1. A cultura do palácio
Trabalho realizado por:
Nome: Sara Cristina leão Meireles
Turma: 2ºA nº 356
2. A vida intelectual, nos séculos XV e XVI, foi expressão das novas realidades econômicas,
sociais, políticas e religiosas com que o homem se defrontou e que imprimiram certas
características à Filosofia, à Ciência e às Artes, no período.
Um Erro Secular
A palavra “Renascimento”, usada comumente para designar o movimento intelectual
do início da Idade Moderna, não traduz, entretanto, o que acontecia realmente. De fato, o
homem dessa fase desenvolveu uma mentalidade individualista e crítica, voltada para os
interesses materiais e preocupada com a valorização da vida terrena, em oposição aos antigos
ideais medievais. Isto fez com que ele imprimisse uma caracterização humanista à cultura
intelectual, inspirada nos modelos greco-romanos (clássicos) – civilizações grega e romana
comumente conhecidas como civilizações “clássicas”, – para cuja imitação muito contribuiu a
fixação, na Península Itálica, de sábios bizantinos, que fugiam ao domínio turco. Nem de longe,
no entanto, se pode, hoje, aceitar a idéia de uma “ressurreição” da cultura intelectual, pois a
Idade Média foi um período de alta criatividade nesse setor, impregnada porém, da visão
espiritualista e mística com que o homem medieval encarava a realidade.
Características da Arte Renascentista
A arte renascentista caracterizou-se por vários fatores:
- a busca da inspiração nos ideais greco-romanos;
- o homem renascentista valorizava a natureza principalmente a humana;
- o gosto pelo luxo e comodidade;
- como fonte de inspiração, o retorno à natureza;
- grande liberdade criativa;
- o gosto pelos efeitos cênicos e teatrais;
- o dinamismo das figuras, a expressão naturalista;
Com relação à pintura, os maiores avanços técnicos foram obra de flamengos (pintores
de Flandres, condado submetido à suserania dos reis da França). Entre eles destacaram-se os
irmãos Jan e Hübert Van Eick, que inauguraram a pintura a óleo – dissolvendo as tintas em
óleo de linhaça – de execução rápida e fácil, além de oferecer ao artista maiores recursos.
Já a conquista do espaço tridimensionalista é obtida através de vários recursos.
Tomaso Masaccio (1401-1428) renega vigorosamente as tradições do Oriente para criar uma
pintura monumental de grandes espaços e massas e de feição naturalista e inspiração popular.
O espaço ganha as três dimensões, o “claro-escuro” sugere volumes e imprime
verossimilhança às paisagens e às figuras humanas.
No século XVI surge a figura mais potente de toda a escultura renascentista:
Michelangelo Buonarroti (1475-1564). Tornou-se famoso como pintor, mas seu campo
artístico preferido era a escultura. O propósito dominante de todo o seu trabalho foi expressar
o pensamento na pedra. Dedicou-se à busca de efeitos emocionalmente vigorosos para
3. exprimir de forma alegórica suas ideias filosóficas. Para isto, empenhou-se no estudo da figura
humana em todas as posições, atitudes e expressões. Suas esculturas revelam uma vitalidade
até então nunca alcançada por outros artistas.
A arquitetura caracterizou-se pela grandiosidade dos edifícios, que, no entanto,
apresentavam linhas simples e simétricas. A adaptação dos modelos clássicos fez-se notar pelo
uso do arco plano, das colunatas e das cúpulas. Como exemplo podemos citar a “Basílica de
São Pedro” em Roma, e o “Duomo” em Florença.
O RENASCIMENTONA PINTURA
O criador e precursor da arte renascentista foi Giotto (1266-1337). Ao contrário dos
quadros medievais, em que o homem era retratado como figura plana (homem como ser
imaterial), as figuras humanas de Giotto são bem marcadas em suas formas e representadas
de acordo com a realidade. Ao contrário dos quadros medievais, que tinham freqüentemente
um fundo dourado a simbolizar uma luz sobrenatural, o céu pintado por Giotto é de um azul
bem claro, visto ao fundo das brancas muralhas da cidade. Podemos citar entre os artistas do
período: Tomaso Masaccio (1401-1428); Sandro Botticelli (1444?-1510). Já no final do século
XV e começo do seguinte, a pintura renascentista italiana atingiu o seu máximo esplendor,
sobretudo a três gênios: “Leonardo Da Vinci, Rafael Sanzio e Michelangelo.
LEONARDO DA VINCI (1452-1519)
Não foi apenas um pintor famoso, mas também músico, escultor, arquiteto, filósofo, cientista,
engenheiro, anatomista e inventor. Essa não especialização do conhecimento fez dele o
protótipo do homem renascentista. Sua pintura, ao contrário da pintura idealista de Botticelli,
baseou-se na pesquisa científica da natureza. A natureza para Da Vinci, mantém seus segredos
profundamente ocultos, exigindo uma análise minuciosa. Esta pintura científica está bem
presente em suas obras “Última Ceia”, “A Virgem dos Rochedos”, “A Gioconda” e
“Anunciação”.
4. Análise de Obras
Obra: Última ceia
Data:1495-1497
Técnica:
Dimensões: 460 cm × 880 cm
O mosteiro de Santa Maria delleGrazie, em Milão, não é mais utilizado e a sala do
refeitório onde Leonardo pintou o painel foi transformado em museu. A encomenda original
foi feita por Ludovico, o Mouro. Ao contrário da técnica tradicional da pintura sobre argamassa
úmida, Leonardo utilizou têmpera a óleo. Com a umidade, a deterioração da pintura já havia
sido iniciada em 1510, ainda durante a vida do mestre. O restauro vem sendo realizado desde
1726.
Durante a guerra, o mosteiro foi bombardeado, e a parede com o mosaico sobreviveu
miraculosamente. Curioso que um artista livre-pensador, em cujos escritos não se encontra
uma linha acerca dos assuntos religiosos, tenha elaborado talvez o ícone mais difundido da fé
cristã e católica. A Última ceia talvez seja a imagem cristã mais difundida da história. Segundo
Leonardo, o objetivo era retratar a 'intenção da alma humana' através dos gestos e membros
dos personagens, isto é, mais do que expressar os estados emocionais, retratar a vida interior
de cada um dos apóstolos. Para conseguir este objetivo, consta que o artista percorria as ruas
da cidade, inclusive as prisões, em busca dos rostos cuja expressividade lhe parecia ser
adequada para cada um dos apóstolos.
Cristo posiciona-se ao centro da composição, e para ele convergem as linhas em
perspetiva da sala. Ele parece resignado, enquanto os apóstolos debatem-se, como se houvera
sido o momento exato em que ele revela que um deles o trairá. Dispostos em grupos de três,
cada um reage à afirmação segundo suas disposições. A figura de Judas sempre havia sido um
problema compositivo a todos os artistas que pintaram esta cena, pois era equivocado
representar o traidor do Salvador junto aos outros apóstolos. Ao mesmo tempo em que fazia
parte da ceia, devia ser excluído do convívio dos apóstolos. Outros artistas, como
AndreadelCastagno haviam resolvido o problema teológico com a separação espacial de Judas
do grupo, o único posicionado de costas para o observador. Isto o identificava ao mesmo
tempo em que o excluía dos outros. Na Última Ceia de Leonardo, Judas é misturado aos outros
apóstolos, e apenas seu perfil sinistro e rancoroso sugere ali estar sua pessoa.
Obra: Mona lisa
Data: 1503-1506
Técnica: Pintura a óleo sobre madeira de álamo
Dimensões:77 cm × 53 cm
Jovem esposa de um homem rico, Monna (madona,
senhora, em italiano) Lisa diAntonio Maria Gherardin, tinha cerca de
vinte e cinco anos quando Leonardo começou a pintar seu retrato.
Conta o pintor em suas anotações que mantinha a moça sempre de
5. bom humor durante as sessões de pintura 'cantando, tocando algum instrumento e contando
anedotas', para que ela não ganhasse uma expressão triste ou entediada.
Estranho que uma mulher tão rica se apresentasse de maneira tão simples, sem jóias
ou ostentação. Estranho também que seu marido não parece ter encomendado o quadro, nem
se sabe de nenhum outro cliente. Leonardo ficou com o quadro até o final da vida, quando o
levou para a França e vendeu-o para Francisco I por 4000 moedas de ouro. O fato de Leonardo
ter trabalhado com zelo neste quadro durante quatro anos, e de ter ficado com ele é incomum
para uma época em que estava se iniciando a liberdade do artista como livre-criador.
O fundo da pintura também revela algumas surpresas. A temática das montanhas
escarpadas era recorrente na obra de Leonardo. Alpinista amador, Leonardo tem vários
desenhos e esboços sobre o tema, além de tê-lo empregado como fundo em outras
composições, como a Virgem dos rochedos e a Virgem e o Menino com Santa Ana. Entretanto,
a paisagem que aparece à direita e à esquerda de Mona Lisa não parece coerente. O lado
esquerdo parece ser observado por alguém situado em uma posição mais baixa que o outro
lado, o qual parece ser visto por alguém mais alto. Isto é, nós vemos mais terra até a linha do
horizonte do lado direito do que do lado esquerdo.
Por outro lado, o único elemento a lembrar a presença humana na paisagem é um
pequeno detalhe colocado do lado direito, próximo ao ombro da figura: uma ponte
atravessando o rio. Além disso, dos dois lados da pintura ainda se vê vestígios de duas bases
do que parecem ter sido duas colunas que ladeavam a moça. Há um desenho de Rafael
baseado neste quadro em que aparecem nitidamente duas colunas laterais, que parecem ter
sido eliminadas posteriormente por Leonardo.
O sorriso, já muito comentado, é mais um aflorar da alma, um estado de espírito fugaz,
captado pelo mestre. Leonardo utiliza-se do sfumato em torno dos olhos e dos cantos da boca:
sutilmente torna difusos os contornos, alcançando a ambigüidade misteriosa de sentimentos
que vemos no belo rosto. Os olhos nos encaram, mas ao invés de qualquer tensão, parecem
compassivos. Uma névoa de melancolia cobre sua face assim como um diáfano véu cobre-lhe
os cabelos. Outro detalhe interessante é a ausência de sobrancelhas. Por que Mona Lisa não as
tem? Uma hipótese provável é a de que Leonardo teria pintado as sobrancelhas
posteriormente, e que uma malsucedida restauração as tenha removido inadvertidamente.
Obra: madona
Data: 1490-1491
Técnica: Têmpera sobre tela
Dimensões: 42 cm × 33 cm
O esquema compositivo mais comumente utilizado por
Leonardo é o esquema piramidal. As figuras são dispostas na
cena de maneira que o seu conjunto ocupe a maior área
próxima ao chão, e quanto mais se elevam na vertical, menor
área ocupam. Disso resulta uma estrutura em forma de
triângulo que tornou-se, mais tarde, quase um padrão na arte
de Rafael e outros pintores. Na ilustração, A Virgem com o Menino, pode-se perceber como as
figuras enquadram-se dentro do esquema piramidal, em que pese a extraordinária
naturalidade dos gestos e da expressão daspersonagens.
O sfumato é a passagem da luz para a sombra, realizada de maneira tão sutil que
quase não é percetível o limite entre uma e outra. Isto, consegue-se pelo hábil manejo do
pincel (ou outros instrumentos suavizadores, como os dedos ou o esfuminho), aplicando
6. suavemente a tinta, ora vindo da luminosidade em direção à sombra, ora vice-versa. O efeito é
o de uma sutil gradação. Com isto, eliminam-se os contornos nítidos, reduzindo a precisão dos
traços e ampliando a ambiguidade expressiva.
Uma consequência do emprego desta técnica é a possibilidade de não se trabalhar as
figuras a partir de suas linhas de contornos, mas sim desde suas superfícies, ou melhor, da
modulação suave da luz sobre os corpos. Artistas como Botticelli, por exemplo, fizeram da
linha seu mais forte recurso expressivo. Os contornos são agudos e as figuras se destacam
umas das outras pelos nítidos perfis. Em Leonardo, ao contrário, as figuras parecem avançar e
recuar desde as sombras. Ele concebe a figura não por seu perfil, mas, digamos assim, pela sua
superfície.
A perspetiva aérea é um modo de representar os efeitos das grandes distâncias na
perceção que temos das cores e dos contornos dos objetos. Sabe-se que, quanto mais distante
está um objeto ou uma cena de nós, menos nítidos vemos seus contornos. Também as cores
são afetadas por esta determinante. Dada a presença do oxigênio no ar que intermedia a
distância entre nós e as montanhas longínquas que Leonardo representou na Virgem e o
Menino quanto mais distantes estão as montanhas, mais azuladas nos parecerão. Esta é
também a razão de vermos o céu azul em dia de sol.
SANDRO BOTTICELLI - 1445
Alessandro di Mariano diVanniFilipipepi nasce em Florença. Depois de ter tido uma
breve passagem na arte da ourivesaria (1459/60), ingressa uma aprendizagem como pintor,
junto de FraFilippoLippi, em Prato. É em 1465 que o jovem pintor executa as suas primeiras
obras: a Adoração dos Magos e A Virgem e o Menino com um Anjo.
A partir de 1470, Botticelli fixa-se em Florença, montando na sua cidade natal, o seu
atelier.O ano de 1475 marca o início da longa relação entre Botticelli e a família Médicis.
Acreditou-se durante muito tempo que o quadro mitológico
A Primavera, teria sido realizado para Lourenço, o Magnífico. Mas é muito provável que este
quadro tenha sido pintado para Lorenzo diPierfrancesco, primo em segundo grau do
governador de Florença.
Análise de Obras
Obra: Primavera
Data:1482
Técnica: Têmpera sobre madeira
Dimensões: 203 cm × 314 cm
7. O quadro A Primavera, corresponde a uma pintura que representa e festeja a chegada
da primavera. A composição representa o império. Existem representadas neste de Vénus (no
centro da imagem), quadro, perto de quinhentas no qual penetram o amor e a espécies de
plantas, das quais, primavera com a sua abundância de cento e noventa são flores.
No meio do bosque das laranjeiras surge sobre um prado Vénus, a deusa do amor, por
cima da qual o seu filho Eros atira as suas flechas de amor, com os olhos vendados.
Disposição das imagens: Soberana do bosque, Vénus encontra-se um pouco atrás. A atitude e
o movimento das personagens demonstram uma harmoniosa unidade entre o homem e a
natureza. As laranjeiras crescem eretas, as personagens estão de pé numa atitude elegante.
Por cima de Vénus, as laranjeiras fecham-se em semicírculo, como uma auréola que circunda a
deusa, principal personagem do quadro. O lirismo também terá servido de inspiração a
Botticelli e assim, surge a divindade de Zéfiro, brisa que banha as planícies de orvalho, as cobre
de doces perfumes e veste a terra de inúmeras flores. Esta personagem está representada à
direita do quadro sob a forma de um ser alado, azul esverdeado.
Nesta composição as intenções do deus do vento não se circunscrevem a brindar a
natureza, mas revelam alguma agressividade que se apercebe pelo movimento das árvores e
folhagem. É que Zéfiro persegue uma ninfa com vestes transparentes e que olha para o deus
com horror. Da sua boca caem flores e misturam-se com as que decoram o vestido de uma
outra personagem que avança ao lado dela. Esta nova personagem tira do regaço uma mão
cheia de rosas que deita no jardim.
Esta personagem é proveniente um texto da Antiguidade atribuído a Ovídio. O poeta
descreve aí o princípio da Primavera como o momento em que a ninfa Clóris se transforma em
Flora, a deusa das flores “Eu era Clóris a quem hoje chamam Flora”.
É assim que a ninfa começa a sua narrativa, enquanto da boca lhe escapam algumas flores.
Zéfiro terá sido arrebatado pela paixão e tomado a ninfa à força para sua mulher. Mas depois
de se arrepender, transformou-a em deusa das flores, rainha da Primavera.
Do lado esquerdo, vemos as três Graças, dançando numa roda cheia de encanto. A seguir a
elas está Mercúrio, o mensageiro dos deuses, que fecha o quadro à esquerda. Reconhecemo-
lo pelas suas sandálias aladas e o caduceu que tem na mão direita. A presença do sabre que
Mercúrio transporta, demonstra a sua função de guardião do bosque.
Obra: Nascimento de Vénus
Data:1483
Técnica: Têmpera sobre madeira
Dimensões: 172,5 cm x 278,5 cm
Se em “A Primavera” a figura de Vênus surge recatada, quase como uma virgem
católica, na obra mais conhecida de Sandro Botticelli, “O Nascimento de Vênus”, a deusa do
amor é retratada nua, absoluta, sensual, totalmente profana, como o seu mito eterno.
Vênus nasceu da espuma do mar. Quando Saturno (Cronos) cortou os testículos do pai, Céu
(Urano), destronando-o, atirou-os ao mar. Dos testículos amputados de Urano, uma grande
espuma foi formada no mar, de onde nascia Vênus, ou Afrodite, a mais bela de todas as
deusas.
8. É este momento sublime, o nascimento da deusa do amor, que nos retrata a bela obra
de Botticelli. Ao nascer no meio do mar, Vênus é amparada por uma grande concha de
madrepérolas. Uma Vênus nua, de cabelos longos e dourados, é apresentada no centro da
obra, com todo o seu esplendor. Delicadamente, com uma das mãos cobre um dos seios, e
com a outra mão, conduz a longa cabeleira dourada a esconder-lhe o sexo divino. Vênus
aparece nua e a insinuar a nudez, sutilmente coberta, pronta para ser revelada.
Zéfiro surge à esquerda de Vênus, abraçado à sua eterna companheira, a ninfa das flores,
Clóris. Cabe ao vento do oeste soprar a bela deusa para a ilha de Chipre. Clóris sopra sobre a
deusa singela e belas violetas.
Á esquerda, já na ilha de Chipre, está uma das Horas, que prepara uma túnica imortal
para cobrir a deusa do amor.“O Nascimento de Vênus” é ao lado da estátua da Vênus de Milo,
a representação mais conhecida do mito de Vênus-Afrodite.
Tornou-se uma das obras mais difundidas nos tempos atuais, eternizando o seu
criador. É um dos ícones mais representativo do Renascimento.
RAFAEL SANZIO (1483-1520)
Para Rafael Sanzio, não há conflitos entre o paganismo antigo e o cristianismo embelecido
terrenalmente. Nesse pintor, encontramos um bom exemplo do humanismo evangélico. Seus
ideais são os da doçura e da piedade; a beleza e a verdade se igualam, sendo que a primeira é
vista como um fim em si mesmo. Suas principais obras são: “A Escola de Atenas” e “Madona
Sistina”.
Obra: "La bellagiardiniera - A Virgem e o Menino com São
João Batista",
Data:1507
Técnica: óleo sobre madeira
Dimensões: 122x80 cm
O título de "jardineira do Belle" é devido à beleza da
florida Virgem e do meio ambiente rural.
A Virgem representa a beleza feminina, com sua forma oval
tipicamente pura e simplicidade do estilo. As personagnes
são integradas na paisagem de modo ideal.
A Virgem está sentada em uma pedra, olhando para o garoto, que olha para trás,
enquanto diante dele é João, que parece confiar em sua equipe crucíferos. Os olhares que se
cruzam, silenciosas transmitem emoção.
9. Esta obra resume as várias influências que recebeu Rafael: Perugino, Leonardo e
Michelangelo. A Virgem e o Menino com São João da composição dinâmica e formar um
esquema de pirâmide que traz equilíbrio e serenidade para a cena. O grupo está em primeiro
plano de uma paisagem brilhante e aberto. No fundo, à direita, é o perfil de uma cidade com
edifícios góticos. Plantas e arbustos são representados com rigor científico. Entre eles estão
símbolo, roxo da humildade da Virgem, e columbines, símbolos da Paixão de Cristo. O novo
olhar da Virgem em direção a Jesus e Bush são inspirados Peruginesque frágil. Transparências
distante paisagem azul (desbotada) e modelagem macio das crianças, através do efeito de luz
e sombra (chiaroscuro) derivada de Leonardo da Vinci.
Esta é uma das representações da Virgem Maria feitas por Rafael enquanto em
Florença. Para fazê-lo, ele fez numerosos esboços e papelão.
MICHELANGELO (1475-1564)
Em Michelangelo podemos notar o conflito entre o paganismo e cristianismo, que aparece sob
forma trágica em sua obra. As obras principais como pintor foram os afrescos pintados no teto
da Capela Sistina, onde se destacam: “Deus separando a luz das trevas”, “A Criação de Adão”,
e “O Juízo Final”. São também notáveis na pintura italiana: FraLippo, FraAngelico, Ticiano,
Corregio, Veronese, Ghirlandaio e Tintoretto. Foi Tintoretto (1518-1549) quem introduziu um
novo estilo na pintura italiana: o Barroco.
Obra: capela sistina
Data:1508– 1512
Técnica: Gesso e ouro
Dimensões:4.050 cm x 1.400 cm
A pintura da Capela Sistina, que foi dividida em duas etapas, uma entre 1508 a 1513,
(pintura das cenas do antigo testamento no teto) e outra de 1535 a 1541, (pintura do Juízo
Finalna parede do altar), reúne um conjunto literário na forma de imagens cujos temas
expressam aleitura do pintor aos textos do Pentateuco (Gênese e Êxodo), aos Evangelhos e ao
Apocalipse deJoão. O cenário icônico da capela apresenta ordenadamente as narrativas
bíblicas da criação domundo, de Adão, e do juízo final. Podemos pensar a pintura de
Michelangelo como umatentativa de ordenar os “fatos” bíblicos em três planos distintos e de
forma linear.
A imagem a seguir apresenta as divisões temáticas escolhidas por Michelangelo para
seutrabalho na Capela Sistina. Nas reentrâncias retangulares, no centro do teto, se desenvolve
ostemas principais bíblicos já mencionados, e nas bordas, em reentrâncias quadradas e
tambémtriangulares emergem apóstolos e personagens como sibilas e a humanidade pagã do
mundoantigo. No plano central do teto seguem os seguintes temas: O profeta Jonas, a
separação da luze das trevas, a criação do sol e da lua, a criação de Adão, a criação de Eva, o
10. pecado Original, osacrifício de Noé, o dilúvio, Noé e a maldição de Cã. Uma curiosa mistura
que reúne profetas,figuras pagãs e sibilas formam as pinturas das laterais. No altar
Michelangelo finaliza com oJuízo final.
Um outro assunto bastante explorado pela Igreja é a expulsão de Adão e Eva do Éden
por terem cometido o “pecado original”. A partir daí a saga da chamada raça adâmica
estariapredestinada ao declínio e corrupção. Os descendentes de Adão são impelidos a
recompor os laçosperdidos e tentar uma nova aliança com Deus. Em geral, o clero se via como
o responsável pelaremissão, já que se consideram os reais herdeiro de Jesus e os Apóstolos.
Na imagem dedicadaao juízo final, Michelangelo demonstra conhecimento da literatura
homérica, dantesca e bíblica.
As imagem utilizadas na cena traduzem situações e personagens da tradição literária
com areferência sobre o inferno, cuja passagem dar-se-ia pelo barco de Caronte, das almas
emsuplício, lembrando cenas descritas por Dante Alighieri em sua A Divina Comédia, e,
finalmentedos temas do novo testamento sobre a descida de Jesus novamente à terra, agora,
como juiz econdutor, acompanhado de Maria.
Várias foram as tentativas de explicar as formas, os tons utilizados, enfim, todos os
aspectos que envolveram a pintura da Capela. No entanto, analisando partes do trabalho
deMichelangelo, podemos dizer que a pretensão do autor era a apreciação pública do
cenáriobíblico. O escultor e pintor viveu o momento da Contra-Reforma empreendida pela
IgrejaCatólica, momento em que o iconoclastismo protestante contrastava com a
linguagemimagéticadas capelas e catedrais. De acordo com Gilbert Durand, o clero católico
exagerou narepresentação espiritual das imagens e do culto aos santos.23 À época do
Renascimento osvitrais, os portais, as colunas das várias formas arquitetônicas eram talhadas,
pintadas eesculpidas com temas das passagens bíblicas. Essas criações, muitas vezes
encomendadas,serviam à leitura pública da imagem, numa época em que a população ainda
era analfabeta.
Semquerer restringir as obras renascentistas, os monumentos artísticos também
guardavam suafunção pedagógica. Eduardo França Paiva, por exemplo, afirmou que as
representaçõesicônicas, desde os primeiros tempos do Cristianismo foram instrumentos
pedagógicos poderosose eficazes”. Desse modo, o trabalho de Michelangelo, aqui
especificamente a pintura do tetoda Capela Sistina, não deixava de ser também um esforço
por expressar as angústias do homemmoderno em torno de sua religiosidade em mutação.
Resumo de imagens
Deus criando as estrelas e os
planetas
A criação de adão
11. O pecado original e a explosão no
Paraíso
A criação de Eva
O sacrifício de Noé
Dilúvio Universal
Os profetas encontram se nas áreas triangulares e laterais
Ezequiel
14. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estudo realizado através desta pesquisa faz refletir que no
período da renascença a mudança da posição ocupada pelo homem no
mundo. A Igreja sempre procurou dominar a sociedade, a riqueza e por
muito tempo vendeu indulgências e dominou reinos, desfrutou e
destorceu os fatos bíblicos para conquistar tudo o que queria inclusive
dominar o pensamento do homem, apropriando-se do seu conhecimento.
A evolução do saber influenciou os pensadores a refletir sobre a verdade e
abrir caminhos para o conhecimento, com issoarte evoluiu alcançando
quase a perfeição e conquistando o seu espaço.
Restou para igreja, que não podia perder seus fiéis, contratar e
aceitar os serviços destes artistas famosos, que não precisaram abrir mão
de suas pesquisas e conhecimentos científicos e se deleitaram realizando
obras belíssimas fazendo do templo da igreja um grande museu de arte
até hoje admirado e contemplado por fiéis, artistas e turistas.
Este trabalho foi elaborado com o apoio do Mestre Henrique Leal,
estudioso na área da História e Cultura das Artes, e com os seus respetivos
textos de autor.
Devido á complexidade das obras não foi possível realizar um
resumo mais curto, pois perdiam-se argumentos importantes das obras e
da corrente artística.