O documento discute aplicação de agrotóxicos, diferenças entre pulverização e aplicação e entre regular e calibrar equipamentos. Também aborda fatores que influenciam a pulverização como tamanho de gotas, bicos, agitação da calda, filtros, volume de pulverização e condições climáticas.
1. Aplicação de Agrotóxicos
* Herbicidas
* Inseticidas
Disciplina : Silvicultura
Aula: 12
Prof° : Eng. Flor. MS Wagner Corrêa Santos
Profº Eng. Flor. Wilson Cesar
2. Diferença entre pulverização e
aplicação
• Pulverização: processo físico-mecânico
de transformação de uma substância
líquida em partículas ou gotas.
• Aplicação: Deposição de gotas sobre
um alvo desejado, com tamanho e
densidade adequadas ao objetivo
proposto.
3. Diferença entre regular e calibrar o
equipamento
• Regular: ajustar os componentes da máquina
às características da cultura e produtos a
serem utilizados. Ex.: Ajuste da velocidade,
tipos de pontas, espaçamento entre bicos,
altura da barra etc.
• Calibrar: verificar a vazão das pontas,
determinar o volume de aplicação e a
quantidade de produto a ser colocada no
tanque.
É muito comum os aplicadores ignorarem a
regulagem e realizarem apenas a calibração, o
que pode provocar perdas significativas de
tempo e de produto.
4. Interação ( Produto x Pulverizador)
• Agitação da Calda
• Utilização de filtros corretos
• Volume de pulverização
• Tamanhos de gotas
• Bicos de pulverização
• Condições climáticas
5. Agitação da calda
•Manual ou Mecanico
• Má agitação interfere na eficácia do produto
Pó Molhavel (PM) e Solução Concentrada (SC) = Depositam no fundo do Pulverizador
Concentrado emulsionável (CE) = Ficam na superfície da calda
6. Filtros
Deve-se escolher um filtro que não barre a passagem homogênea do agrotóxico
Ex: Soluções que não se misturam a água, deve-se utilizar filtros
com malhas maiores, para não ocorrer obstrução deste.
Pó molhavel (PM)
Suspensão concentrada (SC)
7. Volume de Pulverização
O volume de Pulverização depende de vários fatores, onde
deve-se considerar a importância de colocar o produto de forma correta
no alvo com o mínimo de desperdício e contaminação do meio
ambiente, onde deve-se trabalhar com o menor volume possível para
atingir o objetivo
8. Tamanho de Gotas
a) Gotas grandes (> 400 μm): menos arrastadas pela deriva,menores problemas de
evaporação no trajeto da ponta ao alvo, menor cobertura da superfície , baixa
capacidade de penetração na cultura e alta escorrimento do produto nas folhas.
b) Gotas médias (200-400 μm): possuem características intermediárias entre as
grandes e as pequenas. Se não houver qualquer indicação na bula do produto
fitossanitário, deve-se utilizar gotas de tamanho médio, com o objetivo de reduzir a
probabilidade de erros na aplicação.
c) Gotas pequenas (<200 μm): mais arrastadas pela deriva, grande evaporação na
aplicação, maior cobertura do alvo capacidade de penetração e baixo escorrimento
Importante: Em toda pulverização, seja ela classificada como fina, média ou grossa,
existirão gotas pequenas, médias e grandes, variando-se apenas a proporção entre elas.
9.
10. Bicos de Pulverização
Neles, um líquido sob pressão é forçado através de uma pequena abertura,
de tal forma que o líquido se espalha, formando uma lâmina que
posteriormente se desintegra em gotas de diferentes tamanhos.
Componentes do bico
11. Os bicos são classificados pela sua:
* Forma de Jato ( Plano e Cônico)
* Angulo de Abertura
* Pressão
- Cerâmica;
- Pressão operacional: 30 a 60 lbf.pol²;
- Ângulo de pulverização: 110° a 45 lbf.pol².
- Poliacetal;
- Pressão operacional: 30 a 90 lbf.pol²;
- Ângulo de pulverização: 95° a 45 lbf.pol².
12. Pontas de Jatos Planos
* Também denominada Tipo leque ou Impacto
*È indicada para aplicações em alvos planos (solo)
* Muito utilizada na aplicação de herbicidas
13. As pontas de jato plano 'leque' podem ainda ser subdivididas em:
1)padrão: perfil elíptico, ideal para utilização em barras;
2) uniforme: para utilização em faixas, sem sobreposição
3) redutora de deriva: possui um pré-orifício
especialmente desenhado para proporcionar gotas mais
grossas e reduzir o número de gotas pequenas com
tendência de deriva;
14. indução de ar: possui uma câmara onde a calda é
misturada ao ar succionado por um sistema venturi,
proporcionando gotas mais grossas e reduzindo o
número de gotas pequenas
leque duplo: possui dois orifícios idênticos
produzindo um leque voltado 30º para frente e
outro 30º para trás em relação à vertical.
15. Pontas de jato cônico: são tipicamente compostas por dois
componentes denominados de ponta (ou disco) e
núcleo (difusor, caracol, espiral ou core).
Os jatos cônicos são recomendados para aplicação em superfície irregular
folhas , pois tem melhor cobertura da superfície
Os jatos cônicos podem ser cheio e vazio, sendo o cone cheio recomendado para barras
pulverizadoras acopladas a trator
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17. Influências climáticas
Fatores que podem interromper uma pulverização:
* ventos ( alta deriva)
* Temperatura
* Umidade relativa do ar
Condições ideais:
Umidade relativa do ar: mínima de 55%;
Velocidade do vento: 3 a 10 km/h;
Temperatura: abaixo de 30º C.