O documento descreve a formação do povo brasileiro a partir de três frases:
1) Antes da colonização, o território brasileiro era habitado por 2-5 milhões de índios de várias nações.
2) Com a criação das capitanias hereditárias e da lavoura da cana-de-açúcar, portugueses e escravos negros se fixaram no Brasil, principalmente no litoral da BA, RJ, SP e PE.
3) A partir de 1808, imigrantes de outras nacionalidades passaram a entrar no
2. Antes da colonização, a população
do atual território brasileiro era,
segundo estimativas, de dois a cinco
milhões de índios pertencentes a
várias nações.
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3. A imigração para o Brasil iniciou-se
em 1530 com a expedição de Martim
Afonso de Sousa.
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4. Com a criação das capitanias
hereditárias e o início da lavoura da
cana-de-açúcar, houve a fixação de
portugueses e escravos negros no
país, sobretudo no litoral da BA, RJ,
SP e PE.
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6. A partir da abertura dos portos
(1808) foi permitida a entrada de
imigrantes de outras nacionalidades
no Brasil.
Até então apenas os portugueses
podiam se fixar no Brasil, estes
exerciam as atividades urbanas
enquanto as agrárias eram exercidas
pelos escravos.
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8. DESMUND
O
Em 1570, chega ao Brasil um grupo de
órfãs de Portugal para desposarem os
primeiros colonizadores.
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9. Fatores que influenciaram a
vinda de imigrantes para o Brasil:
• Proibição do tráfico negreiro;
• Maior desenvolvimento das atividades
cafeeiras e urbano-industriais;
• Facilidade de acesso à posse da terra
na região Sul;
• Subsídios oferecidos pelo Brasil para
atrair os imigrantes.
9
10. Na sua opinião, qual
destes fatores mais
impulsionou o processo
de imigração no Brasil?
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11. Política migratória
O maior volume de entradas de
estrangeiros após a abolição reavivou o
debate sobre assimilação dos
imigrantes no contexto de afirmação da
tese do "branqueamento”.
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12. Os principais contingentes de
imigrantes que vieram para o
Brasil eram constituídos de
portugueses, africanos,
espanhóis e italianos
seguidos pelos alemães e
japoneses.
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13. GRUPOS DE IMIGRANTES
• Os africanos*;
• Os portugueses;
• Os alemães; • Os espanhóis;
• Os judeus.
• Os italianos;
• Os japoneses;
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15. PORTUGUESES
Como "descobridores" do Brasil, os
portugueses vieram para a colônia
desde seus primeiros tempos de
existência. Dedicaram-se tanto a
atividades rurais como urbanas e,
mais do que qualquer outra etnia,
espalharam-se por várias regiões do
Brasil.
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16. PORTUGUESES
A partir da metade do século XIX, a
imigração portuguesa no Brasil tomou
caráter quase que exclusivamente
urbano e, ao contrário dos imigrantes
alemães e italianos que estavam sendo
mandados para trabalharem na
agricultura ...
CONTINUA
16
17. PORTUGUESES
... os portugueses passaram a rumar
para dois destinos preferenciais: a
cidade do Rio de Janeiro e São Paulo.
A princípio como caixeiros e em
seguida, como proprietários de
pequenos armazéns de secos e
molhados espalhados pelo país.
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21. Mais de quatro milhões de negros foram
trazidos da África para se tornarem
escravos nas lavouras da cana-de-
açúcar. Etnias inteiras foram subjugadas
e obrigadas a cruzar o oceano nos
navios negreiros.
21
24. Os negros não aceitaram
pacificamente o cativeiro;
a história está cheia de
episódios onde os
escravos se rebelaram
contra a humilhante
situação em que se
encontravam. ZUMBI: líder do
Quilombo dos
Palmares 24
25. AFRICANOS
A situação dos imigrantes africanos
atuais sofre os reflexos do racismo a
que são expostos na sociedade
brasileira.
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26. AFRICANOS
• Os refugiados mais recentes vieram
em grande parte por causa da fase
extremamente violenta da guerra civil
em Angola em 1992 e 1993, período
no qual estima-se 500 mil mortes.
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31. ESPANHÓIS
A presença espanhola acontece desde o
início da colonização do Brasil. Todavia,
uma efetiva imigração espanhola para o
Brasil ocorre a partir do final do século
XIX.
Passaporte espanhol 31
32. ESPANHÓIS
Os primeiros espanhóis chegaram ao
Brasil na década de 1880. Até o final
do século XIX, a grande maioria era
de galegos, que se fixaram
principalmente em centros urbanos
brasileiros de São Paulo, Rio de
Janeiro, Minas Gerais e Bahia.
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33. ESPANHÓIS
No começo do século XX passaram a
predominar os andaluzes. Com a
decadência da imigração italiana no
Brasil, os espanhóis foram atraídos aos
milhares para o Brasil afim de substituir
a mão-de-obra italiana no café.
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36. ALEMÃES
No ano de 1824 os alemães chegaram
ao Vale do Rio dos Sinos e
estabeleceram sua economia agrícola na
área.
Casa da Feitoria do
Linho-Cânhamo (1788),
primeiro abrigo dos
imigrantes alemães.
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37. ALEMÃES
São Leopoldo (RS)
Berço da colonização alemã no Brasil
Pintura de Ernst Zeuner 37
38. ALEMÃES
Tiveram primazia na formação de uma
estrutura agrária baseada na pequena
propriedade familiar cuja característica
mais marcante foi a fixação obrigatória
no lote colonial - sua unidade econômica
básica.
Primeiras casas de
imigrantes no Vale do
Rio dos Sinos no século
XIX
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40. ALEMÃES
Diversas “colônias alemães" surgiram
nos três estados do sul no século XIX,
concentradas em algumas regiões do
Rio Grande do Sul como os vales dos
Rios dos Sinos, Taquari e Caí e no
Alto Uruguai.
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41. ALEMÃES
No Vale do Itajaí e a região noroeste
de Santa Catarina, cujos centros
mais importantes são Blumenau e
Joinville.
Como também a região de
Ponta Grossa no Paraná.
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43. ALEMÃES
A imigração alemã foi interrompida
em 1830, com a promulgação de uma
lei proibindo despesas com a
colonização estrangeira, sendo
retomada quase quinze anos depois
com a fundação de colônias alemãs
no sul, no Rio de Janeiro (Petrópolis)
e nas terras altas do Espírito Santo.
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44. ALEMÃES
FILME - A PAIXÃO
DE JACOBINA
LITERATURA -
VIDEIRAS DE CRISTAL
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48. ITALIANOS
Somente a partir de 1870 é que
começaram a chegar ao Brasil os
italianos. A Itália vivia naquela época
um forte fator de repulsão marcado
pelas desigualdades entre o Norte
industrializado e desenvolvido e o Sul,
agrário e pobre.
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49. ITALIANOS
A revolução industrial deixou uma
grande leva de desempregados no
Sul da Itália, que procuravam
desesperadamente a solução dos
seus problemas nas migrações para
as Américas.
49
52. ITALIANOS
Os italianos se constituíram no maior
grupo de imigrantes que chegou ao
Brasil de uma única vez, porém a
condição subumana em que eles viviam
nas fazendas de café fizeram com que
o número de imigrantes italianos que
chegavam ao Brasil diminuísse
rapidamente no início do século XX.
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53. ITALIANOS
A migração italiana deu origem a
cidades como Duque de Caxias, Bento
Gonçalves, Garibaldi, onde os italianos
passaram a desenvolver a cultura da uva
e do vinho.
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61. JAPONESES
O ano de 1908 assinala o início da
imigração japonesa quando os
primeiros colonos desembarcaram em
São Paulo. Os japoneses vieram
também trabalhar na lavoura de café,
que continuava em expansão.
61
62. JAPONESES
A vinda dos japoneses foi
impulsionada pela Revolução
Industrial no Japão que desorganizou
a sociedade naquele país,
provocando desemprego, fome e
consequentemente um fator forte de
repulsão.
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65. JAPONESES
A viagem de navio que durava em
média 55 dias era tão árdua quanto o
desembarque em terra firme. A
enorme diversidade entre as culturas
oriental e ocidental proporcionava um
grande estranhamento.
65
66. JAPONESES
Em São Paulo, os japoneses tiveram a
princípio um tratamento semelhante
aquele dado aos italianos, tendo
vivido, praticamente como “escravos”
nas fazendas de café nos primeiros
momentos da imigração.
66
67. JAPONESES
A legislação estabelecida pelo Estado
Novo era contrária aos emigrantes no
Brasil, principalmente oriundos do Japão,
Itália e Alemanha.
67
68. JAPONESES
Foram fechadas escolas japonesas, foi
vetada a publicação de revistas e jornais
estrangeiros, foram proibidas atividades
políticas e as relações diplomáticas
entre Brasil e Japão foram rompidas.
68
69. JAPONESES
Em 1950 a imigração japonesa é
retomada com destino à Amazônia.
Atualmente o Brasil é o país que tem a
maior comunidade japonesa no exterior
com 1.500.000 pessoas entre
japoneses e seus descendentes.
69
70. JAPONESES
Na Amazônia os japoneses
conseguiram terras com mais facilidade e
introduziram a cultura da juta e da
pimenta-do-reino.
JUTA PIMENTA- DO- REINO
70
72. JAPONESES
Com o aumento de desemprego no
Brasil e a necessidade de mão-de-obra
nas fábricas japonesas, em meados da
década de 80 ocorreu um movimento
“dekassegui” inverso, com a ida dos
nipo-brasileiros para o Japão
impulsionados por empregos com altos
salários.
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78. JUDEUS
A comunidade judaica, constituída
pelos imigrantes que vieram da
Europa Oriental e Central, bem
como pelos vindos dos países do
Oriente Médio e do Norte da África
começou a se estruturar em São
Paulo no início do século XX.
78
82. Apesar de ser significativa em termos
absolutos, a participação percentual da
imigração no crescimento populacional
foi reduzida, atingindo apenas 2,4% na
década de 1950.
82
83. Considerações sobre a imigração:
Elementos fundamentais das práticas
relativas à imigração: os subsídios e a
condição de colonos.
• A imigração subsidiada
devia atender ao princípio
geopolítico de
consolidação do território;
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84. Considerações sobre a imigração:
• o colono representado como imigrante
ideal - embora não houvesse
impedimento real para imigrantes de
inserção urbana.
84
86. Atualmente, porém, a emigração
supera numericamente a imigração,
já que a economia não oferece
emprego em número suficiente e os
salários brasileiros situam-se entre os
mais baixos do planeta.
86
87. Referências Bibliográficas
MORITZ, Lilia. O espetáculo das
raças: cientistas, instituições e
questão racial no Brasil, 1870-1930.
São Paulo, Cia. das Letras, 1993.
SEYFERTH, G. “Os paradoxos da
miscigenação". In: Estudos Afro-
Asiáticos, 20.
_____. G. 1990. Imigração e Cultura
no Brasil. Brasília, Editora da
Universidade de Brasília,1998.
87
88. Referências
Filmes:
A Paixão de Jacobina – Fábio Barreto
Gaijin 2 – Tizuka Yamasaki
Lavoura Arcaica –Luiz F. Carvalho
O Quatrilho – Fábio Barreto
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Os grupos mais numerosos e que ocupavam as maiores extensões territoriais, eram o jês e o tupi-guaranis .
TESE DO BRANQUEAMENTO O maior volume de entradas de estrangeiros após a abolição reavivou o debate sobre assimilação dos imigrantes (presente desde meados do século XIX), no contexto de afirmação da tese do "branqueamento", e que, na prática, culminou com a campanha de nacionalização no Estado Novo. O postulado assimilacionista tinha dois aspectos: por um lado, a tese do branqueamento da população vislumbrava os europeus como parte de um processo de caldeamento racial e, por outro lado, estes europeus deviam integrar-se ao "melting-pot" também na forma de abrasileiramento cultural (o que significava a condenação das etnicidades produzidas pelo processo imigratório). O imaginário nacionalista obcessivamente apegado a um sentido étnico de formação nacional ajudou a criar não só outras formas de exclusão por graus de assimilabilidade (privilegiando imigrantes de comprovada latinidade) como reafirmou os preceitos racialistas de desqualificação dos "nativos da Ásia e da África" que, no início da república, estavam consignados em lei, depois revogada. A construção simbólica da individualidade nacional, portanto, ajudou a produzir os preceitos de exclusão que marcaram a política imigratória no Brasil.
O Brasil precisava de trabalhadores brancos e sadios, agricultores exemplares oriundos do meio rural europeu, com todas as "boas qualidades" do camponês e do artífice, obedientes à lei e dóceis. Por outro lado, ser europeu não bastava: os "piores elementos colonizadores" segundo diretores de colônia, eram comunistas, condenados, ex-soldados e a "escória das cidades" que os governos europeus "expeliam" e que o Brasil devia mandar de volta. Refugiados, deficientes físicos, ciganos, ativistas políticos, velhos, também estavam arrolados, inclusive na legislação, como "indesejáveis".
Outros grupos foram numericamente menos expressivos - caso dos russos , austríacos , sírio-libaneses e poloneses (Seyferth, 1990).
1Guinée- sociedade da foz do rio Senegal e outro na foz do 3 Níger
Entre essas pessoas podemos identificar dois grupos principais: estudantes universitários e refugiados políticos . A grande maioria dos estudantes africanos vem com bolsa paga pelo países de origem ou por organismos internacionais.
Com relação aos demais grupos europeus, caracterizaram-se por serem os que, em maior grau, chegaram como grupo familiar e os que trouxeram crianças em maior proporção. Devido à grande semelhança entre galegos e portugueses , aqueles eram muitas vezes confundidos com estes.
Outros grupos importantes foram os catalães , bascos e valencianos . Com relação aos demais grupos europeus, caracterizaram-se por serem os que, em maior grau, chegaram como grupo familiar e os que trouxeram crianças em maior proporção. Devido à grande semelhança entre galegos e portugueses , aqueles eram muitas vezes confundidos com estes.
A paella é o prato típico espanhol confeccionado com arroz , mariscos , galinha e vegetais. Como tempero é usado o açafrão e cozinhado numa frigideira de fundo ligeiramente abaulado, chamado paella . Os ingredientes variam conforme a região de Espanha paellera. El jamón serrano es un alimento en conserva obtenido a partir de la salazón y secado al aire de las patas traseras del cerdo . Este mismo producto recibe también el nombre de paleta o paletilla cuando se obtiene de las patas delanteras. También recibe los nombres de jamón ibérico y jamón de bellota .
FUTURA SÃO LEOPOLDO
O governo imperial interessado em promover o povoamento e colonização , sobretudo na região sul, subsidiou os colonos e pagou a agenciadores para trazê-los ao país.
E tão propagada é também a impecável fama da cerveja alemã. Pois, um território com cerca de 1270 cervejarias e mais de 5000 marcas de cerveja já pode ser considerado um recorde mundial. Mas nenhum país tem um “Dia da Cerveja” (como a Alemanha há dez anos), ou melhor, um “Dia da Cerveja Alemã”, o 23 de abril.
Naquela época, a expansão da lavoura de café e o surgimento da lei “Eusébio de Queiroz” em 1950, que proibia o tráfico de escravos para o Brasil, provocaram uma necessidade de mão-de-obra para a lavoura cafeeira .
Foto 3 – Bento Gonçalves - RS
e precisava de mão-de-obra por causa da redução da imigração italiana.
Estranhamento tanto por parte dos japoneses que aqui chegavam como daqueles que aqui estavam
Desse período até 1988 o país recebeu 53.555 imigrantes.
Após terem saído das fazendas de café, os japoneses fixaram-se nas redondezas da capital, onde fundaram os “ cinturões verdes ” (pequenas propriedades dedicados a cultivo de hortaliças, frutas e pequenas criações, cujo objetivo era abastecer os grandes centros urbanos).
O maior volume de entradas de estrangeiros após a abolição reavivou o debate sobre assimilação dos imigrantes (presente desde meados do século XIX), no contexto de afirmação da tese do "branqueamento", e que, na prática, culminou com a campanha de nacionalização no Estado Novo. O postulado assimilacionista tinha dois aspectos: por um lado, a tese do branqueamento da população vislumbrava os europeus como parte de um processo de caldeamento racial e, por outro lado, estes europeus deviam integrar-se ao "melting-pot" também na forma de abrasileiramento cultural (o que significava a condenação das etnicidades produzidas pelo processo imigratório). O imaginário nacionalista obcessivamente apegado a um sentido étnico de formação nacional ajudou a criar não só outras formas de exclusão por graus de assimilabilidade (privilegiando imigrantes de comprovada latinidade) como reafirmou os preceitos racialistas de desqualificação dos "nativos da Ásia e da África" que, no início da república, estavam consignados em lei, depois revogada. A construção simbólica da individualidade nacional, portanto, ajudou a produzir os preceitos de exclusão que marcaram a política imigratória no Brasil.
O maior volume de entradas de estrangeiros após a abolição reavivou o debate sobre assimilação dos imigrantes (presente desde meados do século XIX), no contexto de afirmação da tese do "branqueamento", e que, na prática, culminou com a campanha de nacionalização no Estado Novo. O postulado assimilacionista tinha dois aspectos: por um lado, a tese do branqueamento da população vislumbrava os europeus como parte de um processo de caldeamento racial e, por outro lado, estes europeus deviam integrar-se ao "melting-pot" também na forma de abrasileiramento cultural (o que significava a condenação das etnicidades produzidas pelo processo imigratório). O imaginário nacionalista obcessivamente apegado a um sentido étnico de formação nacional ajudou a criar não só outras formas de exclusão por graus de assimilabilidade (privilegiando imigrantes de comprovada latinidade) como reafirmou os preceitos racialistas de desqualificação dos "nativos da Ásia e da África" que, no início da república, estavam consignados em lei, depois revogada. A construção simbólica da individualidade nacional, portanto, ajudou a produzir os preceitos de exclusão que marcaram a política imigratória no Brasil.
Os brasileiros que vão para o Japão, por exemplo, saem principalmente dos Estados de São Paulo e Paraná, pois é lá que se encontra a maior colônia de descendentes de japoneses, condição suficiente para poder viver e trabalhar no Japão. O fluxo que leva ao Paraguai, por outro lado, está restrito ao entorno da fronteira com esse país, e está relacionado aos incentivos presentes na política de desenvolvimento agrícola do governo paraguaio (Sales, 1999).