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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS IBN MUCANA
                   História da Cultura e das Artes – 10ºF – 2011/2012
                                   Ficha formativa 4
_________________________________________________________________________________________

                          Módulo 3 – A Cultura do Mosteiro

1. Explica o conceito de Idade Média.
   • Período conturbado da história que se inicia com a desagregação das estruturas romanas – sécs. V e
      VI.
   • Iniciou-se com o fim do Império Romano do Ocidente, no século V (476), e terminou com a Queda de
      Constantinopla, no século XV (em 1453).
   • Prolongou-se do séc. IX ao séc. XV
2. Destaca os grandes acontecimentos ocorridos nesse período.
   •   476 – Tomada da cidade de Roma e simbolicamente queda do império romano, causada pelas
       invasões bárbaras
   •   Os Bárbaros – povos que invadiram o império romano. Suevos, Alanos, Vândalos, Visigodos,
       Ostrogodos...
   •   Sucessivas vagas de invasões à Europa: muçulmanos (séc. VII), normandos, eslavos e
       magiares, após o séc. IX.
3. Descreve as alterações causadas pela queda do Império Romano:
   •   Enfraquecimento da economia mercantil: dando origem a uma economia de carácter agrário,
       dependente da Natureza, na qual a moeda perdeu poder ou chega a rarear.
   •   Declínio e redução dos centros urbanos: pela importância económica e politica que tinham, as
       cidades eram alvos preferidos dos ataques dos bárbaros.
   •   Desorganização da administração pública: desapareceram as instituições do império,
       enfraqueceu o poder central, desapareceu o exército e o poder pulverizou-se em múltiplos
       poderes locais.
   •   Houve uma grande depressão económica: a vida económica entrou em declínio, as guerras e o
       receio de novos conflitos, a insegurança ameaçavam o crescimento normal das populações.
4. Em que consiste o termo “cristianismo”?
   •   Nasceu no Império Romano,
   •   Conheceu a sua grande expansão no séc. II e II
   •   Oficializou-se e foi religião oficial do império romano, através do Concilio de Constantinopla,
       381, com o imperador Teodósio,
   •   Partilharam ideais de fraternidade, pacifismo e centralização.
   • O termo Cristandade significa a comunidade de povos e nações que professam a mesma fé cristã.
5. Descreve o papel da Igreja na Idade Média:
Os bispos cristãos aproveitam a desorganização e decadência do império para:
   •   Congregarem e organizarem as comunidades de fiéis.
   •   Cristianizarem, baptizando os bárbaros
   •   Manter uma autoridade junto das populações.
•   Desenvolver uma importante acção civilizadora: interferiram ao nível das técnicas agrícolas,
       desenvolvimento das artes e letras.
   Os Mosteiros – foram os centros difusores dessa nova cultura promovida pela Igreja.
6. Mostra as alterações produzidas a partir do ano Mil:
   •   O ano Mil mostra a inversão das tendências depressivas que se viviam desde a queda do
       império romano.
   •   acabaram as invasões,
   •   desenvolveu-se um clima de segurança e estabilidade,
   •   Aplicam-se novas técnicas agrícolas, novos arroteamentos,
   •   Reaparece a agricultura excedentária,
   •   lentamente a população volta a crescer
   •   renasce o comércio.
   •   Os Burgos tornaram-se símbolos do renascer na Europa; à sua volta desenvolvem-se as feiras
       e mercados prósperos,as universidades e Colegiadas.
   •   A Igreja lançou a Tréguas e a Paz de Deus; incentivou as peregrinações a lugares santos;
       organizou as Cruzadas.
   •   Foi neste ambiente de reabertura económica e renovação cultural que surgiu a Arte
       Românica.
7. Explica a origem do monaquismo.
   •   Séc IV - no Oriente- Egipto, Síria, Ásia Menor
          o Nasceu ligado ao desejo de isolamento do mundo profano – o ascetismo
          o Nasceu de iniciativas individuais – depois surgiram comunidades de monges/monjas
              que seguiam o seu mestre.
   •   No Ocidente:
          o séc.V, surgiu por iniciativa de bispos
          o Sécs VI e VII – apareceram os primeiros legisladores – S.Bento de Núrsia: em 529,
              escreveu os primeiros Regulamentos, na abadia de Montecassino que serviram de
              modelo para a maioria da vida dos mosteiros até ao séc.XII.
8. Descreve a vida nos mosteiros.
   •   Obrigações: oficio do culto; oração e trabalho no scriptorium; os cargos e tarefas de cada um eram
       hierarquizadas;   código penal para faltosos (flajelamentos, isolamentos, jejum, abstinência,
       meditação)
   •   Localização: localizados em zonas isoladas (eram centros de meditação, oração e ascese); eram
       concebidos como pequenos mundos autónomos – auto-suficientes; por isso, estavam virados para o
       interior, rodeados de muralhas, vigiados; as entradas eram limitadas a horários rígidos; havia uma
       hierarquia (nem todos os que entravam no mosteiro tinham o mesmo tratamento social: os nobres
       eram privilegiados, podiam ter alojamento; outros não passavam da hospedaria).
9. Descreve o plano arquitetónico definido por S. Bento.
O mosteiro era uma organização complexa:
     -No coração do complexo: a Igreja, de planta basilical (junção do Céu e da Terra)
     - Sul – o claustrum, de acesso reservado
     -Ala nascente (junto à cabeceira da igreja):
          . destinada às funções espirituais: sala do Capítulo, escola, escritório
          . residência da Irmandade (o abade teve residência à parte até ao séc.XII)
     -Ala Sul do Claustrum:
         . dependências funcionais; refeitório, cozinha, despensa, adega, banhos, latrinas, estábulos,
     pomares, horta, vinhas, jardins)
     -Oeste (junto à entrada) – os que se iniciam na vida religiosa, os hóspedes, doentes, velhos e o cemitério
10. Descreve a importância dos mosteiros.
Foram: centros de dinamização económica (técnicas agrícolas, artesanato e comércio); centros de
produção cultural: teologia, letras, ciência e escolas.
11. Descreve o cenário cultural na Europa Ocidental durante e Idade Média.
 • Mundo romano: era alfabetizado, com escolas e bibliotecas em todas as cidades; adquiriu um forte
       dinamismo devido aos filósofos, academias, sábios e professores. A cultura e um saber próprio
       circulavam entre o Ocidente e o Oriente.
 •     Entre os sécs. V e VIII – devido às invasões bárbaras, desapareceu este cenário cultural, no Ocidente.
       Muitas escolas fecharam, desapareceu um poder forte e centralizado dinamizador da actividade das
       instituições, destruíram escolas e teatros. A população fugiu para os campos, ruralizando o seu modo de
       vida. A instabilidade e insegurança – conduziu o mundo ocidental a uma depressão cultural – as crianças
       não iam à escola, desenvolveu-se o analfabetismo e uma cultura popular não escolarizada, não escrita –
       baseada na tradição oral.
12. Explica a importância da vida de S. Bernardo.
S. Bernardo foi um monge da Ordem de Cister, autor de uma extensa obra escrita. Defendeu o regresso a uma
religião de autenticidade e ascese mística, vivida no mais rígido voto de pobreza e desprendimento dos bens
materiais. Contribuiu para o lançamento das cruzadas e fundou várias abadias, ente as quais se destaca o
Mosteiro de Claraval.
13. Justifica a importância da coroação de Carlos Magno.
A Coroação de Carlos Magno, ocorreu na noite de 25 de Dezembro de 800, numa época em que o rei franco
constituía uma referência como militar e governante de um reino cristão cujo êxito ficou a dever-se à aliança
com a Igreja: nas suas campanhas fez-se sempre acompanhar por missionários e pregadores cuja função era
de converter e baptizar os povos conquistados, enquanto os seus soldados os submetiam ao poder político e
militar. A sua coroação como Imperador do Ocidente foi de grande importância política para a Igreja, na
medida em que quebrou o laço de dependência legal que havia entre o Papa e os reis ocidentais e o Império
Bizantino, visto atribuir a Carlos Magno qualidade de legítimo herdeiro dos imperadores romanos;
restabeleceu o Império Romano do Ocidente, transferindo a dignidade imperial para o rei dos Francos;
unificou o Ocidente sob o mesmo poder político ( o dos Francos) e o mesmo poder espiritual – O do
Cristianismo e dos papas de Roma.
14. Indica as finalidades da arte medieval.
    •   a obra de arte é um presente oferecido a Deus e, por isso, deve ser belo, de forma a agradar-lhe e a
        demonstrar a capacidade de os homens se sacrificarem dos objetos materiais;
    •   a obra de arte é um veículo de comunicação do mundo terreno com o invisível, uma forma de “ler” os
        desígnios de Deus e de mostrar aos “iletrados”(a maioria da população) aquilo em que deveriam
        acreditar;
    •   a obra de arte era uma afirmação de poder, quer de Deus, quer de quem a encomendava (o Rei, o
        Papa, a nobreza e o clero).
15. Diz em que consiste a arte paleocristã.
Arte paleocristã é a arte dos primeiros cristãos, no período em que a nova religião ainda está em expansão,
primeiro na clandestinidade, e depois, após o Édito de Constantino (313), já como religião oficial.
16. Caracteriza arte paleocristã.
Na fase da clandestinidade, era feita em CATACUMBAS (túneis subterrâneos escavados pelos cristãos ) por
pessoas do povo pelo que era uma arte pobre e simples. Consistia, sobretudo, na pintura mural, ornamental
e figurativa, onde era utilizada a técnica do fresco. Eram comuns os símbolos (pomba, peixe, fênix, cruz,etc) e
episódios bíblicos com o objetivo de divulgar a palavra de Cristo.
Depois de se tornar religião oficial do Império Romano, são construídas igrejas com dois tipos de plantas:
    •   Planta basilical, em cruz latina, 3 a 5 naves, separadas por arcadas, cobertas por tectos em madeira.
    •   Planta centrada, com cúpula, de influência oriental e helenística.
Os baptistérios (edifícios sagrados destinados à celebração do baptismo), tal como os mausoléus (túmulos),
adoptaram a planta centrada, com uma das portas orientada a leste e outra a poente, com enormes cúpulas
sobre a sala central.
17. Caracteriza a arte bizantina.
A arte bizantina aparece po volta do séc. VI (reinado de Justiniano), possui características orientais e
ocidentais e expressa o poder do Império bizantino.
A pintura possui as seguintes características: ausência de perspectiva e volume; figuras sagradas e de
imperadores; representação das figuras de forma alongada; figuras todas da mesma altura; destaque para a
hierarquia(as mais importantes no centro e representadas de modo diferente); ausência de fundo figurativo;
pinturas com fundo dourado; predomínio do mosaico.
A arquitetura bizantina aracteriza-se por: utilização dos elementos construtivos romanos (arco romano,
abóbada e cúpula); planta octogonal; mistura dos elementos construtivos da arte romana com o clima místico
das construções orientais; utilização do plano centrado, de forma quadrada ou em cruz grega, com cúpula
central e absides laterais; ecoração interior com mosaicos, pinturas a fresco, azulejos e colunas de inspiração
grega e romana, embora um pouco modificadas. Ex: Basílica de São Marcos(Veneza), Basílica de Santa Sofia
(Constantinopla).
18. Caracteriza a arte durante o Renascimento Carolíngio e Otoniamo.
A partir do séc. VIII, Carlos Magno, primeiro como rei e depois como imperador, conseguiu unificar o seu
poder e formou o Sacro Império Romano-Germânico. Para isso promoveu uma reforma litúrgica e o
desenvolvimento da cultura e das artes - o Renascimento Carolíngio, que se prolongou até ao final do séc. X.
Inspirada na tradição romana e nas influências bizantinas, a arte carolíngia foi humana, realista, figurativa e
monumental.
    As construções possuíam exteriores maciços, pesados e severos e interiores ricamente decorados com
pinturas murais, mosaicos e baixos-relevos. De todas as construções feitas neste período destacam-se: os
palácios de Ingelheim e de Nimègue, a capela palatina de Aix-la-Chapelle (actual Aachen) que hoje se enconta
bastante modificada exteriormente, a Igreja de Germigny-des-Près e o Mosteiro de São Gall, na Suiça, cujo
projecto total é conhecido pela descrição num pergaminho.
Acapela palatina de Aix-la-Chapelle foi desenhada por Eudes de Metz. Tem algumas semelhanças com a de S.
Vital de Ravena. A planta é octogonal com dois polígonos concêntricos, sendo o primeiro o núcleo central e o
outro o deambulatório. A cúpula em pedra está apoiada num tambor com oito janelas.
Em meados do séc. X, a Alemanha era governada por Otão I, que aproveitou a crise política que arrasava o
Norte da Itália e de pequenos reinos vizinhos, para os conquistar. Nasceu o Império Germânico, mais pequeno
e frágil que o Sacro-Império de Carlos Magno. Tal como Carlos Magno, Otão procurou desenvolver a cultura e
a arte - o Renascimento Otoniano, que se fez sentir entre 936 e 1024.
Inspirou-se na tradição romana e na arte bizantina e carolíngia, mas criou um novo modelo, que será adotado
mais tarde pela arquitectura românica alemã: planta de dupla cabeceira e entradas laterais, com dois
transeptos contrapostos, com tribuna e com torres nos cruzeiros e nos extremos dos transeptos (Igreja de S.
Miguel de Hildesheim, Saxónia).
19. Explica a origem do termo “Românico”.
O termo «românico», primeiramente utilizado como referência às línguas europeias com origem no latim, foi
aplicado por Adrien de Gerville, em 1823, às tipologias arquitectónicas inspiradas nas formas e nas técnicas
da Antiguidade romana. A base estrutural do Românico deriva da tradição construtiva romana: o arco de
volta perfeita, as abóbadas e os contrafortes.
20. Localiza o Românico no espaço e no tempo.
O Românico foi um estilo artístico europeu dos séculos XI a fins do séc.XII. É o primeiro estilo internacional da
Idade Média – numa época de renovação arquitectónica, que foi também uma expressão de Fé.
21. Descreve o mundo medieval da época.
Os séculos XI e XII era um período de temor religioso (o medo do Juizo Final) onde se multiplicaram as cruzadas no
Médio Oriente e as peregrinações a Jerusalém e a Santiago de Compostela. Os Mosteiros e as igrejas eram os
centros difusores de religiosidade. O sistema político feudal e a religião – constituíram os dois pólos dinamizadores
da arte na sociedade medieval. Foi a expressão deste poder. A arte serviu para glorificar o poder temporal e o
religioso: a arte monástica foi criada à sombra dos mosteiros e das ordens religiosas. (Abadia Beneditina de
Cluny e a Ordem dos Templários, de S. Bernardo).
22. Descreve a arquitetura militar da época.
A arquitectura militar tinha carácter defensivo. De início, a torre era a habitação do senhor – nobre,
estrategicamente colocada, com forma quadrangular. Evoluiu depois para o castelo, por influência dos
contactos com o oriente através das cruzadas, de forma a acolher um maior número de pessoas graças ao
sistema defensivo que implicava.
23. Indica as características gerais das igrejas românicas.
•   edifícios de aspecto pesado, muros maciços, pequenas janelas
      •   Uso de arcos de volta perfeita e de abóbadas de berço
      •   Plantas de esquema longitudinal, basilical, com cabeceiras complexas e transepto desenvolvido
      •   3 ou 5 naves (se forem grandes igrejas de peregrinação)
24. Descreve as principais alterações introduzidas pelas igrejas românicas.
      •   As igrejas serão as maiores até então devido a uma evolução dos métodos construtivos e dos
          materiais.
      •   A pedra será o principal material de construção, reforçando o seu aspeto pesado
      •   O telhado de madeira será trocado por abóbadas de berço e de aresta, mais condizentes com uma
          igreja que representa a “fortaleza de Deus”.
      •   As colunas sustentam as abóbadas
25. Descreve a planta das igrejas românicas (consulta o fim da ficha)
Seguem em geral dois modelos de planta:
      - planta centrada (em cruz grega, hexagonal, octogonal e circular)
      -planta basilical, em cruz latina ( três, cinco ou sete naves) – a mais comum
•     A nave principal tinha orientação de Este-Oeste; é mais alta que as laterais; o comprimento da igreja é um
      múltiplo da largura da nave central.
•      As naves laterais são submúltiplas da nave central.
•      As naves são atravessadas pelo transepto – pode ter uma nave ou tripartida;
•      No cruzamento das naves com o transepto, está o cruzeiro, encimado por uma torre lanterna ou
       zimbório, que ilumina e areja o edifício.
•     Lado nascente do transepto: pode haver dois absidiolos;
•     No alinhamento da nave central, depois do cruzeiro, está a abside principal, que contém a capela-mor.
•     Deambulatório – espécie de corredor que contorna, em semicírculo, a abside principal; pode ter capelas
      radiantes absidiais.
•     Estas capelas e o deambulatório constituem a cabeceira.
•     Na cabeceira havia também o coro (para os clérigos).
•     Por baixo da cabeceira podia haver uma cripta.
26. Descreve os sistemas de cobertura utilizados nas igrejas românicas.
•     São totalmente abobadadas: abobada de berço, que resulta da sucessão de arcos de volta inteira
•     Nas naves laterais: utilizaram-se as abobadas de aresta: resultam do cruzamento ortogonal de duas
      abóbadas de berço
•     Cúpulas – no Oriente bizantino
•     Cada abobada com os seus elementos de descarga de forças – forma os tramos.
•     Tramo:
 - Constituído por dois arcos torais ou dobrados (transversalmente)
    - dois arcos formeiros (longitudinalmente), que separam a nave central da lateral
    - Arcos cruzeiros, que formam as arestas da abobada.
•   A pressão exercida pelas abobadas é descarregada através dos arcos para os pilares e colunas que
    dividem as naves no interior e transmitida sobre as naves laterais para as paredes do exterior da igreja.
•   As paredes exteriores das naves laterais são grossas, com poucas aberturas e reforçadas por contrafortes
    adossados e chanfrados, situados exteriormente no mesmo alinhamento dos pilares.
•   Pilares: situam-se no interior do edifício, na ligação dos tramos, podem ser cruciformes e compostos,
    possuindo um colunelo ou pilastra adossado, por cada arco definidor de um tramo.
•   Por vezes os pilares são substituídos por grossas colunas, que separam as naves laterais da principal.
•   As cúpulas estavam assentes sobre:
        o     Trompas – elemento que faz a transição da forma quadrada da base para a circular sobre a qual se
              apoia a cúpula
        o     Pendentes – formas triangulares côncavas que, construídas a partir dos ângulos do quadrado, o
              transformam numa circunferênciaa onde a cúpula assenta
27. Descreve o alçado interno da nave principal
•   Clerestório - a zona de iluminação da igreja que fica pegado aos arcos do tecto, constituído por janelas ou
    frestas
•   Arcada - divide a nave central das laterais e é formada por pilares ou colunas
•   Tribuna - uma espécie de galeria semiabobadada, aberta para a nave central, que se destinava às
    mulheres que iam sozinhas à igreja, pois daí se assistia aos ofícios religiosos
•   Trifório - formado por arcos e que, por vezes, substituía a tribuna e interligava o pequeno corredor
    situado acima da nave lateral à nave principal (na inexistência desse corredor, o trifório era apenas uma
    arcatura decorativa cega)
28. Refere os sistemas de iluminação do edifício.
    Pouca iluminação, por ter paredes compactas:
•   Janelas, frestas e o clerestório – formas de entrada de luz
•   Torre lanterna
•   Janelões das fachadas
•   Rosáceas
29. Descreve a decoração exterior das igrejas românicas:
No exterior do edifício, a decoração escultórica estava limitada ao portal e à cornija:
    •   As cornijas (remate logo a seguir ao telhado) eram decoradas com arcos cegos e cachorradas
        (conjunto de cachorros, isto é, peças salientes esculpidas), que podiam ter também uma função de
        suporte da cornija.
    •   A fechar os algeroses (caleiras) existiam gárgulas, que serviam para escoar a água da chuva e
        podiam ter tanto uma forma simples como serem aproveitadas para a representação de motivos
        animalistas e míticos.
    •   Na decoração da fachada, as rosáceas (além de decorarem o exterior do edifício, também iluminavam
        o interior), trabalhadas com motivos geométricos e florais; os grandes janelões (que possuíam as
        mesmas funções da rosácea).
    •   O portal, que tanto podia ser simples como encaixado num pórtico saliente. O mais vulgar possui:
o   uma entrada chanfrada, ou ombreira, ornamentada com colunelos;
            o   uma porta simples ou dupla, que tem a meio do vão uma coluna, também esculpida (mainel),
                que sustenta a arquitrave (lintel ou dintel), decorada com um relevo esculpido;
            o   e um tímpano, espaço semicircular circundado por arcos de volta inteira (arquivoltas),
                sustentado pelo lintel
30. Descreve a introdução do Românico em Portugal.
A arquitectura românica foi introduzida em Portugal no início do séc. XII e prevaleceu até finais do séc. XIII
O quadro social, económico e político em que se desenvolveu foi idêntico ao dos outros países europeus, com
o acréscimo da afirmação de indepedência do território.
A igreja românica, símbolo da espiritualidade da época, esteve ligada a uma ordem religiosa, a um mosteiro
ou instalada no seio de uma comunidade agrícola. Por conseguinte, o Românico português possui
características fortemente rurais e está ligado à construção de igrejas de reduzidas dimensões, que
dependendo da região, se revestiam de maior ou menor qualidade técnica e exuberância formal e decorativa.
31. Caracteriza o Românico em Portugal.
Apenas em cidades como o Porto, Braga, Coimbra, Tomar, Évora e Lisboa é que as construções, as sés, se
revestiram de maior monumentalidade e possuíam grande riqueza e variedade técnica e formal, bastante
parecidas com as catedrais europeias. Estas cidades e os mosteiros tornaram-se os principais focos difusores
da arte românica em Portugal . As igrejas caracterizavam-se por:
    •   grande sobriedade e austeridade, a nível formal e decorativo
    •   uma única nave com cabeceira em abside redonda ou quadrangular
    •   utilização do arco de volta perfeita
    •   aplicação de cachorrada na cornijas
    •   cobertura com um telhado de duas águas
    •   robustez (paredes grossas, contrafortes salientes e uso da pedra aparelhada)
Os castelos-residência possuíam uma sólida construção castrense, com aparelho de cantaria lavrado, tendo no
seu interior uma residência; apresentavam um aspeto robusto pelo carácter defensivo que possuíam.
Os castelos refúgio tinahm como principal função: acolher os povos em perigo, eram construídos em sítios
estratégicos como locais rochosos e propícios e não se encontravam muito afastados das povoações, para que
a protecção fosse quase imediata.
A Domus Municipalis de Bragança era usada como local de reuniões e possuia um sistema recolector de
água da chuva e uma cisterna para a armazenar.
32. Descreve a Igreja de São Pedro de Rates.
Foi edificada sobre alicerces graníticos de antigas construções encontra-se actualmente em Rates, a Igreja de
S. Pedro, cujo nome, instituição e edifício estão envoltos numa longa e complexa histórica. O seu nome advém,
segundo a tradição, de um certo judeu, que no tempo do imperador Nero foi naquele local maltratado pelos
soldados romanos, mas como ressuscitou foi convertido pelo Apóstolo S. Tiago e tornado mártir; tido como
primeiro arcebispo de Braga, construíram -lhe um santuário paleocristão que, nos séculos VI e VII, se tornou
um centro de peregrinação. Nos finais do séc. IX, aí já existia, conforme o prova a arqueologia, um mosteiro
( de frades bentos) com uma igreja de três naves. Seria nesta construção que se iniciaram algumas alterações
por mando do conde D. Henrique em 1100, sendo a primeira construção da Congregação de Cluny em
Portugal. Entre a primeira metade do séc. XII e a segunda metade do século XIII, o edifício da igreja foi sujeito
a muitas obras comprovadas por algumas incongruências nas estruturas arquitectónicas (como naves laterais
com larguras diferentes, tramos desiguais, pilares e contrafortes não alinhados e fachada principal não
assimétrica) e, na decoração, nomeadamente dos portais, capitéis, frisos e modilhões ( cujos relevos
representam elementos baseados na tradição local – decoração linear e quase grafítica – e nas influências dos
modelos da e do românica coimbrão – com animais, como leões, aves de asas abertas, cabeças de boi e folhas
estilizadas, estas influências coimbrãs, que têm marcas francesas. A conclusão da construção da igreja foi
precipitada certamente por dificuldades económicas ( a prova é a cobertura das naves ter sido só em madeira
quando elas estavam preparadas para aguentar também abóbadas de pedra).
33. Descreve o lugar atribuído à escultura e à pintura na arte românica.
A arquitectura é a base da arte românica. A ela se adaptam a escultura e a pintura, que estavam ao serviço da
Igreja para:
    •      decorar as igrejas
    •      transmitir os seus ensinamentos aos fiéis (a grande maioria da população era analfabeta)
    •      transmitir uma mensagem de eternidade, solenidade, majestade e distanciamento, persuadindo os
        fieis a levarem uma vida simples e afastada dos pecados mortais (eram, portanto, uma forma de
        escrita)
Por conseguinte, registou-se uma regressão técnica, que se justificava pela valorização da mensagem em
detrimento da perícia técnica.
34. Descreve a forma de representação da figura humana pela escultura românica:
A figura humana era:
    •   pouco modelada
    •   sempre de frente
    •   possuía pouco realismo anatómico, notado pela desproporção das partes constituintes do corpo
        humano e uma posição e gestos formais muito rígidos
    •   na composição, as personagens eram colocadas em simetria ou em alinhamento rítmico feito pela
        isocefalia (colocação à mesma altura das cabeças das figuras)
    •   as cenas eram tratadas em poucos planos, sem perspectiva;
    •   a temática era essencialmente religiosa, entre o alegórico e o simbólico, relatando histórias bíblicas e
        cenas da vida do quotidiano.
35. Caracteriza o relevo românico.
A escultura ocupava os tímpanos, as arquivoltas e os capitéis das colunas na fachada. O portal, principal
elemento do templo românico, representava o acesso à casa de Deus, ao Paraíso, à protecção e uma lição à
espiritualidade. O tímpano que o encima é o elemento com maior profusão decorativa e apresenta um
carácter religioso, pedagógico e estético. O meio era ocupado por Cristo sentado no trono, envolto pela
mandorla ou amêndoa mística; à sua volta estão as outras personagens, decrescendo de importância. O
tímpano era decorado com motivos narrativos, como o Pantocrator, a representação de Cristo como
divindade suprema, sentado na cathedra, com a mão direita erguida e as Sagradas Escrituras na esquerda.
Outro tema era o Tetramorfo: representação simbólica dos quatro evangelistas – o anjo de S. Mateus, leão de
S. Marcos, touro de S. Lucas e a águia de S. João.
No interior, ou nos claustros, os capitéis eram historiados com cenas bíblicas, procurando evangelizar através
das imagens. Monstros terríveis povoavam o imaginário e a escultura românicos, lembrando sempre aos fiéis
os horrores do Inferno.
Outros locais onde o relevo cristianizava os fiéis era nas cachorradas, nos pilares, nas gárgulas, cornijas e pias
batismais.
36. Caracteriza a estatuária românica.
A estatuária ou imagens de vulto redondo, nomeadamente as Virgens românicas, possuíam características
semelhantes à dos relevos, mas apresentavam um cariz mais popular; eram objectos de veneração,
concebidos em composições simples e esquemáticas.
As figuras eram:
    •       muito hieráticas, quer na posição quer nos gestos
    •   concebidas em função do plano mural onde estavam encostadas;
    •       utilizaram materiais como metal precioso, madeira, gesso e pedra estucada e posteriormente
        policromadas.
37. Caracteriza a pintura românica.
A pintura decora paredes, frontais de altar e retábulos, abóbadas e tectos. Divide-se em frisos horizontais,
como se fosse uma banda desenhada e tem fins didáticos e catequéticos
•   Temas: Bíblicos (antigo e novo testamentos), vida da Virgem (temas marianos), vida de Cristo,
    hagiográficos (vidas de santos, sobretudo mártires)
•   Aspetos formais: as técnicas formais e estilísticas empregues variavam de região para região, sendo
    impossível distinguir autores, mas sim escolas ou oficinas. O seu trabalho era geralmente colectivo e a
    aprendizagem era feita nos scriptoria dos conventos e catedrais. Não havia criatividade ou inovação.
    Regista-se:
        o     a prevalência do desenho sobre a cor;
        o     a falta de proporção e rigor anatómico nas figuras, devido à tendência para a esquematização e
              estilização das mesmas; Rostos e mãos acentuados
        o     posições formalizadas e desarticuladas; Posições rígidas e frontais
        o     aplicação da cor a cheio, sem sombreados ou matizados;
        o     bidimensionalidade (ausência de perspectiva);
        o     composições organizadas segundo esquemas geométricos complexos onde predominam os
              rectângulos e os círculos, com um grande sentido rítmico dado pela repetição, na horizontal, das
              figuras;
        o     disposição das cenas em bandas ou faixas, organizadas da esquerda para a direita e de cima para
              baixo, ajustadas para caberem nos suportes arquitectónicos e separadas por frisos com motivos
              geométricos ou naturalistas, de influência romana e germânica;
        o     utilização de elementos arquitectónicos, que serviam de enquadramento cénico à obra;
        o     Fundos lisos monocromáticos
•   A iluminura ilustrava os livros manuscritos. Podia ser simplesmente decorativa (motivos florais,
       geométricos e animalistas) ou narrativa (cenas). Geralmente, decorava as letras capitais. A iluminura
       pode retratar cenas do quotidiano, ilustrar aspetos da vida e da cultura material das sociedades passadas.
       Estas pinturas primavam pela fantasia dos coloridos e pelo sentido de ritmo e movimento das suas
       composições, chegando a ser mais diversificadas e criativas que as dos frescos e a servir de inspiração aos
       mesmos. Eram os próprios monges copistas que se encarregavam de ilustrar as obras, com desenhos
       pintados onde fantasiosamente se misturavam pessoas, animais, elementos vegetalistas e formas
       geométricas de elevado sentido decorativo. Crê-se que alguns deles se tenham tornado em verdadeiros
       especialistas, demonstrando enorme destreza de execução e de capacidade de síntese, a par de uma
       extraordinária imaginação. Por tudo isto, as iluminuras são mais originais e criativas do que a pintura dos
       frescos, que obedeciam a programas temáticos e a conceções plásticas mais uniformes.


                                   PLANTA DAS IGREJAS ROMÂNICAS




1-Nártex: Parte coberta que antecede a igreja, na arquitetura gótica o nártex é um endo-nártex , e na
arquitetura romana exo-nártex ( não,isso não é anatomia...)
o nártex nesse estilo de catedral "caracteriza-se como um espaço estreito transversal à nave".
2-Nave: É a ala central de uma catedral, também existem as naves colaterais que ficam aos lados.
3-Cruzeiro: Área do encontro da Nave com o Transepto
4-Transepto: Nave perpendicular a nave principal
5-Coro: Localizado após o cruzeiro, antecede o altar, geralmente destinado a pessoas especiais (como os
padrinhos no casamento ou autoridades num evento), às vezes apresenta um presbitério
6-Presbitério: Parte do Coro destinada ao clero, perdeu sua função e hoje é considerado parte do coro
7-Ábside: onde se localiza o altar , é o lugar onde se celebra a missa,e é a parte mais importante da
catedral, geralmente é decorado com vitrais ou grandes crucifixos.
8-Dreambulatório :Localizado após o altar , seu nome vem do latim "ambulatorium", que significa lugar
para andar, dreambular no caso. Passagem fechada de um lado e geralmente aberta em outro por arcos
e que circula o coro e a ábside.
9-Capela radiante: Várias capelas pequenas localizadas perto do dreambulatório


                                                FIM

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Arte abstrata
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Ficha formativa Cultura do Mosteiro

  • 1. AGRUPAMENTO DE ESCOLAS IBN MUCANA História da Cultura e das Artes – 10ºF – 2011/2012 Ficha formativa 4 _________________________________________________________________________________________ Módulo 3 – A Cultura do Mosteiro 1. Explica o conceito de Idade Média. • Período conturbado da história que se inicia com a desagregação das estruturas romanas – sécs. V e VI. • Iniciou-se com o fim do Império Romano do Ocidente, no século V (476), e terminou com a Queda de Constantinopla, no século XV (em 1453). • Prolongou-se do séc. IX ao séc. XV 2. Destaca os grandes acontecimentos ocorridos nesse período. • 476 – Tomada da cidade de Roma e simbolicamente queda do império romano, causada pelas invasões bárbaras • Os Bárbaros – povos que invadiram o império romano. Suevos, Alanos, Vândalos, Visigodos, Ostrogodos... • Sucessivas vagas de invasões à Europa: muçulmanos (séc. VII), normandos, eslavos e magiares, após o séc. IX. 3. Descreve as alterações causadas pela queda do Império Romano: • Enfraquecimento da economia mercantil: dando origem a uma economia de carácter agrário, dependente da Natureza, na qual a moeda perdeu poder ou chega a rarear. • Declínio e redução dos centros urbanos: pela importância económica e politica que tinham, as cidades eram alvos preferidos dos ataques dos bárbaros. • Desorganização da administração pública: desapareceram as instituições do império, enfraqueceu o poder central, desapareceu o exército e o poder pulverizou-se em múltiplos poderes locais. • Houve uma grande depressão económica: a vida económica entrou em declínio, as guerras e o receio de novos conflitos, a insegurança ameaçavam o crescimento normal das populações. 4. Em que consiste o termo “cristianismo”? • Nasceu no Império Romano, • Conheceu a sua grande expansão no séc. II e II • Oficializou-se e foi religião oficial do império romano, através do Concilio de Constantinopla, 381, com o imperador Teodósio, • Partilharam ideais de fraternidade, pacifismo e centralização. • O termo Cristandade significa a comunidade de povos e nações que professam a mesma fé cristã. 5. Descreve o papel da Igreja na Idade Média: Os bispos cristãos aproveitam a desorganização e decadência do império para: • Congregarem e organizarem as comunidades de fiéis. • Cristianizarem, baptizando os bárbaros • Manter uma autoridade junto das populações.
  • 2. Desenvolver uma importante acção civilizadora: interferiram ao nível das técnicas agrícolas, desenvolvimento das artes e letras. Os Mosteiros – foram os centros difusores dessa nova cultura promovida pela Igreja. 6. Mostra as alterações produzidas a partir do ano Mil: • O ano Mil mostra a inversão das tendências depressivas que se viviam desde a queda do império romano. • acabaram as invasões, • desenvolveu-se um clima de segurança e estabilidade, • Aplicam-se novas técnicas agrícolas, novos arroteamentos, • Reaparece a agricultura excedentária, • lentamente a população volta a crescer • renasce o comércio. • Os Burgos tornaram-se símbolos do renascer na Europa; à sua volta desenvolvem-se as feiras e mercados prósperos,as universidades e Colegiadas. • A Igreja lançou a Tréguas e a Paz de Deus; incentivou as peregrinações a lugares santos; organizou as Cruzadas. • Foi neste ambiente de reabertura económica e renovação cultural que surgiu a Arte Românica. 7. Explica a origem do monaquismo. • Séc IV - no Oriente- Egipto, Síria, Ásia Menor o Nasceu ligado ao desejo de isolamento do mundo profano – o ascetismo o Nasceu de iniciativas individuais – depois surgiram comunidades de monges/monjas que seguiam o seu mestre. • No Ocidente: o séc.V, surgiu por iniciativa de bispos o Sécs VI e VII – apareceram os primeiros legisladores – S.Bento de Núrsia: em 529, escreveu os primeiros Regulamentos, na abadia de Montecassino que serviram de modelo para a maioria da vida dos mosteiros até ao séc.XII. 8. Descreve a vida nos mosteiros. • Obrigações: oficio do culto; oração e trabalho no scriptorium; os cargos e tarefas de cada um eram hierarquizadas; código penal para faltosos (flajelamentos, isolamentos, jejum, abstinência, meditação) • Localização: localizados em zonas isoladas (eram centros de meditação, oração e ascese); eram concebidos como pequenos mundos autónomos – auto-suficientes; por isso, estavam virados para o interior, rodeados de muralhas, vigiados; as entradas eram limitadas a horários rígidos; havia uma hierarquia (nem todos os que entravam no mosteiro tinham o mesmo tratamento social: os nobres eram privilegiados, podiam ter alojamento; outros não passavam da hospedaria). 9. Descreve o plano arquitetónico definido por S. Bento.
  • 3. O mosteiro era uma organização complexa: -No coração do complexo: a Igreja, de planta basilical (junção do Céu e da Terra) - Sul – o claustrum, de acesso reservado -Ala nascente (junto à cabeceira da igreja): . destinada às funções espirituais: sala do Capítulo, escola, escritório . residência da Irmandade (o abade teve residência à parte até ao séc.XII) -Ala Sul do Claustrum: . dependências funcionais; refeitório, cozinha, despensa, adega, banhos, latrinas, estábulos, pomares, horta, vinhas, jardins) -Oeste (junto à entrada) – os que se iniciam na vida religiosa, os hóspedes, doentes, velhos e o cemitério 10. Descreve a importância dos mosteiros. Foram: centros de dinamização económica (técnicas agrícolas, artesanato e comércio); centros de produção cultural: teologia, letras, ciência e escolas. 11. Descreve o cenário cultural na Europa Ocidental durante e Idade Média. • Mundo romano: era alfabetizado, com escolas e bibliotecas em todas as cidades; adquiriu um forte dinamismo devido aos filósofos, academias, sábios e professores. A cultura e um saber próprio circulavam entre o Ocidente e o Oriente. • Entre os sécs. V e VIII – devido às invasões bárbaras, desapareceu este cenário cultural, no Ocidente. Muitas escolas fecharam, desapareceu um poder forte e centralizado dinamizador da actividade das instituições, destruíram escolas e teatros. A população fugiu para os campos, ruralizando o seu modo de vida. A instabilidade e insegurança – conduziu o mundo ocidental a uma depressão cultural – as crianças não iam à escola, desenvolveu-se o analfabetismo e uma cultura popular não escolarizada, não escrita – baseada na tradição oral. 12. Explica a importância da vida de S. Bernardo. S. Bernardo foi um monge da Ordem de Cister, autor de uma extensa obra escrita. Defendeu o regresso a uma religião de autenticidade e ascese mística, vivida no mais rígido voto de pobreza e desprendimento dos bens materiais. Contribuiu para o lançamento das cruzadas e fundou várias abadias, ente as quais se destaca o Mosteiro de Claraval. 13. Justifica a importância da coroação de Carlos Magno. A Coroação de Carlos Magno, ocorreu na noite de 25 de Dezembro de 800, numa época em que o rei franco constituía uma referência como militar e governante de um reino cristão cujo êxito ficou a dever-se à aliança com a Igreja: nas suas campanhas fez-se sempre acompanhar por missionários e pregadores cuja função era de converter e baptizar os povos conquistados, enquanto os seus soldados os submetiam ao poder político e militar. A sua coroação como Imperador do Ocidente foi de grande importância política para a Igreja, na medida em que quebrou o laço de dependência legal que havia entre o Papa e os reis ocidentais e o Império Bizantino, visto atribuir a Carlos Magno qualidade de legítimo herdeiro dos imperadores romanos; restabeleceu o Império Romano do Ocidente, transferindo a dignidade imperial para o rei dos Francos; unificou o Ocidente sob o mesmo poder político ( o dos Francos) e o mesmo poder espiritual – O do Cristianismo e dos papas de Roma.
  • 4. 14. Indica as finalidades da arte medieval. • a obra de arte é um presente oferecido a Deus e, por isso, deve ser belo, de forma a agradar-lhe e a demonstrar a capacidade de os homens se sacrificarem dos objetos materiais; • a obra de arte é um veículo de comunicação do mundo terreno com o invisível, uma forma de “ler” os desígnios de Deus e de mostrar aos “iletrados”(a maioria da população) aquilo em que deveriam acreditar; • a obra de arte era uma afirmação de poder, quer de Deus, quer de quem a encomendava (o Rei, o Papa, a nobreza e o clero). 15. Diz em que consiste a arte paleocristã. Arte paleocristã é a arte dos primeiros cristãos, no período em que a nova religião ainda está em expansão, primeiro na clandestinidade, e depois, após o Édito de Constantino (313), já como religião oficial. 16. Caracteriza arte paleocristã. Na fase da clandestinidade, era feita em CATACUMBAS (túneis subterrâneos escavados pelos cristãos ) por pessoas do povo pelo que era uma arte pobre e simples. Consistia, sobretudo, na pintura mural, ornamental e figurativa, onde era utilizada a técnica do fresco. Eram comuns os símbolos (pomba, peixe, fênix, cruz,etc) e episódios bíblicos com o objetivo de divulgar a palavra de Cristo. Depois de se tornar religião oficial do Império Romano, são construídas igrejas com dois tipos de plantas: • Planta basilical, em cruz latina, 3 a 5 naves, separadas por arcadas, cobertas por tectos em madeira. • Planta centrada, com cúpula, de influência oriental e helenística. Os baptistérios (edifícios sagrados destinados à celebração do baptismo), tal como os mausoléus (túmulos), adoptaram a planta centrada, com uma das portas orientada a leste e outra a poente, com enormes cúpulas sobre a sala central. 17. Caracteriza a arte bizantina. A arte bizantina aparece po volta do séc. VI (reinado de Justiniano), possui características orientais e ocidentais e expressa o poder do Império bizantino. A pintura possui as seguintes características: ausência de perspectiva e volume; figuras sagradas e de imperadores; representação das figuras de forma alongada; figuras todas da mesma altura; destaque para a hierarquia(as mais importantes no centro e representadas de modo diferente); ausência de fundo figurativo; pinturas com fundo dourado; predomínio do mosaico. A arquitetura bizantina aracteriza-se por: utilização dos elementos construtivos romanos (arco romano, abóbada e cúpula); planta octogonal; mistura dos elementos construtivos da arte romana com o clima místico das construções orientais; utilização do plano centrado, de forma quadrada ou em cruz grega, com cúpula central e absides laterais; ecoração interior com mosaicos, pinturas a fresco, azulejos e colunas de inspiração grega e romana, embora um pouco modificadas. Ex: Basílica de São Marcos(Veneza), Basílica de Santa Sofia (Constantinopla). 18. Caracteriza a arte durante o Renascimento Carolíngio e Otoniamo. A partir do séc. VIII, Carlos Magno, primeiro como rei e depois como imperador, conseguiu unificar o seu poder e formou o Sacro Império Romano-Germânico. Para isso promoveu uma reforma litúrgica e o desenvolvimento da cultura e das artes - o Renascimento Carolíngio, que se prolongou até ao final do séc. X.
  • 5. Inspirada na tradição romana e nas influências bizantinas, a arte carolíngia foi humana, realista, figurativa e monumental. As construções possuíam exteriores maciços, pesados e severos e interiores ricamente decorados com pinturas murais, mosaicos e baixos-relevos. De todas as construções feitas neste período destacam-se: os palácios de Ingelheim e de Nimègue, a capela palatina de Aix-la-Chapelle (actual Aachen) que hoje se enconta bastante modificada exteriormente, a Igreja de Germigny-des-Près e o Mosteiro de São Gall, na Suiça, cujo projecto total é conhecido pela descrição num pergaminho. Acapela palatina de Aix-la-Chapelle foi desenhada por Eudes de Metz. Tem algumas semelhanças com a de S. Vital de Ravena. A planta é octogonal com dois polígonos concêntricos, sendo o primeiro o núcleo central e o outro o deambulatório. A cúpula em pedra está apoiada num tambor com oito janelas. Em meados do séc. X, a Alemanha era governada por Otão I, que aproveitou a crise política que arrasava o Norte da Itália e de pequenos reinos vizinhos, para os conquistar. Nasceu o Império Germânico, mais pequeno e frágil que o Sacro-Império de Carlos Magno. Tal como Carlos Magno, Otão procurou desenvolver a cultura e a arte - o Renascimento Otoniano, que se fez sentir entre 936 e 1024. Inspirou-se na tradição romana e na arte bizantina e carolíngia, mas criou um novo modelo, que será adotado mais tarde pela arquitectura românica alemã: planta de dupla cabeceira e entradas laterais, com dois transeptos contrapostos, com tribuna e com torres nos cruzeiros e nos extremos dos transeptos (Igreja de S. Miguel de Hildesheim, Saxónia). 19. Explica a origem do termo “Românico”. O termo «românico», primeiramente utilizado como referência às línguas europeias com origem no latim, foi aplicado por Adrien de Gerville, em 1823, às tipologias arquitectónicas inspiradas nas formas e nas técnicas da Antiguidade romana. A base estrutural do Românico deriva da tradição construtiva romana: o arco de volta perfeita, as abóbadas e os contrafortes. 20. Localiza o Românico no espaço e no tempo. O Românico foi um estilo artístico europeu dos séculos XI a fins do séc.XII. É o primeiro estilo internacional da Idade Média – numa época de renovação arquitectónica, que foi também uma expressão de Fé. 21. Descreve o mundo medieval da época. Os séculos XI e XII era um período de temor religioso (o medo do Juizo Final) onde se multiplicaram as cruzadas no Médio Oriente e as peregrinações a Jerusalém e a Santiago de Compostela. Os Mosteiros e as igrejas eram os centros difusores de religiosidade. O sistema político feudal e a religião – constituíram os dois pólos dinamizadores da arte na sociedade medieval. Foi a expressão deste poder. A arte serviu para glorificar o poder temporal e o religioso: a arte monástica foi criada à sombra dos mosteiros e das ordens religiosas. (Abadia Beneditina de Cluny e a Ordem dos Templários, de S. Bernardo). 22. Descreve a arquitetura militar da época. A arquitectura militar tinha carácter defensivo. De início, a torre era a habitação do senhor – nobre, estrategicamente colocada, com forma quadrangular. Evoluiu depois para o castelo, por influência dos contactos com o oriente através das cruzadas, de forma a acolher um maior número de pessoas graças ao sistema defensivo que implicava. 23. Indica as características gerais das igrejas românicas.
  • 6. edifícios de aspecto pesado, muros maciços, pequenas janelas • Uso de arcos de volta perfeita e de abóbadas de berço • Plantas de esquema longitudinal, basilical, com cabeceiras complexas e transepto desenvolvido • 3 ou 5 naves (se forem grandes igrejas de peregrinação) 24. Descreve as principais alterações introduzidas pelas igrejas românicas. • As igrejas serão as maiores até então devido a uma evolução dos métodos construtivos e dos materiais. • A pedra será o principal material de construção, reforçando o seu aspeto pesado • O telhado de madeira será trocado por abóbadas de berço e de aresta, mais condizentes com uma igreja que representa a “fortaleza de Deus”. • As colunas sustentam as abóbadas 25. Descreve a planta das igrejas românicas (consulta o fim da ficha) Seguem em geral dois modelos de planta: - planta centrada (em cruz grega, hexagonal, octogonal e circular) -planta basilical, em cruz latina ( três, cinco ou sete naves) – a mais comum • A nave principal tinha orientação de Este-Oeste; é mais alta que as laterais; o comprimento da igreja é um múltiplo da largura da nave central. • As naves laterais são submúltiplas da nave central. • As naves são atravessadas pelo transepto – pode ter uma nave ou tripartida; • No cruzamento das naves com o transepto, está o cruzeiro, encimado por uma torre lanterna ou zimbório, que ilumina e areja o edifício. • Lado nascente do transepto: pode haver dois absidiolos; • No alinhamento da nave central, depois do cruzeiro, está a abside principal, que contém a capela-mor. • Deambulatório – espécie de corredor que contorna, em semicírculo, a abside principal; pode ter capelas radiantes absidiais. • Estas capelas e o deambulatório constituem a cabeceira. • Na cabeceira havia também o coro (para os clérigos). • Por baixo da cabeceira podia haver uma cripta. 26. Descreve os sistemas de cobertura utilizados nas igrejas românicas. • São totalmente abobadadas: abobada de berço, que resulta da sucessão de arcos de volta inteira • Nas naves laterais: utilizaram-se as abobadas de aresta: resultam do cruzamento ortogonal de duas abóbadas de berço • Cúpulas – no Oriente bizantino • Cada abobada com os seus elementos de descarga de forças – forma os tramos. • Tramo: - Constituído por dois arcos torais ou dobrados (transversalmente) - dois arcos formeiros (longitudinalmente), que separam a nave central da lateral - Arcos cruzeiros, que formam as arestas da abobada.
  • 7. A pressão exercida pelas abobadas é descarregada através dos arcos para os pilares e colunas que dividem as naves no interior e transmitida sobre as naves laterais para as paredes do exterior da igreja. • As paredes exteriores das naves laterais são grossas, com poucas aberturas e reforçadas por contrafortes adossados e chanfrados, situados exteriormente no mesmo alinhamento dos pilares. • Pilares: situam-se no interior do edifício, na ligação dos tramos, podem ser cruciformes e compostos, possuindo um colunelo ou pilastra adossado, por cada arco definidor de um tramo. • Por vezes os pilares são substituídos por grossas colunas, que separam as naves laterais da principal. • As cúpulas estavam assentes sobre: o Trompas – elemento que faz a transição da forma quadrada da base para a circular sobre a qual se apoia a cúpula o Pendentes – formas triangulares côncavas que, construídas a partir dos ângulos do quadrado, o transformam numa circunferênciaa onde a cúpula assenta 27. Descreve o alçado interno da nave principal • Clerestório - a zona de iluminação da igreja que fica pegado aos arcos do tecto, constituído por janelas ou frestas • Arcada - divide a nave central das laterais e é formada por pilares ou colunas • Tribuna - uma espécie de galeria semiabobadada, aberta para a nave central, que se destinava às mulheres que iam sozinhas à igreja, pois daí se assistia aos ofícios religiosos • Trifório - formado por arcos e que, por vezes, substituía a tribuna e interligava o pequeno corredor situado acima da nave lateral à nave principal (na inexistência desse corredor, o trifório era apenas uma arcatura decorativa cega) 28. Refere os sistemas de iluminação do edifício. Pouca iluminação, por ter paredes compactas: • Janelas, frestas e o clerestório – formas de entrada de luz • Torre lanterna • Janelões das fachadas • Rosáceas 29. Descreve a decoração exterior das igrejas românicas: No exterior do edifício, a decoração escultórica estava limitada ao portal e à cornija: • As cornijas (remate logo a seguir ao telhado) eram decoradas com arcos cegos e cachorradas (conjunto de cachorros, isto é, peças salientes esculpidas), que podiam ter também uma função de suporte da cornija. • A fechar os algeroses (caleiras) existiam gárgulas, que serviam para escoar a água da chuva e podiam ter tanto uma forma simples como serem aproveitadas para a representação de motivos animalistas e míticos. • Na decoração da fachada, as rosáceas (além de decorarem o exterior do edifício, também iluminavam o interior), trabalhadas com motivos geométricos e florais; os grandes janelões (que possuíam as mesmas funções da rosácea). • O portal, que tanto podia ser simples como encaixado num pórtico saliente. O mais vulgar possui:
  • 8. o uma entrada chanfrada, ou ombreira, ornamentada com colunelos; o uma porta simples ou dupla, que tem a meio do vão uma coluna, também esculpida (mainel), que sustenta a arquitrave (lintel ou dintel), decorada com um relevo esculpido; o e um tímpano, espaço semicircular circundado por arcos de volta inteira (arquivoltas), sustentado pelo lintel 30. Descreve a introdução do Românico em Portugal. A arquitectura românica foi introduzida em Portugal no início do séc. XII e prevaleceu até finais do séc. XIII O quadro social, económico e político em que se desenvolveu foi idêntico ao dos outros países europeus, com o acréscimo da afirmação de indepedência do território. A igreja românica, símbolo da espiritualidade da época, esteve ligada a uma ordem religiosa, a um mosteiro ou instalada no seio de uma comunidade agrícola. Por conseguinte, o Românico português possui características fortemente rurais e está ligado à construção de igrejas de reduzidas dimensões, que dependendo da região, se revestiam de maior ou menor qualidade técnica e exuberância formal e decorativa. 31. Caracteriza o Românico em Portugal. Apenas em cidades como o Porto, Braga, Coimbra, Tomar, Évora e Lisboa é que as construções, as sés, se revestiram de maior monumentalidade e possuíam grande riqueza e variedade técnica e formal, bastante parecidas com as catedrais europeias. Estas cidades e os mosteiros tornaram-se os principais focos difusores da arte românica em Portugal . As igrejas caracterizavam-se por: • grande sobriedade e austeridade, a nível formal e decorativo • uma única nave com cabeceira em abside redonda ou quadrangular • utilização do arco de volta perfeita • aplicação de cachorrada na cornijas • cobertura com um telhado de duas águas • robustez (paredes grossas, contrafortes salientes e uso da pedra aparelhada) Os castelos-residência possuíam uma sólida construção castrense, com aparelho de cantaria lavrado, tendo no seu interior uma residência; apresentavam um aspeto robusto pelo carácter defensivo que possuíam. Os castelos refúgio tinahm como principal função: acolher os povos em perigo, eram construídos em sítios estratégicos como locais rochosos e propícios e não se encontravam muito afastados das povoações, para que a protecção fosse quase imediata. A Domus Municipalis de Bragança era usada como local de reuniões e possuia um sistema recolector de água da chuva e uma cisterna para a armazenar. 32. Descreve a Igreja de São Pedro de Rates. Foi edificada sobre alicerces graníticos de antigas construções encontra-se actualmente em Rates, a Igreja de S. Pedro, cujo nome, instituição e edifício estão envoltos numa longa e complexa histórica. O seu nome advém, segundo a tradição, de um certo judeu, que no tempo do imperador Nero foi naquele local maltratado pelos soldados romanos, mas como ressuscitou foi convertido pelo Apóstolo S. Tiago e tornado mártir; tido como primeiro arcebispo de Braga, construíram -lhe um santuário paleocristão que, nos séculos VI e VII, se tornou um centro de peregrinação. Nos finais do séc. IX, aí já existia, conforme o prova a arqueologia, um mosteiro ( de frades bentos) com uma igreja de três naves. Seria nesta construção que se iniciaram algumas alterações
  • 9. por mando do conde D. Henrique em 1100, sendo a primeira construção da Congregação de Cluny em Portugal. Entre a primeira metade do séc. XII e a segunda metade do século XIII, o edifício da igreja foi sujeito a muitas obras comprovadas por algumas incongruências nas estruturas arquitectónicas (como naves laterais com larguras diferentes, tramos desiguais, pilares e contrafortes não alinhados e fachada principal não assimétrica) e, na decoração, nomeadamente dos portais, capitéis, frisos e modilhões ( cujos relevos representam elementos baseados na tradição local – decoração linear e quase grafítica – e nas influências dos modelos da e do românica coimbrão – com animais, como leões, aves de asas abertas, cabeças de boi e folhas estilizadas, estas influências coimbrãs, que têm marcas francesas. A conclusão da construção da igreja foi precipitada certamente por dificuldades económicas ( a prova é a cobertura das naves ter sido só em madeira quando elas estavam preparadas para aguentar também abóbadas de pedra). 33. Descreve o lugar atribuído à escultura e à pintura na arte românica. A arquitectura é a base da arte românica. A ela se adaptam a escultura e a pintura, que estavam ao serviço da Igreja para: • decorar as igrejas • transmitir os seus ensinamentos aos fiéis (a grande maioria da população era analfabeta) • transmitir uma mensagem de eternidade, solenidade, majestade e distanciamento, persuadindo os fieis a levarem uma vida simples e afastada dos pecados mortais (eram, portanto, uma forma de escrita) Por conseguinte, registou-se uma regressão técnica, que se justificava pela valorização da mensagem em detrimento da perícia técnica. 34. Descreve a forma de representação da figura humana pela escultura românica: A figura humana era: • pouco modelada • sempre de frente • possuía pouco realismo anatómico, notado pela desproporção das partes constituintes do corpo humano e uma posição e gestos formais muito rígidos • na composição, as personagens eram colocadas em simetria ou em alinhamento rítmico feito pela isocefalia (colocação à mesma altura das cabeças das figuras) • as cenas eram tratadas em poucos planos, sem perspectiva; • a temática era essencialmente religiosa, entre o alegórico e o simbólico, relatando histórias bíblicas e cenas da vida do quotidiano. 35. Caracteriza o relevo românico. A escultura ocupava os tímpanos, as arquivoltas e os capitéis das colunas na fachada. O portal, principal elemento do templo românico, representava o acesso à casa de Deus, ao Paraíso, à protecção e uma lição à espiritualidade. O tímpano que o encima é o elemento com maior profusão decorativa e apresenta um carácter religioso, pedagógico e estético. O meio era ocupado por Cristo sentado no trono, envolto pela mandorla ou amêndoa mística; à sua volta estão as outras personagens, decrescendo de importância. O tímpano era decorado com motivos narrativos, como o Pantocrator, a representação de Cristo como divindade suprema, sentado na cathedra, com a mão direita erguida e as Sagradas Escrituras na esquerda.
  • 10. Outro tema era o Tetramorfo: representação simbólica dos quatro evangelistas – o anjo de S. Mateus, leão de S. Marcos, touro de S. Lucas e a águia de S. João. No interior, ou nos claustros, os capitéis eram historiados com cenas bíblicas, procurando evangelizar através das imagens. Monstros terríveis povoavam o imaginário e a escultura românicos, lembrando sempre aos fiéis os horrores do Inferno. Outros locais onde o relevo cristianizava os fiéis era nas cachorradas, nos pilares, nas gárgulas, cornijas e pias batismais. 36. Caracteriza a estatuária românica. A estatuária ou imagens de vulto redondo, nomeadamente as Virgens românicas, possuíam características semelhantes à dos relevos, mas apresentavam um cariz mais popular; eram objectos de veneração, concebidos em composições simples e esquemáticas. As figuras eram: • muito hieráticas, quer na posição quer nos gestos • concebidas em função do plano mural onde estavam encostadas; • utilizaram materiais como metal precioso, madeira, gesso e pedra estucada e posteriormente policromadas. 37. Caracteriza a pintura românica. A pintura decora paredes, frontais de altar e retábulos, abóbadas e tectos. Divide-se em frisos horizontais, como se fosse uma banda desenhada e tem fins didáticos e catequéticos • Temas: Bíblicos (antigo e novo testamentos), vida da Virgem (temas marianos), vida de Cristo, hagiográficos (vidas de santos, sobretudo mártires) • Aspetos formais: as técnicas formais e estilísticas empregues variavam de região para região, sendo impossível distinguir autores, mas sim escolas ou oficinas. O seu trabalho era geralmente colectivo e a aprendizagem era feita nos scriptoria dos conventos e catedrais. Não havia criatividade ou inovação. Regista-se: o a prevalência do desenho sobre a cor; o a falta de proporção e rigor anatómico nas figuras, devido à tendência para a esquematização e estilização das mesmas; Rostos e mãos acentuados o posições formalizadas e desarticuladas; Posições rígidas e frontais o aplicação da cor a cheio, sem sombreados ou matizados; o bidimensionalidade (ausência de perspectiva); o composições organizadas segundo esquemas geométricos complexos onde predominam os rectângulos e os círculos, com um grande sentido rítmico dado pela repetição, na horizontal, das figuras; o disposição das cenas em bandas ou faixas, organizadas da esquerda para a direita e de cima para baixo, ajustadas para caberem nos suportes arquitectónicos e separadas por frisos com motivos geométricos ou naturalistas, de influência romana e germânica; o utilização de elementos arquitectónicos, que serviam de enquadramento cénico à obra; o Fundos lisos monocromáticos
  • 11. A iluminura ilustrava os livros manuscritos. Podia ser simplesmente decorativa (motivos florais, geométricos e animalistas) ou narrativa (cenas). Geralmente, decorava as letras capitais. A iluminura pode retratar cenas do quotidiano, ilustrar aspetos da vida e da cultura material das sociedades passadas. Estas pinturas primavam pela fantasia dos coloridos e pelo sentido de ritmo e movimento das suas composições, chegando a ser mais diversificadas e criativas que as dos frescos e a servir de inspiração aos mesmos. Eram os próprios monges copistas que se encarregavam de ilustrar as obras, com desenhos pintados onde fantasiosamente se misturavam pessoas, animais, elementos vegetalistas e formas geométricas de elevado sentido decorativo. Crê-se que alguns deles se tenham tornado em verdadeiros especialistas, demonstrando enorme destreza de execução e de capacidade de síntese, a par de uma extraordinária imaginação. Por tudo isto, as iluminuras são mais originais e criativas do que a pintura dos frescos, que obedeciam a programas temáticos e a conceções plásticas mais uniformes. PLANTA DAS IGREJAS ROMÂNICAS 1-Nártex: Parte coberta que antecede a igreja, na arquitetura gótica o nártex é um endo-nártex , e na arquitetura romana exo-nártex ( não,isso não é anatomia...) o nártex nesse estilo de catedral "caracteriza-se como um espaço estreito transversal à nave". 2-Nave: É a ala central de uma catedral, também existem as naves colaterais que ficam aos lados. 3-Cruzeiro: Área do encontro da Nave com o Transepto 4-Transepto: Nave perpendicular a nave principal 5-Coro: Localizado após o cruzeiro, antecede o altar, geralmente destinado a pessoas especiais (como os padrinhos no casamento ou autoridades num evento), às vezes apresenta um presbitério 6-Presbitério: Parte do Coro destinada ao clero, perdeu sua função e hoje é considerado parte do coro 7-Ábside: onde se localiza o altar , é o lugar onde se celebra a missa,e é a parte mais importante da catedral, geralmente é decorado com vitrais ou grandes crucifixos. 8-Dreambulatório :Localizado após o altar , seu nome vem do latim "ambulatorium", que significa lugar para andar, dreambular no caso. Passagem fechada de um lado e geralmente aberta em outro por arcos e que circula o coro e a ábside.
  • 12. 9-Capela radiante: Várias capelas pequenas localizadas perto do dreambulatório FIM