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29ª FESTA DA UVA
23ª FEIRA AGROINDUSTRIAL DE CAXIAS DO SUL

                      José Ivo Sartori
               Prefeito Municipal de Caxias do Sul
                      Gelson Palavro
                   Presidente da Festa da Uva
        Secretário: Antonio Roque Feldmann
   Diretor da Cultura da Comissão Comunitária da Festa da Uva
Ano Itália
   no Brasil
Selo comemorativo do ano da Itália no
         Brasil 2011/2012
Propaganda de
CIA. Marítima de
     Viagem
As Companhias Marítimas


•         As companhias marítimas faziam propaganda
        de seus vapores através de cartazes com dizeres
                                      convincentes sobre as
  terras do Brasil,
convidando os campesinos italianos:
• Terre brasiliane pergli italiene.
• Navi partenenza tutte le setimanne dal Porto Di Genova.
• Venite a construire i vostri sogni com la famiglia.
• Um paese di oppotunitá. Clima tropicalle vito in
  aboondanzza.Ricchezze minerali. In Brasile potete
  havere i vostro castello.Il governo dá terre ed
           utensili a tutti.
As Promessas


Prometia-se transporte gratuito, hospedagem, instrumentos
de trabalho, sementes, assistência médica, instrução para as
crianças e crédito para comprar um lote de terras.
Subsidiando a viagem dos imigrantes italianos para o Brasil, o
governo do Império brasileiro trazia os mais pobres, aqueles
que dificilmente teriam condições de repatriamento e de
estabelecerem-se por conta própria.
Angelo Tomasi – 1896 – Partida de
           Imigrantes – Galeria Nazionale di arte
                     Moderna - Roma




Porto de Gênova
Partida da Itália

• Todas as semanas, dizia o cartaz aos colonos que partiam de
  suas aldeias no interior da Itália, embarcando no Porto de
  Gênova. E foram grandes levas de imigrantes, num episódico
  marketing bem sucedido, que tinha de uma lado, a
  necessidade dos colonos em imigrar e de outro, um apelo de
  terras dadas pelo governo e ainda a possibilidade de não
  serem mais arrendatários, mas donos da própria terra.
Desembarque de Imigrantes no Porto de
Santos – Arquivo Histórico do Espírito Santo
          Fotógrafo desconhecido




                                               Desembarque no Brasil
Os Senhores da Terra

O historiador Mario Maestri, em Os Senhores da Serra,
mostra que, de 1873 a 1881, 62 mil pequenas propriedades
foram confiscadas na Itália porque não conseguiram pagar
seus impostos. O emigrante na Itália era "mezzadro", ou seja,
arrendatário, não tinha nada, era empregado. Já no Brasil,
seria pequeno proprietário, não tendo patrões, tornando-se
dono do seu pedaço de terra.
Fotógrafo: Domingos Mancuso
Av. Julio de Castilhos, Caxias do Sul- 1875 Arquivo Histórico
Municipal João Spadari Adami




                                                    O início da Colonização
                                                         Italiana 1875
Primeiros Tempos

• Ao chegarem, os colonos eram denominados pelos
  intendentes de gringos, foram se estabelecendo. Logo
  podiam escrever aos seus, os que, da família, tinham ficado
  na Itália. As cartas foram, então, o primeiro meio de
  comunicação usado pelos colonos após a propaganda de
  sucesso das Cias. Marítimas. Elas eram escritas à mão, no
  dialeto de origem, e tratavam de dar notícias sobre os que
  aqui estavam e sobre a terra em que se estabeleciam, falando
  da abundância da produção agrícola.
As Cartas
A Cucagna

•       Os agentes de imigração faziam uma grande propaganda na Itália a
fim de aliciar os imigrantes. Anunciavam o Brasil como o paese de la
cucagna.
•A cucagna, que é o sinônimo de abundância de comida, é um mito
medieval europeu sobre as terras do Novo Mundo, a América.
•Dizia-se: na terra da cucagna corria o leite e o mel.
•Mas, o principal fato de motivação era a propriedade da terra por parte
dos imigrantes que não se sentiam mais escravos dos senhores feudais,
donos das terras italianas.
A Terra da
 Cucagna


             Cartaz do mito da cucanha, terra onde escorre o leite e o mel – propaganda das
             terras no Brasil e no Novo Mundo
             Cartografia Medieval
Valores: A Fé e a Religiosidade

• Dentre os valores eu fundamentaram a colonização está a Fé.
  A Igreja Católica foi responsável pela unificação da colônia,
  pelo convívio social que estabeleceu através das missas,
  rezas, novenas, etc., e das quermesses, uma vez que as
  famílias se viam aos domingos. A Igreja foi a responsável
  pelos limites morais ensinados aos colonos, o que resultava
  em um padrão de comportamento social e familiar.
Fotoógrafo: Domingos Mancuso
Arquivo Histórico Municipal João Spadari Adami


                                                     Fé e Religiosidade
                                                 Igreja Matriz de Santa Tereza
F
    Fotógrafo: desconhecido




                              O Trabalho da Família
                                 na Safra da Uva
O Trabalho: a Safra da Uva

• O trabalho era componente da vida dos imigrantes. Fundamentado na
  semana de seis dias - não havendo o sábado inglês - e na agricultura
  familiar de subsistência, permitiu aos colonos estabelecerem o pequeno
  comércio, primeiro de trocas e depois na moeda corrente, o que se
  expandiria pela chegada do trem e com ele o escoamento dos produtos
  da agricultura, dos grãos e das pipas de vinho, permitindo ainda o
  surgimento da primeira indústria na cidade.
Fotógrafo desconhecido
    A Safra da Uva




                           Trabalho:
                         A Safra da Uva
Trabalho Manual


• O trabalho era manual e permanente. A uva era colhida com as mãos
  desde o plantio das mudas das parreiras, das sementes dos grãos, até a
  colheita da safra, bem como os utensílios de uso cotidiano em casa ou na
  roça, - da cestaria à construção da casa, todo trabalho era feito pelas
  mãos dos colonos. O universo do trabalho era ocupação de toda a família:
  os homens, as mulheres e as crianças participavam integralmente do
  esquema tradicional do trabalho.
Fotógrafo: Aldo Toniazzo




A Safra da Vida
A Safra da Vida

• A safra é o conjunto dos produtos agrícolas de um ano; a
  colheita, aqui associada ao trabalho aos grãos, especialmente
  aos grãos de uva. A safra de grãos da uva se dá na temporada
  do verão, envolvendo toda a família, sendo basicamente uma
  cultura familiar que se estende, mais recentemente, aos
  safreiros ou safristas que são trabalhadores de temporada, e
  aos turistas que praticam a colheita no turismo ecológico.
• (cont.) A metáfora da safra da vida leva ao entendimento da
  colheita dos resultados naturais, o crescimento das empresas,
  os lucros maiores, o crescimento da cidade de Caxias do Sul e
  da região, os filhos, os amigos, isto é, os frutos, plantados ao
  longo da vida que têm o seu momento de celebração na safra
  durante toda a Festa da Uva.
Retrato da família de Timóteo Dalmonech - Acervo Arquivo Histórico do Espírito
Santo


Família de Imigrantes
A Língua e o Dialeto


• Outro valor que acompanhava os imigrantes quase todos
  pobres era a sua língua, mesclada de influências culturais.
• A língua da Divina Comédia era o dialeto da Toscana, região
  comercialmente avançada, o que permitiu que se sofisticasse
  em relação às outras 300 regiões da Itália que possuíam
  diferentes dialetos. A língua oficial da escrita era o latim.
(cont.) Dante escreveu A Divina Comédia na linguagem
popular, o que fortaleceu a imagem da fé dos campesinos
italianos, além de língua ser difundida e disseminada e que no
Brasil foi preservada pelos dialetos como força de unidade
dos colonos.
Dante Alighieri escreveu seu poema em dialeto macarrônico,
isto é, na linguagem popular da época. Isto o aproximou dos
campesinos que modificavam seus versos contados
oralmente de vila em vila, de região em região.
A Língua
E o Dialeto

                Estátua de
              Dante – Galeria
               degli Uffizi -
                 Florenza
•               (cont.) É sabido que a língua, então, unificava as
  famílias e a religiosidade que era passada pelos versos de
  Dante através dos sermões da Igreja. Assim diluídos, os
  dialetos diferentes assimilaram o poema de Dante e a língua
  italiana se fortaleceu.
• Quando os Imigrantes aportaram no Brasil e viajaram até as
  colônias, além da religiosidade e do trabalho, as famílias
  tinham a língua em comum, o dialeto, isto é, falavam a
  mesma língua, o que ajudou a colônia a ter o mesmo discurso.
   Para os Imigrantes, a derivação dos versos de Dante foi
  incorporada pela cultura do dialeto.
•                (cont.) A língua propõe a metáfora da fluidez através dos
  versos de Dante, que, escritos na fala popular da época e disseminados
  entre os camponeses, ao lado da música de Verdi ajudaram a unificar a
  Itália e unir os Imigrantes.
• Neste sentido, deve-se guardar os valores dos imigrantes e deve-se
  guardar da relação com o dialeto, herança cultural das mais fortes, e que
  foi responsável pela unidade da comunidade em sua formação, o que foi
  acrescido posteriormente pelo trabalho e pela religiosidade da família e
  da comunidade.
Jornal do começo do século XX




                                Os Jornais Históricos impressos da
                                     Cidade de Caxias do Sul
A Influência da Comunicação
                     na História dos Imigrantes Italianos
• Se as cartas foram o primeiro meio de comunicação dos
  imigrantes, a cultura da comunicação é historicamente um
  meio muito utilizado pelos italianos para fazer seus projetos e
  realizar seus negócios. O exemplo disso são os mais de 70
  jornais que existiram ao longo da história da cidade e da
  região. Guardados os limites de tempo e de lugar, a
  comunicação se expandiu para eles, paralelamente às
  comunicações do mundo.
JORNAIS HISTÓRICOS DE CAXIAS DO SUL/RS
A Encrenca (1914-1915)          A Época (1938-1958)               A Luneta (1933)
 A Pérola (1918)                A Resistência (1922)              A Tribuna (1920)
A Vanguarda (1922)              A Vanguarda (1964)                Alvorada (1959)
Assessôr (1965-1970)            Atlântico Notícias (1998-2003) Aurora Jornal (1965)
Boletim Eberle (1956-1965)      Brasilino (1963-1964)             Caxias (1927-1932)
Caxias Jornal (1932-1934)       Caxias Magazine (1958-1970) Caxias Notícias (1998-2000)
Cidade de Caxias (1911-1912) Cittá de Caxias (1915-1922)          Correio Colonial (1924-1925)
Correio do Município (1909)     Correio dos Bairros (1995-1999) Correio Riograndense (1976-1998)
Despertar (1947-1954)           Diário do Nordeste (1951-1954) Ecos do Mundo (1962-1964)
Evolucionista (1915-1916)       Folha de Caxias (1988-1989)       Folha de Hoje (1989-1994)
Folha do Nordeste (1937)        Folha do Sul (2000-2001)          Folha Popular (1981-1982)
Folha Regional (1982-1983)      Gazeta Colonial (1906-1908)       Gazeta de Caxias (1997-2009)
II Colono Italiano (1898)       II Gionarle Dell Agricoltore (1934-1939)
Indústria e Commercio (1917) Jornal da Câmara (1985-1990) Jornal da Mocidade (1957)
Jornal de Caxias (1973-1989)    Jornal do Município (1992-2009) Jornal do Progresso (1970)
Jornal dos Bairros (1993-2009) La Libertá (1909-1910)             Nosso Mundo (1968)
O Assombro (1937-1938)          O Brazil (1909-1924)              O Caxiense (1897-1898)
O Cosmopolita – O 14 de Julho (1902-1908)                         O Debate Esportivo (1949)
O Democrata (1922-1923)         O Estímulo (1916-1918)            O Estudante (1954-1955)
O Jornal (1931-1932)            O Momento (1931-1932)             O Pellegrino (1987-1997)
O Pissilone (1931-1932)         O Popular (1927-1930)             O Prático (1951)
O Regional (1926-1928)          Panorama (1958-1962)              Parnazo (1913)
Pioneiro (1948-2002)            Ponto Inicial (2001-2009)         Tempo Todo (2002-2009)
Uno Fato (1997-2009)Vida Esportiva (1954-1955)         Voz do Povo (1945-1953)

Arquivo Histórico Municipal João Spadari Adami - Câmara Municipal de Vereadores – Biblioteca Nacional -
A Influência da Comunicação na
                        História dos Imigrantes Italianos




Correios   Telégrafos     1913      1920 – Cidade   Escritórios
                                   1950 – Colônia   da cidade
Acompanhando a História

• Se tinham jornais, agora os imigrantes começavam a lidar
  com novos meios de comunicação. Aristides Germani compra
  o primeiro telefone da região em 1913, e os motores de seu
  moinho começam a operar com a eletricidade no mesmo ano,
  motivando outros comerciantes e empresários a fazê-lo.
• Ao que se seguiriam os outros meios como a máquina de
  escrever manual, o rádio, mais tarde a televisão e
  recentemente o celular, o computador, e a linguagem digital.
Fotógrafo: desconhecido
                Profissão: Telefonista




    O Telefone - 1913
Moinhos Aristides Germani
Foto de museu
                           Fotógrafo: desconhecido




A TV no Brasil a partir da década de 50
Chegada da Televisão

• A Televisão entra na vida dos brasileiros e dos caxienses em
  1960, em preto e branco. Na cidade de Caxias do sul os
  aparelhos não eram numerosos, o que agregava, a princípio,
  os vizinhos. As famílias que se reuniam nos corredores
  externos das casas para conversar, passaram a se reunir na
  sala diante da TV. São dessa época os festivais de MPB, no
  Brasil, e os de São Remo na Itália, seguidos da Bossa Nova e
  da construção de Brasília.
TV: O Fusca e o Violão
          Festivais de Música de MPB
           São Remo e a Bossa Nova




colagem
  livre
Chegada das cores


• A primeira transmissão da TV em cores no Brasil,
  realizada no dia 19 de Fevereiro de 1972, com a
  presença de vários autores globais, do Ministro das
  Comunicações Higino Corsetti.
AS CORES




   Transmissão da TV a Cores
       Festa da Uva 1972
A Vivência das Cores
                                na Cidade e na Colônia

• As cores renovam a visão das coisas. Pelas cores vemos as
  mudanças de estação, se a água é água, se o vinho é vinho. As
  cores identificam os objetos e produtos. As cores colorem o
  mundo, em todos os segmentos, permitindo a distinção dos
  objetos, tecidos, tintas, etc., e mesmo há quem veja cor em
  notas musicais tocadas. As cores estão presentes em todos os
  objetos de produção, permeando todo amplo campo da
  existência humana e sua relação objetual e emocional.
(cont.) Além da evocação das cores em todos os processos
autênticos da criação de arte, na pintura, há ainda a evocação
das cores nos produtos industriais e em todo o aparato de
publicidade comercial que evidenciamos hoje, por meio das
mídias. As cores vivificam e intensificam as emoções e dão
colorido à vida.
A Safra das
                           Novas Tecnologias
                            de Comunicação




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             Os Computadores - Década de 90
          A Internet - A informação se Dissemina
A Safra das Novas
                                 Tecnologias de Comunicação

• Das cartas ao suporte das novas tecnologias como o celular e o computador
e seus elementos integrados como o e-mail, o facebook, traduzimos hoje a
linguagem virtual do mundo globalizado na qual a estamos inseridos com as
redes sociais. Passado, presente e futuro convivem Celebrar o estágio de
avanço na vida dos que vivem em Caxias do sul é continuar com o processo
de comunicação iniciado pelas cartas manuscritas em dialeto pelos
imigrantes, pioneiros na forma e no conteúdo da comunicação da região. A
magia fica por conta da Festa da Uva.
colagem
  livre




          Tecnologias Contemporâneas
                 Redes Sociais
19 de fevereiro de 1972
                                Neste dia alguém gritou: LUZ, CÂMERA, AÇÃO!


Nesse instante, um raio luminoso feito um grande arco-íris desceu à Terra e se
estendeu feito um tapete pela rua Sinimbu no centro de Caxias. Por sobre ele
desfilou o corso alegórico de nossa Festa maior...
Nossa história, nosso orgulho, a vida de nossa gente era exibida de uma forma
diferente a partir daquele instante. A Festa da Uva foi a primeira transmissão a cores
da TV brasileira, antecedendo em cerca de 40 dias o lançamento dessa tecnologia no
país. A mão rude de nosso colono acenava a força, a conquista de um povo valente e
heróico... O delicado sorriso de nossas soberanas traduziam a beleza e a alegria
desse lugar...
...o trabalho, o progresso alcançado, revelando uma safra de valores e virtudes de
nossos imigrantes. Pela vastidão desse país continental, olhos inebriados de
surpresa contemplavam o surgimento das cores na TV.
Pessoas se acotovelavam em frente às poucas lojas que já detinham aparelhos
compatíveis com a nova tecnologia. O sonho trazido no coração de nossos
antepassados, qual semente fora plantado no Campo dos Bugres... E floresceu...
E dessa semente, veio a videira e dela, a uva.
E da uva, a cor primeira que o Brasil conheceu na TV.
E isso precisa ser dito em alto e bom som e claro, com todas as cores!

                                                                     Cesar Dambros
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  • 1.
  • 2. 29ª FESTA DA UVA 23ª FEIRA AGROINDUSTRIAL DE CAXIAS DO SUL José Ivo Sartori Prefeito Municipal de Caxias do Sul Gelson Palavro Presidente da Festa da Uva Secretário: Antonio Roque Feldmann Diretor da Cultura da Comissão Comunitária da Festa da Uva
  • 3. Ano Itália no Brasil Selo comemorativo do ano da Itália no Brasil 2011/2012
  • 4.
  • 6. As Companhias Marítimas • As companhias marítimas faziam propaganda de seus vapores através de cartazes com dizeres convincentes sobre as terras do Brasil, convidando os campesinos italianos: • Terre brasiliane pergli italiene. • Navi partenenza tutte le setimanne dal Porto Di Genova. • Venite a construire i vostri sogni com la famiglia. • Um paese di oppotunitá. Clima tropicalle vito in aboondanzza.Ricchezze minerali. In Brasile potete havere i vostro castello.Il governo dá terre ed utensili a tutti.
  • 7. As Promessas Prometia-se transporte gratuito, hospedagem, instrumentos de trabalho, sementes, assistência médica, instrução para as crianças e crédito para comprar um lote de terras. Subsidiando a viagem dos imigrantes italianos para o Brasil, o governo do Império brasileiro trazia os mais pobres, aqueles que dificilmente teriam condições de repatriamento e de estabelecerem-se por conta própria.
  • 8. Angelo Tomasi – 1896 – Partida de Imigrantes – Galeria Nazionale di arte Moderna - Roma Porto de Gênova
  • 9. Partida da Itália • Todas as semanas, dizia o cartaz aos colonos que partiam de suas aldeias no interior da Itália, embarcando no Porto de Gênova. E foram grandes levas de imigrantes, num episódico marketing bem sucedido, que tinha de uma lado, a necessidade dos colonos em imigrar e de outro, um apelo de terras dadas pelo governo e ainda a possibilidade de não serem mais arrendatários, mas donos da própria terra.
  • 10. Desembarque de Imigrantes no Porto de Santos – Arquivo Histórico do Espírito Santo Fotógrafo desconhecido Desembarque no Brasil
  • 11. Os Senhores da Terra O historiador Mario Maestri, em Os Senhores da Serra, mostra que, de 1873 a 1881, 62 mil pequenas propriedades foram confiscadas na Itália porque não conseguiram pagar seus impostos. O emigrante na Itália era "mezzadro", ou seja, arrendatário, não tinha nada, era empregado. Já no Brasil, seria pequeno proprietário, não tendo patrões, tornando-se dono do seu pedaço de terra.
  • 12. Fotógrafo: Domingos Mancuso Av. Julio de Castilhos, Caxias do Sul- 1875 Arquivo Histórico Municipal João Spadari Adami O início da Colonização Italiana 1875
  • 13. Primeiros Tempos • Ao chegarem, os colonos eram denominados pelos intendentes de gringos, foram se estabelecendo. Logo podiam escrever aos seus, os que, da família, tinham ficado na Itália. As cartas foram, então, o primeiro meio de comunicação usado pelos colonos após a propaganda de sucesso das Cias. Marítimas. Elas eram escritas à mão, no dialeto de origem, e tratavam de dar notícias sobre os que aqui estavam e sobre a terra em que se estabeleciam, falando da abundância da produção agrícola.
  • 15. A Cucagna • Os agentes de imigração faziam uma grande propaganda na Itália a fim de aliciar os imigrantes. Anunciavam o Brasil como o paese de la cucagna. •A cucagna, que é o sinônimo de abundância de comida, é um mito medieval europeu sobre as terras do Novo Mundo, a América. •Dizia-se: na terra da cucagna corria o leite e o mel. •Mas, o principal fato de motivação era a propriedade da terra por parte dos imigrantes que não se sentiam mais escravos dos senhores feudais, donos das terras italianas.
  • 16. A Terra da Cucagna Cartaz do mito da cucanha, terra onde escorre o leite e o mel – propaganda das terras no Brasil e no Novo Mundo Cartografia Medieval
  • 17. Valores: A Fé e a Religiosidade • Dentre os valores eu fundamentaram a colonização está a Fé. A Igreja Católica foi responsável pela unificação da colônia, pelo convívio social que estabeleceu através das missas, rezas, novenas, etc., e das quermesses, uma vez que as famílias se viam aos domingos. A Igreja foi a responsável pelos limites morais ensinados aos colonos, o que resultava em um padrão de comportamento social e familiar.
  • 18. Fotoógrafo: Domingos Mancuso Arquivo Histórico Municipal João Spadari Adami Fé e Religiosidade Igreja Matriz de Santa Tereza
  • 19. F Fotógrafo: desconhecido O Trabalho da Família na Safra da Uva
  • 20. O Trabalho: a Safra da Uva • O trabalho era componente da vida dos imigrantes. Fundamentado na semana de seis dias - não havendo o sábado inglês - e na agricultura familiar de subsistência, permitiu aos colonos estabelecerem o pequeno comércio, primeiro de trocas e depois na moeda corrente, o que se expandiria pela chegada do trem e com ele o escoamento dos produtos da agricultura, dos grãos e das pipas de vinho, permitindo ainda o surgimento da primeira indústria na cidade.
  • 21. Fotógrafo desconhecido A Safra da Uva Trabalho: A Safra da Uva
  • 22. Trabalho Manual • O trabalho era manual e permanente. A uva era colhida com as mãos desde o plantio das mudas das parreiras, das sementes dos grãos, até a colheita da safra, bem como os utensílios de uso cotidiano em casa ou na roça, - da cestaria à construção da casa, todo trabalho era feito pelas mãos dos colonos. O universo do trabalho era ocupação de toda a família: os homens, as mulheres e as crianças participavam integralmente do esquema tradicional do trabalho.
  • 24. A Safra da Vida • A safra é o conjunto dos produtos agrícolas de um ano; a colheita, aqui associada ao trabalho aos grãos, especialmente aos grãos de uva. A safra de grãos da uva se dá na temporada do verão, envolvendo toda a família, sendo basicamente uma cultura familiar que se estende, mais recentemente, aos safreiros ou safristas que são trabalhadores de temporada, e aos turistas que praticam a colheita no turismo ecológico.
  • 25. • (cont.) A metáfora da safra da vida leva ao entendimento da colheita dos resultados naturais, o crescimento das empresas, os lucros maiores, o crescimento da cidade de Caxias do Sul e da região, os filhos, os amigos, isto é, os frutos, plantados ao longo da vida que têm o seu momento de celebração na safra durante toda a Festa da Uva.
  • 26. Retrato da família de Timóteo Dalmonech - Acervo Arquivo Histórico do Espírito Santo Família de Imigrantes
  • 27. A Língua e o Dialeto • Outro valor que acompanhava os imigrantes quase todos pobres era a sua língua, mesclada de influências culturais. • A língua da Divina Comédia era o dialeto da Toscana, região comercialmente avançada, o que permitiu que se sofisticasse em relação às outras 300 regiões da Itália que possuíam diferentes dialetos. A língua oficial da escrita era o latim.
  • 28. (cont.) Dante escreveu A Divina Comédia na linguagem popular, o que fortaleceu a imagem da fé dos campesinos italianos, além de língua ser difundida e disseminada e que no Brasil foi preservada pelos dialetos como força de unidade dos colonos. Dante Alighieri escreveu seu poema em dialeto macarrônico, isto é, na linguagem popular da época. Isto o aproximou dos campesinos que modificavam seus versos contados oralmente de vila em vila, de região em região.
  • 29. A Língua E o Dialeto Estátua de Dante – Galeria degli Uffizi - Florenza
  • 30. (cont.) É sabido que a língua, então, unificava as famílias e a religiosidade que era passada pelos versos de Dante através dos sermões da Igreja. Assim diluídos, os dialetos diferentes assimilaram o poema de Dante e a língua italiana se fortaleceu. • Quando os Imigrantes aportaram no Brasil e viajaram até as colônias, além da religiosidade e do trabalho, as famílias tinham a língua em comum, o dialeto, isto é, falavam a mesma língua, o que ajudou a colônia a ter o mesmo discurso. Para os Imigrantes, a derivação dos versos de Dante foi incorporada pela cultura do dialeto.
  • 31. (cont.) A língua propõe a metáfora da fluidez através dos versos de Dante, que, escritos na fala popular da época e disseminados entre os camponeses, ao lado da música de Verdi ajudaram a unificar a Itália e unir os Imigrantes. • Neste sentido, deve-se guardar os valores dos imigrantes e deve-se guardar da relação com o dialeto, herança cultural das mais fortes, e que foi responsável pela unidade da comunidade em sua formação, o que foi acrescido posteriormente pelo trabalho e pela religiosidade da família e da comunidade.
  • 32. Jornal do começo do século XX Os Jornais Históricos impressos da Cidade de Caxias do Sul
  • 33. A Influência da Comunicação na História dos Imigrantes Italianos • Se as cartas foram o primeiro meio de comunicação dos imigrantes, a cultura da comunicação é historicamente um meio muito utilizado pelos italianos para fazer seus projetos e realizar seus negócios. O exemplo disso são os mais de 70 jornais que existiram ao longo da história da cidade e da região. Guardados os limites de tempo e de lugar, a comunicação se expandiu para eles, paralelamente às comunicações do mundo.
  • 34. JORNAIS HISTÓRICOS DE CAXIAS DO SUL/RS A Encrenca (1914-1915) A Época (1938-1958) A Luneta (1933) A Pérola (1918) A Resistência (1922) A Tribuna (1920) A Vanguarda (1922) A Vanguarda (1964) Alvorada (1959) Assessôr (1965-1970) Atlântico Notícias (1998-2003) Aurora Jornal (1965) Boletim Eberle (1956-1965) Brasilino (1963-1964) Caxias (1927-1932) Caxias Jornal (1932-1934) Caxias Magazine (1958-1970) Caxias Notícias (1998-2000) Cidade de Caxias (1911-1912) Cittá de Caxias (1915-1922) Correio Colonial (1924-1925) Correio do Município (1909) Correio dos Bairros (1995-1999) Correio Riograndense (1976-1998) Despertar (1947-1954) Diário do Nordeste (1951-1954) Ecos do Mundo (1962-1964) Evolucionista (1915-1916) Folha de Caxias (1988-1989) Folha de Hoje (1989-1994) Folha do Nordeste (1937) Folha do Sul (2000-2001) Folha Popular (1981-1982) Folha Regional (1982-1983) Gazeta Colonial (1906-1908) Gazeta de Caxias (1997-2009) II Colono Italiano (1898) II Gionarle Dell Agricoltore (1934-1939) Indústria e Commercio (1917) Jornal da Câmara (1985-1990) Jornal da Mocidade (1957) Jornal de Caxias (1973-1989) Jornal do Município (1992-2009) Jornal do Progresso (1970) Jornal dos Bairros (1993-2009) La Libertá (1909-1910) Nosso Mundo (1968) O Assombro (1937-1938) O Brazil (1909-1924) O Caxiense (1897-1898) O Cosmopolita – O 14 de Julho (1902-1908) O Debate Esportivo (1949) O Democrata (1922-1923) O Estímulo (1916-1918) O Estudante (1954-1955) O Jornal (1931-1932) O Momento (1931-1932) O Pellegrino (1987-1997) O Pissilone (1931-1932) O Popular (1927-1930) O Prático (1951) O Regional (1926-1928) Panorama (1958-1962) Parnazo (1913) Pioneiro (1948-2002) Ponto Inicial (2001-2009) Tempo Todo (2002-2009) Uno Fato (1997-2009)Vida Esportiva (1954-1955) Voz do Povo (1945-1953) Arquivo Histórico Municipal João Spadari Adami - Câmara Municipal de Vereadores – Biblioteca Nacional -
  • 35. A Influência da Comunicação na História dos Imigrantes Italianos Correios Telégrafos 1913 1920 – Cidade Escritórios 1950 – Colônia da cidade
  • 36. Acompanhando a História • Se tinham jornais, agora os imigrantes começavam a lidar com novos meios de comunicação. Aristides Germani compra o primeiro telefone da região em 1913, e os motores de seu moinho começam a operar com a eletricidade no mesmo ano, motivando outros comerciantes e empresários a fazê-lo. • Ao que se seguiriam os outros meios como a máquina de escrever manual, o rádio, mais tarde a televisão e recentemente o celular, o computador, e a linguagem digital.
  • 37. Fotógrafo: desconhecido Profissão: Telefonista O Telefone - 1913 Moinhos Aristides Germani
  • 38. Foto de museu Fotógrafo: desconhecido A TV no Brasil a partir da década de 50
  • 39. Chegada da Televisão • A Televisão entra na vida dos brasileiros e dos caxienses em 1960, em preto e branco. Na cidade de Caxias do sul os aparelhos não eram numerosos, o que agregava, a princípio, os vizinhos. As famílias que se reuniam nos corredores externos das casas para conversar, passaram a se reunir na sala diante da TV. São dessa época os festivais de MPB, no Brasil, e os de São Remo na Itália, seguidos da Bossa Nova e da construção de Brasília.
  • 40. TV: O Fusca e o Violão Festivais de Música de MPB São Remo e a Bossa Nova colagem livre
  • 41. Chegada das cores • A primeira transmissão da TV em cores no Brasil, realizada no dia 19 de Fevereiro de 1972, com a presença de vários autores globais, do Ministro das Comunicações Higino Corsetti.
  • 42. AS CORES Transmissão da TV a Cores Festa da Uva 1972
  • 43. A Vivência das Cores na Cidade e na Colônia • As cores renovam a visão das coisas. Pelas cores vemos as mudanças de estação, se a água é água, se o vinho é vinho. As cores identificam os objetos e produtos. As cores colorem o mundo, em todos os segmentos, permitindo a distinção dos objetos, tecidos, tintas, etc., e mesmo há quem veja cor em notas musicais tocadas. As cores estão presentes em todos os objetos de produção, permeando todo amplo campo da existência humana e sua relação objetual e emocional.
  • 44. (cont.) Além da evocação das cores em todos os processos autênticos da criação de arte, na pintura, há ainda a evocação das cores nos produtos industriais e em todo o aparato de publicidade comercial que evidenciamos hoje, por meio das mídias. As cores vivificam e intensificam as emoções e dão colorido à vida.
  • 45. A Safra das Novas Tecnologias de Comunicação colagem livre Os Computadores - Década de 90 A Internet - A informação se Dissemina
  • 46. A Safra das Novas Tecnologias de Comunicação • Das cartas ao suporte das novas tecnologias como o celular e o computador e seus elementos integrados como o e-mail, o facebook, traduzimos hoje a linguagem virtual do mundo globalizado na qual a estamos inseridos com as redes sociais. Passado, presente e futuro convivem Celebrar o estágio de avanço na vida dos que vivem em Caxias do sul é continuar com o processo de comunicação iniciado pelas cartas manuscritas em dialeto pelos imigrantes, pioneiros na forma e no conteúdo da comunicação da região. A magia fica por conta da Festa da Uva.
  • 47. colagem livre Tecnologias Contemporâneas Redes Sociais
  • 48. 19 de fevereiro de 1972 Neste dia alguém gritou: LUZ, CÂMERA, AÇÃO! Nesse instante, um raio luminoso feito um grande arco-íris desceu à Terra e se estendeu feito um tapete pela rua Sinimbu no centro de Caxias. Por sobre ele desfilou o corso alegórico de nossa Festa maior... Nossa história, nosso orgulho, a vida de nossa gente era exibida de uma forma diferente a partir daquele instante. A Festa da Uva foi a primeira transmissão a cores da TV brasileira, antecedendo em cerca de 40 dias o lançamento dessa tecnologia no país. A mão rude de nosso colono acenava a força, a conquista de um povo valente e heróico... O delicado sorriso de nossas soberanas traduziam a beleza e a alegria desse lugar...
  • 49. ...o trabalho, o progresso alcançado, revelando uma safra de valores e virtudes de nossos imigrantes. Pela vastidão desse país continental, olhos inebriados de surpresa contemplavam o surgimento das cores na TV. Pessoas se acotovelavam em frente às poucas lojas que já detinham aparelhos compatíveis com a nova tecnologia. O sonho trazido no coração de nossos antepassados, qual semente fora plantado no Campo dos Bugres... E floresceu... E dessa semente, veio a videira e dela, a uva. E da uva, a cor primeira que o Brasil conheceu na TV. E isso precisa ser dito em alto e bom som e claro, com todas as cores! Cesar Dambros