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Análise de Risco Ambiental
 do Milho GM: Manejo da
Resistência de Insetos (MRI)
                           José Magid Waquil
                         jmwaquil@gmail.com
                  INOVADEFESA/RIT DA/CNPq
                            Sete Lagoas, MG.
Protocolo de Cartagena
  • Biossegurança de OGMs vivos;

  • Países desenvolvidos e em desenvolvimento;

  • Métodos científicos para avaliar:
    – biossegurança pré-liberação;

    – monitoramento pós-liberação;

  • Uso seguro e sustentável da tecnologia e

  • Consenso da necessidade da avaliação de Risco
Principais Aspectos
 1) Hibridização dos OGM com seus parentes selvagens;

 2) Desenvolvimento de resistência de pragas ao OGM;

 3) Mudança de status de pragas secundárias;

 4) Alterações na composição dos OGMs
Principais Aspectos (cont.)
5) Redução de biodiversidade;

6) Efeito sobre polinizadores;

7) Efeito sobre inimigos naturais; e

8) Efeitos sobre organismos do solo
     - incluindo os decompositores
Análise de Risco de OGMs
• É uma iniciativa internacional para desenvolver
  uma abordagem científica rigorosa visando avaliar
  os riscos potenciais das culturas OGMs resistentes
  a artrópodes sobre as espécies alvo e não-alvo .

• Adaptação de testes abordando a análise de risco
  que seja aplicada internacionalmente dentro dos
  conceitos da toxicologia e da ecologia (meio
  ambiente).
Objetivos:
 • Formulação e avaliação de hipóteses de risco,
   claras, usando o máximo de dados disponíveis
   para a tomada de decisões consistentes em cada
   etapa da avaliação.

 • Espera-se com a ARP-OGM dar subsídios para
   as agências de regulamentação que estão
   desenvolvendo suas próprias análises e para
   harmonizar as exigências regulatórias entre os
   diferentes países e regiões do mundo.
Determinação do Risco
                      Sistema de produção
          Dose de     cultura, fenologia,
          Eficácia    Manejo, etc.



   Risco = f (perigo, exposição)

        História de     Dinâmica populacional
        Resistência     da espécie-alvo,
        da espécie      Mobilidade da espécie
                        Sub-estrutura
Risco Ambiental mais Iminente
 Quebra da Funcionalidade – Resistência
  Praga Resistente: “Praga com capacidade de
  sobreviver em resposta a uma pressão de seleção -
  por ex. um inseto resistente a um inseticida”.

  Biótipo – indivíduo ou população de inseto
  distinguível da sua espécie por critérios outros que
  não o morfológico – por ex. capacidade parasítica.
Omoto&Maia
Omoto&Maia
Omoto&Maia
Omoto&Maia
Bases para a Análise:
  • Curva de Mortalidade
    • linha Probit-Log
  • Dose Letal Média
    • – suficiente para matar 50% população
  • Concentração Letal Média
    • na qual se observa 50% mortalidade.
Omoto&Maia
Bioensaio: distribuição de frequência
  Mort. (%)   Freqüência
     3,0          20
     9,0          40       700
    15,0          70
                           600
    20,0         100
    30,0         300       500
    40,0         550
                           400
    50,0         600
    60,0         550       300
    70,0         300       200
    85,0         150
    93,0         100       100
    96,0          90         0
    98,0          85             0   20   40   60   80   100
    99,0          80
    100,0         78
Bioensaio: mortalidade acumulada
Dose (mg)   Mortal. (%)
   0,0         0,0                                    Curva de Dose-Mortalidade (%)
                                            100
 1.690,0       3,0
                                             90
 2.856,1       9,0                           80



                          Porcentagem (%)
 3.712,9       15,0                          70
 4.826,8       30,0                          60
                                             50
 5.550,8       50,0                          40
 6.274,9       70,0                          30
 8.157,3       85,0                          20
                                             10
10.604,5       93,0                           0
13.785,8       96,0                               0   5000     10000   15000    20000   25000
17.921,6       98,0                                              Dose (mg)

23.298,1       99,0
Bioensaio: log da dose/mortalidade
                                                                   Log dose    Mortalidade (%)
                                                                     3,22789          3,0
                                                                     3,33000          5,0
                             Dose - Mortalidade (%)
                   100                                               3,45577         10,0
                    90                                               3,56972         15,0
                    80                                               3,68366         25,0
 Mortalidade (%)




                    70
                                                                     3,74436         40,0
                    60
                    50                                               3,79760         60,0
                    40                                               3,91155         88,0
                    30                                               3,98000         93,0
                    20
                                                                     4,02549         95,0
                    10
                     0                                               4,09000         97,0
                      3,00         3,50              4,00   4,50     4,13943         98,0
                                          Log Dose                   4,20000         99,0
                                                                     4,25338         99,5
                                                                     4,36732         99,9
Bioensaio: curva de mortalidade
                                                          Log Dose   Probit
                                                            3,2279       3
 LC50=5626,18 mg                                            3,3300     3,4
                     Log-Probit                             3,4558     3,9
            8                                               3,5697     4,2
                                                            3,6837     4,6
            7
                                                            3,7444     4,8
            6
                                                            3,7976     5.0
            5                                               3,9115     5,6
   Probit




            4                                               3,9800     5,8
            3                                               4,0255     6,1
                                                            4,0900     6,5
            2
                              y = 4,0764x - 10,3            4,1394     6,7
            1
                                   R² = 0,99                4,2000     6,9
            0                                               4,2534     7,2
             3,00   3,50 Log Dose 4,00             4,50
                                                            4,3673     7,5
Genética da Resistência




                          Omoto&Maia
Genética da Resistência: dominância




                              Omoto&Maia
Genética de populações
  • Equilíbrio de Hardy-Weinberg
     –(p+q)2= p 2 (SS)+ 2pq(Ss)+ q 2(ss)= 1 onde:
     – q= freqüência do Susceptível
     – p= freqüência do Resistente
  • Condições do equilíbrio
     –População infinita e cruzamentos aleatórios
     –Não há seleção, migração, mutação de alelos
     –Meiose normal - gametogênese ao acaso
  • Interações gênicas
Omoto&Maia
Evolução da Resistência: frequência
  Premissas : monogênica, dialética (S e R) e autossômica




                            SS    RS   RR



                            SS   RS    RR




                            SS    RS   RR




  __________________
  Fonte: Georghiou (1983)
Evolução da Resistência: dominância
Omoto&Maia
Omoto&Maia
Frequência Crítica




                     Omoto&Maia
Tamanho da Amostra
Necessário para detectar pelo menos um indivíduo resistente
P(x1) = 1 – P(x=0)
                                                     10000
P(x=0) = (1 – f)n
                                                                                  0.1% R na pop.
Onde:



                                   Sample Size (n)
                                                     1000
n = tamanho da amostra
f = freqüência de Resistente                                                          1% R na pop.

1 - P(x1) = (1 – f)n                                 100
                                                                                         10% R na pop.
n log (1 – f) = log [1 - P(x1)]
                                                       10
      log [1 - P(x1)]                                       0,2   0,3    0,4   0,5    0,6   0,7   0,8   0,9   1
n=                                                                       Probability of detection (%)
        log (1 – f)

                                                                                      Roush & Miller (1986)
Omoto&Maia
Alta Dose Operacional
 Depois que se conhece o alelo R, a alta
 ideal seria aquela concentração que mata
 100% dos indivíduos heterozigotos (RS).

 Antes de se conhecer o alelo R, o EPA-US:
 “alta dose” é a concentração da toxina
 equivalente a 25 vezes a concentração LC99
 para a praga-alvo.
Bioensaio: CL de Toxinas Bt/LCM

Probabili                 Cry 1 A(b)                               Cry 1F
-dade                       Intervalo confiança                   Intervalo confiança
(%)
              CL                   (95%)
                                                     CL                   (95%)
            (g / cm2 )   Inferior      Superior   (g / cm2)    Inferior     Superior
01               1,05           0,20          2,97        2,48        1,47          3,69
05               7,04           2,37         13,98        5,45        3,66          7,40
10              19,37           8,81         32,39        8,30        5,94         10,75
50             689,81        459,55         1241,0      36,46        31,09         42,33
90            24561,0          8823      129291,0     160,21        129,54        209,24
95            67622,0         20041      491001,0     243,75        188,94        338,21
99           452007,0         92947 6027744,0         535,58        380,15        839,82
Índice de Inibição no Ganho Peso

        LC50=689,81ng/cm2                                                        LC50=36,46 ng/cm2
        =91,61% inibição peso                                                    =89,81 % inibição peso

                           Índice de inibição da LCM/Cry 1A(b)                                             Í ndice de I nibição da LCM /Cry 1F

                      90                                                                         100
                      80                                                                         90
                      70                                                                         80




                                                                             Arcsin % Inibição
  Arcsen % Inibição




                      60                                                                         70
                                                                                                 60
                      50
                                                                                                 50
                      40
                                                                                                 40
                      30
                                                                                                 30
                                                   y = 16,08x + 27,562                                                      y = 15,8x + 46,606
                      20                                                                         20
                                                       R2 = 0,7594
                                                                                                                                R2 = 0,7435
                      10                                                                         10
                      0                                                                           0
                           0         1         2             3           4                             0             1              2            3
                                           Log dose                                                                      Log Dose
Não-Preferência LCM para milho Bt


          Não-Bt                       Bt
          DKB 330
                                DKB 330 YG

       86,00  4,27%           11,00 ± 4,47%



  LCM neonatas, 24 h após infestação
Recuperação de Larvas Pequenas
                No. vivas=66                                    Sobrevivência = 62,86%
                No. total= 105                                  Após 10 dias de exposição
              800
                            Peso Inicial
              700           2a pesagem
                            Peso de pupa
              600

              500
  Peso (mg)




              400

              300

              200

              100

               0
                    1   6   11   16   21   26   31   36   41   46   51   56   61   66   71   76   81   86   91   96 101
                                                               População
Evolução da Resistência Depende
Fatores que Afetam
      a Evolução da Resistência

•   Eventos de Bt disponíveis
•   Área cultivada com a cultura transgênica
•   Espécies-alvo
•   Impacto sobre os sobreviventes inverno
•   Definição: pragas primárias e secundárias
•   Impacto da expressão e dose
Manejo da Resistência
Manejo da Resistência/Insetos (MRI)
  • Manejo da Resistência(Inseto): Esforço para
   adiar ou prevenir a adaptação de espécies-praga à
   pesticida    pela    preservação de   genes    de
   susceptibilidade na população;
  • MR padrão: combinação da estratégia de
    alta dose da toxina (25X DL99) com área de
    refúgio (área cultivada com não Bt);
  • Pirâmide de genes: combinação de mais de
    uma toxina de diferentes receptores.
Área de Refúgio - AR
 • Objetivo da AR – permitir desenvolvimento
   de insetos susceptíveis em quantidade
   suficiente para reduzir a chance de
   cruzamento entre insetos resistentes e
   Reduzir a pressão de seleção
 • Distância da AR – deve estar no máximo
   800 metros de qualquer planta de milho Bt.
 • Tamanho da área de refúgio –
   – Fórmulas empíricas
   – Através de Modelo (computador)
Manejo da Resistência Milho Bt
  • Tamanho da Área de refúgio:
    – 10% da área de milho para uma toxina
    – 5% da área de milho para duas toxinas
  • Distância da Área de Refúgio:
    – 800 m dispersão da mariposa no campo
  • Cultivar da Área de Refúgio:
    – Deve ter mesmo ciclo
    – Características semelhantes à cultivar Bt.
    – Preferencialmente o híbrido isogênico
Funcionamento do Refúgio
Dispersão suficiente para             Área de refúgio para
garantir cruzamentos                      produzir SS
entre RR ou RS X SS
                                             10% área:
 90% área                                    produção SS
Sobrevivência
RR ou RS                                       Perda potencial:
                                               34% X 10%= 3,4%

  Bt                                              Refúgio
                            800 m

        Milho-Bt              Refúgio: milho não-Bt com
 ___________________
 Adaptado de Omoto&Maia          mesmo ciclo e porte
Refúgio Estruturado I
                                                      800 m

 • Campo separado
                           “Refúgio
    • qual tamanho?        externo”
    • qual distância?


                                          800 m   800 m
 • Área definida com                                          800 m

 plantas não-Bt, dentro “Refúgio dentro
 do campo com OGM da lavoura Bt”
 (faixas de plantas)
Refúgio Estruturado II/pivô-central

 •Milho não-Bt no
 •centro do Pivô    “Refúgio central” 10%                      800 m




                         “Refúgio
 • Campo separado        externo”
                                    10%
                                                        800 m




                                                                   800 m

 • Área definida com    “Refúgio em Pivô
 plantas Bt e não-Bt,    independente”     Milho-Bt   Milho
                                                                 Milho-Bt
                                                      não-Bt
                                            800 m
Refúgio no Saco/“mistura de semente”
 • Mistura de sementes milho Bt e
 não-Bt no mesmo saco e foi
 aprovado nos EUA para 2012

 •Dificuldades operacionais/Empresa
 •Facilidade para o semeio/produtor
 •Efetividade do uso do refúgio
 •Distribuição uniforme do refúgio
 •Inviabilidade controle químico
 •Redução da área de refúgio
 •Melhor distribuição IN na área
 •Movimento de lagartas (+/-)
Pirâmide/Sequência de Genes




 a – 75% mortalidade RS para cada toxina
 b – 50% mortalidade RS para cada toxina
 c – 50% + 75% mortalidade RS das toxinas   Fonte: Roush (1998)
Monitoramento Pós-Liberação
        Exemplo: Ostrinia nubilalis – ECB/EUA
                              Biomassa
                              Moralidade




________________________
Fonte: Siegfried et al 2008
Mortalidade da LCM em Cry 1F
Inibição da LCM em Cry 1F
Determinação do Perigo da Resistência

 • Caracterização da população em risco
      • História de resistência da espécie-alvo
      • Variabilidade natural à toxina do Bt
      • Frequência inicial do gene R ao Bt



 • Efetividade potencial da toxina transgênica
      • Qual é a Dose?
Fluxo Gênico:
o milho em referência
Fontes de misturas adventícias
 1. Transferência de pólen entre plantas –
    fluxo gênico
 2. Misturas de sementes (contaminações)
 3. Misturas de grãos nas operações de
    colheita,transporte e armazenamento
 4. Plantas voluntárias
 Fonte: Commission of the European Communities, Recomendations of 23 July 2003
Fluxo Gênico
• Vertical: entre indivíduos da mesma espécie
     1. Alógamas – menos de 5% de autofecundação
     2. Autógamas – mais de 95% de autofecundação
     3. Intermediárias – entre 5% e 95% de
        autofecuandação

• Horizontal: entre indivíduos diferentes, distantes
   geneticamente
Coexistência
 Estratégia para que os produtores
 agrícolas continuem a fazendo suas
 escolhas prática utilizando
 variedades convencionais, cultivares
 transgênicos e cultivos orgânicos, de
 acordo com as obrigações legais para
 rotulação e padrões de pureza.
  _________________________________________________________
  Fonte: Commission of the European Communities, Recomendations of 23 July 2003
Características do Milho
 • Planta monóica: inflorescência masculina (pendão) e
   feminina (boneca) na mesma planta

 • Liberação do pólen: dura em média 13 dias
 • Pendão: produz em média de 25 milhões de grãos de pólen
 • Alta competição para fertilização: 645 grãos de
   pólen competem para fertilizar um único estilo-estigma (cabelo)

 • Viabilidade no campo: aproximadamente 2 horas
 • Polinização: predominantemente pelo vento
                                                                 •
  __________________________________
  Fontes: Bignotto 2002 e Luna et al 2001
Polinização cruzada/milho
  •   Distância entre a lavouras
  •   Barreiras físicas
  •   Condições climáticas
  •   Velocidade do vento
  •   Topografia
  •   Sincronia das cultivares
  •   Arranjo espacial
  __________________________________
  • Fonte: Eastham & Sweet. IN: European Environmental Agency,
     Environmental Issue Report 28, Capitulo 5.
Exemplos de Coexistência
1. Manutenção da pureza genética de linhagens elites
   em programas de melhoramento
2. Manutenção da pureza genética de cultivares
   crioulas
3. Em cultivos de milhos especiais não transgênicos
   para consumo humano (“speciality maize”)
4. Em cultivos de milhos coloridos importantes na
   alimentação de povos latino-americanos
5. Cultivo de milho “waxy” para a industria de amido
Isolamento Espacial no Milho
                                     Resultados de 16 ensaios no
                                     Canadá e de 40 ensaios nos
                                     Estados Unidos




Gustafson et al. Crop Science 46:2133-2140, 2006.
Taxa de Cruzamento/Distância

              Milho                                                      Soja




  Indicador: resistência à herbicida
  ________________________________________
  Fonte consultada: Siqueira et al.Cadernos de Ciência & Tecnologia, 21(1): 11-81, 2004
Regras de Coexistência: Milho-Bt

  CTNBio – Decreto 5.991 – 22/11/2005
  Liberação planejada – 20/07/2006
      Isolamento   de 400 m ou 40 dias


    Liberação comercial – 16/08/2007
      Isolamento  de 100 m
      20 m + 10 fileira milho não-Bt

      Híbrido de igual ciclo e igual porte
Obrigado!

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Análise de Risco Ambiental do Milho GM: Manejo da Resistência de Insetos (MRI

  • 1. Análise de Risco Ambiental do Milho GM: Manejo da Resistência de Insetos (MRI) José Magid Waquil jmwaquil@gmail.com INOVADEFESA/RIT DA/CNPq Sete Lagoas, MG.
  • 2. Protocolo de Cartagena • Biossegurança de OGMs vivos; • Países desenvolvidos e em desenvolvimento; • Métodos científicos para avaliar: – biossegurança pré-liberação; – monitoramento pós-liberação; • Uso seguro e sustentável da tecnologia e • Consenso da necessidade da avaliação de Risco
  • 3. Principais Aspectos 1) Hibridização dos OGM com seus parentes selvagens; 2) Desenvolvimento de resistência de pragas ao OGM; 3) Mudança de status de pragas secundárias; 4) Alterações na composição dos OGMs
  • 4. Principais Aspectos (cont.) 5) Redução de biodiversidade; 6) Efeito sobre polinizadores; 7) Efeito sobre inimigos naturais; e 8) Efeitos sobre organismos do solo - incluindo os decompositores
  • 5. Análise de Risco de OGMs • É uma iniciativa internacional para desenvolver uma abordagem científica rigorosa visando avaliar os riscos potenciais das culturas OGMs resistentes a artrópodes sobre as espécies alvo e não-alvo . • Adaptação de testes abordando a análise de risco que seja aplicada internacionalmente dentro dos conceitos da toxicologia e da ecologia (meio ambiente).
  • 6. Objetivos: • Formulação e avaliação de hipóteses de risco, claras, usando o máximo de dados disponíveis para a tomada de decisões consistentes em cada etapa da avaliação. • Espera-se com a ARP-OGM dar subsídios para as agências de regulamentação que estão desenvolvendo suas próprias análises e para harmonizar as exigências regulatórias entre os diferentes países e regiões do mundo.
  • 7. Determinação do Risco Sistema de produção Dose de cultura, fenologia, Eficácia Manejo, etc. Risco = f (perigo, exposição) História de Dinâmica populacional Resistência da espécie-alvo, da espécie Mobilidade da espécie Sub-estrutura
  • 8. Risco Ambiental mais Iminente Quebra da Funcionalidade – Resistência Praga Resistente: “Praga com capacidade de sobreviver em resposta a uma pressão de seleção - por ex. um inseto resistente a um inseticida”. Biótipo – indivíduo ou população de inseto distinguível da sua espécie por critérios outros que não o morfológico – por ex. capacidade parasítica.
  • 13. Bases para a Análise: • Curva de Mortalidade • linha Probit-Log • Dose Letal Média • – suficiente para matar 50% população • Concentração Letal Média • na qual se observa 50% mortalidade.
  • 15. Bioensaio: distribuição de frequência Mort. (%) Freqüência 3,0 20 9,0 40 700 15,0 70 600 20,0 100 30,0 300 500 40,0 550 400 50,0 600 60,0 550 300 70,0 300 200 85,0 150 93,0 100 100 96,0 90 0 98,0 85 0 20 40 60 80 100 99,0 80 100,0 78
  • 16. Bioensaio: mortalidade acumulada Dose (mg) Mortal. (%) 0,0 0,0 Curva de Dose-Mortalidade (%) 100 1.690,0 3,0 90 2.856,1 9,0 80 Porcentagem (%) 3.712,9 15,0 70 4.826,8 30,0 60 50 5.550,8 50,0 40 6.274,9 70,0 30 8.157,3 85,0 20 10 10.604,5 93,0 0 13.785,8 96,0 0 5000 10000 15000 20000 25000 17.921,6 98,0 Dose (mg) 23.298,1 99,0
  • 17. Bioensaio: log da dose/mortalidade Log dose Mortalidade (%) 3,22789 3,0 3,33000 5,0 Dose - Mortalidade (%) 100 3,45577 10,0 90 3,56972 15,0 80 3,68366 25,0 Mortalidade (%) 70 3,74436 40,0 60 50 3,79760 60,0 40 3,91155 88,0 30 3,98000 93,0 20 4,02549 95,0 10 0 4,09000 97,0 3,00 3,50 4,00 4,50 4,13943 98,0 Log Dose 4,20000 99,0 4,25338 99,5 4,36732 99,9
  • 18. Bioensaio: curva de mortalidade Log Dose Probit 3,2279 3 LC50=5626,18 mg 3,3300 3,4 Log-Probit 3,4558 3,9 8 3,5697 4,2 3,6837 4,6 7 3,7444 4,8 6 3,7976 5.0 5 3,9115 5,6 Probit 4 3,9800 5,8 3 4,0255 6,1 4,0900 6,5 2 y = 4,0764x - 10,3 4,1394 6,7 1 R² = 0,99 4,2000 6,9 0 4,2534 7,2 3,00 3,50 Log Dose 4,00 4,50 4,3673 7,5
  • 20. Genética da Resistência: dominância Omoto&Maia
  • 21. Genética de populações • Equilíbrio de Hardy-Weinberg –(p+q)2= p 2 (SS)+ 2pq(Ss)+ q 2(ss)= 1 onde: – q= freqüência do Susceptível – p= freqüência do Resistente • Condições do equilíbrio –População infinita e cruzamentos aleatórios –Não há seleção, migração, mutação de alelos –Meiose normal - gametogênese ao acaso • Interações gênicas
  • 23. Evolução da Resistência: frequência Premissas : monogênica, dialética (S e R) e autossômica SS RS RR SS RS RR SS RS RR __________________ Fonte: Georghiou (1983)
  • 27. Frequência Crítica Omoto&Maia
  • 28. Tamanho da Amostra Necessário para detectar pelo menos um indivíduo resistente P(x1) = 1 – P(x=0) 10000 P(x=0) = (1 – f)n 0.1% R na pop. Onde: Sample Size (n) 1000 n = tamanho da amostra f = freqüência de Resistente 1% R na pop. 1 - P(x1) = (1 – f)n 100 10% R na pop. n log (1 – f) = log [1 - P(x1)] 10 log [1 - P(x1)] 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1 n= Probability of detection (%) log (1 – f) Roush & Miller (1986)
  • 30. Alta Dose Operacional Depois que se conhece o alelo R, a alta ideal seria aquela concentração que mata 100% dos indivíduos heterozigotos (RS). Antes de se conhecer o alelo R, o EPA-US: “alta dose” é a concentração da toxina equivalente a 25 vezes a concentração LC99 para a praga-alvo.
  • 31. Bioensaio: CL de Toxinas Bt/LCM Probabili Cry 1 A(b) Cry 1F -dade Intervalo confiança Intervalo confiança (%) CL (95%) CL (95%) (g / cm2 ) Inferior Superior (g / cm2) Inferior Superior 01 1,05 0,20 2,97 2,48 1,47 3,69 05 7,04 2,37 13,98 5,45 3,66 7,40 10 19,37 8,81 32,39 8,30 5,94 10,75 50 689,81 459,55 1241,0 36,46 31,09 42,33 90 24561,0 8823 129291,0 160,21 129,54 209,24 95 67622,0 20041 491001,0 243,75 188,94 338,21 99 452007,0 92947 6027744,0 535,58 380,15 839,82
  • 32. Índice de Inibição no Ganho Peso LC50=689,81ng/cm2 LC50=36,46 ng/cm2 =91,61% inibição peso =89,81 % inibição peso Índice de inibição da LCM/Cry 1A(b) Í ndice de I nibição da LCM /Cry 1F 90 100 80 90 70 80 Arcsin % Inibição Arcsen % Inibição 60 70 60 50 50 40 40 30 30 y = 16,08x + 27,562 y = 15,8x + 46,606 20 20 R2 = 0,7594 R2 = 0,7435 10 10 0 0 0 1 2 3 4 0 1 2 3 Log dose Log Dose
  • 33. Não-Preferência LCM para milho Bt Não-Bt Bt DKB 330 DKB 330 YG 86,00  4,27% 11,00 ± 4,47% LCM neonatas, 24 h após infestação
  • 34. Recuperação de Larvas Pequenas No. vivas=66 Sobrevivência = 62,86% No. total= 105 Após 10 dias de exposição 800 Peso Inicial 700 2a pesagem Peso de pupa 600 500 Peso (mg) 400 300 200 100 0 1 6 11 16 21 26 31 36 41 46 51 56 61 66 71 76 81 86 91 96 101 População
  • 36. Fatores que Afetam a Evolução da Resistência • Eventos de Bt disponíveis • Área cultivada com a cultura transgênica • Espécies-alvo • Impacto sobre os sobreviventes inverno • Definição: pragas primárias e secundárias • Impacto da expressão e dose
  • 38. Manejo da Resistência/Insetos (MRI) • Manejo da Resistência(Inseto): Esforço para adiar ou prevenir a adaptação de espécies-praga à pesticida pela preservação de genes de susceptibilidade na população; • MR padrão: combinação da estratégia de alta dose da toxina (25X DL99) com área de refúgio (área cultivada com não Bt); • Pirâmide de genes: combinação de mais de uma toxina de diferentes receptores.
  • 39. Área de Refúgio - AR • Objetivo da AR – permitir desenvolvimento de insetos susceptíveis em quantidade suficiente para reduzir a chance de cruzamento entre insetos resistentes e Reduzir a pressão de seleção • Distância da AR – deve estar no máximo 800 metros de qualquer planta de milho Bt. • Tamanho da área de refúgio – – Fórmulas empíricas – Através de Modelo (computador)
  • 40. Manejo da Resistência Milho Bt • Tamanho da Área de refúgio: – 10% da área de milho para uma toxina – 5% da área de milho para duas toxinas • Distância da Área de Refúgio: – 800 m dispersão da mariposa no campo • Cultivar da Área de Refúgio: – Deve ter mesmo ciclo – Características semelhantes à cultivar Bt. – Preferencialmente o híbrido isogênico
  • 41. Funcionamento do Refúgio Dispersão suficiente para Área de refúgio para garantir cruzamentos produzir SS entre RR ou RS X SS 10% área: 90% área produção SS Sobrevivência RR ou RS Perda potencial: 34% X 10%= 3,4% Bt Refúgio 800 m Milho-Bt Refúgio: milho não-Bt com ___________________ Adaptado de Omoto&Maia mesmo ciclo e porte
  • 42. Refúgio Estruturado I 800 m • Campo separado “Refúgio • qual tamanho? externo” • qual distância? 800 m 800 m • Área definida com 800 m plantas não-Bt, dentro “Refúgio dentro do campo com OGM da lavoura Bt” (faixas de plantas)
  • 43. Refúgio Estruturado II/pivô-central •Milho não-Bt no •centro do Pivô “Refúgio central” 10% 800 m “Refúgio • Campo separado externo” 10% 800 m 800 m • Área definida com “Refúgio em Pivô plantas Bt e não-Bt, independente” Milho-Bt Milho Milho-Bt não-Bt 800 m
  • 44. Refúgio no Saco/“mistura de semente” • Mistura de sementes milho Bt e não-Bt no mesmo saco e foi aprovado nos EUA para 2012 •Dificuldades operacionais/Empresa •Facilidade para o semeio/produtor •Efetividade do uso do refúgio •Distribuição uniforme do refúgio •Inviabilidade controle químico •Redução da área de refúgio •Melhor distribuição IN na área •Movimento de lagartas (+/-)
  • 45. Pirâmide/Sequência de Genes a – 75% mortalidade RS para cada toxina b – 50% mortalidade RS para cada toxina c – 50% + 75% mortalidade RS das toxinas Fonte: Roush (1998)
  • 46. Monitoramento Pós-Liberação Exemplo: Ostrinia nubilalis – ECB/EUA Biomassa Moralidade ________________________ Fonte: Siegfried et al 2008
  • 47. Mortalidade da LCM em Cry 1F
  • 48. Inibição da LCM em Cry 1F
  • 49. Determinação do Perigo da Resistência • Caracterização da população em risco • História de resistência da espécie-alvo • Variabilidade natural à toxina do Bt • Frequência inicial do gene R ao Bt • Efetividade potencial da toxina transgênica • Qual é a Dose?
  • 50. Fluxo Gênico: o milho em referência
  • 51. Fontes de misturas adventícias 1. Transferência de pólen entre plantas – fluxo gênico 2. Misturas de sementes (contaminações) 3. Misturas de grãos nas operações de colheita,transporte e armazenamento 4. Plantas voluntárias Fonte: Commission of the European Communities, Recomendations of 23 July 2003
  • 52. Fluxo Gênico • Vertical: entre indivíduos da mesma espécie 1. Alógamas – menos de 5% de autofecundação 2. Autógamas – mais de 95% de autofecundação 3. Intermediárias – entre 5% e 95% de autofecuandação • Horizontal: entre indivíduos diferentes, distantes geneticamente
  • 53. Coexistência Estratégia para que os produtores agrícolas continuem a fazendo suas escolhas prática utilizando variedades convencionais, cultivares transgênicos e cultivos orgânicos, de acordo com as obrigações legais para rotulação e padrões de pureza. _________________________________________________________ Fonte: Commission of the European Communities, Recomendations of 23 July 2003
  • 54. Características do Milho • Planta monóica: inflorescência masculina (pendão) e feminina (boneca) na mesma planta • Liberação do pólen: dura em média 13 dias • Pendão: produz em média de 25 milhões de grãos de pólen • Alta competição para fertilização: 645 grãos de pólen competem para fertilizar um único estilo-estigma (cabelo) • Viabilidade no campo: aproximadamente 2 horas • Polinização: predominantemente pelo vento • __________________________________ Fontes: Bignotto 2002 e Luna et al 2001
  • 55. Polinização cruzada/milho • Distância entre a lavouras • Barreiras físicas • Condições climáticas • Velocidade do vento • Topografia • Sincronia das cultivares • Arranjo espacial __________________________________ • Fonte: Eastham & Sweet. IN: European Environmental Agency, Environmental Issue Report 28, Capitulo 5.
  • 56. Exemplos de Coexistência 1. Manutenção da pureza genética de linhagens elites em programas de melhoramento 2. Manutenção da pureza genética de cultivares crioulas 3. Em cultivos de milhos especiais não transgênicos para consumo humano (“speciality maize”) 4. Em cultivos de milhos coloridos importantes na alimentação de povos latino-americanos 5. Cultivo de milho “waxy” para a industria de amido
  • 57. Isolamento Espacial no Milho Resultados de 16 ensaios no Canadá e de 40 ensaios nos Estados Unidos Gustafson et al. Crop Science 46:2133-2140, 2006.
  • 58. Taxa de Cruzamento/Distância Milho Soja Indicador: resistência à herbicida ________________________________________ Fonte consultada: Siqueira et al.Cadernos de Ciência & Tecnologia, 21(1): 11-81, 2004
  • 59. Regras de Coexistência: Milho-Bt  CTNBio – Decreto 5.991 – 22/11/2005  Liberação planejada – 20/07/2006  Isolamento de 400 m ou 40 dias  Liberação comercial – 16/08/2007  Isolamento de 100 m  20 m + 10 fileira milho não-Bt  Híbrido de igual ciclo e igual porte