Apresentação desenvolvida para a disciplina Arquitetura no Brasil.
Tema: Técnicas construtivas - Adobe
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
PUC - Campinas 2011
Arquitetura no Brasil
Docentes:
Prof. Dra. Ivone Salgado / Prof. Dra. Renata Baesso
Diego de Almeida Pereira
Felipe dos Santos Neres
Malu Costa Magalhães
Mariana TealdiSant’anna
Paula AleksaBianchi
Vinicius Galvani Pellegrino
2. DEFINIÇÃO:
Adobe (ou Adobo)
•
Tijolo feito com uma mistura de barro cru, areia em quantidade,
estrume e fibra vegetal.
• Sua técnica construtiva consiste em moldar o tijolo cru, em
formas de madeira, a partir das quais o bloco de terra é seco ao
sol, sem que haja a queima.
3. Origem:
Um dos mais antigos materiais de construção, foi utilizado
nas civilizações do Antigo Egito e Mesopotâmia.
O adobe consiste em uma técnica anterior ao tijolo queimado
de olaria.
Com a industrialização no século XIX, as técnicas em
arquitetura de terra foram, aos poucos, sendo abandonadas.
Zigurate: templos do antigo vale da
Mesopotâmia e construído na forma de
pirâmides terraplanadas, seu exterior é
de tijolos de adobe.
4. BRASIL COLONIAL E A TÉCNICA CONSTRTUTIVA
• O Adobe chega ao Brasil, com os portugueses, em seu
período colonial, na qual a mão-de-obra era escrava, os
materiais para construção de moradias eram precários.
• Foi muito utilizado em construções das regiões Norte,
Nordeste e Centro-Oeste, principalmente em igrejas.
• Teve predominância nos engenhos e cidades rurais no
século XVI.
Casa de Adobe
Rio de Contas - Bahia
5. CONFECÇÃO DO ADOBE:
•
Por ser uma arquitetura vernacular, não
há rigorosidade, porém há uma certa
regularidade encontrada.
•
Para fabricar os tijolos era necessário uma
massa de : terra (argila e areia) esterco, palha,
água, misturada manualmente;
•
Na maioria das construções, a terra para a
confecção era retirada do próprio terreno;
• A massa era posta em formas de madeira,
confeccionadas artesanalmente;
6. • A terra considerada boa para a produção contém pelo
menos 30% de areia e não menos que 50% de argila e
sedimento.
• A água tem papel fundamental na mistura porém não deve
ser excessiva. (A umidade ótima é de 15% a 18%).
• Como aditivos o esterco ajuda na estabilização química e
a palha na estabilização física.
7. • Eram secos no piso do próprio terreno pelo menos por 4
ou 5 dias, sem o perigo de chuva.
• Depois desses dias, quando estavam mais resistentes,
eram virados para ficarem apoiados nas faces mais estreitas,
durante 20 a 30 dias, protegidos de chuvas, mas ao sol.
8. DIMENSÃO
DO ADOBE:
Os tijolos de adobe têm normalmente medidas entre:
10 x 10 x 20cm
•
e
20 x 20 x 40cm.
Para alguns tipos de amarração
é comum encontrar tijolos com
¾ dessas dimensões.
9. AS FORMAS:
• A forma pode ser de madeira ou de
metal, sem fundo.
• Para moldar os tijolos era necessário
que a forma esteja molhada, facilitando a
desenforma.
• Depois da massa pronta ela era
socada dentro do molde. E levantada
com cuidado para não rachar.
10. FUNDAÇÃO:
• A fundação das obras de adobe eram feitas de
pedra, (baldrame) do próprio local da construção, areia
e barro até o nível do solo.
• Isso evitava com que os tijolos de adobe
entrassem em contato com a umidade do solo.
11. DISPOSIÇÃO DOS TIJOLOS:
• Tais disposições do Adobe não eram feitas com muita sofisticação,
procuravam apenas executá-las de forma com que a alvenaria ficasse
travada;
• Não existindo uma padronização de amarração, sendo que cada
lugar a obra era executada de diferentes maneiras.
• As paredes de adobe apesar de serem pesadas, tinham baixa
resistência por isso raramente passavam de dois pavimentos.
Alguns dos modelos possíveis de disposição dos tijolos:
12.
13.
14.
15. ARGAMASSA:
•
O assentamento dos Adobes
eram feitos com argamassa de
cal, areia e terra.
• Massa semelhante ao do
tijolo, acrescentando o cal e
retirando o esterco e a palhada.
16. ESQUADRIAS:
• As paredes de adobe eram erguidas com os
batentes já estruturados , e em seguida os tijolos
eram assentados em volta da esquadria.
17. IMPERMEABILIZAÇÃO, REVESTIMENTO E PINTURA:
•
Não era feito nenhum tipo de
impermeabilização;
•
Somente em alguns casos é
encontrado um trabalho de
revestimento como : chapisco, reboco
e caiação.
• Como uma das soluções
construía-se beirais maiores para
lançar as águas o mais longe possível
da alvenaria.
18.
19. VANTAGENS:
DESVANTAGENS:
Materiais fáceis de se
encontrar;
Necessita de um clima seco
para sua fabricação;
Baixo custo pois o principal
material para construí-lo pode
ser obtido no próprio local da
construção;
Difícil execução de construções
com mais que 1 pavimento;
Facilmente degradado pela
água, devido a permeabilização
do material;
Fácil aparecimento de fissuras.
Isolamento térmico e acústico;
Execução relativamente rápida.
20. CONSTRUÇÕES DE ADOBE PELO BRASIL:
Casa do padre Marcos: Piauí
Edificação construída no século XVIII para funcionar como
sede da Fazenda Boa Esperança, que posteriormente originou o
município de Padre Marcos.
Soluções técnicas empregando carnaúba, tijolos em adobe,
esquadrias em madeira fichada.
21. Casa Canônica de Diamantino - MT
Construído em blocos de adobe, piso em tábua elevada do chão e
telhado de madeira com telha de barro.
22. Casa da Fazenda Gama
Distrito Federal, referente aos séculos XVIII e XIX, com traços arquitetônicos
do período colonial brasileiro, estrutura em madeira, vedações em adobe.
23. Igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito
Cuiabá – adobe na parte superior.
24. Matriz de Pirenópolis - Goiás
Construída por meio de um sistema misto em taipa de pilão,
adobe, alvenaria de pedra e madeira.
25. Igreja e Convento de Santa Cruz (ou Convento de São Francisco)
Sergipe - Base de adobe.
28. Diego Almeida
Felipe Neres
Malu Costa
Mariana Tealdi
Paula Bianchi
Vinicius Pellegrino
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
PUC – Campinas
2011
Arquitetura no Brasil
Docentes:
Ivone Salgado e Renata Baeso