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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS
      FACULDADES INTEGRADAS DEFERNANDÓPOLIS




              DRIÉLLE VALIN BATISTA

           ELISANGELA COSTA FRANCISCO

           RANIELLY DE SOUZA ANDRADE

             RENATO ALMEIDA FRANÇA




GRAU DE ACEITAÇÃO DOS MEDICAMENTOS GENÉRICOS POR
       IDOSOS NO MUNICÍPIO DE TURMALINA - SP




                 FERNANDÓPOLIS
                      2011
DRIÉLLE VALIN BATISTA
           ELISANGELA COSTA FRANCISCO
            RANIELLY DE SOUZA ANDRADE
              RENATO ALMEIDA FRANÇA




GRAU DE ACEITAÇÃO DOS MEDICAMENTOS GENÉRICOS POR
       IDOSOS NO MUNICÍPIO DE TURMALINA – SP




                  Trabalho de conclusão do curso de Farmácia
                  apresentado à Fundação Educacional de
                  Fernandópolis como requisito parcial para
                  obtenção do título de farmacêutico.

                  Orientador: Prof. Ms. Roney Eduardo Zaparoli




                 FERNANDÓPOLIS
                      2011
FOLHA DE APROVAÇÃO



                      DRIÉLLE VALIN BATISTA
                  ELISANGELA COSTA FRANCISCO
                   RANIELLY DE SOUZA ANDRADE
                     RENATO ALMEIDA FRANÇA


GRAU DE ACEITAÇÃO DOS MEDICAMENTOS GENÉRICOS POR
       IDOSOS NO MUNICÍPIO DE TURMALINA – SP




                              Trabalho de conclusão do curso de Farmácia
                              apresentado à Fundação Educacional de
                              Fernandópolis como requisito parcial para
                              obtenção do título de farmacêutico.


                                              Aprovado em _____/_____/2011


Examinadores:


_____________________________________
Prof. Ms.Roney Eduardo Zaparoli
Instituição: Fundação Educacional de Fernandópolis


______________________________________
Prof. Ms. Luciana Estevam Simonato
Instituição: Fundação Educacional de Fernandópolis



______________________________________
Prof. Esp. Vanessa Maira Rizzato Silveira
Instituição: Fundação Educacional de Fernandópolis
DEDICATÓRIA



“Dedico a Deus por tudo que me proporciona na vida. A minha mãe por todo
amor, carinho, que sempre esteve ao meu lado me incentivando e dando todo
apoio que eu precisava, sem ela eu não seria nada.”
                                              Driélle Valin Batista


“Dedico este trabalho a Deus por me conceder a oportunidade de viver e evoluir a
cada dia. Aos meus pais pelo apoio e carinho em todo momento de minha vida
principalmente neste, ao meu filho que por tantas vezes ficou sem minha
presença. Enfim, a todos os que contribuíram para que meu sonho que parecia
tão distante hoje se concretizasse, meu muito obrigado!”
                                              Elisangela Costa Francisco


“Dedico este trabalho aos meus pais, avós e irmão por tudo que representam em
minha vida e por todo o apoio que sempre me deram”
                                             Ranielly de Souza Andrade


“Dedico este trabalho primeiramente a Deus, a meus pais, avós e irmãs por toda
força e apoio que me deram ao longo dessa caminhada”
                                              Renato Almeida França
AGRADECIMENTOS




      Agradeço a Deus primeiramente por ter me iluminado durante todo esse
tempo.
      A minha mãe Sandra e a todos os meus familiares que sempre estiveram
torcendo pelo meu sucesso.
      Ao meu namorado Diego, pelo amor, carinho, paciência e compreensão
nos momentos em que estive ausente e por tornar a minha vida mais completa.
      Aos meus amigos em especial, Ranielly, Elisangela e Renato por todos os
momentos bons e engraçados que passamos juntos.
      Ao orientador do nosso trabalho o Prof.Ms. Roney Eduardo Zaparoli, pela
paciência, dedicação e ajudando de forma significativa para a conclusão deste
trabalho e pelo grande profissional que é.
      E a todos aqueles que estiveram ao meu lado e colaboraram para
concretização deste trabalho. Obrigada!




                                                      Driélle Valin Batista
Aos meus amigos que fiz durante o curso, pela verdadeira amizade que
construímos em particular aqueles que estiveram sempre ao meu lado (Driélle,
Ranielly e Renato), pelo apoio, e por todos os momentos que passamos juntos
durante esses anos.
      Agradeço aos meus professores, em especial ao meu orientador Prof.Ms.
Roney Eduardo Zaparoli por demonstrar paciência e dedicação e fazer desse
trabalho um caminho não só de conhecimento, mas de sabedoria. O meu muito
obrigado!


                                              Elisangela Costa Francisco
Agradeço primeiramente a Deus por sempre ter iluminado meu caminho e
pela oportunidade da realização de um sonho que achava muito distante.
Obrigada por me guiar durante toda essa caminhada, fazendo dos seus braços o
meu principal consolo nos momentos difíceis e nunca me fazer desistir.
       Aos meus pais, Sônia e José Roberto, por me darem a vida, amor,
carinho e educação que me fizeram chegar até aqui. Obrigada pelo apoio e pelas
muitas vezes que deixaram de fazer por eles para fazer por mim.
       Aos meus avós, Ivonilda e Antônio, agradeço por acreditarem em mim e
no meu potencial para realizar esse sonho.
       Ao meu namorado, Renato, pelo amor, carinho, compreensão e
companheirismo que sempre teve comigo. Obrigada por me fazer tão feliz.
       Aos meus amigos, em especial a Driélle e Elisangela pelos momentos
bons que passamos juntas que sempre ficarão em minha memória e também
pelos momentos difíceis que nunca deixaram abalar nossa amizade.
      Meus agradecimentos em especial ao nosso orientador Prof.Ms. Roney
Eduardo Zaparoli pela atenção e paciência para a realização deste trabalho.




                                                    Ranielly de Souza Andrade
Agradeço aos meus avôs maternos Valtair Almeida e Aurora Fontes que
me ajudaram e me ajudam muito para chegar aonde cheguei e paternos “in
memorian” (João Luiz França e Ambrozina França), aproveito também para
agradecê-los, estejam onde estiver sei que estão olhando por mim. E por eles
terem me dado pais tão maravilhosos que agradeço eternamente.
         Agradeço aos meus pais, Racine e Adélia, que mais do que me
proporcionar uma boa infância e vida acadêmica, formaram os fundamentos do
meu caráter e me apontaram uma vida eterna. Obrigado por serem a minha
referência de tantas maneiras e estarem sempre presentes na minha vida de uma
forma indispensável.
         Agradeço a minhas irmãs Renata, Francislane e especialmente a Roberta
pelo companheirismo, paciência, confiança e que acreditou e me ajudou sempre.
         Agradeço a minha namorada Ranielly pelo amor, compreensão, estímulo,
paciência e incentivo para a concretização deste sonho.
         Agradeço aos meus amigos, em especial Elisangela e Driélle por tudo que
passamos juntos no decorrer desses anos.
         Agradeço a todos meus familiares e amigos pela força.
         Agradeço ao meu orientador Prof.Ms. Roney que me ajudou nesta etapa
final.
         E finalmente agradeço a Deus, por proporcionar estes agradecimentos à
todos que tornaram minha vida mais afetuosa, além de ter me dado uma família
maravilhosa e amigos sinceros. Deus, que a mim atribuiu alma e missões pelas
quais já sabia que eu iria batalhar e vencer, agradecer é pouco. Por isso lutar,
conquistar, vencer e até mesmo cair e perder, e o principal, viver é o meu modo
de agradecer sempre.


                                                          Renato Almeida França
Há homens que lutam um dia e são bons.
  Há outros que lutam um ano e são melhores.
Há os que lutam muitos anos e são muito bons.
           Porém, há os que lutam toda a vida.
                Esses são os imprescindíveis.

                                Bertolt Brecht
LISTA DE ABREVIATURAS


ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária
DCB – Denominação Comum Brasileira
DCI – Denominação Comum Internacional
RDC – Resolução da Diretoria Colegiada
SUS – Sistema Único de Saúde
OMS – Organização Mundial da Saúde
LISTA DE FIGURAS



Figura 1. Faz uso de medicamento genérico? ....................................................27
Figura 2. Motivos pelos quais os pacientes idosos não fazem uso dos
medicamentos genéricos................................................................................... 28
Figura 3. Ao utilizar medicamento genérico, sentiu algum efeito indesejado?...29
Figura 4. Faz uso de medicamentos genéricos sem prescrição médica?............30
Figura 5. Dos pacientes idosos que fazem uso do medicamento genérico
sem prescrição médica, quem os indicou?......................................................... 31
SUMÁRIO



INTRODUÇÃO............................................................................................... 15
1 DESENVOLVIMENTO TEÓRICO............................................................... 16
1.1 Breve histórico sobre os medicamentos genéricos........................... 16
1.2 Definições................................................................................................ 18
1.3 Os medicamentos genéricos no mundo............................................... 19
1.4 Regulamentação dos medicamentos genéricos no Brasil.................. 20
1.5 Medicamento genérico versus medicamento de referência................ 22
1.6Aspectos sobre a aceitação dos medicamentos genéricos pela
   População em geral................................................................................... 24
2 OBJETIVOS................................................................................................. 26
2.1 Objetivos geral.......................................................................................... 26
2.2 Objetivos específicos.............................................................................. 26
3 MATERIAIS E MÉTODOS........................................................................... 27
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO................................................................... 28
5 CONCLUSÃO ............................................................................................. 33
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................ 34
7 REFERÊNCIAS............................................................................................ 35
8 APÊNDICE I.................................................................................................. 38
RESUMO



Este estudo teve como objetivo verificar se os medicamentos genéricos são
aceitos ou não pelos idosos do município de Turmalina – SP e principalmente, os
possíveis motivos que interferem na adesão desses pacientes ao tratamento com
esses medicamentos. Trata-se de um estudo cuja metodologia se baseia em uma
pesquisa de campo realizada com 130 pacientes com idade acima de 60 anos.
Quanto aos resultados, a maioria dos entrevistados que possuem grau de
instrução médio e superior sua aceitação aos medicamentos genéricos foi maior,
em contrapartida grande parte dos mesmos fazem uso sem prescrição médica,
destacando-se também o alto índice de entrevistados que não sentiram nenhum
efeito indesejado, cerca de 92,6%. O motivo mais relevante citado pelos
pacientes para a não adesão ao tratamento com medicamentos genéricos foi a
não confiabilidade ao fármaco, motivo que foi mais relatado entre os pacientes
com baixo nível de instrução. Tal fato provavelmente deve-se à falta de
informação e conhecimento por parte desses pacientes, sendo fundamental a
orientação por parte dos médicos e profissionais da saúde para a aceitação dos
genéricos.


Palavras chaves: medicamentos genéricos, pacientes idosos, aceitação
ABSTRACT


This study aimed to verify if the generic drugs are accepted or not by the elderly in
the municipality of Turmalina – SP and especially, the possible reasons that
influence adherence to treatment of patients with these drugs. It is a study whose
methodology is based on field research conducted with 130 patients over the age
of 60 years-old. As for results, most respondents who had educated middle and
upper acceptance generic drugs was higher, however most of them make use
without prescription, also highlighting the high rate of respondents who did not feel
any effect unwanted, about 92,6%. The most important reason cited by patients
for non-adherence to drug treatment was the unreliability generic drug, which was
more reason reported among patients with low levels of education. This probably
is due to the lack of information and knowledge from these patients, basic
guidance from doctors and health professionals for the acceptance of generics.



Key words: generics drugs, elderly patients, acceptance.
15



                                  INTRODUÇÃO


          Desde a sua efetiva implantação em 10 de fevereiro de 1999, a lei dos
genéricos vem sofrendo constantes mudanças frente às necessidades de
melhorar seu regulamento técnico e sua comercialização no mercado
farmacêutico brasileiro. Tais progressos vão desde testes que garantem sua
biodisponibilidade e bioequivalência em relação aos medicamentos de referência
à regulamentação e padronização de suas embalagens.
          Em apenas poucos anos após a introdução da nova política de
medicamentos, o Brasil conseguiu atingir um patamar de vendas que outros
países que já possuíam essa política levaram décadas para atingir.
          Apesar do sucesso da implantação dos medicamentos genéricos, no
inicio houve grande resistência por parte dos prescritores, da população e até
mesmo da indústria farmacêutica que não chegou a tornar pública sua resistência
à nova política. A resistência por parte dos prescritores se deu principalmente à
falta    de   conhecimento   e   confiabilidade   por   parte   destes   aos   novos
medicamentos, visando que o papel do prescritor na orientação e esclarecimento
do paciente é indispensável para sua adesão à nova política de medicamentos,
podendo destacar também o importante papel da divulgação dos medicamentos
genéricos e o nível de escolaridade da população para sua aceitação.
          Atualmente, a aceitação e a adesão dos pacientes ao tratamento com
medicamentos genéricos estão cada vez mais crescentes. Dentre os tratamentos
que ficaram mais baratos estão o de doenças crônicas tais como o de diabetes,
hipertensão e hipercolesterolemia cujas quedas variaram de 34 a 57%
beneficiando principalmente a população idosa e de baixa renda (SÃO PAULO,
2003).
          Hoje o Brasil é um dos mercados que mais cresce em relação aos
medicamentos genéricos já se igualando a países desenvolvidos como os
Estados Unidos onde 70% dos receituários médicos são de prescrições
genéricas (FISCHER et al., 2011).
16



1     DESENVOLVIMENTO TEÓRICO



1.1    Breve histórico sobre os medicamentos genéricos


       Os medicamentos genéricos tiveram origem na década de 60 nos Estados
Unidos da América. No início da década de 80, após algumas patentes de
medicamentos comercializados expirarem, implantou-se naquele país um novo
marco regulatório – o Hatch Waxman Act – que diminuiu o prazo de registro dos
medicamentos cujas patentes haviam expirado possibilitando a sua rápida
comercialização sob a denominação genérica. Dessa maneira, o mercado
farmacêutico   americano     ganhou   grande   impulso,   pois   por   não   serem
comercializados sob uma marca tais medicamentos eram dispensados a preços
inferiores aos medicamentos de referência. Este segmento passou a ser
conhecido por segmento dos genéricos que tem como principal objetivo o acesso
da população aos medicamentos através de preços inferiores aos demais
(HASENCLEVER, 2004).
       No Brasil, a efetivação dos medicamentos genéricos perdurou por quase
20 anos, até que o então presidente da república Fernando Henrique Cardoso
sancionou a Lei 9.787 de 10 de fevereiro 1999, de autoria do ex-senador Itamar
Franco, regulamentando que constasse nas embalagens dos medicamentos
genéricos, o princípio ativo em tamanho não inferior a 50% do nome fantasia,
além de comprovação de mesma biodisponibilidade e bioequivalência quanto aos
medicamentos de referência de mesma concentração e via de administração
estabelecendo que todas as prescrições médicas e odontológicas realizadas
através do SUS fossem feitas com o nome genérico (MINAS GERAIS, 2008).
        Em 9 de agosto de 1999 foi publicada a primeira Resolução da Diretoria
Colegiada, a RDC nº 391, que aprovou o Regulamento Técnico para
medicamentos     genéricos     bem    como     provas     de     biodisponibilidade,
bioequivalência, controle de qualidade, prescrição e dispensação (ARAÚJO et al.,
2010), a partir daí a industria farmacêutica reagiu contra esta aprovação, porém
não assumiu publicamente sua posição contrária, chegando até a enviar aos
médicos carimbos e receituários já impressos com a seguinte frase “Não
17

substituir por genéricos”. A agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA)
reagiu com a republicação da RDC 391 na qual incluiu a proibição desta prática
exigindo de próprio punho a restrição do prescritor pela intercambialidade. A
resistência à nova política de medicamentos implantada pelo governo também foi
evidenciada pelos prescritores através uma pesquisa realizada pela ANVISA em
1999 a qual mostrou que 80% deles prescreviam medicamentos de marca
mesmo que 78% manifestassem de forma positiva sobre a qualidade do
medicamento (DIAS, 2006).
       Após cerca de 1 ano e meio a RDC 391 foi revogada pela RDC 10 de 2
de janeiro de 2001 que manteve o mesmo formato da anterior porém com maior
detalhamento como o registro de produtos importados e         autorização para
redução de lotes pilotos para medicamentos com alto valor agregado. No entanto
a RDC 10 foi revogada pela RDC 84 em 19 de março de 2002 na qual foram
citados casos onde há exigência de novos ensaios de bioequivalência e também
sendo reapresentada a lista dos medicamentos não aceitos como genéricos. A
RDC 84 foi revogada em 29 de maio de 2003 pela RDC 135 que adicionou em
seu conteúdo a apresentação de resultados dos estudos de estabilidade da
formulação de maior concentração para formulações com três ou mais
concentrações diferentes do mesmo fármaco, estudos de estabilidade de longa
duração para medicamentos cujo prazo de validade excedesse 24 meses entre
outros. Em 2 de março de 2007 foi revogada a RDC 135, aprovando a RDC 16
que permitiu que anticoncepcionais orais e hormônios endógenos fossem
registrados como genéricos, além dos antieméticos, antitérmicos e antipiréticos,
antibacterianos tópicos, antihemorroidários e descongestionantes nasais tópicos
à lista dos medicamentos que não poderiam ser admitidos como genérico
(ARAÚJO et al., 2010).
       Atualmente, existe mais de 16 mil apresentações de medicamentos
genéricos e o Brasil se situa como nono no mercado mundial que fatura mais de
três bilhões de dólares, podendo proporcionar à população o tratamento da
maioria das doenças conhecidas a um custo razoável (BERMUDEZ, 1994).
18

1.2      Definições


          Em 1993, o governo brasileiro adotou como política do setor de saúde os
medicamentos genéricos, mas só foi em 1999 que a Lei dos Genéricos foi
sancionada pelo então presidente da república. A partir do reconhecimento das
denominações genéricas, tornou-se obrigatório a utilização da Denominação
Comum Brasileira (DCB) e da Denominação Comum Internacional (DCI)
implantada com a finalidade da padronização das definições dos medicamentos
utilizados. Através da regulamentação da Lei dos Genéricos por meio de uma
RDC da ANVISA, possibilitou a introdução de definições que antes não eram
empregadas para o registro de um medicamento no Brasil sendo que esta lei
estabeleceu     um    novo   padrão    para   registros   e   desenvolvimentos     de
medicamentos no país como a equivalência farmacêutica e bioequivalência
(ARAÚJO et al., 2010).
          É importante ter as seguintes definições:
          Medicamento Genérico: medicamento produzido após a expiração da
proteção patentária do medicamento de referência ou inovador. É necessário que
o medicamento genérico tenha a mesma biodisponibilidade e seja bioequivalente
ao de referência de mesma concentração, forma farmacêutica, indicação,
posologia e via administração podendo ser com este intercambiável (BRASIL,
1999).
          Biodisponibilidade: significa a concentração e a velocidade que o fármaco
atinge a corrente sanguínea após a sua administração. É a quantidade de droga
que está disponível para ser utilizada pelo organismo (SILVA, 2006).
          Medicamento de Referência: fármaco inovador registrado e patenteado
junto ao órgão responsável, cuja segurança, eficácia e qualidade foram
comprovadas cientificamente através de ensaios in vitro e in vivo (BRASIL, 1999).
          Bioequivalência:   é   quando   dois   produtos     atingem   a   taxa   de
biodisponibilidade dos ativos e não diferem nas condições experimentais sendo
assim considerados produtos farmaceuticamente equivalentes (FUCHS, 2006).
          Medicamento Similar: medicamento similar ao medicamento de referência
registrado no órgão federal responsável pela vigilância sanitária, porém sua
eficácia, segurança e qualidade não estão totalmente comprovadas.
19

       Equivalência farmacêutica: são considerados fármacos equivalentes
quando nestes contêm a mesma quantidade de princípios ativos, na mesma
dosagem e administrados pela mesma via, porém não são necessariamente
bioequivalentes, pois algumas diferenças nos excipientes, por exemplo, podem
levar a diferenças de dissolução e/ou biodisponibilidade (BERMUDEZ, 1994).
       Produto farmacêutico intercambiável: produto que seja bioequivalente a
um produto de referência, cuja biodisponibilidade, segurança e qualidade sejam
essencialmente comprovados (BRASIL, 1999).




 1.3 Os medicamentos genéricos no mundo


       Em nível mundial, os Estados Unidos da América destaca-se por 70%
dos receituários médicos serem de medicamentos genéricos sendo que no Reino
Unido os genéricos apresentam cerca de 15% do mercado e na Alemanha 30%
(HAYDEN, 2008). Cabe ressaltar que, nos Estados Unidos da América, todos os
estados adotaram a lei dos genéricos (PINTO, 2007).
       Tal difusão e aceitação internacional dos medicamentos genéricos se
devem principalmente, à promoção destes medicamentos terem ocorrido nos
países em que as ações são direcionadas para influenciar o comportamento de
médicos e profissionais da saúde por meio de informações que comprovam a
qualidade e a sua confiabilidade (MONTEIRO et al., 2005).
       Em 1990, a Colômbia promulgou o decreto 709 estabelecendo o registro
de medicamentos, isenção de taxa, possibilidade de produzir genéricos com o
mesmo registro de marcas e estabeleceu também a obrigatoriedade de colocar a
denominação genérica nas embalagens no mesmo tamanho das marcas, além
da prescrição pelo nome genérico (BERMUDEZ, 1994).
       A implantação da política de medicamentos genéricos na Noruega se deu
em 2001 com sucesso. Na Suécia, foi relatado um período de teste recentemente
bem sucedido quanto às prescrições de genéricos. Não foi identificado nenhum
argumento farmacológico contra a prescrição de medicamentos genéricos
(NELSON, 2006).
20

         A evolução do mercado de medicamentos genéricos, em 1993, pode ser
avaliada em vários outros países como França que cresceu 13% e a Inglaterra
50%. Outros dados que merecem ser citados são referentes à Dinamarca, onde
os genéricos correspondem a 50% do mercado varejista e os Países Baixos,
onde representam 40%. Portugal, Bélgica e Espanha são países onde os
genéricos ainda representam mercados incipientes (DESMARAIS, 2010).
       Nos quatro primeiros anos de vigência dos medicamentos genéricos no
Brasil pôde-se observar resultados comerciais de cerca de 9,9% das vendas do
mercado, superiores a alguns países onde existem genéricos há muitos anos
como Itália (1%), França (2%), Espanha (1%) e Portugal (1%), evidenciando que
nesses países houve baixa aceitação dos genéricos. Porém, ainda distante de
países como Inglaterra (65%), Dinamarca (60%), Estados Unidos (49%), Canadá
(40%) e Alemanha (38%) com alta aceitação da população (DIAS, 2006).
        A efetiva introdução da política dos medicamentos genéricos e sua
aceitação no mundo, de modo geral, foi bem sucedida, principalmente nos
Estados Unidos e alguns países da Europa. Isso se deve à orientação por parte
dos prescritores e profissionais da área da saúde. Vale salientar o alto nível de
escolaridade da população desses países que é um índice fundamental para a
aceitação de uma nova política de medicamentos.
       Em outros países onde os genéricos não foram bem aceitos, como a
França, se deve à ausência de estímulos à prescrição médica e à dispensação.




1.4 Regulamentação dos medicamentos genéricos no Brasil


       No Brasil, é responsabilidade do Estado zelar pela saúde da população e
é por meio da formulação de políticas sociais e econômicas que garantem o
acesso dos cidadãos à serviços para promoção, recuperação e proteção da
saúde. Dentre as estratégias do governo para assegurar o acesso da população
à saúde, está a política de medicamentos genéricos, que são, em geral, mais
baratos que os medicamentos de referência. O baixo custo dos medicamentos
genéricos se deve ao fato de não recaírem sobre os laboratórios que os
produzem os custos de desenvolvimento da nova molécula e dos estudos clínicos
necessários, já que estes foram realizados pelas empresas que desenvolveram
21

os medicamentos de referência sendo obrigatório para os genéricos apenas a
comprovação de sua biodisponibilidade e bioequivalência, além de não
investirem tanto em propaganda para tornar a marca conhecida (DIAS, 2006).
       Em 1993, o Brasil reconheceu a necessidade de implantar no país o
segmento de medicamentos genéricos com o objetivo da regulação dos preços
provendo o acesso da população de baixa renda à saúde (ARAÚJO et al., 2010),
mas só foi em 10 de fevereiro de 1999 que a Lei nº 9.787 sancionada pelo então
presidente   da   república,   Fernando   Henrique   Cardoso,   estabeleceu   o
medicamento genérico e dispôs sobre sua utilização no país (BRASIL, 1999).
      Entre 1993 e 1999, intervalo entre a obrigatoriedade da utilização da
denominação genérica e a efetiva implantação da lei, os diferentes laboratórios
de medicamentos similares existentes no Brasil buscaram manter seus produtos
no mercado e só passaram a investir em medicamentos genéricos após seus
registros expirarem, retardando a efetiva implantação da política dos genéricos
(ARAÚJO et al., 2010).
      Os laboratórios não são obrigados a produzir os genéricos, porém as
farmácias e drogarias são obrigadas a oferecê-los e poderão fechar se não os
tiverem (MONTEIRO, 2005).
      Foi então que a partir da efetiva implantação da política dos genéricos, a
Lei nº 9.787, que a legislação brasileira tendo como base a regulamentação
técnica e a experiência de diversos países como Estados Unidos, Alemanha e
Espanha, estabeleceu que para um medicamento genérico ser registrado seria
necessário que este comprovasse perante o órgão responsável (ANVISA) a sua
equivalência farmacêutica, biodisponibilidade e bioequivalência em relação ao
medicamento de referência visando assegurar sua qualidade, segurança e
eficácia fazendo com que este se tornasse intercambiável com o medicamento
inovador (STORPIRTIS et al., 2004).
       Depois que os genéricos foram lançados no mercado, tornou-se
necessário estabelecer padrões quanto a sua embalagem e rótulo. Em 28 de
março de 2001 foi aprovada a RDC 47, ainda em vigor, que regulamentou que
todas as embalagens externas deveriam ser identificadas com uma faixa amarela
e contendo a letra G em azul cobrindo a face principal e as laterais das
embalagens (BRASIL, 2001).
22

       Após constantes modificações nas legislações frente às necessidades e
às situações inesperadas durante o processo, o governo brasileiro conseguiu
implantar no país uma efetiva política nacional de medicamentos genéricos. Em
poucos anos o Brasil conseguiu atingir um patamar de vendas de medicamentos
genéricos que outros países levaram décadas para alcançar (DIAS, 2006) e em
apenas 4 anos da implantação da Lei nº 9.787, os medicamentos genéricos já se
encontravam disponíveis em mais de 4 mil apresentações, abrangendo as
principais classes terapêuticas e atendendo a mais de 60% das prescrições
médicas (Pró-Genéricos, 2011).




1.5 Medicamento genérico versus medicamento de referência


               Drogas são consideradas substâncias que têm por finalidade
proteger, manter e restaurar a saúde. É com base nesse contexto que o governo
brasileiro adotou a política dos medicamentos genéricos como um dos objetivos
de reduzir os custos de saúde desde que, esses medicamentos tenham sua
qualidade, segurança e eficácia comprovada perante os órgãos competentes
(TROUILLER, 1996).
       A regulamentação técnica para o registro de medicamentos genéricos se
deu seis meses após a publicação da lei nº 9.787 através da RDC nº 391 de 9 de
agosto de 1999 na qual foram estabelecidas condições de registro, controle de
qualidade, testes, fabricação, prescrição e dispensação. Os primeiros genéricos
foram registrados seis meses após a publicação da RDC nº 391, porém foram
necessários várias revisões na legislação atendendo critérios da OMS até sua
ultima publicação, a RDC 16 de 2 de março de 2007 (ARAÚJO et al., 2010).
       Para garantir a intercambialidade entre o medicamento de referência e o
medicamento genérico deve-se primeiramente se basear no conceito de
equivalência    terapêutica   entre   ambos,   assegurada   pela   equivalência
farmacêutica, da bioequivalência, das boas praticas de manipulação e do controle
de qualidade (STORPIRTIS et al., 2004).
       Um estudo realizado pelo Departamento de Farmácia Social da
Faculdade de Farmácia da Universidade de Oslo em 2009 na Noruega feito com
23

174 pacientes hipertensos entre 50 e 80 anos, revelou que em média 8% dos
entrevistados sentiram que o efeito da droga havia mudado, e 15% relataram ter
novos ou mais efeitos colaterais. A atitude negativa para a adesão do paciente
ao tratamento com medicamentos genéricos foi significativamente associada
com baixo nível educacional, embora a substituição por genéricos foi uma
importante medida de contenção de custos, os profissionais da saúde devem se
aproximar de cada paciente individualmente procurando esclarecer as dúvidas
sobre esses medicamentos (HAKONSEN; TOVERUD, 2010).
         Para que um medicamento genérico seja lançado no mercado
farmacêutico é necessário que o fabricante realize o desenvolvimento
farmacotécnico de acordo com as mesmas especificações in vitro dos
medicamentos de referência. Tais especificações se baseiam em comprovar que
os dois fármacos possuem o mesmo sal, base ou éster da molécula
terapeuticamente ativa, no entanto não se deve descartar a probabilidade de
diferenças em relação às características físicas e físico-químicas do fármaco e
demais componentes da formulação, bem como nos processos de fabricação,
que   podem     gerar   diferenças   na    biodisponibilidade,   comprometendo   a
bioequivalência e consequentemente sua intercambialidade. Entretanto, pode-se
evitar tal fato desenvolvendo a farmacotécnica do medicamento de forma
adequada com os padrões estabelecidos (STORPIRTIS et al., 2004).
         Em outro estudo no qual foram coletados dados de farmácias e drogarias,
na cidade de Maringá, no Paraná, realizado pela Faculdade Estadual de Maringá,
no período de 30 de outubro a 22 de novembro de 2002, constatou-se que os
medicamentos genéricos não sujeitos a controle especial são, em média, 42%
mais baratos do que os medicamentos de referência e em relação aos similares
são, em média, 15% mais baratos. Vale ressaltar também que os medicamentos
similares são, em média, 24% mais baratos que os de referência (MONTEIRO,
2005).
         Após   a   implantação   dos     medicamentos    genéricos   no   mercado
farmacêutico brasileiro, entre os tratamentos que ficaram mais baratos estão o de
diabetes que caiu de 34 a 37% (dependendo do medicamento adotado), o de
hipercolesterolemia, cuja queda de preço variou de 39 a 57%, e o de hipertensão,
cerca de 53%. O sucesso da adoção da política dos genéricos beneficiou,
24

principalmente, pessoas que fazem uso de medicamentos para uso crônico (SÃO
PAULO, 2003).




1.6 Aspectos    sobre   a   aceitação   dos   medicamentos      genéricos    pela
   população em geral


        Desde a implantação dos medicamentos genéricos se discute se estes
são confiáveis e de alta qualidade. Ainda existe uma incerteza se a
bioequivalência é suficiente para garantir a segurança e eficácia dos genéricos, e
essa questão é levantada pelos médicos e pacientes que se sentem pouco a
vontade com os medicamentos genéricos (HASENCLEVER, 2004).
       Um dos fatores que ajudam os genéricos a não serem conhecidos são as
opiniões dos médicos, onde quase 50% dão garantia negativa sobre a qualidade
dos medicamentos genéricos, e mais de ¼ preferem não usá-los como
medicamentos de primeira linha para uso próprio e de sua família. Esse índice
aumenta para médicos com idade maior de 55 anos (ENCOLHEU, 2011a).
       Segundo uma pesquisa realizada pela Faculdade de Ciências da Saúde,
Faculdade de Farmácia da Universidade do Leste da Finlândia com cerca de
3000 pessoas com idade mínima de 18 anos em 2008, pôde-se constatar que,
70,9% dos entrevistados consideram os medicamentos genéricos bons, 26,9%
ficam receosos, 80,9% afirmam que são eficazes, 88,4% não notavam nenhuma
diferença entre os outros medicamentos, 8,6% recusaram a substituição pelos
genéricos, e a maior parte eram mulheres com idade avançada. Há quatro razões
fundamentais para que o uso de medicamentos genéricos seja aderido pelos
pacientes: o baixo custo, prescrição e esclarecimento por parte dos médicos e a
indicação dos farmacêuticos (HEIKKILA; MANTYSESELKA; AHONEM, 2011).
       Quanto à aceitação dos genéricos no Brasil, em geral, cabe ressaltar que
o crescimento de vendas nos primeiros 18 meses de sua introdução foi em torno
de 15% ao mês. Entre junho de 2000 e agosto de 2001, a venda de genéricos
cresceu 249,42%, chegando a 7,06 milhões de unidades (ARAÚJO et al., 2010).
Destaca-se o importante papel da divulgação dos medicamentos genéricos para
sua aceitação. Houve empenho pessoal do ministro da saúde bem como de
25

membros da ANVISA       nos diversos canais de comunicação. Divulgou-se o
produto em congressos médicos e associações de consumidores já que é de
suma importância o papel do prescritor no esclarecimento sobre tais
medicamentos (DIAS, 2006).
       Outros dados de uma pesquisa realizada em uma cidade do sul do Brasil
relatam que há um conhecimento teórico e prático sobre medicamentos
genéricos, a proporção de genérico foi de 3,9%, já 86% sabiam que os genéricos
custam menos e 70% que a qualidade é similar aos medicamentos de marca,
57% conheciam algumas características da embalagem que faz a diferenciação
dos genéricos dos demais medicamentos. Essa pesquisa foi no período de 15
dias e 18,9% compraram genéricos, mas esse valor não pode ser considerável,
pois a maioria da população não sabe diferenciar os genéricos de outros
medicamentos (BERTOLDI; BARROS; HALLAL, 2005).
26

2 OBJETIVOS




2.1 Objetivo geral


       Verificar se os medicamentos genéricos são aceitos ou não pelos idosos
do município de Turmalina – SP.




2.2 Objetivos específicos




   • Verificar possíveis motivos que interferem na adesão dos pacientes idosos
       no tratamento com os medicamentos genéricos.
   • Verificar porque ocorre não aceitação dos medicamentos genéricos.
   • Verificar a interferência do farmacêutico na utilização do medicamento
       genérico.
27

3 MATERIAIS E MÉTODOS




       Esse trabalho foi realizado por meio de uma pesquisa de campo que teve
como instrumento a aplicação de um questionário conforme apêndice I aos
idosos no município de Turmalina – SP. Participaram dessa entrevista 130
indivíduos com idade acima de 60 anos.
28

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO




                   Figura 1 - Faz uso de medicamento genérico?




 Idosos analfabetos                     Idosos com Ensino Fundamental




   Idosos com Ensino Médio              Idosos com Ensino Superior




Fonte: Elaboração própria


         A utilização de medicamento genérico é maior entre os idosos que
concluíram o ensino médio e superior. Isso deve-se provavelmente ao fato destes
terem maior acesso as informações ou pelo menos onde encontrá-las, dados
semelhantes foram encontrados em Dias, 2006 no qual relata-se que grande
parte dos países onde a aceitação do genérico foi bem sucedida, deve-se ao fato
do alto nível de escolaridade da população desses países.
29

         Figura 2 - Motivos pelos quais os pacientes idosos não fazem uso dos
medicamentos genéricos.




Fonte: Elaboração própria




         O alto índice de não confiabilidade ao medicamento genérico entre os
pacientes idosos pode ser refletido pela não orientação, credibilidade e
prescrição por parte dos médicos, como também é discutido em Encolheu et al.
Apesar desta pesquisa ter sido elaborada através de entrevistas com pacientes
idosos que na sua maioria utilizam o Sistema Único de Saúde, vale constatar que
um número considerável de médicos não prescrevem medicamentos genéricos,
provavelmente devido a fatores já mencionados acima.
30

         Figura 3 - Ao utilizar medicamento genérico, sentiu algum efeito
indesejado?




Fonte: Elaboração própria


         Grande parte dos pacientes que fizeram uso dos medicamentos
genéricos afirmaram que não sentiram nenhum efeito indesejado ao fazer uso
dos mesmos. Tal fato comprova que os medicamentos genéricos possuem
eficácia e segurança semelhante aos medicamentos de referência, dados
semelhantes foram obtidos por Hikkila et al, 2011.
31

       Figura 4 - Faz uso de medicamentos genéricos sem prescrição médica?




        Idosos analfabetos             Idosos com Ensino Fundamental




     Idosos com Ensino médio         Idosos com Ensino Superior


Fonte: Elaboração própria


         Grande parte dos pacientes idosos que utilizam medicamentos genéricos
os faz sem receita médica aumentando as chances de ocorrer problemas
relacionados aos medicamentos, pois nesses casos onde o uso irracional destes
medicamentos sem comprovação da doença, do correto tratamento e
consequentemente do fármaco mais adequado, pode originar problemas mais
sérios como a intoxicação medicamentosa. Observa-se que quanto maior o grau
de instrução, maior o aumento do uso do medicamento genérico sem prescrição
médica. Esse dado nos traz um alerta importante, pois, embora aumente a
utilização desses tipos de medicamentos conforme aumenta o grau de instrução,
essa utilização pode estar sendo feito de forma equivocada podendo gerar
problemas relacionado ao medicamento.
32

         Figura 5 - Dos pacientes idosos que fazem uso do medicamento genérico
sem prescrição médica, quem os indicou?




Fonte: Elaboração própria




         Quem mais influência na utilização do medicamento genérico é o
farmacêutico, sendo um profissional que possui conhecimento na área. O que
chama a atenção é que mais de um quarto dos pacientes idosos utiliza o
genérico devido à influência de amigos e família. Isso é relevante, pois a
informação sobre o medicamento pode estar vindo de alguém sem conhecimento
na área favorecendo o aparecimento de problema relacionado ao medicamento e
uso irracional.
33

5 CONCLUSÃO




        Através das análises feitas por meio da pesquisa de campo com idosos,
realizada no município de Turmalina - SP pôde-se constatar que a maior
aceitação dos pacientes ao medicamento genérico são aqueles cujo grau de
instrução é médio ou superior.
        Um dos motivos maiores pelos quais os idosos não fazem uso dos
medicamentos genéricos é pela falta de confiabilidade a esses medicamentos,
isso se deve, principalmente, a falta conhecimento e orientação por parte dos
prescritores.
        A maioria dos idosos que já fizeram ou fazem uso do medicamento
genérico afirmaram que não sentiram nenhum efeito indesejado, o que
demonstra que os medicamentos genéricos são bioequivalentes ao medicamento
de referência, ou seja, possuem eficácia e segurança semelhantes.
        Quanto aos idosos que fazem uso de medicamentos genéricos sem
prescrição, observa-se que quanto maior o grau de instrução, maior o aumento
do uso do medicamento genérico sem prescrição médica, justamente por terem
maiores acessos a informações sobre esses medicamentos, podendo causar
problemas com medicamentos e até mesmo uma intoxicação medicamentosa.
        O farmacêutico foi relatado como o maior influenciador na utilização dos
medicamentos genéricos, fato importante, pois sendo um profissional da área da
saúde com muito conhecimento sobre medicamentos, e nas quais muitos têm
confiança, o que favorece o esclarecimento correto sobre os medicamentos
genéricos e as vantagens de fazer uso desses medicamentos, inclusive não
utilização do medicamento desnecessário.
34

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS




       Através dos dados obtidos torna-se nítido a necessidade de maiores
esclarecimentos sobre os medicamentos genéricos, principalmente aos pacientes
idosos menos instruídos e que têm menos acesso a informações, sendo muito
importante o papel do prescritor e outros profissionais da saúde para a orientação
desses pacientes, podendo evitar assim que estes façam uso irracional de
medicamentos. Quanto aos pacientes idosos mais instruídos e que fazem uso do
medicamento genérico sem prescrição, cabe a orientação principalmente do
farmacêutico no momento da dispensação para que não ocorram problemas com
medicamentos com esses pacientes.
35

7   REFERÊNCIAS




ARAÚJO, L. U. et al. Medicamentos genéricos no Brasil: panorama, histórico e
legislação. Rev. Panam Salud Publica, Ouro Preto, dez. 2010; 28(6):480–92.

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brasileiro. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.10, n.3, p. 368-378,
jul/set. 1994.

BERTOLDI, A. D., BARROS, A. J., HALLAL, P. C., Genéricos drogas no Brasil:
conhecidos por muitos, usados por poucos, Programa de pós graduação em
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BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Lei nº 9.787/1999, de 10 de
fevereiro de 1999. Regulamenta os medicamentos genéricos no Brasil. Brasília,
1999.

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embalagens dos medicamentos genéricos. Brasília, 2001.

CALIXTO, J. B. Desenvolvimento de medicamentos no Brasil: Desafios, Gazeta
médica da Bahia, Florianópolis, 2008; 78 (Suplemento 1):98-106.

DESMARAIS, J. E., BEAUCLAIR, L., MARGOLESE, H. C. A mudança de marca
para medicamentos genéricos psicotrópicos : uma revisão da literatura, mcGil
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medicamentos genéricos no Brasil. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro,
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ENCOLHEU, W. H., et al, As conseqüências da requerente “dispensar como está
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FUCHS, F. D.; WANNMACHER,L.; FERREIRA, M. B.C.Farmacologia clinica :
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HASENCLEVER, L. O mercado de medicamentos genéricos no Brasil, Simpósio
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36

HAKONSEN, H., TOVERUD, E. L. Desafios especiais para a adesão à droga
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Noruega, Faculdade de Farmácia da Universidade de Oslo. Oslo, dez. 2010. 67
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HAYDEN, C. Sem patente não há genérico: acesso farmacêutico e política de
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HEIKKILA, R., MANTYSESELKA, P., AHONEM, R. Fazer as pessoas
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PINTO, C. M. D. P. Mercado brasileiro de medicamentos genéricos: Análise
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37

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TROUILLER, P., Os medicamentos genéricos nos países em desenvolvimento,
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VALLES, J. A., et al, Aceitação de genéricos a prescrição, na prática geral: efeito
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ciutat vella, Barcelona, nov./dez. 2002, 16(6):505-10.
38

APÊNDICE I


Questionário

Idade ___________             Sexo     F     M


   1) Escolaridade:
   Ensino fundamental       Ensino médio         Ensino superior     Analfabeto

   2) Qual a sua renda mensal? (salário mínimo)
    Até 2 salários      Até 4 salários      Até 6 salários         Mais que 6
salários

   3) Você sabe o que é medicamento genérico?
    Sim       Não

   4) O que você achou da implantação dos medicamentos genéricos?
   Ótimo      Bom        Regular        Ruim     Péssimo

   5) Já fez ou faz uso de medicamento genérico?
   Sim         Não

  6) Se não faz uso, por quê?
   Não confio     Alto custo    Não conheço      Não faz uso de
medicamentos      Médico não prescreve   Só faz uso de medicamentos da
UBS

   7) Este medicamento foi prescrito por algum médico?
   Sim       Não

   8) Você já fez uso do medicamento genérico sem prescrição?
   Sim         Não

   9) Caso a resposta acima seja positiva, quem te indicou o medicamento
      genérico?
   Sim        Não

   10)Ao realizar o uso do medicamento genérico, já notou se a eficácia é a
      mesma do medicamento de referência?
   Sim         Não

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  • 1. FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS FACULDADES INTEGRADAS DEFERNANDÓPOLIS DRIÉLLE VALIN BATISTA ELISANGELA COSTA FRANCISCO RANIELLY DE SOUZA ANDRADE RENATO ALMEIDA FRANÇA GRAU DE ACEITAÇÃO DOS MEDICAMENTOS GENÉRICOS POR IDOSOS NO MUNICÍPIO DE TURMALINA - SP FERNANDÓPOLIS 2011
  • 2. DRIÉLLE VALIN BATISTA ELISANGELA COSTA FRANCISCO RANIELLY DE SOUZA ANDRADE RENATO ALMEIDA FRANÇA GRAU DE ACEITAÇÃO DOS MEDICAMENTOS GENÉRICOS POR IDOSOS NO MUNICÍPIO DE TURMALINA – SP Trabalho de conclusão do curso de Farmácia apresentado à Fundação Educacional de Fernandópolis como requisito parcial para obtenção do título de farmacêutico. Orientador: Prof. Ms. Roney Eduardo Zaparoli FERNANDÓPOLIS 2011
  • 3. FOLHA DE APROVAÇÃO DRIÉLLE VALIN BATISTA ELISANGELA COSTA FRANCISCO RANIELLY DE SOUZA ANDRADE RENATO ALMEIDA FRANÇA GRAU DE ACEITAÇÃO DOS MEDICAMENTOS GENÉRICOS POR IDOSOS NO MUNICÍPIO DE TURMALINA – SP Trabalho de conclusão do curso de Farmácia apresentado à Fundação Educacional de Fernandópolis como requisito parcial para obtenção do título de farmacêutico. Aprovado em _____/_____/2011 Examinadores: _____________________________________ Prof. Ms.Roney Eduardo Zaparoli Instituição: Fundação Educacional de Fernandópolis ______________________________________ Prof. Ms. Luciana Estevam Simonato Instituição: Fundação Educacional de Fernandópolis ______________________________________ Prof. Esp. Vanessa Maira Rizzato Silveira Instituição: Fundação Educacional de Fernandópolis
  • 4. DEDICATÓRIA “Dedico a Deus por tudo que me proporciona na vida. A minha mãe por todo amor, carinho, que sempre esteve ao meu lado me incentivando e dando todo apoio que eu precisava, sem ela eu não seria nada.” Driélle Valin Batista “Dedico este trabalho a Deus por me conceder a oportunidade de viver e evoluir a cada dia. Aos meus pais pelo apoio e carinho em todo momento de minha vida principalmente neste, ao meu filho que por tantas vezes ficou sem minha presença. Enfim, a todos os que contribuíram para que meu sonho que parecia tão distante hoje se concretizasse, meu muito obrigado!” Elisangela Costa Francisco “Dedico este trabalho aos meus pais, avós e irmão por tudo que representam em minha vida e por todo o apoio que sempre me deram” Ranielly de Souza Andrade “Dedico este trabalho primeiramente a Deus, a meus pais, avós e irmãs por toda força e apoio que me deram ao longo dessa caminhada” Renato Almeida França
  • 5. AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus primeiramente por ter me iluminado durante todo esse tempo. A minha mãe Sandra e a todos os meus familiares que sempre estiveram torcendo pelo meu sucesso. Ao meu namorado Diego, pelo amor, carinho, paciência e compreensão nos momentos em que estive ausente e por tornar a minha vida mais completa. Aos meus amigos em especial, Ranielly, Elisangela e Renato por todos os momentos bons e engraçados que passamos juntos. Ao orientador do nosso trabalho o Prof.Ms. Roney Eduardo Zaparoli, pela paciência, dedicação e ajudando de forma significativa para a conclusão deste trabalho e pelo grande profissional que é. E a todos aqueles que estiveram ao meu lado e colaboraram para concretização deste trabalho. Obrigada! Driélle Valin Batista
  • 6. Aos meus amigos que fiz durante o curso, pela verdadeira amizade que construímos em particular aqueles que estiveram sempre ao meu lado (Driélle, Ranielly e Renato), pelo apoio, e por todos os momentos que passamos juntos durante esses anos. Agradeço aos meus professores, em especial ao meu orientador Prof.Ms. Roney Eduardo Zaparoli por demonstrar paciência e dedicação e fazer desse trabalho um caminho não só de conhecimento, mas de sabedoria. O meu muito obrigado! Elisangela Costa Francisco
  • 7. Agradeço primeiramente a Deus por sempre ter iluminado meu caminho e pela oportunidade da realização de um sonho que achava muito distante. Obrigada por me guiar durante toda essa caminhada, fazendo dos seus braços o meu principal consolo nos momentos difíceis e nunca me fazer desistir. Aos meus pais, Sônia e José Roberto, por me darem a vida, amor, carinho e educação que me fizeram chegar até aqui. Obrigada pelo apoio e pelas muitas vezes que deixaram de fazer por eles para fazer por mim. Aos meus avós, Ivonilda e Antônio, agradeço por acreditarem em mim e no meu potencial para realizar esse sonho. Ao meu namorado, Renato, pelo amor, carinho, compreensão e companheirismo que sempre teve comigo. Obrigada por me fazer tão feliz. Aos meus amigos, em especial a Driélle e Elisangela pelos momentos bons que passamos juntas que sempre ficarão em minha memória e também pelos momentos difíceis que nunca deixaram abalar nossa amizade. Meus agradecimentos em especial ao nosso orientador Prof.Ms. Roney Eduardo Zaparoli pela atenção e paciência para a realização deste trabalho. Ranielly de Souza Andrade
  • 8. Agradeço aos meus avôs maternos Valtair Almeida e Aurora Fontes que me ajudaram e me ajudam muito para chegar aonde cheguei e paternos “in memorian” (João Luiz França e Ambrozina França), aproveito também para agradecê-los, estejam onde estiver sei que estão olhando por mim. E por eles terem me dado pais tão maravilhosos que agradeço eternamente. Agradeço aos meus pais, Racine e Adélia, que mais do que me proporcionar uma boa infância e vida acadêmica, formaram os fundamentos do meu caráter e me apontaram uma vida eterna. Obrigado por serem a minha referência de tantas maneiras e estarem sempre presentes na minha vida de uma forma indispensável. Agradeço a minhas irmãs Renata, Francislane e especialmente a Roberta pelo companheirismo, paciência, confiança e que acreditou e me ajudou sempre. Agradeço a minha namorada Ranielly pelo amor, compreensão, estímulo, paciência e incentivo para a concretização deste sonho. Agradeço aos meus amigos, em especial Elisangela e Driélle por tudo que passamos juntos no decorrer desses anos. Agradeço a todos meus familiares e amigos pela força. Agradeço ao meu orientador Prof.Ms. Roney que me ajudou nesta etapa final. E finalmente agradeço a Deus, por proporcionar estes agradecimentos à todos que tornaram minha vida mais afetuosa, além de ter me dado uma família maravilhosa e amigos sinceros. Deus, que a mim atribuiu alma e missões pelas quais já sabia que eu iria batalhar e vencer, agradecer é pouco. Por isso lutar, conquistar, vencer e até mesmo cair e perder, e o principal, viver é o meu modo de agradecer sempre. Renato Almeida França
  • 9. Há homens que lutam um dia e são bons. Há outros que lutam um ano e são melhores. Há os que lutam muitos anos e são muito bons. Porém, há os que lutam toda a vida. Esses são os imprescindíveis. Bertolt Brecht
  • 10. LISTA DE ABREVIATURAS ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária DCB – Denominação Comum Brasileira DCI – Denominação Comum Internacional RDC – Resolução da Diretoria Colegiada SUS – Sistema Único de Saúde OMS – Organização Mundial da Saúde
  • 11. LISTA DE FIGURAS Figura 1. Faz uso de medicamento genérico? ....................................................27 Figura 2. Motivos pelos quais os pacientes idosos não fazem uso dos medicamentos genéricos................................................................................... 28 Figura 3. Ao utilizar medicamento genérico, sentiu algum efeito indesejado?...29 Figura 4. Faz uso de medicamentos genéricos sem prescrição médica?............30 Figura 5. Dos pacientes idosos que fazem uso do medicamento genérico sem prescrição médica, quem os indicou?......................................................... 31
  • 12. SUMÁRIO INTRODUÇÃO............................................................................................... 15 1 DESENVOLVIMENTO TEÓRICO............................................................... 16 1.1 Breve histórico sobre os medicamentos genéricos........................... 16 1.2 Definições................................................................................................ 18 1.3 Os medicamentos genéricos no mundo............................................... 19 1.4 Regulamentação dos medicamentos genéricos no Brasil.................. 20 1.5 Medicamento genérico versus medicamento de referência................ 22 1.6Aspectos sobre a aceitação dos medicamentos genéricos pela População em geral................................................................................... 24 2 OBJETIVOS................................................................................................. 26 2.1 Objetivos geral.......................................................................................... 26 2.2 Objetivos específicos.............................................................................. 26 3 MATERIAIS E MÉTODOS........................................................................... 27 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO................................................................... 28 5 CONCLUSÃO ............................................................................................. 33 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................ 34 7 REFERÊNCIAS............................................................................................ 35 8 APÊNDICE I.................................................................................................. 38
  • 13. RESUMO Este estudo teve como objetivo verificar se os medicamentos genéricos são aceitos ou não pelos idosos do município de Turmalina – SP e principalmente, os possíveis motivos que interferem na adesão desses pacientes ao tratamento com esses medicamentos. Trata-se de um estudo cuja metodologia se baseia em uma pesquisa de campo realizada com 130 pacientes com idade acima de 60 anos. Quanto aos resultados, a maioria dos entrevistados que possuem grau de instrução médio e superior sua aceitação aos medicamentos genéricos foi maior, em contrapartida grande parte dos mesmos fazem uso sem prescrição médica, destacando-se também o alto índice de entrevistados que não sentiram nenhum efeito indesejado, cerca de 92,6%. O motivo mais relevante citado pelos pacientes para a não adesão ao tratamento com medicamentos genéricos foi a não confiabilidade ao fármaco, motivo que foi mais relatado entre os pacientes com baixo nível de instrução. Tal fato provavelmente deve-se à falta de informação e conhecimento por parte desses pacientes, sendo fundamental a orientação por parte dos médicos e profissionais da saúde para a aceitação dos genéricos. Palavras chaves: medicamentos genéricos, pacientes idosos, aceitação
  • 14. ABSTRACT This study aimed to verify if the generic drugs are accepted or not by the elderly in the municipality of Turmalina – SP and especially, the possible reasons that influence adherence to treatment of patients with these drugs. It is a study whose methodology is based on field research conducted with 130 patients over the age of 60 years-old. As for results, most respondents who had educated middle and upper acceptance generic drugs was higher, however most of them make use without prescription, also highlighting the high rate of respondents who did not feel any effect unwanted, about 92,6%. The most important reason cited by patients for non-adherence to drug treatment was the unreliability generic drug, which was more reason reported among patients with low levels of education. This probably is due to the lack of information and knowledge from these patients, basic guidance from doctors and health professionals for the acceptance of generics. Key words: generics drugs, elderly patients, acceptance.
  • 15. 15 INTRODUÇÃO Desde a sua efetiva implantação em 10 de fevereiro de 1999, a lei dos genéricos vem sofrendo constantes mudanças frente às necessidades de melhorar seu regulamento técnico e sua comercialização no mercado farmacêutico brasileiro. Tais progressos vão desde testes que garantem sua biodisponibilidade e bioequivalência em relação aos medicamentos de referência à regulamentação e padronização de suas embalagens. Em apenas poucos anos após a introdução da nova política de medicamentos, o Brasil conseguiu atingir um patamar de vendas que outros países que já possuíam essa política levaram décadas para atingir. Apesar do sucesso da implantação dos medicamentos genéricos, no inicio houve grande resistência por parte dos prescritores, da população e até mesmo da indústria farmacêutica que não chegou a tornar pública sua resistência à nova política. A resistência por parte dos prescritores se deu principalmente à falta de conhecimento e confiabilidade por parte destes aos novos medicamentos, visando que o papel do prescritor na orientação e esclarecimento do paciente é indispensável para sua adesão à nova política de medicamentos, podendo destacar também o importante papel da divulgação dos medicamentos genéricos e o nível de escolaridade da população para sua aceitação. Atualmente, a aceitação e a adesão dos pacientes ao tratamento com medicamentos genéricos estão cada vez mais crescentes. Dentre os tratamentos que ficaram mais baratos estão o de doenças crônicas tais como o de diabetes, hipertensão e hipercolesterolemia cujas quedas variaram de 34 a 57% beneficiando principalmente a população idosa e de baixa renda (SÃO PAULO, 2003). Hoje o Brasil é um dos mercados que mais cresce em relação aos medicamentos genéricos já se igualando a países desenvolvidos como os Estados Unidos onde 70% dos receituários médicos são de prescrições genéricas (FISCHER et al., 2011).
  • 16. 16 1 DESENVOLVIMENTO TEÓRICO 1.1 Breve histórico sobre os medicamentos genéricos Os medicamentos genéricos tiveram origem na década de 60 nos Estados Unidos da América. No início da década de 80, após algumas patentes de medicamentos comercializados expirarem, implantou-se naquele país um novo marco regulatório – o Hatch Waxman Act – que diminuiu o prazo de registro dos medicamentos cujas patentes haviam expirado possibilitando a sua rápida comercialização sob a denominação genérica. Dessa maneira, o mercado farmacêutico americano ganhou grande impulso, pois por não serem comercializados sob uma marca tais medicamentos eram dispensados a preços inferiores aos medicamentos de referência. Este segmento passou a ser conhecido por segmento dos genéricos que tem como principal objetivo o acesso da população aos medicamentos através de preços inferiores aos demais (HASENCLEVER, 2004). No Brasil, a efetivação dos medicamentos genéricos perdurou por quase 20 anos, até que o então presidente da república Fernando Henrique Cardoso sancionou a Lei 9.787 de 10 de fevereiro 1999, de autoria do ex-senador Itamar Franco, regulamentando que constasse nas embalagens dos medicamentos genéricos, o princípio ativo em tamanho não inferior a 50% do nome fantasia, além de comprovação de mesma biodisponibilidade e bioequivalência quanto aos medicamentos de referência de mesma concentração e via de administração estabelecendo que todas as prescrições médicas e odontológicas realizadas através do SUS fossem feitas com o nome genérico (MINAS GERAIS, 2008). Em 9 de agosto de 1999 foi publicada a primeira Resolução da Diretoria Colegiada, a RDC nº 391, que aprovou o Regulamento Técnico para medicamentos genéricos bem como provas de biodisponibilidade, bioequivalência, controle de qualidade, prescrição e dispensação (ARAÚJO et al., 2010), a partir daí a industria farmacêutica reagiu contra esta aprovação, porém não assumiu publicamente sua posição contrária, chegando até a enviar aos médicos carimbos e receituários já impressos com a seguinte frase “Não
  • 17. 17 substituir por genéricos”. A agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) reagiu com a republicação da RDC 391 na qual incluiu a proibição desta prática exigindo de próprio punho a restrição do prescritor pela intercambialidade. A resistência à nova política de medicamentos implantada pelo governo também foi evidenciada pelos prescritores através uma pesquisa realizada pela ANVISA em 1999 a qual mostrou que 80% deles prescreviam medicamentos de marca mesmo que 78% manifestassem de forma positiva sobre a qualidade do medicamento (DIAS, 2006). Após cerca de 1 ano e meio a RDC 391 foi revogada pela RDC 10 de 2 de janeiro de 2001 que manteve o mesmo formato da anterior porém com maior detalhamento como o registro de produtos importados e autorização para redução de lotes pilotos para medicamentos com alto valor agregado. No entanto a RDC 10 foi revogada pela RDC 84 em 19 de março de 2002 na qual foram citados casos onde há exigência de novos ensaios de bioequivalência e também sendo reapresentada a lista dos medicamentos não aceitos como genéricos. A RDC 84 foi revogada em 29 de maio de 2003 pela RDC 135 que adicionou em seu conteúdo a apresentação de resultados dos estudos de estabilidade da formulação de maior concentração para formulações com três ou mais concentrações diferentes do mesmo fármaco, estudos de estabilidade de longa duração para medicamentos cujo prazo de validade excedesse 24 meses entre outros. Em 2 de março de 2007 foi revogada a RDC 135, aprovando a RDC 16 que permitiu que anticoncepcionais orais e hormônios endógenos fossem registrados como genéricos, além dos antieméticos, antitérmicos e antipiréticos, antibacterianos tópicos, antihemorroidários e descongestionantes nasais tópicos à lista dos medicamentos que não poderiam ser admitidos como genérico (ARAÚJO et al., 2010). Atualmente, existe mais de 16 mil apresentações de medicamentos genéricos e o Brasil se situa como nono no mercado mundial que fatura mais de três bilhões de dólares, podendo proporcionar à população o tratamento da maioria das doenças conhecidas a um custo razoável (BERMUDEZ, 1994).
  • 18. 18 1.2 Definições Em 1993, o governo brasileiro adotou como política do setor de saúde os medicamentos genéricos, mas só foi em 1999 que a Lei dos Genéricos foi sancionada pelo então presidente da república. A partir do reconhecimento das denominações genéricas, tornou-se obrigatório a utilização da Denominação Comum Brasileira (DCB) e da Denominação Comum Internacional (DCI) implantada com a finalidade da padronização das definições dos medicamentos utilizados. Através da regulamentação da Lei dos Genéricos por meio de uma RDC da ANVISA, possibilitou a introdução de definições que antes não eram empregadas para o registro de um medicamento no Brasil sendo que esta lei estabeleceu um novo padrão para registros e desenvolvimentos de medicamentos no país como a equivalência farmacêutica e bioequivalência (ARAÚJO et al., 2010). É importante ter as seguintes definições: Medicamento Genérico: medicamento produzido após a expiração da proteção patentária do medicamento de referência ou inovador. É necessário que o medicamento genérico tenha a mesma biodisponibilidade e seja bioequivalente ao de referência de mesma concentração, forma farmacêutica, indicação, posologia e via administração podendo ser com este intercambiável (BRASIL, 1999). Biodisponibilidade: significa a concentração e a velocidade que o fármaco atinge a corrente sanguínea após a sua administração. É a quantidade de droga que está disponível para ser utilizada pelo organismo (SILVA, 2006). Medicamento de Referência: fármaco inovador registrado e patenteado junto ao órgão responsável, cuja segurança, eficácia e qualidade foram comprovadas cientificamente através de ensaios in vitro e in vivo (BRASIL, 1999). Bioequivalência: é quando dois produtos atingem a taxa de biodisponibilidade dos ativos e não diferem nas condições experimentais sendo assim considerados produtos farmaceuticamente equivalentes (FUCHS, 2006). Medicamento Similar: medicamento similar ao medicamento de referência registrado no órgão federal responsável pela vigilância sanitária, porém sua eficácia, segurança e qualidade não estão totalmente comprovadas.
  • 19. 19 Equivalência farmacêutica: são considerados fármacos equivalentes quando nestes contêm a mesma quantidade de princípios ativos, na mesma dosagem e administrados pela mesma via, porém não são necessariamente bioequivalentes, pois algumas diferenças nos excipientes, por exemplo, podem levar a diferenças de dissolução e/ou biodisponibilidade (BERMUDEZ, 1994). Produto farmacêutico intercambiável: produto que seja bioequivalente a um produto de referência, cuja biodisponibilidade, segurança e qualidade sejam essencialmente comprovados (BRASIL, 1999). 1.3 Os medicamentos genéricos no mundo Em nível mundial, os Estados Unidos da América destaca-se por 70% dos receituários médicos serem de medicamentos genéricos sendo que no Reino Unido os genéricos apresentam cerca de 15% do mercado e na Alemanha 30% (HAYDEN, 2008). Cabe ressaltar que, nos Estados Unidos da América, todos os estados adotaram a lei dos genéricos (PINTO, 2007). Tal difusão e aceitação internacional dos medicamentos genéricos se devem principalmente, à promoção destes medicamentos terem ocorrido nos países em que as ações são direcionadas para influenciar o comportamento de médicos e profissionais da saúde por meio de informações que comprovam a qualidade e a sua confiabilidade (MONTEIRO et al., 2005). Em 1990, a Colômbia promulgou o decreto 709 estabelecendo o registro de medicamentos, isenção de taxa, possibilidade de produzir genéricos com o mesmo registro de marcas e estabeleceu também a obrigatoriedade de colocar a denominação genérica nas embalagens no mesmo tamanho das marcas, além da prescrição pelo nome genérico (BERMUDEZ, 1994). A implantação da política de medicamentos genéricos na Noruega se deu em 2001 com sucesso. Na Suécia, foi relatado um período de teste recentemente bem sucedido quanto às prescrições de genéricos. Não foi identificado nenhum argumento farmacológico contra a prescrição de medicamentos genéricos (NELSON, 2006).
  • 20. 20 A evolução do mercado de medicamentos genéricos, em 1993, pode ser avaliada em vários outros países como França que cresceu 13% e a Inglaterra 50%. Outros dados que merecem ser citados são referentes à Dinamarca, onde os genéricos correspondem a 50% do mercado varejista e os Países Baixos, onde representam 40%. Portugal, Bélgica e Espanha são países onde os genéricos ainda representam mercados incipientes (DESMARAIS, 2010). Nos quatro primeiros anos de vigência dos medicamentos genéricos no Brasil pôde-se observar resultados comerciais de cerca de 9,9% das vendas do mercado, superiores a alguns países onde existem genéricos há muitos anos como Itália (1%), França (2%), Espanha (1%) e Portugal (1%), evidenciando que nesses países houve baixa aceitação dos genéricos. Porém, ainda distante de países como Inglaterra (65%), Dinamarca (60%), Estados Unidos (49%), Canadá (40%) e Alemanha (38%) com alta aceitação da população (DIAS, 2006). A efetiva introdução da política dos medicamentos genéricos e sua aceitação no mundo, de modo geral, foi bem sucedida, principalmente nos Estados Unidos e alguns países da Europa. Isso se deve à orientação por parte dos prescritores e profissionais da área da saúde. Vale salientar o alto nível de escolaridade da população desses países que é um índice fundamental para a aceitação de uma nova política de medicamentos. Em outros países onde os genéricos não foram bem aceitos, como a França, se deve à ausência de estímulos à prescrição médica e à dispensação. 1.4 Regulamentação dos medicamentos genéricos no Brasil No Brasil, é responsabilidade do Estado zelar pela saúde da população e é por meio da formulação de políticas sociais e econômicas que garantem o acesso dos cidadãos à serviços para promoção, recuperação e proteção da saúde. Dentre as estratégias do governo para assegurar o acesso da população à saúde, está a política de medicamentos genéricos, que são, em geral, mais baratos que os medicamentos de referência. O baixo custo dos medicamentos genéricos se deve ao fato de não recaírem sobre os laboratórios que os produzem os custos de desenvolvimento da nova molécula e dos estudos clínicos necessários, já que estes foram realizados pelas empresas que desenvolveram
  • 21. 21 os medicamentos de referência sendo obrigatório para os genéricos apenas a comprovação de sua biodisponibilidade e bioequivalência, além de não investirem tanto em propaganda para tornar a marca conhecida (DIAS, 2006). Em 1993, o Brasil reconheceu a necessidade de implantar no país o segmento de medicamentos genéricos com o objetivo da regulação dos preços provendo o acesso da população de baixa renda à saúde (ARAÚJO et al., 2010), mas só foi em 10 de fevereiro de 1999 que a Lei nº 9.787 sancionada pelo então presidente da república, Fernando Henrique Cardoso, estabeleceu o medicamento genérico e dispôs sobre sua utilização no país (BRASIL, 1999). Entre 1993 e 1999, intervalo entre a obrigatoriedade da utilização da denominação genérica e a efetiva implantação da lei, os diferentes laboratórios de medicamentos similares existentes no Brasil buscaram manter seus produtos no mercado e só passaram a investir em medicamentos genéricos após seus registros expirarem, retardando a efetiva implantação da política dos genéricos (ARAÚJO et al., 2010). Os laboratórios não são obrigados a produzir os genéricos, porém as farmácias e drogarias são obrigadas a oferecê-los e poderão fechar se não os tiverem (MONTEIRO, 2005). Foi então que a partir da efetiva implantação da política dos genéricos, a Lei nº 9.787, que a legislação brasileira tendo como base a regulamentação técnica e a experiência de diversos países como Estados Unidos, Alemanha e Espanha, estabeleceu que para um medicamento genérico ser registrado seria necessário que este comprovasse perante o órgão responsável (ANVISA) a sua equivalência farmacêutica, biodisponibilidade e bioequivalência em relação ao medicamento de referência visando assegurar sua qualidade, segurança e eficácia fazendo com que este se tornasse intercambiável com o medicamento inovador (STORPIRTIS et al., 2004). Depois que os genéricos foram lançados no mercado, tornou-se necessário estabelecer padrões quanto a sua embalagem e rótulo. Em 28 de março de 2001 foi aprovada a RDC 47, ainda em vigor, que regulamentou que todas as embalagens externas deveriam ser identificadas com uma faixa amarela e contendo a letra G em azul cobrindo a face principal e as laterais das embalagens (BRASIL, 2001).
  • 22. 22 Após constantes modificações nas legislações frente às necessidades e às situações inesperadas durante o processo, o governo brasileiro conseguiu implantar no país uma efetiva política nacional de medicamentos genéricos. Em poucos anos o Brasil conseguiu atingir um patamar de vendas de medicamentos genéricos que outros países levaram décadas para alcançar (DIAS, 2006) e em apenas 4 anos da implantação da Lei nº 9.787, os medicamentos genéricos já se encontravam disponíveis em mais de 4 mil apresentações, abrangendo as principais classes terapêuticas e atendendo a mais de 60% das prescrições médicas (Pró-Genéricos, 2011). 1.5 Medicamento genérico versus medicamento de referência Drogas são consideradas substâncias que têm por finalidade proteger, manter e restaurar a saúde. É com base nesse contexto que o governo brasileiro adotou a política dos medicamentos genéricos como um dos objetivos de reduzir os custos de saúde desde que, esses medicamentos tenham sua qualidade, segurança e eficácia comprovada perante os órgãos competentes (TROUILLER, 1996). A regulamentação técnica para o registro de medicamentos genéricos se deu seis meses após a publicação da lei nº 9.787 através da RDC nº 391 de 9 de agosto de 1999 na qual foram estabelecidas condições de registro, controle de qualidade, testes, fabricação, prescrição e dispensação. Os primeiros genéricos foram registrados seis meses após a publicação da RDC nº 391, porém foram necessários várias revisões na legislação atendendo critérios da OMS até sua ultima publicação, a RDC 16 de 2 de março de 2007 (ARAÚJO et al., 2010). Para garantir a intercambialidade entre o medicamento de referência e o medicamento genérico deve-se primeiramente se basear no conceito de equivalência terapêutica entre ambos, assegurada pela equivalência farmacêutica, da bioequivalência, das boas praticas de manipulação e do controle de qualidade (STORPIRTIS et al., 2004). Um estudo realizado pelo Departamento de Farmácia Social da Faculdade de Farmácia da Universidade de Oslo em 2009 na Noruega feito com
  • 23. 23 174 pacientes hipertensos entre 50 e 80 anos, revelou que em média 8% dos entrevistados sentiram que o efeito da droga havia mudado, e 15% relataram ter novos ou mais efeitos colaterais. A atitude negativa para a adesão do paciente ao tratamento com medicamentos genéricos foi significativamente associada com baixo nível educacional, embora a substituição por genéricos foi uma importante medida de contenção de custos, os profissionais da saúde devem se aproximar de cada paciente individualmente procurando esclarecer as dúvidas sobre esses medicamentos (HAKONSEN; TOVERUD, 2010). Para que um medicamento genérico seja lançado no mercado farmacêutico é necessário que o fabricante realize o desenvolvimento farmacotécnico de acordo com as mesmas especificações in vitro dos medicamentos de referência. Tais especificações se baseiam em comprovar que os dois fármacos possuem o mesmo sal, base ou éster da molécula terapeuticamente ativa, no entanto não se deve descartar a probabilidade de diferenças em relação às características físicas e físico-químicas do fármaco e demais componentes da formulação, bem como nos processos de fabricação, que podem gerar diferenças na biodisponibilidade, comprometendo a bioequivalência e consequentemente sua intercambialidade. Entretanto, pode-se evitar tal fato desenvolvendo a farmacotécnica do medicamento de forma adequada com os padrões estabelecidos (STORPIRTIS et al., 2004). Em outro estudo no qual foram coletados dados de farmácias e drogarias, na cidade de Maringá, no Paraná, realizado pela Faculdade Estadual de Maringá, no período de 30 de outubro a 22 de novembro de 2002, constatou-se que os medicamentos genéricos não sujeitos a controle especial são, em média, 42% mais baratos do que os medicamentos de referência e em relação aos similares são, em média, 15% mais baratos. Vale ressaltar também que os medicamentos similares são, em média, 24% mais baratos que os de referência (MONTEIRO, 2005). Após a implantação dos medicamentos genéricos no mercado farmacêutico brasileiro, entre os tratamentos que ficaram mais baratos estão o de diabetes que caiu de 34 a 37% (dependendo do medicamento adotado), o de hipercolesterolemia, cuja queda de preço variou de 39 a 57%, e o de hipertensão, cerca de 53%. O sucesso da adoção da política dos genéricos beneficiou,
  • 24. 24 principalmente, pessoas que fazem uso de medicamentos para uso crônico (SÃO PAULO, 2003). 1.6 Aspectos sobre a aceitação dos medicamentos genéricos pela população em geral Desde a implantação dos medicamentos genéricos se discute se estes são confiáveis e de alta qualidade. Ainda existe uma incerteza se a bioequivalência é suficiente para garantir a segurança e eficácia dos genéricos, e essa questão é levantada pelos médicos e pacientes que se sentem pouco a vontade com os medicamentos genéricos (HASENCLEVER, 2004). Um dos fatores que ajudam os genéricos a não serem conhecidos são as opiniões dos médicos, onde quase 50% dão garantia negativa sobre a qualidade dos medicamentos genéricos, e mais de ¼ preferem não usá-los como medicamentos de primeira linha para uso próprio e de sua família. Esse índice aumenta para médicos com idade maior de 55 anos (ENCOLHEU, 2011a). Segundo uma pesquisa realizada pela Faculdade de Ciências da Saúde, Faculdade de Farmácia da Universidade do Leste da Finlândia com cerca de 3000 pessoas com idade mínima de 18 anos em 2008, pôde-se constatar que, 70,9% dos entrevistados consideram os medicamentos genéricos bons, 26,9% ficam receosos, 80,9% afirmam que são eficazes, 88,4% não notavam nenhuma diferença entre os outros medicamentos, 8,6% recusaram a substituição pelos genéricos, e a maior parte eram mulheres com idade avançada. Há quatro razões fundamentais para que o uso de medicamentos genéricos seja aderido pelos pacientes: o baixo custo, prescrição e esclarecimento por parte dos médicos e a indicação dos farmacêuticos (HEIKKILA; MANTYSESELKA; AHONEM, 2011). Quanto à aceitação dos genéricos no Brasil, em geral, cabe ressaltar que o crescimento de vendas nos primeiros 18 meses de sua introdução foi em torno de 15% ao mês. Entre junho de 2000 e agosto de 2001, a venda de genéricos cresceu 249,42%, chegando a 7,06 milhões de unidades (ARAÚJO et al., 2010). Destaca-se o importante papel da divulgação dos medicamentos genéricos para sua aceitação. Houve empenho pessoal do ministro da saúde bem como de
  • 25. 25 membros da ANVISA nos diversos canais de comunicação. Divulgou-se o produto em congressos médicos e associações de consumidores já que é de suma importância o papel do prescritor no esclarecimento sobre tais medicamentos (DIAS, 2006). Outros dados de uma pesquisa realizada em uma cidade do sul do Brasil relatam que há um conhecimento teórico e prático sobre medicamentos genéricos, a proporção de genérico foi de 3,9%, já 86% sabiam que os genéricos custam menos e 70% que a qualidade é similar aos medicamentos de marca, 57% conheciam algumas características da embalagem que faz a diferenciação dos genéricos dos demais medicamentos. Essa pesquisa foi no período de 15 dias e 18,9% compraram genéricos, mas esse valor não pode ser considerável, pois a maioria da população não sabe diferenciar os genéricos de outros medicamentos (BERTOLDI; BARROS; HALLAL, 2005).
  • 26. 26 2 OBJETIVOS 2.1 Objetivo geral Verificar se os medicamentos genéricos são aceitos ou não pelos idosos do município de Turmalina – SP. 2.2 Objetivos específicos • Verificar possíveis motivos que interferem na adesão dos pacientes idosos no tratamento com os medicamentos genéricos. • Verificar porque ocorre não aceitação dos medicamentos genéricos. • Verificar a interferência do farmacêutico na utilização do medicamento genérico.
  • 27. 27 3 MATERIAIS E MÉTODOS Esse trabalho foi realizado por meio de uma pesquisa de campo que teve como instrumento a aplicação de um questionário conforme apêndice I aos idosos no município de Turmalina – SP. Participaram dessa entrevista 130 indivíduos com idade acima de 60 anos.
  • 28. 28 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO Figura 1 - Faz uso de medicamento genérico? Idosos analfabetos Idosos com Ensino Fundamental Idosos com Ensino Médio Idosos com Ensino Superior Fonte: Elaboração própria A utilização de medicamento genérico é maior entre os idosos que concluíram o ensino médio e superior. Isso deve-se provavelmente ao fato destes terem maior acesso as informações ou pelo menos onde encontrá-las, dados semelhantes foram encontrados em Dias, 2006 no qual relata-se que grande parte dos países onde a aceitação do genérico foi bem sucedida, deve-se ao fato do alto nível de escolaridade da população desses países.
  • 29. 29 Figura 2 - Motivos pelos quais os pacientes idosos não fazem uso dos medicamentos genéricos. Fonte: Elaboração própria O alto índice de não confiabilidade ao medicamento genérico entre os pacientes idosos pode ser refletido pela não orientação, credibilidade e prescrição por parte dos médicos, como também é discutido em Encolheu et al. Apesar desta pesquisa ter sido elaborada através de entrevistas com pacientes idosos que na sua maioria utilizam o Sistema Único de Saúde, vale constatar que um número considerável de médicos não prescrevem medicamentos genéricos, provavelmente devido a fatores já mencionados acima.
  • 30. 30 Figura 3 - Ao utilizar medicamento genérico, sentiu algum efeito indesejado? Fonte: Elaboração própria Grande parte dos pacientes que fizeram uso dos medicamentos genéricos afirmaram que não sentiram nenhum efeito indesejado ao fazer uso dos mesmos. Tal fato comprova que os medicamentos genéricos possuem eficácia e segurança semelhante aos medicamentos de referência, dados semelhantes foram obtidos por Hikkila et al, 2011.
  • 31. 31 Figura 4 - Faz uso de medicamentos genéricos sem prescrição médica? Idosos analfabetos Idosos com Ensino Fundamental Idosos com Ensino médio Idosos com Ensino Superior Fonte: Elaboração própria Grande parte dos pacientes idosos que utilizam medicamentos genéricos os faz sem receita médica aumentando as chances de ocorrer problemas relacionados aos medicamentos, pois nesses casos onde o uso irracional destes medicamentos sem comprovação da doença, do correto tratamento e consequentemente do fármaco mais adequado, pode originar problemas mais sérios como a intoxicação medicamentosa. Observa-se que quanto maior o grau de instrução, maior o aumento do uso do medicamento genérico sem prescrição médica. Esse dado nos traz um alerta importante, pois, embora aumente a utilização desses tipos de medicamentos conforme aumenta o grau de instrução, essa utilização pode estar sendo feito de forma equivocada podendo gerar problemas relacionado ao medicamento.
  • 32. 32 Figura 5 - Dos pacientes idosos que fazem uso do medicamento genérico sem prescrição médica, quem os indicou? Fonte: Elaboração própria Quem mais influência na utilização do medicamento genérico é o farmacêutico, sendo um profissional que possui conhecimento na área. O que chama a atenção é que mais de um quarto dos pacientes idosos utiliza o genérico devido à influência de amigos e família. Isso é relevante, pois a informação sobre o medicamento pode estar vindo de alguém sem conhecimento na área favorecendo o aparecimento de problema relacionado ao medicamento e uso irracional.
  • 33. 33 5 CONCLUSÃO Através das análises feitas por meio da pesquisa de campo com idosos, realizada no município de Turmalina - SP pôde-se constatar que a maior aceitação dos pacientes ao medicamento genérico são aqueles cujo grau de instrução é médio ou superior. Um dos motivos maiores pelos quais os idosos não fazem uso dos medicamentos genéricos é pela falta de confiabilidade a esses medicamentos, isso se deve, principalmente, a falta conhecimento e orientação por parte dos prescritores. A maioria dos idosos que já fizeram ou fazem uso do medicamento genérico afirmaram que não sentiram nenhum efeito indesejado, o que demonstra que os medicamentos genéricos são bioequivalentes ao medicamento de referência, ou seja, possuem eficácia e segurança semelhantes. Quanto aos idosos que fazem uso de medicamentos genéricos sem prescrição, observa-se que quanto maior o grau de instrução, maior o aumento do uso do medicamento genérico sem prescrição médica, justamente por terem maiores acessos a informações sobre esses medicamentos, podendo causar problemas com medicamentos e até mesmo uma intoxicação medicamentosa. O farmacêutico foi relatado como o maior influenciador na utilização dos medicamentos genéricos, fato importante, pois sendo um profissional da área da saúde com muito conhecimento sobre medicamentos, e nas quais muitos têm confiança, o que favorece o esclarecimento correto sobre os medicamentos genéricos e as vantagens de fazer uso desses medicamentos, inclusive não utilização do medicamento desnecessário.
  • 34. 34 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS Através dos dados obtidos torna-se nítido a necessidade de maiores esclarecimentos sobre os medicamentos genéricos, principalmente aos pacientes idosos menos instruídos e que têm menos acesso a informações, sendo muito importante o papel do prescritor e outros profissionais da saúde para a orientação desses pacientes, podendo evitar assim que estes façam uso irracional de medicamentos. Quanto aos pacientes idosos mais instruídos e que fazem uso do medicamento genérico sem prescrição, cabe a orientação principalmente do farmacêutico no momento da dispensação para que não ocorram problemas com medicamentos com esses pacientes.
  • 35. 35 7 REFERÊNCIAS ARAÚJO, L. U. et al. Medicamentos genéricos no Brasil: panorama, histórico e legislação. Rev. Panam Salud Publica, Ouro Preto, dez. 2010; 28(6):480–92. BERMUDEZ, J. Medicamentos genéricos: Uma alternativa para o mercado brasileiro. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.10, n.3, p. 368-378, jul/set. 1994. BERTOLDI, A. D., BARROS, A. J., HALLAL, P. C., Genéricos drogas no Brasil: conhecidos por muitos, usados por poucos, Programa de pós graduação em epidemiologia, Pelotas, nov./dez. 2005, 21(6):1808-15. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Lei nº 9.787/1999, de 10 de fevereiro de 1999. Regulamenta os medicamentos genéricos no Brasil. Brasília, 1999. BRASIL. Resolução RDC nº 47 de 28 de março de 2001. Regulamenta as embalagens dos medicamentos genéricos. Brasília, 2001. CALIXTO, J. B. Desenvolvimento de medicamentos no Brasil: Desafios, Gazeta médica da Bahia, Florianópolis, 2008; 78 (Suplemento 1):98-106. DESMARAIS, J. E., BEAUCLAIR, L., MARGOLESE, H. C. A mudança de marca para medicamentos genéricos psicotrópicos : uma revisão da literatura, mcGil university health centre, clinica unidade psychopharmacology, Canadá, nov. 2010, 10.1111. DIAS C. R. C., LIEBER R. N. S. Processo da implantação da política de medicamentos genéricos no Brasil. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, ago. 2006; 22(8):1661–69. ENCOLHEU, W. H., et al, As conseqüências da requerente “dispensar como está escrito”, Departamento de medicina, Boston, abr. 2011a, 124(4):309-17. ENCOLHEU, W. H., et al. Percepções do médico sobre medicamentos genéricos, Hospital brigham and women e departamento de medicina, Boston, jan. 2011b, 45(1):31-8. FUCHS, F. D.; WANNMACHER,L.; FERREIRA, M. B.C.Farmacologia clinica : fundamentos da terapêutica racional. 3. ed. Rio de Janeiro :Guanabara Koogan, 2006. HASENCLEVER, L. O mercado de medicamentos genéricos no Brasil, Simpósio Franco-Brasileiro, Brasília, jun. 2004.
  • 36. 36 HAKONSEN, H., TOVERUD, E. L. Desafios especiais para a adesão à droga seguintes genéricos de substituição de imigrantes paquistaneses que vivem na Noruega, Faculdade de Farmácia da Universidade de Oslo. Oslo, dez. 2010. 67 (2) :193-201 HAYDEN, C. Sem patente não há genérico: acesso farmacêutico e política de cópias, Sociologias, Porto Alegre, ano 10, nº 19, p. 62-91, jan./jun. 2008. HEIKKILA, R., MANTYSESELKA, P., AHONEM, R. Fazer as pessoas considerarem eficazes medicamentos mais baratos? Inquerito á população sobre a opinião pública de genéricos de substituição na Finlândia, Faculdade de ciências da saúde, Finlandia, fev. 2011, 20(2):185-91. MINAS GERAIS – Conselho Regional de Farmácia de Minas Gerais. Notícias do CRF – MG, 2008. Disponível em: < http://www.crfmg.org.br/outrasnot.php?IdTexto=163>. Acesso em: 20 de out. 2011. MONTEIRO, W. M. et al, Avaliação da disponibilidade de medicamentos genéricos em farmácias e drogarias de Maringá (PR) e comparação de seus preços com os de referência e similares. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, Maringá, vol. 41, n. 3, p. 333-343, jul./set. 2005. NELSON, S., SLORDAL, L. Os medicamentos genéricos em vez de marca drogas prescrições – em atraso longa, Institutt para laboratoriemedisin, Barne- og kvinnesykdommer, Det medisinske fakultet, Norges teknisk- naturvitenskapelige universitet, 7489 Trondheim. Noruega, fev. 2006. 126 (4) :441-3. PINTO, C. M. D. P. Mercado brasileiro de medicamentos genéricos: Análise do desempenho de uma subsidiária de laboratório estrangeiro. 2007. 123p. Dissertação (Mestrado em Administração de Empresas) – Fundação Getúlio Vargas – FGV, Rio de Janeiro, 2007. PRÓ-GENÉRICOS – Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos.História , 2011. Disponível em: <http://www.progenericos.org.br>. Acesso em: 09 de ago. 2011. SÃO PAULO– Conselho Regional de Farmácia de São Paulo. Disponível em: < http://www.crfsp.org.br>. Acesso em: 29 de out. 2011. SILVA, P. Farmacologia. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. STORPIRTIS, S. et al, A equivalência farmacêutica no contexto da intercambialidade entre medicamentos genéricos e de referência: Bases técnicas e científicas. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.6, abr. 2004.
  • 37. 37 SYOBODA,T.,A problemática da original e medicamentos genéricos e biosimilares -comutação de drogas hoje e amanhã com o principal alvo sobre as biotecnologias, riscos associados. Albany college of pharmacyand, Nova York, nov./dez. 2010, 50(6):752-7. TROUILLER, P., Os medicamentos genéricos nos países em desenvolvimento, Centre hospitalier,Grenoble, Nova York, abr. 1996. VALLES, J. A., et al, Aceitação de genéricos a prescrição, na prática geral: efeito da educação do paciente e preços de referência, Servei d’atencio primaria ciutat vella, Barcelona, nov./dez. 2002, 16(6):505-10.
  • 38. 38 APÊNDICE I Questionário Idade ___________ Sexo F M 1) Escolaridade: Ensino fundamental Ensino médio Ensino superior Analfabeto 2) Qual a sua renda mensal? (salário mínimo) Até 2 salários Até 4 salários Até 6 salários Mais que 6 salários 3) Você sabe o que é medicamento genérico? Sim Não 4) O que você achou da implantação dos medicamentos genéricos? Ótimo Bom Regular Ruim Péssimo 5) Já fez ou faz uso de medicamento genérico? Sim Não 6) Se não faz uso, por quê? Não confio Alto custo Não conheço Não faz uso de medicamentos Médico não prescreve Só faz uso de medicamentos da UBS 7) Este medicamento foi prescrito por algum médico? Sim Não 8) Você já fez uso do medicamento genérico sem prescrição? Sim Não 9) Caso a resposta acima seja positiva, quem te indicou o medicamento genérico? Sim Não 10)Ao realizar o uso do medicamento genérico, já notou se a eficácia é a mesma do medicamento de referência? Sim Não