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                                                   2010




         Setor lácteo
Oportunidades de investimento no Uruguai
POR QUE INVESTIR NO SETOR LÁCTEO URUGUAIO


Crescente demanda mundial
As mudanças demográficas mundiais (migração para as cidades), o incremento da renda
média, as mudanças no estilo de vida e o incremento da população são causas do aumento
no consumo de alimentos e em particular de proteínas animais. Já faz 10 anos que a
produção mundial de leite vem crescendo a taxas inferiores ao crescimento da demanda
mundial de produtos lácteos.



O Uruguai é um dos poucos países que podem abastecer esta crescente
demanda
A produção de leite da União Européia, da Índia, dos EUA e da China
está orientada a satisfazer as demandas de seu mercado interno e as
possibilidades de expandir a mesma são limitadas ou serão absorvidas
pelo consumo doméstico.

O setor lácteo uruguaio conta com importantes vantagens
competitivas e oferece oportunidades de investimento tanto na
produção primária quanto em sua fase industrial. A produção de leite
do Uruguai representa 0,3% da produção mundial, mas o Uruguai
representa 2% das exportações mundiais. Do mesmo modo que a
Austrália e Nova Zelândia, o Uruguai exporta mais de 60% de sua
produção de leite.



Baixos custos e potencial de grandes melhorias na produtividade
Durante os últimos 10 anos a produção de leite uruguaia tem crescido em 3% acumulativo
anual, e nos últimos 5 anos a taxa de crescimento chegou a 4% acumulativo anual. A
produção é realizada principalmente à base de pastagem e uma moderada contribuição de
concentrados. Os preços que o produtor recebe são inferiores aos que os produtores da
Nova Zelândia ou da Austrália recebem (e também inferiores aos que o produtor argentino
recebe) e os custos de produção estão entre os mais baixos do mundo.

A expansão da agricultura uruguaia aumenta a disponibilidade doméstica de grãos e
subprodutos para a suplementação estratégica.

A fase industrial do complexo lácteo também oferece oportunidades. As mesmas estão
associadas à consolidação de empresas, à inovação em processos e produtos, ao mix de
produtos e ao marketing.




2
Mercado mundial, praticamente inexplorado, oferece grandes oportunidades
O mix de exportações está integrado principalmente por leites em pó (53%) e queijos (32%),
enquanto que o destino das exportações está orientado primordialmente para a América
Latina. Existe uma limitada experiência em abastecer mercados extrarregionais, que estaria
associada à falta de escala e a deficiências no marketing e apresentação dos produtos. Os
produtos à medida e/ou destinados a nichos de mercado que ainda não foram explorados,
i.e. mercado kosher e/ou halal, queijos com gosto, produtos orgânicos, etc. e o mesmo
acontece com a produção de ingredientes e nutracêuticos.



O Uruguai, um país confiável com acesso preferencial ao mercado regional
                                        No Uruguai, os investidores estrangeiros recebem
                                        o mesmo tratamento que os investidores locais.
                                        Existe liberdade de transferir fundos e de
                                        repatriação de utilidades.

                                         O Uruguai pertence ao Mercosul, um mercado
                                         ampliado com mais de 240 milhões de habitantes,
                                         e quase 400 milhões se incluirmos outros países
                                         sul-americanos com os que o Mercosul tem
                                         acordos de complementação econômica, como a
Bolívia, o Chile, a Colômbia, o Equador, o Peru e a Venezuela, e assinou tratados de livre
comércio com o México e com Israel.


O Uruguai conta com um muito atrativo regime de promoção de investimentos
e de exportações
Em 2007 foi aprovado um regime de promoção de investimentos que permite à empresa
computar entre 51% e 100% do capital investido como abatimento do Imposto de Renda,
em determinadas condições.

Existe ademais, um regime benéfico para todas as exportações, que compreende:

                 devolução do IVA pago nas compras de insumos,
                 um regime de não-pagamento de impostos (alfandegários e outros) para
                 importações de insumos que se incorporem aos bens exportados,
                 um sistema de pré-financiamento de exportações.


O Uruguai conta com ampla experiência na indústria láctea
O Uruguai adquiriu uma grande experiência tanto na produção de leite quanto na
elaboração de produtos lácteos. Nos últimos 20 anos a produção de leite duplicou e a
receita por exportações se multiplicou por 10. A chegada de importantes investimentos
estrangeiros nos últimos tempos, como por exemplo, New Zealand Farming Systems,
Schreiber Foods e Bom Gosto, anunciam um futuro promissor para o setor.

3
Por que investir no Uruguai
Importantes vantagens comparativas baseadas em:
                           Superfície bem irrigada, clima temperado com média de chuvas de
                           1.200 mm distribuídas ao longo do ano
                           Mais de 80% de superfície arável; aproximadamente 4 hectares por
                           pessoa (média mundial 0,21 hectares por pessoa)
                           Sem risco de catástrofes naturais

Produção primária orientada para a exportação:
                           Exportações de base agrícola representam 65% das exportações
                           totais
                           7º exportador mundial de carne bovina (exporta para 85 países)
                           3er exportador mundial de carne ovina
                           6º exportador mundial de arroz

Grande disponibilidade de subprodutos do processamento e elaboração de grãos com
potencial no uso em suplementação:
                           Produção de soja cresceu em 48% anual nos últimos 8 anos
                           Produção de milho e trigo cresceu em 18% anual nos últimos 8
                           anos

A agroindústria láctea1:
                           Representa 9,3% do VBP agropecuário, terceiro em importância
                           após a carne bovina e o arroz
                           Produção de leite: 1.582 milhões de litros
                           Envio para a planta: 89% da produção
                           Exporta 70% do envio (90 países)
                           Estabelecimentos leiteiros: 4.592 tambos
                           Superfície ocupada: 849 mil hectares (6% do total)
                           Superfície melhorada: 58% do total
                           Número de vacas leiteiras: 408 mil cabeças
                           Exportações: US$ 442 milhões (7,3% do total das exportações;
                           terceira em importância depois da carne bovina e o arroz)




1
    Dados de 2007/2008

4
1. O mercado mundial de lácteos
                                            Nos últimos 10 anos, a produção mundial
                                            tem crescido a uma taxa de 2% acumulativo
                                            anual (Figura 1). A China tem sido o país
                                            mais dinâmico quanto ao crescimento da
                                            produção, ficando a mesma orientada
                                            integramente a abastecer o mercado
                                            interno. A produção de leite na China
                                            cresceu a uma taxa de 17% acumulativa
                                            anual durante o período 2002-2008. O
                                            Uruguai está em segundo lugar, com uma
taxa de crescimento de 4,1% acumulativo anual para o mesmo período (Figura 1). A
produção de leite na Austrália e na União Européia, dois importantes representantes no
comércio mundial, tem decrescido.


Figura 1.- Taxa de crescimento da produção de leite de vaca, 2002-2008 (países
selecionados) 2

                                             6%                                                                    Taxa média de crescimento mundial = 2,1%

                                                   4,12% 4,02%
     Taxa de crescimento acumulativo anual




                                             4%                        3,29% 3,16%
                                                                                            2,04% 2,02%
                                             2%
                                                                                                                   0,97% 0,66%

                                             0%
                                                    Uruguai




                                                                                             EUA
                                                                        Argentina




                                                                                                                    México




                                                                                                                                                                           UE
                                                              Brasil




                                                                                                                                        Rússia
                                                                                    Índia




                                                                                                                                                 Ucrânia
                                                                                                   Nova Zelândia




                                                                                                                             Canadá




                                                                                                                                                             Austrália

                                             -2%

                                                                                                                                      -0,57% -0,93%
                                             -4%                                                                                                           -2,79%


                                             -6%


                                             -8%                                                                                                                         -7,69%




As exportações globais de produtos lácteos têm crescido durante os últimos 10 anos a taxas
de 4% acumulativo anual. No entanto, apenas 7% da produção mundial de leite é exportada
sob a forma de produtos. A Nova Zelândia e a União Européia representam 65% do comércio
mundial de lácteos, enquanto que o Uruguai representa 2% de comércio mundial de
produtos lácteos (Figura 2).



2
    Fonte: USDA – FAPRI (não inclui a China)

5
Figura 2.- Participação no mercado mundial de lácteos, 2008 (em leite equivalente) 3




                                Nova Zelândia              União Européia
                                    33%                         32%


                                                Uruguai
                                                  2%
                                  Outros                                Austrália
                                   14%                    EUA             11%
                                                          8%




O escasso volume de leite que se comercializa em nível internacional faz com que pequenas
mudanças relativas na demanda ou na oferta global se vejam amplificadas nos preços
internacionais. A médio e longo prazo, estima-se que este seja um mercado muito volátil. A
demanda global de produtos lácteos continuará aumentando sobre a base de um crescente
reconhecimento do valor nutricional do leite e da melhoria no nível de vida nos países
emergentes. As principias causas das auspiciosas perspectivas a longo prazo para a leiteria
não foram modificados devido à crise econômica global. O relatório da OECD-FAO
(Agricultural Outlook 2008-2017) indica que existirão incrementos entre 23% e 57% nas
importações mundiais de lácteos para 2017 com respeito à média 2005-2007, e que os
países emergentes capitalizarão o aumento na demanda quase duplicando suas exportações
(Figura 3).




3
    Fonte: Elaborado em base a Dutch Dairy Commodity Board, FAO, USDA

6
Figura 3.- Estimações do aumento das exportações e importações de produtos lácteos em
2017 vis à vis média 2005-2007

    140%

    120%

    100%

    80%

    60%

    40%

    20%

     0%
                Importações              Países OECD         Países em desenvolvimento
    -20%
                                                       Exportações

             Leite em pó integral   Leite em pó desnatado     Manteiga     Queijo



O contínuo crescimento da produção de leite no Uruguai está sustentado em uma forte
inserção internacional. Com um consumo de 219 litros equivalentes por pessoa por ano (um
dos mais elevados do mundo) todo o incremento de produção é colocado no mercado
internacional. O grau de exposição à concorrência internacional é o segundo mais alto do
mundo, já que o Uruguai exporta 65% do leite que produz (Figura 4).




7
Figura 4.- Exportações de produtos lácteos (% da produção em leite equivalente), média
2006-20084.

               90%
                                                                              78%
               80%
               70%                                                  67%

               60%
                                                           51%
               50%
               40%                                34%
               30%
                                        20%
               20%
                        10%    9%
               10%
                0%
                        EUA   Canadá Argentina    União Austrália Uruguai    Nova
                                                 Européia                   Zelândia


Resumindo, as perspectivas a médio e longo prazo são alentadoras para que países com um
setor leiteiro competitivo possam ganhar participação em um mercado internacional de
lácteos em expansão. O crescimento da produção de leite no Uruguai e sua inserção
internacional permitem prognosticar a existência de boas oportunidades de negócio. As
mesmas se encontram ao longo de toda a cadeia de agregado de valor. Faz uns poucos anos,
uma empresa da Nova Zelândia patrocinou a criação de New Zealand Farming Systems
Uruguai (NZFSU), empresa estabelecida no Uruguai e cotada em Auckland. O objetivo de
NZFSU é o de capitalizar as oportunidades de adquirir terras e desenvolver e adaptar o
sistema de produção de leite da Nova Zelândia às condições locais (ver Quadro 2).




2. Por que investir no setor lácteo uruguaio?
Para efeitos de identificar as oportunidades de negócio ao longo da cadeia de valor faremos
uma breve descrição da mesma em sentido inverso ao fluxo do produto.


2.1. Descrição do setor
O consumo médio de produtos lácteos chega aos 219 litros de leite equivalente por pessoa
por ano, similar ao dos países mais desenvolvidos. O valor total do mercado interno se
estima em US$ 400 milhões a preços de consumidor (ano 2008). O principal produto de
consumo é o leite líquido (240 milhões de litros, uns US$ 120 milhões), seguido pelos queijos
e o iogurte. A recente desregulação do mercado de leite fluído abre oportunidades para


4
    Fonte: FAO - USDA

8
pequenas plantas para que participem do mesmo (Ver Anexo I por maior informação
respeito mercado interno de leite fluído).

As exportações de lácteos em valor cresceram a uma taxa de 9% acumulativa anual durante
o período 1991-2009 e a 19% para o período 2002-2009 (Figura 5). Em 2009 alcançou os US$
369 milhões, depois do recorde de 2008 com US$ 433 milhões.



Figura 5.- Exportação de produtos lácteos (Milhões de US$, FOB)5


               2008                                                          434

               2007                                              346

               2006                                       278

               2005                                 245

               2004                           189

               2003                    140          Taxa crescimento acumulativo anual:
                                                                      1991-2009 = 8,9%
               2002                                                    2002-2009 = 19%
                                      126

                      0         100          200          300          400         500




Atualmente o setor lácteo exporta para mais de 60 países. O Brasil e a Venezuela
representam 46% da receita por exportações, seguido pelo México com 20% e Cuba com 6%
(Figura 6).




5
    Fonte: DIEA, OPYPA (MGAP)

9
Figura 6.- Principais destinos para as exportações de lácteos, 2009 (% em valor)6

                                       Marrocos Chile
                           Argélia       3%
                              3%                 3%
                      Senegal
                                                           Outros
                        4%                                                Brasil
                                                            6%
                                                                          25%
                 Alemanha
                    4%

              Coréia do Sul     Cuba
                   5%            6%                                                Venezuela
                                                                                     21%
                                                     México
                                                      20%




Os leites em pó (integral e desnatado) são o principal produto de exportação, representam
44% das exportações, seguido dos queijos com 36%.



Figura 7.- Exportações por tipo de produto, 2009 (% em valor)


     Leite e nata, sem adição de açúcar         1%

                              Lactosoros        2%

                                   Soro               8%

                               Manteiga                10%

                    Queijo e requeijão                                    34%

     Leite e nata, com adição de açúcar                                         41%

                                           0%        10%      20%   30%    40%        50%


A partir da diversificação nos destinos das exportações de lácteos, também se verifica uma
incipiente especialização quanto ao tipo de produto exportado (Figura 8).


6
    Fonte: Elaborado pela Uruguay XXI em base a dados da Dirección Nacional de Aduanas

10
Figura 8.- Exportações de leite em pó e queijo por país, 2008 (% em volume)7

             35%     32%
                                        29%
             30%

             25%
                           19%                         19%                       19%
             20%

             15%                                 12%         11%
                                   9%                                                      8%
             10%

              5%
                                                                   0%       0%                  0%
              0%
                       Brasil     Venezuela       México      Cuba        Coréia do Sul    Senegal


                                               Leite em pó   Queijos


Venezuela, México, Cuba, Brasil, Coréia do Sul e Senegal representam 72% das exportações
de leite em pó e 86% das exportações de queijo (Ver Quadro 1).

A Conaprole, no entanto, a maior empresa láctea, representa mais de 50% das receitas por
exportações (Figura 9). Em importância, seguem depois Inlacsa (capitais mexicanos), Ecolat
(capitais venezuelanos) e Bonprole (Petra) (joint venture entre a empresa francesa Bongrain
e Conaprole).



Figura 9.- Ranking dos 10 primeiros exportadores de lácteos, 20098

                      ECOLAT
                     URUGUAY                                            CLALDY 4%      DULEI
                        8%                          CALCAR                              3%
                                              PETRA        PILI
                                                      6%   6%
                           INLACSA             6%
                                                                                       SEYLINCO 2%
                             10%


                                                CONAPROLE
                                                   54%                                  NIDERA
                                                                                       URUGUAYA
                                                                                          1%




7
    Fonte: BCU – Nota: Último dado disponível 2008
8
    Fonte: Elaborado pela Uruguay XXI em base a dados da Dirección Nacional de Aduanas

11
Quadro 1

                              As exportações de queijo

Em 2009 foram exportadas 37 mil toneladas de queijo por um valor de US$ 130 milhões.
Sessenta por cento da receita por exportações de queijo do Uruguai corresponde a queijos de
massa semidura, ou seja, aqueles que têm entre 36% e 46% de umidade. Exemplos dos
mesmos são os queijos tipo “suíço”: Gruyerito, Danbo, Edam, Fontina, Gouda (de origem
holandesa, mas de estilo suíço) (Figura 10).


Figura 10.- Exportações de queijo por tipo, participação em valor (2009)
                                           Outros
                              Massa dura    7%
                                13%



                           Massa                                Massa
                           mole                                semidura
                            20%                                  60%




Treze 13 % da receita por exportações de queijo corresponde a queijos de massa dura (Sbrinz,
Parmesano, Goya, Emmental) e 20% a queijo de massa mole (tipo Colonia, Cuartirolo). Os 7%
restantes inclui queijos frescos, mussarela, ralado e fundido, sendo o queijo mussarela o de
maior importância (64% do total).


Oportunidades

O consumo de queijo está aumentando em nível mundial: a base de consumidores está
aumentando da mesma forma que os consumidores tradicionais aumentam seu consumo per
capita. A respeito deste último e enfocado no mercado dos EUA, existiriam algumas
oportunidades. O consumo de queijo nos EUA tem aumentado nos últimos 30 anos. O desejo
de consumir novas variedades de queijo com sabores e texturas diferentes e embalados e
fracionados em forma conveniente dinamizou o consumo. O segmento de “queijos especiais”
contribuiu majoritariamente no incremento do consumo per capita.

Este é um nicho de mercado que necessita ser descoberto. O nicho de mercado de maior
crescimento é o vinculado aos gostos de grupos étnicos, por exemplo, o mercado de queijos de
estilo latino. Outro nicho igualmente dinâmico é vinculado com os queijos vistos como
artesanais. Embora o segmento de mercado seja pequeno, o potencial de crescimento é
elevado.

O tipo de alimentação do rodeio leiteiro uruguaio somado ao baixo volume de produção e ao
caráter local de algum dos queijos que são produzidos (Gruyerito, tipo Colonia) poderiam ser o
catalisador de novas oportunidades de negócio. A cor amarela intensa do queijo elaborado com
leite de vacas alimentadas com pasto é um atributo positivo já que o consumidor pode
percebê-lo como produto de valor agregado.

     12
3. Setor industrial em crescimento
A indústria está composta por 36 empresas que recebem leite dos produtores. A indústria é
em sua maioria de caráter cooperativo e está fortemente concentrada (Figura 11).


Figura 11.- Recebimento de leite em planta para as 10 primeiras empresas (2009)9

                    INLACSA S.A                           CALCAR
                        8%                                  6% PILI S.A           CLALDY
                                             ECOLAT URUGUAY      4%
                                                   7%                               4%
                                                                                  DULEI S.A
                                                                                     2%
                                                                                 BONPROLE S.A
                                                                                       2%
                                                                               GRANJA POCHA
                                                                                    S.A
                               CONAPROLE                                            1%
                                  65%
                                                                               COLEME
                                                                                 1%




O envio para planta tem crescido a taxas de 4% acumulativo anual durante os últimos 20
anos, enquanto que a capacidade industrial o tem feito a taxas levemente maiores. O
volume de leite destinado ao consumo caiu em valor absoluto, e todo o incremento da
remissão é destinado à elaboração de produtos industriais.




9
 Fonte: Estimações próprias em base a dados do Fundo de financiamento e desenvolvimento sustentável da
atividade de leite

13
Figura 12.- Recebimento de leite em planta industrial por destino (milhões de litros)10

                                                                                  Milhões de litros
              Elaboração de produtos
              Consumo fluído




A indústria tem uma capacidade de produção de 8,4 milhões de litros por dia. Os
incrementos na capacidade tem acompanhado o aumento na remissão a plantas e
sobretudo a necessidade de processar o pico de produção primaveral. O uso efetivo da
capacidade instalada se estima entre 63% e 76% para os últimos anos.11

Em termos médios, a indústria poderia absorver um aumento de 300 milhões de litros
anuais (20% da remissão de 2008) sem necessidade de aumentar a capacidade instalada.
Esta cifra é levemente inferior à meta de produção anual fixada pela New Zealand Farming
Systems Uruguai para 2014 (ver Quadro 2). Cabe ressaltar que não é este o único novo
empreendimento produtivo em nível primário.

A indústria láctea responde por aproximadamente 6% do valor bruto de produção industrial
uruguaio (OPYPA, 2008). A indústria ocupa umas 4.600 pessoas em 2008, cifra que tem
crescido nos últimos anos. O valor agregado do setor se estima
em 20% do valor de produção número por baixo da média da
indústria. A indústria tem investido principalmente para
aumentar sua capacidade de recebimento e processamento
primário, mas não da mesma forma em um parque industrial
que incorpore valor à matéria-prima em forma competitiva à
produção com destino regional. Isso se traduz em uma baixa
participação do valor agregado no valor bruto.




10
  Fonte: DIEA - MGAP
11
  Nota: Assumindo uma remissão diária constante para o mês de maior produção (outubro ou novembro pelo
geral)

14
Os investimentos mais recentes são os realizados pela Claldy (planta de soros), Inlacsa e
Conaprole com uma planta de leite em pó e ampliação de outras, Pili (instalação de planta
de nanofiltrado e secagem de soro) e General Mills para produzir caseína e soro, planta
adquirida mais tarde pela Schreiber Foods dos EUA junto com plantas da Dulei (queijos) e
Belficor (soro). Esta empresa, que investiu US$ 30 milhões na
compra destas plantas, prevê empregar umas 100 pessoas e
industrializar eventualmente 450.000 litros diários de leite. Por sua
vez várias plantas locais foram adquiridas por empresas
estrangeiras nos últimos 6 anos. Começando pela Ecolat, seguindo pela a Inlacsa e Quesería
Helvética pelo mesmo grupo investidor, e Frigorífico Modelo abriu mão de sua planta de
lácteos que passou a mãos da Dulei.

                               Por outra parte, a empresa brasileira Bom Gosto anunciou que
                               começará em maio de 2010 a construção de sua primeira planta
                               no Uruguai, que captará 600.000 litros diários de leite para
                               produzir leite em pó e manteiga, com um investimento total de
                               US$ 30 milhões.

                           O mix de produção não variou substancialmente com relação à
situação em 1998, exceto pela perda de participação dos produtos líquidos (leite UHT e
leites ácidos) e o incremento na produção de caseínas e caseinatos (Figura 13).




Figura 13.- Mix de produção, 2008 (% em litros de leite equivalentes)12

                          Manteiga/ Acidificadas Outros
                          gorduras      2%        1%
                             3%
                Caseínas/atos
                     4%       UHT
                              8%
                                                     Queijos
                                                      39%


                                 Leite em pó
                                     43%




12
     Fonte: DIEA - MGAP

15
4. Setor primário com grande potencial de crescimento
                                A cadeia láctea uruguaia mostra nos últimos 20 anos um
                                notável crescimento, que a assinala como a de maior
                                dinamismo entre os países exportadores. Este processo se
                                sustentou na competitividade da fase primária da cadeia,
                                que produz leite com os menores preços internacionais.

                                 A produção de leite chegou aos 1.750 milhões de litros em
                                 2009, é a produção de toda a cadeia láctea comercial
                                 (inclui o que foi processado nos tambos e o consumo
                                 predial destes) (Figura 14). Durante o mesmo período, o
                                 número de produtores passou de 5.522 a 4.507,
                                 acumulando uma diminuição de 18%. Isto reflete uma
tendência mundial na agricultura na medida em que as pressões do mercado e as mudanças
nas práticas de negócios promovem a consolidação para estabelecimentos de maior
tamanho com melhores eficiências operativas.

Vale indicar que, em média, os produtores remetem às plantas industriais cerca de 80% do
leite produzido. O resto é utilizado no próprio estabelecimento, principalmente para a
elaboração de subprodutos para comercializar e a venda de leite fresco. Este grupo de
produtores (artesanais), aproximadamente 1.000, dedica-se a industrializar sua própria
produção.




16
Figura 14.- Produção de leite e número de produtores (milhões de litros, número)13
                                                                     Produtores
            Milhões de litros


                                Produção   Produtores




A superfície dedicada à produção de leite ficou em aproximadamente um milhão de hectares
durante o período 1991-2002 (Figura 15). A partir de 2002, perdeu-se superfície leiteira
principalmente pelo crescimento da agricultura. Desde 2002 até o ano 2009 a área leiteira
diminuiu em 200 mil hectares para ficar em 800 mil. O número de vacas tem crescido
levemente desde 2005, chegando a 420 mil vacas em 2009.

Como resultado destas mudanças a superfície média dos tambos tem diminuído 12% nos
últimos 10 anos, de um pico de 211 hectares em 1999 a 184 hectares em 2008. O número
médio de vacas aumentou 15% para o mesmo período, passando de 78 a 89 vacas por
estabelecimento.




13
     Fonte: DICOSE - MGAP

17
Figura 15.- Superfície total dedicada à leiteria e número de vacas14
                             1100                                                                     500
                                                                              Área leiteira
                                                                             Area lechera
                                                                             Nº vacas
                                                                              Vacas
                             1000
                                                                                                      450


                                 900




                                                                                                            Milhares dede vacas
                                                                                                      400
Milhares de hectares
            Miles de hectáreas




                                                                                                                 Miles vacas
                                 800

                                                                                                      350
                                 700


                                                                                                      300
                                 600


                                 500                                                                  250
                                       2002   2003   2004   2005   2006   2007      2008      2009p


O crescimento no tamanho médio dos estabelecimentos tem feito com que a produção de
leite se encontre muito concentrada. Atualmente, os estabelecimentos com mais de 500
hectares representam 5% do total de estabelecimentos leiteiros e respondem por 28% da
produção de leite.

O crescimento da produção se baseou em uma mudança
tecnológica importante. A produtividade por hectare se
incrementou 59% no período 1998-2007. Dois fatores
contribuíram para a melhoria desse indicador: a produtividade
por vaca, que aumentou 21%, e o número de vacas por
hectare, que se incrementou 26%. A relação vacas em ordenhe
sobre vacas totais, uma medida da eficiência no manejo do
rodeio leiteiro, incrementou-se 7%. No entanto a relação entre
o total de vacas e o total do rodeio leiteiro permaneceu
constante (Anexo I, Tabela 2).

A produção de leite no Uruguai é à base de pastagem. Os
incrementos na produtividade se basearam também na
progressiva substituição das pradarias naturais por pradarias
melhoradas de alto rendimento. Para 2009, 60% da área
leiteira corresponde a pradarias melhoradas. O uso de concentrados caiu, ao tempo que se
incrementa o uso da suplementação com silo e ensilagens.

Embora a produtividade cresça nas taxas assinaladas, é importante observar que, aos níveis
atuais, existe um importante atraso tecnológico em algumas categorias de tamanho. Este
atraso oferece oportunidades atrativas de investimento. Oberva-se a existência de uma
14
                       Fonte: DICOSE - MGAP

18
brecha importante em produtividade por hectare entre as diferentes categorias de tamanho
(Anexo I, Tabela 3). Embora não seja possível determinar as causas da mesma com a
informação disponível, os fatores mais importantes se referem à falta de escala, à posse da
terra (majoritariamente arrendamentos), ao escasso investimento e à dificuldade na
apreensão do novo pacote tecnológico.

                                       Do mesmo modo, em termos comparativos com
                                       outras leiterias, os níveis de produtividade da
                                       leiteria uruguaia não são altos. Por exemplo, NZFSU
                                       baseou sua decisão de se estabelecer no Uruguai,
                                       entre outras coisas, na brecha em produtividade
                                       por hectare existente entre a produção de leite da
                                       Nova Zelândia e a do Uruguai, o que identifica a
                                       oportunidade de seguir crescendo, sem que
                                       necessariamente se expanda a fronteira leiteira.

                                      A qualidade genética do rodeio uruguaio é
reconhecida, já que tradicionalmente tem se exportado vaquilhonas ao Peru, ao Brasil, à
Venezuela e recentemente à China. Há mais de 30 anos se utiliza sêmem de touros
americanos e canadenses, aos quais se somaram ultimamente, touros australianos e da
Nova Zelândia.

Os preços da terra são baixos em comparação com a região e com o mundo (US$ 2.300/ha
em média). Isto habilita um maior investimento no desenvolvimento da terra com destino à
leiteria. De fato, um dos fatores que NZFSU valorizou positivamente com relação a sua
decisão de investir no Uruguai na produção de leite era que o custo de adquirir e
desenvolver um hectare equivalia a menos de 30% do custo na Nova Zelândia. A abundância
de água e a possibilidade de irrigar pradarias, aumentando a produção de matéria seca,
oferecem uma nova oportunidade de mudança tecnológica.

A irrigação e a agriculturização oferecem também a possibilidade, até agora impensada no
Uruguai, de produzir leite em forma estabulada. Até o momento, há dois empreendimentos
que estariam transitando este caminho, se bem que não há maior informação ao respeito.

A produção de leite se encontra concentrada principalmente no sul do país. Os
departamentos de Colonia, San José e Florida representam 84% da produção nacional e 55%
dos estabelecimentos, e contêm a maioria das empresas industrializadoras.




19
Quadro 2


                                   A empresa New Zealand Farming Systems Uruguay
                                   (NZFSU), de capitais neozelandeses principalmente,
                                   opera atualmente 31 tambos e tem o objetivo de
                                   chegar a 49 em 2012. O investimento total até o
momento foi de mais de US$ 200 milhões. A NZFSU foi promovida pela PGG Wrightson
Limited (PGGW), a maior companhia de insumos agropecuários da Nova Zelândia.

 “A NZFSU foi estabelecida para capitalizar as oportunidades de adquirir tambos no Uruguai,
onde o sistema de produção neozelandês, uma vez adaptado às condições locais, produz
resultados comparáveis aos obtidos na Nova Zelândia.”

A NZFSU considerava que a aquisição dos estabelecimentos no Uruguai e seu posterior
desenvolvimento e conversão ao sistema kiwi podia ser realizada pelo equivalente a um
terço do custo de adquirir um estabelecimento leiteiro na Nova Zelândia. A produção de
leite na Nova Zelândia se realiza
primordialmente em base ao uso
intensivo das pradarias, i.e. a produção
de grande quantidade de forragem de
alta qualidade por hectare e o uso de
uma alta dotação de vacas de
qualidade genética superior por
hectare. Este sistema seria aplicado
em terras de grande potencial e de
baixo custo que, de acordo com os
padrões da Nova Zelândia, está sendo
subutilizada na produção de leite.

A “conversão” dos tambos e terras adquiridas no Uruguai ao sistema kiwi seria realizada
com a aplicação de uma série de passos, que incluem a semeadura de novas espécies de
pastagem melhoradas, a aplicação de fertilizantes fosfatados, a otimização das subdivisões
para controlar o crescimento das pastagens e melhorar seu aproveitamento, o
melhoramento do acesso à água para os animais, o aumento da carga animal, para
aproveitar o aumento de forragem disponível, com animais de alto mérito genético e a
aplicação de fosfato e nitrogênio para manutenção das pastagens.

Até junho de 2009 a NZFSU operava 36 mil hectares, com 53 mil cabeças de gado, das quais
11,3 mil eram vacas em ordenhe, e o projeto contava com um grau de avanço próximo a
70% do total do programa de investimentos.

Desde fins de 2008 se começou a trabalhar na emissão de bônus no mercado local e, em
julho de 2009, a NZFSU fez uma bem sucedida colocação de US$ 30 milhões, adquirida
majoritariamente por investidores institucionais. Com este financiamento se completarão
obras de infraestrutura, irrigação e eletrificação.



20
ANEXO I.
Tabela 1. O setor lácteo em números (2007-2008)

 Superfície ocupada (hectares)                    847 mil (4,5% superfície produtiva)

 Rodeio leiteiro                                  744 mil cabeças (408 mil vacas)

 Nº médio vacas                                   63 vacas

 Superfície média (hectares)                      184 hectares

 Produtividade média por vaca por ano             3.877 litros

 Produção de leite                                1.582 milhões de litros

 Envio à planta industrial                        98%

 Setor leiteiro VBP                               US$ 466 milhões

 Setor leiteiro VAB                               US$ 855 milhões

 Utilização do leite                              Queijo 40%
                                                  Leite em pó integral 24%
                                                  Leite consumo fluído 19%
                                                  Leite em pó desnatado / Manteiga 10%
 Principais produtos elaborados (Ton.)            Leite em pó…………..63.523
                                                  Queijos………………....53.737
                                                  Manteiga……………….21.312
                                                  Caseínas………………...1.409

 Exportações                                      US$ 442 milhões (7,3% do total nacional)
                                                  Leite em pó…………………..…..48.378 ton.
                                                  Queijos………………….…………..28.580 ton.
                                                  Manteiga……………………..…….9.799 ton.
                                                  Leite longa vida-UHT…..…..…7.174 milhares
                                                  de litros

 Porcentagem do leite exportado                   63%

 Principais mercados (Valor)                      Venezuela 34%
                                                  México 24%
                                                  Cuba 11%
                                                  Brasil 8%

 Consumo per capita                               219 litros equivalentes

 Força trabalhista (empregos diretos)             TOTAL: 23.984
                                                  Produção primária: 19.320
                                                  Elaboração: 4.664


21
Tabla 2. Principais indicadores tecnológicos15

                                                       1998                      2007

 Produtividade por hectare (litros/ha.)                1.175                     2370

 Produtividade por vaca (litros/vaca)                  3.192                     3.875

 Vacas por hectare                                      0,38                     0,48

 Relação vaca ordenhe/ total de vacas                   65%                       69%

 Relação vacas/ total do rodeio leiteiro                56%                       55%

 Pradarias melhoradas (% da área total)                 40%                       60%

 Suplementação silo e feno (kgs/ha.)                    471                      1.239

 Suplementação concentrados (grs./litros)               150                       138




Tabela 3. Produtividade por categoria de tamanho (ano 2007)16

               Categoria de tamanho                             Produtividade

                                                  Litros por vaca          Litros por hectare

 < 50 ha.                                              14,7                      1.943

 de 50 a 199 ha.                                       16,7                      2.436

 de 200 a 499 ha.                                      18,2                      2.312

 de 500 a 999 ha.                                      19,1                      2.594

 de 1000 a 2499 ha.                                    19,2                      2.334

 > 2500 ha.                                            18,2                      1.932

 Média nacional                                        18,0                      2.370




15
     Fonte: elaborado em base a DIEA-MGAP
16
     Fonte: elaborado em base a DIEA-MGAP

22
ANEXO II
Institucionalidade
        Instituto Nacional do Leite (INALE) (Lei 15.640), que constitui um âmbito de consulta
        do MGAP (Ministério da Pecuária Agricultura e Pesca , por suas siglas em espanhol)
        para fixar as políticas públicas.
        Instituto Nacional de Investigação Agropecuária (INIA) e Faculdade de Agronomia da
        Universidade da República, atuando na pesquisa de tecnologia para a fase primária.
        Direção de Sanidade Animal do MGAP, que tem sob sua responsabilidade as políticas
        sanitárias.
        LATU, órgão particular com participação estatal, que promove o desenvolvimento
        tecnológico da indústria e emite certificados sanitários para a exportação.
        Câmara de Indústrias Lácteas do Uruguai, que agrupa praticamente todas as
        indústrias lácteas. Esta instituição é sócia por sua vez da Federação Pan-americana de
        Leiteria (FEPALE).
     Gremiais:
        Associação Nacional de Produtores de Leite (remetentes a CONAPROLE)
        Intergremial de Produtores de Leite
        Câmara de Produtores de Leite



ANEXO III
Regime de políticas públicas
A leiteria foi objeto desde seus inícios de múltiples regulações –através de leis e decretos–
que buscam atender as características especiais deste subsetor do agro. A primeira delas
datada em 1935 é a Lei de criação da CONAPROLE. A última é a Lei 18.242 de 27 de
dezembro de 2007 onde se ditam normas relativas à produção, fomento, desenvolvimento e
regulação do setor leiteiro. Esta lei cria o Instituto Nacional do Leite (INALE), pessoa pública
não estatal de direito privado, orientada ao desenvolvimento do setor lácteo. O INALE tem
como objetivo articular as organizações públicas e privadas com a finalidade de gerar um
novo conjunto de políticas públicas do setor que potenciem e projetem o setor ao futuro.
Atualmente, qualquer empresa pode participar do abastecimento de leite. O produtor
recebe um único preço, que se fixa livremente, pelo leite que remete à planta. O preço ao
consumidor do leite de consumo fluído é fixado pelo Poder Executivo. Como preço base para
o cálculo se toma o preço médio nacional que recebe o produtor. Este é estimado pelo
Ministério da Pecuária em base à informação fornecida por todas as empresas lácteas, sobre
os preços pagos pela matéria-prima (leite) aos produtores.


23
ANEXO IV
Diagnóstico Estratégico
Fase Primária

Fortalezas:
     Recursos naturais e humanos de muito boa aptidão para a produção de leite
     Altíssima competitividade baseada no baixo custo de produção e na boa qualidade do
     leite
     Forte integração
     Permanente crescimento da produtividade
     Atitude permanentemente favorável à mudança técnica
     Alto nível de mecanização e granelização
     Boa imagem pública
     Apoio do Estado à pequena produção através de diversos mecanismos

Oportunidades:
     Consolidar a possibilidade de comércio desde os tambos ao exterior que garanta o
     acesso ao melhor preço possível
     Existência de uma brecha tecnológica para a grande maioria dos produtores de leite
     que possibilita a continuação do crescimento
     Aproveitamento do spill-over que gera a expansão agrícola: novas áreas, uso
     subprodutos
     Implementação de irrigação para aumentar a produção de forragem e diminuir riscos
     de flutuações


Fase Industrial

Fortalezas:
     Abastecimento com uma matéria-prima abundante, a preços internacionalmente
     muito baixos e de superior qualidade, na comparação regional
     Concentração da oferta de leite em uma área geograficamente próxima, o que
     barateia custos de recoleção e facilita a granelização
     Pouca estacionalidade na produção, o que diminui o nível de capacidade ociosa
     Forte integração da cadeia
     Tradição exportadora

Oportunidades:
     Desenvolvimento do aparelho produtivo de produtos diferenciados
     Acesso a matéria-prima regional quando acabem as barreiras sanitárias
     Criação e/ou fortalecimento de bacias de abastecimento não tradicionais
     Consolidação do grande número de empresas pequenas concentradas
     geograficamente


24
Uruguai em Síntese (ano 2009)17
  Nome oficial                           República Oriental del Uruguay
  Localização geográfica                 América do Sul, limítrofe com a Argentina e com o Brasil
  Capital                                Montevidéu
                                                      2
  Superfície                             176.215 km . 95% do território é solo produtivo destinado à exploração
                                         agropecuária
  População                              3,3 milhões
  Crescimento da população               0,3% (anual)
  PIB per cápita                         US$ 9.458
  PIB per cápita (PPP)                   US$ 13.019
  Moeda                                  Peso uruguaio ($)
  Índice de alfabetismo                  98%
  Expectativa de vida no nascimento      76 anos
  Forma de governo                       República democrática com sistema presidencial
  Divisão política                       19 departamentos
  Zona horária                           GMT - 03:00
  Idioma oficial:                        Espanhol

  Principais Indicadores Econômicos 2005-2009
                                                              2005        2006        2007          2008    2009
Taxa de crescimento anual do PIB                              7,50%        4,30%      7,50%      8,50%      2,90%
PIB (PPP), US$ milhões                                       32.048       34.602     38.235     42.543     43.551
PIB, US$ milhões (correntes)                                 17.367       20.035     24.262     32.207     31.606
                                                                                                                 18
Exportações (US$ milhões), bens e serviços                    5.085        5.787      6.936      9.291     8.551
Importações (US$ milhões), bens e serviços                    4.693        5.877      6.775     10.217      7.775
Superávit / Déficit comercial (US$ milhões)                    393           -90        166       -926       796
Superávit / Déficit comercial (% do PIB)                      2,30%       -0,50%      0,70%     -2,80%      2,50%
Superávit / Déficit em conta corrente (US$ milhões)             42          -392       -212     -1.502       258
Superávit / Déficit em conta corrente (% do PIB)              0,20%       -2,00%     -0,90%     -4,66%     -0,81%
Resultado fiscal global (% do PIB))                          -0,40%       -0,50%      0,00%     -1,40%      -2,2%
Formação bruta de capital (% do PIB a preços correntes)       16,5%        18,6%      18,6%      20,2%      19,1%
Economia bruta nacional (% do PIB)                           17,60%       16,90%     19,00%     17,90%     17,10%
Investimento estrangeiro direto (US$ milhões)                  847         1.493      1.329       1.84      1.139
Investimento estrangeiro direto (% do PIB)                    4,80%        7,50%      5,40%      5,70%      3,60%
Tipo de câmbio peso / US$                                      24.5         24.1       23.5       20.9       22.5
Ativos de Reserva (US$ milhões)                               3.071        3.097      4.121      6.329      8.373
Taxa de desemprego (% of PEA)                                12,20%       11,40%      9,70%      7,90%      7,70%
Taxa anual de inflação                                        4,90%        6,40%      8,50%      9,20%      7,50%
Dívida Externa Neta (milhões de dólares)                      8.938        9.157      9.662      8.254     11.123


  17
     Os dados referidos ao PIB foram retirados do FMI, os dados de comércio exterior, IED, tipo de câmbio,
  reservas internacionais e dívida externa provêm do BCU; as taxas de crescimento da população, alfabetismo,
  desemprego e inflação provêm do Instituto Nacional de Estatísticas
  18
     Inclui estimação parcial da atividade produtiva nas zonas francas e a informação sobre a pesquisa
  coordenada com CUTI para a atividade relacionada com o software


  25
Serviços ao investidor




                                       Quem Somos

A Uruguay XXI é a agência de promoção de investimentos e exportações do Uruguai. Entre outras
funções, a Uruguay XXI apóia gratuitamente os investidores estrangeiros, tanto àqueles que estão
avaliando onde realizar seu investimento quanto àqueles que já faz tempo operam no Uruguai.




                           Nossos Serviços para o Investidor

A Uruguay XXI é o primeiro ponto de contato para o investidor estrangeiro. Entre os serviços que
oferecemos se encontram:

       Informação macro e setorial. A Uruguay XXI prepara periodicamente estudos sobre o
       Uruguai e os diversos setores da economia.
       Informação à medida. Preparamos informação personalizada para responder a suas
       perguntas específicas, como, por exemplo, dados macroeconômicos, mercado de
       trabalho, impostos e aspectos legais, programas de incentivo aos investimentos,
       localização, e custos.
       Contato com os principais representantes. Geramos contatos com entidades de
       governo, representantes industriais, instituições financeiras, centros de I+D e
       potenciais sócios, entre outros.
       Promoção. Promovemos oportunidades de investimento em eventos estratégicos,
       missões e reuniões de negócios.
       Facilitação de visitas ao país de investidores estrangeiros, incluindo organização de
       agenda de reuniões com, por exemplo, autoridades públicas, fornecedores,
       potenciais sócios e câmaras empresariais.
       Publicação de oportunidades de investimento. Periodicamente publicamos em nossa
       página informação sobre projetos de investimento que nos comunicam autarquias e
       empresas.




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Setor Lácteo (Abr 2010) (Português)

  • 1. Abril 2010 Setor lácteo Oportunidades de investimento no Uruguai
  • 2. POR QUE INVESTIR NO SETOR LÁCTEO URUGUAIO Crescente demanda mundial As mudanças demográficas mundiais (migração para as cidades), o incremento da renda média, as mudanças no estilo de vida e o incremento da população são causas do aumento no consumo de alimentos e em particular de proteínas animais. Já faz 10 anos que a produção mundial de leite vem crescendo a taxas inferiores ao crescimento da demanda mundial de produtos lácteos. O Uruguai é um dos poucos países que podem abastecer esta crescente demanda A produção de leite da União Européia, da Índia, dos EUA e da China está orientada a satisfazer as demandas de seu mercado interno e as possibilidades de expandir a mesma são limitadas ou serão absorvidas pelo consumo doméstico. O setor lácteo uruguaio conta com importantes vantagens competitivas e oferece oportunidades de investimento tanto na produção primária quanto em sua fase industrial. A produção de leite do Uruguai representa 0,3% da produção mundial, mas o Uruguai representa 2% das exportações mundiais. Do mesmo modo que a Austrália e Nova Zelândia, o Uruguai exporta mais de 60% de sua produção de leite. Baixos custos e potencial de grandes melhorias na produtividade Durante os últimos 10 anos a produção de leite uruguaia tem crescido em 3% acumulativo anual, e nos últimos 5 anos a taxa de crescimento chegou a 4% acumulativo anual. A produção é realizada principalmente à base de pastagem e uma moderada contribuição de concentrados. Os preços que o produtor recebe são inferiores aos que os produtores da Nova Zelândia ou da Austrália recebem (e também inferiores aos que o produtor argentino recebe) e os custos de produção estão entre os mais baixos do mundo. A expansão da agricultura uruguaia aumenta a disponibilidade doméstica de grãos e subprodutos para a suplementação estratégica. A fase industrial do complexo lácteo também oferece oportunidades. As mesmas estão associadas à consolidação de empresas, à inovação em processos e produtos, ao mix de produtos e ao marketing. 2
  • 3. Mercado mundial, praticamente inexplorado, oferece grandes oportunidades O mix de exportações está integrado principalmente por leites em pó (53%) e queijos (32%), enquanto que o destino das exportações está orientado primordialmente para a América Latina. Existe uma limitada experiência em abastecer mercados extrarregionais, que estaria associada à falta de escala e a deficiências no marketing e apresentação dos produtos. Os produtos à medida e/ou destinados a nichos de mercado que ainda não foram explorados, i.e. mercado kosher e/ou halal, queijos com gosto, produtos orgânicos, etc. e o mesmo acontece com a produção de ingredientes e nutracêuticos. O Uruguai, um país confiável com acesso preferencial ao mercado regional No Uruguai, os investidores estrangeiros recebem o mesmo tratamento que os investidores locais. Existe liberdade de transferir fundos e de repatriação de utilidades. O Uruguai pertence ao Mercosul, um mercado ampliado com mais de 240 milhões de habitantes, e quase 400 milhões se incluirmos outros países sul-americanos com os que o Mercosul tem acordos de complementação econômica, como a Bolívia, o Chile, a Colômbia, o Equador, o Peru e a Venezuela, e assinou tratados de livre comércio com o México e com Israel. O Uruguai conta com um muito atrativo regime de promoção de investimentos e de exportações Em 2007 foi aprovado um regime de promoção de investimentos que permite à empresa computar entre 51% e 100% do capital investido como abatimento do Imposto de Renda, em determinadas condições. Existe ademais, um regime benéfico para todas as exportações, que compreende: devolução do IVA pago nas compras de insumos, um regime de não-pagamento de impostos (alfandegários e outros) para importações de insumos que se incorporem aos bens exportados, um sistema de pré-financiamento de exportações. O Uruguai conta com ampla experiência na indústria láctea O Uruguai adquiriu uma grande experiência tanto na produção de leite quanto na elaboração de produtos lácteos. Nos últimos 20 anos a produção de leite duplicou e a receita por exportações se multiplicou por 10. A chegada de importantes investimentos estrangeiros nos últimos tempos, como por exemplo, New Zealand Farming Systems, Schreiber Foods e Bom Gosto, anunciam um futuro promissor para o setor. 3
  • 4. Por que investir no Uruguai Importantes vantagens comparativas baseadas em: Superfície bem irrigada, clima temperado com média de chuvas de 1.200 mm distribuídas ao longo do ano Mais de 80% de superfície arável; aproximadamente 4 hectares por pessoa (média mundial 0,21 hectares por pessoa) Sem risco de catástrofes naturais Produção primária orientada para a exportação: Exportações de base agrícola representam 65% das exportações totais 7º exportador mundial de carne bovina (exporta para 85 países) 3er exportador mundial de carne ovina 6º exportador mundial de arroz Grande disponibilidade de subprodutos do processamento e elaboração de grãos com potencial no uso em suplementação: Produção de soja cresceu em 48% anual nos últimos 8 anos Produção de milho e trigo cresceu em 18% anual nos últimos 8 anos A agroindústria láctea1: Representa 9,3% do VBP agropecuário, terceiro em importância após a carne bovina e o arroz Produção de leite: 1.582 milhões de litros Envio para a planta: 89% da produção Exporta 70% do envio (90 países) Estabelecimentos leiteiros: 4.592 tambos Superfície ocupada: 849 mil hectares (6% do total) Superfície melhorada: 58% do total Número de vacas leiteiras: 408 mil cabeças Exportações: US$ 442 milhões (7,3% do total das exportações; terceira em importância depois da carne bovina e o arroz) 1 Dados de 2007/2008 4
  • 5. 1. O mercado mundial de lácteos Nos últimos 10 anos, a produção mundial tem crescido a uma taxa de 2% acumulativo anual (Figura 1). A China tem sido o país mais dinâmico quanto ao crescimento da produção, ficando a mesma orientada integramente a abastecer o mercado interno. A produção de leite na China cresceu a uma taxa de 17% acumulativa anual durante o período 2002-2008. O Uruguai está em segundo lugar, com uma taxa de crescimento de 4,1% acumulativo anual para o mesmo período (Figura 1). A produção de leite na Austrália e na União Européia, dois importantes representantes no comércio mundial, tem decrescido. Figura 1.- Taxa de crescimento da produção de leite de vaca, 2002-2008 (países selecionados) 2 6% Taxa média de crescimento mundial = 2,1% 4,12% 4,02% Taxa de crescimento acumulativo anual 4% 3,29% 3,16% 2,04% 2,02% 2% 0,97% 0,66% 0% Uruguai EUA Argentina México UE Brasil Rússia Índia Ucrânia Nova Zelândia Canadá Austrália -2% -0,57% -0,93% -4% -2,79% -6% -8% -7,69% As exportações globais de produtos lácteos têm crescido durante os últimos 10 anos a taxas de 4% acumulativo anual. No entanto, apenas 7% da produção mundial de leite é exportada sob a forma de produtos. A Nova Zelândia e a União Européia representam 65% do comércio mundial de lácteos, enquanto que o Uruguai representa 2% de comércio mundial de produtos lácteos (Figura 2). 2 Fonte: USDA – FAPRI (não inclui a China) 5
  • 6. Figura 2.- Participação no mercado mundial de lácteos, 2008 (em leite equivalente) 3 Nova Zelândia União Européia 33% 32% Uruguai 2% Outros Austrália 14% EUA 11% 8% O escasso volume de leite que se comercializa em nível internacional faz com que pequenas mudanças relativas na demanda ou na oferta global se vejam amplificadas nos preços internacionais. A médio e longo prazo, estima-se que este seja um mercado muito volátil. A demanda global de produtos lácteos continuará aumentando sobre a base de um crescente reconhecimento do valor nutricional do leite e da melhoria no nível de vida nos países emergentes. As principias causas das auspiciosas perspectivas a longo prazo para a leiteria não foram modificados devido à crise econômica global. O relatório da OECD-FAO (Agricultural Outlook 2008-2017) indica que existirão incrementos entre 23% e 57% nas importações mundiais de lácteos para 2017 com respeito à média 2005-2007, e que os países emergentes capitalizarão o aumento na demanda quase duplicando suas exportações (Figura 3). 3 Fonte: Elaborado em base a Dutch Dairy Commodity Board, FAO, USDA 6
  • 7. Figura 3.- Estimações do aumento das exportações e importações de produtos lácteos em 2017 vis à vis média 2005-2007 140% 120% 100% 80% 60% 40% 20% 0% Importações Países OECD Países em desenvolvimento -20% Exportações Leite em pó integral Leite em pó desnatado Manteiga Queijo O contínuo crescimento da produção de leite no Uruguai está sustentado em uma forte inserção internacional. Com um consumo de 219 litros equivalentes por pessoa por ano (um dos mais elevados do mundo) todo o incremento de produção é colocado no mercado internacional. O grau de exposição à concorrência internacional é o segundo mais alto do mundo, já que o Uruguai exporta 65% do leite que produz (Figura 4). 7
  • 8. Figura 4.- Exportações de produtos lácteos (% da produção em leite equivalente), média 2006-20084. 90% 78% 80% 70% 67% 60% 51% 50% 40% 34% 30% 20% 20% 10% 9% 10% 0% EUA Canadá Argentina União Austrália Uruguai Nova Européia Zelândia Resumindo, as perspectivas a médio e longo prazo são alentadoras para que países com um setor leiteiro competitivo possam ganhar participação em um mercado internacional de lácteos em expansão. O crescimento da produção de leite no Uruguai e sua inserção internacional permitem prognosticar a existência de boas oportunidades de negócio. As mesmas se encontram ao longo de toda a cadeia de agregado de valor. Faz uns poucos anos, uma empresa da Nova Zelândia patrocinou a criação de New Zealand Farming Systems Uruguai (NZFSU), empresa estabelecida no Uruguai e cotada em Auckland. O objetivo de NZFSU é o de capitalizar as oportunidades de adquirir terras e desenvolver e adaptar o sistema de produção de leite da Nova Zelândia às condições locais (ver Quadro 2). 2. Por que investir no setor lácteo uruguaio? Para efeitos de identificar as oportunidades de negócio ao longo da cadeia de valor faremos uma breve descrição da mesma em sentido inverso ao fluxo do produto. 2.1. Descrição do setor O consumo médio de produtos lácteos chega aos 219 litros de leite equivalente por pessoa por ano, similar ao dos países mais desenvolvidos. O valor total do mercado interno se estima em US$ 400 milhões a preços de consumidor (ano 2008). O principal produto de consumo é o leite líquido (240 milhões de litros, uns US$ 120 milhões), seguido pelos queijos e o iogurte. A recente desregulação do mercado de leite fluído abre oportunidades para 4 Fonte: FAO - USDA 8
  • 9. pequenas plantas para que participem do mesmo (Ver Anexo I por maior informação respeito mercado interno de leite fluído). As exportações de lácteos em valor cresceram a uma taxa de 9% acumulativa anual durante o período 1991-2009 e a 19% para o período 2002-2009 (Figura 5). Em 2009 alcançou os US$ 369 milhões, depois do recorde de 2008 com US$ 433 milhões. Figura 5.- Exportação de produtos lácteos (Milhões de US$, FOB)5 2008 434 2007 346 2006 278 2005 245 2004 189 2003 140 Taxa crescimento acumulativo anual: 1991-2009 = 8,9% 2002 2002-2009 = 19% 126 0 100 200 300 400 500 Atualmente o setor lácteo exporta para mais de 60 países. O Brasil e a Venezuela representam 46% da receita por exportações, seguido pelo México com 20% e Cuba com 6% (Figura 6). 5 Fonte: DIEA, OPYPA (MGAP) 9
  • 10. Figura 6.- Principais destinos para as exportações de lácteos, 2009 (% em valor)6 Marrocos Chile Argélia 3% 3% 3% Senegal Outros 4% Brasil 6% 25% Alemanha 4% Coréia do Sul Cuba 5% 6% Venezuela 21% México 20% Os leites em pó (integral e desnatado) são o principal produto de exportação, representam 44% das exportações, seguido dos queijos com 36%. Figura 7.- Exportações por tipo de produto, 2009 (% em valor) Leite e nata, sem adição de açúcar 1% Lactosoros 2% Soro 8% Manteiga 10% Queijo e requeijão 34% Leite e nata, com adição de açúcar 41% 0% 10% 20% 30% 40% 50% A partir da diversificação nos destinos das exportações de lácteos, também se verifica uma incipiente especialização quanto ao tipo de produto exportado (Figura 8). 6 Fonte: Elaborado pela Uruguay XXI em base a dados da Dirección Nacional de Aduanas 10
  • 11. Figura 8.- Exportações de leite em pó e queijo por país, 2008 (% em volume)7 35% 32% 29% 30% 25% 19% 19% 19% 20% 15% 12% 11% 9% 8% 10% 5% 0% 0% 0% 0% Brasil Venezuela México Cuba Coréia do Sul Senegal Leite em pó Queijos Venezuela, México, Cuba, Brasil, Coréia do Sul e Senegal representam 72% das exportações de leite em pó e 86% das exportações de queijo (Ver Quadro 1). A Conaprole, no entanto, a maior empresa láctea, representa mais de 50% das receitas por exportações (Figura 9). Em importância, seguem depois Inlacsa (capitais mexicanos), Ecolat (capitais venezuelanos) e Bonprole (Petra) (joint venture entre a empresa francesa Bongrain e Conaprole). Figura 9.- Ranking dos 10 primeiros exportadores de lácteos, 20098 ECOLAT URUGUAY CLALDY 4% DULEI 8% CALCAR 3% PETRA PILI 6% 6% INLACSA 6% SEYLINCO 2% 10% CONAPROLE 54% NIDERA URUGUAYA 1% 7 Fonte: BCU – Nota: Último dado disponível 2008 8 Fonte: Elaborado pela Uruguay XXI em base a dados da Dirección Nacional de Aduanas 11
  • 12. Quadro 1 As exportações de queijo Em 2009 foram exportadas 37 mil toneladas de queijo por um valor de US$ 130 milhões. Sessenta por cento da receita por exportações de queijo do Uruguai corresponde a queijos de massa semidura, ou seja, aqueles que têm entre 36% e 46% de umidade. Exemplos dos mesmos são os queijos tipo “suíço”: Gruyerito, Danbo, Edam, Fontina, Gouda (de origem holandesa, mas de estilo suíço) (Figura 10). Figura 10.- Exportações de queijo por tipo, participação em valor (2009) Outros Massa dura 7% 13% Massa Massa mole semidura 20% 60% Treze 13 % da receita por exportações de queijo corresponde a queijos de massa dura (Sbrinz, Parmesano, Goya, Emmental) e 20% a queijo de massa mole (tipo Colonia, Cuartirolo). Os 7% restantes inclui queijos frescos, mussarela, ralado e fundido, sendo o queijo mussarela o de maior importância (64% do total). Oportunidades O consumo de queijo está aumentando em nível mundial: a base de consumidores está aumentando da mesma forma que os consumidores tradicionais aumentam seu consumo per capita. A respeito deste último e enfocado no mercado dos EUA, existiriam algumas oportunidades. O consumo de queijo nos EUA tem aumentado nos últimos 30 anos. O desejo de consumir novas variedades de queijo com sabores e texturas diferentes e embalados e fracionados em forma conveniente dinamizou o consumo. O segmento de “queijos especiais” contribuiu majoritariamente no incremento do consumo per capita. Este é um nicho de mercado que necessita ser descoberto. O nicho de mercado de maior crescimento é o vinculado aos gostos de grupos étnicos, por exemplo, o mercado de queijos de estilo latino. Outro nicho igualmente dinâmico é vinculado com os queijos vistos como artesanais. Embora o segmento de mercado seja pequeno, o potencial de crescimento é elevado. O tipo de alimentação do rodeio leiteiro uruguaio somado ao baixo volume de produção e ao caráter local de algum dos queijos que são produzidos (Gruyerito, tipo Colonia) poderiam ser o catalisador de novas oportunidades de negócio. A cor amarela intensa do queijo elaborado com leite de vacas alimentadas com pasto é um atributo positivo já que o consumidor pode percebê-lo como produto de valor agregado. 12
  • 13. 3. Setor industrial em crescimento A indústria está composta por 36 empresas que recebem leite dos produtores. A indústria é em sua maioria de caráter cooperativo e está fortemente concentrada (Figura 11). Figura 11.- Recebimento de leite em planta para as 10 primeiras empresas (2009)9 INLACSA S.A CALCAR 8% 6% PILI S.A CLALDY ECOLAT URUGUAY 4% 7% 4% DULEI S.A 2% BONPROLE S.A 2% GRANJA POCHA S.A CONAPROLE 1% 65% COLEME 1% O envio para planta tem crescido a taxas de 4% acumulativo anual durante os últimos 20 anos, enquanto que a capacidade industrial o tem feito a taxas levemente maiores. O volume de leite destinado ao consumo caiu em valor absoluto, e todo o incremento da remissão é destinado à elaboração de produtos industriais. 9 Fonte: Estimações próprias em base a dados do Fundo de financiamento e desenvolvimento sustentável da atividade de leite 13
  • 14. Figura 12.- Recebimento de leite em planta industrial por destino (milhões de litros)10 Milhões de litros Elaboração de produtos Consumo fluído A indústria tem uma capacidade de produção de 8,4 milhões de litros por dia. Os incrementos na capacidade tem acompanhado o aumento na remissão a plantas e sobretudo a necessidade de processar o pico de produção primaveral. O uso efetivo da capacidade instalada se estima entre 63% e 76% para os últimos anos.11 Em termos médios, a indústria poderia absorver um aumento de 300 milhões de litros anuais (20% da remissão de 2008) sem necessidade de aumentar a capacidade instalada. Esta cifra é levemente inferior à meta de produção anual fixada pela New Zealand Farming Systems Uruguai para 2014 (ver Quadro 2). Cabe ressaltar que não é este o único novo empreendimento produtivo em nível primário. A indústria láctea responde por aproximadamente 6% do valor bruto de produção industrial uruguaio (OPYPA, 2008). A indústria ocupa umas 4.600 pessoas em 2008, cifra que tem crescido nos últimos anos. O valor agregado do setor se estima em 20% do valor de produção número por baixo da média da indústria. A indústria tem investido principalmente para aumentar sua capacidade de recebimento e processamento primário, mas não da mesma forma em um parque industrial que incorpore valor à matéria-prima em forma competitiva à produção com destino regional. Isso se traduz em uma baixa participação do valor agregado no valor bruto. 10 Fonte: DIEA - MGAP 11 Nota: Assumindo uma remissão diária constante para o mês de maior produção (outubro ou novembro pelo geral) 14
  • 15. Os investimentos mais recentes são os realizados pela Claldy (planta de soros), Inlacsa e Conaprole com uma planta de leite em pó e ampliação de outras, Pili (instalação de planta de nanofiltrado e secagem de soro) e General Mills para produzir caseína e soro, planta adquirida mais tarde pela Schreiber Foods dos EUA junto com plantas da Dulei (queijos) e Belficor (soro). Esta empresa, que investiu US$ 30 milhões na compra destas plantas, prevê empregar umas 100 pessoas e industrializar eventualmente 450.000 litros diários de leite. Por sua vez várias plantas locais foram adquiridas por empresas estrangeiras nos últimos 6 anos. Começando pela Ecolat, seguindo pela a Inlacsa e Quesería Helvética pelo mesmo grupo investidor, e Frigorífico Modelo abriu mão de sua planta de lácteos que passou a mãos da Dulei. Por outra parte, a empresa brasileira Bom Gosto anunciou que começará em maio de 2010 a construção de sua primeira planta no Uruguai, que captará 600.000 litros diários de leite para produzir leite em pó e manteiga, com um investimento total de US$ 30 milhões. O mix de produção não variou substancialmente com relação à situação em 1998, exceto pela perda de participação dos produtos líquidos (leite UHT e leites ácidos) e o incremento na produção de caseínas e caseinatos (Figura 13). Figura 13.- Mix de produção, 2008 (% em litros de leite equivalentes)12 Manteiga/ Acidificadas Outros gorduras 2% 1% 3% Caseínas/atos 4% UHT 8% Queijos 39% Leite em pó 43% 12 Fonte: DIEA - MGAP 15
  • 16. 4. Setor primário com grande potencial de crescimento A cadeia láctea uruguaia mostra nos últimos 20 anos um notável crescimento, que a assinala como a de maior dinamismo entre os países exportadores. Este processo se sustentou na competitividade da fase primária da cadeia, que produz leite com os menores preços internacionais. A produção de leite chegou aos 1.750 milhões de litros em 2009, é a produção de toda a cadeia láctea comercial (inclui o que foi processado nos tambos e o consumo predial destes) (Figura 14). Durante o mesmo período, o número de produtores passou de 5.522 a 4.507, acumulando uma diminuição de 18%. Isto reflete uma tendência mundial na agricultura na medida em que as pressões do mercado e as mudanças nas práticas de negócios promovem a consolidação para estabelecimentos de maior tamanho com melhores eficiências operativas. Vale indicar que, em média, os produtores remetem às plantas industriais cerca de 80% do leite produzido. O resto é utilizado no próprio estabelecimento, principalmente para a elaboração de subprodutos para comercializar e a venda de leite fresco. Este grupo de produtores (artesanais), aproximadamente 1.000, dedica-se a industrializar sua própria produção. 16
  • 17. Figura 14.- Produção de leite e número de produtores (milhões de litros, número)13 Produtores Milhões de litros Produção Produtores A superfície dedicada à produção de leite ficou em aproximadamente um milhão de hectares durante o período 1991-2002 (Figura 15). A partir de 2002, perdeu-se superfície leiteira principalmente pelo crescimento da agricultura. Desde 2002 até o ano 2009 a área leiteira diminuiu em 200 mil hectares para ficar em 800 mil. O número de vacas tem crescido levemente desde 2005, chegando a 420 mil vacas em 2009. Como resultado destas mudanças a superfície média dos tambos tem diminuído 12% nos últimos 10 anos, de um pico de 211 hectares em 1999 a 184 hectares em 2008. O número médio de vacas aumentou 15% para o mesmo período, passando de 78 a 89 vacas por estabelecimento. 13 Fonte: DICOSE - MGAP 17
  • 18. Figura 15.- Superfície total dedicada à leiteria e número de vacas14 1100 500 Área leiteira Area lechera Nº vacas Vacas 1000 450 900 Milhares dede vacas 400 Milhares de hectares Miles de hectáreas Miles vacas 800 350 700 300 600 500 250 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009p O crescimento no tamanho médio dos estabelecimentos tem feito com que a produção de leite se encontre muito concentrada. Atualmente, os estabelecimentos com mais de 500 hectares representam 5% do total de estabelecimentos leiteiros e respondem por 28% da produção de leite. O crescimento da produção se baseou em uma mudança tecnológica importante. A produtividade por hectare se incrementou 59% no período 1998-2007. Dois fatores contribuíram para a melhoria desse indicador: a produtividade por vaca, que aumentou 21%, e o número de vacas por hectare, que se incrementou 26%. A relação vacas em ordenhe sobre vacas totais, uma medida da eficiência no manejo do rodeio leiteiro, incrementou-se 7%. No entanto a relação entre o total de vacas e o total do rodeio leiteiro permaneceu constante (Anexo I, Tabela 2). A produção de leite no Uruguai é à base de pastagem. Os incrementos na produtividade se basearam também na progressiva substituição das pradarias naturais por pradarias melhoradas de alto rendimento. Para 2009, 60% da área leiteira corresponde a pradarias melhoradas. O uso de concentrados caiu, ao tempo que se incrementa o uso da suplementação com silo e ensilagens. Embora a produtividade cresça nas taxas assinaladas, é importante observar que, aos níveis atuais, existe um importante atraso tecnológico em algumas categorias de tamanho. Este atraso oferece oportunidades atrativas de investimento. Oberva-se a existência de uma 14 Fonte: DICOSE - MGAP 18
  • 19. brecha importante em produtividade por hectare entre as diferentes categorias de tamanho (Anexo I, Tabela 3). Embora não seja possível determinar as causas da mesma com a informação disponível, os fatores mais importantes se referem à falta de escala, à posse da terra (majoritariamente arrendamentos), ao escasso investimento e à dificuldade na apreensão do novo pacote tecnológico. Do mesmo modo, em termos comparativos com outras leiterias, os níveis de produtividade da leiteria uruguaia não são altos. Por exemplo, NZFSU baseou sua decisão de se estabelecer no Uruguai, entre outras coisas, na brecha em produtividade por hectare existente entre a produção de leite da Nova Zelândia e a do Uruguai, o que identifica a oportunidade de seguir crescendo, sem que necessariamente se expanda a fronteira leiteira. A qualidade genética do rodeio uruguaio é reconhecida, já que tradicionalmente tem se exportado vaquilhonas ao Peru, ao Brasil, à Venezuela e recentemente à China. Há mais de 30 anos se utiliza sêmem de touros americanos e canadenses, aos quais se somaram ultimamente, touros australianos e da Nova Zelândia. Os preços da terra são baixos em comparação com a região e com o mundo (US$ 2.300/ha em média). Isto habilita um maior investimento no desenvolvimento da terra com destino à leiteria. De fato, um dos fatores que NZFSU valorizou positivamente com relação a sua decisão de investir no Uruguai na produção de leite era que o custo de adquirir e desenvolver um hectare equivalia a menos de 30% do custo na Nova Zelândia. A abundância de água e a possibilidade de irrigar pradarias, aumentando a produção de matéria seca, oferecem uma nova oportunidade de mudança tecnológica. A irrigação e a agriculturização oferecem também a possibilidade, até agora impensada no Uruguai, de produzir leite em forma estabulada. Até o momento, há dois empreendimentos que estariam transitando este caminho, se bem que não há maior informação ao respeito. A produção de leite se encontra concentrada principalmente no sul do país. Os departamentos de Colonia, San José e Florida representam 84% da produção nacional e 55% dos estabelecimentos, e contêm a maioria das empresas industrializadoras. 19
  • 20. Quadro 2 A empresa New Zealand Farming Systems Uruguay (NZFSU), de capitais neozelandeses principalmente, opera atualmente 31 tambos e tem o objetivo de chegar a 49 em 2012. O investimento total até o momento foi de mais de US$ 200 milhões. A NZFSU foi promovida pela PGG Wrightson Limited (PGGW), a maior companhia de insumos agropecuários da Nova Zelândia. “A NZFSU foi estabelecida para capitalizar as oportunidades de adquirir tambos no Uruguai, onde o sistema de produção neozelandês, uma vez adaptado às condições locais, produz resultados comparáveis aos obtidos na Nova Zelândia.” A NZFSU considerava que a aquisição dos estabelecimentos no Uruguai e seu posterior desenvolvimento e conversão ao sistema kiwi podia ser realizada pelo equivalente a um terço do custo de adquirir um estabelecimento leiteiro na Nova Zelândia. A produção de leite na Nova Zelândia se realiza primordialmente em base ao uso intensivo das pradarias, i.e. a produção de grande quantidade de forragem de alta qualidade por hectare e o uso de uma alta dotação de vacas de qualidade genética superior por hectare. Este sistema seria aplicado em terras de grande potencial e de baixo custo que, de acordo com os padrões da Nova Zelândia, está sendo subutilizada na produção de leite. A “conversão” dos tambos e terras adquiridas no Uruguai ao sistema kiwi seria realizada com a aplicação de uma série de passos, que incluem a semeadura de novas espécies de pastagem melhoradas, a aplicação de fertilizantes fosfatados, a otimização das subdivisões para controlar o crescimento das pastagens e melhorar seu aproveitamento, o melhoramento do acesso à água para os animais, o aumento da carga animal, para aproveitar o aumento de forragem disponível, com animais de alto mérito genético e a aplicação de fosfato e nitrogênio para manutenção das pastagens. Até junho de 2009 a NZFSU operava 36 mil hectares, com 53 mil cabeças de gado, das quais 11,3 mil eram vacas em ordenhe, e o projeto contava com um grau de avanço próximo a 70% do total do programa de investimentos. Desde fins de 2008 se começou a trabalhar na emissão de bônus no mercado local e, em julho de 2009, a NZFSU fez uma bem sucedida colocação de US$ 30 milhões, adquirida majoritariamente por investidores institucionais. Com este financiamento se completarão obras de infraestrutura, irrigação e eletrificação. 20
  • 21. ANEXO I. Tabela 1. O setor lácteo em números (2007-2008) Superfície ocupada (hectares) 847 mil (4,5% superfície produtiva) Rodeio leiteiro 744 mil cabeças (408 mil vacas) Nº médio vacas 63 vacas Superfície média (hectares) 184 hectares Produtividade média por vaca por ano 3.877 litros Produção de leite 1.582 milhões de litros Envio à planta industrial 98% Setor leiteiro VBP US$ 466 milhões Setor leiteiro VAB US$ 855 milhões Utilização do leite Queijo 40% Leite em pó integral 24% Leite consumo fluído 19% Leite em pó desnatado / Manteiga 10% Principais produtos elaborados (Ton.) Leite em pó…………..63.523 Queijos………………....53.737 Manteiga……………….21.312 Caseínas………………...1.409 Exportações US$ 442 milhões (7,3% do total nacional) Leite em pó…………………..…..48.378 ton. Queijos………………….…………..28.580 ton. Manteiga……………………..…….9.799 ton. Leite longa vida-UHT…..…..…7.174 milhares de litros Porcentagem do leite exportado 63% Principais mercados (Valor) Venezuela 34% México 24% Cuba 11% Brasil 8% Consumo per capita 219 litros equivalentes Força trabalhista (empregos diretos) TOTAL: 23.984 Produção primária: 19.320 Elaboração: 4.664 21
  • 22. Tabla 2. Principais indicadores tecnológicos15 1998 2007 Produtividade por hectare (litros/ha.) 1.175 2370 Produtividade por vaca (litros/vaca) 3.192 3.875 Vacas por hectare 0,38 0,48 Relação vaca ordenhe/ total de vacas 65% 69% Relação vacas/ total do rodeio leiteiro 56% 55% Pradarias melhoradas (% da área total) 40% 60% Suplementação silo e feno (kgs/ha.) 471 1.239 Suplementação concentrados (grs./litros) 150 138 Tabela 3. Produtividade por categoria de tamanho (ano 2007)16 Categoria de tamanho Produtividade Litros por vaca Litros por hectare < 50 ha. 14,7 1.943 de 50 a 199 ha. 16,7 2.436 de 200 a 499 ha. 18,2 2.312 de 500 a 999 ha. 19,1 2.594 de 1000 a 2499 ha. 19,2 2.334 > 2500 ha. 18,2 1.932 Média nacional 18,0 2.370 15 Fonte: elaborado em base a DIEA-MGAP 16 Fonte: elaborado em base a DIEA-MGAP 22
  • 23. ANEXO II Institucionalidade Instituto Nacional do Leite (INALE) (Lei 15.640), que constitui um âmbito de consulta do MGAP (Ministério da Pecuária Agricultura e Pesca , por suas siglas em espanhol) para fixar as políticas públicas. Instituto Nacional de Investigação Agropecuária (INIA) e Faculdade de Agronomia da Universidade da República, atuando na pesquisa de tecnologia para a fase primária. Direção de Sanidade Animal do MGAP, que tem sob sua responsabilidade as políticas sanitárias. LATU, órgão particular com participação estatal, que promove o desenvolvimento tecnológico da indústria e emite certificados sanitários para a exportação. Câmara de Indústrias Lácteas do Uruguai, que agrupa praticamente todas as indústrias lácteas. Esta instituição é sócia por sua vez da Federação Pan-americana de Leiteria (FEPALE). Gremiais: Associação Nacional de Produtores de Leite (remetentes a CONAPROLE) Intergremial de Produtores de Leite Câmara de Produtores de Leite ANEXO III Regime de políticas públicas A leiteria foi objeto desde seus inícios de múltiples regulações –através de leis e decretos– que buscam atender as características especiais deste subsetor do agro. A primeira delas datada em 1935 é a Lei de criação da CONAPROLE. A última é a Lei 18.242 de 27 de dezembro de 2007 onde se ditam normas relativas à produção, fomento, desenvolvimento e regulação do setor leiteiro. Esta lei cria o Instituto Nacional do Leite (INALE), pessoa pública não estatal de direito privado, orientada ao desenvolvimento do setor lácteo. O INALE tem como objetivo articular as organizações públicas e privadas com a finalidade de gerar um novo conjunto de políticas públicas do setor que potenciem e projetem o setor ao futuro. Atualmente, qualquer empresa pode participar do abastecimento de leite. O produtor recebe um único preço, que se fixa livremente, pelo leite que remete à planta. O preço ao consumidor do leite de consumo fluído é fixado pelo Poder Executivo. Como preço base para o cálculo se toma o preço médio nacional que recebe o produtor. Este é estimado pelo Ministério da Pecuária em base à informação fornecida por todas as empresas lácteas, sobre os preços pagos pela matéria-prima (leite) aos produtores. 23
  • 24. ANEXO IV Diagnóstico Estratégico Fase Primária Fortalezas: Recursos naturais e humanos de muito boa aptidão para a produção de leite Altíssima competitividade baseada no baixo custo de produção e na boa qualidade do leite Forte integração Permanente crescimento da produtividade Atitude permanentemente favorável à mudança técnica Alto nível de mecanização e granelização Boa imagem pública Apoio do Estado à pequena produção através de diversos mecanismos Oportunidades: Consolidar a possibilidade de comércio desde os tambos ao exterior que garanta o acesso ao melhor preço possível Existência de uma brecha tecnológica para a grande maioria dos produtores de leite que possibilita a continuação do crescimento Aproveitamento do spill-over que gera a expansão agrícola: novas áreas, uso subprodutos Implementação de irrigação para aumentar a produção de forragem e diminuir riscos de flutuações Fase Industrial Fortalezas: Abastecimento com uma matéria-prima abundante, a preços internacionalmente muito baixos e de superior qualidade, na comparação regional Concentração da oferta de leite em uma área geograficamente próxima, o que barateia custos de recoleção e facilita a granelização Pouca estacionalidade na produção, o que diminui o nível de capacidade ociosa Forte integração da cadeia Tradição exportadora Oportunidades: Desenvolvimento do aparelho produtivo de produtos diferenciados Acesso a matéria-prima regional quando acabem as barreiras sanitárias Criação e/ou fortalecimento de bacias de abastecimento não tradicionais Consolidação do grande número de empresas pequenas concentradas geograficamente 24
  • 25. Uruguai em Síntese (ano 2009)17 Nome oficial República Oriental del Uruguay Localização geográfica América do Sul, limítrofe com a Argentina e com o Brasil Capital Montevidéu 2 Superfície 176.215 km . 95% do território é solo produtivo destinado à exploração agropecuária População 3,3 milhões Crescimento da população 0,3% (anual) PIB per cápita US$ 9.458 PIB per cápita (PPP) US$ 13.019 Moeda Peso uruguaio ($) Índice de alfabetismo 98% Expectativa de vida no nascimento 76 anos Forma de governo República democrática com sistema presidencial Divisão política 19 departamentos Zona horária GMT - 03:00 Idioma oficial: Espanhol Principais Indicadores Econômicos 2005-2009 2005 2006 2007 2008 2009 Taxa de crescimento anual do PIB 7,50% 4,30% 7,50% 8,50% 2,90% PIB (PPP), US$ milhões 32.048 34.602 38.235 42.543 43.551 PIB, US$ milhões (correntes) 17.367 20.035 24.262 32.207 31.606 18 Exportações (US$ milhões), bens e serviços 5.085 5.787 6.936 9.291 8.551 Importações (US$ milhões), bens e serviços 4.693 5.877 6.775 10.217 7.775 Superávit / Déficit comercial (US$ milhões) 393 -90 166 -926 796 Superávit / Déficit comercial (% do PIB) 2,30% -0,50% 0,70% -2,80% 2,50% Superávit / Déficit em conta corrente (US$ milhões) 42 -392 -212 -1.502 258 Superávit / Déficit em conta corrente (% do PIB) 0,20% -2,00% -0,90% -4,66% -0,81% Resultado fiscal global (% do PIB)) -0,40% -0,50% 0,00% -1,40% -2,2% Formação bruta de capital (% do PIB a preços correntes) 16,5% 18,6% 18,6% 20,2% 19,1% Economia bruta nacional (% do PIB) 17,60% 16,90% 19,00% 17,90% 17,10% Investimento estrangeiro direto (US$ milhões) 847 1.493 1.329 1.84 1.139 Investimento estrangeiro direto (% do PIB) 4,80% 7,50% 5,40% 5,70% 3,60% Tipo de câmbio peso / US$ 24.5 24.1 23.5 20.9 22.5 Ativos de Reserva (US$ milhões) 3.071 3.097 4.121 6.329 8.373 Taxa de desemprego (% of PEA) 12,20% 11,40% 9,70% 7,90% 7,70% Taxa anual de inflação 4,90% 6,40% 8,50% 9,20% 7,50% Dívida Externa Neta (milhões de dólares) 8.938 9.157 9.662 8.254 11.123 17 Os dados referidos ao PIB foram retirados do FMI, os dados de comércio exterior, IED, tipo de câmbio, reservas internacionais e dívida externa provêm do BCU; as taxas de crescimento da população, alfabetismo, desemprego e inflação provêm do Instituto Nacional de Estatísticas 18 Inclui estimação parcial da atividade produtiva nas zonas francas e a informação sobre a pesquisa coordenada com CUTI para a atividade relacionada com o software 25
  • 26. Serviços ao investidor Quem Somos A Uruguay XXI é a agência de promoção de investimentos e exportações do Uruguai. Entre outras funções, a Uruguay XXI apóia gratuitamente os investidores estrangeiros, tanto àqueles que estão avaliando onde realizar seu investimento quanto àqueles que já faz tempo operam no Uruguai. Nossos Serviços para o Investidor A Uruguay XXI é o primeiro ponto de contato para o investidor estrangeiro. Entre os serviços que oferecemos se encontram: Informação macro e setorial. A Uruguay XXI prepara periodicamente estudos sobre o Uruguai e os diversos setores da economia. Informação à medida. Preparamos informação personalizada para responder a suas perguntas específicas, como, por exemplo, dados macroeconômicos, mercado de trabalho, impostos e aspectos legais, programas de incentivo aos investimentos, localização, e custos. Contato com os principais representantes. Geramos contatos com entidades de governo, representantes industriais, instituições financeiras, centros de I+D e potenciais sócios, entre outros. Promoção. Promovemos oportunidades de investimento em eventos estratégicos, missões e reuniões de negócios. Facilitação de visitas ao país de investidores estrangeiros, incluindo organização de agenda de reuniões com, por exemplo, autoridades públicas, fornecedores, potenciais sócios e câmaras empresariais. Publicação de oportunidades de investimento. Periodicamente publicamos em nossa página informação sobre projetos de investimento que nos comunicam autarquias e empresas. 26