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Plantas medicinais: propriedades e riscos
1. Plantas medicinais
As plantas medicinais são aquelas que apresentam ação
farmacológica, ou seja, ajudam na cura ou tratamento de
várias doenças.
As plantas medicinais são usadas há muito tempo por nossos
antepassados e são conhecidas por terem um papel importante na
cura e tratamento de algumas doenças. Em algumas
comunidades, essas plantas simbolizam a única forma de
tratamento de determinadas patologias. Estima-se que
aproximadamente 80% da população do planeta já tenha feito
uso de algum vegetal para aliviar sintomas de alguma doença.
As substâncias encontradas nas plantas que permitem a cura ou
tratamento de doenças variam de espécie para espécie e
normalmente estão relacionadas com a defesa da planta e com a
atração de polinizadores. Essas substâncias, quando possuem
ação farmacológica, dão à planta a classificação de medicinal.
Dentre as principais substâncias encontradas com ação
farmacológica em plantas, podemos destacar os alcaloides,
mucilagens, flavonoides, taninos e óleos essenciais.
Os alcaloides atuam no sistema nervoso central e podem
funcionar como calmantes, anestésicos e analgésicos.
As mucilagens possuem poder cicatrizante, laxativo,
expectorante, entre outras funções. Já os flavonoides estão
relacionados com a função de anti-inflamatório, anti-hepatotóxico,
entre outras. Os taninos destacam-se pela sua ação adstringente
e antimicrobiana. Os óleos essenciais, por sua vez, têm poder
bactericida, cicatrizante, analgésico, relaxante, entre outros.
As plantas medicinais normalmente são utilizadas após a
indicação de amigos e familiares, uma vez que poucos médicos
indicam o uso desses produtos. Elas podem ser usadas frescas,
logo após a coleta, ou então secas, dependendo da espécie e de
como ela deve ser preparada. O modo de preparo também varia
com a espécie e deve ser avaliado cuidadosamente. Em alguns
casos, por exemplo, utilizar a planta como chá pode fazer com que
os efeitos dela percam-se.
2. O uso das plantas medicinais é grande, principalmente em virtude
do custo, que é menor que o dos medicamentos encontrados nas
farmácias. Além disso, muitas pessoas utilizam essas plantas com
a falsa ideia de que elas apresentam risco menor quando
comparadas aos medicamentos. Esse é um problema
extremamente grave, pois algumas plantas utilizadas
tradicionalmente nunca foram alvo de estudos toxicológicos e,
mesmo assim, continuam sendo utilizadas. Além dessa errônea
ideia, há ainda a noção de que seu uso não apresenta riscos
porque elas são utilizadas há centenas de anos e por várias
pessoas sem causar nenhum dano.
Hoje em dia encontramos estudos, apesar de não ser a quantidade
ideal, que procuram comprovar a eficácia de determinadas plantas
medicinais. O objetivo principal desses trabalhos é caracterizar
os princípios ativos da planta através da fitoquímica e avaliar a
ação dela no organismo para a criação de produtos fitoterápicos.
Além disso, esses estudos tentam avaliar a quantidade segura de
consumo de uma determinada planta.
O uso indiscriminado de plantas medicinais pode trazer sérios
riscos à saúde, sendo assim, evite o uso de plantas que você não
conhece bem e que não sejam alvo de estudos. Para saber mais
sobre os riscos das plantas medicinais, clique aqui.
ATENÇÃO: Em casos de gravidez, evite o uso de plantas
medicinais, muitas dessas plantas possuem alto poder abortivo.