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ANÁLISE TÉCNICA FILME APOCALYPTO
1. UNIVERSIDADE TIRADENTES
Thaisa Gonçalves
ANÁLISE TÉCNICA DE CENA
FILME APOCALYPTO
Trabalho solicitado pelo professor
Cristiano Leal, da disciplina Produção em
Televisão e Cinema, turma de Publicidade
e Propaganda, 7º período – Noite, como
parte da avaliação da I Unidade.
Aracaju
2012
2. ANÁLISE TÉCNICA DE CENA
FILME APOCALYPTO
CENA 05
22:57 até os 35:28 min.
A cena começa com um Grande Plano Geral e câmera inclinada para baixo. Em
destaque: a copa das árvores, a neblina do amanhecer e a linha do horizonte. No início da
cena, o Grande Plano Geral tem a função de mostrar a localização da aldeia, bem como a
dimensão da floresta na qual os nativos habitam. Logo após, um Plano Geral em Ângulo
Plano, com um leve movimento de câmera para cima, revela a flora local. O Ângulo Plano
seguinte, com um zoom curto, mostra outro detalhe da floresta. Há um corte discreto e em
Ângulo Alto a aldeia é exposta. Dessa forma, é possível ver a topografia do local.
O take seguinte mostra Jaguar Paw em Cut-in Close-up, enquanto dorme. Em Plano
Detalhe os olhos evidenciam o sono do personagem. A Continuidade de Tempo é realizada
em Tempo Condicional. Jaguar Paw em Plano Americano e Ângulo Baixo é a primeira
imagem da sequência do sonho. Em Close-up, a expressão de espanto do personagem. A
Câmera Objetiva/Plano Objetivo sobre os ombros do personagem 02 mostra novamente
Jaguar Paw em Plano Americano e retorna para o Close-up. Em Close-up, seguido de Zoom
Out revela-se o personagem 02. A imagem de Jaguar Paw aparece novamente em Close-up. O
Close-up permanece ao filmar um cão que está aos pés do personagem 02, este, em Zoom In,
ainda exprime desespero. Em Plano detalhe, a boca e os olhos, respectivamente, deixam a
cena bastante tensa. O desfecho do sonho dá-se com o Close-up do personagem 02,
verbalizando uma ordem.
A cena é retomada com a imagem dos olhos de Jaguar Paw em Plano Detalhe. O Som
Diegético é constante, e encaminha o personagem para um Plano Conjunto, aonde o
personagem é destacado em primeiro plano e Plano Americano. Dessa forma, é possível notar
as delimitações da aldeia. Em Plano Detalhe, o bracelete de crânios humanos revela o
momento de combate e mortes que está por vir, o início da nova sequência: A invasão.
Com um movimento suave de câmera para cima, vê-se em Plano Conjunto a tribo
invasora. A Câmera Objetiva, diagonalmente posicionada, mostra em Plano médio os
integrantes da tribo, à esquerda e direita do líder, mantendo assim a continuidade, visto que
ambos os lados direcionam seus olhares para o eixo central da ação. O Plano detalhe no rosto
3. de um integrante revela o espírito devastador do mesmo, o que causa mais temor ao
telespectador. Em Cut-away Close-up nota-se a interligação da sequência que está para
acontecer, entre a tribo de Jaguar Paw e a tribo invasora.
A sequência de fuga tem início com um Close-up da expressão de medo de Jaguar Paw.
Toda a sequência da invasão tem o Som Diegético: fogo, lanças, perfurações, gritos, choros,
agressões, etc., o que transmite mais veracidade para o telespectador. Com alternância entre
Plano Médio, Close-up e Plano Americano e Plano Conjunto, dá-se toda a batalha. As pontes,
e o retorno constante para a fuga de Jaguar Paw, ajudam o telespectador a manter-se em
sintonia com a história.
No take no qual Jaguar Paw tenta salvar sua família mantém-se a Câmera Objetiva/
Ângulo Objetivo, com câmera sobre o ombro dos personagens centrais. O uso dessa técnica
proporciona ao telespectador momentos de maior “interação” com a cena. Com a presença de
um novo personagem na cena, a Câmera Subjetiva é utilizada para reforçar a batalha e a
tensão, tanto quando a Câmera Subjetiva mostra a face do personagem com quem Jaguar Paw
luta e no momento que a Câmera Subjetiva exibe as pernas suspensa da esposa grávida, dando
a dimensão da altura do poço no qual se encontra. Após o término da luta, em Plano
Conjunto, Jaguar Paw retorna para o Plano Geral da aldeia.
A batalha continua em Plano Geral e Plano Conjunto, e com Close-up em personagens
que esboçam muita dor. Após a captura de Jaguar Paw, a utilização do Eixo de Ação
Triangular é fundamental para a sequência final. Em um Plano de Conjunto o pai de Jaguar
Paw é morto, nesse momento o som não diegético é inserido para reforçar o sofrimento do
personagem principal. O personagem 02, ávido para matar Jaguar Paw, apenas o agride, de
modo que este fica tonto. Nesse momento, a Câmera Subjetiva mostra a expressão de
desprezo e deboche do personagem 02, que é vista por Jaguar Paw. O personagem ainda o
ridiculariza com palavras, enquanto a Câmera Subjetiva escurece-se lentamente, simbolizando
o olhar de Jaguar Paw.