2. Como resultado de 15 anos de pesquisas sobre o impacto de programas
violentos sobre as crianças, foi criado, em 1969, um comitê científico
para analisar assuntos relacionando à televisão e comportamento social
(o Surgeon General’s Scientific Advisory Committee on Television and
Social Behavior). A comissão analisou as respostas da violência a partir
das mudanças de atitudes, valores e comportamento dos
telespectadores.
3. Um relatório feito em 1982, com base nos dados colhidos por esse
comitê, resultou em um trabalho feito pelo Instituto Americano de
Saúde Mental, em que foram identificados os principais efeitos da
exposição à violência televisionada nas crianças: (1) Elas podem ficar
menos sensíveis à dor e ao sofrimento alheio; (2) pode haver aumento
do sentimento de medo relacionado ao mundo ao seu entorno; (3) é
possível que a agressividade e comportamentos violentos para com
outros indivíduos aumentem.
4. Pesquisas feitas por especialistas como Rowell Huesmann, Leonard
Eron e outros, apontaram que crianças, nos primeiros anos de escola,
que ficam expostas a muitas horas de violência na TV, têm maior
tendência a comportamentos agressivos durante a adolescência.
Ao observar esses mesmos indivíduos na idade adulta,
Huesmann e Eron chegaram à conclusão de que aqueles que
haviam sido expostos – na idade de 8 anos – a muitas horas de
programas televisivos violentos, tinham mais problemas com
infração de leis e violência.
5. Entretanto, comportamentos agressivos na infância não tinham relação
com maior interesse por programas televisivos violentos na
adolescência. Essa última constatação aponta no sentido de que assistir
à televisão tem relações com a violência quando essas crianças se
tornam mais velhas, mas a agressividade na infância não
necessariamente resulta em indivíduos agressivos.
6. Mais recentemente, os videogames se tornaram um fenômeno mundial.
Entretanto, há poucos estudos efetivos sobre o assunto. Um desses
estudos, feito por Craig Anderson e uma equipe de pesquisadores,
mostrou que jogos violentos podem aumentar os pensamentos,
sentimentos e comportamentos agressivos de um determinado
indivíduo. Essa tendência foi observada tanto em experimentos de
laboratório como na vida cotidiana desses indivíduos que participaram
da pesquisa.
7. Outro estudo, feito anteriormente por Anderson, apontou que os
videogames violentos podem ser mais impactantes do que programas
televisivos ou filmes violentos, pois há o elemento da interatividade
envolvido, o que faz que o jogador se identifique com o agressor.
8. Anderson e outros pesquisadores também estão focando pesquisas
sobre como letras de música envolvendo palavras relacionadas à
violência podem afetar o comportamento de adultos e crianças. Em um
desses estudos, feito em 2003, e que partiu de dados colhidos entre
estudantes do ensino médio americano, Anderson observou que
músicas com letras violentas aumentavam pensamentos e emoções
agressivos e que havia relação direta com o tipo de música ouvida.
9. “Uma conclusão importante dessa e de outras pesquisas sobre
entretenimento midiático é que os temas apresentados aos
consumidores resultam em determinadas respostas”, diz Anderson.
“Essa mensagem é importante para todos aqueles que consomem esse
tipo de entretenimento, mas especialmente para os pais de crianças e
adolescentes.”
10. Pesquisa feita nos EUA mostra que uma típica criança americana assiste
a aproximadamente 28 horas de televisão por semana (4 horas por dia)
e, portanto, já assistiu por volta de 8 mil assassinatos quando atinge os
11 anos de idade. E mais: a maioria dos assassinos representados na TV
consegue se safar da responsabilidade pelos seus atos em 75% dos
casos, ao mesmo tempo em que não mostram qualquer remorso ou
arrependimento moral pelo ocorrido.
11. Dessa forma, a socialização televisiva da violência pode fazer que essas
crianças fiquem imunes à brutalidade e à agressividade, enquanto
outras podem ter mais sentimentos de medo relacionando o perigo à
vivência social.
12. Com as pesquisas claramente apontando que programas televisivos
violentos podem levar a comportamentos agressivos, a Associação
Americana de Psicologia (APA) distribuiu, em 1985, uma série de
diretrizes informando às produtoras de TV e ao público em geral sobre o
potencial perigo da exposição de crianças à violência na televisão.
Em 1992, um Comitê sobre Televisão e Sociedade da APA publicou
um relatório que confirmava a relação entre violência televisiva e
agressividade. [...]
13. (O Que Eu Tenho)
Nota: “E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos,
renovando a vossa mente, a fim de poderdes discernir qual é a vontade
de Deus, o que é bom, agradável e perfeito” (Romanos 12:2, A Bíblia de
Jerusalém). “No amor não há medo antes o perfeito amor lança fora o
medo” (1 João 4:18). Que nossos filhos tenham mais contato com Deus,
com o amor e menos com a violência que gera violência e medo.[MB]
14. O Conexão Advir é uma forma encontrada por mim, Marcelo dos
Santos Silveira (adventista, brasileiro, alagoano, maceioense e acima
de tudo isso, filho de Deus e resgatado por Jesus) de expressar a
minha opinião em relação ao mundo cristão evangélico. As opiniões
aqui apresentadas podem não refletir a opinião oficial da minha
congregação, nem com seus líderes. A missão maior do Conexão Advir,
é pregar a volta de Jesus e seu Amor para conosco. Bem como alertar
os irmãos dos possíveis lobos e ladrões que cercam o aprisco do
Senhor.