2. Introdução
• Uma das principais civilizações foi a que se desenvolveu no Egito.
• Civilização complexa em sua organização social e riquíssima em suas realizações
culturais.
• A religião é o aspecto mais significativo da cultura egípcia; tudo no Egito era orientado
por ela.
• A religião interpretava o universo, justificava a organização social e política,
determinava o papel das classes sociais e conseqüentemente, orientava toda a
produção artística.
• Os egípcios acreditavam em vida após a morte e achavam que esta vida era mais
importante do que a que viviam no presente.
• A arte egípcia concretizou-se desde o início nos túmulos, estatuetas e nos vasos
deixados junto aos mortos.
• A arquitetura egípcia se realizou sobretudo nas construções mortuárias.
• Vieram da região de terras aráveis que se estendia desde a Mesopotâmia até a
Palestina.
• Várias práticas desenvolvidas na Mesopotâmia acabaram chegando ao Rio Nilo, como
o uso de veículos com rodas, elementos do sistema da escrita e principalmente o
processo de irrigação.
• As cheias anuais foi que tornaram possíveis a agricultura egípcia.
• O rio Nilo é um dos maiores rios do mundo, com 6741 quilômetros.
• Quando o rio Nilo recuava, a água da enchente era capturada em depressões
naturais, eles então aproveitavam para irrigação.
3.
4. História
• O Alto Egito teve sua consolidação por volta de 3.500 a . C.
• O Baixo Egito distinguia-se mais pelos perigos do que pela
produtividade.
• A unificação se originou no vale do Nilo.
• A tradição egípcia menciona um rei chamado Menés no período de
3200 e 3000 a . C.
• O novo estado se desenvolveria em relativo isolamento, amplidões
desérticas ao leste e a oeste, cataratas ao sul e pelo Mediterrâneo
ao Norte.
• A consolidação política do Egito assinalou o surgimento da primeira
dinastia dos faraós.
• Estas dinastia seriam seguidas por outras 29, com mudanças
ocasionadas pela ausência de herdeiros ou por violentas
revoluções; até a conquista do Egito por Alexandre em 332 a. C.
5. Sociedade
• Identifica-se três grandes períodos:
– Antigo Império (de 3200 a.C. a 2200 a.C.);
– Médio Império (de 2200 a.C. a 1750 a.C.);
– Novo Império (1580 a.C. a 1085 a.C.);
• A sociedade Egípcia se dividia em:
– Faraó
– Sacerdotes
– Nobres
– Escribas
– Guerreiros
– Mercadores e Artesãos
– Operários e Camponeses
– Escravos.
6. História
• Desde épocas primitivas se atribuíram poderes místicos e toda aldeia importante
possuía sua divindade protetora, que era representada por um animal (animismo).
• A lenda conta que Horus era filho de Osíris, um deus da natureza cujo poder se
manifestava no regime de cheias do Nilo.
• O próprio Osíris já havia governado o Egito, ajudado por sua mulher e irmã, Ísis, até
ser morto e esquartejado por seu ciumento irmão Set, que em seguida espalhou as
partes do corpo por todo o Egito.
• A fiel Ísis recolheu os membros e reconstituiu o corpo, ressuscitando Osíris que se
tornou senhor do mundo dos mortos.
• Coube a Horus disputar com seu tio Set, o domínio sobre o Egito.
• Os dois acabaram travando um combate épico.
• Horus perdeu um olho e conseguiu castrar Set e assim, o deus da terra, Geb,
declarou Horus vitorioso e proclamou-o rei do Egito.
• Osíris, Ísis e Horus eram considerando os deuses nacionais e adorados em todo o
Egito juntamente com o deus Sol (Rá).
• O Deus Sol era a divindade suprema criadora do universo.
• Os faraós (senhor da casa grande) eram a encarnação dos deuses e o sumo-
sacerdote, tendo seu poder absoluto porque era exercido em nome do deus.
• A crença no deus desmembrado determinou que o corpo do rei fosse preservado
intacto e a crença de que a bem-aventurança no outro mundo dependia da
preservação do corpo era partilhada por todos os egípcios
7. Arquitetura
• As tumbas dos Faraós eram réplicas das casas em que moravam, enquanto as
pessoas sem importância social eram sepultadas em construções retangulares muito
simples.
• As primeiras tumbas foram as Mastabas que eram construções de barro cozido ao
sol e possuíam teto plano e paredes inclinadas.
• No interior havia compartimentos repletos de oferendas para o bem estar do rei em
sua outra vida.
• Sob o edifício havia um poço que levava a uma câmara subterrânea escavada na
rocha e revestida de tijolos onde ficava o corpo do faraó.
• Ao lado das mastabas haviam sepulturas destinados aos fieis escravos dos reis.
Esperava-se que todos o acompanhassem até o outro mundo.
• A introdução da mastaba contribui para o desenvolvimento de uma nova técnica: o
embalsamento.
• Os primeiros eram o enfaixamento do cadáver com ataduras de linho impregnadas
de resina, que preservava a forma do corpo mesmo depois deste ter virado pó.
• Por volta de 2600 a . C. eles conseguem a primeira mumificação; através de um
corte no abdômen do faraó, retiravam seus orgãos internos e colocavam num vaso
que ficou conhecido como canopo, no qual havia uma solução salina.
• A cavidade corporal era então preenchida com linho embebido em resina.
• Em seguida cuidavam da parte externa do corpo, maquiando o rosto com tinta verde
ou vestindo o corpo enfaixado com roupas elegantes e jóias.
8. Arquitetura
• As mastabas tornaram-se ao longo dos anos mais imponentes tendo até 5m de altura e setenta
câmaras.
• Abaixo do solo e levando a câmara do sarcófago, havia um amplo vestíbulo que era soterrado
com entulho logo após o sepultamento.
• Desse modo tentava-se impedir o saqueio do túmulo.
• Por volta de 2650 a . C. , o faraó Zóser, da III Dinastia, ordenou a construção da primeira grande
estrutura em pedra da história, uma casa eterna que se elevaria em direção ao céu.
• Imhotep era sumo-sacerdote, vizir do faraó, seu principal conselheiro e um consumado escultor,
mas ficaria conhecido como arquiteto de Zóser.
• Zóser modificou radicalmente a concepção da mastaba; utilizando centenas de milhares de
blocos de calcário, construiu seis mastabas de tamanho decrescente, uma sobre a outra.
• Semelhante ao zigurate eram chamadas de pirâmides de pedra.
• As pirâmides são sem dúvidas o paradigma da arquitetura egípcia.
• Suas técnicas de construção continuam sendo objeto de estudo para engenheiros e historiadores.
• O desenvolvimento arquitetônico coincide com o aparecimento do Deus –Sol (Rá), assim a
pirâmide foi concebida como uma representação da indulgência do Sol entre as nuvens com suas
laterais representando à inclinação dos raios solares.
• A forma da pirâmide refletia o princípio que organizava a sociedade egípcia, o faraó no ápice, e
um círculo de alto funcionários, sacerdotes e escribas sustentado por uma massa enorme de
camponeses e artesãos.
• As pirâmides mais célebres do mundo pertencem à dinastia IV e se encontram em Gizé: Quéops,
Quéfren e Miquerinos, cujas faces são completamente lisas.
9. Mastaba de seis degraus construída por Zóser – Saccara- 2630 a . C. – Altura=60m
10. Mastaba de seis degraus construída por Zóser – Saccara- 2630 a . C. – Altura=60m
11. Arquitetura
• A Pirâmide de Quéops (Faraó Khufu) absorveu recursos durante 23 anos e foi
construída com precisão geométrica.
• A base é um quadrado quase perfeito de 230m (variam entre si menos de 20cm);
laterais que se inclinam num ângulo de 41o, um ápice quase 150m acima da
superfície do deserto.
• Foram utilizados cerca de 2,3 milhões de blocos rochosos, que pesavam em média
2,5 toneladas cada um, muitos chegavam a pesar 15 toneladas.
• A pirâmide de Quêfren (filho de Khufu) fica ao lado e junto a ela mandou construir a
estátua da Grande Esfinge, com 73m de comprimento, corpo de leão e rosto do
próprio Khafre.
12. Pirâmides de Gizé- Quéops, Quéfren, Miquerinos
Antigo Império – 2560 a . C, Cairo
13. Pirâmides de Gizé- Quéops, Quéfren, Miquerinos
Antigo Império – 2560 a . C, Cairo
14. Arquitetura
• As características gerais da arquitetura egípcia são:
– Solidez e durabilidade;
– Sentimento de eternidade;
– Aspecto misterioso e impenetrável.
• Os monumentos mais expressivos da arte egípcia são os túmulos e os templos.
Divididos em três categorias:
– Pirâmide - túmulo real, destinado ao faraó;
– Mastaba - túmulo para a nobreza;
– Hipogeu - túmulo escavado na pedra.
• Os tipos de colunas dos templos egípcios são divididas conforme seu capitel:
– Palmiforme - flores de palmeira;
– Papiriforme - flores de papiro;
– Lotiforme - flor de lótus.
15.
16. Colunata do Templo de Amon – Faraó Amenófis III – Séc. XIV – XII a . C. - Luxor
Formado por sete pares de colunas com 16m cada. Capitel representa uma flor de papiro
20. Arquitetura
• Monumentos especiais:
– Esfinge: representa corpo de leão (força) e cabeça humana (sabedoria).
Eram colocadas na alameda de entrada do templo para afastar os maus
espíritos.
– Obelisco: eram colocados à frente dos templos para materializar a luz
solar.
• A arquitetura egípcia aliava imponência e simplicidade.
• Todas as suas formas se originavam da casa residencial.
• Esta tinha plano retangular e dispunha-se em torno de troncos de
palmeiras ou de outras árvores.
• Mesmo depois que os egípcios adotaram outros materiais, como a
pedra, subsistiram na decoração os temas vegetais: lótus, palma,
papiros.
• Com a expansão do poder do clero, o templo passou a ser a forma
arquitetônica dominante; neles, fileiras de esfinges ladeavam a
estrada sagrada.
21. A Grande Esfinge, Retrato do Faraó Quéfren, Gizé, 2723 a.C.–2563 a.C. – 20m de altura
24. Escultura
• Os escultores egípcios representavam os faraós e os deuses em
posição serena, quase sempre de frente, sem demonstrar nenhuma
emoção.
• Pretendiam com isso traduzir, na pedra, uma ilusão de imortalidade.
• Com esse objetivo ainda, exageravam freqüentemente as
proporções do corpo humano, dando às figuras representadas uma
impressão de força e de majestade.
• Os Usciabtis eram figuras funerárias em miniatura, geralmente
esmaltadas de azul e verde, destinadas a substituir o faraó morto
nos trabalhos mais ingratos no além, muitas vezes coberto de
inscrições.
• Os baixos-relevos egípcios, que eram quase sempre pintados, foram
também expressão da qualidade superior atingida pelos artistas em
seu trabalho.
• Recobriam colunas e paredes, dando um encanto todo especial às
construções.
• Os próprios hieróglifos eram transcritos, muitas vezes, em baixo-
relevo.
25. Máscara de Ouro de Tutancâmon, Novo Império, Museu Egípcio, Cairo
34. Pintura
• Na pintura, as figuras sentadas ou de pé pareciam, a primeira vista, monótonas.
• O formalismo estático das figuras reais contrastava com a leveza e o brilho dos
servos e trabalhadores.
• Uma das características que chama a atenção é a falta de perspectiva.
• Aos artistas não cabia representar o que via, mas o que sabia existir. Tinham de
representar o mais claramente possível.
• As paisagens são simplificadas.
• Nas figuras, olhos e ombros aparecem de frente, embora o resto do corpo de perfil.
• O faraó é sempre muito mais alto que o sacerdote ou militar, o cortesão, o servo, o
inimigo derrotado.
• Mas é menor do que o deus que personificava na terra.
• A pintura complementava a escultura ou decorava as grandes superfícies dos
edifícios.
• Não se utilizavam gradação, mistura de tonalidades, nem claro-escuro.
• As cores mais comuns eram cinza e azul, além do preto.
• Suas características gerais são:
– Ausência de três dimensões
– Ignorância da profundidade;
– Colorido a tinta lisa, sem claro-escuro e sem indicação do relevo;
– Lei da Frontalidade que determinava que o tronco da pessoa fosse representado
sempre de frente, enquanto sua cabeça, suas pernas e seus pés eram vistos de
perfil.
• Quanto à hierarquia na pintura: eram representadas maiores as pessoas com maior
importância no reino, o rei, a mulher do rei, o sacerdote, os soldados e o povo.
• As figuras femininas eram pintadas em ocre, enquanto que as masculinas pintadas
de vermelho.
41. História
• O comércio exterior era monopólio do Faraó e um dos artigos mais procurados era a
madeira, para a construção de mobiliário e palacetes.
• Buscavam também ouro e marfim.
• Na V Dinastia de Pepi II, por volta de 2250 a . C. o Egito se precipitou no caos.
• Os governadores provinciais, anteriormente nomeados pelos faraós, passaram a
transmitir a dignidade a seus filhos e uma vez consolidados em suas posições,
inclinavam-se cada vez menos a submeter-se ao faraó.
• A diminuição das chuvas resultou numa série de inundações insuficientes, houve
quebra de safras e hordas de vadios e esfomeados saquearam o país.
• Em 525 a.C., Cambises, o persa, dominou o Egito e o converteu em uma província
persa.
• Mais tarde, Alexandre o grande venceu os persas e dominou o Egito.
• Com a sua morte, coube a Ptolomeu o governo do Egito.
• Por 300 anos os macedônios e gregos foram os senhores das terras egípcias.
• A cultura egípcia exerceu grande influência no pensamento Helenístico.
• O Egito passou ainda nas mãos dos romanos e muçulmanos.
• Com o advento do Cristianismo, o velho mundo egípcio foi esquecido, e a única coisa
que sobrou foi à língua, preservada como forma de culto da igreja cristã.
42. Conclusão
• Em todos os tempos, a civilização egípcia foi, sem duvida,
uma das culturas orientais mais admiradas e estudadas pelas
nações ocidentais.
• As investigações sobre essa antiga e misteriosa civilização
atingiram o auge na Idade Média e no renascimento, mas foi
somente no período neoclássico que avançaram
decisivamente.
• Com base na pedra Rosetta, encontrada por um soldado de
Napoleão, o cientista francês Jean-François Champollion
decodificou em 1799 uma série muito importante de
hieróglifos, levando em conta as traduções em grego e em
escrita demótica feitas na pedra.
• A partir de então constituiu-se a ciência da egiptologia.
• Sua aplicação imediata serviu para a tradução e interpretação
dos textos pintados e gravados em muros e esculturas de
templos funerários.
43. Pedra da RosettaMuseu Britânico, Londres. Trata-se de uma pedra de basalto negro,
entalhada com três formas de escrita: hieroglífica egípcia, demótica egípcia, e grega.