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2014
HUMANIVERSIDADE HOLÍSTICA
CURSO TERAPEUTA CORPORAL E HOLÍSTICO
ARTROSE NA
MEDICINA TRADICIONAL CHINESA
E TERAPIAS COMPLEMENTARES
HUMANIVERSIDADE HOLÍSTICA
TURMA: 2012 - 2º FSB
Celina Gutierrez Armando de Azevedo
Cinthia Pereira Paschoal
Daniela Figliolia Marques Costa
Patricia Pereira Lameu
Roseli Maria Ferro
Sandra Casella Della Via
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RESUMO
A artrose, também conhecida como osteoartrose, osteoartrite, artrite degenerativa e
doença articulatória degenerativa, é uma doença das articulações em que se
verifica degradação dos tecidos que as compõem, em especial cartilagem e osso.
Os movimentos restritos devem-se ao fator mecânico: as superfícies articulatórias,
em vez de estarem acolchoadas pela cartilagem, tornam-se rugosas e atritam-se.
Este trabalho, embasado em pesquisas e estudos de casos, tem como objetivo
verificar que há uma melhora significativa na visão Holística da Medicina Tradicional
Chinesa e Terapias complementares em suas diversas formas de tratamento.
Descritores: Artrite, Medicina Tradicional Chinesa, Terapias Complementares,
Tratamentos e qualidade de vida.
  3	
  
DEDICATÓRIA
Dedicamos este trabalho a nossos familiares e amigos,
principalmente nossos pais, maridos, namorados e filhos,
pela compreensão e colaboração, para que pudéssemos
nos dedicar nestes 2 anos de curso com atenção diária
em detrimento de tantos finais de semana integrais de
lazer.
  4	
  
AGRADECIMENTOS
Agradecemos primeiramente a Deus por nos conduzir,
integrada aos recursos naturais da vida, nesta jornada de
aprendizado.
Aos professores da HUMANIVERSIDADE, pela
excelência nas aula, por toda dedicação e apoio
oferecido.
Agradecemos também em particular à Profa. Roseli, pela
revisão, e à Cooperativa Teor, que contribuiu com a
nossa evolução.
  5	
  
INDICE
Artrose 07
Sistema Articulatório – Biomecânica 14
Estruturas Articulatórias 31
Visão geral das causas de doença na medicina tradicional chinesa 42
Artrose na Medicina Chinesa 43
Formas de tratamentos na M.T.C. e Terapias Complementares
Acupuntura 45
Tratamento por acupuntura para artrose 48
Moxabustão 50
Tratamento por Moxabustão para Artrose 57
Ventosaterapia 57
Magnetoterapia 62
Tratamentos baseados nos Pontos de Acupuntura 68
Geoterapia 69
Visão da MTC na indicação de Geoterapia para Artrose 77
Massoterapia e a Artrose 79
Alongamento passivo 80
Shiatsu 81
Tui-ná 84
Zen Shiatsu 84
Calatonia 86
Reflexologia 87
Fitoterapia 87
Plantas de uso terapêutico para Artrose 93
Dietologia – Artrose e Alimentação 94
Práticas Físicas - Qi Gong 99
Tai Chi Chuan 105
Lian Gong 108
Auriculoterapia Chinesa e Francesa 112
  6	
  
Recomendações em Auriculoterapia na Artrose 122
Aromaterapia 123
Aromaterapia na Artrite e Artrose 129
Cromoterapia 130
Terapia da Artrose, Artrite e Reumatismo, através das cores 136
Florais de Bach 137
Florais de Bach e a Artrose 138
Linguagem do Corpo 140
Artrite e Artrose 143
Bioenergética e Linguagem Corporal 151
Exercício ajuda pessoas a superarem ataques de Artrite Reumatoide 153
Programação Neuro Linguística 156
Alfagenia 167
Estudo de casos 169
Cliente A.C.E.S. 169
Cliente E.S.M. 173
Cliente S.C.Z. 175
Cliente S.C.D.V. 177
Cliente A.C. 186
Considerações finais 192
Conclusão 192
Bons Conselhos 193
Pesquisa Internet, sites 195
Referências Bibliográficas 198
  7	
  
INTRODUÇÃO
ARTROSE
A artrose, também conhecida como osteoartrose, osteoartrite, artrite degenerativa e
doença articulatória degenerativa, é uma doença das articulações em que se
verifica degeneração dos tecidos que compõem a articulação, em especial a
cartilagem e osso.
Com o tempo, a artrose evolui para a destruição destes tecidos conduzindo à
deformação das articulações, podendo limitar ou mesmo bloquear os movimentos.
Sinônimos: Osteoartrite, OA, doença degenerativa das articulações
A artrose ou osteoartrite (OA) é o distúrbio mais comum das articulações.
É ela tão antiga como a própria história da Humanidade, acometendo
indistintamente todos os vertebrados. Estudos realizados em fósseis de dinossauros
demonstraram que esta alteração articulatória já encontrava-se presente na era pré-
histórica.
Sintomas:
Dor, fraqueza nos membros, limitação da função articulatória, perda do movimento,
rigidez, podendo haver formigamentos nos membros inferiores, crepitações audíveis
e palpáveis, limitação da amplitude articulatória, espasmo e atrofia muscular, dor e
sensibilidade a palpação e mobilização.
Os movimentos restritos devem-se ao fator mecânico: as superfícies articulatórias,
em vez de estarem acolchoadas pela cartilagem, tornam-se rugosas e atritam-se.
Existem pessoas assintomáticas, mas o médico pode detectar a artrose em uma
radiografia.
Causas:
A artrose é causada pelo desgaste de uma articulação.
As articulações têm um nível tão pequeno de fricção que não se desgastam, salvo
se forem excessivamente utilizadas ou danificadas.
A cartilagem é o tecido fino e emborrachado que reveste os ossos nas articulações e
permite que os ossos deslizem uns sobre os outros.
Estruturas também fazem parte da articulação, desempenhando papéis específicos
como no caso do líquido sinovial, que lubrifica as articulações e, dos ligamentos, que
  8	
  
ajudam a manter unidas e estáveis as articulações.
Uma articulação normal é formada por células chamadas CONDRÓCITOS, cuja
função básica é fabricar todas as substâncias necessárias para o bom
funcionamento da cartilagem articulatória. Dentre estas substâncias, encontra-se
uma proteína denominada COLÁGENO, cuja finalidade é funcionar como uma malha
de sustentação, retendo as demais substâncias existentes dentro da cartilagem
(Sulfato de Glicosamina, Sulfato de condroitina, querato sulfato), que funcionam
como moléculas que retêm água, ajudando, com isso, a absorção de stress
mecânico de compressão e tração.
Na realidade, a cartilagem articulatória funciona como uma grande mola, ou uma
esponja de silicone embebida em água. O estado de hidratação da cartilagem e a
integridade da mesma, é fator preponderante para a não existência de degradação
e, a não existência da patologia denominada de OSTEOARTROSE.
Toda vez que tivermos alterado o estado de equilíbrio entre os constituintes
articulatórias, estaremos sujeitos ao PROCESSO DE DEGRADAÇÃO
ARTICULATÓRIA e, consequentemente, o desenvolvimento da OSTEOARTROSE.
  9	
  
A Osteoartrose é, do ponto de vista médico, dividida em dois grandes grupos. O
primeiro denominado de Osteoartrose Primária, é formado por aqueles indivíduos
que já possuem um patrimônio genético, que faz com que a patologia se desenvolva
independentemente de fatores externos.
O segundo grupo, denominado de Osteoartrose Secundária, é formado por
pessoas que, em virtude de algum fator agressivo ocorrido em determinado período
da sua vida, passam a apresentar a patologia. Fazem parte deste grupo os
indivíduos muito obesos, os que sofreram: algum traumatismo articulatória (entorses,
fraturas, luxações), algumas alterações hormonais específicas, executam esportes
com micros traumatismos de repetição, executam esportes de desaceleração
(saltos) etc.
A cartilagem pode quebrar e se desgastar. Como resultado, os ossos se friccionam,
causando dor, inchaço e rigidez. Este atrito nas articulações provoca uma
inflamação da mesma, que se caracteriza por um quadro de artrite, daí o nome de
osteoartrite (artrite = inflamação da articulação). Existem cerca de 100 doenças que
podem causar artrite; a artrose (osteoartrite) é a mais comum.
A cartilagem pode crescer demasiado, mas finalmente torna-se mais fina e surgem
gretas na sua superfície. Formam-se cavidades diminutas que enfraquecem a
medula do osso, debaixo da cartilagem. Pode haver um crescimento excessivo do
osso nos bordos da articulação, formando tumefações (osteófitos) que podem ver-se
e sentir-se ao tato. Estas tumefações podem interferir no funcionamento normal da
articulação e causar dor.
Bicos de papagaio ou esporões podem se formar ao redor da articulação e os
ligamentos e músculos ao redor da bacia ficam mais fracos e rígidos.
Por fim, a superfície lisa e regular da cartilagem torna-se áspera e esburacada,
impedindo que a articulação se possa mover com facilidade. Produz-se uma
  10	
  
alteração da articulação pela deterioração de todos os seus componentes, quer
dizer, o osso, a cápsula articulatória (tecidos que envolvem algumas articulações), a
membrana sinovial (tecido que reveste a articulação), os tendões e a cartilagem.
Em geral, a causa da artrose é desconhecida. Ela está relacionada principalmente
ao envelhecimento. Os sintomas da artrose geralmente aparecem na meia-idade.
Quase todo mundo tem algum sintoma por volta dos 70 anos. No entanto, esses
sintomas podem não ser graves. Antes dos 55 (20 % da população), a artrose ocorre
tanto em homens quanto em mulheres. Após os 55 anos, ela é mais comum em
mulheres (aproximando-se a 90 % a partir dos 80 anos)
As articulações mais afetadas pela artrose são os coluna, mãos, pés, joelhos,
cíngulo pélvico, e cíngulo peitoral.
Coluna vertebral- Artrose na coluna pode aparecer como rigidez e dor no pescoço
ou região lombar. Em alguns casos, alterações na coluna relacionadas à artrose
podem causar pressão nos nervos, resultando em fraqueza ou entorpecimento dos
braços ou pernas.
Mãos - Artrose nas mãos parece ter algumas características hereditárias. Se a sua
mãe ou avó teve artrose nas mãos, você sofre um risco maior de ter também.
Mulheres têm maior probabilidade de desenvolver artrose nas mãos, sendo que a
maioria dos casos acontece depois da menopausa. Quando a artrose desenvolve-se
nas mãos, pequenas saliências ósseas podem aparecer nas extremidades das
articulações dos dedos (aquelas perto das unhas). Saliências ósseas similares
podem aparecer nas articulações médias dos dedos. Os dedos podem ficar
inchados, doloridos, duros e entorpecidos.
  11	
  
Pés - Como o pé tem um grande número de articulações, que sustentam todo o
peso corporal, é muito comum a ocorrência de dor nos pés por artrose.
São vários os diferentes motivos que podem causar a artrose, entre eles destacam-
se a ocorrência prévia de fratura, reumatismo, idade avançada e deformidades
congênitas.
Os principais sintomas são: dor, perda do movimento e inchaço.
Existem algumas alternativas de tratamento para os casos de artrose nos pés, entre
elas as principais são medicamentos especiais, fisioterapia, exercícios, palmilhas
sob medida e cirurgias.
Imagem de Tomografia mostrando artrose no pé
Cíngulo peitoral - O desgaste da articulação pode decorrer de diferentes doenças,
como a osteoartrose primária (a mais comum, que acomete várias articulações e,
em geral, após os 60 anos) ou a artrite reumatoide (reumatismo). A artrose do
cíngulo peitoral é mais rara que do cíngulo pélvico, joelhos, mãos e coluna, mas
pode gerar limitações muito importantes para atividades diárias e muita dor.
A osteoartrose primária é a causa mais comum de artrose. A artrose de cíngulo
peitoral, como nas demais , manifesta-se lentamente durante o envelhecimento e
  12	
  
tem um importante componente genético. A osteoartrose pode ter diferentes graus,
desde uma artrose leve (sem dor ou perda de função) a uma artrose grave
extremamente limitante, em que o cliente pode perder quase todos os movimentos
do cíngulo peitoral.
A) Leve B) Moderada C) Grave
A artrose também pode ser causada por um processo de "morte óssea" chamado de
osteonecrose, causa por fraturas ou por doenças que acometem pequenos vasos
sanguíneos como o lúpus, anemia falciforme ou mesmo a artrite reumatoide. Existe
também um tipo de artrose no cíngulo peitoral iniciada após lesões crônicas não
tratadas dos tendões do manguito rotador, chamada de artropatia do manguito
rotador, que apresenta um tratamento diferente artrose.
A) Artrose primária B) Osteonecrose C) Artropatia do manguito
Joelhos - As articulações dos joelhos estão entre as mais comumente afetadas pela
artrose. Sintomas de artrose no joelho incluem rigidez, inchaço e dor, que tornam
difícil andar, subir escada, sentar e levantar de cadeiras e banheiras. Artrose nos
joelhos pode ser desabilitante.
  13	
  
Cíngulo pélvico - Outro local comum de artrose é o cíngulo pélvico. Assim como a
artrose nos joelhos, os sintomas da no cíngulo pélvico incluem dor e rigidez na
própria articulação. Porém, em algum casos, a dor é sentida nas nádegas, virilha,
coxas e até nos joelhos. Artrose no cíngulo pélvico pode limitar a movimentação,
tornando atividades cotidianas, como vestir-se e colocar um sapato, um desafio.
Fatores que podem levar à artrose:
• A artrose tende a ser genética.
• Estar acima do peso aumenta o risco de artrose na bacia, nos joelhos, nos
tornozelos e nas articulações dos pés.
• Fraturas ou outras lesões nas articulações podem causar osteoartrite futuramente.
• O uso excessivo a longo prazo no trabalho ou no esporte pode levar à artrose
Entre as doenças que podem causar a artrose estão:
• Distúrbios de coagulação que causam hemorragia na articulação, como hemofilia.
• Distúrbios que bloqueiam o suprimento sanguíneo próximo a uma articulação,
  14	
  
como a necrose vascular
• Outros tipos de artrite, como gota crônica, pseudogota ou artrite reumatoide
Exames
O exame físico pode mostrar:
• Movimentação da articulação que pode provocar rangidos (atrito) chamado de
crepitação
• Inchaço das articulações (os ossos ao redor das articulações aumentados)
• Amplitude de movimento reduzida
• Dor ao pressionar a articulação
• Movimento normal passa a ser doloroso
Não existem exames de sangue que auxiliem na diagnose da artrose.
Um raio X das articulações afetadas mostrará uma perda do espaço da articulação.
Em casos avançados, haverão desgastes das extremidades dos ossos e dos
osteófitos.
SISTEMA ARTICULATÓRIO – BIOMECÂNICA
Uma articulação é um ponto de contato entre os ossos, entre a cartilagem e os
ossos.
A artrologia é a ciência que estuda os mecanismos de ação e os elementos
constituintes das articulações.
Funções das articulações
A principal função das articulações é a união entre si dos diversos ossos que
compõem o esqueleto. São os elementos que dão estabilidade a esta união,
permitindo, por exemplo, a postura ereta, tão característica da espécie humana.
A presença de cartilagem articulatório, recobrindo as superfícies articulatórias dos
ossos, evita seu desgaste excessivo, permitindo o deslizamento de uns sobre os
outros nos diferentes movimentos do corpo.
Por último, também pertence às articulações a função de limitar tais movimentos
para evitar que ultrapassem uma amplitude determinada, em função das
necessidades de cada parte do corpo.
  15	
  
Elementos das articulações
Os cinco principais elementos não-ósseos das articulações são a cartilagem
articulatória, os ligamentos, a cápsula articulatória, a membrana sinovial e os
meniscos.
Nem todas as articulações apresentam todos os elementos mencionados, o que está
na dependência da sua complexidade e, portanto, da sua mobilidade.
Cartilagem articulatória
A cartilagem é um tipo de tecido conjuntivo especial, composto por células
chamadas condrócito e fibras elásticas e resistentes, situadas entre as referidas
células. Tudo isso está incluído em uma substância ou matriz, de consistência
semelhante a um gel, que dá firmeza e a elasticidade que caracterizam a cartilagem.
Admite-se que a matriz de cartilagem desempenha um papel importante na nutrição
dos condrócitos. Sobre as superfícies articulatórias dos ossos se encontra o tipo
mais comum de cartilagem, que se chama cartilagem hialina, articulatória ou de
revestimento.
É um tecido semitransparente de certo modo elástico, e de cor branca azulada.
Permite o deslizamento entre si das superfícies articulatórias, evitando um desgaste
excessivo, além de atuar como amortecedor em face de pequenos traumatismos.
Ligamentos
São estruturas fibrosas que se inserem perto das articulações em todos ou só em
alguns ossos, limitando especificamente a amplitude de movimentos de cada
articulação. Podem ser largos, curtos, redondos, etc.
Alguns localizam-se no interior da cavidade articulatória. Por exemplo, o ligamento
da cabeça do fêmur ou os cruzados do joelho.
Cápsula articulatória
É uma membrana fibrosa que envolve a articulação, em forma de manguito. Encere-
se ao longo da borda das superfícies ósseas a unir, sendo a sua função mais
importante a de proporcionar estabilidade.
Existe, portanto, nas articulações que se encontram submetidas a muitas tensões
como por exemplo nos cíngulos peitoral.
  16	
  
Membrana sinovial
Consiste em uma espécie de bolsa que recobre a superfície interna da cavidade
articulatória, convertendo-a num espaço fechado. Tem um aspecto liso e brilhante,
devido a secreção de um líquido incolor e viscoso, o líquido sinovial ou sinóvia, cujas
funções são atuar como lubrificante para as cartilagens articulatórias e proporcionar-
lhes nutrição, uma vez que carecem de vasos sanguíneos.
Meniscos
São duas estruturas em forma semilunar que, vistas de perfil lembram uma cunha,
uma vez que sua espessura vai diminuindo da periferia para o centro. Encontram-se
no interior da articulação do joelho. A sua função consiste em aumentar a superfície
de contato entre os ossos, concretamente entre o fêmur e a tíbia. Deste modo as
pressões a que se vê submetida a articulação tornam-se mais repartidas conferindo-
lhe mais estabilidade.
Tipos de Articulações
As articulações são classificadas em diversos tipos, segundo sua mobilidade, muito
variável de região. Há articulações que têm movimentos nulos ou quase nulos.
  17	
  
Outras, que em geral correspondem às extremidades, são bastante complexas e
podem efetuar uma gama de movimentos muito variada. Veja, a seguir, os diferentes
tipos de articulações, divididos em três grandes grupos: Diartroses ou sinoviais, que
são as mais móveis e complexas; Anfiartroses ou Fibrosas, sem mobilidade.
Diartroses ou Sinoviais
São articulações mais móveis e mais complexas. Possuem uma cavidade
articulatória geralmente recoberta por cartilagem. Alguns subtipos apresentam
outros elementos sinovial, meniscos, ligamentos, etc. Subdividem-se em seis
gêneros, segundo a forma das suas superfícies articulatórias.
Esferoides ou Enartroses: As superfícies articulatórias são por um lado, uma cabeça
esférica e, por outro, uma cavidade. Como meio de união, apresentam uma cápsula
fibrosa, atapetada por membrana sinovial. Permite movimentos em todos os
sentidos. Por exemplo, a articulação do joelho.
Selares: Também denominadas sela de montar, apresentam duas superfícies
articulatórias que se adaptam perfeitamente uma a outra. São convexas num sentido
e côncavas no outro. Estão unidas por uma cápsula fibrosa e não permitem nenhum
movimento rotativo. Por exemplo, a articulação calcâneo-cuboide.
Gínglimo: Uma das superfície tem a forma de polia em que a outra superfície
articulatória se aloja. Permitem a flexão e a extensão, assim como ligeiros
movimentos laterais. Por exemplo, a articulação úmero-ulnar.
Trocoide : Uma das superfícies articulatórias é um segmento de cilindro ósseo que
gira em volta do seu maior eixo. A outra superfície é um anel osteofibroso no qual se
introduz o cilindro ósseo. Só permite movimentos de rotação. Por exemplo, a
articulação rádio-ulnar.
Planas: São duas superfícies articulatórias lisas e aplanadas. Só permitem
movimentos de deslizamento. Por exemplo, a articulação entre os processos
articulação entre os processos articulatórias das vértebras.
  18	
  
Anfiartroses ou Cartilaginosas
São articulações semimóveis, com movimentos pouco extensos. Apresentam faces
articulatórias pouco escavadas ou planas, uma camada de cartilagem hialina, que as
atapeta, e ligamentos mais débeis que os das diartroses. Subdividem-se, por sua
vez, em dois grupos: as sínfises e as sincondroses.
As sincondroses são um tipo de articulação temporária existente nos ossos longos,
entre as epífises e a diáfise. Com o crescimento do osso essa articulação
desaparece sendo substituída por tecido ósseo.
As sínfises são constituídas por fibrocartilagem e ocorrem, por exemplo, entre os
corpos das vértebras e entre os ossos do púbis, formando a síntese púbica.
Antiartroses verdadeiras: As duas superfícies articulatórias estão unidas entre si por
fibrocartilagem, chamada ligamento interósseo, como por exemplo, as articulações
intervertebrais.
Sinartroses ou Fibrosas
São articulações completamente imóveis, encontradas principalmente entre os
ossos da cabeça, onde recebem a denominação de suturas. Segundo a
configuração das suas superfícies articulatórias podem classificar-se em:
Suturas denteadas ou serroteis as duas superfícies apresentam irregularidades em
forma de dentes que engrenam reciprocamente.
  19	
  
Suturas escamosas: Os dois ossos estão cortados em bisel.
Suturas harmônicas: As superfícies são regularmente lisas.
Esquindilese: Uma das superfícies é uma ranhura e a outra é como uma crista que
se encaixa nela.
ARTICULAÇÕES DA CABEÇA, PESCOÇO E COLUNA VERTEBRAL.
Articulações dos ossos do crânio entre si
Os ossos do crânio estão unidos entre si por meio de suturas, um tipo de articulação
fibrosa. São desprovidos de movimento. Contudo, no recém-nascido não estão
totalmente soldados, ficando espaços abertos ou fontanelas entre os ossos, que se
fecham geralmente durante o primeiro ano e meio de vida.
Articulações dos ossos da face entre si com o crânio são também do tipo das
suturas. Os ossos do maxilar superior se unem mediante uma sutura harmônica.
Entre todas estas uniões, existem também suturas denteadas (por exemplo, entre os
ossos nasais e o frontal) e a esquindilese (entre o vômer e o esfenoide).
Articulação temporomandibular
  20	
  
É a que une a mandíbula com o temporal. Permite os movimentos de mastigação. É
do tipo sinovial . A mandíbula apresenta dois processos, o coronoide e o condilar,
este articula-se com o osso temporal. Essa articulação possui disco articulatórias,
membrana sinovial e ligamentos.
Articulações do pescoço
O osso occipital se une com as duas primeiras vértebras cervicais, o atlas e o áxis,
formando duas articulações diferentes. As duas vértebras também estão unidas
entre si. O pescoço possui grande mobilidade e exige umas articulações muitos
resistentes, porque os movimentos bruscos poderiam lesionar a medula espinhal,
com a consequente paralisia.
Articulação atlanto-occipital
Une o occipital ao atlas, sendo uma articulação sinovial. Os dois côndilos do occipital
encaixam-se nas faces articulatórias superiores do atlas. Como reforço, apresenta
ligamentos(laterais, anterior e posterior) e uma membrana sinovial muito frouxa
(relaxada).
Ligamentos occipito-axiais
Não apresentam superfícies articulatórias , pelo fato do occipital e do áxis não
estarem em contato direto. Apresentam ligamentos (medianos e laterais) que unem
o occipital com o corpo e com o dente do áxis, respectivamente.
  21	
  
Articulação atlanto-axial
São duas: a articulação atlanto-axial lateral e articulação atlanto-axial mediana, que
unem o corpo e o processo espinhoso do áxis ao arco do atlas, através de um anel
osteofibroso no interior do atlas, respectivamente. Esta última, é um exemplo
perfeito de articulação sinovial do tipo trocoide.
Articulações da coluna vertebral
A coluna vertebral necessita de elementos de sustentação muito potentes porque
suporta, por um lado, todo o peso do corpo e, por outro , aloja no seu interior s frágil
medula espinhal, cuja lesão tem consequência desastrosas para o organismo, pois
pode provocar paralisia.
As articulações entre as diferentes vértebras ou interverbrais compreendem as que
unem os corpos vertebrais entre si e outras, de reforço, que unem entre si os
diversos processos e as lâminas vertebrais.
Algumas delas (entre atlas e áxis, sacro e última vértebra lombar e entre sacro e
cóccix) apresentam características especiais.
Articulações dos corpos vertebrais entre si
São do tipo anfiartrose ou cartilagíneas, que apresentam entre os corpos contíguos
pequenas almofadas de fibrocartilagem plana, em número de 23, denominadas
discos intervertebrais. Os discos são compostos de uma zona exterior dura, o ânulo
fibroso, e zona central frouxa (relaxada) repleta de líquido o núcleo pulposo.
Tem a função de equilibrar as diferentes pressões a que se vê submetida a coluna
vertebral e amortecer os seus movimentos. Como reforços articulatórias possuem
ligamentos, os ligamentos longitudinal posterior e anterior, que limitam a extensão
da coluna.
  22	
  
Articulações dos processos vertebrais
São também de tipo anfiartrose e unem entre si as apófises espinhosas transversais
e as lâminas vertebrais. São compostas por vários ligamentos: Os Inter espinhosos,
que unem entre si os processos espinhosos, transversos e as lâminas vertebrais.
São compostos por vários ligamentos: os Inter espinhosos, que unem entre si os
processos espinhosos; os intertransversários, que unem os processos transversos ,
o supra-espinhoso que unem todos os processos espinhosos de uma vez e percorre
toda a coluna vertebral, e os ligamentos amarelos que unem entre si as lâminas
vertebrais.
Articulações do tórax
São três os tipos principais: esternocostais, costovertebrais e esternoclavicular
(considerada como uma das articulações do membro superior).
Individualmente estas articulações possuem movimentos muito limitados, mas no
seu conjunto tornam possível a expansão do tórax durante a inspiração. A
articulação esternoclavicular contribui para os movimentos do ombro.
Articulações esternocostais
Unem as costelas ao esterno. As cinco primeiras costelas apresentam cartilagem
costal própria e as outras tem uma cartilagem comum.
As duas primeiras costelas se unem com o manúbrio do esterno e as outras com o
corpo do esterno. A primeira destas articulações não tem cápsula articulatória.
Da segunda a quinta costela existe a cápsula articulatória, articulando-se
diretamente, cada uma delas com o esterno.
Da sexta a décima costela, articulam-se através da cartilagem costal comum. Em
todos os casos existem ligamentos de reforça, os ligamentos radiados
Articulações costovertebrais
  23	
  
As costelas se unem a coluna vertebral em dois pontos: O corpo da vértebra e os
processos transversos.
Articulações costela-corpo vertebral: mediante suas duas facetas articulatórias, cada
costela se unem com dois corpos vertebrais contíguos e com o seu disco
intermediário. Existe cápsula articulatória e também ligamentos de reforço.
Articulação costela-processos transversos: Efetua-se mediante uma tuberosidade
existente na costela. Existe cápsula articulatória e vários ligamentos de reforço. As
duas ultimas costelas não apresentam esta articulação.
Articulação esternoclavicular: Une o esterno com ambas as clavículas e permite os
movimentos do ombro.
Apresenta um pequeno menisco articulatório e ligamentos esternoclaviculares e
costoclaviculares.
Articulações da pelve óssea
Sínfise púbica
  24	
  
Articulação lombossacral
Une a base do sacro à quinta vertebral lombar na linha média e dos lados. Além dos
ligamentos comuns a todas as articulações intervertebrais, possui um ligamento
próprio, o ligamento sacrovertebral.
Articulação sacrococcígea
É uma anfiartrose que une uma fosseta oval convexa do sacro a uma fosseta similar
mais côncava do cóccix.
Reforçam-na o ligamento interósseo e os ligamentos periféricos.
Articulação Sacroilíaca
Une o sacro ao osso ilíaco. É do tipo sinovial plana. Apresenta movimentos muito
limitados, mas tem que suportar grandes trações, porque suporta todo o peso do
corpo e transmite-o à sua base de apoio. É constituída pela bacia e extremidades
inferiores.
Precisa, portanto, de ligamentos de reforço muito potentes. Estes são os ligamentos
próprios, sacroilíaco anterior, superior e posterior, e ligamentos à distância,
ileolombar, sacrotuberal e sacroespinhal.
Sínfise púbica
Une os dois ossos púbicos entre si na linha média. As superfícies articulatórias são
umas fossetas de forma oval. Os ligamentos são de dois tipos, interósseos e
periféricos, anterior, posterior, superior e inferior.
Membrana Obturadora
É formada por uma série de feixes fibrosos fundidos entre si que ocupam os forames
obturados do cíngulo pélvico, através dos quais passam os vasos e nervos de
mesmo nome; geralmente relacionada ao estudo das articulações dos membros
inferiores.
ARTICULAÇÕES DO MEMBRO SUPERIOR
Articulação do cíngulo peitoral (acromioclavicular)
Une a clavícula com o acrômio, situado na extremidade da espinha da escápula.
Adapta as faces articulatórias correspondentes e vê-se reforçada por uma cápsula
articulatória e vários ligamentos.
  25	
  
muito complexa porque é dotada de grande mobilidade: elevação anterior, elevação
lateral e rotação. É constituída por duas articulações distintas: Acromioclavicular e
escapulo- umeral
Articulação escápulo-umeral
Une o úmero com a escápula. É a articulação do corpo humano dotada de maior
movimento. As superfícies articulatórias são a cabeça do úmero, esférica e
recoberta por cartilagem hialina, e a cavidade glenoidal da escápula, que é
aumentada pelo lábio glenoidal. Os reforços articulatórias são a cápsula articulatória
e os ligamentos intrínsecos. Também existem os ligamentos extrínsecos.
O músculo bíceps se insere na borda superior da cavidade glenoidal da escápula e
passa por dentro da cápsula articulatória. A membrana sinovial, que recobre
interiormente a cápsula articulatória, emite dois prolongamentos que formam a bolsa
infra-escapular e uma bainha para o tendão do bíceps.
Articulação do Cotovelo
  26	
  
Une o braço com o antebraço. Existe uma cápsula articulatória comum que recobre
as três articulações que compõem, e vários ligamentos que a reforçam.
Articulação úmero-ulnar
É uma diartrose de tipo gínglino. Permite os movimentos de flexão-extensão. Suas
superfícies articulatórias são a tróclea do úmero e a fossa coronoide, por parte do
úmero, e a incisura troclear e o olecrano, por parte da ulna.
Articulação úmero-radial
É do tipo enartrose (esferoide). Adapta o côndilo umeral, esférico, a uma fosseta
côncava do rádio.
Articulação rádio-ulnar proximal
É do tipo trocoide, as superfícies de cilindro na porção superior do rádio, que se
introduz na pequena cavidade sigmoide do . É reforçada pelo ligamento colateral da
coluna. Permite os movimentos de rotação (pronosupinação) do antebraço, durante
os quais ambos os ossos se cruzam formando um X.
ARTICULAÇÕES DO PUNHO
Articulação rádio-ulnar distal
É também do tipo trocoide. As superfícies articulatórias são duas faces articulatórias:
côncava, a do rádio, e convexa, a do .
Existe cápsula articulatória e disco articulatória triangular. Permite a prono-
supinação da mão, ao girar o rádio em volta do que se mantém fixo.
Articulação dos ossos do carpo entre si
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Existe um grande número de pequenas articulações, que unem entre si os doze
ossos que constituem o carpo. Apresentam muitos ligamentos de reforço, devido a
grande mobilidade da mão no seu conjunto: ligamentos interósseos, ligamentos
palmares e ligamentos dorsais. Juntamente com os movimentos do punho, estas
articulações permitem realizar a flexão, extensão, adução e abdução da mão.
Articulações carpometacárpicas
São articulações por encaixe recíproco, que unem os cinco metacárpicos com os
ossos da segunda fila do carpo. A do polegar é a que apresenta a maior mobilidade:
flexão, extensão, adução, abdução e circundação.
ARTICULAÇÕES DOS DEDOS
Articulações metacarpofalângicas
Unem as falanges aos ossos metacárpicos. São de tipo elipsoide. Permitem grande
número de movimentos diferentes.
Articulações interfalângicas
De tipo gínglimo, permitem unicamente movimentos de flexão-extensão.
ARTICULAÇÕES DOS MEMBROS INFERIORES
  28	
  
Articulações do cíngulo pélvico
A articulação do cíngulo pélvico é formada pela cabeça do fêmur, que apresenta
uma pequena fossa para o ligamento redondo e vai se adaptar à cavidade do
acetábulo do cíngulo pélvico. A cabeça do fêmur está recoberta por cartilagem
hialina com a finalidade de evitar o seu desgaste.
A cavidade do acetábulo é aumentada mediante o limbo do acetábulo,
fibrocartilagíno, que aumenta a superfície articulatória e impede a saída da cabeça
do fêmur. Como reforço, existem vários ligamentos, para além do ligamento redondo
já mencionado, que é intra- articulatória, é uma cápsula fibrosa que é a mais
resistente do organismo. A membrana sinovial é dupla, porque parte dela
corresponde ao ligamento redondo. É uma articulação do tipo enartrose, porque
permite movimentos em todas as direções.
Articulações do joelho
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A articulação femorotibial é uma articulação gínglimo. Permite movimentos de
flexão-extensão e de rotação interna e externa. As superfícies articulatórias são,
parte do fêmur, os côndilos e a fossa intercondilar, entre ambos. Da parte da tíbia,
encontra-se o maciço tibial, com as suas faces articulatórias superiores medial e
lateral, separadas pelos tubérculos intercondilares. Para ampliar a superfície,
existem os dois meniscos ou fibrocartilagens inter articulatórias. O menisco externo
apresenta a forma de C e o interno a forma de O.
Os meios de união são a cápsula, dentro da qual está inserida a patela e vários
ligamentos. Existem ligamentos laterais, internos e externos, anteriores e
posteriores. Dentro da articulação se encontram os ligamentos cruzados, que são
dois, destinados a aumentar a estabilidade do joelho, uma vez que este tem que
suportar todo o peso do corpo. A membrana sinovial do joelho é a mais extensa do
corpo e, como todas, está cheia de líquido sinovial. Devido à sua grande
complexidade, é fácil compreender que as lesões do joelho sejam muitos variadas.
Entre os desportistas, são muito frequente as lesões dos ligamentos cruzados e a
ruptura dos meniscos.
Articulações tibiofibulares
São duas, superior e inferior sendo a primeira do tipo sinovial plana e a segunda
fibrosa de tipo sindesmose. Apresentam entre outros, o ligamento interósseo, assim
como movimentos deslizamento poucos extensos.
Articulação talocrural
A articulação tibiotársica é sinovial do tipo gínglimo. As superfícies articulatórias são
o tálus, por um lado, e a face inferior da tíbia e os dois maléolos, lateral e medial, por
outro. Os ligamentos que a reforçam são três: um capsular e dois laterais, possui
cápsula e sinovial.
  30	
  
Os movimentos do tornozelo são vários, fundamentalmente, a flexão e a extensão.
Os outros movimentos: adução, abdução, rotação, e circundação resultam da
sucessão dos quatros movimentos já mencionados.
ARTICULAÇÕES INTRÍNSECAS DO PÉ
Podem dividir-se em cinco grupos: articulações dos ossos do tarso entre si,
articulações tarsometatársicas, articulações metatarsofalângicas, articulações dos
ossos do metatarso entre si e articulações interfalângicas.
A maioria destas articulações , e do tipo planas, com faces articulatórias planas. Ao
contrário das articulações da mão, estas apresentam menor capacidade de
movimento, mas têm que suportar muito mais peso. A sua principal função é a de
manter a forma arqueada dos ossos do pé, que constituem a arcada plantar e,
portanto, seus ligamentos são mais curtos e mais resistentes que os da mão. O
aplanamento da arcada plantar por debilidade dos ligamentos intrínsecos é a causa
dos chamados “ pés chatos”.
Alguns exemplos de movimentos realizados por nossas articulações:
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ESTRUTURAS ARTICULATÓRIAS
1. CÍNGULO PEITORAL
O Cíngulo Peitoral é uma intrigante obra de engenharia. Apresenta a maior
amplitude de movimento dentre todas as articulações do corpo humano, mas esta
capacidade enorme de movimento pode gerar patologias nesta articulação.
Estruturas Importantes do Cíngulo Peitoral
O Cíngulo Peitoral é formado por três ossos: a escápula (omoplata), o úmero (osso
do braço), e a clavícula (clavícula)
.
O manguito rotador liga o úmero à escápula e é formado pelos tendões dos quatro
músculos: o supraespinhal, infraespinhal, redondo menor e subescapular. O
manguito rotador ajuda a levantar e girar o braço. Quando o braço é levantado, o
manguito rotador também mantém o úmero (bola) firmemente no soquete da
escápula, a glenoide e provê estabilidade dinâmica da articulação
  32	
  
Os Tendões são fibras resistentes agrupadas têm a função de conectar os
músculos aos ossos (ligamentos). Músculos movimentam os ossos, puxando os
tendões. Possuímos tendões em todas as partes dobráveis do nosso corpo. Por
vezes esses tendões podem sofrer algum tipo de inflamação, causando a tendinite.
Acrómio é o nome dado à apófise (projecção de um osso) da extremidade externa
da espinha da escápula, onde se prende o músculo deltoide. Articula-se, no Homem,
com a clavícula. Faz parte da face dorsal da escápula.
Os Acrômios com morfologia encurvada, esporões subacromiais, osteófito
presente de processo degenerativo da articulação acrômio-clavicular,
hipertrofia do ligamento coracoacromial ou qualquer processo que eleve a cabeça
umeral, levam a um pinçamento do tendão do manguito, podendo evoluir a
comum quadro de tendinite e até a ruptura completa do manguito.
Bursa - (bolsa sinovial) está localizada entre o acrômio e os tendões do manguito
rotador e é uma bolsa de tecido lubrificante que reduz o atrito entre duas estruturas
anatômicas. Bursas estão localizados por todo o corpo onde existe atrito entre
ossos. Neste caso, a bolsa protege o acrômio e o manguito rotador de se "atritarem"
uns com os outros.
Bursite - é a inflamação de uma bolsa sinovial, pode surgir de trauma único de forte
intensidade ou de microtraumas repetitivos; pode estar associada a diversas
condições reumáticas, degenerativas, metabólicas, infecciosas ou ainda ser
idiopática.
Tendinite - é a inflamação dos tendões. Os primeiros sintomas da tendinite são as
dores. Além disso, a pessoa fica incapaz de realizar alguns movimentos simples. A
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tendinite pode ser facilmente confundida com artrite reumatoide, por isso exames
mais detalhados são pedidos, como a radiografia ou a ultrassonografia.
Quando o tratamento não é feito adequadamente e a fisioterapia não é feita pelo
tempo determinado pelo médico, podem ficar algumas sequelas da tendinite.
A Tendinite crônica é resultante de uma doença degenerativa ou uso e rompimentos
repetitivos devido à idade, que causa muitas dores e incapacidade para o trabalho e
para atividades físicas.
Síndrome do impacto - é semelhante a uma ler/dort, que pode ser causada pelo
excesso de movimentos com o Cíngulo Peitoral em abdução maior do que 90º de
amplitude ou por um trauma. É uma denominação geral de algumas lesões no
Cíngulo Peitoral , como por exemplo, as tendinites, as bursites, além de outras.
A síndrome do impacto é uma das causas mais comuns de dores no Cíngulo
Peitoral em adultos. Resulta de uma pressão na musculatura do Cíngulo
Peitoral (manguito rotador) exercida por parte da escápula quando o braço é
elevado, por diminuição do espaço subacromial. (O´Sullivan, 2004)
A articulação do Cíngulo Peitoral é de movimento. Por isso, exercícios de
alongamento que favoreçam a amplitude do movimento e exercícios que fortaleçam
a musculatura da escápula são essenciais. Por outro lado, devemos evitar
movimentos repetitivos com o braço acima da linha do horizonte por tempo
prolongado.
A melhor forma de se prevenir da tendinite é tomando alguns cuidados, como:
! Manter uma alimentação balanceada;
! Antes de começar uma rotina de exercícios, condicionar os músculos;
! Sempre fazer aquecimento antes de começar qualquer atividade física;
! Quem trabalha muito com computador e faz movimentos repetitivos deve
parar sempre e se alongar para evitar a LER (lesão por esforço repetitivo);
! Procurar ajuda médica e seguir todas as orientações prescritas.
  34	
  
• COTOVELO
As epicondilites lateral e medial (epitrocleíte) são as lesões mais freqüentes do
cotovelo, apresentando alta incidência na população, geralmente entre 40 e 60 anos,
apresentando epicondilite em algum momento de suas vidas.
As causas mais freqüentes da epicondilite medial são as atividades em que ocorre
flexão repetitiva do punho ou fechamento freqüente dos punhos, seja inconsciente,
durante o sono, a leitura ou ao dirigir um veículo, ou consciente, no manuseio de
raquetes. A lesão muscular é observada na origem dos grupos musculares flexores
e pronadores do punho.
A tendinose posterior não é freqüente. Geralmente é associada a algum distúrbio
do compartimento posterior do cotovelo, como osteofitose, corpos livres ou sinovites.
Observa-se lesão na inserção olecraniana do tríceps.
A bursite olecraniana pode surgir do trauma repetitivo, de trauma agudo maior,
infecção, de doenças sistêmicas, como a gota e a artrite reumatoide.
Lesão do bíceps distal é observada em indivíduos que realizam trabalhos com
sobrecarga de força durante a flexão do cotovelo.
Lesão do tríceps distal, ocorre quando há desaceleração da extensão do cotovelo
ou contração do tríceps concomitante a uma flexão do cotovelo. Pessoas que
apresentem bursite olecraniana, doenças sistêmicas, tais como gota, diabetes e
osteodistrofia renal, têm maior risco.
Além de doenças sistêmicas, como artrite reumatoide, gota e outras artropatias por
deposição de cristal, o cotovelo pode ser sede de processos infecciosos e de outras
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lesões causadas por excesso de movimentos repetitivos. Pessoas que apresentam
lesões tendíneas em cotovelo, podem evoluir com dores agudas, intermitentes ou
subagudas, geralmente no cotovelo, durante a movimentação dos punhos.
A tendinose evoluindo com ou sem ruptura do tríceps é observada com maior
prevalência na terceira década de vida, com predomínio de três homens para duas
mulheres. Ocorre geralmente dor durante a extensão na região posterior do
cotovelo. A presença de fraqueza muscular durante a extensão do cotovelo, levanta
suspeita de ruptura do tríceps.
• MÃOS E PUNHOS
As tenossinovites são freqüentes nas mãos e nos punhos, podendo apresentar
diversas causas: idiopática, artrite reumatoide, artrite psoriática, doença de
Reiter, hemocromatose, ocronose; doenças congênitas, xantomatoses; beta-
hiperlipoproteinemia familiar; sarcoidose, síndrome parancoplásica; mixedema
(hipotitoidismo); tumor de células gigantes; tenossinovite pigmentada vilonodular;
infecções (gonococos, micobactérias, esporotricose); trauma direto e cristais.
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Tenossinovite de De Quervain
Tenossinovite do primeiro compartimento dorsal resulta da fricção repetitiva entre os
tendões do abdutor longo e do extensor curto do polegar com suas bainhas
tenossinoviais, decorrentes do excesso de movimentos do punho, tanto em desvio
ulnar e radial como em flexão e extensão. Ocorre espessamento da bainha
tendinosa dos músculos envolvidos, resultando em estenose e edema local. É a
tendinite de punho mais freqüente em atletas e pode ocorrer com freqüência em
atividades ocupacionais repetitivas, bem como na artrite reumatoide, artrite
psoriática (e outras doenças inflamatórias sinoviais), trauma agudo e ocorrer na
gravidez e no período pós-parto.
Na ausência de melhora ou em lesões em estágios avançados, com presença de
fibrose local, geralmente, são tratados cirurgicamente. O tratamento cirúrgico
consiste na liberação do tendão através de incisão em sua bainha estenosante.
Tenossinovite Digital Estenosante
Outro tipo freqüente de tenossinovite é o "dedo em gatilho", também conhecido
como tenossinovite digital estenosante. É a lesão do esforço repetitivo mais comum
da mão e se caracteriza por inflamação da bainha tendínea dos flexores dos dedos,
particularmente do polegar, do terceiro e quarto dígitos (em ordem decrescente), e
que resulta em fibrose e constrição localizada na primeira polia anelar, próxima à
articulação metacarpofalangeana. Um nódulo tendíneo pode desenvolver-se no local
da estenose. Suas causas mais comuns são: atividades repetitivas que exijam força
de preensão, diabetes, amiloidose, hipotiroidismo, sarcoidose, artrite reumatoide e
psoriática, tenossinovite vilonodular pigmentada e infecções. Atletas podem evoluir
com inflamação aguda e dedo em gatilho resultante da pressão direta de raquetes
ou bastões sobre estes tendões.
Em geral os pessoas se queixam de dor na face flexora dos dedos associada a um
bloqueio do dedo em flexão, que pode ser revertida, na maioria das vezes, por uma
extensão passiva.
  37	
  
• CÍNGULO PÉLVICO
Bursites - Existem pelo menos 18 bursas na região periarticulatória do Cíngulo
Pélvico. Entre elas, três são causa de dor: a isquiática (ou isquioglútea), a do
iliopsoas e a trocantérica.
Na maioria das vezes, estas bursites decorrem de trauma único de forte intensidade
ou de microtraumas repetitivos; podendo estar associada a diversas condições
reumáticas, degenerativas, metabólicas, infecciosas ou ainda serem idiopáticas.
Tipos de Bursite: Bursite isquiática, Bursite trocantérica, Bursite do ileopsoas.
Lesões musculares agudas e tendinites - No Cíngulo Pélvico os músculos
geralmente mais acometidos são o reto abdominal, o ileopsoas, adutor longo e o
reto femoral. Na maioria das vezes a lesão se dá na junção musculotendínea.
Lesões agudas ocorrem em geral secundárias a contrações ou estiramentos
musculares violentos e clinicamente se apresentam com dor local de instalação
abrupta que aumenta com atividade física acompanhada de edema e equimoses.
As tendinites são resultados de lesões crônicas associadas a sobrecarga de
solicitação muscular, apresentando-se com um quadro de dor com início insidioso e
aumentando gradativamente pela crescente intolerância à atividade física. O exame
físico pode revelar edema e ou equimoses associado a sensibilidade e crepitação
local. Tanto em lesões agudas como crônicas se notam dor e perda de flexibilidade
durante extensão passiva e dor e fraqueza muscular durante contração de músculo
lesado contra resistência.
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Como a maioria destas lesões ocorrem na junção musculotendínea, o tratamento
cirúrgico geralmente não é recomendado, até mesmo para rupturas completas, pois
o tecido muscular não é favorável a reparos cirúrgicos.
Na Síndrome do trato ileotibial o pessoa pode sentir dor ao longo da face lateral do
Cíngulo Pélvico e um estalo quando o trato ileotibial passa pelo trocanter maior com
a flexão e extensão.
Diversas outras causas podem causar dor no Cíngulo Pélvico. Dor referida de outros
órgãos, ocasionalmente podem causar dor no Cíngulo Pélvico. Lesões articulatórias,
como osteoartrite, artropatias inflamatórias e infecciosas, necrose asséptica.
TORNOZELOS E PÉS
Tendinite aquiliana - Nos tornozelos, a tendinite aquiliana é a afecção mais
freqüente. Sua causa é multifatorial e em geral está associada a uma combinação
de fatores intrínsecos e extrínsecos.
É o tendão mais forte do corpo humano. A maioria de suas lesões ocorrem durante
atividades esportivas. A tendinopatia aquiliana é decorrente de microtraumas de
repetição por sobrecarga de solicitação do tendão e clinicamente se apresenta com
dor e edema no local, dificultando a realização de atividades extenuantes.
A ruptura completa do tendão calcâneo geralmente ocorre em atletas saltadores ou
corredores, durante sua atividade esportiva. Embora existam estudos
histopatológicos demonstrando alterações degenerativas prévias ao rompimento
do tendão de Aquiles, a maioria destas rupturas ocorrem subitamente e em
indivíduos sem queixas anteriores.
Fascite plantar - É a causa mais freqüente de dor plantar. A fascite plantar ocasiona
dor na região plantar, geralmente mecânica e, muitas vezes, ela se inicia pela
manhã, quando a pessoa acorda e realiza seus primeiros passos. Está
freqüentemente associada a indivíduos que percorrem a pé longas distâncias ou que
se exercitam em superfícies irregulares ou utilizam calçados inadequados.
Ao exame pode encontrar-se espessamento da fáscia plantar e uma sensibilidade
exacerbada à palpação do tubérculo calcaneal medial.
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• JOELHO
Bursite - Algumas lesões direto no joelho causa inflamação das bolsa serosa,
pequenas bolsas de fluido que facilitam o deslizamento dos tendões e ligamentos da
parte exterior da articulação do joelho. Movimentos repetitivos do joelho ou manter a
posição de joelhos por longos períodos pode causar um acúmulo de líquido na
articulação, conhecida como bursite ou joelho de empregada doméstica.
A bursite pré-patelar pode ser uma condição crônica, secundária a determinadas
atividades profissionais como as de atividade doméstica, nas quais o hábito de
manter-se agachado apoiado sobre ambos os joelhos é freqüente. Geralmente
ocorre por traumas ou microtraumas locais.
A bursite suprapatelar surge na vigência de condições que afetam a articulação do
joelho, já que esta bursa apresenta comunicação com a cápsula articulatória.
Geralmente sua evolução clínica acompanha o da patologia intra articulatória,
desaparecendo na resolução ou controle desta.
O Cisto de Baker ocorre por um aumento do volume das bursas do
semimembranoso e dos gastrocnêmicos, e reflete patologia interna do joelho.
Geralmente a pessoa sente dor, às vezes, em peso na região posterior do joelho. Os
cistos de grande volume podem romper e, por vezes, até simularem um quadro
semelhante a trombose venosa profunda. Geralmente a correção ou o controle do
processo articulatório do joelho promove o desaparecimento ou a diminuição do
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cisto de Baker. Eventualmente há a necessidade do emprego de antiinflamatórios ou
infiltrações locais com corticoide. Raramente existe indicação de excisão cirúrgica.
Gordura de Hoffa - A gordura de Hoffa é uma inflamação do tecido gorduroso
localizado logo atrás do tendão patelar abaixo da rótula. Nesta posição, serve para
amortecer choques na parte da frente do joelho. A gordura de Hoffa podem inflamar
em caso de trauma direto na patela e pode ficar comprimido entre o côndilo femoral
e a patela. Dado que é um das estruturas mais sensíveis do joelho, essa síndrome é
extremamente dolorosa. A dor piora durante a extensão (estiramento) da articulação
do joelho.
Tendinite patelar -Tendinite do joelho é um processo de degeneração e
inflamação do tendão patelar que liga o quadríceps à tíbia na parte da frente da
coxa. Os tendões são cordões de tecido fibroso que unem os músculos aos
ossos. Corredores, esquiadores, ciclistas e atletas que executam muitos saltos
facilmente desenvolver tendinite.
As tendinites anteriores do joelho ocorrem em conseqüência de traumas repetitivos
em joelhos mal-alinhados. O trauma pode ser agudo, mas geralmente é resultado da
sobrecarga de solicitação de movimentos. Portanto contribuem para o aparecimento
destas tendinites fatores como erros de treinamentos (treinamentos em superfícies
irregulares, excesso de exercícios precocemente), desalinhamento do Cíngulo
Pélvico pela incongruência dos membros inferiores, desalinhamento dos
mecanismos de extensão do joelho, deficiências de condicionamento físico e de
flexibilidade, uso de sapatos inadequados.
A bursite e a tendinite anserina são indistinguíveis do ponto de vista clínico. A
pessoa apresenta dor em região medial do joelho, dificultando sua deambulação. O
relato de dor e dificuldade de dormir com um joelho próximo ao outro são queixas
muito freqüentes. Observadas em mulheres acima dos 40 anos, obesas e,
geralmente, encontra-se associada a processo degenerativo do compartimento
medial do joelho. O tratamento destas tendinites consiste em identificar e afastar os
fatores predisponentes destas lesões, orientando treinamentos físicos,
recomendando calçados adequados, corrigindo deformidades do pé (pronação
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média e valgismo posterior do pé) e evitando superfícies irregulares. A diminuição da
carga, se necessário, pode ser obtida através do uso de bengalas. O emprego de
antiinflamatórios e meios de contraste entre calor e gelado são benéficos. Deve-se
instituir um programa de fortalecimento da musculatura extensora e alongamento da
flexora do joelho.
A síndrome do trato ileotibial é freqüentemente causada pelo excesso de
solicitação de movimentação do joelho, ocorrendo principalmente em atletas
corredores ou ciclistas. Ela se desenvolve em conseqüência ao atrito repetitivo entre
o trato ileotibial e o côndilo femoral lateral durante a flexão e a extensão do joelho,
resultando em um processo inflamatório local. Pode estar associada a bursite
trocantérica, e o teste de Ober descrito acima e positivo.
Ruptura do Menisco - O menisco é formado de uma cartilagem dura e elástica,
actua como um amortecedor entre a tíbia e o fémur. O menisco pode quebrar
quando você faz uma rotação súbita do joelho, enquanto o peso do corpo é apoiado
sobre o pé. A ruptura do ligamento cruzado anterior (LCA) A lesão do LCA é a
ruptura de um dos quatro ligamentos que ligam a tíbia ao fêmur. A lesão do cruzado
anterior ocorre freqüentemente em jogadores de basquete, futebol ou outros
esportes que exigem mudanças bruscas de direção.
Fatores de risco para dor no joelho - Um certo número de fatores que podem
aumentar o risco de distúrbios do joelho, incluindo:
  42	
  
O excesso de peso. Quem é obeso ou com sobrepeso aumenta a carga sobre as
articulações mesmo durante atividades normais tais como caminhar ou subir e
descer escadas. A sobrecarga aumenta o risco de artrose, pois acelera a
degeneração da cartilagem.
Artropatias inflamatórias, infecciosas, por deposição de cristal e degenerativas
fazem parte do diagnose, descritas como causas intrínsecas, freqüentes na dor no
joelho.
VISÃO GERAL DAS CAUSAS DE DOENÇA NA MEDICINA TRADICIONAL CHINESA
As causas de doença na Medicina Tradicional Chinesa são determinadas por uma
série de fatores. Algumas dessas causas são consideradas externas, como nas seis
influências nocivas: vento, frio, calor, secura, umidade e calor de verão. Outras
causas são consideradas internas, como nas sete emoções: raiva, alegria,
preocupação, pensamento obsessivo, tristeza, medo e choque. Outros fatores que
atuam no desenvolvimento de doenças são dieta, estilo de vida e acidentes.
Quando o corpo está saudável, suas várias substâncias e energias estão em
equilíbrio harmônico, tanto internamente quanto em relação ao ambiente externo.
Quando essa vitalidade inata (qi verdadeiro) e as defesas imunológicas (wei qi)
estão fortes, é difícil uma doença contraída externamente se desenvolver,
especialmente se o agente patogênico invasor for fraco.
• A idade pode ser um importante fator na determinação da causa da doença.
Porém, um agente patogênico excepcionalmente forte pode vencer até mesmo uma
pessoa saudável, especialmente se a pessoa estiver enfraquecida pelo estresse,
fadiga, sobrecarga ou outros fatores relacionados ao estilo de vida. Por exemplo,
uma pessoa com um sistema imunológico forte pode evitar contrair um resfriado,
mesmo se uma pessoa doente espirrar sobre ela. Porém, se ela receber uma maior
quantidade desse mesmo vírus, seu forte sistema imunológico não conseguirá
combater um ataque tão violento. Por outro lado, uma pessoa com um wei qi muito
fraco pode contrair qualquer agente patogênico que esteja ao seu redor devido às
  43	
  
suas defesas excepcionalmente enfraquecidas. É por isso que idosos e crianças
pequenas são mais sujeitas às epidemias de gripe. Essa interação entre o wei qi
(também chamado de qi benigno) e os fatores patogênicos (qi nocivo) determina se
uma pessoa adoece, como o corpo responde à doença, e quanto tempo leva a
recuperação.
ARTROSE E MEDICINA CHINESA
A artrose enquadra-se, de acordo com a Medicina Chinesa, num SOD - Síndrome
Obstrução Dolorosa originada por invasão de fatores patogénicos externos
(Síndromes Bi) humidade calor ou humidade frio nas articulações e consequente
estagnação local dos mesmos. Faz parte de um grupo de desarmonias geradas pelo
bloqueio da circulação de Qi (energia) e Xue (sangue) nos canais energéticos, este
bloqueio ocorre devido a vários fatores, tais como: má circulação de base de Qi e
Xue, traumas físicos, hábitos de vida e desarmonias emocionais.
De acordo com Maciocia (1996), o Rim governa a medula espinhal e o ossos. Se a
essência (jing) do Rim for forte, os ossos também serão fortes. A monoartralgia,
patologia descrita neste estudo, é causada pela deficiência do jing material do Rim
ou do yin do Rim. Sobrecarga de trabalho, estresse emocional, preocupação,
tristeza, raiva, irritação, distúrbios psíquicos e alimentação, associados ou não, são
considerados os fatores etiológicos da deficiência do yin do Rim, quando atinge o
canal de energia do Fígado.
Esta deficiência é precedida por uma obstrução e estagnação de QI, acompanhada
por obstrução e estagnação de XUE. Isto ocorre pela invasão do vento frio perverso
que atinge o Rim em seu padrão de deficiência. Então o Rim deixa de nutrir o
Fígado, que por sua vez promove o escape do vento interno yang, que vem do fogo
do Fígado. O yang do fígado quando escapa, ataca o yang do Baço Pâncreas,
gerando muco-calor em grandes articulações. Este ciclo torna-se vicioso no
momento em que o Baço Pâncreas é atingido, agravando ainda mais o padrão de
obstrução e estagnação de QI e XUE.
A deficiência do Rim caracteriza a artrose, pois o yin do Rim nutre o yin do Coração
e controla o yang do Coração, assim como alimenta as células artilaginosas –
condrócitos. Como a umidade está relacionada ao Baço e o Baço é a forma, pouco a
pouco vai desencadear uma deformação que chamamos de artrose ou reumatismo
  44	
  
deformante. Neste caso, há comprometimento da estrutura óssea envolvida.
(MACIOCIA apud CASADO, 2009, p.70)
Se o Coração deixa de distribuir energia o Rim fica ainda mais deficiente, resultando
na formação de cristais de cálcio – osteófitos. Consequentemente os condrócitos,
não alimentados pelo Rim, passam a ser mais facilmente destruídos, gerando assim
deformidades, o grau mais avançado da artrose.
De acordo com Ferreira (1996), a queixa mais frequentemente encontrada em
clientes com afecções reumáticas é a dor, presente em 90% dos casos, seguida por
tensão emocional, 10% dos casos. Esse sintoma é explicado pelo escape do yang
do Fígado, e pela obstrução e estagnação do sangue e energia. (MACIOCIA apud
CASADO, 2009, p.69) Associados à dor, normalmente encontramos rubor e edema,
desencadeados pelo muco-calor.
Esta sintomatologia acarreta limitações ao indivíduo, contribuindo para a diminuição
da qualidade de vida do mesmo. O cliente reumático é acometido por sedentarismo,
prostração, dificuldade de deambulação e diminuição das suas atividades da vida
diária e profissional.
Tratamento da Artrose
A Medicina Chinesa visa o tratamento da artrose e não apenas a eliminação dos
sintomas.
A acupuntura é uma considerável opção de tratamento, sendo o tipo de tratamento
alternativo mais comumente utilizado como terapia complementar contra a dor,
levando a analgesia através da liberação de substâncias que culminam na
vasodilatação sanguínea local e em seguida ao aumento de serotonina e células de
defesa. Efeitos medulares, impedindo a transmissão do impulso e a sequência de
sinapses até os centros superiores. E efeito central, ativando o hipotálamo e
liberando endorfinas.
O processo terapêutico passa pelas seguintes etapas:
• Diagnose energética.
• Tratar o déficit energético dos rins e tornar o sistema energético mais forte
(tonificar) é essencial porque só assim é possível tratar e prevenir a causa do
problema.
• Fazer circular o Qi e o Xue.
  45	
  
• Eliminar as energias climáticas (calor, frio e humidade da zona afetada) que
invadiram os canais energéticos do cliente.
• Aumentar o processo individual de defesa do organismo.
• Fortalecer o organismo como um todo.
• Amenizar e estabilizar as condições emocionais do cliente.
• Tratamento das articulações.
Por tratar-se de uma doença crônica, o tratamento deve ser iniciado tão
precocemente quanto possível e de forma individualizada.
O objetivo principal do tratamento é a melhora na qualidade de vida, através da
manutenção ou recuperação da capacidade do indivíduo em realizar suas atividades
habituais. O sucesso do tratamento da artrose depende do empenho do cliente no
processo terapêutico. Normalmente a motivação é elevada, uma vez que são
percepcionadas melhorias logo nas primeiras sessões.
As articulações que sofrem com a doença devem ser mantidas aquecidas, pois no
frio a tendência é que a dor seja mais forte e mais frequente. Ao fazer caminhada,
é importante parar para descanso se houver sensação de dor.
FORMAS DE TRATAMENTO NA MEDICINA TRADICIONAL CHINESA
ACUPUNTURA
O que é Acupuntura?
A Acupuntura é uma terapêutica milenar que utiliza agulhas, moxas e outros
instrumentos para liberar substâncias químicas no organismo com efeito analgésico
e/ou antiinflamatório e assim, aliviar dor e outros sintomas decorrentes de
determinadas doenças. A denominação Acupuntura é atribuída a um jesuíta
europeu no século XVII que adaptou os termos chineses Zhen Jiu, juntando as
palavras latinas Acum (que significa agulha) e Punctum (picada ou punção). A
tradução literal, no entanto é bem diferente. O correto seria Zhen (agulha) e Jiu
(moxa). A moxa ou mogusa (termo de origem japonesa) é confeccionada com as
folhas secas da planta Artemísia sinensis, usada na moxabustão, ou seja, queima de
pequenas porções desse vegetal associada ao tratamento com as agulhas.
Uma apresentação da acupuntura
  46	
  
A acupuntura é um método terapêutico antigo, utilizado há aproximadamente 5000
anos no oriente. Foi criada na China, sendo mais tarde incorporada ao arsenal
terapêutico da medicina em outros países orientais como o Japão, Coreia e Vietnã.
Achados arqueológicos da Dinastia Shang (1.766 - 1123 AC) incluíam até agulhas
de acupuntura e carapaças de tartarugas e ossos, nos quais estavam gravadas
discussões sobre patologia médica. Mas o primeiro texto médico conhecido e ainda
utilizado pela Medicina Tradicional Chinesa é o Tratado de Medicina Interna do
Imperador Amarelo (Nei Jing Su Wen), escrito na forma de diálogo entre o lendário
Imperador Amarelo (Hwang-Ti) e seu ministro, Qi Bha, sobre os assuntos da
medicina, segundo alguns autores durante a Dinastia Chou (1122 – 256 AC). Outros
textos clássicos surgiram posteriormente, entre eles a Discussão das Doenças
Causadas pelo Frio, O Clássico sobre o Pulso, O Clássico das Dificuldades (Nan
Ching) e o Clássico sobre Sistematização da Acupuntura e Moxa.
A palavra acupuntura origina-se do latim, sendo que acus significa agulha e punctura
significa puncionar. A acupuntura se refere, portanto, à inserção de agulhas através
da pele nos tecidos subjacentes em diferentes profundidades e em pontos
estratégicos do corpo para produzir o efeito terapêutico desejado. Mas, na verdade,
acupuntura é uma tradução incompleta da palavra chinesa Jin Huo (ou Tsen Tsio)
que significa metal e fogo. Para tornar uma longa história curta: os pontos de
acupuntura distribuídos pelo corpo podem ser puncionados com agulhas ou
aquecidos com o calor produzido pela queima da erva Artemísia vulgaris, (mais
conhecida como moxa ou moxabustão). Podem ainda ser estimulados por ventosas,
pressão, estímulos elétricos e, mais recentemente, lasers. Acupuntura e
moxabustão fazem parte da chamada Medicina Tradicional Chinesa que inclui ainda
uma fitoterapia bastante sofisticada.
Os chineses, ao longo destes milhares de anos, descreveram cerca de 1.000 pontos
de acupuntura, dos quais 365 foram classificados em catorze grupos
principais. Todos os pontos que pertencem a um dos grupos são ligados por uma
linha imaginária na superfície do corpo denominada meridiano. Os doze meridianos
principais controlam o pulmão, o intestino grosso, o estômago, o baço, o coração, o
intestino delgado, a bexiga, o rim, o pericárdio, o “triplo-aquecedor”, a vesícula e o
fígado. Existem também dois meridianos localizados no centro do corpo, um que
passa pela frente e outro pelas costas. Todos os pontos de acupuntura ao longo
destes meridianos afetam o órgão mencionado, mas não necessariamente da
  47	
  
mesma maneira. Para os chineses tradicionais, nosso organismo é formado de
matéria e energia e é justamente a parte energética, a força vital ou Chi que
circularia nestes meridianos e todas as doenças seriam consequentes a um distúrbio
da circulação do Chi. Embora este conceito tenha norteado a prática da acupuntura
ao longo destes milhares de anos é um pouco metafísico demais para ser
compreendido e aceito pelo mundo científico atual.
Evidências científicas acumulam-se acerca da eficácia da acupuntura, e a intimidade
de seu mecanismo de ação está sendo pesquisada em muitos centros médicos do
mundo, incluindo Escolas Médicas e Hospitais Universitários na China e no nosso
próprio país. No Brasil, a acupuntura foi recentemente considerada uma
especialidade médica pelo conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Associação
Médica Brasileira (AMB), tendo sido realizado, em outubro de 1999, o primeiro
concurso para o Título de Especialista em Acupuntura, no qual mais de 800 médicos
foram aprovados.
No Ocidente, a acupuntura ganhou credibilidade principalmente por seu efeito no
alívio da dor, seja ela de várias origens. Esta é uma das razões para a ênfase atual
da pesquisa no estudo dos mecanismos analgésicos da acupuntura. O foco de
atenção tem sido o papel dos opioides endógenos neste mecanismo. Ao longo de
sua evolução, o cérebro desenvolveu sistemas complexos de modulação (aumentar
ou diminuir) da percepção da dor. Em especial o sistema opioide (semelhante à
morfina) e o sistema não opioide de analgesia (os neurotransmissores) suprimem a
percepção da dor, enquanto que o sistema antiopioide (por ex., colecistoquinina)
trabalha contra a analgesia opioide. Opioides são liberados durante acupuntura e a
administração prévia de naloxona (droga bloqueadora que reverte os efeitos da
heroína, morfina e de outras drogas semelhantes) anula o efeito da acupuntura;
porém se a acupuntura for realizada previamente à administração de naloxona não
há bloqueio do seu efeito. Além disto observou-se aumento da concentração de
endorfinas e também de serotonina no líquido cefalorraquidiano de doentes
submetidos à acupuntura.
Mas a acupuntura não causa apenas um efeito analgésico, ela provoca múltiplas
respostas biológicas. Estudos em animais e humanos mostram que o estímulo por
acupuntura pode ativar o hipotálamo e a glândula hipófise, resultando num amplo
espectro de efeitos sistêmicos, aumento na taxa de secreção de neurotransmissores
e neurohormônios, melhora do fluxo sanguíneo, e também a estimulação da função
  48	
  
imunológica são alguns dos efeitos já demonstrados.
A Organização Mundial da Saúde lista mais de 40 doenças para as quais a
acupuntura é indicada. Para os chineses tradicionais existem cerca de 300 doenças
tratáveis por acupuntura, entre elas, sinusite, rinite, resfriado, faringite, amigdalite
aguda, zumbido, dor no peito, palpitações, enfizema, bronquite crônica, asma
brônquica, alterações menstruais, cólica menstrual, lombalgia durante a gravidez,
ansiedade, depressão, insônia, mal-estar provocado pela quimioterapia, dores
associadas com câncer, tendinites, fibromialgia, dores pós-cirúrgicas, síndrome
complexa de dor regional, dermatites, gastrite, úlcera gástrica, úlcera duodenal,
colites, diarreia, constipação, cefaleias, enxaqueca, paralisia facial, sequelas de
acidente vascular cerebral, lombalgia, ciatalgia, artrite, artrose, entre tantas outras.
Tratamento por acupuntura para artrose – Seleção de pontos
O primeiro passo importante é a ação analgésica e anti-inflamatória da acupuntura.
O que quer dizer que desde a primeira sessão, o cliente percebe evidente
diminuição da dor.
Assim como os medicamentos anti-inflamatórios, a acupuntura proporciona a
redução e até mesmo o controle da dor, mas com uma vantagem que é a ausência
de efeitos colaterais. No caso da artrose leve, de evolução recente, a acupuntura
pode evitar a medicação para controlar a dor e quando não é possível, poderá
resolver a dor com um analgésico rápido e simples como o paracetamol, porque a
acupuntura se encarrega de reduzir a maior parte da dor.
No caso de uma artrose severa, quando o cliente já está submetido a medicação
anti-inflamatória importante, o papel da acupuntura é o de concorrer no processo
anti-inflamatório de maneira que se possa alcançar a redução da dose farmacológica
com o objetivo de que o cliente possa chegar a controlar a dor com analgésicos
rápidos.
A acupuntura atua como miorelaxante, restituindo não só a função do músculo,
como também restabelecendo os movimentos normais da articulação. A terceira
ação decisiva da acupuntura é a potente ação ansiolítica. A dor quando é severa ou
de longa evolução, tem um forte potencial ansiogênico, acrescentando a esta
enfermidade já debilitante por si só, uma carga adicional.
A ansiedade influencia sobre a dor, o sono e debilita o estado geral aumentando
  49	
  
uma tendência a aceleração e agravamento do quadro. O tratamento da artrose com
a acupuntura compreende um componente ansiolítico importante que permite
melhorar o sono.
Exemplos de acupontos para artrose de joelho (Gonalgias)
1) Ponto Extra - Heding: dor e disfunção do joelho. Movimentos limitados da
extremidade inferior. Ativa os vasos e alivia dor.
2) Ponto Extra - Neixiyan (olho interno do joelho): tratamento de gonalgias.
Relaxa tendões e alivia dor na articulação do joelho.
3) Ponto Extra - Xiyan (olhos do joelho): relaxa tendões e alivia a dor no joelho.
Utilizado quando há frio no joelho.
4) E34 (ponto Xi) - remove obstruções do meridiano, expele vento, umidade e frio.
Utilizado quando há dor, edema e disfunções no joelho. Limpa canal do Yang Ming.
5) E35 (olho lateral do joelho): remove obstruções do meridiano e estimula os
vasos, alivia edema e dor. Expele o vento, umidade e frio.
6) E36: um dos pontos de acupuntura mais versáteis e utilizado com mais
frequência. Ponto de tonificação geral, às vezes utilizado com moxa. Remove
umidade, dissipa frio patogênico externo, regula circulação do Qi, elimina vento frio.
Utilizado para dores e limitação de movimento.
7) E38: remove obstruções do meridiano, relaxa os tendões, expele o frio e ajuda
nas dores na perna.
8) BP9: principal ponto para eliminar o acúmulo de água e umidade, utilizado para
gonalgias. Elimina umidade-calor e frio-úmido. Fortalece joelho, e melhora dor na
articulação do joelho.
9) B60: um dos principais pontos de dor periférica, principalmente nos membros
inferiores, fortalece joelhos, relaxa músculos e tendões. Remove obstruções do
meridiano e elimina fatores patogênicos. Utilizado em afecções na região da
articulação do joelho.
10) B64: ponto fonte. Relaxa tendões.
11) R3: ponto fonte. Trata afecções da articulação do joelho. Equilibra yin e yang do
organismo. Descongestiona e ativa o meridiano na extremidade inferior.
12) VB34: ponto mestre dos músculos e tendões. Trata gonalgias, relaxa os
tendões. Remove umidade-calor, elimina umidade e desobstrui o meridiano.
  50	
  
Promove flexibilidade à articulação.
13) VB35: ponto Xi dos Vasos Maravilhosos. Trata dores no joelho, atrofia muscular
e ativa meridiano.
NOTA 1: Eventualmente utilizar os pontos selecionados com outros pontos que
estejam ligados às condições do cliente, levantadas na diagnose diferencial,
associar moxabustão e fitoterapia.
NOTA 2: A aplicação de calor com bolsa de água quente feita pelo próprio cliente é
um recursos valioso em vários tratamentos de Acupuntura. Na gonartrose em
particular, o calor tem a propriedade de aliviar a dor, aumentar a flexibilidade dos
tecidos músculo-tendíneos, diminuir a rigidez das articulações, melhorar o espasmo
muscular e a circulação.
MOXABUSTÃO
“O que não pode ser tratado com agulha deve ser tratado com moxa" (Ling Shu cap. 73)
É denominado moxa um material com folha de Artemísia moída e preparado sob a
forma de bola de algodão; ela é utilizada para queimar sobre o ponto de aplicação. A
origem da palavra, "moxa" é atualmente derivada do japonês.
Para propósito da terapia pela moxa, é considerado benéfico o uso da planta moxa,
seca e fragmentada até tornar-se pó ou moxa “lã”, tornando-se fácil de modelá-la em
cones ou juntá-la formando “bastões”. Deste modo, além de queimar bem, apresenta
um odor “agradável” e produz um calor penetrante.
A planta cresce em climas variados, tornando-se de baixo custo. Por estas razões,
esta planta (Artemísia Vulgaris) é o material mais popularmente usado para
  51	
  
cauterização,
nos últimos 2000 anos.
Artemísia - (Artemísia Vulgaris) também chamada “erva do fogo”.
Família da Planta - Asteracea (família da flor solar), subfamília – Asteroidae.
Natureza - A folha de Artemísia Vulgaris é amarga e picante, produz aquecimento
quando usada em pequenas quantidades e calor forte quando em grandes
quantidades.
Sua natureza é Yang.
Origem - Europa e Ásia.
Na china é oriunda da região Norte.
Em grego Artemísia significa integridade e boa saúde.
A Artemísia é o combustível da moxa que vem da família da Composita e é assim
classificada pela Medicina Tradicional Chinesa:
Odor- Picante
Natureza – Amarga
Canais que atua - Pulmão, Fígado, Baço e Rim
Ação - Aquecer os canais e colaterais, dispersar o frio, cessa a hemorragia, elimina
dores, cessa tosse e acalma asma, leucorreias por frio, útero vazio (infertilidade),
lombalgias e opressão torocoabdominal.
Ela é a erva da mulher, para recompor o Eu feminino, para ajudar a mulher a se
integrar muito mais no seu papel, com sua maternalidade e sensibilidade. É ótima
para mulheres que precisam ser sempre fortes ou que não se assumem
inteiramente, pois precisam fazer numa grande parte da sua vida papel de homens.
Essas mulheres têm normalmente problemas menstruais. Também é conhecida
desde a antiguidade por ajudar nos partos. Seu nome provém da deusa Artêmis, que
era a protetora dos partos e deusa da caça na mitologia Grega.
A Artemísia deve ser usada por pessoas que constantemente precisam de uma
limpeza energética profunda, e quando há necessidade de limpeza profunda de
toxinas físicas e energéticas.
Num almanaque médico astrológico de épocas renascentistas apareceu escrito por
um autor desconhecido os segredos da Artemísia: “Infunde alento, ânimo e força, a
quem a trouxer consigo junto do coração. Essa erva, embebida num copo de vinho
branco, tira logo o cansaço do caminho. E tem outra rara virtude, que o caminhante
que a trouxer, sentirá muito menos o caminhar”.
  52	
  
OUTROS USOS:
Os emplastros de Artemísia no plexo solar, limpam, energizam e dão coragem.
Os escalda pés de Artemísia evitam doenças renais.
Ramos de Artemísia presos as portas da casa evitam a entrada de inveja e qualquer
energia negativa.
As vassouras feitas com Artemísia protegem o ambiente e atraem espíritos
benfazejos.
Os banhos de imersão com chá forte de Artemísia, facilitam o parto e ajudam os
muito nervosos, neuróticos e histéricos.
A Artemísia é a principal erva do aparelho urogenital feminino. Previne doenças,
regulariza o ciclo menstrual, alivia as cólicas.
Também é empregada para anemia, cólicas, debilidade do estômago, gastrite,
menstruação deficiente, nervosismo, nevralgia.
Tem excelente ação diurética, e por isso ajuda muito no funcionamento e na limpeza
constante dos rins.
Para prevenção e tratamento dos problemas femininos, usa-se a Artemísia, com a
tanchagem e o sabugueiro.
As folhas frescas da Artemísia Vulgaris são colhidas na primavera e expostas ao sol
para secar, em seguida são trituradas, examinadas e filtradas para remover areia ou
talos mais grosseiros, e depois são novamente expostas ao sol. Este processo é
repetido até que seja obtida a consistência que é de pó fino, macio e branco. A moxa
que é utilizada para cauterização direta sobre a pele de ser extremamente fina, para
que possa ser amassada e modelada em cones firmes que não se desfaçam,
enquanto para cauterização indireta não necessita ser tão fina. Os médicos chineses
referem que quanto mais velha for a moxa, melhores os resultados obtidos, porém é
importante que ela seja guardada em um recipiente seco e exposta ao sol,
periodicamente.
Funções:
Por ter a Moxabustão o efeito de tonificar o Yang do corpo, ela é utilizada na China
de forma caseira, tratando principalmente os idosos para minimizar os desconfortos
da velhice e conseguir uma longevidade saudável. Nas crianças, melhora o
crescimento e a vitalidade para os estudos e trabalhos que queiram realizar. É uma
tradição milenar cultivada no âmago da família, para prevenir e tratar as
enfermidades e debilidades diárias
  53	
  
Por ter uma ligação mais próxima com o elemento Fogo, ela é mais utilizada nos
locais de clima frio, onde esse elemento enfraquece, usando também nas pessoas
que apresentam também deficiência nos órgãos ligados a esse elemento.
Em alguns tratamentos, onde o cliente encontra-se extremamente debilitado, é
contraindicado o uso de agulhas, e indica-se o tratamento com a aplicação gradual e
progressiva de Moxa, melhorando com isso a atividade orgânica (Yang), e dando
melhores condições de defesa orgânica.
Usa-se Moxa também em problemas relacionados com a musculatura (rigidez,
dores, contraturas), afim de liberar a energia perversa ali contida, relaxando e
auxiliando o
aporte sanguíneo e energético da área afetada.
A moxa tem a finalidade de aquecer o qi e o sangue nos meridianos, tratando a
Síndrome por frio e umidade, aquecer o útero, regularizar a menstruação e tonificar
o Yang. No Ling Shu existe a referência de que: “Quando a acupuntura é ineficaz, a
moxa é apropriada”. Essa passagem do livro refere-se ao uso da moxa no
tratamento pelo frio em que a aplicação somente das agulhas é relativamente
ineficaz. As vezes a moxa sozinha é mais eficaz do que a aplicação de acupuntura,
e outras vezes ambas são sinérgicas.
A aplicação da moxa esta indicada para um enorme número de enfermidades,
entre algumas podem ser citadas a asma, diarreia, dor reumática, vômito, dor
abdominal e determinadas desordens ginecológicas. Em 1998 um estudo publicado
pelo Journal of the American Medical Association, 75% das mulheres gravidas que
possuíam alteração do posicionamento fetal da criança e utilizaram a moxabustão
tiveram os fetos colocados na posição normal. A moxabustão aumenta
significativamente os movimentos fetais na gestante.
Para se prevenir de doenças e manter a saúde, existe um ditado chinês que diz:
“Qualquer um que viajar pelo sudoeste da China, pelas províncias de Tunnan e
Sichuan,
deve fazer moxabustão 2 ou 3 para prevenir malária, doenças epidêmicas e
pestilência.”
Existe ainda a seguinte crença: “Deve-se realizar moxabustão no Suzanli,
Guangyaun, qihai, mingmen e Zhongwan, para se ter uma vida longa e saudável de
pelo menos uma
centena de anos”.
  54	
  
Tipos de moxa
Existem basicamente 2 métodos de aplicação de moxa: O método direto e o indireto.
Na antiguidade utilizava-se mais o método direto, porém com a evolução
desenvolveu-se o método indireto que atualmente são os mais populares.
Moxabustão direta:
Criticada por alguns terapeutas por lesionar a pele no local da aplicação além da
sensação desagradável da queimadura, tem sua utilização precisa e eficaz
principalmente se usada no sentido de tonificar (pontos de tonificação) os
meridianos e suas funções, bem como nos pontos das extremidades dos dedos. Seu
efeito de tonificação é muito bom, compensando o mau estar momentâneo com uma
boa vitalização geral e principalmente das funções inerentes ao ponto cauterizado.
Aplica-se um cone de moxa branca (tamanho grão de arroz) diretamente sobre o
ponto.
Outra forma, menos usada atualmente, consiste em colocar o cone de moxa
diretamente sobre a pele nos pontos de acupuntura selecionados e queimá-los. Para
aumentar a penetração de calor na pele, o pó de moxa pode se misturar com cravo-
da-índia ou canela em pó, assim como o óleo de alho pode ser usado para untar a
pele e a fim de fixar o cone. Repete-se a aplicação dos cones no total de sempre
números impares geralmente chegando de 7 a 9.
Moxabustão Indireta:
Geralmente um material é colocado sobre a moxa incandescente e a pele ou aplica-
se a uma certa distância da pele, tornando-se menos doloroso que os métodos
diretos, e menos risco de infecção.
São usadas várias substâncias entre elas estão o Gengibre o Alho e o Sal.
  55	
  
Moxa com sal
É utilizada apenas no ponto 8VC. Enche-se o umbigo com sal marinho e aplica-se
pequenos "cones" de moxa no local. A aplicação deve ser feita com o máximo de
cuidado possível, pois o sal retém calor e se o cone não for retirado na hora certa,
pode-se provocar dores e queimaduras.
Moxa com gengibre
Corta-se uma fatia fina de gengibre e faz-se 5 pequenos furos.
Aplica-se os "cones" de moxa por cima do gengibre que deverá estar bem em cima
do ponto a ser trabalhado. Controla-se o aquecimento afastando-se o gengibre da
pele.
Tipos de moxa:
Cone de Moxa, Anel de Moxa, Bastão de Moxa, Incenso de Moxa, Botão de Moxa,
Lã de Moxa, Moxa Misturada, Carvão de Moxa, Moxa Elétrica, que são opções
diferentes para tratamento, dependendo do problema e do local.
Bastão de Moxa:
O Bastão de Moxa é como um grande charuto que deve ser aplicado aproximando-
se a ponta incandescente do ponto ou da região a ser tratada, procurando, com o
máximo de cuidado, aquecer bem o local. Podendo ser aplicado também em forma
de cigarro, é a maneira mais prática e talvez por isso a mais difundida de se aplicara
Moxabustão.
  56	
  
O uso do bastão (ou cilindro de moxa)
Foi desenvolvido na dinastia Ming como um método conveniente, com consumo
menor de tempo e com controle maior do que as outras formas de moxa. Estes
bastões são manufaturados atualmente e se tornaram populares.
Tal como todos os métodos indiretos de moxa, a moxa seca não é colocada na
superfície da pele; nem é moldada em cones, mas sim a lã que é enrolada
firmemente em um papel de embrulho, com cerca de 15cm de comprimento,
parecendo-se charuto. O pó de certas outras ervas medicinais podem ser
misturadas aos bastões de moxa. Alguns tipos usados na China, contém 24g de
moxa e 6g de pó feito de quantias iguais das seguintes ervas moídas: canela,
gengibre seco, canela da índia, pimenta, realgar (xionghua), Sassurea Lappa
(muxiang), Angélica sp.(duhuo), Asarun sieboldi (xixin), Angélica dahurica,
Atractylodes iancea (cangshu), mirra e olíbano.
O bastão de moxa aceso em uma das pontas é mantido cerca de 1 cm da superfície
da pele, porém, a distância varia de acordo com a tolerância do cliente e da
quantidade de estímulo térmico que se deseja. Normalmente ele é queimado até a
pele ficar vermelha na adjacência do ponto.
Métodos:
Movimento circular com o bastão: A finalidade é espalhar o foco do estímulo térmico
no tratamento de dor que abrange áreas grandes de lesões de tecidos moles.
Picada de pardal – O bastão de moxa pica rapidamente o ponto sem tocar na pele.
Esse método facilita a penetração de calor e é, por isso, utilizado quando se deseja
estímulos fortes.
Artrose - Tratamento Convencional
Cirurgia, analgésicos, antiinflamatório
Artrose - MVTC
Deficiência de Yang do Rim, Síndrome Bi Tipo Fleuma (Óssea);
Técnicas:
Agulha seca, eletro acupuntura, farmacopuntura e MOXA.
Tratamento por Moxabustão para Artrose
Tonificar Yang do Rim, eliminar Estagnação de Qi e Sangue, eliminar Síndrome Bi.
Nota e Observação:
São nas articulações onde:
  57	
  
Há o encontro de Qi e Sangue, Ponto Ho (Mar), Os Fatores Patogênicos Exteriores
se estabelecem mais facilmente devido a concentração de Qi.
Pontos:
Cíngulo peitoral e Cotovelo: IG11, C3, IG10, TA5, TA3, TA14, IG15, TA10;
Articulação Coxofemoral: VB29, VB30, B54, B36;
Joelho: E36, VB34, E35, Xie Yang, R10, F8, BP10, BP9;
Pontos distais: VG4, B23, B18, B11, R3, F3, R6.
Osteófitos: E40: principal ponto para tratamento (Síndrome Bi Tipo Fleuma, não
causam lesão neurológica e geram dor e restrição de movimentos)
Aplica-se a moxa praticamente nos mesmos pontos utilizados pela acupuntura, mas
só nos casos de desequilíbrios que têm origem numa deficiência de energia Yang ou
de Ki em geral e nos locais das dores.
contraindicações: de utilização da moxa que são: direto no rosto, nos arredores
dos orifícios como olhos, nariz, boca e orelha, nas regiões pilosas, nas cicatrizes,
nos casos de plenitude-calor, excesso de Yang do fígado, doenças febris e edema
generalizado e em gestantes.
VENTOSATERAPIA
A utilização das ventosas no tratamento de doenças não é uma exclusividade da
Medicina Chinesa, existem informações do seu uso desde o antigo Egito, ela
também é mencionada nos escrito de Hipócrates e praticada pelo povo Grego no
século IV a.C., possivelmente conhecida e utilizada por outras nações antigas.
O antigo instrumento utilizado para fazer ventosas era a cabaça, conhecida naquela
época como “curubitula” que em latim significa ventosa.
  58	
  
Nas regiões primitivas do mundo, a ventosa tem registros históricos que datam de
centenas a milhares de anos. Nas suas formas mais primitivas, era utilizada pelos
índios americanos que cortavam a parte superior do chifre dos búfalos, com cerca
de 10 cm de comprimento, provocando o vácuo por sucção oral na ponta do chifre,
sendo de seguida tamponado.
O uso de ventosas no Ocidente antigo era um elemento terapêutico corriqueiro e de
grande valor panaceico. Pois por falta de outros recursos médicos, a ventosaterapia
era utilizada praticamente na cura de todas as doenças. Abordado por essas épocas
como um instrumento curativo mágico, pelo contato intimo com o interior do corpo
através do sangue. Ela era respeitada também pela sua atuação no elemento
energético gerado pela respiração. Teoria que se aproximava dos conceitos de
Medicina Oriental.
Paracelso também descreveu aplicações de ventosas no primeiro século d.C., que é
benéfica tanto para doenças crónicas como para as agudas, incluindo ataques de
febre, e mencionou outras advertências na utilização das ventosas.
Na Europa, assim como na Ásia existiam vários métodos modificados de sangria e
escarificação, na Europa a “veneseção” ou sangria das veias era uma prática
popular, enquanto na Ásia o sangramento das dilatações capilares (telangiectasias)
na periferia da pele junto com ventosas era o método mais utilizado.
O uso das sanguessugas como terapêutica foi comum na idade média no ocidente.
Em Portugal os “barbeiro-sangradores” eram geralmente, os técnicos encarregados
de aplicar sanguessugas, por concessão de uma licença cedida pelo cirurgião-mor.
Naquela época, em Lisboa, foram publicados vários livros sobre o assunto, e os
salões de barbear eram o local de venda das sanguessugas.
  59	
  
O uso de ventosas no Oriente foi desenvolvido com base na acupuntura, a aplicação
de ventosas foi originalmente, conhecida como Método Chifre. Os chifres dos
animais eram aquecidos, criando-se um vácuo quando eram colocados sobre a pele.
O propósito era tratar doenças e retirar o pus. No fim do período Neolítico, o
desenvolvimento da agropecuária facilitou o desenvolvimento do Método Chifre.
O que distingue estas habilidades primitivas dos chineses, das outras áreas do
mundo, é a extensão do seu subsequente desenvolvimento, dentro da estrutura da
tradicional fisiologia e patologia. O Método Chifre foi posteriormente substituído por
outros métodos de sucção posteriormente desenvolvidos, em que se obtinha o efeito
de ventosa utilizando-se cúpulas de bambu, metal e posteriormente vidro.
A sucção é obtida atualmente, colocando-se uma substância cadente na ventosa
antes de colocá-la sobre a pele, aquecendo-a com água quente, ou com o
bombeamento do ar para fora desta uma vez posicionada na pele.
A ventosa segundo a MTC tem a propriedade de limpar o sangue das toxinas
acumuladas no organismo produzida pelos alimentos e outras fontes poluentes. A
  60	
  
estagnação do sangue estagnado, escuro e sujo, nos músculos das costas ou das
articulações é considerado pelas Medicinas Orientais como um dos elementos
causadores de doenças. A ventosa é usada para o alívio de dores musculares,
melhorar o sistema circulatório e até mesmo, para redução de celulite e gordura
localizada, lombalgias, dor abdominal, hipertensão arterial entre outras.
As ventosas podem ser utilizadas em associação com outras terapias reforçando a
efetividade destas. Várias ventosas podem ser utilizadas para tratar desordens
sobre uma área mais ampla, por exemplo, ao longo de um estiramento muscular ou
dispostas em fileiras horizontais e verticais sobre um órgão doente tendo-se o
cuidado de não se deixar as ventosas muito próximas umas das outras.
Pode-se utilizar a ventosa para produzir o “efeito massagem” que consiste em mover
as ventosas sobre superfícies grandes e lisas do corpo, tais como as costas e as
coxas, nestes casos são utilizadas ventosas de boca média a grande, e em primeiro
lugar deve-se lubrificar a zona do corpo que se vai massajar. Esta massagem tem o
efeito de remover a pele ressacada pela abertura dos poros e pela transpiração.
Mecanicamente, aumenta o fluxo da linfa, reduzindo o edema, mantém a
flexibilidade dos músculos, retira as adesões e as fibroses e mobiliza o
funcionamento dos órgãos, descongestiona os bloqueios de energia, cativa a
circulação e o funcionamento geral do corpo.
  61	
  
A aplicação de ventosas é contraindicada para casos de febre-alta, convulsões ou
cólicas, alergias na pele ou inflamações ulceradas, áreas onde o músculo é fino ou a
pele não é plana por causa dos ângulos e depressões ósseas, no abdómen e região
lombar em gestantes. Algumas outras considerações a ter no uso das ventosas é
que estas devem ser deixadas no local somente até haver congestão local
(geralmente 5 a 15 minutos). Se forem mantidas por muito tempo pode-se formar
uma bolha, se esta for grande deve ser furada para drenar o líquido, e seguidamente
deve ser coberta para evitar infecção.
A aplicação das ventosas deixa frequentemente uma marca púrpura na pele aonde
esta foi sugada, isto é normal e vai desaparecer sem tratamento especial. Se a
marca for muito profunda, as ventosas não devem ser colocadas de novo nesse
local enquanto subsistir a marca.
A ventosaterapia também pode ser aplicada em pontos dos meridianos de
acupuntura para reforçar o efeito do tratamento. Esse tipo de técnica usando pontos
dos meridianos de acupuntura em conjunto só existe na ventoaterapia chinesa e
coreana.
  62	
  
MAGNETOTERAPIA
É a terapia através de ímãs, nos últimos anos a procura por esta alternativa vem
aumentando, tanto por ser preventiva, como pelo crescente interesse da população
por uma vida melhor e mais saudável.
Origem do Imã e Magnetismo
Se um imã é um objeto com propriedades estranhas, invisíveis de atração e
repulsão, e que atrai a atenção do homem moderno, certamente deve ter atraído a
curiosidade dos homens na antiguidade, que com certeza atribuíram ao mesmo
propriedades mágicas. O nome “magneto” provém da palavra Magnésia, região da
Grécia Antiga onde foi descoberto um mineral com propriedades de atração e
repulsão, chamado, na época, de lodestone (stone: pedra, e load: com carga, que se
move), na verdade, óxido de ferro. Há relatos de que um pastor grego constatou a
capacidade de algumas pedras da região da Magnésia de extrair pregos de ferro de
sua sandália. Em 2700 a.C., já havia registros do uso de bússolas rústicas feitas de
lodestone pelos chineses, e entre 1000 e 1200 d.C., bússolas para navegação
começaram a ser utilizadas pelos europeus. Em 1600, Willian Gilbert, considerado o
pai do magnetismo, publicou os primeiros conhecimentos que afirmavam que a terra
é um grande imã. Em 1820, Oersted descobriu a relação entre eletricidade e
magnetismo. Em 1825, Ampère determinou que duas bobinas que carregam
correntes elétricas agem como imãs, e no ano seguinte, Aragon descobriu que o
ferro pode ser magnetizado, bem como faraday afirmou que a eletricidade pode ser
gerada trocando-se o fluxo magnético dentro de uma bobina, o principio do dínamo.
Em 1920, foi desenvolvido o poderoso Alnico, um imã de maior capacidade
magnética. Em 1950, surgiu o imã cerâmico, denominado ferrite, o mais utilizado
pela indústria na época. Em 1970, foram descobertas as ligas de samário-cobalto
(terras raras), porém com custos muito altos. Em 1980, surgiram os imãs com a liga
de neodímio-ferro-boro, com maior capacidade magnética e mais barata, porém
muito sensíveis às altas temperaturas. A intensidade de um imã é medida na
unidade Gauss e o aparelho que mede a intensidade de um imã ou de um campo
magnético é o Gauss meter, ou gaussímetro, em português. O nome da unidade de
medida do imã e dos campos magnéticos “Gauss” foi dado em homenagem ao
matemático alemão Carl Friedrich Gauss, um dos maiores cientistas de todos os
tempos. Ele dedicou-se ao estudo aprofundado do magnetismo. Gauss inventou o
  63	
  
heliotrópico, um aparelho capaz de concentra num ponto distante os raios solares,
que trabalha refletindo os raios do sol usando um espelho e um telescópio pequeno.
Em 1832, Gauss e Wilhelm Weber começaram a investigar a teoria de magnetismo
terrestre depois de Alexander Von Humboldt ter tentado obter ajuda de Gauss para
fazer um quadro de pontos de observação magnética ao redor da terra. Gauss já
tinha escrito três importantes documentos sobre o assunto que tratava de teoria
sobre o magnetismo, medida da força magnética e magnetismo terrestre. Foi,
portanto, pela dedicação desse cientista ao estudo do magnetismo que a unidade de
medida da intensidade de um imã ou de um campo magnético recebeu o seu nome.
Origem da Terapia Magnética
As terapias magnéticas é mais antiga do que se imagina. Na medicina chinesa, há
registros de mais de 3 mil anos de uso de métodos terapêuticos que utilizavam imãs,
como também aparecem nos antigos registros egípcios, indianos, gregos e persas.
Escritos médicos persas de aproximadamente 1000 d.C. fazem referência ao uso de
imãs para o tratamento de espasmos musculares. Em 350 a.C, Aristóteles já
mencionava o uso terapêutico de imãs em procedimentos de cura. Em 200 a.C,
Galeno um dos mais famosos médicos de todos os tempos, utilizava imãs em seus
tratamentos e faz menção em mais de vinte obras médicas. Por volta do século 3
a.C., médicos gregos usavam anéis magnéticos para tratar a artrite, e mesmo pílulas
confeccionadas com uma resina magnetizada para combater hemorragias. Tales de
Mileto e Platão fazem menção a tratamentos com imãs em suas obras. Na Idade
Média, médicos prescreviam regulamente os imãs para tratar gota, artrite,
envenenamento e calvície, para limpar feridas e para retirar pontas metálicas de
setas do corpo de soldados. Na Idade Moderna, na Europa, sistemas de tratamento
com imãs eram muito comuns. No século XVI, o famoso médico Paracelso utilizava
e defendia a terapia magnética. Na época, porem, ninguém se projetou mais no
campo da terapia magnética do que Franz Mexer, que se tornou muito famoso por
suas curas espetaculares. Mexer construiu artefatos magnéticos curiosos, incluindo
um tipo de banheira com filamentos de ferro, por onde passava uma corrente elétrica
e magnética, na qual as pessoas doentes eram colocadas. Mais tarde, o conhecido
Samuel Hahnemann, fundador da homeopatia, também acreditava e aplicava a
terapia dos imãs para o tratamento de muitas doenças. Na sexta edição do Organon,
a obra mais importante da homeopatia, escrita por hahnemann, na seção 287 está
escrito: “As forças do imã para fins de cura podem ser usadas com muita certeza, de
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Artrose: tratamentos holísticos

  • 1. 2014 HUMANIVERSIDADE HOLÍSTICA CURSO TERAPEUTA CORPORAL E HOLÍSTICO ARTROSE NA MEDICINA TRADICIONAL CHINESA E TERAPIAS COMPLEMENTARES HUMANIVERSIDADE HOLÍSTICA TURMA: 2012 - 2º FSB Celina Gutierrez Armando de Azevedo Cinthia Pereira Paschoal Daniela Figliolia Marques Costa Patricia Pereira Lameu Roseli Maria Ferro Sandra Casella Della Via
  • 2.   2   RESUMO A artrose, também conhecida como osteoartrose, osteoartrite, artrite degenerativa e doença articulatória degenerativa, é uma doença das articulações em que se verifica degradação dos tecidos que as compõem, em especial cartilagem e osso. Os movimentos restritos devem-se ao fator mecânico: as superfícies articulatórias, em vez de estarem acolchoadas pela cartilagem, tornam-se rugosas e atritam-se. Este trabalho, embasado em pesquisas e estudos de casos, tem como objetivo verificar que há uma melhora significativa na visão Holística da Medicina Tradicional Chinesa e Terapias complementares em suas diversas formas de tratamento. Descritores: Artrite, Medicina Tradicional Chinesa, Terapias Complementares, Tratamentos e qualidade de vida.
  • 3.   3   DEDICATÓRIA Dedicamos este trabalho a nossos familiares e amigos, principalmente nossos pais, maridos, namorados e filhos, pela compreensão e colaboração, para que pudéssemos nos dedicar nestes 2 anos de curso com atenção diária em detrimento de tantos finais de semana integrais de lazer.
  • 4.   4   AGRADECIMENTOS Agradecemos primeiramente a Deus por nos conduzir, integrada aos recursos naturais da vida, nesta jornada de aprendizado. Aos professores da HUMANIVERSIDADE, pela excelência nas aula, por toda dedicação e apoio oferecido. Agradecemos também em particular à Profa. Roseli, pela revisão, e à Cooperativa Teor, que contribuiu com a nossa evolução.
  • 5.   5   INDICE Artrose 07 Sistema Articulatório – Biomecânica 14 Estruturas Articulatórias 31 Visão geral das causas de doença na medicina tradicional chinesa 42 Artrose na Medicina Chinesa 43 Formas de tratamentos na M.T.C. e Terapias Complementares Acupuntura 45 Tratamento por acupuntura para artrose 48 Moxabustão 50 Tratamento por Moxabustão para Artrose 57 Ventosaterapia 57 Magnetoterapia 62 Tratamentos baseados nos Pontos de Acupuntura 68 Geoterapia 69 Visão da MTC na indicação de Geoterapia para Artrose 77 Massoterapia e a Artrose 79 Alongamento passivo 80 Shiatsu 81 Tui-ná 84 Zen Shiatsu 84 Calatonia 86 Reflexologia 87 Fitoterapia 87 Plantas de uso terapêutico para Artrose 93 Dietologia – Artrose e Alimentação 94 Práticas Físicas - Qi Gong 99 Tai Chi Chuan 105 Lian Gong 108 Auriculoterapia Chinesa e Francesa 112
  • 6.   6   Recomendações em Auriculoterapia na Artrose 122 Aromaterapia 123 Aromaterapia na Artrite e Artrose 129 Cromoterapia 130 Terapia da Artrose, Artrite e Reumatismo, através das cores 136 Florais de Bach 137 Florais de Bach e a Artrose 138 Linguagem do Corpo 140 Artrite e Artrose 143 Bioenergética e Linguagem Corporal 151 Exercício ajuda pessoas a superarem ataques de Artrite Reumatoide 153 Programação Neuro Linguística 156 Alfagenia 167 Estudo de casos 169 Cliente A.C.E.S. 169 Cliente E.S.M. 173 Cliente S.C.Z. 175 Cliente S.C.D.V. 177 Cliente A.C. 186 Considerações finais 192 Conclusão 192 Bons Conselhos 193 Pesquisa Internet, sites 195 Referências Bibliográficas 198
  • 7.   7   INTRODUÇÃO ARTROSE A artrose, também conhecida como osteoartrose, osteoartrite, artrite degenerativa e doença articulatória degenerativa, é uma doença das articulações em que se verifica degeneração dos tecidos que compõem a articulação, em especial a cartilagem e osso. Com o tempo, a artrose evolui para a destruição destes tecidos conduzindo à deformação das articulações, podendo limitar ou mesmo bloquear os movimentos. Sinônimos: Osteoartrite, OA, doença degenerativa das articulações A artrose ou osteoartrite (OA) é o distúrbio mais comum das articulações. É ela tão antiga como a própria história da Humanidade, acometendo indistintamente todos os vertebrados. Estudos realizados em fósseis de dinossauros demonstraram que esta alteração articulatória já encontrava-se presente na era pré- histórica. Sintomas: Dor, fraqueza nos membros, limitação da função articulatória, perda do movimento, rigidez, podendo haver formigamentos nos membros inferiores, crepitações audíveis e palpáveis, limitação da amplitude articulatória, espasmo e atrofia muscular, dor e sensibilidade a palpação e mobilização. Os movimentos restritos devem-se ao fator mecânico: as superfícies articulatórias, em vez de estarem acolchoadas pela cartilagem, tornam-se rugosas e atritam-se. Existem pessoas assintomáticas, mas o médico pode detectar a artrose em uma radiografia. Causas: A artrose é causada pelo desgaste de uma articulação. As articulações têm um nível tão pequeno de fricção que não se desgastam, salvo se forem excessivamente utilizadas ou danificadas. A cartilagem é o tecido fino e emborrachado que reveste os ossos nas articulações e permite que os ossos deslizem uns sobre os outros. Estruturas também fazem parte da articulação, desempenhando papéis específicos como no caso do líquido sinovial, que lubrifica as articulações e, dos ligamentos, que
  • 8.   8   ajudam a manter unidas e estáveis as articulações. Uma articulação normal é formada por células chamadas CONDRÓCITOS, cuja função básica é fabricar todas as substâncias necessárias para o bom funcionamento da cartilagem articulatória. Dentre estas substâncias, encontra-se uma proteína denominada COLÁGENO, cuja finalidade é funcionar como uma malha de sustentação, retendo as demais substâncias existentes dentro da cartilagem (Sulfato de Glicosamina, Sulfato de condroitina, querato sulfato), que funcionam como moléculas que retêm água, ajudando, com isso, a absorção de stress mecânico de compressão e tração. Na realidade, a cartilagem articulatória funciona como uma grande mola, ou uma esponja de silicone embebida em água. O estado de hidratação da cartilagem e a integridade da mesma, é fator preponderante para a não existência de degradação e, a não existência da patologia denominada de OSTEOARTROSE. Toda vez que tivermos alterado o estado de equilíbrio entre os constituintes articulatórias, estaremos sujeitos ao PROCESSO DE DEGRADAÇÃO ARTICULATÓRIA e, consequentemente, o desenvolvimento da OSTEOARTROSE.
  • 9.   9   A Osteoartrose é, do ponto de vista médico, dividida em dois grandes grupos. O primeiro denominado de Osteoartrose Primária, é formado por aqueles indivíduos que já possuem um patrimônio genético, que faz com que a patologia se desenvolva independentemente de fatores externos. O segundo grupo, denominado de Osteoartrose Secundária, é formado por pessoas que, em virtude de algum fator agressivo ocorrido em determinado período da sua vida, passam a apresentar a patologia. Fazem parte deste grupo os indivíduos muito obesos, os que sofreram: algum traumatismo articulatória (entorses, fraturas, luxações), algumas alterações hormonais específicas, executam esportes com micros traumatismos de repetição, executam esportes de desaceleração (saltos) etc. A cartilagem pode quebrar e se desgastar. Como resultado, os ossos se friccionam, causando dor, inchaço e rigidez. Este atrito nas articulações provoca uma inflamação da mesma, que se caracteriza por um quadro de artrite, daí o nome de osteoartrite (artrite = inflamação da articulação). Existem cerca de 100 doenças que podem causar artrite; a artrose (osteoartrite) é a mais comum. A cartilagem pode crescer demasiado, mas finalmente torna-se mais fina e surgem gretas na sua superfície. Formam-se cavidades diminutas que enfraquecem a medula do osso, debaixo da cartilagem. Pode haver um crescimento excessivo do osso nos bordos da articulação, formando tumefações (osteófitos) que podem ver-se e sentir-se ao tato. Estas tumefações podem interferir no funcionamento normal da articulação e causar dor. Bicos de papagaio ou esporões podem se formar ao redor da articulação e os ligamentos e músculos ao redor da bacia ficam mais fracos e rígidos. Por fim, a superfície lisa e regular da cartilagem torna-se áspera e esburacada, impedindo que a articulação se possa mover com facilidade. Produz-se uma
  • 10.   10   alteração da articulação pela deterioração de todos os seus componentes, quer dizer, o osso, a cápsula articulatória (tecidos que envolvem algumas articulações), a membrana sinovial (tecido que reveste a articulação), os tendões e a cartilagem. Em geral, a causa da artrose é desconhecida. Ela está relacionada principalmente ao envelhecimento. Os sintomas da artrose geralmente aparecem na meia-idade. Quase todo mundo tem algum sintoma por volta dos 70 anos. No entanto, esses sintomas podem não ser graves. Antes dos 55 (20 % da população), a artrose ocorre tanto em homens quanto em mulheres. Após os 55 anos, ela é mais comum em mulheres (aproximando-se a 90 % a partir dos 80 anos) As articulações mais afetadas pela artrose são os coluna, mãos, pés, joelhos, cíngulo pélvico, e cíngulo peitoral. Coluna vertebral- Artrose na coluna pode aparecer como rigidez e dor no pescoço ou região lombar. Em alguns casos, alterações na coluna relacionadas à artrose podem causar pressão nos nervos, resultando em fraqueza ou entorpecimento dos braços ou pernas. Mãos - Artrose nas mãos parece ter algumas características hereditárias. Se a sua mãe ou avó teve artrose nas mãos, você sofre um risco maior de ter também. Mulheres têm maior probabilidade de desenvolver artrose nas mãos, sendo que a maioria dos casos acontece depois da menopausa. Quando a artrose desenvolve-se nas mãos, pequenas saliências ósseas podem aparecer nas extremidades das articulações dos dedos (aquelas perto das unhas). Saliências ósseas similares podem aparecer nas articulações médias dos dedos. Os dedos podem ficar inchados, doloridos, duros e entorpecidos.
  • 11.   11   Pés - Como o pé tem um grande número de articulações, que sustentam todo o peso corporal, é muito comum a ocorrência de dor nos pés por artrose. São vários os diferentes motivos que podem causar a artrose, entre eles destacam- se a ocorrência prévia de fratura, reumatismo, idade avançada e deformidades congênitas. Os principais sintomas são: dor, perda do movimento e inchaço. Existem algumas alternativas de tratamento para os casos de artrose nos pés, entre elas as principais são medicamentos especiais, fisioterapia, exercícios, palmilhas sob medida e cirurgias. Imagem de Tomografia mostrando artrose no pé Cíngulo peitoral - O desgaste da articulação pode decorrer de diferentes doenças, como a osteoartrose primária (a mais comum, que acomete várias articulações e, em geral, após os 60 anos) ou a artrite reumatoide (reumatismo). A artrose do cíngulo peitoral é mais rara que do cíngulo pélvico, joelhos, mãos e coluna, mas pode gerar limitações muito importantes para atividades diárias e muita dor. A osteoartrose primária é a causa mais comum de artrose. A artrose de cíngulo peitoral, como nas demais , manifesta-se lentamente durante o envelhecimento e
  • 12.   12   tem um importante componente genético. A osteoartrose pode ter diferentes graus, desde uma artrose leve (sem dor ou perda de função) a uma artrose grave extremamente limitante, em que o cliente pode perder quase todos os movimentos do cíngulo peitoral. A) Leve B) Moderada C) Grave A artrose também pode ser causada por um processo de "morte óssea" chamado de osteonecrose, causa por fraturas ou por doenças que acometem pequenos vasos sanguíneos como o lúpus, anemia falciforme ou mesmo a artrite reumatoide. Existe também um tipo de artrose no cíngulo peitoral iniciada após lesões crônicas não tratadas dos tendões do manguito rotador, chamada de artropatia do manguito rotador, que apresenta um tratamento diferente artrose. A) Artrose primária B) Osteonecrose C) Artropatia do manguito Joelhos - As articulações dos joelhos estão entre as mais comumente afetadas pela artrose. Sintomas de artrose no joelho incluem rigidez, inchaço e dor, que tornam difícil andar, subir escada, sentar e levantar de cadeiras e banheiras. Artrose nos joelhos pode ser desabilitante.
  • 13.   13   Cíngulo pélvico - Outro local comum de artrose é o cíngulo pélvico. Assim como a artrose nos joelhos, os sintomas da no cíngulo pélvico incluem dor e rigidez na própria articulação. Porém, em algum casos, a dor é sentida nas nádegas, virilha, coxas e até nos joelhos. Artrose no cíngulo pélvico pode limitar a movimentação, tornando atividades cotidianas, como vestir-se e colocar um sapato, um desafio. Fatores que podem levar à artrose: • A artrose tende a ser genética. • Estar acima do peso aumenta o risco de artrose na bacia, nos joelhos, nos tornozelos e nas articulações dos pés. • Fraturas ou outras lesões nas articulações podem causar osteoartrite futuramente. • O uso excessivo a longo prazo no trabalho ou no esporte pode levar à artrose Entre as doenças que podem causar a artrose estão: • Distúrbios de coagulação que causam hemorragia na articulação, como hemofilia. • Distúrbios que bloqueiam o suprimento sanguíneo próximo a uma articulação,
  • 14.   14   como a necrose vascular • Outros tipos de artrite, como gota crônica, pseudogota ou artrite reumatoide Exames O exame físico pode mostrar: • Movimentação da articulação que pode provocar rangidos (atrito) chamado de crepitação • Inchaço das articulações (os ossos ao redor das articulações aumentados) • Amplitude de movimento reduzida • Dor ao pressionar a articulação • Movimento normal passa a ser doloroso Não existem exames de sangue que auxiliem na diagnose da artrose. Um raio X das articulações afetadas mostrará uma perda do espaço da articulação. Em casos avançados, haverão desgastes das extremidades dos ossos e dos osteófitos. SISTEMA ARTICULATÓRIO – BIOMECÂNICA Uma articulação é um ponto de contato entre os ossos, entre a cartilagem e os ossos. A artrologia é a ciência que estuda os mecanismos de ação e os elementos constituintes das articulações. Funções das articulações A principal função das articulações é a união entre si dos diversos ossos que compõem o esqueleto. São os elementos que dão estabilidade a esta união, permitindo, por exemplo, a postura ereta, tão característica da espécie humana. A presença de cartilagem articulatório, recobrindo as superfícies articulatórias dos ossos, evita seu desgaste excessivo, permitindo o deslizamento de uns sobre os outros nos diferentes movimentos do corpo. Por último, também pertence às articulações a função de limitar tais movimentos para evitar que ultrapassem uma amplitude determinada, em função das necessidades de cada parte do corpo.
  • 15.   15   Elementos das articulações Os cinco principais elementos não-ósseos das articulações são a cartilagem articulatória, os ligamentos, a cápsula articulatória, a membrana sinovial e os meniscos. Nem todas as articulações apresentam todos os elementos mencionados, o que está na dependência da sua complexidade e, portanto, da sua mobilidade. Cartilagem articulatória A cartilagem é um tipo de tecido conjuntivo especial, composto por células chamadas condrócito e fibras elásticas e resistentes, situadas entre as referidas células. Tudo isso está incluído em uma substância ou matriz, de consistência semelhante a um gel, que dá firmeza e a elasticidade que caracterizam a cartilagem. Admite-se que a matriz de cartilagem desempenha um papel importante na nutrição dos condrócitos. Sobre as superfícies articulatórias dos ossos se encontra o tipo mais comum de cartilagem, que se chama cartilagem hialina, articulatória ou de revestimento. É um tecido semitransparente de certo modo elástico, e de cor branca azulada. Permite o deslizamento entre si das superfícies articulatórias, evitando um desgaste excessivo, além de atuar como amortecedor em face de pequenos traumatismos. Ligamentos São estruturas fibrosas que se inserem perto das articulações em todos ou só em alguns ossos, limitando especificamente a amplitude de movimentos de cada articulação. Podem ser largos, curtos, redondos, etc. Alguns localizam-se no interior da cavidade articulatória. Por exemplo, o ligamento da cabeça do fêmur ou os cruzados do joelho. Cápsula articulatória É uma membrana fibrosa que envolve a articulação, em forma de manguito. Encere- se ao longo da borda das superfícies ósseas a unir, sendo a sua função mais importante a de proporcionar estabilidade. Existe, portanto, nas articulações que se encontram submetidas a muitas tensões como por exemplo nos cíngulos peitoral.
  • 16.   16   Membrana sinovial Consiste em uma espécie de bolsa que recobre a superfície interna da cavidade articulatória, convertendo-a num espaço fechado. Tem um aspecto liso e brilhante, devido a secreção de um líquido incolor e viscoso, o líquido sinovial ou sinóvia, cujas funções são atuar como lubrificante para as cartilagens articulatórias e proporcionar- lhes nutrição, uma vez que carecem de vasos sanguíneos. Meniscos São duas estruturas em forma semilunar que, vistas de perfil lembram uma cunha, uma vez que sua espessura vai diminuindo da periferia para o centro. Encontram-se no interior da articulação do joelho. A sua função consiste em aumentar a superfície de contato entre os ossos, concretamente entre o fêmur e a tíbia. Deste modo as pressões a que se vê submetida a articulação tornam-se mais repartidas conferindo- lhe mais estabilidade. Tipos de Articulações As articulações são classificadas em diversos tipos, segundo sua mobilidade, muito variável de região. Há articulações que têm movimentos nulos ou quase nulos.
  • 17.   17   Outras, que em geral correspondem às extremidades, são bastante complexas e podem efetuar uma gama de movimentos muito variada. Veja, a seguir, os diferentes tipos de articulações, divididos em três grandes grupos: Diartroses ou sinoviais, que são as mais móveis e complexas; Anfiartroses ou Fibrosas, sem mobilidade. Diartroses ou Sinoviais São articulações mais móveis e mais complexas. Possuem uma cavidade articulatória geralmente recoberta por cartilagem. Alguns subtipos apresentam outros elementos sinovial, meniscos, ligamentos, etc. Subdividem-se em seis gêneros, segundo a forma das suas superfícies articulatórias. Esferoides ou Enartroses: As superfícies articulatórias são por um lado, uma cabeça esférica e, por outro, uma cavidade. Como meio de união, apresentam uma cápsula fibrosa, atapetada por membrana sinovial. Permite movimentos em todos os sentidos. Por exemplo, a articulação do joelho. Selares: Também denominadas sela de montar, apresentam duas superfícies articulatórias que se adaptam perfeitamente uma a outra. São convexas num sentido e côncavas no outro. Estão unidas por uma cápsula fibrosa e não permitem nenhum movimento rotativo. Por exemplo, a articulação calcâneo-cuboide. Gínglimo: Uma das superfície tem a forma de polia em que a outra superfície articulatória se aloja. Permitem a flexão e a extensão, assim como ligeiros movimentos laterais. Por exemplo, a articulação úmero-ulnar. Trocoide : Uma das superfícies articulatórias é um segmento de cilindro ósseo que gira em volta do seu maior eixo. A outra superfície é um anel osteofibroso no qual se introduz o cilindro ósseo. Só permite movimentos de rotação. Por exemplo, a articulação rádio-ulnar. Planas: São duas superfícies articulatórias lisas e aplanadas. Só permitem movimentos de deslizamento. Por exemplo, a articulação entre os processos articulação entre os processos articulatórias das vértebras.
  • 18.   18   Anfiartroses ou Cartilaginosas São articulações semimóveis, com movimentos pouco extensos. Apresentam faces articulatórias pouco escavadas ou planas, uma camada de cartilagem hialina, que as atapeta, e ligamentos mais débeis que os das diartroses. Subdividem-se, por sua vez, em dois grupos: as sínfises e as sincondroses. As sincondroses são um tipo de articulação temporária existente nos ossos longos, entre as epífises e a diáfise. Com o crescimento do osso essa articulação desaparece sendo substituída por tecido ósseo. As sínfises são constituídas por fibrocartilagem e ocorrem, por exemplo, entre os corpos das vértebras e entre os ossos do púbis, formando a síntese púbica. Antiartroses verdadeiras: As duas superfícies articulatórias estão unidas entre si por fibrocartilagem, chamada ligamento interósseo, como por exemplo, as articulações intervertebrais. Sinartroses ou Fibrosas São articulações completamente imóveis, encontradas principalmente entre os ossos da cabeça, onde recebem a denominação de suturas. Segundo a configuração das suas superfícies articulatórias podem classificar-se em: Suturas denteadas ou serroteis as duas superfícies apresentam irregularidades em forma de dentes que engrenam reciprocamente.
  • 19.   19   Suturas escamosas: Os dois ossos estão cortados em bisel. Suturas harmônicas: As superfícies são regularmente lisas. Esquindilese: Uma das superfícies é uma ranhura e a outra é como uma crista que se encaixa nela. ARTICULAÇÕES DA CABEÇA, PESCOÇO E COLUNA VERTEBRAL. Articulações dos ossos do crânio entre si Os ossos do crânio estão unidos entre si por meio de suturas, um tipo de articulação fibrosa. São desprovidos de movimento. Contudo, no recém-nascido não estão totalmente soldados, ficando espaços abertos ou fontanelas entre os ossos, que se fecham geralmente durante o primeiro ano e meio de vida. Articulações dos ossos da face entre si com o crânio são também do tipo das suturas. Os ossos do maxilar superior se unem mediante uma sutura harmônica. Entre todas estas uniões, existem também suturas denteadas (por exemplo, entre os ossos nasais e o frontal) e a esquindilese (entre o vômer e o esfenoide). Articulação temporomandibular
  • 20.   20   É a que une a mandíbula com o temporal. Permite os movimentos de mastigação. É do tipo sinovial . A mandíbula apresenta dois processos, o coronoide e o condilar, este articula-se com o osso temporal. Essa articulação possui disco articulatórias, membrana sinovial e ligamentos. Articulações do pescoço O osso occipital se une com as duas primeiras vértebras cervicais, o atlas e o áxis, formando duas articulações diferentes. As duas vértebras também estão unidas entre si. O pescoço possui grande mobilidade e exige umas articulações muitos resistentes, porque os movimentos bruscos poderiam lesionar a medula espinhal, com a consequente paralisia. Articulação atlanto-occipital Une o occipital ao atlas, sendo uma articulação sinovial. Os dois côndilos do occipital encaixam-se nas faces articulatórias superiores do atlas. Como reforço, apresenta ligamentos(laterais, anterior e posterior) e uma membrana sinovial muito frouxa (relaxada). Ligamentos occipito-axiais Não apresentam superfícies articulatórias , pelo fato do occipital e do áxis não estarem em contato direto. Apresentam ligamentos (medianos e laterais) que unem o occipital com o corpo e com o dente do áxis, respectivamente.
  • 21.   21   Articulação atlanto-axial São duas: a articulação atlanto-axial lateral e articulação atlanto-axial mediana, que unem o corpo e o processo espinhoso do áxis ao arco do atlas, através de um anel osteofibroso no interior do atlas, respectivamente. Esta última, é um exemplo perfeito de articulação sinovial do tipo trocoide. Articulações da coluna vertebral A coluna vertebral necessita de elementos de sustentação muito potentes porque suporta, por um lado, todo o peso do corpo e, por outro , aloja no seu interior s frágil medula espinhal, cuja lesão tem consequência desastrosas para o organismo, pois pode provocar paralisia. As articulações entre as diferentes vértebras ou interverbrais compreendem as que unem os corpos vertebrais entre si e outras, de reforço, que unem entre si os diversos processos e as lâminas vertebrais. Algumas delas (entre atlas e áxis, sacro e última vértebra lombar e entre sacro e cóccix) apresentam características especiais. Articulações dos corpos vertebrais entre si São do tipo anfiartrose ou cartilagíneas, que apresentam entre os corpos contíguos pequenas almofadas de fibrocartilagem plana, em número de 23, denominadas discos intervertebrais. Os discos são compostos de uma zona exterior dura, o ânulo fibroso, e zona central frouxa (relaxada) repleta de líquido o núcleo pulposo. Tem a função de equilibrar as diferentes pressões a que se vê submetida a coluna vertebral e amortecer os seus movimentos. Como reforços articulatórias possuem ligamentos, os ligamentos longitudinal posterior e anterior, que limitam a extensão da coluna.
  • 22.   22   Articulações dos processos vertebrais São também de tipo anfiartrose e unem entre si as apófises espinhosas transversais e as lâminas vertebrais. São compostas por vários ligamentos: Os Inter espinhosos, que unem entre si os processos espinhosos, transversos e as lâminas vertebrais. São compostos por vários ligamentos: os Inter espinhosos, que unem entre si os processos espinhosos; os intertransversários, que unem os processos transversos , o supra-espinhoso que unem todos os processos espinhosos de uma vez e percorre toda a coluna vertebral, e os ligamentos amarelos que unem entre si as lâminas vertebrais. Articulações do tórax São três os tipos principais: esternocostais, costovertebrais e esternoclavicular (considerada como uma das articulações do membro superior). Individualmente estas articulações possuem movimentos muito limitados, mas no seu conjunto tornam possível a expansão do tórax durante a inspiração. A articulação esternoclavicular contribui para os movimentos do ombro. Articulações esternocostais Unem as costelas ao esterno. As cinco primeiras costelas apresentam cartilagem costal própria e as outras tem uma cartilagem comum. As duas primeiras costelas se unem com o manúbrio do esterno e as outras com o corpo do esterno. A primeira destas articulações não tem cápsula articulatória. Da segunda a quinta costela existe a cápsula articulatória, articulando-se diretamente, cada uma delas com o esterno. Da sexta a décima costela, articulam-se através da cartilagem costal comum. Em todos os casos existem ligamentos de reforça, os ligamentos radiados Articulações costovertebrais
  • 23.   23   As costelas se unem a coluna vertebral em dois pontos: O corpo da vértebra e os processos transversos. Articulações costela-corpo vertebral: mediante suas duas facetas articulatórias, cada costela se unem com dois corpos vertebrais contíguos e com o seu disco intermediário. Existe cápsula articulatória e também ligamentos de reforço. Articulação costela-processos transversos: Efetua-se mediante uma tuberosidade existente na costela. Existe cápsula articulatória e vários ligamentos de reforço. As duas ultimas costelas não apresentam esta articulação. Articulação esternoclavicular: Une o esterno com ambas as clavículas e permite os movimentos do ombro. Apresenta um pequeno menisco articulatório e ligamentos esternoclaviculares e costoclaviculares. Articulações da pelve óssea Sínfise púbica
  • 24.   24   Articulação lombossacral Une a base do sacro à quinta vertebral lombar na linha média e dos lados. Além dos ligamentos comuns a todas as articulações intervertebrais, possui um ligamento próprio, o ligamento sacrovertebral. Articulação sacrococcígea É uma anfiartrose que une uma fosseta oval convexa do sacro a uma fosseta similar mais côncava do cóccix. Reforçam-na o ligamento interósseo e os ligamentos periféricos. Articulação Sacroilíaca Une o sacro ao osso ilíaco. É do tipo sinovial plana. Apresenta movimentos muito limitados, mas tem que suportar grandes trações, porque suporta todo o peso do corpo e transmite-o à sua base de apoio. É constituída pela bacia e extremidades inferiores. Precisa, portanto, de ligamentos de reforço muito potentes. Estes são os ligamentos próprios, sacroilíaco anterior, superior e posterior, e ligamentos à distância, ileolombar, sacrotuberal e sacroespinhal. Sínfise púbica Une os dois ossos púbicos entre si na linha média. As superfícies articulatórias são umas fossetas de forma oval. Os ligamentos são de dois tipos, interósseos e periféricos, anterior, posterior, superior e inferior. Membrana Obturadora É formada por uma série de feixes fibrosos fundidos entre si que ocupam os forames obturados do cíngulo pélvico, através dos quais passam os vasos e nervos de mesmo nome; geralmente relacionada ao estudo das articulações dos membros inferiores. ARTICULAÇÕES DO MEMBRO SUPERIOR Articulação do cíngulo peitoral (acromioclavicular) Une a clavícula com o acrômio, situado na extremidade da espinha da escápula. Adapta as faces articulatórias correspondentes e vê-se reforçada por uma cápsula articulatória e vários ligamentos.
  • 25.   25   muito complexa porque é dotada de grande mobilidade: elevação anterior, elevação lateral e rotação. É constituída por duas articulações distintas: Acromioclavicular e escapulo- umeral Articulação escápulo-umeral Une o úmero com a escápula. É a articulação do corpo humano dotada de maior movimento. As superfícies articulatórias são a cabeça do úmero, esférica e recoberta por cartilagem hialina, e a cavidade glenoidal da escápula, que é aumentada pelo lábio glenoidal. Os reforços articulatórias são a cápsula articulatória e os ligamentos intrínsecos. Também existem os ligamentos extrínsecos. O músculo bíceps se insere na borda superior da cavidade glenoidal da escápula e passa por dentro da cápsula articulatória. A membrana sinovial, que recobre interiormente a cápsula articulatória, emite dois prolongamentos que formam a bolsa infra-escapular e uma bainha para o tendão do bíceps. Articulação do Cotovelo
  • 26.   26   Une o braço com o antebraço. Existe uma cápsula articulatória comum que recobre as três articulações que compõem, e vários ligamentos que a reforçam. Articulação úmero-ulnar É uma diartrose de tipo gínglino. Permite os movimentos de flexão-extensão. Suas superfícies articulatórias são a tróclea do úmero e a fossa coronoide, por parte do úmero, e a incisura troclear e o olecrano, por parte da ulna. Articulação úmero-radial É do tipo enartrose (esferoide). Adapta o côndilo umeral, esférico, a uma fosseta côncava do rádio. Articulação rádio-ulnar proximal É do tipo trocoide, as superfícies de cilindro na porção superior do rádio, que se introduz na pequena cavidade sigmoide do . É reforçada pelo ligamento colateral da coluna. Permite os movimentos de rotação (pronosupinação) do antebraço, durante os quais ambos os ossos se cruzam formando um X. ARTICULAÇÕES DO PUNHO Articulação rádio-ulnar distal É também do tipo trocoide. As superfícies articulatórias são duas faces articulatórias: côncava, a do rádio, e convexa, a do . Existe cápsula articulatória e disco articulatória triangular. Permite a prono- supinação da mão, ao girar o rádio em volta do que se mantém fixo. Articulação dos ossos do carpo entre si
  • 27.   27   Existe um grande número de pequenas articulações, que unem entre si os doze ossos que constituem o carpo. Apresentam muitos ligamentos de reforço, devido a grande mobilidade da mão no seu conjunto: ligamentos interósseos, ligamentos palmares e ligamentos dorsais. Juntamente com os movimentos do punho, estas articulações permitem realizar a flexão, extensão, adução e abdução da mão. Articulações carpometacárpicas São articulações por encaixe recíproco, que unem os cinco metacárpicos com os ossos da segunda fila do carpo. A do polegar é a que apresenta a maior mobilidade: flexão, extensão, adução, abdução e circundação. ARTICULAÇÕES DOS DEDOS Articulações metacarpofalângicas Unem as falanges aos ossos metacárpicos. São de tipo elipsoide. Permitem grande número de movimentos diferentes. Articulações interfalângicas De tipo gínglimo, permitem unicamente movimentos de flexão-extensão. ARTICULAÇÕES DOS MEMBROS INFERIORES
  • 28.   28   Articulações do cíngulo pélvico A articulação do cíngulo pélvico é formada pela cabeça do fêmur, que apresenta uma pequena fossa para o ligamento redondo e vai se adaptar à cavidade do acetábulo do cíngulo pélvico. A cabeça do fêmur está recoberta por cartilagem hialina com a finalidade de evitar o seu desgaste. A cavidade do acetábulo é aumentada mediante o limbo do acetábulo, fibrocartilagíno, que aumenta a superfície articulatória e impede a saída da cabeça do fêmur. Como reforço, existem vários ligamentos, para além do ligamento redondo já mencionado, que é intra- articulatória, é uma cápsula fibrosa que é a mais resistente do organismo. A membrana sinovial é dupla, porque parte dela corresponde ao ligamento redondo. É uma articulação do tipo enartrose, porque permite movimentos em todas as direções. Articulações do joelho
  • 29.   29   A articulação femorotibial é uma articulação gínglimo. Permite movimentos de flexão-extensão e de rotação interna e externa. As superfícies articulatórias são, parte do fêmur, os côndilos e a fossa intercondilar, entre ambos. Da parte da tíbia, encontra-se o maciço tibial, com as suas faces articulatórias superiores medial e lateral, separadas pelos tubérculos intercondilares. Para ampliar a superfície, existem os dois meniscos ou fibrocartilagens inter articulatórias. O menisco externo apresenta a forma de C e o interno a forma de O. Os meios de união são a cápsula, dentro da qual está inserida a patela e vários ligamentos. Existem ligamentos laterais, internos e externos, anteriores e posteriores. Dentro da articulação se encontram os ligamentos cruzados, que são dois, destinados a aumentar a estabilidade do joelho, uma vez que este tem que suportar todo o peso do corpo. A membrana sinovial do joelho é a mais extensa do corpo e, como todas, está cheia de líquido sinovial. Devido à sua grande complexidade, é fácil compreender que as lesões do joelho sejam muitos variadas. Entre os desportistas, são muito frequente as lesões dos ligamentos cruzados e a ruptura dos meniscos. Articulações tibiofibulares São duas, superior e inferior sendo a primeira do tipo sinovial plana e a segunda fibrosa de tipo sindesmose. Apresentam entre outros, o ligamento interósseo, assim como movimentos deslizamento poucos extensos. Articulação talocrural A articulação tibiotársica é sinovial do tipo gínglimo. As superfícies articulatórias são o tálus, por um lado, e a face inferior da tíbia e os dois maléolos, lateral e medial, por outro. Os ligamentos que a reforçam são três: um capsular e dois laterais, possui cápsula e sinovial.
  • 30.   30   Os movimentos do tornozelo são vários, fundamentalmente, a flexão e a extensão. Os outros movimentos: adução, abdução, rotação, e circundação resultam da sucessão dos quatros movimentos já mencionados. ARTICULAÇÕES INTRÍNSECAS DO PÉ Podem dividir-se em cinco grupos: articulações dos ossos do tarso entre si, articulações tarsometatársicas, articulações metatarsofalângicas, articulações dos ossos do metatarso entre si e articulações interfalângicas. A maioria destas articulações , e do tipo planas, com faces articulatórias planas. Ao contrário das articulações da mão, estas apresentam menor capacidade de movimento, mas têm que suportar muito mais peso. A sua principal função é a de manter a forma arqueada dos ossos do pé, que constituem a arcada plantar e, portanto, seus ligamentos são mais curtos e mais resistentes que os da mão. O aplanamento da arcada plantar por debilidade dos ligamentos intrínsecos é a causa dos chamados “ pés chatos”. Alguns exemplos de movimentos realizados por nossas articulações:
  • 31.   31   ESTRUTURAS ARTICULATÓRIAS 1. CÍNGULO PEITORAL O Cíngulo Peitoral é uma intrigante obra de engenharia. Apresenta a maior amplitude de movimento dentre todas as articulações do corpo humano, mas esta capacidade enorme de movimento pode gerar patologias nesta articulação. Estruturas Importantes do Cíngulo Peitoral O Cíngulo Peitoral é formado por três ossos: a escápula (omoplata), o úmero (osso do braço), e a clavícula (clavícula) . O manguito rotador liga o úmero à escápula e é formado pelos tendões dos quatro músculos: o supraespinhal, infraespinhal, redondo menor e subescapular. O manguito rotador ajuda a levantar e girar o braço. Quando o braço é levantado, o manguito rotador também mantém o úmero (bola) firmemente no soquete da escápula, a glenoide e provê estabilidade dinâmica da articulação
  • 32.   32   Os Tendões são fibras resistentes agrupadas têm a função de conectar os músculos aos ossos (ligamentos). Músculos movimentam os ossos, puxando os tendões. Possuímos tendões em todas as partes dobráveis do nosso corpo. Por vezes esses tendões podem sofrer algum tipo de inflamação, causando a tendinite. Acrómio é o nome dado à apófise (projecção de um osso) da extremidade externa da espinha da escápula, onde se prende o músculo deltoide. Articula-se, no Homem, com a clavícula. Faz parte da face dorsal da escápula. Os Acrômios com morfologia encurvada, esporões subacromiais, osteófito presente de processo degenerativo da articulação acrômio-clavicular, hipertrofia do ligamento coracoacromial ou qualquer processo que eleve a cabeça umeral, levam a um pinçamento do tendão do manguito, podendo evoluir a comum quadro de tendinite e até a ruptura completa do manguito. Bursa - (bolsa sinovial) está localizada entre o acrômio e os tendões do manguito rotador e é uma bolsa de tecido lubrificante que reduz o atrito entre duas estruturas anatômicas. Bursas estão localizados por todo o corpo onde existe atrito entre ossos. Neste caso, a bolsa protege o acrômio e o manguito rotador de se "atritarem" uns com os outros. Bursite - é a inflamação de uma bolsa sinovial, pode surgir de trauma único de forte intensidade ou de microtraumas repetitivos; pode estar associada a diversas condições reumáticas, degenerativas, metabólicas, infecciosas ou ainda ser idiopática. Tendinite - é a inflamação dos tendões. Os primeiros sintomas da tendinite são as dores. Além disso, a pessoa fica incapaz de realizar alguns movimentos simples. A
  • 33.   33   tendinite pode ser facilmente confundida com artrite reumatoide, por isso exames mais detalhados são pedidos, como a radiografia ou a ultrassonografia. Quando o tratamento não é feito adequadamente e a fisioterapia não é feita pelo tempo determinado pelo médico, podem ficar algumas sequelas da tendinite. A Tendinite crônica é resultante de uma doença degenerativa ou uso e rompimentos repetitivos devido à idade, que causa muitas dores e incapacidade para o trabalho e para atividades físicas. Síndrome do impacto - é semelhante a uma ler/dort, que pode ser causada pelo excesso de movimentos com o Cíngulo Peitoral em abdução maior do que 90º de amplitude ou por um trauma. É uma denominação geral de algumas lesões no Cíngulo Peitoral , como por exemplo, as tendinites, as bursites, além de outras. A síndrome do impacto é uma das causas mais comuns de dores no Cíngulo Peitoral em adultos. Resulta de uma pressão na musculatura do Cíngulo Peitoral (manguito rotador) exercida por parte da escápula quando o braço é elevado, por diminuição do espaço subacromial. (O´Sullivan, 2004) A articulação do Cíngulo Peitoral é de movimento. Por isso, exercícios de alongamento que favoreçam a amplitude do movimento e exercícios que fortaleçam a musculatura da escápula são essenciais. Por outro lado, devemos evitar movimentos repetitivos com o braço acima da linha do horizonte por tempo prolongado. A melhor forma de se prevenir da tendinite é tomando alguns cuidados, como: ! Manter uma alimentação balanceada; ! Antes de começar uma rotina de exercícios, condicionar os músculos; ! Sempre fazer aquecimento antes de começar qualquer atividade física; ! Quem trabalha muito com computador e faz movimentos repetitivos deve parar sempre e se alongar para evitar a LER (lesão por esforço repetitivo); ! Procurar ajuda médica e seguir todas as orientações prescritas.
  • 34.   34   • COTOVELO As epicondilites lateral e medial (epitrocleíte) são as lesões mais freqüentes do cotovelo, apresentando alta incidência na população, geralmente entre 40 e 60 anos, apresentando epicondilite em algum momento de suas vidas. As causas mais freqüentes da epicondilite medial são as atividades em que ocorre flexão repetitiva do punho ou fechamento freqüente dos punhos, seja inconsciente, durante o sono, a leitura ou ao dirigir um veículo, ou consciente, no manuseio de raquetes. A lesão muscular é observada na origem dos grupos musculares flexores e pronadores do punho. A tendinose posterior não é freqüente. Geralmente é associada a algum distúrbio do compartimento posterior do cotovelo, como osteofitose, corpos livres ou sinovites. Observa-se lesão na inserção olecraniana do tríceps. A bursite olecraniana pode surgir do trauma repetitivo, de trauma agudo maior, infecção, de doenças sistêmicas, como a gota e a artrite reumatoide. Lesão do bíceps distal é observada em indivíduos que realizam trabalhos com sobrecarga de força durante a flexão do cotovelo. Lesão do tríceps distal, ocorre quando há desaceleração da extensão do cotovelo ou contração do tríceps concomitante a uma flexão do cotovelo. Pessoas que apresentem bursite olecraniana, doenças sistêmicas, tais como gota, diabetes e osteodistrofia renal, têm maior risco. Além de doenças sistêmicas, como artrite reumatoide, gota e outras artropatias por deposição de cristal, o cotovelo pode ser sede de processos infecciosos e de outras
  • 35.   35   lesões causadas por excesso de movimentos repetitivos. Pessoas que apresentam lesões tendíneas em cotovelo, podem evoluir com dores agudas, intermitentes ou subagudas, geralmente no cotovelo, durante a movimentação dos punhos. A tendinose evoluindo com ou sem ruptura do tríceps é observada com maior prevalência na terceira década de vida, com predomínio de três homens para duas mulheres. Ocorre geralmente dor durante a extensão na região posterior do cotovelo. A presença de fraqueza muscular durante a extensão do cotovelo, levanta suspeita de ruptura do tríceps. • MÃOS E PUNHOS As tenossinovites são freqüentes nas mãos e nos punhos, podendo apresentar diversas causas: idiopática, artrite reumatoide, artrite psoriática, doença de Reiter, hemocromatose, ocronose; doenças congênitas, xantomatoses; beta- hiperlipoproteinemia familiar; sarcoidose, síndrome parancoplásica; mixedema (hipotitoidismo); tumor de células gigantes; tenossinovite pigmentada vilonodular; infecções (gonococos, micobactérias, esporotricose); trauma direto e cristais.
  • 36.   36   Tenossinovite de De Quervain Tenossinovite do primeiro compartimento dorsal resulta da fricção repetitiva entre os tendões do abdutor longo e do extensor curto do polegar com suas bainhas tenossinoviais, decorrentes do excesso de movimentos do punho, tanto em desvio ulnar e radial como em flexão e extensão. Ocorre espessamento da bainha tendinosa dos músculos envolvidos, resultando em estenose e edema local. É a tendinite de punho mais freqüente em atletas e pode ocorrer com freqüência em atividades ocupacionais repetitivas, bem como na artrite reumatoide, artrite psoriática (e outras doenças inflamatórias sinoviais), trauma agudo e ocorrer na gravidez e no período pós-parto. Na ausência de melhora ou em lesões em estágios avançados, com presença de fibrose local, geralmente, são tratados cirurgicamente. O tratamento cirúrgico consiste na liberação do tendão através de incisão em sua bainha estenosante. Tenossinovite Digital Estenosante Outro tipo freqüente de tenossinovite é o "dedo em gatilho", também conhecido como tenossinovite digital estenosante. É a lesão do esforço repetitivo mais comum da mão e se caracteriza por inflamação da bainha tendínea dos flexores dos dedos, particularmente do polegar, do terceiro e quarto dígitos (em ordem decrescente), e que resulta em fibrose e constrição localizada na primeira polia anelar, próxima à articulação metacarpofalangeana. Um nódulo tendíneo pode desenvolver-se no local da estenose. Suas causas mais comuns são: atividades repetitivas que exijam força de preensão, diabetes, amiloidose, hipotiroidismo, sarcoidose, artrite reumatoide e psoriática, tenossinovite vilonodular pigmentada e infecções. Atletas podem evoluir com inflamação aguda e dedo em gatilho resultante da pressão direta de raquetes ou bastões sobre estes tendões. Em geral os pessoas se queixam de dor na face flexora dos dedos associada a um bloqueio do dedo em flexão, que pode ser revertida, na maioria das vezes, por uma extensão passiva.
  • 37.   37   • CÍNGULO PÉLVICO Bursites - Existem pelo menos 18 bursas na região periarticulatória do Cíngulo Pélvico. Entre elas, três são causa de dor: a isquiática (ou isquioglútea), a do iliopsoas e a trocantérica. Na maioria das vezes, estas bursites decorrem de trauma único de forte intensidade ou de microtraumas repetitivos; podendo estar associada a diversas condições reumáticas, degenerativas, metabólicas, infecciosas ou ainda serem idiopáticas. Tipos de Bursite: Bursite isquiática, Bursite trocantérica, Bursite do ileopsoas. Lesões musculares agudas e tendinites - No Cíngulo Pélvico os músculos geralmente mais acometidos são o reto abdominal, o ileopsoas, adutor longo e o reto femoral. Na maioria das vezes a lesão se dá na junção musculotendínea. Lesões agudas ocorrem em geral secundárias a contrações ou estiramentos musculares violentos e clinicamente se apresentam com dor local de instalação abrupta que aumenta com atividade física acompanhada de edema e equimoses. As tendinites são resultados de lesões crônicas associadas a sobrecarga de solicitação muscular, apresentando-se com um quadro de dor com início insidioso e aumentando gradativamente pela crescente intolerância à atividade física. O exame físico pode revelar edema e ou equimoses associado a sensibilidade e crepitação local. Tanto em lesões agudas como crônicas se notam dor e perda de flexibilidade durante extensão passiva e dor e fraqueza muscular durante contração de músculo lesado contra resistência.
  • 38.   38   Como a maioria destas lesões ocorrem na junção musculotendínea, o tratamento cirúrgico geralmente não é recomendado, até mesmo para rupturas completas, pois o tecido muscular não é favorável a reparos cirúrgicos. Na Síndrome do trato ileotibial o pessoa pode sentir dor ao longo da face lateral do Cíngulo Pélvico e um estalo quando o trato ileotibial passa pelo trocanter maior com a flexão e extensão. Diversas outras causas podem causar dor no Cíngulo Pélvico. Dor referida de outros órgãos, ocasionalmente podem causar dor no Cíngulo Pélvico. Lesões articulatórias, como osteoartrite, artropatias inflamatórias e infecciosas, necrose asséptica. TORNOZELOS E PÉS Tendinite aquiliana - Nos tornozelos, a tendinite aquiliana é a afecção mais freqüente. Sua causa é multifatorial e em geral está associada a uma combinação de fatores intrínsecos e extrínsecos. É o tendão mais forte do corpo humano. A maioria de suas lesões ocorrem durante atividades esportivas. A tendinopatia aquiliana é decorrente de microtraumas de repetição por sobrecarga de solicitação do tendão e clinicamente se apresenta com dor e edema no local, dificultando a realização de atividades extenuantes. A ruptura completa do tendão calcâneo geralmente ocorre em atletas saltadores ou corredores, durante sua atividade esportiva. Embora existam estudos histopatológicos demonstrando alterações degenerativas prévias ao rompimento do tendão de Aquiles, a maioria destas rupturas ocorrem subitamente e em indivíduos sem queixas anteriores. Fascite plantar - É a causa mais freqüente de dor plantar. A fascite plantar ocasiona dor na região plantar, geralmente mecânica e, muitas vezes, ela se inicia pela manhã, quando a pessoa acorda e realiza seus primeiros passos. Está freqüentemente associada a indivíduos que percorrem a pé longas distâncias ou que se exercitam em superfícies irregulares ou utilizam calçados inadequados. Ao exame pode encontrar-se espessamento da fáscia plantar e uma sensibilidade exacerbada à palpação do tubérculo calcaneal medial.
  • 39.   39   • JOELHO Bursite - Algumas lesões direto no joelho causa inflamação das bolsa serosa, pequenas bolsas de fluido que facilitam o deslizamento dos tendões e ligamentos da parte exterior da articulação do joelho. Movimentos repetitivos do joelho ou manter a posição de joelhos por longos períodos pode causar um acúmulo de líquido na articulação, conhecida como bursite ou joelho de empregada doméstica. A bursite pré-patelar pode ser uma condição crônica, secundária a determinadas atividades profissionais como as de atividade doméstica, nas quais o hábito de manter-se agachado apoiado sobre ambos os joelhos é freqüente. Geralmente ocorre por traumas ou microtraumas locais. A bursite suprapatelar surge na vigência de condições que afetam a articulação do joelho, já que esta bursa apresenta comunicação com a cápsula articulatória. Geralmente sua evolução clínica acompanha o da patologia intra articulatória, desaparecendo na resolução ou controle desta. O Cisto de Baker ocorre por um aumento do volume das bursas do semimembranoso e dos gastrocnêmicos, e reflete patologia interna do joelho. Geralmente a pessoa sente dor, às vezes, em peso na região posterior do joelho. Os cistos de grande volume podem romper e, por vezes, até simularem um quadro semelhante a trombose venosa profunda. Geralmente a correção ou o controle do processo articulatório do joelho promove o desaparecimento ou a diminuição do
  • 40.   40   cisto de Baker. Eventualmente há a necessidade do emprego de antiinflamatórios ou infiltrações locais com corticoide. Raramente existe indicação de excisão cirúrgica. Gordura de Hoffa - A gordura de Hoffa é uma inflamação do tecido gorduroso localizado logo atrás do tendão patelar abaixo da rótula. Nesta posição, serve para amortecer choques na parte da frente do joelho. A gordura de Hoffa podem inflamar em caso de trauma direto na patela e pode ficar comprimido entre o côndilo femoral e a patela. Dado que é um das estruturas mais sensíveis do joelho, essa síndrome é extremamente dolorosa. A dor piora durante a extensão (estiramento) da articulação do joelho. Tendinite patelar -Tendinite do joelho é um processo de degeneração e inflamação do tendão patelar que liga o quadríceps à tíbia na parte da frente da coxa. Os tendões são cordões de tecido fibroso que unem os músculos aos ossos. Corredores, esquiadores, ciclistas e atletas que executam muitos saltos facilmente desenvolver tendinite. As tendinites anteriores do joelho ocorrem em conseqüência de traumas repetitivos em joelhos mal-alinhados. O trauma pode ser agudo, mas geralmente é resultado da sobrecarga de solicitação de movimentos. Portanto contribuem para o aparecimento destas tendinites fatores como erros de treinamentos (treinamentos em superfícies irregulares, excesso de exercícios precocemente), desalinhamento do Cíngulo Pélvico pela incongruência dos membros inferiores, desalinhamento dos mecanismos de extensão do joelho, deficiências de condicionamento físico e de flexibilidade, uso de sapatos inadequados. A bursite e a tendinite anserina são indistinguíveis do ponto de vista clínico. A pessoa apresenta dor em região medial do joelho, dificultando sua deambulação. O relato de dor e dificuldade de dormir com um joelho próximo ao outro são queixas muito freqüentes. Observadas em mulheres acima dos 40 anos, obesas e, geralmente, encontra-se associada a processo degenerativo do compartimento medial do joelho. O tratamento destas tendinites consiste em identificar e afastar os fatores predisponentes destas lesões, orientando treinamentos físicos, recomendando calçados adequados, corrigindo deformidades do pé (pronação
  • 41.   41   média e valgismo posterior do pé) e evitando superfícies irregulares. A diminuição da carga, se necessário, pode ser obtida através do uso de bengalas. O emprego de antiinflamatórios e meios de contraste entre calor e gelado são benéficos. Deve-se instituir um programa de fortalecimento da musculatura extensora e alongamento da flexora do joelho. A síndrome do trato ileotibial é freqüentemente causada pelo excesso de solicitação de movimentação do joelho, ocorrendo principalmente em atletas corredores ou ciclistas. Ela se desenvolve em conseqüência ao atrito repetitivo entre o trato ileotibial e o côndilo femoral lateral durante a flexão e a extensão do joelho, resultando em um processo inflamatório local. Pode estar associada a bursite trocantérica, e o teste de Ober descrito acima e positivo. Ruptura do Menisco - O menisco é formado de uma cartilagem dura e elástica, actua como um amortecedor entre a tíbia e o fémur. O menisco pode quebrar quando você faz uma rotação súbita do joelho, enquanto o peso do corpo é apoiado sobre o pé. A ruptura do ligamento cruzado anterior (LCA) A lesão do LCA é a ruptura de um dos quatro ligamentos que ligam a tíbia ao fêmur. A lesão do cruzado anterior ocorre freqüentemente em jogadores de basquete, futebol ou outros esportes que exigem mudanças bruscas de direção. Fatores de risco para dor no joelho - Um certo número de fatores que podem aumentar o risco de distúrbios do joelho, incluindo:
  • 42.   42   O excesso de peso. Quem é obeso ou com sobrepeso aumenta a carga sobre as articulações mesmo durante atividades normais tais como caminhar ou subir e descer escadas. A sobrecarga aumenta o risco de artrose, pois acelera a degeneração da cartilagem. Artropatias inflamatórias, infecciosas, por deposição de cristal e degenerativas fazem parte do diagnose, descritas como causas intrínsecas, freqüentes na dor no joelho. VISÃO GERAL DAS CAUSAS DE DOENÇA NA MEDICINA TRADICIONAL CHINESA As causas de doença na Medicina Tradicional Chinesa são determinadas por uma série de fatores. Algumas dessas causas são consideradas externas, como nas seis influências nocivas: vento, frio, calor, secura, umidade e calor de verão. Outras causas são consideradas internas, como nas sete emoções: raiva, alegria, preocupação, pensamento obsessivo, tristeza, medo e choque. Outros fatores que atuam no desenvolvimento de doenças são dieta, estilo de vida e acidentes. Quando o corpo está saudável, suas várias substâncias e energias estão em equilíbrio harmônico, tanto internamente quanto em relação ao ambiente externo. Quando essa vitalidade inata (qi verdadeiro) e as defesas imunológicas (wei qi) estão fortes, é difícil uma doença contraída externamente se desenvolver, especialmente se o agente patogênico invasor for fraco. • A idade pode ser um importante fator na determinação da causa da doença. Porém, um agente patogênico excepcionalmente forte pode vencer até mesmo uma pessoa saudável, especialmente se a pessoa estiver enfraquecida pelo estresse, fadiga, sobrecarga ou outros fatores relacionados ao estilo de vida. Por exemplo, uma pessoa com um sistema imunológico forte pode evitar contrair um resfriado, mesmo se uma pessoa doente espirrar sobre ela. Porém, se ela receber uma maior quantidade desse mesmo vírus, seu forte sistema imunológico não conseguirá combater um ataque tão violento. Por outro lado, uma pessoa com um wei qi muito fraco pode contrair qualquer agente patogênico que esteja ao seu redor devido às
  • 43.   43   suas defesas excepcionalmente enfraquecidas. É por isso que idosos e crianças pequenas são mais sujeitas às epidemias de gripe. Essa interação entre o wei qi (também chamado de qi benigno) e os fatores patogênicos (qi nocivo) determina se uma pessoa adoece, como o corpo responde à doença, e quanto tempo leva a recuperação. ARTROSE E MEDICINA CHINESA A artrose enquadra-se, de acordo com a Medicina Chinesa, num SOD - Síndrome Obstrução Dolorosa originada por invasão de fatores patogénicos externos (Síndromes Bi) humidade calor ou humidade frio nas articulações e consequente estagnação local dos mesmos. Faz parte de um grupo de desarmonias geradas pelo bloqueio da circulação de Qi (energia) e Xue (sangue) nos canais energéticos, este bloqueio ocorre devido a vários fatores, tais como: má circulação de base de Qi e Xue, traumas físicos, hábitos de vida e desarmonias emocionais. De acordo com Maciocia (1996), o Rim governa a medula espinhal e o ossos. Se a essência (jing) do Rim for forte, os ossos também serão fortes. A monoartralgia, patologia descrita neste estudo, é causada pela deficiência do jing material do Rim ou do yin do Rim. Sobrecarga de trabalho, estresse emocional, preocupação, tristeza, raiva, irritação, distúrbios psíquicos e alimentação, associados ou não, são considerados os fatores etiológicos da deficiência do yin do Rim, quando atinge o canal de energia do Fígado. Esta deficiência é precedida por uma obstrução e estagnação de QI, acompanhada por obstrução e estagnação de XUE. Isto ocorre pela invasão do vento frio perverso que atinge o Rim em seu padrão de deficiência. Então o Rim deixa de nutrir o Fígado, que por sua vez promove o escape do vento interno yang, que vem do fogo do Fígado. O yang do fígado quando escapa, ataca o yang do Baço Pâncreas, gerando muco-calor em grandes articulações. Este ciclo torna-se vicioso no momento em que o Baço Pâncreas é atingido, agravando ainda mais o padrão de obstrução e estagnação de QI e XUE. A deficiência do Rim caracteriza a artrose, pois o yin do Rim nutre o yin do Coração e controla o yang do Coração, assim como alimenta as células artilaginosas – condrócitos. Como a umidade está relacionada ao Baço e o Baço é a forma, pouco a pouco vai desencadear uma deformação que chamamos de artrose ou reumatismo
  • 44.   44   deformante. Neste caso, há comprometimento da estrutura óssea envolvida. (MACIOCIA apud CASADO, 2009, p.70) Se o Coração deixa de distribuir energia o Rim fica ainda mais deficiente, resultando na formação de cristais de cálcio – osteófitos. Consequentemente os condrócitos, não alimentados pelo Rim, passam a ser mais facilmente destruídos, gerando assim deformidades, o grau mais avançado da artrose. De acordo com Ferreira (1996), a queixa mais frequentemente encontrada em clientes com afecções reumáticas é a dor, presente em 90% dos casos, seguida por tensão emocional, 10% dos casos. Esse sintoma é explicado pelo escape do yang do Fígado, e pela obstrução e estagnação do sangue e energia. (MACIOCIA apud CASADO, 2009, p.69) Associados à dor, normalmente encontramos rubor e edema, desencadeados pelo muco-calor. Esta sintomatologia acarreta limitações ao indivíduo, contribuindo para a diminuição da qualidade de vida do mesmo. O cliente reumático é acometido por sedentarismo, prostração, dificuldade de deambulação e diminuição das suas atividades da vida diária e profissional. Tratamento da Artrose A Medicina Chinesa visa o tratamento da artrose e não apenas a eliminação dos sintomas. A acupuntura é uma considerável opção de tratamento, sendo o tipo de tratamento alternativo mais comumente utilizado como terapia complementar contra a dor, levando a analgesia através da liberação de substâncias que culminam na vasodilatação sanguínea local e em seguida ao aumento de serotonina e células de defesa. Efeitos medulares, impedindo a transmissão do impulso e a sequência de sinapses até os centros superiores. E efeito central, ativando o hipotálamo e liberando endorfinas. O processo terapêutico passa pelas seguintes etapas: • Diagnose energética. • Tratar o déficit energético dos rins e tornar o sistema energético mais forte (tonificar) é essencial porque só assim é possível tratar e prevenir a causa do problema. • Fazer circular o Qi e o Xue.
  • 45.   45   • Eliminar as energias climáticas (calor, frio e humidade da zona afetada) que invadiram os canais energéticos do cliente. • Aumentar o processo individual de defesa do organismo. • Fortalecer o organismo como um todo. • Amenizar e estabilizar as condições emocionais do cliente. • Tratamento das articulações. Por tratar-se de uma doença crônica, o tratamento deve ser iniciado tão precocemente quanto possível e de forma individualizada. O objetivo principal do tratamento é a melhora na qualidade de vida, através da manutenção ou recuperação da capacidade do indivíduo em realizar suas atividades habituais. O sucesso do tratamento da artrose depende do empenho do cliente no processo terapêutico. Normalmente a motivação é elevada, uma vez que são percepcionadas melhorias logo nas primeiras sessões. As articulações que sofrem com a doença devem ser mantidas aquecidas, pois no frio a tendência é que a dor seja mais forte e mais frequente. Ao fazer caminhada, é importante parar para descanso se houver sensação de dor. FORMAS DE TRATAMENTO NA MEDICINA TRADICIONAL CHINESA ACUPUNTURA O que é Acupuntura? A Acupuntura é uma terapêutica milenar que utiliza agulhas, moxas e outros instrumentos para liberar substâncias químicas no organismo com efeito analgésico e/ou antiinflamatório e assim, aliviar dor e outros sintomas decorrentes de determinadas doenças. A denominação Acupuntura é atribuída a um jesuíta europeu no século XVII que adaptou os termos chineses Zhen Jiu, juntando as palavras latinas Acum (que significa agulha) e Punctum (picada ou punção). A tradução literal, no entanto é bem diferente. O correto seria Zhen (agulha) e Jiu (moxa). A moxa ou mogusa (termo de origem japonesa) é confeccionada com as folhas secas da planta Artemísia sinensis, usada na moxabustão, ou seja, queima de pequenas porções desse vegetal associada ao tratamento com as agulhas. Uma apresentação da acupuntura
  • 46.   46   A acupuntura é um método terapêutico antigo, utilizado há aproximadamente 5000 anos no oriente. Foi criada na China, sendo mais tarde incorporada ao arsenal terapêutico da medicina em outros países orientais como o Japão, Coreia e Vietnã. Achados arqueológicos da Dinastia Shang (1.766 - 1123 AC) incluíam até agulhas de acupuntura e carapaças de tartarugas e ossos, nos quais estavam gravadas discussões sobre patologia médica. Mas o primeiro texto médico conhecido e ainda utilizado pela Medicina Tradicional Chinesa é o Tratado de Medicina Interna do Imperador Amarelo (Nei Jing Su Wen), escrito na forma de diálogo entre o lendário Imperador Amarelo (Hwang-Ti) e seu ministro, Qi Bha, sobre os assuntos da medicina, segundo alguns autores durante a Dinastia Chou (1122 – 256 AC). Outros textos clássicos surgiram posteriormente, entre eles a Discussão das Doenças Causadas pelo Frio, O Clássico sobre o Pulso, O Clássico das Dificuldades (Nan Ching) e o Clássico sobre Sistematização da Acupuntura e Moxa. A palavra acupuntura origina-se do latim, sendo que acus significa agulha e punctura significa puncionar. A acupuntura se refere, portanto, à inserção de agulhas através da pele nos tecidos subjacentes em diferentes profundidades e em pontos estratégicos do corpo para produzir o efeito terapêutico desejado. Mas, na verdade, acupuntura é uma tradução incompleta da palavra chinesa Jin Huo (ou Tsen Tsio) que significa metal e fogo. Para tornar uma longa história curta: os pontos de acupuntura distribuídos pelo corpo podem ser puncionados com agulhas ou aquecidos com o calor produzido pela queima da erva Artemísia vulgaris, (mais conhecida como moxa ou moxabustão). Podem ainda ser estimulados por ventosas, pressão, estímulos elétricos e, mais recentemente, lasers. Acupuntura e moxabustão fazem parte da chamada Medicina Tradicional Chinesa que inclui ainda uma fitoterapia bastante sofisticada. Os chineses, ao longo destes milhares de anos, descreveram cerca de 1.000 pontos de acupuntura, dos quais 365 foram classificados em catorze grupos principais. Todos os pontos que pertencem a um dos grupos são ligados por uma linha imaginária na superfície do corpo denominada meridiano. Os doze meridianos principais controlam o pulmão, o intestino grosso, o estômago, o baço, o coração, o intestino delgado, a bexiga, o rim, o pericárdio, o “triplo-aquecedor”, a vesícula e o fígado. Existem também dois meridianos localizados no centro do corpo, um que passa pela frente e outro pelas costas. Todos os pontos de acupuntura ao longo destes meridianos afetam o órgão mencionado, mas não necessariamente da
  • 47.   47   mesma maneira. Para os chineses tradicionais, nosso organismo é formado de matéria e energia e é justamente a parte energética, a força vital ou Chi que circularia nestes meridianos e todas as doenças seriam consequentes a um distúrbio da circulação do Chi. Embora este conceito tenha norteado a prática da acupuntura ao longo destes milhares de anos é um pouco metafísico demais para ser compreendido e aceito pelo mundo científico atual. Evidências científicas acumulam-se acerca da eficácia da acupuntura, e a intimidade de seu mecanismo de ação está sendo pesquisada em muitos centros médicos do mundo, incluindo Escolas Médicas e Hospitais Universitários na China e no nosso próprio país. No Brasil, a acupuntura foi recentemente considerada uma especialidade médica pelo conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Associação Médica Brasileira (AMB), tendo sido realizado, em outubro de 1999, o primeiro concurso para o Título de Especialista em Acupuntura, no qual mais de 800 médicos foram aprovados. No Ocidente, a acupuntura ganhou credibilidade principalmente por seu efeito no alívio da dor, seja ela de várias origens. Esta é uma das razões para a ênfase atual da pesquisa no estudo dos mecanismos analgésicos da acupuntura. O foco de atenção tem sido o papel dos opioides endógenos neste mecanismo. Ao longo de sua evolução, o cérebro desenvolveu sistemas complexos de modulação (aumentar ou diminuir) da percepção da dor. Em especial o sistema opioide (semelhante à morfina) e o sistema não opioide de analgesia (os neurotransmissores) suprimem a percepção da dor, enquanto que o sistema antiopioide (por ex., colecistoquinina) trabalha contra a analgesia opioide. Opioides são liberados durante acupuntura e a administração prévia de naloxona (droga bloqueadora que reverte os efeitos da heroína, morfina e de outras drogas semelhantes) anula o efeito da acupuntura; porém se a acupuntura for realizada previamente à administração de naloxona não há bloqueio do seu efeito. Além disto observou-se aumento da concentração de endorfinas e também de serotonina no líquido cefalorraquidiano de doentes submetidos à acupuntura. Mas a acupuntura não causa apenas um efeito analgésico, ela provoca múltiplas respostas biológicas. Estudos em animais e humanos mostram que o estímulo por acupuntura pode ativar o hipotálamo e a glândula hipófise, resultando num amplo espectro de efeitos sistêmicos, aumento na taxa de secreção de neurotransmissores e neurohormônios, melhora do fluxo sanguíneo, e também a estimulação da função
  • 48.   48   imunológica são alguns dos efeitos já demonstrados. A Organização Mundial da Saúde lista mais de 40 doenças para as quais a acupuntura é indicada. Para os chineses tradicionais existem cerca de 300 doenças tratáveis por acupuntura, entre elas, sinusite, rinite, resfriado, faringite, amigdalite aguda, zumbido, dor no peito, palpitações, enfizema, bronquite crônica, asma brônquica, alterações menstruais, cólica menstrual, lombalgia durante a gravidez, ansiedade, depressão, insônia, mal-estar provocado pela quimioterapia, dores associadas com câncer, tendinites, fibromialgia, dores pós-cirúrgicas, síndrome complexa de dor regional, dermatites, gastrite, úlcera gástrica, úlcera duodenal, colites, diarreia, constipação, cefaleias, enxaqueca, paralisia facial, sequelas de acidente vascular cerebral, lombalgia, ciatalgia, artrite, artrose, entre tantas outras. Tratamento por acupuntura para artrose – Seleção de pontos O primeiro passo importante é a ação analgésica e anti-inflamatória da acupuntura. O que quer dizer que desde a primeira sessão, o cliente percebe evidente diminuição da dor. Assim como os medicamentos anti-inflamatórios, a acupuntura proporciona a redução e até mesmo o controle da dor, mas com uma vantagem que é a ausência de efeitos colaterais. No caso da artrose leve, de evolução recente, a acupuntura pode evitar a medicação para controlar a dor e quando não é possível, poderá resolver a dor com um analgésico rápido e simples como o paracetamol, porque a acupuntura se encarrega de reduzir a maior parte da dor. No caso de uma artrose severa, quando o cliente já está submetido a medicação anti-inflamatória importante, o papel da acupuntura é o de concorrer no processo anti-inflamatório de maneira que se possa alcançar a redução da dose farmacológica com o objetivo de que o cliente possa chegar a controlar a dor com analgésicos rápidos. A acupuntura atua como miorelaxante, restituindo não só a função do músculo, como também restabelecendo os movimentos normais da articulação. A terceira ação decisiva da acupuntura é a potente ação ansiolítica. A dor quando é severa ou de longa evolução, tem um forte potencial ansiogênico, acrescentando a esta enfermidade já debilitante por si só, uma carga adicional. A ansiedade influencia sobre a dor, o sono e debilita o estado geral aumentando
  • 49.   49   uma tendência a aceleração e agravamento do quadro. O tratamento da artrose com a acupuntura compreende um componente ansiolítico importante que permite melhorar o sono. Exemplos de acupontos para artrose de joelho (Gonalgias) 1) Ponto Extra - Heding: dor e disfunção do joelho. Movimentos limitados da extremidade inferior. Ativa os vasos e alivia dor. 2) Ponto Extra - Neixiyan (olho interno do joelho): tratamento de gonalgias. Relaxa tendões e alivia dor na articulação do joelho. 3) Ponto Extra - Xiyan (olhos do joelho): relaxa tendões e alivia a dor no joelho. Utilizado quando há frio no joelho. 4) E34 (ponto Xi) - remove obstruções do meridiano, expele vento, umidade e frio. Utilizado quando há dor, edema e disfunções no joelho. Limpa canal do Yang Ming. 5) E35 (olho lateral do joelho): remove obstruções do meridiano e estimula os vasos, alivia edema e dor. Expele o vento, umidade e frio. 6) E36: um dos pontos de acupuntura mais versáteis e utilizado com mais frequência. Ponto de tonificação geral, às vezes utilizado com moxa. Remove umidade, dissipa frio patogênico externo, regula circulação do Qi, elimina vento frio. Utilizado para dores e limitação de movimento. 7) E38: remove obstruções do meridiano, relaxa os tendões, expele o frio e ajuda nas dores na perna. 8) BP9: principal ponto para eliminar o acúmulo de água e umidade, utilizado para gonalgias. Elimina umidade-calor e frio-úmido. Fortalece joelho, e melhora dor na articulação do joelho. 9) B60: um dos principais pontos de dor periférica, principalmente nos membros inferiores, fortalece joelhos, relaxa músculos e tendões. Remove obstruções do meridiano e elimina fatores patogênicos. Utilizado em afecções na região da articulação do joelho. 10) B64: ponto fonte. Relaxa tendões. 11) R3: ponto fonte. Trata afecções da articulação do joelho. Equilibra yin e yang do organismo. Descongestiona e ativa o meridiano na extremidade inferior. 12) VB34: ponto mestre dos músculos e tendões. Trata gonalgias, relaxa os tendões. Remove umidade-calor, elimina umidade e desobstrui o meridiano.
  • 50.   50   Promove flexibilidade à articulação. 13) VB35: ponto Xi dos Vasos Maravilhosos. Trata dores no joelho, atrofia muscular e ativa meridiano. NOTA 1: Eventualmente utilizar os pontos selecionados com outros pontos que estejam ligados às condições do cliente, levantadas na diagnose diferencial, associar moxabustão e fitoterapia. NOTA 2: A aplicação de calor com bolsa de água quente feita pelo próprio cliente é um recursos valioso em vários tratamentos de Acupuntura. Na gonartrose em particular, o calor tem a propriedade de aliviar a dor, aumentar a flexibilidade dos tecidos músculo-tendíneos, diminuir a rigidez das articulações, melhorar o espasmo muscular e a circulação. MOXABUSTÃO “O que não pode ser tratado com agulha deve ser tratado com moxa" (Ling Shu cap. 73) É denominado moxa um material com folha de Artemísia moída e preparado sob a forma de bola de algodão; ela é utilizada para queimar sobre o ponto de aplicação. A origem da palavra, "moxa" é atualmente derivada do japonês. Para propósito da terapia pela moxa, é considerado benéfico o uso da planta moxa, seca e fragmentada até tornar-se pó ou moxa “lã”, tornando-se fácil de modelá-la em cones ou juntá-la formando “bastões”. Deste modo, além de queimar bem, apresenta um odor “agradável” e produz um calor penetrante. A planta cresce em climas variados, tornando-se de baixo custo. Por estas razões, esta planta (Artemísia Vulgaris) é o material mais popularmente usado para
  • 51.   51   cauterização, nos últimos 2000 anos. Artemísia - (Artemísia Vulgaris) também chamada “erva do fogo”. Família da Planta - Asteracea (família da flor solar), subfamília – Asteroidae. Natureza - A folha de Artemísia Vulgaris é amarga e picante, produz aquecimento quando usada em pequenas quantidades e calor forte quando em grandes quantidades. Sua natureza é Yang. Origem - Europa e Ásia. Na china é oriunda da região Norte. Em grego Artemísia significa integridade e boa saúde. A Artemísia é o combustível da moxa que vem da família da Composita e é assim classificada pela Medicina Tradicional Chinesa: Odor- Picante Natureza – Amarga Canais que atua - Pulmão, Fígado, Baço e Rim Ação - Aquecer os canais e colaterais, dispersar o frio, cessa a hemorragia, elimina dores, cessa tosse e acalma asma, leucorreias por frio, útero vazio (infertilidade), lombalgias e opressão torocoabdominal. Ela é a erva da mulher, para recompor o Eu feminino, para ajudar a mulher a se integrar muito mais no seu papel, com sua maternalidade e sensibilidade. É ótima para mulheres que precisam ser sempre fortes ou que não se assumem inteiramente, pois precisam fazer numa grande parte da sua vida papel de homens. Essas mulheres têm normalmente problemas menstruais. Também é conhecida desde a antiguidade por ajudar nos partos. Seu nome provém da deusa Artêmis, que era a protetora dos partos e deusa da caça na mitologia Grega. A Artemísia deve ser usada por pessoas que constantemente precisam de uma limpeza energética profunda, e quando há necessidade de limpeza profunda de toxinas físicas e energéticas. Num almanaque médico astrológico de épocas renascentistas apareceu escrito por um autor desconhecido os segredos da Artemísia: “Infunde alento, ânimo e força, a quem a trouxer consigo junto do coração. Essa erva, embebida num copo de vinho branco, tira logo o cansaço do caminho. E tem outra rara virtude, que o caminhante que a trouxer, sentirá muito menos o caminhar”.
  • 52.   52   OUTROS USOS: Os emplastros de Artemísia no plexo solar, limpam, energizam e dão coragem. Os escalda pés de Artemísia evitam doenças renais. Ramos de Artemísia presos as portas da casa evitam a entrada de inveja e qualquer energia negativa. As vassouras feitas com Artemísia protegem o ambiente e atraem espíritos benfazejos. Os banhos de imersão com chá forte de Artemísia, facilitam o parto e ajudam os muito nervosos, neuróticos e histéricos. A Artemísia é a principal erva do aparelho urogenital feminino. Previne doenças, regulariza o ciclo menstrual, alivia as cólicas. Também é empregada para anemia, cólicas, debilidade do estômago, gastrite, menstruação deficiente, nervosismo, nevralgia. Tem excelente ação diurética, e por isso ajuda muito no funcionamento e na limpeza constante dos rins. Para prevenção e tratamento dos problemas femininos, usa-se a Artemísia, com a tanchagem e o sabugueiro. As folhas frescas da Artemísia Vulgaris são colhidas na primavera e expostas ao sol para secar, em seguida são trituradas, examinadas e filtradas para remover areia ou talos mais grosseiros, e depois são novamente expostas ao sol. Este processo é repetido até que seja obtida a consistência que é de pó fino, macio e branco. A moxa que é utilizada para cauterização direta sobre a pele de ser extremamente fina, para que possa ser amassada e modelada em cones firmes que não se desfaçam, enquanto para cauterização indireta não necessita ser tão fina. Os médicos chineses referem que quanto mais velha for a moxa, melhores os resultados obtidos, porém é importante que ela seja guardada em um recipiente seco e exposta ao sol, periodicamente. Funções: Por ter a Moxabustão o efeito de tonificar o Yang do corpo, ela é utilizada na China de forma caseira, tratando principalmente os idosos para minimizar os desconfortos da velhice e conseguir uma longevidade saudável. Nas crianças, melhora o crescimento e a vitalidade para os estudos e trabalhos que queiram realizar. É uma tradição milenar cultivada no âmago da família, para prevenir e tratar as enfermidades e debilidades diárias
  • 53.   53   Por ter uma ligação mais próxima com o elemento Fogo, ela é mais utilizada nos locais de clima frio, onde esse elemento enfraquece, usando também nas pessoas que apresentam também deficiência nos órgãos ligados a esse elemento. Em alguns tratamentos, onde o cliente encontra-se extremamente debilitado, é contraindicado o uso de agulhas, e indica-se o tratamento com a aplicação gradual e progressiva de Moxa, melhorando com isso a atividade orgânica (Yang), e dando melhores condições de defesa orgânica. Usa-se Moxa também em problemas relacionados com a musculatura (rigidez, dores, contraturas), afim de liberar a energia perversa ali contida, relaxando e auxiliando o aporte sanguíneo e energético da área afetada. A moxa tem a finalidade de aquecer o qi e o sangue nos meridianos, tratando a Síndrome por frio e umidade, aquecer o útero, regularizar a menstruação e tonificar o Yang. No Ling Shu existe a referência de que: “Quando a acupuntura é ineficaz, a moxa é apropriada”. Essa passagem do livro refere-se ao uso da moxa no tratamento pelo frio em que a aplicação somente das agulhas é relativamente ineficaz. As vezes a moxa sozinha é mais eficaz do que a aplicação de acupuntura, e outras vezes ambas são sinérgicas. A aplicação da moxa esta indicada para um enorme número de enfermidades, entre algumas podem ser citadas a asma, diarreia, dor reumática, vômito, dor abdominal e determinadas desordens ginecológicas. Em 1998 um estudo publicado pelo Journal of the American Medical Association, 75% das mulheres gravidas que possuíam alteração do posicionamento fetal da criança e utilizaram a moxabustão tiveram os fetos colocados na posição normal. A moxabustão aumenta significativamente os movimentos fetais na gestante. Para se prevenir de doenças e manter a saúde, existe um ditado chinês que diz: “Qualquer um que viajar pelo sudoeste da China, pelas províncias de Tunnan e Sichuan, deve fazer moxabustão 2 ou 3 para prevenir malária, doenças epidêmicas e pestilência.” Existe ainda a seguinte crença: “Deve-se realizar moxabustão no Suzanli, Guangyaun, qihai, mingmen e Zhongwan, para se ter uma vida longa e saudável de pelo menos uma centena de anos”.
  • 54.   54   Tipos de moxa Existem basicamente 2 métodos de aplicação de moxa: O método direto e o indireto. Na antiguidade utilizava-se mais o método direto, porém com a evolução desenvolveu-se o método indireto que atualmente são os mais populares. Moxabustão direta: Criticada por alguns terapeutas por lesionar a pele no local da aplicação além da sensação desagradável da queimadura, tem sua utilização precisa e eficaz principalmente se usada no sentido de tonificar (pontos de tonificação) os meridianos e suas funções, bem como nos pontos das extremidades dos dedos. Seu efeito de tonificação é muito bom, compensando o mau estar momentâneo com uma boa vitalização geral e principalmente das funções inerentes ao ponto cauterizado. Aplica-se um cone de moxa branca (tamanho grão de arroz) diretamente sobre o ponto. Outra forma, menos usada atualmente, consiste em colocar o cone de moxa diretamente sobre a pele nos pontos de acupuntura selecionados e queimá-los. Para aumentar a penetração de calor na pele, o pó de moxa pode se misturar com cravo- da-índia ou canela em pó, assim como o óleo de alho pode ser usado para untar a pele e a fim de fixar o cone. Repete-se a aplicação dos cones no total de sempre números impares geralmente chegando de 7 a 9. Moxabustão Indireta: Geralmente um material é colocado sobre a moxa incandescente e a pele ou aplica- se a uma certa distância da pele, tornando-se menos doloroso que os métodos diretos, e menos risco de infecção. São usadas várias substâncias entre elas estão o Gengibre o Alho e o Sal.
  • 55.   55   Moxa com sal É utilizada apenas no ponto 8VC. Enche-se o umbigo com sal marinho e aplica-se pequenos "cones" de moxa no local. A aplicação deve ser feita com o máximo de cuidado possível, pois o sal retém calor e se o cone não for retirado na hora certa, pode-se provocar dores e queimaduras. Moxa com gengibre Corta-se uma fatia fina de gengibre e faz-se 5 pequenos furos. Aplica-se os "cones" de moxa por cima do gengibre que deverá estar bem em cima do ponto a ser trabalhado. Controla-se o aquecimento afastando-se o gengibre da pele. Tipos de moxa: Cone de Moxa, Anel de Moxa, Bastão de Moxa, Incenso de Moxa, Botão de Moxa, Lã de Moxa, Moxa Misturada, Carvão de Moxa, Moxa Elétrica, que são opções diferentes para tratamento, dependendo do problema e do local. Bastão de Moxa: O Bastão de Moxa é como um grande charuto que deve ser aplicado aproximando- se a ponta incandescente do ponto ou da região a ser tratada, procurando, com o máximo de cuidado, aquecer bem o local. Podendo ser aplicado também em forma de cigarro, é a maneira mais prática e talvez por isso a mais difundida de se aplicara Moxabustão.
  • 56.   56   O uso do bastão (ou cilindro de moxa) Foi desenvolvido na dinastia Ming como um método conveniente, com consumo menor de tempo e com controle maior do que as outras formas de moxa. Estes bastões são manufaturados atualmente e se tornaram populares. Tal como todos os métodos indiretos de moxa, a moxa seca não é colocada na superfície da pele; nem é moldada em cones, mas sim a lã que é enrolada firmemente em um papel de embrulho, com cerca de 15cm de comprimento, parecendo-se charuto. O pó de certas outras ervas medicinais podem ser misturadas aos bastões de moxa. Alguns tipos usados na China, contém 24g de moxa e 6g de pó feito de quantias iguais das seguintes ervas moídas: canela, gengibre seco, canela da índia, pimenta, realgar (xionghua), Sassurea Lappa (muxiang), Angélica sp.(duhuo), Asarun sieboldi (xixin), Angélica dahurica, Atractylodes iancea (cangshu), mirra e olíbano. O bastão de moxa aceso em uma das pontas é mantido cerca de 1 cm da superfície da pele, porém, a distância varia de acordo com a tolerância do cliente e da quantidade de estímulo térmico que se deseja. Normalmente ele é queimado até a pele ficar vermelha na adjacência do ponto. Métodos: Movimento circular com o bastão: A finalidade é espalhar o foco do estímulo térmico no tratamento de dor que abrange áreas grandes de lesões de tecidos moles. Picada de pardal – O bastão de moxa pica rapidamente o ponto sem tocar na pele. Esse método facilita a penetração de calor e é, por isso, utilizado quando se deseja estímulos fortes. Artrose - Tratamento Convencional Cirurgia, analgésicos, antiinflamatório Artrose - MVTC Deficiência de Yang do Rim, Síndrome Bi Tipo Fleuma (Óssea); Técnicas: Agulha seca, eletro acupuntura, farmacopuntura e MOXA. Tratamento por Moxabustão para Artrose Tonificar Yang do Rim, eliminar Estagnação de Qi e Sangue, eliminar Síndrome Bi. Nota e Observação: São nas articulações onde:
  • 57.   57   Há o encontro de Qi e Sangue, Ponto Ho (Mar), Os Fatores Patogênicos Exteriores se estabelecem mais facilmente devido a concentração de Qi. Pontos: Cíngulo peitoral e Cotovelo: IG11, C3, IG10, TA5, TA3, TA14, IG15, TA10; Articulação Coxofemoral: VB29, VB30, B54, B36; Joelho: E36, VB34, E35, Xie Yang, R10, F8, BP10, BP9; Pontos distais: VG4, B23, B18, B11, R3, F3, R6. Osteófitos: E40: principal ponto para tratamento (Síndrome Bi Tipo Fleuma, não causam lesão neurológica e geram dor e restrição de movimentos) Aplica-se a moxa praticamente nos mesmos pontos utilizados pela acupuntura, mas só nos casos de desequilíbrios que têm origem numa deficiência de energia Yang ou de Ki em geral e nos locais das dores. contraindicações: de utilização da moxa que são: direto no rosto, nos arredores dos orifícios como olhos, nariz, boca e orelha, nas regiões pilosas, nas cicatrizes, nos casos de plenitude-calor, excesso de Yang do fígado, doenças febris e edema generalizado e em gestantes. VENTOSATERAPIA A utilização das ventosas no tratamento de doenças não é uma exclusividade da Medicina Chinesa, existem informações do seu uso desde o antigo Egito, ela também é mencionada nos escrito de Hipócrates e praticada pelo povo Grego no século IV a.C., possivelmente conhecida e utilizada por outras nações antigas. O antigo instrumento utilizado para fazer ventosas era a cabaça, conhecida naquela época como “curubitula” que em latim significa ventosa.
  • 58.   58   Nas regiões primitivas do mundo, a ventosa tem registros históricos que datam de centenas a milhares de anos. Nas suas formas mais primitivas, era utilizada pelos índios americanos que cortavam a parte superior do chifre dos búfalos, com cerca de 10 cm de comprimento, provocando o vácuo por sucção oral na ponta do chifre, sendo de seguida tamponado. O uso de ventosas no Ocidente antigo era um elemento terapêutico corriqueiro e de grande valor panaceico. Pois por falta de outros recursos médicos, a ventosaterapia era utilizada praticamente na cura de todas as doenças. Abordado por essas épocas como um instrumento curativo mágico, pelo contato intimo com o interior do corpo através do sangue. Ela era respeitada também pela sua atuação no elemento energético gerado pela respiração. Teoria que se aproximava dos conceitos de Medicina Oriental. Paracelso também descreveu aplicações de ventosas no primeiro século d.C., que é benéfica tanto para doenças crónicas como para as agudas, incluindo ataques de febre, e mencionou outras advertências na utilização das ventosas. Na Europa, assim como na Ásia existiam vários métodos modificados de sangria e escarificação, na Europa a “veneseção” ou sangria das veias era uma prática popular, enquanto na Ásia o sangramento das dilatações capilares (telangiectasias) na periferia da pele junto com ventosas era o método mais utilizado. O uso das sanguessugas como terapêutica foi comum na idade média no ocidente. Em Portugal os “barbeiro-sangradores” eram geralmente, os técnicos encarregados de aplicar sanguessugas, por concessão de uma licença cedida pelo cirurgião-mor. Naquela época, em Lisboa, foram publicados vários livros sobre o assunto, e os salões de barbear eram o local de venda das sanguessugas.
  • 59.   59   O uso de ventosas no Oriente foi desenvolvido com base na acupuntura, a aplicação de ventosas foi originalmente, conhecida como Método Chifre. Os chifres dos animais eram aquecidos, criando-se um vácuo quando eram colocados sobre a pele. O propósito era tratar doenças e retirar o pus. No fim do período Neolítico, o desenvolvimento da agropecuária facilitou o desenvolvimento do Método Chifre. O que distingue estas habilidades primitivas dos chineses, das outras áreas do mundo, é a extensão do seu subsequente desenvolvimento, dentro da estrutura da tradicional fisiologia e patologia. O Método Chifre foi posteriormente substituído por outros métodos de sucção posteriormente desenvolvidos, em que se obtinha o efeito de ventosa utilizando-se cúpulas de bambu, metal e posteriormente vidro. A sucção é obtida atualmente, colocando-se uma substância cadente na ventosa antes de colocá-la sobre a pele, aquecendo-a com água quente, ou com o bombeamento do ar para fora desta uma vez posicionada na pele. A ventosa segundo a MTC tem a propriedade de limpar o sangue das toxinas acumuladas no organismo produzida pelos alimentos e outras fontes poluentes. A
  • 60.   60   estagnação do sangue estagnado, escuro e sujo, nos músculos das costas ou das articulações é considerado pelas Medicinas Orientais como um dos elementos causadores de doenças. A ventosa é usada para o alívio de dores musculares, melhorar o sistema circulatório e até mesmo, para redução de celulite e gordura localizada, lombalgias, dor abdominal, hipertensão arterial entre outras. As ventosas podem ser utilizadas em associação com outras terapias reforçando a efetividade destas. Várias ventosas podem ser utilizadas para tratar desordens sobre uma área mais ampla, por exemplo, ao longo de um estiramento muscular ou dispostas em fileiras horizontais e verticais sobre um órgão doente tendo-se o cuidado de não se deixar as ventosas muito próximas umas das outras. Pode-se utilizar a ventosa para produzir o “efeito massagem” que consiste em mover as ventosas sobre superfícies grandes e lisas do corpo, tais como as costas e as coxas, nestes casos são utilizadas ventosas de boca média a grande, e em primeiro lugar deve-se lubrificar a zona do corpo que se vai massajar. Esta massagem tem o efeito de remover a pele ressacada pela abertura dos poros e pela transpiração. Mecanicamente, aumenta o fluxo da linfa, reduzindo o edema, mantém a flexibilidade dos músculos, retira as adesões e as fibroses e mobiliza o funcionamento dos órgãos, descongestiona os bloqueios de energia, cativa a circulação e o funcionamento geral do corpo.
  • 61.   61   A aplicação de ventosas é contraindicada para casos de febre-alta, convulsões ou cólicas, alergias na pele ou inflamações ulceradas, áreas onde o músculo é fino ou a pele não é plana por causa dos ângulos e depressões ósseas, no abdómen e região lombar em gestantes. Algumas outras considerações a ter no uso das ventosas é que estas devem ser deixadas no local somente até haver congestão local (geralmente 5 a 15 minutos). Se forem mantidas por muito tempo pode-se formar uma bolha, se esta for grande deve ser furada para drenar o líquido, e seguidamente deve ser coberta para evitar infecção. A aplicação das ventosas deixa frequentemente uma marca púrpura na pele aonde esta foi sugada, isto é normal e vai desaparecer sem tratamento especial. Se a marca for muito profunda, as ventosas não devem ser colocadas de novo nesse local enquanto subsistir a marca. A ventosaterapia também pode ser aplicada em pontos dos meridianos de acupuntura para reforçar o efeito do tratamento. Esse tipo de técnica usando pontos dos meridianos de acupuntura em conjunto só existe na ventoaterapia chinesa e coreana.
  • 62.   62   MAGNETOTERAPIA É a terapia através de ímãs, nos últimos anos a procura por esta alternativa vem aumentando, tanto por ser preventiva, como pelo crescente interesse da população por uma vida melhor e mais saudável. Origem do Imã e Magnetismo Se um imã é um objeto com propriedades estranhas, invisíveis de atração e repulsão, e que atrai a atenção do homem moderno, certamente deve ter atraído a curiosidade dos homens na antiguidade, que com certeza atribuíram ao mesmo propriedades mágicas. O nome “magneto” provém da palavra Magnésia, região da Grécia Antiga onde foi descoberto um mineral com propriedades de atração e repulsão, chamado, na época, de lodestone (stone: pedra, e load: com carga, que se move), na verdade, óxido de ferro. Há relatos de que um pastor grego constatou a capacidade de algumas pedras da região da Magnésia de extrair pregos de ferro de sua sandália. Em 2700 a.C., já havia registros do uso de bússolas rústicas feitas de lodestone pelos chineses, e entre 1000 e 1200 d.C., bússolas para navegação começaram a ser utilizadas pelos europeus. Em 1600, Willian Gilbert, considerado o pai do magnetismo, publicou os primeiros conhecimentos que afirmavam que a terra é um grande imã. Em 1820, Oersted descobriu a relação entre eletricidade e magnetismo. Em 1825, Ampère determinou que duas bobinas que carregam correntes elétricas agem como imãs, e no ano seguinte, Aragon descobriu que o ferro pode ser magnetizado, bem como faraday afirmou que a eletricidade pode ser gerada trocando-se o fluxo magnético dentro de uma bobina, o principio do dínamo. Em 1920, foi desenvolvido o poderoso Alnico, um imã de maior capacidade magnética. Em 1950, surgiu o imã cerâmico, denominado ferrite, o mais utilizado pela indústria na época. Em 1970, foram descobertas as ligas de samário-cobalto (terras raras), porém com custos muito altos. Em 1980, surgiram os imãs com a liga de neodímio-ferro-boro, com maior capacidade magnética e mais barata, porém muito sensíveis às altas temperaturas. A intensidade de um imã é medida na unidade Gauss e o aparelho que mede a intensidade de um imã ou de um campo magnético é o Gauss meter, ou gaussímetro, em português. O nome da unidade de medida do imã e dos campos magnéticos “Gauss” foi dado em homenagem ao matemático alemão Carl Friedrich Gauss, um dos maiores cientistas de todos os tempos. Ele dedicou-se ao estudo aprofundado do magnetismo. Gauss inventou o
  • 63.   63   heliotrópico, um aparelho capaz de concentra num ponto distante os raios solares, que trabalha refletindo os raios do sol usando um espelho e um telescópio pequeno. Em 1832, Gauss e Wilhelm Weber começaram a investigar a teoria de magnetismo terrestre depois de Alexander Von Humboldt ter tentado obter ajuda de Gauss para fazer um quadro de pontos de observação magnética ao redor da terra. Gauss já tinha escrito três importantes documentos sobre o assunto que tratava de teoria sobre o magnetismo, medida da força magnética e magnetismo terrestre. Foi, portanto, pela dedicação desse cientista ao estudo do magnetismo que a unidade de medida da intensidade de um imã ou de um campo magnético recebeu o seu nome. Origem da Terapia Magnética As terapias magnéticas é mais antiga do que se imagina. Na medicina chinesa, há registros de mais de 3 mil anos de uso de métodos terapêuticos que utilizavam imãs, como também aparecem nos antigos registros egípcios, indianos, gregos e persas. Escritos médicos persas de aproximadamente 1000 d.C. fazem referência ao uso de imãs para o tratamento de espasmos musculares. Em 350 a.C, Aristóteles já mencionava o uso terapêutico de imãs em procedimentos de cura. Em 200 a.C, Galeno um dos mais famosos médicos de todos os tempos, utilizava imãs em seus tratamentos e faz menção em mais de vinte obras médicas. Por volta do século 3 a.C., médicos gregos usavam anéis magnéticos para tratar a artrite, e mesmo pílulas confeccionadas com uma resina magnetizada para combater hemorragias. Tales de Mileto e Platão fazem menção a tratamentos com imãs em suas obras. Na Idade Média, médicos prescreviam regulamente os imãs para tratar gota, artrite, envenenamento e calvície, para limpar feridas e para retirar pontas metálicas de setas do corpo de soldados. Na Idade Moderna, na Europa, sistemas de tratamento com imãs eram muito comuns. No século XVI, o famoso médico Paracelso utilizava e defendia a terapia magnética. Na época, porem, ninguém se projetou mais no campo da terapia magnética do que Franz Mexer, que se tornou muito famoso por suas curas espetaculares. Mexer construiu artefatos magnéticos curiosos, incluindo um tipo de banheira com filamentos de ferro, por onde passava uma corrente elétrica e magnética, na qual as pessoas doentes eram colocadas. Mais tarde, o conhecido Samuel Hahnemann, fundador da homeopatia, também acreditava e aplicava a terapia dos imãs para o tratamento de muitas doenças. Na sexta edição do Organon, a obra mais importante da homeopatia, escrita por hahnemann, na seção 287 está escrito: “As forças do imã para fins de cura podem ser usadas com muita certeza, de