deseje a um inseto dissidente
Algo que o seu para-brisa esmague...
Não sejamos cobaias inúteis
Em um miserável laboratório....
Não queira minha doce jovem
Está presa eloquentemente
A minha infeliz má sorte.........
Não permitamos o exequível vil prologo
O estado inerte de um vórtice repetido
Pertencentes inequivocamente a tríade
A fazenda de formigas de um louco....
Não sejamos uma frequência quântica
Algo terminantemente amiudada a luz...
Não sejamos um fronte de guerra
Alinhados a uma fila de pesquisas...
Não permita que um fato tolo
Descrevido por ato paradoxal
Delimite nossa linha de tempo...
Em nosso tempo
Em tempo nosso
Em pouco período
Em ocasião rara...
Não deixemos que a vida
Também inoportunamente
Procure pelas ilustrações
De um tempo inesperado...
Não sejamos biltres irresponsáveis
As muitas interpretações dessa vida...
Sejamos sobre a eterna terra
Simples regras matemáticas....
Complicações quânticas
Aplicadas a imaginação....
Sonetos Secretos
52
Objetos do nosso dia
Recorrências da noite
Réplicas do dia-a-dia...
“Amada Meretriz”
Amada meretriz errante
Serás que tu melindras...
Amada errante meretriz
Nunca tens pena de mim...
Será eu que vivo para te amar
Ou serás tu que não me amas...
Se eu vivo mesmo para te amar
Dê-me sinais de vossa piedade....
Oh! Linda meretriz estupida
Oh! Bela veneziana biltre....
Sei que há vida em teu olhar vazio
E que você indubitavelmente solta
Ainda senti um amor biltre por mim....
Quando fica vividamente sozinha...
Quando fica viciadamente sozinha...
Creio que há amor no teu lamento
E há vida em teu rancor mórbido...
Une nas minhas genitálias
Os teus grandes lábios vis...
Coloca sobre minha boca
A tua linda buceta alada
Junta para sempre em vida
A tua tara languida a minha...
Sonetos Secretos
53
“Bucetas Molhadas”
Eu a vejo de longe
Sentada na calçada
Com a sua buceta
Muito molhadinha....
Ela insaciadamente a me olhar
Ainda me espera na vil esquina
De pernas estupidamente abertas
E sempre é claro a minha espera....
Ainda susceptivelmente de longe
Ela pisca para mim e barqueja:
- Ei você quer se divertir essa noite?
Eu, no entanto, entusiasmado digo:
- Sim bela dana
- Quero sim!
Ela responde.... Tacitamente
- Ei lindo...
- Então vamos!
De repente de seu clitóris
Sai aquele odor entediante....
Não pude voltar atrás
Ela estava bem quente....
Eu tive que pôr o meu pau naquele buraco
Que ela simplesmente chamava de satanás...
“Play Boy”
Quanta gente vem me espiar
E quanta gente se masturba
Pensando em mim despida...
Sonetos Secretos
54
Quantas alegrias vis e tórridas
As minhas páginas transmitem
Em um holocausto de espermas...
Ela era assim majestosa
Ela era assim bem sexual
Ela era assim muito quente
Uma mulher biltre e infernal...
Quantas felicidades
Grudei em páginas...
Quantos dias quentes gastei em pé
Pulando de banheiro em banheiro...
Até meu corpo frágil
Ter que ficar esquio
Ter que ficar magro
E muito esquelético....
Lembro de estar batendo uma
Lembro de bater mais de uma....
Bem longe de Pernambuco
Bem longe de minha Olinda...
Na casa de zé Lanterna
No povoado de gurutil
No interior do Maranhão...
Fazendo um holocausto de espermas
Milhões de milhões de crianças mortas
Todas elas assassinadas no meu chão...
“Sexo e Amor”
As mulheres apenas falam de amor
As mulheres somente falam de amar...
Sonetos Secretos
55
Homens são apenas mais homens
Homens somente querem mais sexo......
“Os Mil Bigodes de São Luís”
Oh! Ilha encantada dos mil bigodes
O que fazes sonolentamente a noite
Enquanto outros apenas dormem....
Oh! Ilha que permanece encantada
Não fiques suja, e nem magnética
Enquanto muitos aqui a usurpam...
Oh! Minha Atenas maranhenses
Sempre cheia dos amores turvos
Não me deixe sozinho no largo...
Aquele mesmo largo do Carmo
Aquela mesma fonte do ribeirão
Sempre solteiro ao meio tempo
Sentado e esquecido por Deus...
Oh! Minha triste e bonita São Luís
Não deixe que os meus mil poetas
Desta terra repleta de vis palmeiras
Fique continuamente congelada...
Que aqui se plante sempre palmeiras
Que jamais alguém aqui finque bigodes...
Não deixem que as roseanes daninhas florem
E que os fios destas linhagens não prosperem....
Sejam todos os poetas desta terra brava
Entes serenos não pairados no tempo...
Que aqui nesta terra alva
Jamais se filiem vis ogros
De um que quase colonial...
Que aqui jamais tenha servidão
Que aqui jamais tenha mazelas
Que aqui jamais tenha fome vil...
Sonetos Secretos
56
E que nunca mais ponderem
Os biltres chefes de estados...
Aqui lamentavelmente
Existe apenas o caos...
Não existe crescimento social
E isto a mais de quarenta anos....
A pobreza permanece viva
A fome permanece mais viva
O analfabetismo ainda vive....
Mas estes fatos imbecilmente inglórios
Fazem jus apenas a honoráveis bandidos
Todos eles famigerados desta bonita terra....
Eles são gigantes não pelo conteúdo politico
Nem pela fama da gigante serpente da lenda....
Que segundo reza-se a cultura popular
Quando a cabeça encontrar com o rabo
Ela abraçaria a cidade luz destruindo-a....
Mais sabemos que bigodes e serpentes
As vezes possuem similaridades afins...
Oh! Minha cidade deixa-me salvar-te
Oh! Minha cidade deixa-me amar-te...
Não me julgue um infiel
Não me deixe sozinho....
Deixe-me agradar-te
Deixe-me venera-la...
Oh! Ilha encantada dos mil bigodes
Oh! Por mil bigodes de São Luís....
Quem será com vos
Quem será por vos
Quem será contra vos
Ninguém eu duvido...
Sonetos Secretos
57
“Deus e o Homem”
Quem é criador
Quem é criatura...
Quem é verbo
Quem é sujeito...
O fato de ser Homem
O fato de ser Deus....
O Homem e Deus
Deus e o Homem....
Um Deus,
Apenas uma vontade do que é o homem....
Um Homem,
Apenas uma vontade do que é ser um Deus...
Um criador,
Um imortal, na mortalidade...
Uma criatura,
Um mortal, na imortalidade...
“Amor Envelhecido”
Enfim, estamos todos no fim
E certamente nem vir o início...
O amor pode ser jovem
Mas o tempo do amor
É sempre envelhecido...
Como todos nós chegamos até aqui
E por quantos dias ficamos inertes
A mercê do tempo e do nosso vazio....
Quais foram as nossas realizações
E por quais motivos brigamos tanto...
Sonetos Secretos
58
Quando foi que erramos
Quem teve o ato cria-lo....
Quais foram as dúvidas inevitáveis
Quem de nós não se ateve ao outro
Para não se abster de nos ater bem...
Como foi que desperdiçamos a nossa vida
E com o que tanto ficamos interessados...
Quem nos iludiu de uma vida sem prazeres
Sem que nisto não nos padeça a tristeza...
Com o que se perdeu o nosso vil brilho
Quais foram os beijos que velei sorrindo...
Porque ficamos parados sem nos vermos
Porque parados sem nos vermos ficamos...
E quando foi que chegamos aqui
Quais foram os piscares de olhos
Que inevitavelmente eu não vir....
Quando foi que eu e você envelhecemos
E por que é por quando tempo eu te perdi
Quando foi que eu e você chegamos aqui...
“Amado Lúcifer”
Amado indulgente
Como esta tua fronte...
Odiado cavaleiro andante
Como está a tua espada...
Como é doce o ocre das prostitutas
Como é límpida a casa dos injustos...
Tu foste aquele que nos libertou
Em época de guerras alucinadas
A ignorância pávida de nosso cerne...
Sonetos Secretos
59
Tu rompeste com o segredo
Habitado na arvore do jardim
Aquele que aprisionou Adão
Aquele que condenou Eva...
Inculto as deliberações éticas
Improprio as ocupações do etéreo
Envolto a supremacia imposta ao pai...
Quem nos apresentou o cerne proibido
Quem deflagrou a queda de multidões
Quem começou o mundo que conhecemos...
Foste tu quem nos deu a virgens pálidas
Foste tu quem nos apresentou ao sexo
E como um biltre palestrante incestuoso
Nos presenteou com a libertinagens etérea...
Como a dor de mil prostitutas
Estupradas sobre a luz da lua...
Como o delírio da virgem pálida
Que delira a noite possuída por ti...
Como o fel de uma menina
Possuída por vários homens...
Como a relva dos amantes ébrios
Em volúpia selvagem sobre a terra...
Merca a beleza do cão que ruiva a noite
Merca o desejo inculto das virgens violadas...
Furta o desejo incauto dos que defloram suas virgens
Deflagre a prisão noturna dos entes que te estupram...
Amado indulgente
Como esta tua fronte...
Odiado cavaleiro andante
Como está a tua espada...
Como é doce o ocre das prostitutas
Como é límpida a casa dos injustos...
Como estão os condenados
Que não apreciaram o desejo...
Sonetos Secretos
60
Como estão os condenados
Que não se entregaram a volúpia...
Como estão os condenados
Quem não sentiram a lascívia...
Amando lúcifer
Quem está morto...
Amado demônio
Quem está inerte...
Minha canção biltre
Vislumbra as ébrias...
Minha dadiva infernal
Procura as mil santas....
O meu ocre possui beleza
O meu perfume tem ensejo...
Eu o desejo na carne
Eu os desejos no cerne...
Sou um violado de intimidade
Sou um cão que devora a bílis...
Não me estenda a volúpia das frigidas
Não me estenda a inercia das moiras....
Eu desejo as pálidas
Eu desejos as virgens
Eu desejo as ébrias....
Eu sou o jardim perdido
Eu sou a maça da arvore
Um demente em teu celeiro...
Eu sou o pecado eterno da dor
Eu sou o demônio de teu sono
Um diabo necessário em desejo...
Tu es a minha prostituta
Tu es a minha Nerfetiti
Minha lascívia em lucífer...
Sonetos Secretos
61
“Minha Consorte”
Minha amada inocente
Minha amada anáfora
Minha amada celta...
Minha deusa
Meu demônio
Minha consorte
Meu incesto senil...
Mais lívida que a sorte
Mais límpida que o mar
Mais prospera que o anjo...
Sou teu cônego
Sou teu presbítero
Teu afixo profano...
“Amada Irmã”
Imaculada viking
Sacana dos portos
Celta dos vis Balcãs...
Feroz vulva
Insana pálida
Imitada deusa...
Não me deixe
Não me esqueça
Não me abandone...
Amada semita
Amada promiscua
Célere mestiça do fel...
Teste meus beijos
Supra meus toques
Fragmente meus tesos
Incesto amado
Pecado desejado
Beijo roubado...
Sonetos Secretos
62
Amado
Amante
E insólito...
“Amada Filha”
Meus toques
Meus lábios
Meus cheiros
Em seus seios...
Meus dedos
Minhas mãos
Minha língua
Em sua vulva...
Minhas pernas
As suas pernas...
Minha boca
Em sua boca...
Meu sexo
Em sua vulva...
Meu sexo
Em seu sexo...
Suas nadegas
Em minhas mãos...
Frio
Arrepio
Desejo
E gozo...
Penetrada
Arrancada
Violentada
A inocência...
Em um beijo
Em um terço
Minha vontade...
Sonetos Secretos
63
“Pálidas e Lívidas”
Minha pálida
Minha lívida
Minha ninfa...
Como es lívida
Como es breve
Como es chumbo...
Minha tácita
Minha frívola
Minha amada...
Meu céu
Meu inferno
E meu Deus...
“Importação Romântica”
Na época do ultrarromantismo
No ápice do amor Lascivinista
Em volta a amores de balsamos...
Liderada por Lord Bayron
Fomentada na vil Europa
Consumida pelas fés ébrias...
Recebida por Alvarez de Azevedo
Difundida pelo amor das mil pálidas
Acolhida pelos biltres poetas do Brasil...
Estes seus poemas
Estes seus vis livros
Estes seus encantamentos...
Influenciavam as damas
Influenciavam as jovens
A serem muito pálidas
A serem a própria morte...
Sonetos Secretos
64
Um ideal de beleza
Um ideal de vivencia
Uma vil indução vivida...
Moças tácitas
Moças pálidas
Moças mortas
Moças mórbidas...
Como abusam deste pó da morte
Como ofuscam a síntese da carne
Como horrorizam a base de chumbo...
Clareia as veias dos pescoços
Clareia as veias de suas mãos
Como alvejam a vulva do fel...
Isto as deixavam lívidas
Isto as deixavam pálidas
Isto as deixava amadas...
Como as nuvens dos céus
Como os algodões doces
As lívidas brancas encarameladas
Andavam em penumbra pelas sepulturas....
Todas eram como a espuma do mar
Todas eram como uma grama de sal
Involuntariamente pálidas como a morte
Inevitavelmente pálidas como os anjos dos céus...
“Efêmera Existência”
Como é vil a vida
Como é biltre a morte
Como é efêmero viver...
Como é frágil o beijo
Como é tácita a felicidade
Como é transitória a juventude...
Sonetos Secretos
65
Um curto espaço no tempo
Um acaso na imensidão do tedio
Um buraco de minhoca no teu espaço
Um segundo os braços de tua existência...
A vida é um balsamo
A vida é um rio translucido
Uma tempestade perfeita no oceano....
É uma pena a existência da morte
É uma pena a finitude da vivencia
É uma pena não ser uma continuidade
Uma vela acesa que nunca extingue as chamas...
Sou o meu universo escondido
Sou o teu simples oceano intacto
Um planeta curioso em tuas lentes
Uma vivencia inesperadas em tua viagem...
Como um biltre ébrio
Que caminha sozinho
Como um vil amante
Que descuida da sorte....
Sou finito
Sou efêmero
Sou um exagero...
“O Pacto dos Poetas”
Todos os poetas
Tem de certa forma
Um grandioso pacto
Alelo com o demônio...
Todos os poetas
Tem de certa forma
Um pequeno afastamento
Alelo e discreto com Deus...
Sonetos Secretos
66
O primeiro criou as trancas da libido
O segundo criou a liberdade da lascívia
E o ultimo criou a prosa e os versos de perdição...
O primeiro deseja destruir as suas fies criaturas
O segundo deseja destruí aquele que criou a maldade
E o ultimo deseja descontruir a criação dos criadores...
O primeiro é criador de universos
O segundo é um saqueador de almas
E o último é um imaginador de literaturas...
O primeiro quer o amor entre os homens
O segundo quer disseminar as luxurias
E o ultimo deseja viver tudo isso em orgias....
Isto talvez
Isto porque
As dúvidas...
Isto não sei
Isto bem cabe
As dúvidas...
Os poetas
As amadas
E os amantes...
Alguns estão à deriva
Alguns estão a tormenta
Alguns estão a navegar....
Perdidos
Perplexos
Mortalizados
E abandonados...
Todos os poetas
Tem de certa forma
Um grandioso pacto
Alelo com o demônio...
Sonetos Secretos
67
Todos os poetas
Tem de certa forma
Um pequeno afastamento
Alelo e discreto com Deus...
Nós nos sentimos
Um pouco envoltos
Pela sombra do mal
Na presença de lúcifer...
Nós nos sentimos
Um pouco arrastados
Pelo brilho das estrelas
Entreabertos e abandonados
Talvez pela presença de Deus...
“Alrac”
Um beijo roubado
Um aperto atrevido
Um desejo insano....
Com prosa
Com amor
E sem tedio...
Fim
Sonetos Secretos
68
Agradecimentos
A todos os meus amigos e colegas que leram este livro
Antes mesmo de sua impressão
Que elogiaram e criticaram as suas entrelinhas
Que deram muitas sugestões importantes
E às vezes até compactuaram comigo
Em recitações ao ar livre
Na embriaguez da companhia de um bom e velho vinho
Um salve a vocês...
Sonetos Secretos
69
Memorial
Em memória de um amor
Que ficou no passado...
Ao amor de minha vida
Ao amor de meu viver...
Ainda que este amor
Não esteja por mim
Em público
Como devia o ser
Tanto a mim
Quanto a ela...
Esteja aqui está declaração
Em memória de seu nome
Em estrato de dignifico título...
Oh! Minha amada bendita
Oh! Minha bendita amada...
Está escrito em sangue
Está escrito em chamas...
Mesmo que ainda esteja
No anonimato completo
Meu amor por você Alrac
Ainda continuará no espaço...
Percorrendo o infinito
Como o brilho de bilhões
De estrelas mortas nos céus
Que insistem em te focalizar...
Ainda que inerte na alma
Ainda que inerte na calma
Isto sim meu amor
É apenas amar-te....
Sonetos Secretos
70
Sobre o Autor
Sua alma no universo imaginativo perambula,
Seu gosto pelo vinho revitalizar sua emoção,
Nascido em São Luís do maranhão no dia 26 de fevereiro de 1981,
Sua vida literária é marcada pela paixão e pelo amor que possui pela arte,
Principalmente pelo teatro, música, cinema, artes plásticas e pela poesia
produzida em geral pela humanidade...
Talvez isso explique sua incrível fascinação pelos livros e pelos autores
ultrarromânticos do século XVIII....
Desde muito novo, teve amor pela escrita
Completamente apaixonado por esta arte
Propôs-se inicialmente a escrever peças teatrais
Pensamentos soltos, crônicas diversas
E por último dedicou-se a poesia
Esta que até hoje é a sua única e maior paixão....
Este livro que intitulo “Sonetos Secretos” apenas resumem quais propósitos o
gênero literário do escritor desempenha dentro de seu papel humanista, a
dualidade de sentimentos tão estranhos, evidenciando como um amor não curado,
pode respingar desejos do passado na realidade de sua vida presente....
Sua escrita se assemelha às folhas secas de um outono trivial, sendo um
ritualista, compele a repetição paisagística da metalinguística que transgredi a
composição das formas remetente ao delírio do prazer tênue....
Este livro é uma de suas obras primas no segmento romântico, aqui são
expressos textos poéticos em um enredo muito lírico, Inteligente, conflituoso,
lascivo, tenebroso, encantador e tempestuoso...
Porém os papeis em branco tingidos a cinzas, fica ao cargo do leitor colori-los...
Não admirem amigos leitores, caso vocês, encontrem aqui espalhado, alguns
pedaços de vossas vidas expostas em entrelinhas escondidos ao tempo...
Algumas talvez inóspitas e indelicadas, algumas talvez inertes e frias, imprimidas
ao pé das orelhas do secreto.... No entanto, consumam por sua vez, os meus
pensamentos, como a quem bebe vinho e fica resoluto.... E já embriagado, tenaz e
envolvido em sono, sugiro que durmam inquietos e felizes...
Então caros leitores, por favor, eu vos aconselho, embriaguem-se primeiro antes
da leitura de meus pensamentos soturnos, mergulhem antes dentro de si mesmos,
a longo prazo me degustem, e quando puderem divirtam-se comigo em seus
sonhos....
Abrantes F. Roosevelt
Sonetos Secretos
71
Notas do Autor
Este livro revela todas as ansiedades de liberação de pensamento, ilustra todas as
dramaticidades da exposição dos sentimentos proibidos a raízes ideológicas
inóspitas, refrata todas as inteligíveis percepções de um mundo completamente
formulado e arquitetado pelos apaixonados....
Exercer na declaração dos sentimentos inócuos, o amor, o desejo, a ternura, a
saudade, a dedicação, a paixão e o tempo a efêmeros resultados da resignação
refrataria de quem se ama, incidindo no desejo febril, o amor ao colo coibido do
próprio inimigo...
Um permanecer do tempo, entregue aos julgamentos dos amantes, um vincular do
cerne as críticas dos possíveis insultos alógenos.... Um sofre eterno do amar, um
vagar inacabável da escuridão, um sitiar deixado aos escritos não correspondidos,
um ferver do amor, um sofre do amar, uma desilusão no tecer do tempo...
Um amor colocado a guilhotina dos medos, um puxar incerto da alça que libera a
laminar do frio carrasco, um íntimo sentir tênue da ríspida morte.... Um milésimo
mínimo da paixão profana aterrada no sofrer...
Um final pernicioso a todos os poetas, uma ponderação inóspita ao ternário das
letras, um partir solitário na data de suas publicações, um livro incendiado pelas
forças do sobrenatural, um texto solto ao acaso do amados... Entre os poetas,
restam o lúgubre trabalho do sentir, a frágil volúpia do fingir, a réstia da eternidade
efêmera, o fardo do etéreo, a casta de um patrimônio cultural sucumbido, a
matéria da humanidade mórbida e a insanidade absurda do vazio.
Um especulo dos loucos, um hospício da maturidade, um assombro das
angustias, um atributo do amor frágil, um vício da paixão inerte. Um pertencimento
da comunhão seletiva dos leitores, um expor-se imediato a ilusão, um querer
complicado do universo...
Um atendimento irracional de todas as expectativas de quem nos devora a alma,
pagina por pagina, um remetente da preparação da trincheira, uma vivacidade de
guerra oblíqua, um tumulto revirado pelas bombas, onde as armas e o tedio são
colunas que pouco importam ao imprevisto da musa, algo que não nos incomoda
a carne, travá-la em campo aberto e ao frio.
Exposto as estas letras, desejo aos meus devoradores que este livro e um bom
vinho, sejam em uma madrugada chuvosa, belos companheiros, sugiro aos meus
leitores que os tome como hospede inato em suas vidas, regozije-o em tamanha
amplitude e gozo, na intenção de degustá-los e recita-los como prova de minha
companhia, tendo também os velhos amigos, reunidos sobre roda de uma boa
conversa em recitação de meus versos. Permanecendo o vinho, o livro e as belas
jovens ao lado de suas ébrias confraternizações eternas.
Abrantes F. Roosevelt

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Sonetos Secretos (poesia)

  • 2. Sonetos Secretos 2 “O tempo é uma adolescente com pressa, passa sem esmera, sem pudor, sem amor e paixão... O tempo é uma graça de menina, uma graça de mulher, mas sem precisão...” Diegho Courtenbitter
  • 3. Sonetos Secretos 3 Dedicatória Dedico todas as linhas Deste vil livro exógeno Em refratado relicário... Escritas a muitas mãos fieis Em sentimentos facundos A todo amor eloquente Emprestado a um rio... Um amor tremulo de corações Completamente resvalados Sitiados pelas intemperes Ingrato a efêmera morte... Desfraldo como um apego balsamo Entregue inteiramente ao Vesúvio Ao seu imenso desejo repetido... Ao amor vil ensejado Em todos os amantes Ainda adolescentes... Vejo com o mesmo vibrar biltre A esmera que gotejas as insanidades Em teu biltre amor químico e matemático... Sitiado em todos os dependentes químicos Sobre o seu adorar de penitencia algébrica... Ao amor louco com que os amantes Devoram o coração de suas amadas... Refratado com a repetição inócua Com que denoto a mutilação do cerne O amor vil de uma imaculada mulher.... Enamorada em um campo sublime Torneada em vis ventos do Eufrates Ainda meio seco ao vil alento do amor... Rusgat Niccus
  • 4. Sonetos Secretos 4 Livro: Sonetos Secretos Gênero: Poesia Ano: 2021 Autor: Roosevelt F. Abrantes Titularidade: Este é um Heterônimo de Roosevelt F. Abrantes Editora: Editora Lascivinista / Produção e Publicação Independente Coletânea: Paixões Ano de Finalização Escritural da Obra: 2021 Data da Primeira Publicação deste Livro: 26 de Junho de 2021 Contatos: End.: Rua das Palmeiras, n° 09 Residencial Parque das Palmeiras Vila Embratel – São Luís - Maranhão Cep.: 65080140 – São Luís – Ma País.: Brasil / Região.: Nordeste Tel.: (98) 9 9907-9243 / (98) 9 8545-4918 WhatsApp.: (98) 9 8545-4918 E-mail.: rooseveltabrantes@gmail.com Redes Sociais: Facebook.: https://www.facebook.com/rooseveltfabrantes Twitter.: https://twitter.com/rooseveltabrant Linkendin.: https://www.linkedin.com/in/roosevelt-f-abrantes-0b1b2426/ Instagran.: https://www.instagram.com/abrantesroosevelt/ Hotmail.: rooseveltabrantes@outlook.com Blogger: http://movimentolascivinista.blogspot.com/ Site.: http://movimentolascivinista.com
  • 5. Sonetos Secretos 5 Autobiografia Nome: Roosevelt F. Abrantes Data de Nascimento: 26/02/1981 Cidade Natal: São Luís Estado Natal: Maranhão País: Brasil Nome do Pai: João Costa Abrantes Nome da Mãe: Justa Maria de Nazaré Ferreira Abrantes Cônjuge: Ainda há Procura de um Grande Amor Verdadeiro Ocupação: Cientista Financeiro, Escritor, Poeta, Contista, Cronista, Fotografo, Grafista, Iluminarista e Influenciador Digital Profissão: Analista Financeiro Bairro onde Morou na Infância: Vila Embratel Locais onde Trabalhou: Staff Investimentos do Brasil Formação Acadêmica: Pós-graduação Completa Lugares onde Morou: Maranhão, Piauí, Recife, Rio Grande do Norte e São Paulo Ideologia Politica: Extrema Esquerda Gosto Musical: MPB, MPM e Rock Gosto Gastronômico: Tambaqui, Baião de dois, feijão, Arroz, Farinha e Molho de Pimenta Religião: Agnóstica Altura: 1,75 Mts Etnia / Raça: Negra Cor da Pele: Preta Cor dos Olhos: Pretos e Pequenos Cor dos Cabelos: Pretos, Enrolados e Curto Postura Física: Reta e Firme Tipo Físico: Magro, Dedos Pequenos, Pés Pequenos e Pernas Compridas Tipo Físico Facial: Nariz Afilado, Cabeça Mediana e Queixo Redondo Trajes Habituais: Camisas Apolo Brancas, Causas Jeans Escura e Tênis branco Idade Atual: 39 anos Orientação Sexual: Heterossexual Heterônimo: Não possuir Escritor: Roosevelt Ferreira Abrantes Roosevelt F. Abrantes
  • 6. Sonetos Secretos 6 “Tens pena de mim, amada amante, sabes que não tenho escolha, tens pena de mim amada amante, não sei viver sem o seu amor, tenha piedade de teu índio pintado, tenha piedade de teu escravo, tenha piedade do único amor que vai te amar... Ubirani Yaraima
  • 7. Sonetos Secretos 7 Prefacio As poesias de Sonetos Secretos são uma clara denotação refratária do amor que deve ser refletida em todos os amantes e amados. Um desejo profano, envolvido a uma essência divina, vinculado a breve casta de nossa vida efêmera. Os escritos desta obra literária, buscam a guarda de emoções intimas dos amores vivenciados em segredo, funcionando como as capsulas do tempo, guardam o amor de suas amadas, inferindo segredos, sobre um cofre de sua própria carne, forjado em seu íntimo coração flagelado, um amor que somente pode ser entregue e ensejado, nunca devendo ser forçado ou inerte. Um atributo que deve ser arquivado deliberadamente em seus sonhos, sobre papel timbrado, todos os detalhes sórdidos, profanos e íntimos dos seus desejos mais eloquentes e macabros. Um vislumbro guardado e alocado como códigos, fechado em segredo, envelopado em selo em seu reservado desejo cerne. Neste livro estão guardados as paixões secretas e romances proibidos vivenciados pelo autor da obra. Amores vulgares, amores sórdidos, amores proibidos, amores perigosos e até amores profanos que talvez fossem rechaçados por homens e mulheres mais conservadores de nosso tempo. Textos românticos que devem ser guardados a sete chaves, paixões que devem ser lidos como códigos, frases que devem ser ilustradas ao pé do ouvido, reunidos em forma de poema e endereçados as suas consortes. Um amor velado ao vento, refratado aos enamorados e distribuídas as belas amazonas do meu frágil olimpo. Abrantes F. Roosevelt
  • 8. Sonetos Secretos 8 “Minha Louca” Intacta Impávida Louca... Um ato cerne Uma desvairada Sugando-me pela boca Bebendo-me pelo canal... Meu liquido dom da vida Meu liquido nascer da vida Meu fluido canal de desolação... “adiuqiL arevamirP” amU avúiv amU megriv ...adunsed esauQ etneuq rahlo um osodlam racot mU ...atneloiv oãsavni amU savom et oãN senrec et oãN ....setsafa et oãN megriv ateiuqnI avluv aticiloS soded suem ertnE acob ahnim ertnE ...etnafni atsac azoG zev ariemirp auS edadi ad rolf na adivápmi atnaS adiulf oinômeD ...acob ahnim mE
  • 9. Sonetos Secretos 9 “Insólita Amante” Envolvida eternamente em sono Constituída em um gélido pomar Uma reclusa sobre o efêmero campo Uma metástase sofrível em balsamo... Reina em escampo florido Tece em minha fluida boca Maneja o meu coagulo frigido Rebenta a minha louca emoção... Revolve sobre a minha têmpora Regurgita a minha breve vida Torneia a minha alma perdida Flutuar em meio ao mar Egeu... Estou suprimido em teus gélidos seios Revolvido em um pálido verme cinza Andrógeno as minhas emoções frias... Acorde de seu sono eloquente Respira em minha fronte tépida Reage a meu encanto demoníaco... Rubra palpitante em meu ensejo Abra as suas vis pálpebras ébrias... Encanta-me com o teu choro sereno Entorna-me com o teu beijo languido... Congela-me no eterno fosso da morte Incendeia-me novamente em teu inferno... A quais chamas terríveis o teu fogo pertence A quais labaredas vis o teu corpo gélido esfria... Pálida amante Pálida amada... Em ti vejo a minha amada irmã Em ti vejo o vil amor incestuoso... Como o amor dos Cérberos Eu te devoro fora do Paraíso...
  • 10. Sonetos Secretos 10 Como os cães do inferno Eu a rasgo em pedaços.... Acorde de seu sono mormo Desperte de sua cama fria... Leve-me para o paraíso de fogo Conduza-me ao céu gelado de amor Mata o meu desejo constituído e biltre... “Inocência” Doce Infante Doce atrevida... Menina pálida Menina frágil... Linda esmeralda Lindo diamante... Bela virgem Bela tácita... Solta a francesa Como uma boneca Solta a italiana Como um balão... Minha própria carne Minha própria cerne Minha própria razão... Menina magica Menina lívida... Doce dança Doce incesto Doce perfume Imaculado em beijo Eu a beijei Eu a sentir Eu a devorei...
  • 11. Sonetos Secretos 11 Não pude cernir Não pude centra Somente me envolvi... “≥ꭔΦµ≥Ώ¥ ϡ¥ꓤΦ∑” Φæ! ≠Φϡ≥ ϡ¥ꓤΦ∑ ϡΦΨΦ ≥Ꙝ ≠≥∑ÏϡÏΦꙜ¥... Φæ! ≠Φϡ≥ ϡ¥ꓤΦ∑ ϡΦΨΦ ≥Ꙝ ∑¥ Ώ µ Ꙝ Ï≠¥... Ⅎ∑Φꓤ ≠≥ Ⅎ≥∑ Ⅎ∑Φꓤ ≠≥ ꙜꙜ∑Ꙝ¥... §Φϡ¥ ¥ ϡ¥ꓤΏ≥ ∑ÏΏµꙜ¥ ¥ ≠≥ꙜΏꙜ≠¥... Ꙝ≥ÏΦꙜ ꓤΦꙜ≥ΦꙜ §ꙜΏ≠¥ ϡꙜꓤꙜ¥... Φæ! ≠Φϡ≥ ϡ¥ꓤΦ∑ ϡΦΨΦ ≥Ꙝ ≠≥∑ÏϡÏΦꙜ¥... Φæ! ≠Φϡ≥ ϡ¥ꓤΦ∑ ϡΦΨΦ ≥Ꙝ ∑¥ Ώ µ Ꙝ Ï≠¥... §≥Ï‖+ΦꙜ ϡ≥ꙜÏϡΦꙜ ΏꙜΨ¥ Ⅎ∑Φꓤ ꙜꙜ∑Ꙝ¥... ≥Ψ Ψ≥ΏÏΏ¥ ≥Ψ ꙜÏꓤµ≥Ψ ϡ¥ꓤΏ Ꙝ ≠¥...
  • 12. Sonetos Secretos 12 “Amantes e Amados” Eu sou como a mulher que veste branco Um homem revestido de lascívia promiscua Eu sou como um índio rufio no cais da ribeira Um negro que reverbera um pedido de guerra... Um louco derrotado na compreensão Um lucido em meio aos grandes ébrios Um huguenote volvido as construções vis... Sou como Ana Carla Volvida em enamorados Sortida em campos alísios E entregue a amores insólitos ... Sou como João Justina Liberto Regado por mil relvas revoltas Formado pelas regras mordazes Forjado a ferro esmaltados de fel... Sou como o bravo Ubirani Yaraima Armado com flechas envenenadas Munido com flamulas de guerras Refratado com as almas de Yutia... Sou como Diegho Courtenbitter Um forasteiro de um coração vil Um amante replicado de borda Um biltre escondido no oceano... Sou como Rusgat Niccus Um amante a moda antiga Um depravado da madrugada Um lascivo em meio aos santos... Estou escondido em você Estou eloquente em mim E forjado no reino etéreo... Tenho em mim as paixões esdruxulas Tenho em mim as brasas do inverno Sou um cão no meio da floresta vazia Um tolo em meio à multidão repetida.... Sou um vil eloquente Em Diegho Courtenbitter...
  • 13. Sonetos Secretos 13 Sou uma ave agorenta Como o Ubirani Yaraima... Sou um corvo com flamulas negras Sentando ao lado de Rusgat Niccus... Uma breve apaixonada Como a linda Ana Carla... Sou como o desejo do corpo Igual a João Justina Liberto... Quero ser como o poeta Rusgat Niccus Um belo atrevido que encanta as damas... Não sou um julgador Não sou um jogador Sou um amante Sou um amado.... Atrevo-me em deseja o Roosevelt Abrantes Atrevo-me a ambiciona-lo como meu amante... Deus livra-me de meus tormentos Deus livra-me de meus pensamentos... Sou um homem dentro de vários Sou várias mulheres de mão única... Sou muitos homens em desejo viris Sou inúmeras mulheres em chamas... Uma única gota no teu olhar terno Uma única mulher que em si deseja... Quero pratica um amor insólito Quero perpetra um amor sincero... Desejo ódio aos corações dos ineptos Anseio amor ao coração dos profanos... Faço dos meus beijos Um selo no espelho... Faço dos meus braços Um cinjo vil afagado Uma tela esmaltada...
  • 14. Sonetos Secretos 14 Um pincelar delirante em mim mesmo Um borrão cintilante no teu singelo amor... Como um fragmento de inúmeros homens Uma imersão de variados personagens biltres... Sou como a refração de poucas personalidades Um ente forjado em um mesmo ser vitrificado Renascido em muitos homens de mim mesmo Remanejado de uma mulher muito provocante... “Um Fel no Amor” Meu fel e minhas tormentas Meu tedio e meu amar violento.... Segue as minhas frias dores Segue as minhas inócuas vertes... Segue as minhas breves contrações Segue as minhas hostis insanidades... Quem tu es Quem tu fostes Quem nos trai... Sou fiel Sou fel Sou homem Sou tua amada... Sou teu balsamo A tua trilha maculada O teu amor no firmamento A tua vela no coração do mar... “O Dinheiro” O dinheiro O monetário O fiduciário...
  • 15. Sonetos Secretos 15 Que homem esquisito Que índole eloquente Que poder inteligível... Obra de um ser imaterial Obra de um ser inanimado Obra de um objeto tangível... Um ser com status magico Um ser com status sagrado Um ser com um dom divino.... Uma criatura do criador Um mandante dos céus Um senhor de indústria... Um alienígena Um deus viril Um homem vil... O dinheiro Ser indivisível Nobre do etéreo... Um dos deuses inanimados Mais poderosos do mundo... Um dos deuses mortos Mais cultuados pelos vivos... Quem pode lutar contra Quem pode viver versus Quem vive este magico... És tu todo poderoso dólar Quem nos compra comida... És tu todo infalível euro Quem nos trafica armas... És tu todo inigualável peso Que nos dar uma moradia... És tu todo maravilhoso real Que nos mantém ainda vivos...
  • 16. Sonetos Secretos 16 A vida não tem vida A imagem não reflete A caminhada não começa... Um ser sem vida nos governa Um ser que não sabe falar nos cala Um ser sem existência nos extermina... É o dinheiro quem nos dar a saúde É o dinheiro quem nos dar abrigo É o dinheiro quem nos dar dignidade.... Como um príncipe viril Dita ordens ao povo.... Como um rei terrivelmente biltre Nos degola na guilhotina de aço... Deus é uma nota de cem reais Deus é uma moeda de um dólar... Deus é que nos controla Deus é que nos retém... Quem tem dinheiro Tem um ótimo amor... Quem tem dinheiro Tem a grande paz... Quem tem dinheiro Tem tudo na terra... A vida me parece miserável A vida me parece insuportável... Não tem um abrigo Para chamar de meu Não tenho uma paz Para dormir ao meu lado... A fome me traz insanidades A sede me traz inconformada... Não tenho emprego Não tenho dignidade Não tenho um amor....
  • 17. Sonetos Secretos 17 O dinheiro é um Deus poderoso O dinheiro é um ser desolador O dinheiro é um ceifador inteligente... Ao nascer me puniu com dor Ao crescer me puniu com mais dor Ao envelhecer tenho muito mais dor E ao morrer terei milhares de dores... Ninguém é mais poderoso Que este deus dinheiro... Ninguém o adora tanto hoje Como os santos de madeira Crucificados em suas casas... Minha vida foi peleja Minha vida foi sofrida Tenho sonos suicidas Tenho vozes de morte.... As minhas costas doem As minhas pernas doem O meu ouvido ainda dói Mas a minha alma chora.... Tudo na vida é dinheiro Tudo na vida é controle Tudo na vida é fiduciário Tudo na vida tem um preço.... Quem pode com o dinheiro Quem pode com o dinheiro.... Um deus indomável Um deus onipotente Um deus controlador... Um rifle apontado para os bolsos Um rifle apontado para a cabeça Um rifle apontado para a alma....
  • 18. Sonetos Secretos 18 “Livrai-me de Mim” Eu não sei quem sou Aqui vivem muitos de mim... Não tenho autoridade alguma Refém de meus desejos insanos... Febril de minha caixa craniana Um prisioneiro de minhas telas... Não sou o que você pensa Não estou um fragmentado... Sou subdividido Sou unificado Sou vitrificado... Não tenho uma persuasão Não tenho um vil refratário... Sou como os loucos do manicômio Sou como tabula rasa, fria e frigida... Pai quem sou eu Mae quem é você Irmão de que país... Pai livra-me de mim mesmo Mãe dispersa-me ao vento.... Não êxito Não sinto Não sei Quem sou... “Deusas” Oh! Carol Minha pálida musa... Oh! Carol Minha razão de viver....
  • 19. Sonetos Secretos 19 Aquela que beijei os lábios Aquela que toquei indelevelmente... Existem sorrisos Que somente Deus Sabe como desenhar... Existem lábios Que somente a natureza Sabe como delinear as curvas Mas o seu sorriso O seu formato biltre Ele não desenhou no papel Ele a esculpiu em mármore.... Oh! Carol Minha pálida musa... Oh! Carol Minha razão de viver.... Eu sei que não me vês Eu seu que não me tens Mas rogo pelos seus beijos... Santa de uma reza Reza de uma santa Imácula o meu desejo Afronta a minha insanidade... Quem te desenhou Não quis te remodelar... Quem te esculpiu Não quis te recompensar... Ver a minha culpa Ver a minha tristeza Ver a minha saudade... Volta para o meu pecado Volta para as nossas loucuras...
  • 20. Sonetos Secretos 20 “O Valor das Coisas” Não importa o valor das coisas Não importa o valor que você tem E nem importa o valor do que possui... Coisas são apenas coisas Casas são apenas casas Carros são apenas carros... Elas só valem alguma coisa Elas só têm um valor fiduciário Se elas forem compartilhadas... Coisas são distinguidas Coisas são precificadas Coisas são nomenclaturas... A vida Esta vida Eu não sei O que ela é... Não tem preço Não tem distinção Não tem designação Não tem terminologia... É algo raro É algo único É algo lúdico É algo majestoso É algo maravilhoso.... Mas a vida Esta vida Eu não sei... Não saberei em verdade O que ela realmente é...
  • 21. Sonetos Secretos 21 “Os Condenados” Não existe o céu Não existe o mar... O som não existe O gesto não existe... Tudo é percepção Tudo é uma forma... Não existe divindade Não existe proteção... O futuro é um desocupado Um planeta abandonado... Não existe proteção Não existe um Deus... Somos um rebanho Almas condenadas Ao mesmo tempo vivos Ao mesmo tempo mortos... Caminhantes dos escombros Caminhantes da desolação... Uma multidão de execrados Uma multidão de cadáveres... Mortos vivos Vivos mortos Alguns repleto de morte Alguns repleto de vida... Uma multidão de pessoas vivas Condenadas a estarem mortas....
  • 22. Sonetos Secretos 22 “Flores Secretas” Em minha liquida vida curvilínea Tive algumas flores perfumadas.... Flores ébrias que tive a sorte de beija-las Perfumes esguios que jamais esqueci.... Perfumes secretos que nunca sonhei Flores avidas que nunca declarei amor... Muitas delas possuem nomes eloquentes Outras, porém detêm formas comuns...... Muitas delas possuem nomes disertos Outras, porém detêm formas quentes... Algumas tive em minha existência Outras, sonhei que tive em biografia... Ébrio que a tive Ébrio que a sonhei Ébrio que existir Ébrio que vivi.... Uma das belas primeiras flores se chamava Marcela Outra flor de incansável beleza se chamava Carla Outra flor magricela era prima desta lindeza, a Erica Outra flor que cheirei bastante morava na rua 19..... Uma outra flor morava ao lado de minha casa Outra flor bem bonita se chamava Ana zilda Outra bem singela era irmã desta, Joana Dark Outra misturada as rosas era chamada de Abigail... Outra era uma loirinha muito magrinha Que morava bem no fim da minha rua... Outra era prima desta mesma loirinha Uma languida e morava ao lado desta.... Outra também bem loirinha Morava no fim da rua 02.... Outra uma bem gordinha Morava no início da rua 05...
  • 23. Sonetos Secretos 23 Outra flor se chamava Kedma Outra flor se chamava Larissa Outra flor se chamava Nicole Outra flor se chamava Rafaela... Outra se chamava Silvia Helena Outra se chamava Lindinalva... Outra bela se chamava Cica Outra bela se chamava Carol... Outra se chamava Irlene Outra se chamava Angela Outra se chamava Uelida Outra se chamava Rufina... Outra se chamava Angelma Outra se chamava Dedeza Outra se chamava Mauricia Outra se chamava Vanessa... Outra se chamava Mariza Outra se chamava Marisol Outra se chamava Maxima Outra se chamava Nubia Outra se chamava Rubia... Outra de seios bem empinados Que morava no bairro do pianco... Outra de seios bem firmes que beijei Conheci no rio pimenta do calhau... Outra de seios moderadamente pequenos Mas também firmes deliciei-me de Ketyla... Outra de pele branquinha Morava na rua bom jesus... Outra que briguei por seu amor Estudava na escola Nerval Lebre... Outra uma loirinha bem baixinha Conheci no residencial paraíso... Outra uma moreninha magrinha Que peguei no terraço de casa...
  • 24. Sonetos Secretos 24 Outra bela menina se chamava Jaqueline E esta estudava no Liceu Maranhense... Outra uma belíssima menina de Cururupu Que conheci no reggae de areia branca... Outra morena gostosa morava na vila Isabel Outra era uma amiga gótica de Sterfesson Outra uma amiga magrinha de Sterfesson.... Outra morena lindíssima conheci Em um curso preparatório na UFMA... Outra conheci em um outro curso preparatório Na associação dos moradores da vila Embratel... Outra era a Railene amiga de Cleudiane Outra era a minha amiga lesbica Natalia... Outra era uma bela amiga de Cleyton Outra bem linda morava na rua 07...... Outra era a amiga de Welton chamada Lindalva Outra uma babá do prédio em que eu era porteiro.... Outra linda bela menina conheci Na praça do poeta Gonçalves Dias...... Outra conheci em um comité Do partido dos trabalhadores.... Outra que morava bem próximo de mim Atrás do colégio do professor Ferreira... Outra uma loirinha muito simpática Que estudava no Cem Cesar Aboud... Outra uma morena que estudava No Bernado Coelho de Almeida... Outra uma bela ex-namorada Do meu amigo Fabio cabeção.... Outra conheci em uma festa Na associação dos moradores....
  • 25. Sonetos Secretos 25 Outra era a irmã do meu velho amigo Elcivaldo Que eu singelamente apelidei de cara de maçã...... Outra era uma lindíssima bela magrinha Que morava no início da rua bom jesus... Outra conheci através de um chat bate papo Mas esta morava longe no bairro do maracanã...... Outra era uma aluna do Colégio La Roque Uma linda que amei sem mesmo ter beijado.... Outra uma gracinha de baixinha bem loirinha Um pouco gordinha da rua primeiro de maio.... Outra uma lindíssima morena também baixinha Que mora próximo a feirinha primeiro de maio.... Outra uma senhora muito esguia Que trabalhava em uma lotérica... Outra uma linda mulher tênue Que conheci em Campo Belo Em Campinas, São Paulo.... Outra uma colega de trabalho chamada Elida Outra era a ex-mulher do meu amigo alemão.... É claro que em muitas outras flores Sempre tive acessos bem mais livres.... Acessos que fui mais eficiente Acessos muito mais eficazes....... Em minha vida estas outras lindas flores Pude sentir um perfume mais tênue e forte... Flores coloridas que polinizei em meio vítreo Perfumes diversificados sentidos na origem.... Uma flor era filha de um nobre carroceiro Outra polemizei debaixo das mangueiras.... Outra se chamava Rafaela Outra bela morava na rua 05 Outra era a novinha Andreia Outra era a maluca Rafisa....
  • 26. Sonetos Secretos 26 Outra uma morena que morava na vila Isabel Outra se chamava Jó e morava em Santa Rita.... Outra se chamava Fernanda e mora em Recife Outra morena belíssima morava em Camaragibe.... Outra bela morava no bairro de UR7 E de dentro dela tirei uma camisinha.... Outra morava na rua bom jesus E está se chamava de Marluce.... Outra uma senhora loira que mora na rua 23 Outra uma senhora jeitosa de Campo Belo.... Outra morena linda morava no Vicente Fialho Outra branquinha linda conheci em uma boate Outra no reviver e morava no bairro São Cristóvão.... Outra conheci no natal de 2008 E acabei na praia da Vila Nova... Outra conheci em uma empresa Chamada de Constat Pesquisa... Outra era uma jeitosa senhora Ana Rosa professora da UEMA... Outra era uma lindíssima loira Que cursava história na UFMA.... Outra se chama Regina Outra se chama Elaine Outra se chama Brenda.... Outra estudava comigo no Curso Wellington Outra estuda na UFMA e cursa ciências sociais.... Outra se chama Samara e esta é residente do Gurutil Outra se chama Yasmim e também mora no Gurutil.... Muitas flores doces eu cheirei chorando Muitas flores lindas eu polinizei sorrindo.... Mais dentre as muitas flores silvestres que eu já tive Uma em um especial momento de minha vida trepida Eu nunca, eu jamais, e em tempo algum irei esquecer....
  • 27. Sonetos Secretos 27 Pois dentre a flor chamada de Alecram Ou dentre a flor chamada de Adnerb Es tu minha flor chamada de Alrac A mais linda flor do meu amanhecer.... Flor silvestre do meu presente Flor silvestre do meu passado Flor silvestre do meu futuro Flor doce e silvestre de Alrac... “Mãos Amarradas” Pulsos abertos com cortes feitos a estiletes Manchas roxas em suas pernas e coxas.... Cordas brancas amarradas no teto de sua casa Bancos altos que limitam a sua vida por um fio.... Crenças tolas mal resolvidas Gênios nascidos de refinaria... Diálogos fúteis criados sobre mentiras Vozes amorfas sempre ao pé do ouvido.... Discursões simplórias dentre as resplandecentes Todas vigentes a goles do pior Whisky do mundo... Amarra-me coeso a muitas de tuas mãos ás minhas Deixa-me soergue sobre sua virilha quente e sublime... Solta-me naquele bueiro escuso e meio frio Enfileira-me neste teu amor torpe e doentio... Use-me tenuemente sobre as lapides frias Daqueles que não mais respiram entre nós.... Geme sôfrega em gozo lento Em tua casa abandonada…. Faz de mim vil demônio sacana Um mero vinculo de desejo biltre... Devora-me vil cadela dos infernos Seja um cão sarmento e diabólico...
  • 28. Sonetos Secretos 28 Que a sua paixão nasça nos infernos Invadindo os meus desejos sacanas.... Deixe que o seu amor por mim morra Seja sôfrega na ilusão estando sozinha... Durma em sua casa de mármore Relaxe em sua caixa da eternidade... Não tente compreender o sono dos mortos Não ultrapasse a barreira da forma etérea... Barra a minha presença mórbida Fecha a minha janela do paraíso... Sou um cavaleiro sem coração Sou um vil rufião amaldiçoado Em teu convite de baile sereno... Não finja em olhar-me de teu leito frio Quando eu passar sobre a tua lapide... Mostre-me o caminho lagar para o calvário tórrido A corrente de oração onde os miseráveis lamentam Entendendo que nem sempre estive ao lado dos mortos... E mesmo ainda tácito Perdido sobre o etéreo... Sem querer-te do lado dos mortos Vou morrer durante a vida inteira Querendo-te aqui do meu lado... “Um Mundo para o Covid-19” Um mundo para uma só coroa Um mundo para um só cedro Um mundo para um só reino.... Corona para os coroados Corona para os enfermos Corona para os eleitos....
  • 29. Sonetos Secretos 29 Corona para os pobres Corona para os riscos Corona para os fies Corona para os infiéis.... Um mundo para um novo rei Um mundo para uma rainha Um mundo para um príncipe Um mundo para um plebeu... Um mundo visível para um ser invisível Um ser visível para um mundo vil risível Uma terra retorica para um ser monstruoso ... Um mundo para governar Um mundo para destronar Um mundo para destruir... O povo não o que por perto A plebe não o tem como digno O clero ignora a sua presença E a nobreza o espera a distância... Os corvos estão todos laureados Os vermes se vestem para comer A terra escancara a sua abjeta boca E o mar inclina-se para nos engolir.... As febres estão todas livres As pestes estão solidarias E os ventres estão mortos... O paladar não nos oferece mais o gosto da comida O olfato não nos oportuniza sentir o cheiro da manhã O corpo fragiliza-se com a sua minuta microscópica E os pulmões não nos ajuda a sugar o ar da natureza... Aonde estão as estratégias das vis guerras Aonde não podemos discuti-las abertamente Aonde o fronte reverbera as trincheiras falecidas Aonde os biltres detêm os nossos vis vencedores...
  • 30. Sonetos Secretos 30 Há uma falta de ar Mesmo ao ar livre Há uma falta de fome Mesmo com comida Há uma falta de sede Mesmo tendo água... Há uma falta de paladar Mesmo tendo pouco gosto... Ticara alegram-se com a carne podre E os deuses acolhem os seus mortos... A criação mostrasse microscópica Mas o criador somente o adverte.... Há um cavaleiro que caminha solitário Um desabitado que cavalga impune... Um filho de uma família de várias doenças Uma doença que ceifa diversas famílias.... Um nobre que nos confronta de frente Um agave que se deleita com a morte... Um bandoleiro que invade terras alheias Um monge que se move desde o oriente... Suas travessuras lastram-se com facilidade E as suas canções conduzem tudo a morte... Há hoje um mundo inteiramente novo Um mundo fel inteiramente invisível... Onde um degenerado rei com coronas Exibe as suas aborrecíveis flamulas... Onde os campos de batalha Não exigem armas brancas... O rei é um ser sobrenatural A rainha um demônio alado E o príncipe um anjo torpe... Tudo está moribundo Tudo está às avessas...
  • 31. Sonetos Secretos 31 Um mundo novo a Covid-19 Um mundo do Corona Vírus Um mundo novo de coroas.... Um mundo não tão novo e nobre Um mundo de rainhas e coronas.... O mundo hoje usa mascaras Mas não estamos no carnaval... O mundo hoje usa álcool Mas não se embriaga... O mundo hoje usa mais sabão Mas não fazemos espuma...... O mundo hoje usa mais água Mas não é para bebe-la......... O mundo lava mais as mãos Mas não nos sentimos limpos.... O mundo até esta menos poluído Mas não o estamos usufruindo.... O mundo está até mais bela e pleno Mas não gozamos o seu espetáculo... O mundo está mais ébrio e menos torpe Mas não observamos as taças de vinho... O mundo está mais feio Mas não estamos nele... Porém ainda estamos presos Escondidos sobre as flamulas E absorto sobre nós mesmos Abruptos dentro da mãe terra.
  • 32. Sonetos Secretos 32 “mivleK seugirdoR” Quando der a vontade de viver Eu viverei em muita intensidade... Quando der a vontade de sonha Eu roncarei ébrio de tanto imaginar... Quando der a vontade de dormir Eu apenas dormirei sentindo você... No entanto, vir que muitos de vocês Adorariam ver o mundo como o vejo... Eu sei que gostar de reggae music É um clichê um tanto meio chato... Eu sei que gostar de música eletrônica Parece coisa de um garoto branco Semelha coisas de um play boy... Eu sei que gostar de comer besteiras Um dia certamente me fara muito mal... Mas qual o problema nisto Afinal a vida foi feita para isto... Para se ter muitos riscos Para ser muito bem vivida... Eu sempre fui assim mesmo Destemido e bastante vivaz.... Quando meus amigos Queriam falar algo Eu falei por eles... Quando os meus belos pais Queriam mandar em mim Eu mandei por eles... Quando minha doce irmã Queria namorar alguém Eu a entreguei em segredo.... Por isso quando der vontade de amar Amem absurdamente qualquer pessoa...
  • 33. Sonetos Secretos 33 Por isso quando der vontade de beijar Beijem absurdamente qualquer pessoa... Por isso quando der vontade de viver Viva absurdamente em você mesmo... Quando der vontade de pular de paraquedas Pule sem medo, pule de verdade, se entregue... Quando der vontade de dançar enlouquecidamente Dance sem medo, dance de verdade, se entregue... Quando der vontade de chorar doloridamente a dor Chore sem medo, chore de verdade, se entregue... No entanto, nunca se esqueçam de viver a vida E que a vida é uma grande e suntuosa corrida Tudo na vida é como uma grossa cortina fina... E que ninguém sabe quando exatamente Será a hora que se deve enfim fecha-la... Portanto amigos não se preocupem mais comigo Pois da vida, vivi tudo que ela não pôde me dar.... Eu sonhei, um sonho ébrio coletivo Eu viajei, uma viajem agremiada Um tubo em onda fragmentada Que solenemente compartilhei... “Conversas Soturnas” Sou um homem de muitas conversas Um bicho intelectual de falar e prosa Um biltre arquiteto da dúvida crua e nua Um morador de rua na mente de teu teto... As vezes um e outro ser espiritual Me fazem diligências especificas Algumas são inoportunas Outras são prosa e poesia....
  • 34. Sonetos Secretos 34 Em alguns destes ensaios fortuitos Os dois conversam e me esquecem Em outras visitas tentam me abstrair.... Em algumas destas oportunas visitas intimas São as minhas conversas fixas que predomina Mas sei que ambos apenas estão me analisando... Há dias que as conversas são ótimas Outras são apenas distrações ébrias.... Deus e o Diabo conversam comigo Um vem pela manhã depois do sol O outro vem a pino no meio da tarde... Um tem o dialogo todo em prosa O outro falar comigo em poesias... Um é a plena mansidão em pessoa O outro tem o caos em seu universo... O Diabo eu sei que não me quer bem nenhum... E Deus eu sei que não me quer mal algum......... Um apenas perturba a calmaria tênue O outro não me ajuda e nem interfere...... Um dia me coloquei ao lado dos enlouquecidos E estando Deus em minhas pobres memorias Conversando francamente sobre o que é a vida Percebi que não éramos seres tão diferentes.... Principalmente quando o assunto é mais tênue E o tema abordado busca o autoconhecimento.... Discursos que nos obrigam a discorda do consenso Dialogas que traduziam nossas angustias e tristezas…. As febres eram matinais e frouxas E os pensamentos fundamentais O que nos levava ao contrassenso... Em outras poucas vezes Em visitas a minha casa.... Um anjo guardava-me a esquerda E um demônio me expiava a direita....
  • 35. Sonetos Secretos 35 Estando os visitantes muito angustiados Possibilitei a abertura de novas conversas Vislumbrei um embuste com o Lúcifer E um outro aleive ébrio com Jeová....... O discurso era sobre os humanos Um outro discurso sobre os anjos E um outro discurso sobre mim..... Mais nenhum deles quis o discurso pessoal Falar sobre suas próprias existências eternas... Lúcifer relatava relutante O discurso da depreciação.... A raça humana é como um gado São pedaços de carne inconscientes E merecem ser abatidos no curral... Todos eles moribunda pelo mundo São peças de um xadrez esquecido.... Bichos sarnentos preparados a uma caiçara Cacas vazias de um involucro sujo e biltre.... Eles não sabem de sua importância virtuosa Não valorizam as suas vis almas imortais...... Eles nunca pensam Eles não vislumbram E nem vivem a vida.... Deus, no entanto, apenas o escutar tacitamente Ver que nem todas as suas criaturas são ébrias Poucas se mostraram um biltre que traiçoeira.... As arvores estão plantadas no jardim Mas nem todos os frutos vingará bem Alguns nasceram de minha bel vontade Mas nem todos serão como eu provir.... Nascer não foi uma escolha E viver é uma opção tênue Mas morrer é uma eleição... As conversas e aquelas inúmeras visitas a noite Foram todas fortuitas e magicamente ébrias.......
  • 36. Sonetos Secretos 36 Algumas eram penalizantes a mente Outras frustradas pelo amanhecer... Todas tinham seus argumentos amargos Outras muitas fundamentadas na culpa... O Diabo me fez várias visitas durante a vida Todas elas houveram conversas e bebidas.... O criado também se fez várias vezes presente Mas seus diálogos foram sucintos e acanhados... Um tinha a sem vergonha mentira impressa em sua cara O outro possuía nas conversas um curto e grosso adeus... Deus me deixou várias vezes sem respostas Algumas nem foram proferidas em silencio fel... O outro nem queria se explicar muito Só desejava um dia possuir os céus.... “Vazio” Tudo morre Tudo passa... E o mundo ébrio Um dia passará... Todas as pessoas Um dia passaram.... E o mundo antes repleto de vida Será como o vazio planeta Marte... Um dia ele será um completo vazio Uma montanha repleta de cadáveres.... Um vácuo no espaço vazio Um silencio na eternidade....
  • 37. Sonetos Secretos 37 “Simplesmente” Eu simplesmente Odeio gente feliz... Eu simplesmente Odeio gente falsa... Ainda mais Quando o feliz Não sou eu... Ainda mais Quando o falso É o meu algoz... Eu odeio gente feliz Eu odeio gente falsa... Mas odeio E as odeio Muito mais... Quando elas Lembram-me... O quanto eu sou feliz O quanto eu estou infeliz O quanto não sou falso... “Conversas Coesas” A vida é verdadeiramente uma só E a morte é absurdamente biltre... É errado dizermos que se vive apenas uma vez Mas vivemos necessariamente todos os dias E morremos nitidamente uma única vez... Não existir, mas é uma lastima desprezível Mas não viver também é uma agressão vil... Portanto um recado aos viventes É necessário saber viver a vida....
  • 38. Sonetos Secretos 38 Não se pode passar apenas por ela É preciso vivencia-la fortemente.... Aos tolos... Tenham uma vida breve e chata... Aos arrogantes... Tenham uma vida maçante e abreviada Aos amantes... Tenham uma vida plena e longa... Portanto quem viver bem... Viveu... Quem viveu mau... Não viveu... Quem beijou......... Saboreou um ótimo sabor... Quem não beijou... Perdeu um primo sabor.... Quem se ariscou venceu na vida Quem se acovardou fracassou.... Quem viveu... Viveu... Quem não viveu... Morreu... Quem sofreu... Sofreu... Quem sorriu... Sorriu... Quem gozou... Gozou... Quem não gozou... Perdeu... Portanto vivam o que há para se viver Conseguinte sintam o que há para sentir...
  • 39. Sonetos Secretos 39 Por que na vida nada é para ser sempre Por que na vida o logo sempre se acaba... Portanto na vida não há uma outra vida Portanto não há uma segunda chance.... Então seja rápido Então seja breve... Por que a vida não espera A vida passar bem veloz.... E ela não nos espera para vive-la Ela simplesmente nos perpassar... Então revise-se E viva o agora... “Ratos Desejáveis” Alguns são ratos de esgotos Outros são vis ratos de porão... Alguns rastejam por cozinhas imundas Outros caminham sorrateiros em lixões... Diversos outros perambulam em hospitais ermos Outros roem os restos em supermercados biltres... Alguns poucos são ratos de laboratórios Outros estão hospedados em vis livrarias.... Outros almejam suportavelmente as lixeiras Mas muitos na verdade estão em restaurantes... Os ratos são seres horríveis Os ratos são animais detestáveis Os ratos são encéfalos desprezíveis.... Mas nem tudo neles Devem causar pavor.... As suas narinas engraçadas Regozijam-me desejos pueris...
  • 40. Sonetos Secretos 40 Seus olhares trêmulos Suas orelhas curiosos Causam-me sorrisos Alguns afrouxados Ouros refratados..... Alguns são ratos a meia boca Outros são ratos a meio tempo.... Concordo que eles são seres vis Mas quem nunca os resignifico-os... Alguns roem realmente as roupas do rei de Roma Outros roedores roem literalmente o saber da vida.... Curiosamente tenho muito apreço a estes vis roedores Gosto daqueles que possuem biltres gostos peculiares.... Sou completamente adepto Aqueles tipos de roedores Que fazem de um bom livro O seu sublime jantar das seis... Sou um rato com hábitos fortuitos Sou um roedor das penumbras... Há quem me julgue pelos dentes Mas sou um rato de muitas ruas... E muito fácil roer alguns livros O difícil é não roer um amor.... Neste aspecto não desejável Sou rato muito desajeitado O meu coração se apaixonou Ele realmente se empolgou.... Ela é uma rata de biblioteca Uma rata que roubava livros Uma rata que ruía muitos livros.... E nestes muitos roubos E nestas muitas ruídas Ela roubou o meu coração...
  • 41. Sonetos Secretos 41 “Gente Egoísta” Dizem que as pessoas solitárias são as mais felizes Dizem que as pessoas casadas são as mais felizes Dizem que as pessoas promiscuas são mais felizes... Sobre a felicidade é algo que não entendo Sobre o amor é algo que entendo pouco Sobre prazer é algo que entendo muito... Mas sobre o egoísmo É algo pouco discutido.... As pessoas com pouco altruísmo sabem viver As pessoas sem preocupações sabem viver.... O valor da felicidade está no biltre individualismo A felicidade está em não se importar com o outro... Pessoas egoístas vivem muito melhor Pessoas egoístas sabem viver melhor... Talvez a felicidade está no amor próprio Talvez a felicidade está em pensar em si.... Nunca esteve ligado aos outros Nunca esteve ligado a ninguém.... “O Mal que Influência o Bem ” O mal foi uma influência do bem e nasceu do bem O bem influenciou o mau e cresceu dentro do bem... A origem do bem tem a mesma origem do mal O mal tem origem do bem e nunca esteve mal... Sabemos que o bem existiu antes de vim o mal Mas não sabemos a origem do existir de ambos.... A ignorância é um terrível fruto biltre Um fruto vil que jamais deveria existir... E a sabedoria e´ uma semente inócua Que estando livre germina a tenuidade...
  • 42. Sonetos Secretos 42 A vida é uma sublime criação Uma criação mágica do divino... E a existência de cada ser vivo Organismos que vivem na terra... Pautam-se na resiliência da existência Curvam-se na eloquência tênue do vil... A arvore da sabedoria Guardiã de todo o ser Privatiza todo o saber... O saber é até hoje um dilema dialético Um problema vil na ignorância alheia... Um conhecimento que liberta Uma liberdade que escraviza Um desconhecer que aprisiona... O saber é tão contemporaneamente perigoso Quanto na época das grandes mil criações...... A maça do jardim do éden A maça de Issac Newtow A maça mordida da Apple.... Até hoje perturba a onisciência de ser Ciência de que não se possuir em si... O interessante Em nós mesmos... É que este mesmo conhecimento que liberta É o mesmo conhecimento que nos escraviza... O bem é a única forma de ética não benéfica E o mal é o único paradoxo dialético da vida.... Mas se o mal é uma ordem inversa ao bem Onde se originou o mal que habita a terra.... Muitos dos livros sagrados E outros escritos apócrifos Tentam culpar o anjo lucífer Pela terrível tragédia épica Entre a humanidade e Deus...
  • 43. Sonetos Secretos 43 Mas se no início só havia o bem E neste intercurso surgiu o mal De onde veio o mal original....... Onde nasceu o mal no coração de lucífer Onde cresceu o bem no infinito dos céus... O entendimento é que se o mal é possível Este mal teve uma provável origem inicial... O mal teve um criador E o criador teve o mal... É por culpa do mal O mal ser do mal.... E por culpa do bem O bem ser do bem... E um anjo rebelde É um demônio vil... A mera desculpa de ser mal A dupla culpa de não servir... Ninguém serve a dois senhores Mas quem é senhor de quem... A verdade é que pode ser possível o mal E a mentira é que nem pode existir o bem... O bem pode ser originário do próprio bem E o mal é originário do que mesmo afinal... O bem é originário do próprio bem de Deus E o mal poderá ter vindo também de Deus... Lúcifer é um ser de existência malvada E Deus um ser de existência benévola... Então por algo impuro Nascer de algo puro.... Pois se o anjo lucífer é a sua vil criação E, portanto, subproduto de sua criação...
  • 44. Sonetos Secretos 44 O que o fez ser extremamente mal Se este originou-se do perfeito bem... Se o mal foi possível existir no bem O mal também já existia no criador... E se o bem externou-se como luz O mal se internalizou por lucífer... Há quem acredite numa criação do mal Mas nem tudo no éden foi de fato ruim... Afinal de contas o que seria de Deus Sem o seu extremado inimigo lucífer... E as trevas sem a luz E o calor sem o frio.... E as tempestades sem a calmaria E o ódio sem o seu amor fraternal... O que seria do Super Mam sem o Lex Lutor E o Homem Aranha sem o Doutro Octopus... O que seria de mim sem o amor E o amor sem alguém para amar... O que seria do bem sem o mal E todo esse mal sem o meu bem... O bem somente existe Porque existe o vil mal... Há um contrato vil de equilíbrio Um termo fel pré-estabelecido... Um mal necessário para um bem primordial Um bem irresoluto para um mal bem social.... Há a balança sombria de um universo em desequilíbrio O bem e o mal de nossas próprias existências infinitas... O anjo e o demônio de nossas crenças mais antigas Deuses e demônios de nossos próprios destinos... Somos nossos próprios mau em nosso vil bem A vacina de nosso próprio veneno macabro….
  • 45. Sonetos Secretos 45 Um deus caído na terra em pele de biltres demônio vis Um demônio perverso na pele de um deus convencido... Somos criação e criatura de um mesmo desejo torpe Um desejo livre de ter seus próprios conhecimentos Um ser livre de suas próprias amarravas e criações.... “Velhice” A idade é um tormento Mas do que envelhecer A dor é um caminho vil..... Tudo dói com a idade Tudo cair com os anos Tudo fica sem brilho..... Posso sentir as dores do meu quadril quadrilátero Posso sentir as dores da minha espinha vertebral Posso sentir a minha dor de ouvido entupido Posso sentir a minha dor em minha dor na dor.... Velhice Velhice Canalhice.... O veto dos fetos O reto dos restos O réu dos hereges.... Não vislumbro a quimera Não regozijo o rei tempo... Jazem mortos na primavera A juventude de uma videira Em um céu que não existe.... Vivem a velhice eterna Vivem o fim de tudo....
  • 46. Sonetos Secretos 46 “Trabalho Humano” Quanto há hoje de trabalho escravo no mundo Quanto há no mundo escravos do trabalho hoje... Quantos zumbis há nas lúgubres oficinas vis Quantos indigentes existem há nas fornalhas...... Quanto há hoje de vil escuridão na terra Quanto há de vitalidade sobre os herdeiros.... Neste século do quase não luzes Neste século do quase não cruzes... Nunca houve tanta exploração do trabalho Nunca houve tanto trabalho para realizar... Nunca houve tantos humanos Nunca houve tantas maquinas.... Nunca houve tantos recursos disponíveis E nunca houve tantas desigualdades juntas... Nunca houve tanta fartura na terra E ao mesmo tempo e em penumbra Nunca houve tanta fome e indigência... Nunca houve tantas luzes sobre a litosfera Como há hoje tanta escuridão no homem... Nunca houve tantas religiões E singularmente a espécie Nunca houve tanta solidão.... Nunca houve tanta felicidade E linearmente ao lado dela Nunca houve tanta infelicidade... Nunca houve tantos céus no céu Como há hoje sobre a terra fria Nunca houve tantos infernos....
  • 47. Sonetos Secretos 47 “Deus e o Diabo” Um Deus que esta solicito Um demônio que esta vil... Um é andante de águas límpidas Um exímio e ilustre velejador.... Outro é um biltre requeiro insensível Um militar que luta por um céu vazio... Um deseja caminhar sobre a sua terra Mesmo que ela se mostre turbulenta... O outro já é dono temporário da terra E almeja caminhar sobre crânios e fel... Um é Deus por procedência e essência O outro cobiça ser deus por opulência... O primeiro lutar pela espada firme O segundo briga como a um louco... Um tem a essência de um leão O outro a excreta de um cão.... Um possuir o seu brilho próprio O outro deseja ser iluminado.... Na falta de ossos e carnes O diabo sorrir contente.... Na extravagancia de almas e de luzes Deus recria os seus jardins suspensos... O mundo não quer orbitar em uma bolha E a vida não está presa a uma varanda.... Os céus não são um bom pecúlio Mas a terra não vem do paraíso... Deus até pode estar em você Mas o diabo quer ter você.... A vida tem no princípio o infinito Mas o infinito finito a nossa vida...
  • 48. Sonetos Secretos 48 “Perdidos” Uma humanidade perdida Uma humanidade esguia.... Proletária Riquíssima... Naufraga no meio do mar Perdida na cidade em cinzas.... “Preconceito” Pior do que o preconceito É o conceito sobre o assunto... “Sono Sagrado” Sou um ser inevitavelmente de muitas noites Dormi depois das três é uma dadiva sagrada.... A insônia é algo que aproveito de madrugada Uso meu distúrbio para escrever os meus dias.... Dormir muito é o mesmo que morrer E viver de verdade é algo para poucos... E somente se vive estando acordado Pois teremos a eternidade para dormir... Descansando morbidamente em talhes Em nossa caixa fechada da eternidade...
  • 49. Sonetos Secretos 49 “Os Ratos de Schrodinger” Esses são tempos estranhos Um mundo tomado em solidão Repleto por ruas e vielas vazias Tomadas por casas silenciosas Caladas pelos ruivos dos cães... Nunca foi tão necessário ser E nunca foi tão necessário ter... A hoje uma buscar convivências tímidas Buscas por novas experiências mentais Projetada para outros mundos infinitos Onde a paz seria menos difícil de viver... Frequentemente descrevemos absurdos Como é paradoxo a vivencia dos mudos A vida que não nos é mais um habitual... Como um ato empírico inebriado de luz Que nos coloca como gato sujo de rua Trancafiado em uma caixa de madeira E exposto a um veneno mórbido e letal... A vida nos tornou um carcereiro ébrio Um soberbo de nossa própria liberdade Um rufião de armas longas e mortais... Estamos realmente em um estado de vivomorto Estamos sujeitos a uma experiência mortífera.... Exposto a algo tão insano e cruel Que ainda não nos foi declarada... Somos na verdade um gato numa caixa A fazenda de formigas de uma criança Um rato de laboratório de um cientista Um big brother de um deus na televisão Ou a triste experiência mental de alguém... Mas o que somos realmente hoje Que proposito temos neste plano Quais lutas teremos que travamos E onde queremos chegar com isso...
  • 50. Sonetos Secretos 50 Somos um Gato de Schrodinger Uma formiga atômica da Marvel Ou somos sapos de sala de aula... A China tem produzido milhares de vacinas A Austrália tem produzido algumas vacinas Os Estados Unidos da América do Norte Têm produzidos milhares dessas vacinas O Brasil produziu vários lotes de vacinas... Mas a maioria das cobaias humanas Estão tristemente em nosso vil país... Assim como os países da África Tem sido palco de experimentos Testes medonhos de toda ordem Usados por meio da cruz vermelha E pelos os médicos sem fronteiras Por razões que todos conhecem.... Doenças, pobreza, fome E heranças colonialistas... Somos hoje a vil ebola ébria Os hospitais do sul da África... O gado extremamente novo Conduzido para a vil morte.... Um fato que me faz pensar Um pensar que me faz fato.... Somos um observador de uma experiência Somos redentores de uma brutal experiência Ou seremos todos nós a experiência de alguém... Como não contesta se sou atomato Como não qualifica se não sou real Se não sou uma ébria anedota triste... Uma nota de cruzado Um dobrão de níquel Um vintém de esmola Um euro de fraude Um dólar de outrem...
  • 51. Sonetos Secretos 51 “Réplicas Matemáticas” Não sejamos nestes tempos difíceis Um rato dócil de experiência mental... Não deseje a um inseto dissidente Algo que o seu para-brisa esmague... Não sejamos cobaias inúteis Em um miserável laboratório.... Não queira minha doce jovem Está presa eloquentemente A minha infeliz má sorte......... Não permitamos o exequível vil prologo O estado inerte de um vórtice repetido Pertencentes inequivocamente a tríade A fazenda de formigas de um louco.... Não sejamos uma frequência quântica Algo terminantemente amiudada a luz... Não sejamos um fronte de guerra Alinhados a uma fila de pesquisas... Não permita que um fato tolo Descrevido por ato paradoxal Delimite nossa linha de tempo... Em nosso tempo Em tempo nosso Em pouco período Em ocasião rara... Não deixemos que a vida Também inoportunamente Procure pelas ilustrações De um tempo inesperado... Não sejamos biltres irresponsáveis As muitas interpretações dessa vida... Sejamos sobre a eterna terra Simples regras matemáticas.... Complicações quânticas Aplicadas a imaginação....
  • 52. Sonetos Secretos 52 Objetos do nosso dia Recorrências da noite Réplicas do dia-a-dia... “Amada Meretriz” Amada meretriz errante Serás que tu melindras... Amada errante meretriz Nunca tens pena de mim... Será eu que vivo para te amar Ou serás tu que não me amas... Se eu vivo mesmo para te amar Dê-me sinais de vossa piedade.... Oh! Linda meretriz estupida Oh! Bela veneziana biltre.... Sei que há vida em teu olhar vazio E que você indubitavelmente solta Ainda senti um amor biltre por mim.... Quando fica vividamente sozinha... Quando fica viciadamente sozinha... Creio que há amor no teu lamento E há vida em teu rancor mórbido... Une nas minhas genitálias Os teus grandes lábios vis... Coloca sobre minha boca A tua linda buceta alada Junta para sempre em vida A tua tara languida a minha...
  • 53. Sonetos Secretos 53 “Bucetas Molhadas” Eu a vejo de longe Sentada na calçada Com a sua buceta Muito molhadinha.... Ela insaciadamente a me olhar Ainda me espera na vil esquina De pernas estupidamente abertas E sempre é claro a minha espera.... Ainda susceptivelmente de longe Ela pisca para mim e barqueja: - Ei você quer se divertir essa noite? Eu, no entanto, entusiasmado digo: - Sim bela dana - Quero sim! Ela responde.... Tacitamente - Ei lindo... - Então vamos! De repente de seu clitóris Sai aquele odor entediante.... Não pude voltar atrás Ela estava bem quente.... Eu tive que pôr o meu pau naquele buraco Que ela simplesmente chamava de satanás... “Play Boy” Quanta gente vem me espiar E quanta gente se masturba Pensando em mim despida...
  • 54. Sonetos Secretos 54 Quantas alegrias vis e tórridas As minhas páginas transmitem Em um holocausto de espermas... Ela era assim majestosa Ela era assim bem sexual Ela era assim muito quente Uma mulher biltre e infernal... Quantas felicidades Grudei em páginas... Quantos dias quentes gastei em pé Pulando de banheiro em banheiro... Até meu corpo frágil Ter que ficar esquio Ter que ficar magro E muito esquelético.... Lembro de estar batendo uma Lembro de bater mais de uma.... Bem longe de Pernambuco Bem longe de minha Olinda... Na casa de zé Lanterna No povoado de gurutil No interior do Maranhão... Fazendo um holocausto de espermas Milhões de milhões de crianças mortas Todas elas assassinadas no meu chão... “Sexo e Amor” As mulheres apenas falam de amor As mulheres somente falam de amar...
  • 55. Sonetos Secretos 55 Homens são apenas mais homens Homens somente querem mais sexo...... “Os Mil Bigodes de São Luís” Oh! Ilha encantada dos mil bigodes O que fazes sonolentamente a noite Enquanto outros apenas dormem.... Oh! Ilha que permanece encantada Não fiques suja, e nem magnética Enquanto muitos aqui a usurpam... Oh! Minha Atenas maranhenses Sempre cheia dos amores turvos Não me deixe sozinho no largo... Aquele mesmo largo do Carmo Aquela mesma fonte do ribeirão Sempre solteiro ao meio tempo Sentado e esquecido por Deus... Oh! Minha triste e bonita São Luís Não deixe que os meus mil poetas Desta terra repleta de vis palmeiras Fique continuamente congelada... Que aqui se plante sempre palmeiras Que jamais alguém aqui finque bigodes... Não deixem que as roseanes daninhas florem E que os fios destas linhagens não prosperem.... Sejam todos os poetas desta terra brava Entes serenos não pairados no tempo... Que aqui nesta terra alva Jamais se filiem vis ogros De um que quase colonial... Que aqui jamais tenha servidão Que aqui jamais tenha mazelas Que aqui jamais tenha fome vil...
  • 56. Sonetos Secretos 56 E que nunca mais ponderem Os biltres chefes de estados... Aqui lamentavelmente Existe apenas o caos... Não existe crescimento social E isto a mais de quarenta anos.... A pobreza permanece viva A fome permanece mais viva O analfabetismo ainda vive.... Mas estes fatos imbecilmente inglórios Fazem jus apenas a honoráveis bandidos Todos eles famigerados desta bonita terra.... Eles são gigantes não pelo conteúdo politico Nem pela fama da gigante serpente da lenda.... Que segundo reza-se a cultura popular Quando a cabeça encontrar com o rabo Ela abraçaria a cidade luz destruindo-a.... Mais sabemos que bigodes e serpentes As vezes possuem similaridades afins... Oh! Minha cidade deixa-me salvar-te Oh! Minha cidade deixa-me amar-te... Não me julgue um infiel Não me deixe sozinho.... Deixe-me agradar-te Deixe-me venera-la... Oh! Ilha encantada dos mil bigodes Oh! Por mil bigodes de São Luís.... Quem será com vos Quem será por vos Quem será contra vos Ninguém eu duvido...
  • 57. Sonetos Secretos 57 “Deus e o Homem” Quem é criador Quem é criatura... Quem é verbo Quem é sujeito... O fato de ser Homem O fato de ser Deus.... O Homem e Deus Deus e o Homem.... Um Deus, Apenas uma vontade do que é o homem.... Um Homem, Apenas uma vontade do que é ser um Deus... Um criador, Um imortal, na mortalidade... Uma criatura, Um mortal, na imortalidade... “Amor Envelhecido” Enfim, estamos todos no fim E certamente nem vir o início... O amor pode ser jovem Mas o tempo do amor É sempre envelhecido... Como todos nós chegamos até aqui E por quantos dias ficamos inertes A mercê do tempo e do nosso vazio.... Quais foram as nossas realizações E por quais motivos brigamos tanto...
  • 58. Sonetos Secretos 58 Quando foi que erramos Quem teve o ato cria-lo.... Quais foram as dúvidas inevitáveis Quem de nós não se ateve ao outro Para não se abster de nos ater bem... Como foi que desperdiçamos a nossa vida E com o que tanto ficamos interessados... Quem nos iludiu de uma vida sem prazeres Sem que nisto não nos padeça a tristeza... Com o que se perdeu o nosso vil brilho Quais foram os beijos que velei sorrindo... Porque ficamos parados sem nos vermos Porque parados sem nos vermos ficamos... E quando foi que chegamos aqui Quais foram os piscares de olhos Que inevitavelmente eu não vir.... Quando foi que eu e você envelhecemos E por que é por quando tempo eu te perdi Quando foi que eu e você chegamos aqui... “Amado Lúcifer” Amado indulgente Como esta tua fronte... Odiado cavaleiro andante Como está a tua espada... Como é doce o ocre das prostitutas Como é límpida a casa dos injustos... Tu foste aquele que nos libertou Em época de guerras alucinadas A ignorância pávida de nosso cerne...
  • 59. Sonetos Secretos 59 Tu rompeste com o segredo Habitado na arvore do jardim Aquele que aprisionou Adão Aquele que condenou Eva... Inculto as deliberações éticas Improprio as ocupações do etéreo Envolto a supremacia imposta ao pai... Quem nos apresentou o cerne proibido Quem deflagrou a queda de multidões Quem começou o mundo que conhecemos... Foste tu quem nos deu a virgens pálidas Foste tu quem nos apresentou ao sexo E como um biltre palestrante incestuoso Nos presenteou com a libertinagens etérea... Como a dor de mil prostitutas Estupradas sobre a luz da lua... Como o delírio da virgem pálida Que delira a noite possuída por ti... Como o fel de uma menina Possuída por vários homens... Como a relva dos amantes ébrios Em volúpia selvagem sobre a terra... Merca a beleza do cão que ruiva a noite Merca o desejo inculto das virgens violadas... Furta o desejo incauto dos que defloram suas virgens Deflagre a prisão noturna dos entes que te estupram... Amado indulgente Como esta tua fronte... Odiado cavaleiro andante Como está a tua espada... Como é doce o ocre das prostitutas Como é límpida a casa dos injustos... Como estão os condenados Que não apreciaram o desejo...
  • 60. Sonetos Secretos 60 Como estão os condenados Que não se entregaram a volúpia... Como estão os condenados Quem não sentiram a lascívia... Amando lúcifer Quem está morto... Amado demônio Quem está inerte... Minha canção biltre Vislumbra as ébrias... Minha dadiva infernal Procura as mil santas.... O meu ocre possui beleza O meu perfume tem ensejo... Eu o desejo na carne Eu os desejos no cerne... Sou um violado de intimidade Sou um cão que devora a bílis... Não me estenda a volúpia das frigidas Não me estenda a inercia das moiras.... Eu desejo as pálidas Eu desejos as virgens Eu desejo as ébrias.... Eu sou o jardim perdido Eu sou a maça da arvore Um demente em teu celeiro... Eu sou o pecado eterno da dor Eu sou o demônio de teu sono Um diabo necessário em desejo... Tu es a minha prostituta Tu es a minha Nerfetiti Minha lascívia em lucífer...
  • 61. Sonetos Secretos 61 “Minha Consorte” Minha amada inocente Minha amada anáfora Minha amada celta... Minha deusa Meu demônio Minha consorte Meu incesto senil... Mais lívida que a sorte Mais límpida que o mar Mais prospera que o anjo... Sou teu cônego Sou teu presbítero Teu afixo profano... “Amada Irmã” Imaculada viking Sacana dos portos Celta dos vis Balcãs... Feroz vulva Insana pálida Imitada deusa... Não me deixe Não me esqueça Não me abandone... Amada semita Amada promiscua Célere mestiça do fel... Teste meus beijos Supra meus toques Fragmente meus tesos Incesto amado Pecado desejado Beijo roubado...
  • 62. Sonetos Secretos 62 Amado Amante E insólito... “Amada Filha” Meus toques Meus lábios Meus cheiros Em seus seios... Meus dedos Minhas mãos Minha língua Em sua vulva... Minhas pernas As suas pernas... Minha boca Em sua boca... Meu sexo Em sua vulva... Meu sexo Em seu sexo... Suas nadegas Em minhas mãos... Frio Arrepio Desejo E gozo... Penetrada Arrancada Violentada A inocência... Em um beijo Em um terço Minha vontade...
  • 63. Sonetos Secretos 63 “Pálidas e Lívidas” Minha pálida Minha lívida Minha ninfa... Como es lívida Como es breve Como es chumbo... Minha tácita Minha frívola Minha amada... Meu céu Meu inferno E meu Deus... “Importação Romântica” Na época do ultrarromantismo No ápice do amor Lascivinista Em volta a amores de balsamos... Liderada por Lord Bayron Fomentada na vil Europa Consumida pelas fés ébrias... Recebida por Alvarez de Azevedo Difundida pelo amor das mil pálidas Acolhida pelos biltres poetas do Brasil... Estes seus poemas Estes seus vis livros Estes seus encantamentos... Influenciavam as damas Influenciavam as jovens A serem muito pálidas A serem a própria morte...
  • 64. Sonetos Secretos 64 Um ideal de beleza Um ideal de vivencia Uma vil indução vivida... Moças tácitas Moças pálidas Moças mortas Moças mórbidas... Como abusam deste pó da morte Como ofuscam a síntese da carne Como horrorizam a base de chumbo... Clareia as veias dos pescoços Clareia as veias de suas mãos Como alvejam a vulva do fel... Isto as deixavam lívidas Isto as deixavam pálidas Isto as deixava amadas... Como as nuvens dos céus Como os algodões doces As lívidas brancas encarameladas Andavam em penumbra pelas sepulturas.... Todas eram como a espuma do mar Todas eram como uma grama de sal Involuntariamente pálidas como a morte Inevitavelmente pálidas como os anjos dos céus... “Efêmera Existência” Como é vil a vida Como é biltre a morte Como é efêmero viver... Como é frágil o beijo Como é tácita a felicidade Como é transitória a juventude...
  • 65. Sonetos Secretos 65 Um curto espaço no tempo Um acaso na imensidão do tedio Um buraco de minhoca no teu espaço Um segundo os braços de tua existência... A vida é um balsamo A vida é um rio translucido Uma tempestade perfeita no oceano.... É uma pena a existência da morte É uma pena a finitude da vivencia É uma pena não ser uma continuidade Uma vela acesa que nunca extingue as chamas... Sou o meu universo escondido Sou o teu simples oceano intacto Um planeta curioso em tuas lentes Uma vivencia inesperadas em tua viagem... Como um biltre ébrio Que caminha sozinho Como um vil amante Que descuida da sorte.... Sou finito Sou efêmero Sou um exagero... “O Pacto dos Poetas” Todos os poetas Tem de certa forma Um grandioso pacto Alelo com o demônio... Todos os poetas Tem de certa forma Um pequeno afastamento Alelo e discreto com Deus...
  • 66. Sonetos Secretos 66 O primeiro criou as trancas da libido O segundo criou a liberdade da lascívia E o ultimo criou a prosa e os versos de perdição... O primeiro deseja destruir as suas fies criaturas O segundo deseja destruí aquele que criou a maldade E o ultimo deseja descontruir a criação dos criadores... O primeiro é criador de universos O segundo é um saqueador de almas E o último é um imaginador de literaturas... O primeiro quer o amor entre os homens O segundo quer disseminar as luxurias E o ultimo deseja viver tudo isso em orgias.... Isto talvez Isto porque As dúvidas... Isto não sei Isto bem cabe As dúvidas... Os poetas As amadas E os amantes... Alguns estão à deriva Alguns estão a tormenta Alguns estão a navegar.... Perdidos Perplexos Mortalizados E abandonados... Todos os poetas Tem de certa forma Um grandioso pacto Alelo com o demônio...
  • 67. Sonetos Secretos 67 Todos os poetas Tem de certa forma Um pequeno afastamento Alelo e discreto com Deus... Nós nos sentimos Um pouco envoltos Pela sombra do mal Na presença de lúcifer... Nós nos sentimos Um pouco arrastados Pelo brilho das estrelas Entreabertos e abandonados Talvez pela presença de Deus... “Alrac” Um beijo roubado Um aperto atrevido Um desejo insano.... Com prosa Com amor E sem tedio... Fim
  • 68. Sonetos Secretos 68 Agradecimentos A todos os meus amigos e colegas que leram este livro Antes mesmo de sua impressão Que elogiaram e criticaram as suas entrelinhas Que deram muitas sugestões importantes E às vezes até compactuaram comigo Em recitações ao ar livre Na embriaguez da companhia de um bom e velho vinho Um salve a vocês...
  • 69. Sonetos Secretos 69 Memorial Em memória de um amor Que ficou no passado... Ao amor de minha vida Ao amor de meu viver... Ainda que este amor Não esteja por mim Em público Como devia o ser Tanto a mim Quanto a ela... Esteja aqui está declaração Em memória de seu nome Em estrato de dignifico título... Oh! Minha amada bendita Oh! Minha bendita amada... Está escrito em sangue Está escrito em chamas... Mesmo que ainda esteja No anonimato completo Meu amor por você Alrac Ainda continuará no espaço... Percorrendo o infinito Como o brilho de bilhões De estrelas mortas nos céus Que insistem em te focalizar... Ainda que inerte na alma Ainda que inerte na calma Isto sim meu amor É apenas amar-te....
  • 70. Sonetos Secretos 70 Sobre o Autor Sua alma no universo imaginativo perambula, Seu gosto pelo vinho revitalizar sua emoção, Nascido em São Luís do maranhão no dia 26 de fevereiro de 1981, Sua vida literária é marcada pela paixão e pelo amor que possui pela arte, Principalmente pelo teatro, música, cinema, artes plásticas e pela poesia produzida em geral pela humanidade... Talvez isso explique sua incrível fascinação pelos livros e pelos autores ultrarromânticos do século XVIII.... Desde muito novo, teve amor pela escrita Completamente apaixonado por esta arte Propôs-se inicialmente a escrever peças teatrais Pensamentos soltos, crônicas diversas E por último dedicou-se a poesia Esta que até hoje é a sua única e maior paixão.... Este livro que intitulo “Sonetos Secretos” apenas resumem quais propósitos o gênero literário do escritor desempenha dentro de seu papel humanista, a dualidade de sentimentos tão estranhos, evidenciando como um amor não curado, pode respingar desejos do passado na realidade de sua vida presente.... Sua escrita se assemelha às folhas secas de um outono trivial, sendo um ritualista, compele a repetição paisagística da metalinguística que transgredi a composição das formas remetente ao delírio do prazer tênue.... Este livro é uma de suas obras primas no segmento romântico, aqui são expressos textos poéticos em um enredo muito lírico, Inteligente, conflituoso, lascivo, tenebroso, encantador e tempestuoso... Porém os papeis em branco tingidos a cinzas, fica ao cargo do leitor colori-los... Não admirem amigos leitores, caso vocês, encontrem aqui espalhado, alguns pedaços de vossas vidas expostas em entrelinhas escondidos ao tempo... Algumas talvez inóspitas e indelicadas, algumas talvez inertes e frias, imprimidas ao pé das orelhas do secreto.... No entanto, consumam por sua vez, os meus pensamentos, como a quem bebe vinho e fica resoluto.... E já embriagado, tenaz e envolvido em sono, sugiro que durmam inquietos e felizes... Então caros leitores, por favor, eu vos aconselho, embriaguem-se primeiro antes da leitura de meus pensamentos soturnos, mergulhem antes dentro de si mesmos, a longo prazo me degustem, e quando puderem divirtam-se comigo em seus sonhos.... Abrantes F. Roosevelt
  • 71. Sonetos Secretos 71 Notas do Autor Este livro revela todas as ansiedades de liberação de pensamento, ilustra todas as dramaticidades da exposição dos sentimentos proibidos a raízes ideológicas inóspitas, refrata todas as inteligíveis percepções de um mundo completamente formulado e arquitetado pelos apaixonados.... Exercer na declaração dos sentimentos inócuos, o amor, o desejo, a ternura, a saudade, a dedicação, a paixão e o tempo a efêmeros resultados da resignação refrataria de quem se ama, incidindo no desejo febril, o amor ao colo coibido do próprio inimigo... Um permanecer do tempo, entregue aos julgamentos dos amantes, um vincular do cerne as críticas dos possíveis insultos alógenos.... Um sofre eterno do amar, um vagar inacabável da escuridão, um sitiar deixado aos escritos não correspondidos, um ferver do amor, um sofre do amar, uma desilusão no tecer do tempo... Um amor colocado a guilhotina dos medos, um puxar incerto da alça que libera a laminar do frio carrasco, um íntimo sentir tênue da ríspida morte.... Um milésimo mínimo da paixão profana aterrada no sofrer... Um final pernicioso a todos os poetas, uma ponderação inóspita ao ternário das letras, um partir solitário na data de suas publicações, um livro incendiado pelas forças do sobrenatural, um texto solto ao acaso do amados... Entre os poetas, restam o lúgubre trabalho do sentir, a frágil volúpia do fingir, a réstia da eternidade efêmera, o fardo do etéreo, a casta de um patrimônio cultural sucumbido, a matéria da humanidade mórbida e a insanidade absurda do vazio. Um especulo dos loucos, um hospício da maturidade, um assombro das angustias, um atributo do amor frágil, um vício da paixão inerte. Um pertencimento da comunhão seletiva dos leitores, um expor-se imediato a ilusão, um querer complicado do universo... Um atendimento irracional de todas as expectativas de quem nos devora a alma, pagina por pagina, um remetente da preparação da trincheira, uma vivacidade de guerra oblíqua, um tumulto revirado pelas bombas, onde as armas e o tedio são colunas que pouco importam ao imprevisto da musa, algo que não nos incomoda a carne, travá-la em campo aberto e ao frio. Exposto as estas letras, desejo aos meus devoradores que este livro e um bom vinho, sejam em uma madrugada chuvosa, belos companheiros, sugiro aos meus leitores que os tome como hospede inato em suas vidas, regozije-o em tamanha amplitude e gozo, na intenção de degustá-los e recita-los como prova de minha companhia, tendo também os velhos amigos, reunidos sobre roda de uma boa conversa em recitação de meus versos. Permanecendo o vinho, o livro e as belas jovens ao lado de suas ébrias confraternizações eternas. Abrantes F. Roosevelt