Escherichia Coli PatogêNicas Isoladas De Carne Bovina Adquirida Nos MunicíPios De NiteróI E Rio D
1. Escherichia coli PATOGÊNICAS ISOLADAS DE CARNE BOVINA
ADQUIRIDA NOS MUNICÍPIOS DE NITERÓI E RIO DE JANEIRO:
RESISTÊNCIA ANTIMICROBIANA.
SAMIRA PIROLA SANTOS MANTILLA1; MARIA CARMELA KASNOWSKI1;
ANGELA DA CONCEIÇÃO LORDÃO1; ROBSON MAIA FRANCO2; LUIZ
ANTÔNIO TRINDADE DE OLIVEIRA2
1
Alunas do Programa de Pós-Graduação em Higiene Veterinária e Processamento
Tecnológico de Produtos de Origem Animal. Faculdade de Veterinária- Universidade
Federal Fluminense, Niterói-RJ. samiramantilla@yahoo.com.br
2
Prof. Dr. do Departamento de Tecnologia de Alimentos. Faculdade de Veterinária-
Universidade Federal Fluminense, Niterói-RJ.
RESUMO
As diferentes cepas de Escherichia coli são consideradas patógenos emergentes, e vêm
sendo relacionadas a diversos surtos de doenças de origem alimentar. A infecção por E.
coli O157:H7 é severa, sendo um dos microrganismos mais envolvidos em doenças
veiculadas por alimentos em humanos. O objetivo dessa pesquisa foi verificar a
resistência antimicrobiana de E. coli patogênicas isoladas a partir de 60 amostras de
acém adquiridas no comércio varejista dos municípios de Niterói (30 amostras) e Rio de
Janeiro (30 amostras). Foi determinada a sensibilidade “in vitro” das cepas isoladas nas
análises bacteriológicas, segundo a metodologia do “National Committee for Clinical
Laboratory Standards”. Os antimicrobianos testados foram Cloranfenicol, Aztreonam,
Sulfazotrim, Ceftadizima, Cefotaxima e Amicacina, Netilmicina, Ampicilina,
Cefalotina, Cefoxitina, Gentamicina e Tetraciclina. Nas amostras oriundas de Niterói,
das 113 cepas de E. coli isoladas, sendo 94,7% (107/113) pertencentes ao grupo EPEC e
5,3% (6/113) ao EIEC, as cepas se mostraram resistentes à maioria dos antimicrobianos
testados, sendo que a Tetraciclina demonstrou melhor eficiência, com 81,41% (92/113)
das cepas testadas apresentando sensibilidade, seguido pela Gentamicina com 76,5%
(86/113) de cepas sensíveis. Por outro lado, a Cefoxitina demostrou ser o
antimicrobiano menos eficaz, dentre os testados, pois apresentou maior percentual de
cepas resistentes 92,56% (104/113). Nas amostras adquiridas no Rio de Janeiro, as 63
cepas de E. coli patogênicas apresentaram grande espectro de resistência,
principalmente a ampicilina 85,7% (54/63), cefalotina 84,12% (53/63) e amicacina
76,2% (48/63), sendo que a maior susceptibilidade foi observada para os
antimicrobianos cefoxitina, gentamicina e tetraciclina 31,7% (20/63). A variação da
resistência aos antimicrobianos testados coloca em alerta a comunidade científica, em
função dos perigos que o consumidor pode sofrer ao consumir carnes, cujas cepas
contaminantes apresentam este perfil. Estes microrganismos podem conjugar-se com a
microbiota intestinal do ingestor, transportando a resistência antimicrobiana, que
dificultará o tratamento nos processos infecciosos.