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PROGRAMA DA CANDIDATURA
DO PROF. DOUTOR JORGE VERÍSSIMO
A PRESIDENTE
DO INSTITUTO POLITÉCNICO DE LISBOA
2016-2020
PROGRAMA DA CANDIDATURA
DO PROF. DOUTOR JORGE VERÍSSIMO
A PRESIDENTE
DO INSTITUTO POLITÉCNICO DE LISBOA
2016-2020
JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 2
	
Índice	
I. Razões	da	Candidatura ........................................................ 4
II. Enquadramento	Institucional .............................................. 7
Descrição
Envolvente
Origens
A	oferta	formativa	do	Instituto
III. Organização	e	Gestão	Institucional ................................... 23
Introdução
Problemas
Oportunidades	e	Potencialidades
Estratégias
IV. Qualidade	de	Ensino.......................................................... 34
Introdução
Problemas
Oportunidades	e	Potencialidades
Estratégias
V. Investigação	Científica,	Técnica	e	Artística .........................41
Introdução
Problemas
Oportunidades	e	Potencialidades
Estratégias
VI. Internacionalização............................................................ 47
Introdução
Problemas
Oportunidades	e	Potencialidades
Estratégias
VII. Relação	com	a	Comunidade............................................... 53
Introdução
Problemas
Oportunidades	e	Potencialidades
Estratégias
VIII. Considerações	Finais.......................................................... 60
JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 3
	
	
Agradecimentos	
	
	
Apesar	 da	 candidatura	 à	 presidência	 do	 Instituto	 Politécnico	 de	 Lisboa	 ser	 de	
natureza	unipessoal,	nunca	me	senti	sozinho,	bem	pelo	contrário.		
Tive	 comigo	 uma	 larga	 esquipa	 que	 me	 apoiou	 incondicionalmente,	 e	 que	
generosamente	 trabalhou	 na	 elaboração	 deste	 Programa	 da	 Candidatura,	 dando	
ideias,	sugestões	e	contributos,	a	quem	agradeço	profundamente.	
Quero,	também,	agradecer	a	todos/as	os/as	colegas	docentes,	funcionários/as	não	
docentes	 e	 estudantes	 de	 todas	 as	 Unidades	 Orgânicas,	 e	 a	 todos/as	
funcionários/as	não	docentes	dos	Serviços	da	Presidência	e	dos	Serviços	de	Ação	
Social,	a	subscrição	da	minha		candidatura,		bem	como	o	incentivo	e	o	estimulo	que	
me	deram,	o	que	demonstra		o	modo	como	acreditam	em	mim	e	no	meu	trabalho.
RAZÕES DA CANDIDATURA
JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 4
	
	
	
Razões	da	Candidatura	
	
	
Num	momento	em	que	o	Instituto	Politécnico	de	Lisboa	(IPL),	em	particular,	e	o	
Ensino	Superior	Politécnico,	em	geral,	vivem	um	período	de	incerteza	institucional,	
em	que	as	suas	enormes	potencialidades	de	crescimento	se	confrontam,	acima	de	
tudo,	 com	 a	 desconfiança	 e	 resistência	 ao	 reconhecimento	 da	 relevância	 do	 seu	
desempenho	 e	 missão,	 entendi	 ser	 meu	 dever	 disponibilizar-me	 para	 apresentar	
uma	candidatura	à	Presidência	do	Instituto	Politécnico	de	Lisboa.	
Não	 me	 candidato	 sozinho.	 Tenho	 o	 privilégio	 de	 representar	 a	 vontade	 de	 um	
vasto	número	de	docentes,	de	estudantes	e	de	funcionários	não	docentes	de	todo	
o	IPL.	
Conto	com	o	apoio,	manifestado,	das	presidências	e	direções	da	Escola	Superior	de	
Dança,	 da	 Escola	 Superior	 de	 Educação,	 da	 Escola	 Superior	 de	 Música,	 da	 Escola	
Superior	de	Tecnologia	da	Saúde	e	da	Escola	Superior	Comunicação	Social,	e	com	a	
subscrição	 da	 direção	 da	 Escola	 Superior	 de	 Teatro	 e	 Cinema,	 bem	 como	 de	 um	
conjunto	 muito	 alargado	 de	 docentes,	 de	 funcionários	 não	 docentes	 e	 de	
estudantes	 destas	 unidades	 orgânicas,	 assim	 como	 do	 Instituto	 Superior	 de	
Engenharia	de	Lisboa	e	do	Instituto	Superior	de	Contabilidade	e	Administração	de	
Lisboa,	que	no	último	ano	têm	vindo	a	refletir	e	a	debater	o	futuro	do	IPL.	
Com	 o	 lema	 “Afirmar	 o	 IPL:	 um	 universo	 de	 cultura,	 saber	 e	 modernidade”,	
pretendemos:	
-	 Valorizar	 o	 IPL	 como	 uma	 instituição	 de	 excelência	 e	 de	 referência	 ao	 nível	 da	
ciência	e	da	cultura	no	quadro	nacional	e,	também,	internacional;	
-	Mobilizar	o	IPL	para	uma	dinâmica	que	o	afirme	e	identifique	como	uma	entidade	
singular,	 aberta	 à	 modernidade	 e	 determinada	 em	 protagonizar	 um	 contributo	
essencial	para	o	desenvolvimento	do	país;	
-	 Potenciar	 o	 IPL	 explorando	 a	 diversidade	 e	 a	 complementaridade	 científica	 e	
artística	das	várias	Unidades	Orgânicas,	não	esquecendo	a	sua	vocação	de	aplicação	
de	conhecimentos;	
-	Estruturar	o	IPL	numa	instituição	de	ensino	superior	de	natureza	universitária.	
Pretendemos	 iniciar	 todo	 um	 processo	 de	 construção	 e	 afirmação	 identitária	
através	da	criação	de	uma	imagem	de	Universitas,	de	uma	concepção	holística	de	
academia	 de	 escolas	 de	 alto	 prestígio	 científico	 e	 artístico,	 materializada	 na	
atmosfera	 partilhada	 de	 cultura	 e	 de	 divulgação	 do	 conhecimento.	 Afirmar	 o	 IPL	
envolverá,	sobretudo,	a	celebração	cúmplice	dos	mais	nobres	e	exigentes	valores	
humanísticos	 que	 nos	 constituem	 como	 comunidade	 que,	 ao	 cultivar	 o	 saber,	 as	
capacidades	 e	 o	 pensamento	 humano,	 os	 coloca	 ao	 serviço	 do	 progresso	 e	 da
RAZÕES DA CANDIDATURA
JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 5
felicidade	dos	cidadãos.	Este	é	o	nosso	sentimento	de	pertença	e	de	comunhão.	
Este	é	o	nosso	IPL.		
Há	 muitos	 anos	 que	 sinto	 orgulho	 em	 integrar	 a	 comunidade	 académica	 do	 IPL.	
Primeiro	como	estudante,	entre	1990	e	1993.	Depois,	em	1995,	iniciei	um	percurso	
onde	tenho	vindo	a	conciliar	o	ensino	e	a	investigação	e,	desde	2005	a	gestão,	sem	
nunca	descurar	qualquer	uma	destas	dimensões.		
A	polivalência	das	minhas	atividades	no	seio	do	IPL	–	ensino,	investigação	e	gestão	
–	 assumo-as	 como	 uma	 vantagem	 de	 conhecimento	 da	 realidade	 do	 Ensino	
Superior,	 manifestada	 na	 experiencia	 de	 gestão	 e	 de	 sensibilidade	 para	 as	
preocupações	atuais	da	docência	e	da	investigação.	
Porque	a	minha	candidatura	expressa	e	reflete	um	pensamento	e	força	colectiva	de	
desenvolvimento	 para	 o	 IPL,	 estou	 plenamente	 convencido	 que	 será	 possível	
criarmos	 a	 energia	 aglutinadora,	 a	 coesão	 e	 a	 mobilização	 para	 construirmos	 o	
nosso	futuro!		
No	 texto	 que	 segue,	 apresenta-se	 o	 programa	 de	 candidatura.	 Um	 programa	
elaborado	por	um	grupo	alargado	de	docentes	das	várias	Unidades	Orgânicas	do	
IPL,	 e	 que	 contou	 com	 valiosíssimos	 contributos	 de	 docentes,	 funcionários	 não	
docentes	e	estudantes	de	todo	o	Universo	IPL.	
Um	 programa	 que	 assumimos	 como	 ambicioso,	 contudo,	 um	 programa	 que	 será	
exequível	com	o	apoio	e	a	união	entre	todos	os	que	compõem	o	IPL.		
O	 documento	 é	 composto	 por	 seis	 capítulos	 assim	 distribuídos:	 um	 primeiro	
capítulo	de	enquadramento	geral	das	Unidades	Orgânicas	que	compõem	o	Instituto	
Politécnico	de	Lisboa;	e	por	cinco	outros	capítulos	em	que	se	explicita	o	programa	
de	 candidatura	 vertido	 em	 cinco	 eixos	 programáticos,	 respectivamente	
“Organização	 e	 Gestão	 Institucional”;	 “Qualidade	 de	 Ensino”;	 “Investigação	
Científica,	 Técnica	 e	 Artística”;	 “Internacionalização”;	 e	 ”Relação	 com	 a	
Comunidade”,	cada	um	com	os	objectivos	traçados	e	as	respectivas	linhas	de	ação.	
Surgem,	ainda,	três	apêndices	ao	documento,	respectivamente,	uma	nota	curricular	
do	candidato,	a	composição	da	equipa	da	presidência,	e	uma	informação	sobre	os	
subscritores	da	candidatura.
ENQUADRAMENTO
INSTITUCIONAL
JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 7
	
	
Enquadramento	Institucional	
	
Descrição	
	
O	 Instituto	 Politécnico	 de	 Lisboa,	 instituição	 de	 ensino	 superior	 público,	 foi	
formalmente	criado	em	1986	no	quadro	de	um	programa	de	expansão	do	ensino	
superior	politécnico	em	Portugal.	Os	seus	primeiros	estatutos,	publicados	em	1991,	
reconhecem	 o	 IPL	 como	 uma	 pessoa	 coletiva	 de	 direito	 público,	 dotada	 de	
autonomia	 estatutária,	 científica,	 pedagógica,	 cultural,	 administrativa,	 financeira,	
disciplinar	e	patrimonial.	
Na	sua	génese	o	IPL	agregou	cinco	escolas	de	“ensino	médio”	então	existentes	em	
Lisboa.	Atualmente,	congregando	oito	Unidades	Orgânicas	de	ensino	superior,	os	
Serviços	 da	 Presidência	 e	 os	 Serviços	 de	 Ação	 Social,	 o	 IPL	 afirma-se	 como	 uma	
instituição	de	relevo	em	qualquer	das	áreas	de	atuação	expressas	na	sua	missão:	
ensino,	investigação	e	interação	com	a	sociedade.	
	
Figura	1	-	Dinâmica	e	universo	do	IPL	
	
Esta	 grande	 comunidade	 é	 formada	 por	 mais	 de	 catorze	 mil	 indivíduos,	 entre	
estudantes	e	funcionários	docentes	e	não	docentes,	de	acordo	com	os	dados	do	
ano	letivo	2014/15
ENQUADRAMENTO INSTITUCIONAL
JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 8
Fontes:	Rebides,	Site	do	IPL	e	das	UOs	
Quadro	1	-	Comunidade	académica	do	IPL	
	 	
		 Funcionários	 Nº	Estudantes	
Unidades	
Orgânicas/Serviços	
Docentes	
Não	
Docentes	
Licenciaturas	 Mestrados	
ESCS	–	Comunicação	 115	 30	 1	217	 209	
ESD	–	Dança	 24	 10	 161	 41	
ESELx	–	Educação	 95	 22	 787	 291	
ESML	–	Música	 90	 12	 406	 148	
ESTC	–	Teatro	e	Cinema	 60	 23	 334	 76	
ESTeSL	–	Saúde	 239	 51	 1	779	 49	
ISCAL	–	Contabilidade	e	
Administração	
189	 34	 2	628	 447	
ISEL	-	Engenharia	 414	 142	 3	371	 876	
SP	–	Serviços	da	Presidência	 	 63	 	 	
SAS	–	Serviços	de	Ação	Social	 	 26	 	 	
Total	 1	226	 350	 10	683	 2	137	
Total	Global	 1	576	 12	820
ENQUADRAMENTO INSTITUCIONAL
JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 9
	
Envolvente	
	
O	 IPL	 tem	 um	 forte	 envolvimento	 regional	 e	 uma	 sólida	 ligação	 ao	 mundo	 do	
trabalho,	 reconhecido	 em	 estudos	 internacionais,	 como	 é	 o	 caso	 do	 U-Multirank	
que	 avalia	 o	 desempenho	 das	 instituições	 de	 ensino	 superior	 através	 de	 31	
indicadores	 agrupados	 em	 cinco	 áreas:	 investigação	 -	 ensino	 e	 aprendizagem,	
orientação	internacional,	transferência	de	conhecimentos	e	envolvimento	regional.	
Neste	estudo	o	IPL,	ocupa	a	2ª	posição	no	ranking	nacional	enquanto	instituição	de	
ensino	 superior	 politécnico,	 e	 o	 10º	 lugar	 no	 total	 das	 Instituições	 de	 Ensino	
Superior	Nacional.	
O	IPL	fixa	o	seu	território	em	5	pontos	na	cidade	de	Lisboa	e	estende	a	sua	marca	à	
cidade	da	Amadora.	
	
	
	
Figura	2	-	Mapa	de	localização	das	Unidades	Orgânicas	do	IPL
ENQUADRAMENTO INSTITUCIONAL
JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 10
	
Origens	
	
Uma	visita	a	cada	uma	das	suas	oito	unidades	orgânicas	de	ensino	é	também	uma	
viagem	 no	 tempo	 por	 um	 universo	 de	 múltiplos	 saberes	 e	 modos	 diversos	 de	
intervenção	na	comunidade.	
	
	
Figura	3	-	Cronologia	
Figura	4	-	Escola	Superior	de	Comunicação	Social
ESCS	
A	 ESCS	 surge,	 em	 1987,	 numa	 proposta	 constitutiva	 de	 uma	 Escola	 Superior	 de	
Jornalismo,	posteriormente	alterada	para	Escola	Superior	de	Comunicação	Social.	
Em	 Junho	 de	 1989	 foi	 formado	 o	 primeiro	 Conselho	 Científico	 da	 ESCS.	 A	 17	 de	
Janeiro	de	1990,	iniciaram-se	as	atividades	lectivas,	fixando-se	esta	data	como	o	dia	
de	aniversário	da	Escola.	
O	 atual	 edifício	 da	 ESCS,	 da	 autoria	 do	 arquiteto	 Carrilho	 da	 Graça,	 viria	 a	 ser	
inaugurado	em	1994,	e	desde	então	a	escola	não	parou	de	crescer.	
Com	 licenciaturas,	 mestrados	 e	 pós-graduações	 nas	 áreas	 da	 Publicidade	 e	
Marketing,	Relações	Publicas	e	Comunicação	Empresarial,	Jornalismo,	Audiovisual	e	
Multimédia,	 a	 ESCS	 é	 hoje	 a	 instituição	 de	 referência	 no	 ensino	 superior	 da	
Integração
da ESTeSL
no IPL
Criação
da ESCS
no IPL
Integração
do ISEL
no IPL
Publicação dos
Primeiros
Estatutos do IPL
Constituição
do IPL com
ESD
ESML
ESTC
ESELx
ISCAL
Escola
Técnica de
Serviços
de Saúde
Escola
Normal
de Lisboa
Instituto
Industrial
de Lisboa
Conservatório
Geral de
Artes Dramáticas
Aula do
Comércio
18361759 1852 1919 1980 1986 199119881987 2004
ENQUADRAMENTO INSTITUCIONAL
JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 11
comunicação	social	em	Portugal	e	o	parceiro	preferencial	de	recrutamento	para	as	
empresas	e	organizações.	Para	esta	realidade	muito	tem	contribuído	a	dedicação	e	
o	profissionalismo	de	um	excelente	corpo	docente	e	de	funcionários	não	docentes	
que,	 desde	 sempre,	 têm	 imprimido	 inovação	 no	 ensino	 e	 na	 investigação,	
inspirando	 uma	 cultura	 de	 rigor	 e	 constante	 aperfeiçoamento,	 incutindo	 um	
sentido	de	cidadania,	responsabilidade	e	participação	social	nos	estudantes.	
A	missão	da	ESCS	pauta-se	por	uma	total	abertura	à	sociedade	civil,	conquistando	a	
preferência	 das	 organizações	 no	 estabelecimento	 de	 parcerias.	 A	 ESCS	 promove	
protocolos	 de	 cooperação	 com	 diversas	 organizações	 dos	 sectores	 públicos	 e	
privado,	 proporcionando	 aos	 estudantes	 experiências	 em	 ambientes	 profissionais	
reais	através	de	uma	aproximação	do	meio	académico	ao	mundo	empresarial.		
Figura	5	-	Escola	Superior	de	Dança	
ESD	
	
A	Escola	Superior	de	Dança	(ESD)	foi	criada	em	1983,	no	âmbito	de	uma	reforma	do	
ensino	 artístico,	 ministrado	 no	 Conservatório	 Nacional	 e	 escolas	 afins,	 pela	 qual	
foram	criadas	também	as	Escolas	Superiores	de	Música	e	de	Teatro	e	Cinema.	A	
ESD	integra	o	IPL	em	1985	mantendo-se	nas	instalações	originais	do	Conservatório	
de	Lisboa.	Desde	1995	ocupa	o	Palácio	Marquês	de	Pombal,	na	Rua	da	Academia	
das	Ciências,	mantendo	a	forte	ligação	a	uma	zona	da	cidade	especialmente	ligada	
aos	ambientes	culturais	e	artísticos.		
Assume	como	missão	-	enquanto	centro	de	formação	artística,	técnica,	científica,	
cultural	e	profissional	de	nível	superior	-	a	preparação	para	o	exercício	de	atividades	
profissionais	 altamente	 qualificadas	 nos	 domínios	 da	 dança	 e	 das	 profissões	
artísticas	ligadas	à	dança.		
A	 ESD	 ocupa	 uma	 posição	 de	 destaque	 e	 de	 reconhecimento	 no	 panorama	 do	
ensino	superior	artístico,	nacional	e	internacional	pela	qualidade	e	singularidade	do	
seu	 ensino	 cujos	 Planos	 de	 Estudo	 incorporam	 a	 componente	 reflexiva	 e	 a	
fundamentação	 científica,	 mas	 desenvolvem,	 também,	 uma	 formação	 com	
particular	relevância	para	a	componente	prática.	O	reconhecimento	da	qualidade	
da	formação	que	ministra	e	da	forte	implantação	da	ESD	na	comunidade,	é	visível	-	
para	além	das	inúmeras	apresentações	públicas	-	na	inclusão	de	muitos	dos	seus
ENQUADRAMENTO INSTITUCIONAL
JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 12
diplomados	e	estudantes	nas	diversas	Companhias	de	Dança	Profissionais	e/ou	em	
outros	 projetos	 artísticos	 na	 área	 da	 Dança	 e,	 no	 número	 de	 diplomados	 que	
constituem	o	corpo	docente	das	atuais	Escolas	de	Ensino	Especializado	da	Dança.	
Atualmente	ministra	os	cursos	de	Licenciatura	em	Dança	e	de	Mestrado	em	Ensino	
de	Dança.	A	ESD	participa,	ainda,	no	âmbito	do	IPL,	no	Curso	de	Doutoramento	em	
Artes	 -	 Artes	 Performativas	 e	 da	 Imagem	 em	 Movimento,	 da	 Universidade	 de	
Lisboa.	
Figura	6	-	Escola	Superior	de	Educação	
ESELx	
	
A	Escola	Superior	de	Educação	(ESELx)	deu	início	às	suas	atividades	em	1985.	Sendo	
uma	 instituição	 recente,	 esta	 escola	 tem,	 no	 entanto,	 um	 longo	 passado	 como	
herdeira	pedagógica	de	duas	instituições	de	formação	de	educadores	e	professores	
-	a	Escola	do	Magistério	Primário	de	Lisboa	e	o	Instituto	António	Aurélio	da	Costa	
Ferreira.	A	escola	do	Magistério	Primário,	ela	própria	herdeira	desde	1919	das	duas	
Escolas	Normais	de	Lisboa,	ocupou	a	partir	de	então	o	magnífico	edifício	construído	
em	 Benfica,	 segundo	 projeto	 do	 arquiteto	 A.	 R.	 Adães	 Bermudes,	 entre	 1916	 e	
1918,	tendo	sido	então	inaugurado	pelo	Presidente	da	República,	Dr.	Bernardino	
Machado.	 É	 este	 edifício	 que,	 pelo	 seu	 destaque	 no	 território,	 marca	 hoje	
simbolicamente	o	Campus	de	Benfica	do	IPL.	
Desde	 a	 sua	 criação,	 a	 ESELx	 desenvolveu	 atividades	 nos	 diversos	 domínios	 da	
Educação	-	formação	inicial,	contínua	e	especializada	de	professores	e	educadores,	
profissionalização	 em	 serviço,	 investigação,	 prestação	 de	 serviços	 à	 comunidade.	
Com	 a	 reformulação	 dos	 cursos	 determinada	 pelo	 Processo	 de	 Bolonha,	 a	 ESELx	
passou	a	oferecer	cursos	orientados	para	a	Educação	não	formal,	como	é	o	caso	da	
Animação	Sócio	Cultural,	e	tem	vindo	a	ocupar	um	lugar	ainda	por	preencher	no	
IPL,	o	das	Artes	Visuais,	orientando	assim	nos	últimos	anos	uma	parte	substancial	
da	sua	intervenção	formativa	no	campo	das	Artes	Visuais.	No	domínio	das	artes	a	
ESELx	 oferece	 uma	 licenciatura	 em	 Música	 na	 Comunidade	 em	 parceria	 com	 a	
ESML.	A	diversificação	da	oferta	formativa	da	ESELx	tem	permitido	a	ampliação	da	
capacidade	de	intervenção	social	da	Escola	na	educação	formal	e	não	formal,	áreas	
em	que	a	ESELx	constitui	uma	instituição	de	referência	na	zona	de	Lisboa.
ENQUADRAMENTO INSTITUCIONAL
JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 13
Figura	7	-	Escola	Superior	de	Música	de	Lisboa	
ESML	
	
A	Escola	Superior	de	Música	de	Lisboa	(ESML),	criada	em	1983,	a	par	da	ESD	e	da	
ESTC,	foi	integrada	no	IPL	em	1985,	mantendo-se	desde	então	nas	instalações	do	
Bairro	 Alto	 na	 Rua	 das	 Flores.	 Em	 2010	 passa	 a	 ocupar	 um	 novo	 edifício,	
integralmente	projetado	de	raiz	para	o	ensino	da	Música,	assinado	pelo	arquiteto	
Carrilho	da	Graça,	no	Campus	de	Benfica.	
A	ESML	constitui,	no	panorama	nacional,	cada	vez	mais	uma	escola	de	referência,	
tanto	 pelas	 suas	 origens,	 como	 pelo	 corpo	 docente	 internacional	 de	 elevada	
qualidade,	e	por	dispor	de	instalações	e	equipamentos	adequados	à	lecionação	dos	
cursos,	o	que	é	essencial	na	prossecução	da	sua	missão:	promover	um	ambiente	de	
ensino/aprendizagem	de	qualidade	que,	numa	perspetiva	de	formação	ao	longo	da	
vida,	incentive	os	estudantes	ao	seu	máximo	desenvolvimento	internacionalmente	
competitivo	e	socialmente	relevante	nas	áreas	das	Artes	e	Indústrias	Musicais.		
Destacam-se	os	numerosos	concertos	e	eventos	musicais	oferecidos	à	comunidade	
ao	longo	do	ano,	tanto	no	seu	magnífico	Auditório	Vianna	da	Motta	em	Benfica,	
como	em	numerosos	locais	na	cidade	de	Lisboa,	no	país	e	no	estrangeiro.
ENQUADRAMENTO INSTITUCIONAL
JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 14
Figura	8	-	Escola	Superior	de	Teatro	e	Cinema	
	
	
	
ESTC	
	
A	 Escola	 Superior	 de	 Teatro	 e	 Cinema	 foi	 criada	 em	 Lisboa	 em	 1983,	 através	 de	
diploma	 legal	 que	 procedeu	 à	 reconversão	 do	 Conservatório	 Nacional	 em	 várias	
escolas	de	artes.	A	tradição	do	ensino	da	área	do	Teatro	remonta	à	fundação	em	
1836	do	Conservatório	Geral	de	Arte	Dramática,	porém,	na	vertente	de	Cinema,	o	
respetivo	 curso	 só	 foi	 introduzido	 no	 Conservatório	 Nacional,	 como	 experiência	
pedagógica,	a	partir	de	1971.	Em	1985	a	ESTC	foi	integrada	no	IPL,	mantendo-se	nas	
instalações	do	Conservatório.	Em	1998,	a	ESTC	transfere	as	suas	atividades	do	velho	
edifício	da	Rua	dos	Caetanos,	em	Lisboa,	para	a	cidade	da	Amadora,	ocupando	um	
edifício	construído	de	raiz,	o	primeiro	destinado	a	uma	escola	de	ensino	artístico	
em	 Portugal,	 dotado	 de	 espaços	 letivos	 adequados,	 de	 estúdios,	 de	 salas	 de	
espetáculos	 e	 de	 visionamento,	 de	 biblioteca	 e	 refeitório	 que	 possibilitam	 as	
melhores	condições	de	trabalho	para	os	estudantes	que	a	frequentam.	
A	 ESTC	 mantém	 uma	 estrutura	 bi-departamental	 resultante	 da	 herança	 histórica	
das	pré-existentes	escolas	de	Teatro	e	de	Cinema	do	Conservatório	Nacional.	No	
cumprimento	da	sua	missão,	a	ESTC	participa	em	programas	de	desenvolvimento	
educativo	 a	 nível	 local	 e	 produz	 e	 realiza	 anualmente	 dezenas	 de	 exercícios	 -	
espetáculo	 e	 filmes	 dos	 seus	 alunos,	 exibidos	 gratuitamente	 à	 comunidade,	 quer	
nas	 suas	 instalações,	 quer	 em	 Teatros,	 Museus,	 Cinemateca	 e	 em	 muitos	 outros	
espaços	 públicos.	 A	 ESTC	 tem	 vindo	 a	 afirmar-se,	 nacional	 e	 internacionalmente,	
como	 uma	 Escola	 de	 referência	 nos	 seus	 domínios,	 integrada	 em	 importantes	
organizações	internacionais	quer	do	âmbito	do	Teatro,	quer	do	âmbito	do	Cinema,	
quer	ainda	no	das	Artes	em	geral.	Esta	preocupação	pela	internacionalização	fez	
também	 com	 que	 a	 Escola	 reforçasse	 a	 sua	 participação	 ativa	 em	 múltiplos	
programas	de	intercâmbio	de	discentes	e	docentes	com	escolas	estrangeiras.
ENQUADRAMENTO INSTITUCIONAL
JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 15
Figura	9	-	Escola	Superior	de	Tecnologia	da	Saúde	de	Lisboa	
ESTeSL	
	
A	Escola	Superior	de	Tecnologia	da	Saúde	de	Lisboa	(ESTeSL)	tem	origem	na	Escola	
Técnica	dos	Serviços	de	Saúde	de	Lisboa	cujos	alicerces	remontam	a	1980.	Os	seus	
mais	de	35	anos	de	história	concretizam	uma	missão	de	excelência	de	ensino,	de	
investigação	e	de	prestação	de	serviços,	no	âmbito	das	ciências	da	saúde.		
Localizada	no	Parque	das	Nações,	num	complexo	escolar	com	todas	as	facilidades	
para	o	cumprimento	da	sua	missão,	a	ESTeSL	passou	a	integrar	em	2004	o	IPL,	por	
decisão	democrática	da	sua	comunidade	escolar.	
A	 ESTeSL	 apresenta	 um	 conceito	 de	 Escola	 diferenciador,	 assente	 numa	 visão	 e	
abordagem	multidisciplinar	da	saúde,	do	seu	ensino	e	investigação,	e	firmando	os	
seus	pilares	na	promoção	dos	valores	da	ética	e	da	cidadania.	A	Escola	aposta	numa	
forte	 ligação	 à	 comunidade	 através	 da	 dinamização	 de	 diversas	 iniciativas	 de	
natureza	científica	e	cultural	e	do	estabelecimento	de	protocolos	com	instituições	
nacionais	e	internacionais,	para	as	suas	várias	áreas	de	atividades,	nomeadamente	
para	a	realização	de	estágios	de	aprendizagem,	educação	clínica	e	de	projetos	de	
investigação.		
A	 qualidade	 demonstrada	 pelos	 profissionais	 de	 saúde	 formados	 pela	 ESTeSL,	
nomeadamente	os	profissionais	de	Diagnóstico	e	Terapêutica,	fazem	desta	Escola	
um	estabelecimento	de	ensino	de	referência	na	área	das	Ciências	e	Tecnologias	da	
Saúde	a	nível	nacional	e	internacional.
ENQUADRAMENTO INSTITUCIONAL
JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 16
Figura	10	-	Instituto	Superior	de	Contabilidade	e	Administração	
ISCAL	
	
O	início	do	Instituto	Superior	de	Contabilidade	(ISCAL)	remonta	ao	século	XVIII	com	
a	 criação	 da	 Aula	 de	 Comércio	 em	 1759	 pelo	 Marquês	 de	 Pombal.	 Em	 1869	 foi	
criado	o	Instituto	Industrial	de	Lisboa,	mais	tarde	passando	a	Instituto	Industrial	e	
Comercial	de	Lisboa.	Com	a	implantação	da	República,	em	1911,	este	Instituto	foi	
dividido	 em	 duas	 escolas,	 o	 Instituto	 Superior	 Técnico	 e	 o	 Instituto	 Superior	 de	
Comércio.	 Em	 1976	 o	 Instituto	 Comercial	 de	 Lisboa	 passa	 a	 ter	 a	 designação	 de	
Instituto	Superior	de	Contabilidade	e	Administração	de	Lisboa,	tendo	poder	para	
ministrar	os	graus	de	bacharelato.	Em	1985	o	ISCAL	é	integrado	no	IPL.		
Este	 Instituto	 orgulha-se	 de	 ter	 uma	 história	 marcada	 pela	 tradição	 e	 pelo	 rigor	
académicos,	pontuada	pela	presença	de	muitos	professores	e	estudantes	ilustres.	O	
ISCAL	 assume-se	 assim	 como	 uma	 instituição	 de	 ensino	 superior	 de	 alto	 nível,	
orientada	 para	 a	 criação,	 transmissão	 e	 difusão	 do	 conhecimento,	 da	 cultura,	 da	
ciência	e	tecnologia,	e	do	saber	de	natureza	profissional,	através	da	articulação	do	
estudo,	 do	 ensino,	 da	 investigação	 e	 do	 desenvolvimento	 experimental.	 A	 sua	
missão	contempla	a	prestação	de	serviços	à	comunidade,	nas	áreas	em	que	dispõe	
de	 competências,	 contribuindo	 para	 a	 sua	 consolidação	 como	 instituição	 de	
referência	nos	planos	nacional	e	internacional.
ENQUADRAMENTO INSTITUCIONAL
JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 17
	Figura	11	-	Instituto	Superior	de	Engenharia	de	Lisboa	
ISEL	
	
O	Instituto	Superior	de	Engenharia	de	Lisboa	(ISEL)	é	das	mais	antigas	escolas	de	
engenharia	em	Portugal.	Teve	a	sua	génese	em	30	de	Dezembro	de	1852,	tendo	
sido	 criado,	 por	 Decreto	 Régio	 de	 D.	 Maria	 II,	 com	 a	 designação	 de	 Instituto	
Industrial	 de	 Lisboa.	 Em	 1974,	 este	 Instituto	 passou	 a	 ter	 estatuto	 de	 ensino	
superior	 com	 a	 denominação	 de	 Instituto	 Superior	 de	 Engenharia	 de	 Lisboa.	 Em	
1988	o	ISEL	é	integrado	no	IPL.	
Progressivamente,	 o	 ISEL	 foi	 ampliando	 o	 nível	 dos	 diplomas	 de	 qualificação	
académica	 a	 atribuir.	 Até	 1988	 apenas	 leccionava	 cursos	 de	 bacharelato	 em	
engenharia.	Em	1989/90,	o	ISEL	lançou-se	numa	nova	aposta,	criando,	ao	abrigo	de	
uma	 nova	 Lei	 de	 Bases	 do	 Sistema	 Educativo,	 Cursos	 de	 Estudos	 Superiores	
Especializados	conducentes	ao	grau	de	Licenciado,	em	áreas	bem	específicas	e	com	
impacto	 no	 sector	 industrial.	 Na	 sequência	 das	 alterações	 introduzidas	 à	 lei	 em	
1997,	o	ISEL	passou	a	atribuir	igualmente	o	grau	de	Licenciado.	Com	as	alterações	
legislativas	resultantes	do	processo	de	Bolonha	e	com	o	reconhecimento	das	suas	
competências	 e	 capacidades	 próprias,	 o	 ISEL,	 alcança	 em	 2007	 autorização	 para	
atribuir	o	grau	de	Mestre.		
O	ISEL,	sendo	das	mais	antigas	Instituições	de	ensino	no	âmbito	da	engenharia	em	
Portugal,	 tem	 apresentado	 um	 crescimento	 interno	 notório,	 quer	 no	 âmbito	 da	
oferta	educativa,	quer	no	âmbito	da	Investigação	e	Desenvolvimento.
ENQUADRAMENTO INSTITUCIONAL
JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 18
	
	
	
Figura	12	-	Serviços	da	Presidência	do	Instituto	Politécnico	de	Lisboa	
Serviços	da	Presidência	
Os	 Serviços	 da	 Presidência	 do	 Instituto	 Politécnico	 de	 Lisboa	 (IPL)	 estão,	 desde	
199x,	localizados	em	Benfica.	São	nestes	serviços	que	está	sediado	o	órgão	superior	
de	governo	e	de	representação	externa	da	instituição,	o	Presidente	do	IPL	
Nestes	serviços	estão	integrados	os	“Serviços	Comuns”	que		asseguram	o	suporte	
logístico	e	funcional	às	diferentes	unidades	orgânicas	e	outras	unidades	e	serviços	
do	IPL,	nomeadamente	Serviços	Administrativos	e	Financeiros,	que	incluem,	entre	
outros	os	Recursos	Humanos,	os	Serviços	da	Gestão	Académica;	e	os	“Gabinetes	de	
Apoio”,	 	 como	 o	 Gabinete	 Jurídico,	 o	 Gabinete	 de	 Relações	 Internacionais	 e	
Mobilidade	 Académica	 –	 GRIMA	 (estes	 dois	 gabinetes	 foram	 recentemente	
sediados	no	Campus	de	Benfica	do	IPL),	o	Gabinete	de	Gestão	da	Qualidade	do	IPL	–	
GGQ-IPL,	e	o	Gabinete	de	Comunicação	e	Imagem	.
ENQUADRAMENTO INSTITUCIONAL
JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 19
	
Figura	13	-	Serviços	de	Ação	Social	
Serviços	de	Ação	Social	
Como	unidade	orgânica	transversal	a	todas	as	outras,	os	Serviços	de	Ação	Social	
(SAS)	do	IPL	constituem	uma	estrutura	de	apoio	aos	estudantes,	atuando	nas	áreas	
da	 alimentação	 (gestão	 das	 cantinas),	 da	 atribuição	 de	 bolsas	 de	 estudos,	 da	
residência	 de	 estudantes,	 do	 apoio	 médico	 e	 psicológico	 aos	 estudantes	 e	 da	
promoção	de	atividades	desportivas.	O	objectivo	é	de	contribuir	para	a	melhoria	
das	condições	de	sucesso	escolar.	
Os	 Serviços	 de	 Ação	 Social	 (SAS)	 situam-se	 no	 Campus	 de	 Benfica	 do	 IPL	 e	 são	
dotados	de	recursos	humanos	próprios	e	de	autonomia	administrativa	e	financeira.
ENQUADRAMENTO INSTITUCIONAL
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A	oferta	formativa	do	Instituto	
Na	sua	matriz	original,	as	escolas	do	IPL	ofereciam	apenas	cursos	de	bacharelato.	
Posteriormente,	 e	 de	 acordo	 com	 a	 evolução	 dos	 diplomas	 legais	 relativos	 ao	
ensino	 politécnico,	 passou	 a	 atribuir	 os	 diplomas	 de	 CESE	 (Cursos	 de	 Estudos	
Superiores	Especializados)	equivalentes	a	licenciaturas.	Mais	tarde,	as	licenciaturas	
bietápicas	 e	 finalmente	 as	 licenciaturas,	 entre	 outros	 cursos	 de	 formação	
especializada.	 O	 processo	 de	 Bolonha,	 que	 conferiu	 às	 instituições	 do	 ensino	
superior	politécnico	a	capacidade	de	atribuírem	o	grau	de	mestre,	deu	um	impulso	
substancial	à	oferta	formativa	do	IPL,	permitindo	a	incorporação	com	solidez	deste	
novo	 tipo	 de	 ciclo	 de	 estudos	 nos	 portefólios	 formativos	 das	 suas	 unidades	
orgânicas.	A	diversidade	formativa	do	instituto	está	bem	espelhada	na	distribuição	
dos	81	cursos	da	sua	oferta	de	formação	conferente	de	grau.	
	
	
Quadro	2	-	Oferta	formativa	do	IPL	
	
		 Cursos	
Unidades	Orgânicas	 Licenciaturas	 Mestrados	
ESCS	–	Comunicação	 4	 4	
ESD	–	Dança	 1	 1	
ESELx	–	Educação	 4	 13	
ESML	–	Música	 2	 1	
ESTC	–	Teatro	e	Cinema	 2	 2	
ESTeSL	–	Saúde	 9	 6	
ISCAL	–	Contabilidade	e	Administração	 5	 8	
ISEL	-	Engenharia	 8	 11	
Total	 35	 46	
Total	Global	 81
ENQUADRAMENTO INSTITUCIONAL
JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 21
	
Para	além	desta	oferta	formativa,	as	várias	unidades	orgânicas	proporcionam	mais	
de	duas	dezenas	de	cursos	de	pós-graduação	ou	de	formação	avançada,	nas	suas	
áreas	de	especialidade.	
Conhecer	 o	 IPL	 é	 conhecer	 um	 pouco	 da	 história	 do	 ensino	 superior	 português,	
ultrapassando	as	fronteiras	da	região	de	Lisboa.	A	dimensão	politécnica	do	ensino	
superior,	que	nos	últimos	30	anos	foi	decisiva	para	a	democratização	deste	nível	de	
ensino,	evidencia	a	importância	da	qualificação	académica	e	profissional	em	áreas	
de	forte	componente	técnica.	Hoje	o	ensino	politécnico	enfrenta	a	passagem	a	um	
patamar	 mais	 exigente,	 mas	 já	 inquestionável:	 a	 possibilidade	 de	 conciliar	 a	
dimensão	politécnica	com	o	estatuto	de	universidade.		
O	IPL,	com	a	sua	experiência,	universalidade,	pluralidade	e	consistência,	encontra-
se	na	linha	da	frente	para	a	concretização	deste	desígnio	nas	áreas	em	que	tem	
vindo	a	consolidar	o	seu	saber,	bem	como	em	áreas	inovadoras	que	cruzam	saberes	
diversos.
1.º EIXO PROGRAMÁTICO
ORGANIZAÇÃO
E GESTÃO
INSTITUCIONAL
JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 23
	
1.º	Eixo	Programático	 	
Organização	e	Gestão	Institucional	
	
Introdução	
	
A	história	do	IPL	ajuda	conhecer	a	vitalidade	de	cada	uma	das	suas	unidades	orgânicas	com	
identidades	 bastante	 fortes	 e	 implantadas	 na	 comunidade,	 muito	 anteriores	 à	 do	 próprio	
Instituto.	Esta	pluralidade,	que	confere	ao	IPL	o	caráter	de	instituição	de	ensino	superior	única	
no	 panorama	 português,	 não	 tem	 sido	 fácil	 de	 transformar	 em	 unidade,	 um	 dos	 princípios	
fundamentais	da	organização	e	gestão	institucional.	
O	modelo	de	gestão	em	funcionamento	consubstancia-se	fundamentalmente	na	centralização	
de	 alguns	 serviços,	 decorrente	 do	 facto	 de	 sete	 das	 suas	 unidades	 orgânicas	 não	 terem	
autonomia	 financeira	 por	 via	 da	 implementação	 do	 RJIES	 há	 sete	 anos.	 É	 amplamente	
reconhecido	que	faltam	ao	IPL	projetos	próprios	e	intervenção	com	visibilidade	na	comunidade,	
tanto	interna	como	externa.	
A	 construção	 de	 um	 novo	 modelo	 de	 organização	 e	 gestão	 interna,	 bem	 como	 o	 seu	
desenvolvimento,	 exige	 uma	 reformulação	 progressiva	 de	 serviços,	 estruturada	 numa	
organização	de	trabalho	em	equipas	articuladas	entre	si	e	em	conjugação	com	as	equipas	de	
gestão	de	cada	unidade	orgânica,	coordenadas	por	uma	direção	forte,	flexível	e	dinâmica.	As	
boas	práticas	isoladas	já	existentes,	bem	como	a	excelência	dos	recursos	humanos,	tanto	ao	
nível	 dos	 serviços	 centrais	 como	 das	 unidades	 orgânicas,	 constituem	 um	 ponto	 de	 partida	
fundamental.	A	mudança	de	orientação	depende	mais	de	vontade	e	da	criatividade	do	que	do	
reforço	de	recursos	humanos	e	financeiros.	
	
	
Problemas	 	
	
1. A	diversidade	das	oito	unidades	orgânicas	
	
Com	 exceção	 da	 ESCS,	 a	 criação	 de	 todas	 as	 diferentes	 unidades	 orgânicas	 que	
compõem	o	IPL	foi	anterior	à	própria	criação	do	Instituto.	Como	tal,	as	suas	identidades	
sobrepõem-se	muitas	vezes	à	do	próprio	IPL.	O	fortalecimento	da	identidade	e	unidade	
do	 IPL	 como	 uma	 instituição	 do	 ensino	 superior	 distinta	 e	 dotada	 da	 sua	 própria	
idiossincrasia	 coerente	 e	 consistente	 é	 assim	 uma	 das	 ações	 a	 empreender,	 numa	
perspectiva	de	integração	e	de	partilha	entre	todas	as	Unidades	Orgânicas.	
Cada	 uma	 das	 Unidades	 Orgânicas	 dispôs	 num	 passado	 recente	 de	 uma	 estrutura	
orgânica	independente	e	totalmente	autónoma,	administrativa	e	financeiramente.	Por	
força	da	lei	–	RJIES,	sete	das	oito	Unidades	Orgânicas	perderam	esta	autonomia.	Esta	é	
uma	realidade	que	obriga	à	criação	de	laços	de	interação	e	da	exploração	do	enorme	
potencial	que	o	vasto	leque	de	sinergias	existente	permite.
ORGANIZAÇÃO E GESTÃO INSTITUCIONAL
JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 24
	
2. O	atual	modelo	de	gestão	centrado	na	presidência	
	
O	atual	modelo	de	Organização	e	Gestão	Institucional	centrado	na	Presidência,	sem	
uma	articulação	permanente	com	as	unidades	orgânicas,	e	que	apenas	responde	ao	
imposto	pela	lei,	RJIES,	tem	tido	como	consequência	a	centralização	dos	processos	
de	gestão	administrativa	e	financeira.	Esta	experiência	foi	encarada	principalmente	
como	uma	exigência	decorrente	da	reorganização	imposta	pelo	RJIES	e	de	outros	
movimentos	externos	e	não	como	um	motor	interno	de	desenvolvimento	integrado	
e	de	crescimento	da	instituição.	
As	grandes	diferenças	entre	as	Unidades	Orgânicas	ao	nível	da	sua	dimensão,	bem	
como	a	sua	dispersão	física	e	a	existência	de	um	campus	têm	constituído	um	fator	
de	diferenciação	que	não	é	favorável	à	coesão	e	ao	desenvolvimento.	
O	 sistema	 de	 ligações	 entre	 serviços	 centrais	 e	 unidades	 orgânicas	 está	
fundamentalmente	baseado	nos	presidentes/diretores	e	nos	diretores	de	serviços.		
Este	 modelo	 de	 forte	 cariz	 hierárquico	 não	 facilita	 a	 articulação	 nem	 o	
desenvolvimento	harmonioso	e	inclusivo	do	IPL	como	um	todo.	
Tem	revelado	também	a	quase	irrelevância	e	ineficiência	do	Conselho	Permanente,	
desperdiçando	 assim	 um	 conhecimento	 alargado	 e	 multifacetado	 da	 instituição	
reunido	num	órgão	que,	pelo	contrário,	deveria	ser	nuclear	na	definição	das	várias	
políticas	e	iniciativas	catalisadoras	de	uma	desejada	dinâmica	identitária	do	IPL.	
	
3. Inexistência	de	estruturas	de	gestão	central	para	áreas	fundamentais	
	
A	fraca	articulação	entre	cada	unidade	orgânica	e	os	serviços	centrais	do	IPL	é	outro	
dos	 problemas	 identificados.	 Reformular	 o	 modelo	 de	 gestão	 dos	 serviços,	
repensando,	alterando	e	melhorando	metodologias,	procedimentos	e	práticas	num	
entendimento	conjunto	é	uma	estratégia	e	uma	medida	a	implementar.	
Os	 serviços	 centrais,	 principalmente	 focados	 em	 aspetos	 administrativos,	
funcionam	numa	lógica	compartimentada.	As	soluções	encontradas	por	alguns	não	
são	 colocadas	 ao	 serviço	 dos	 outros,	 não	 existindo	 uma	 cultura	 de	 construção	
partilhada	de	soluções	para	os	problemas.	Por	exemplo,	a	gestão	centralizada	de	
compras	 e	 de	 obras	 tem	 criado	 muitas	 dificuldades	 às	 unidades	 orgânicas.	 A	
compatibilização	dos	períodos	em	que	ocorrem	os	pedidos,	associada	à	gestão	de	
procedimentos	 mais	 amplos	 e	 abrangentes,	 não	 tem	 conseguido	 dar	 resposta	 às	
necessidades	particulares	e	pertinentes	de	cada	unidade	orgânica.		
Outro	exemplo,	é	o	gabinete	para	apoio	a	projetos,	o	GPEI,	recentemente	criado.	
Esta	 estrutura	 precisa	 de	 ser	 consolidada	 e	 desenvolvida	 com	 uma	 estrutura	 de	
recursos	humanos	adequada,	um	plano	de	desenvolvimento	e	uma	real	ligação	às	
várias	unidades	orgânicas.		
Já,	por	outro	lado,	o	projeto	do	repositório	científico	é	uma	iniciativa	muito	bem	
sucedida	a	vários	níveis:	utilidade,	contributos	para	a	imagem	pública	do	instituto	e	
de	 cada	 unidade	 orgânica,	 boa	 gestão	 ao	 nível	 dos	 recursos	 que	 utiliza,	 e	
capacidade	 de	 evolução	 a	 curto	 prazo.	 As	 aprendizagens	 decorrentes	 desta	
iniciativa	 não	 estão	 identificadas	 nem	 colocadas	 ao	 serviço	 de	 outras	 iniciativas,	
sejam	elas	de	natureza	de	criação	e	gestão	de	serviços	ou	de	realização	de	projetos.
ORGANIZAÇÃO E GESTÃO INSTITUCIONAL
JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 25
	
4. Ausência	de	um	plano	estratégico	de	comunicação	interna	e	externa	
	
Ao	 nível	 interno,	 existe	 uma	 grande	 falta	 de	 conhecimento,	 por	 parte	 da	
comunidade	académica	do	IPL,	dos	projetos	verdadeiramente	institucionais	ao	nível	
do	 Instituto	 e	 de	 cada	 unidade	 orgânica.	 As	 diversas	 plataformas	 informáticas	
utilizadas	não	estão	todas	ligadas	e	há	falhas	de	comunicação.	Ainda	se	privilegia	o	
recurso	 ao	 papel,	 mesmo	 quando	 a	 mensagem	 é	 enviada	 simultaneamente	 por	
email.		
Quanto	à	dimensão	externa,	não	existe	uma	estratégia	de	comunicação,	nem	de	
relação	 com	 a	 comunidade.	 Esta	 ausência	 tem	 impossibilitado	 a	 colocação	 no	
terreno	qualquer	campanha	de	afirmação	clara	do	IPL	como	instituição	única	em	
muitos	aspetos	fundamentais	da	sua	oferta	e	dos	seus	recursos,	assim	como	das	
suas	Unidades	Orgânicas.	
	
5. Ausência	de	visão	global	das	necessidades	dos	funcionários	docentes	e	não	
docentes	 e	 de	 uma	 estratégia	 para	 o	 seu	 desenvolvimento	 profissional	 e	
pessoal	
	
No	IPL	subsiste	uma	percepção	de	que	cada	unidade	orgânica	está	um	pouco	por	
sua	conta	no	que	se	refere	à	sua	capacidade	para	gerir	os	seus	recursos	humanos.	
Neste	contexto,	tem	havido	unidades	orgânicas	que	têm	conseguido	qualificar	os	
seus	 corpos	 de	 funcionários	 e	 criar	 condições	 para	 a	 sua	 promoção,	 enquanto	
outras	unidades	orgânicas	se	debatem	com	enormes	dificuldades	nesta	matéria.		
No	 que	 diz	 respeito	 ao	 corpo	 de	 docentes,	 o	 PROTEC	 permitiu	 a	 qualificação	 de	
muitos	docentes,	mas	esta	facilidade	não	foi	continuada	por	outra	qualquer	medida	
de	 apoio,	 deixando	 muitos	 dos	 nossos	 docentes	 desapoiados	 e	 com	 sérios	
problemas	para	terminar	os	seus	doutoramentos.	A	par	desta	situação,	não	existe	
um	plano	de	desenvolvimento	profissional	e	pessoal	dos	docentes	que	contemple	o	
apoio	centralizado	a	esse	desenvolvimento	como,	por	exemplo,	o	recurso	a	licenças	
sabáticas	ou	outras	medidas	de	promoção	e	incentivo	à	investigação.		
Na	 componente	 de	 investigação,	 algumas	 unidades	 orgânicas	 têm	 conseguido	
apoiar	a	participação	dos	docentes	em	congressos	científicos,	enquanto	outras	não	
encontram	 soluções	 para	 garantir	 esse	 suporte	 a	 esse	 tipo	 de	 envolvimento	
académico.	 Aqui,	 também,	 a	 disparidade	 de	 atuações	 não	 constitui	 um	 fator	 de	
unidade	nem	de	identidade.		
No	que	respeita	ao	corpo	de	funcionários	não	docentes	os	problemas	são	análogos.	
Existe	uma	falta	de	visão	conjunta	das	necessidades	reais	dos	funcionários	e	uma	
ausência	de	estratégias	que	favoreçam	o	desenvolvimento	das	suas	competências	e	
valorização	profissional.	Embora	sejam	realizadas	algumas	formações	de	natureza	
administrativa,	 não	 há	 um	 plano	 que	 favoreça	 a	 formação	 académica	 destes	
profissionais	nem	a	sua	qualificação.
ORGANIZAÇÃO E GESTÃO INSTITUCIONAL
JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 26
	
Oportunidades	e	Potencialidades	
	
1. Mudança	de	presidência	
	
Uma	 mudança	 de	 presidência	 de	 uma	 instituição	 é	 uma	 oportunidade	 da	 maior	
relevância	para	uma	renovação	efetiva	na	orientação	de	uma	gestão	institucional	
no	sentido	do	seu	progresso	e	refrescamento	identitário.	A	presente	candidatura,	
que	tem	na	sua	génese	um	movimento	coletivo	em	que	participam	presidentes	e	
diretores	 de	 unidades	 orgânicas,	 tem-se	 revelado	 uma	 possibilidade	 única	 de	
reflexão	sobre	a	experiência	dos	últimos	anos	e	de	conceptualização	das	soluções	
encontradas.	 Não	 tenhamos	 dúvidas,	 esta	 candidatura	 corporiza	 uma	 realidade	
nova	dentro	da	instituição.	Através	do	impacto	do	trabalho	de	preparação	e	debate	
realizado,	este	movimento	marcou	já	de	forma	iniludível	o	presente	e	o	futuro	do	
IPL.	
Identidade	e	unidade	deverão	constituir	os	eixos	primordiais	orientadores	da	futura	
gestão	 do	 IPL.	 A	 construção	 de	 uma	 cultura	 de	 gestão	 participativa	 que	 envolva	
toda	 a	 comunidade	 académica,	 aos	 diferentes	 níveis,	 são	 um	 contributo	 decisivo	
para	o	desenvolvimento	de	uma	instituição	forte	de	ensino	superior	de	excelência.	
As	mudanças	a	operar	ao	nível	da	gestão	dependem	sobretudo	da	vontade	e	da	
criatividade.	Toda	a	experiência	coletiva	é	uma	mais-valia,	porém	não	pode	ser	vista	
como	estática	e	intocável.	
	
2. Boas	práticas	instaladas	e	reflexão	sobre	as	mesmas	
	
Algumas	 das	 experiências	 de	 funcionamento	 de	 vários	 serviços,	 com	 modelos	 de	
gestão	distintos,	permite	explicitar	os	diferentes	conceitos	já	identificados	no	atual	
modelo	de	gestão	interna.	Por	um	lado	a	gestão	partilhada	(Repositório	Científico,	
o	 Gabinete	 de	 Relações	 Internacionais	 e	 Mobilidade	 Académica	 -	 GRIMA),	 surge	
com	um	modelo	funcionamento	considerado	de	muito	bom	e	elogiado	por	todos.	
Por	outro,	a	gestão	centralizada	(Recursos	Humanos,	Financeiros,	Compras,	Obras)	
é	avaliada	deficitariamente	por	todas	as	Unidades	Orgânicas,	muitas	das	vezes	não	
porque	funcionem	mal,	mas	porque	não	há	partilha	de	informação	na	tomada	de	
muitas	 decisões.	 A	 avaliação	 dessas	 experiências,	 como	 explicitação	 concreta	
desses	 conceitos,	 permite	 definir	 novos	 conceitos	 e	 dar	 resposta	 a	 algumas	
necessidades	já	identificadas.		
Há	 ideias	 que	 podem	 ser	 conceptualizadas,	 mas	 a	 melhoria	 dos	 serviços,	 a	
optimização	de	recursos	e	o	próprio	desenvolvimento	institucional	constituem	uma	
oportunidade	para	construir	e	implementar	novos	serviços	e	funcionalidades,	bem	
como	melhorar	ou	recriar	os	já	existentes,	tanto	ao	nível	da	gestão	central	como	da	
gestão	de	cada	unidade	orgânica.	
A	 implementação	 de	 um	 Sistema	 Interno	 de	 Garantia	 da	 Qualidade	 (SIGQ),	
acreditado	pela	A3ES,	constituiu	uma	prática	de	unificação	entre	todas	as	unidades	
orgânicas.	Tem	sido	amplamente	reconhecido	por	todos	os	que	participaram	neste	
processo	 que	 esta	 ação	 representa	 um	 exemplo	 de	 conhecimento	 mútuo	 das	
realidades	das	várias	unidades	orgânicas	e	de	aprendizagem	através	de	uma	prática	
de	trabalho	comum.
ORGANIZAÇÃO E GESTÃO INSTITUCIONAL
JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 27
	
No	entanto,	a	simplificação	dos	procedimentos,	o	seu	aperfeiçoamento,	adequação	
e	 desenvolvimento,	 a	 par	 da	 procura	 da	 fiabilidade	 dos	 indicadores	 do	 SIGQ	
estabelece	uma	oportunidade	de	consolidação	do	próprio	IPL.	Além	disso,	há	que	
pensar	e	discutir	a	contribuição	de	um	SIGQ	para	a	melhoria	efetiva	da	qualidade	
da	ação	institucional.	É	através	da	reformulação,	simplificação	e	eficácia	do	SIGQ	
que	 se	 poderão	 encontrar	 as	 soluções	 que	 melhor	 contribuirão	 para	 o	
desenvolvimento	do	próprio	modelo	de	gestão	interna.	
Nos	dois	últimos	anos,	associado	ao	desenvolvimento	do	GRIMA,	consolidou-se	a	
oferta	de	formação	em	Língua	Portuguesa	para	todos	os	estudantes	Erasmus.	Esta	
experiência	 é	 um	 indicador	 do	 potencial	 de	 oferta	 de	 cursos	 de	 línguas	 tanto	
internos	 como	 para	 públicos	 externos.	 A	 criação	 de	 um	 Centro	 de	 Línguas,	
aproveitando	 a	 experiência	 e	 os	 recursos	 disponíveis,	 permitirá	 oferecer	 serviços	
diversos	 à	 comunidade	 (cursos,	 traduções).	 Um	 centro	 desta	 natureza	 pode	 ser,	
ainda,	uma	oportunidade	de	relação	com	a	comunidade	e,	simultaneamente,	uma	
potencial	fonte	de	receitas.	
A	concretização	do	repositório	científico	do	IPL	constitui	uma	boa	prática	de	gestão	
concertada.	O	seu	desenvolvimento	tem	mostrado	o	valor	de	uma	equipa	coesa	e	
comprometida	 com	 a	 instituição	 ao	 nível	 das	 várias	 unidades	 orgânicas.	 A	
valorização	 interna	 do	 trabalho	 desta	 equipa	 e	 o	 seu	 reconhecimento	 pela	
comunidade	contribuem	para	uma	melhor	compreensão	dos	processos	de	trabalho	
em	 equipa	 e	 de	 consolidação	 de	 serviços.	 Neste	 caso,	 podemos	 verificar	 uma	
evidência	 da	 realidade	 da	 investigação	 e	 desenvolvimento	 do	 IPL	 a	 partir	 do	 seu	
repositório.	
As	boas	práticas	de	consolidação,	qualificação	e	compromisso	dos	funcionários	não	
docentes	 podem	 ser	 valorizadas,	 conhecidas	 e	 apropriadas	 por	 outras	 unidades	
orgânicas.		
	
3. Dimensão,	áreas	do	conhecimento	e	valências	do	IPL	
	
A	 dimensão	 do	 IPL,	 ao	 nível	 dos	 recursos	 humanos,	 da	 diversidade	 de	
conhecimentos	 e	 da	 experiência	 acumulada,	 permite	 encarar	 a	 possibilidade	 de	
desenvolver	 os	 serviços	 centrais	 muito	 para	 além	 da	 gestão	 meramente	
administrativa.		
A	monitorização	e	acompanhamento	de	projetos	já	existentes,	bem	como	as	mais-
valias	 que	 deles	 decorrem,	 podem	 ser	 potenciados	 para	 as	 outras	 unidades	
orgânicas,	 consolidando	 desse	 modo	 o	 perfil	 do	 IPL	 enquanto	 instituição	 una	 e	
dinâmica.		
O	IPL	agrega,	nas	suas	Unidades	Orgânicas,	um	conjunto	de	saberes	que	permitem	
a	 prestação	 de	 serviços	 diversos	 à	 comunidade.	 Muitos	 dos	 serviços	 que	 o	 IPL	
adquire	a	entidades	exteriores	podem	passar	a	ser	realizados	internamente.	É	vital	
explorar	estas	potencialidades	reais	internas	que	podem	ser	colocadas	ao	serviço	
do	desenvolvimento	da	própria	instituição.	
Apresenta-se	de	seguida	os	objectivos	para	uma	melhor	e	mais	efetiva	organização	
e	gestão	Institucional	do	IPL	e	as	respectivas	ações.
ORGANIZAÇÃO E GESTÃO INSTITUCIONAL
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Estratégias	Quadro	Síntese	
Objectivos	 Ações	
a.	 Promover	 uma	 cultura	
de	identidade	e	unidade	
no	IPL	
1.	 Elaborar	 um	 “Livro	 branco	 sobre	 a	 comunidade	
IPL”	 inventariando	 as	 estratégias	 e	 ações	
realizadas	nos	últimos	5	anos	a	nível	central	e	nas	
Unidades	Orgânicas	que	tenham	contribuído	para	
o	reforço	da	coesão	interna	
2.	 Realizar	iniciativas	no	IPL,	de	natureza	cultural	e	
científica,	 que	 promovam	 um	 conhecimento	
interno	 e	 constituam	 também	 oportunidades	 de	
divulgação	para	o	exterior	
b.	 Promover	 a	
transformação	 do	 IPL	
numa	 instituição	 de	
ensino	 superior	 de	
natureza	universitária	
1.	 Criar	um	grupo	de	missão,	com	uma	coordenação	
de	pró-presidência,	responsável	por	caracterizar	a	
composição	do	corpo	docente	no	que	concerne	ao	
nº	de	doutorados,	integração	em	projetos/centros	
de	investigação,	publicações,	etc,	e	as	perspetivas	
da	 sua	 evolução	 a	 médio	 prazo,	 bem	 como	 de	
propor	medidas	de	apoio	e	incentivo	
2.	 Iniciar	 uma	 campanha	 pública	 para	 mobilização	
das	 sinergias	 necessárias	 à	 concretização	 deste	
objetivo	
c.	 Promover	 a	 inclusão	 no	
IPL	de	outras	instituições	
públicas	 de	 ensino	
superior	 “não	
integradas”	da	região	de	
Lisboa	
1.	 Criar	um	grupo	de	missão,	com	uma	coordenação	
de	pró-presidência,	responsável	por	identificar	as	
instituições	 passíveis	 de	 integração	 e	 estudar	 e	
preparar	as	implicações	desta	integração	
2.	 Realizar	 com	 as	 instituições	 em	 causa	 as	
conversações	necessárias	à	sua	integração	no	IPL	
e	desenvolver	um	plano	de	acolhimento	
d.	 Implementar	 um	 plano		
de	gestão	da	informação	
e	respectivos	recursos	
1.	 Avaliar	 os	 sistemas	 de	 gestão	 da	 informação	 já	
existentes,	 e	 desenvolver/criar	 novas	
funcionalidades	 para	 as	 lacunas	 que	 se	 vier	 a	
encontrar.	
2.	 Implementar	 um	 sistema	 de	 gestão	 documental	
digital	que	permita	terminar	com	o	recurso	ao	uso	
do	papel	
3.	 Promover	 as	 ações	 adequadas	 para	 promover	 e	
melhorar	a	imagem	pública	do	Instituto
ORGANIZAÇÃO E GESTÃO INSTITUCIONAL
JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 29
e.	 Melhorar	 os	
mecanismos	 de	 controle	
interno	 do	 orçamento	 e	
realizar	 o	 planeamento	
financeiro	a	longo	prazo	
	
1.	 Reforçar	o	papel	do	Conselho	Permanente	como	
nuclear	 na	 partilha	 da	 definição	 e	 validação	 das	
opções	 estratégicas	 do	 IPL	 e	 das	 suas	 Unidades	
Orgânicas	
Promover	 reuniões	 com	 os	 diretores	 de	 serviço	
das	 Unidades	 Orgânicas	 para	 que	 todos	
acompanhem	 e	 avaliem	 a	 implementação	 das	
opções	estratégicas	tomadas	
f.	 Mudar	 a	 cultura	 de	
gestão	 do	 IPL	
aproximando	 a	
Presidência	 e	 serviços	
centrais	 das	 Unidades	
Orgânicas,	 envolvendo	
todos	 na	 tomada	 de	
decisão,	 aos	 diversos	
níveis	 e	 fomentando	 a	
interação	 entre	 as	
Unidades	Orgânicas	
1.	 Alterar	 o	 estatuto	 meramente	 consultivo	 do	
Conselho	Permanente	
2.	 Fazer	evoluir	os	serviços	centrais	para	um	modelo	
organizativo	 que	 reforce	 as	 iniciativas	 de	
responsabilidade	centralizada	e	transversal	ao	IPL	
com	 projetos	 próprios	 e	 de	 intervenção,	 com	
visibilidade	 na	 comunidade	 tanto	 interna	 como	
externa	
3.	 Promover	 e	 apoiar	 ações	 de	 cooperação/	
parcerias,	 projetos/	 gestão	 de	 recursos/	
mobilidade	dentro	do	IPL	
4.	 Fomentar	 a	 interação	 entre	 as	 Unidades	
Orgânicas	na	partilha	de	boas	práticas	
g.	 Reforçar	 e	 melhorar	
unidades	 de	 gestão	
(Conselhos,	 Divisões,	
Gabinetes,	 Serviços…),	
aperfeiçoar	 e	 tornar	
eficazes	a	sua	articulação	
e	relacionamento	
1.	 Promover	 a	 avaliação	 de	 recursos	 e	 processos,	
bem	como	das	condições	organizativas,	de	modo	
a	criar	uma	reflexão	conjunta	sobre	os	problemas	
e	soluções.	
No	fundo,	apostar	numa	articulação	muito	forte	e	
solidária	 entre	 os	 serviços	 centrais	 e	 as	 várias	
unidades	orgânicas	
2.	 Reforçar	 o	 trabalho	 de	 gabinetes	 criados	 e	 cujo	
desempenho	se	tem	mostrado	profícuo	
3.	 Ativar	uma	estrutura	de	administração	alargada	e	
participada	 que	 integre	 os	 diretores	 de	 serviços	
dos	 serviços	 centrais	 e	 das	 unidades	 orgânicas,	
numa	lógica	de	desenvolvimento	da	instituição	
h	 Implementar	 um	 plano	
de	 gestão	 e	 de	
qualificação	dos	recursos	
humanos,	 docentes	 e	
não	docentes	
1.	 Criar	um	Centro	de	Formação	e	Dinamização	que	
promova	 ações	 internas	 de	 formação	 e	
desenvolvimento	 profissional	 dos	 recursos	
humanos	do	IPL	e	que	possa,	igualmente,	oferecer	
e	prestar	serviços	à	comunidade
ORGANIZAÇÃO E GESTÃO INSTITUCIONAL
JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 30
2.	 Envolver	 a	 comunidade	 de	 funcionários	 não	
docentes	na	elaboração	de	um	plano	plurianual	de	
formação,	valorizando	os	recursos	internos	para	a	
realização	destas	ações	
3.	 Gerir	 de	 forma	 articulada	 os	 recursos	 humanos	
não	 docentes	 dos	 serviços	 centrais	 e	 de	 cada	
unidade	 orgânica,	 favorecendo	 a	 mobilidade	 de	
curta	 duração	 entre	 UNIDADES	 ORGÂNICAS	 e	
serviços	 centrais	 no	 sentido	 de	 promover	 o	
conhecimento	mútuo	e	a	partilha	de	experiências	
e	 até	 na	 resolução	 de	 ausências	 temporárias	 de	
funcionários	 em	 sectores	 mais	 carenciados	 da	
Unidades	Orgânicas	
4.	 Atribuir	 incentivos	 para	 a	 realização	 de	 pós-
graduações	 e	 mestrados	 pelos	 funcionários	 não	
docentes	 orientados	 para	 a	 qualificação	 em	
gestão	e	liderança	intermédia	
5.	 Promover	 medidas	 e	 ações	 que	 valorizem	 o	
trabalho	 em	 equipa,	 tanto	 interno	 como	 em	
ligação	com	a	comunidade	e	os	parceiros	sociais,	
numa	real	e	viva	articulação	interna	e	externa	que	
dê	visibilidade	ao	IPL	
i.	 Implementar	 um	 plano	
de	 manutenção	 e	
reconversão	 do	
património	 edificado	 do	
IPL	 e	 de	 construção	 de	
novos	edifícios	
1.	 Criar	 um	 grupo	 de	 missão,	 formado	 por	
especialistas	 do	 IPL	 na	 área	 da	 edificação	 e	 do	
património,	 com	 a	 tarefa	 de	 promover	 as	 ações	
necessárias	à	elaboração	e	execução	de	um	plano	
de	 manutenção	 e	 reconversão	 do	 património	
edificado	e	de	construção	de	novos	edifícios	
j.	 Promover	a	melhoria	da	
eficiência	dos	apoios	aos	
estudantes	
1.	 Reforçar	a	disponibilidade	do	parque	residencial	
2.	 Promover	 a	 qualidade	 das	 instalações	 atribuídas	
às	organizações	associativas	estudantis	
3.	 Criar	e	promover	um	programa	de	integração	dos	
novos	 estudantes	 do	 IPL,	 nomeadamente	 na	
comunidade	académica	e	na	cidade	de	Lisboa	
4.	 Criar	 e	 reforçar	 infra-estruturas	 de	 apoio	 aos	
estudantes	em	colaboração	com	o	SAS	
k.	 Apoiar	 o	 movimento	
académico	 estudantil,	
nomeadamente	 através	
da	FAIPL,	promovendo	a	
1.	 Acompanhar	com	maior	proximidade	as	iniciativas	
do	 movimento	 estudantil,	 incentivando	 e	
apoiando	a	organização	de	eventos	de	promoção	
da	reflexão	e	debate	sobre	os	mais	diversos	temas
ORGANIZAÇÃO E GESTÃO INSTITUCIONAL
JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 31
cultura	para	uma	melhor	
cidadania	
	
e	 problemáticas,	 em	 particular	 aqueles	 que	
afetam	a	vida	e	o	futuro	dos	estudantes	
l.	 Promover	 a	 atividade	
cultural	 e	 desportiva	 no	
IPL	
	
1.	
	
	
		2.	
	
Apoiar	a	Casa	de	Cultura	e	Recreio	do	Pessoal	do	
IPL,	 incentivando	 as	 suas	 iniciativas,	 até	 como	
forma	de	a	tornar	mais	conhecida	e	aumentar	o	nº	
de	sócios	e	de	beneficiários	das	suas	atividades	
	
Reforçar	 e	 potenciar	 a	 oferta	 cultural	 interna	 ao	
IPL	 e	 disponibilizá-la	 a	 todos,	 incentivando,	 em	
particular,	a	participação	dos	estudantes	de	todas	
as	Unidades	Orgânicas	
3.	 Promover	 iniciativas	 de	 natureza	 lúdica	 e	
formações	 alternativas,	 ativas	 e	 práticas,	 que	
envolvam	 as	 Unidades	 Orgânicas,	 e	 ainda	
funcionários	docentes,	não	docentes	e	estudantes	
4.	 Estabelecer	 protocolos	 para	 facilitar	 o	 acesso	 à	
cultura	aos	funcionários	e	estudantes,	bem	como	
para	proporcionar	condições	que	contribuam	para	
a	melhoria	da	sua	qualidade	de	vida	
5.	 Criar	um	circuito	de	manutenção	física	no	Campus	
de	Benfica	e	noutras	Unidades	Orgânicas,	sempre	
que	tal	seja	possível,	aberto	a	todos	
6.	 Adquirir	 e	 disponibilizar	 aparelhos	 desportivos	
exteriores	 no	 Campus	 de	 Benfica	 e	 noutras	
Unidades	Orgânicas	,	sempre	que	tal	seja	possível	
m.	 Consolidar	a	acreditação	
do	 Sistema	 Interno	 de	
Garantia	 da	 Qualidade	
do	IPL	
1.	 Manter	 a	 estrutura	 central,	 mas	 partilhada,	 de	
Gestão	da	Qualidade	
2.	 Promover	 a	 melhoria	 dos	 recursos	 disponíveis	
para	a	aperfeiçoar	o	SIGQ	
n.	 Constituir	um	“Conselho	
de	 Eméritos”	 como	 um	
dos	pilares	essenciais	do	
universo	 de	 cultura	 e	
saber	do	IPL	
1.	 Promover	 as	 medidas	 necessárias	 à	 constituição	
do	 “Conselho	 de	 Eméritos”	 por	 docentes	 e	 não	
docentes	jubilados	do	IPL	
2.	 Contemplar	 e	 promover	 o	 envolvimento	 deste	
Conselho	 nas	 diversas	 iniciativas	 de	 natureza	
cultural	e	científica	do	Instituto
ORGANIZAÇÃO E GESTÃO INSTITUCIONAL
JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 32
o.	 Promover	 eventos	
académicos	 no	 IPL	 que	
reforcem	 a	 cultura	 e	 a	
unidade	 identitária	 do	
instituto	
1.	 Promover	 as	 condições	 necessárias	 para	 a	
realização	de	eventos,	tais	como,	a	Sessão	Solene	
de	 Abertura	 do	 ano	 académico,	 a	 Comemoração	
do	 Dia	 do	 IPL,	 ou	 a	 Cerimónia	 de	 entrega	 de	
Diplomas	 e	 Prémios,	 entre	 outras,	 garantindo	 a	
participação	alargada	de	discentes	e	docentes	
p.	 Orientar	 a	 Associação	
Politec&ID	 como	
plataforma	 privilegiada	
no	apoio	à	concretização	
da	 missão	 do	 IPL	 e	 de	
todas	 as	 suas	 Unidades	
Orgânicas	
1.	 Promover	e	publicitar	a	Politec&ID	no	universo	do	
IPL,	sensibilizando	os	docentes	a	direcionar,	para	
esta	 associação	 projetos	 de	 investigação	 em	
parceria	com	organizações	
Quadro	3	-	Organização	e	Gestão	Institucional:	Objectivos	e	ações
2.º EIXO PROGRAMÁTICO
QUALIDADE
DE
ENSINO
JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 34
	
2.º	Eixo	Programático	
Qualidade	de	Ensino	
	
Introdução	
	
A	grave	crise	económica	e	financeira	dos	últimos	anos	teve	graves	repercussões	no	
sistema	de	ensino	superior,	particularmente	no	subsistema	politécnico.	A	redução	
das	verbas	do	OE	para	as	instituições	de	ensino	superior	fez-se	sentir	de	uma	forma	
dramática.		
No	contexto	da	feroz	concorrência	entre	as	diferentes	ofertas	no	ensino	superior,	a	
nível	nacional	e	internacional,	é	imperioso	assumir	como	principal	prioridade	do	IPL	
a	da	sua	afirmação	e	posicionamento	como	uma	instituição	de	referência	em	áreas	
tão	 distintas,	 mas	 fundamentais,	 como	 as	 artes,	 as	 engenharias,	 a	 gestão	 e	
contabilidade,	a	saúde,	a	comunicação	e	educação,	prevendo	ainda	a	possibilidade	
do	seu	alargamento	a	outras	áreas	do	conhecimento.	
Deste	 propósito	 de	 afirmação	 do	 IPL	 resulta	 ainda,	 para	 além	 da	 aposta	 nas	
formações	de	licenciatura,	de	pós-graduação	e	de	mestrado,	a	criação	de	condições	
com	 vista	 à	 possibilidade	 das	 Unidades	 Orgânicas	 do	 IPL,	 autonomamente,	
atribuírem	o	grau	de	doutor.	
	
	
Problemas	
	
1. A	 inexistência	 de	 uma	 estratégia	 integrada	 de	 captação	 de	 estudantes,	
docentes	e	parceiros	para	o	IPL	
	
Não	 tem	 existido,	 no	 IPL,	 uma	 estratégia	 de	 comunicação	 global,	 que	 contribua	
para	 a	 visibilidade	 e	 valorização	 da	 qualidade	 de	 ensino,	 da	 excelência	 das	
formações	ministradas	e	da	qualidade	do	seu	corpo	docente.	
Simultaneamente,	essa	ausência	de	estratégia	estende-se	à	completa	omissão	de	
qualquer	iniciativa	de	prospecção	de	futuros	estudantes	junto	das	instituições	de	
ensino	secundário.	O	IPL	tem	visto	o	seu	desenvolvimento	penalizado	pela	falta	de	
dinamismo	na	divulgação	da	oferta	formativa,	e	na	ausência	da	monitorização	das	
expectativas,	 em	 constante	 mudança,	 de	 potenciais	 estudantes	 e	 de	 potencial	
mercado	de	trabalho.	
Veiculada	 por	 alguns	 sectores	 de	 opinião,	 a	 ideia	 persistente	 de	 desvalorização	
social	 do	 ensino	 politécnico	 tem	 vindo	 a	 afetar	 a	 imagem	 deste	 subsistema,	 não	
tendo	 havido	 uma	 estratégia	 para	 contrariar	 esta	 percepção,	 e	 sente-se
QUALIDADE DE ENSINO
JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 35
progressivamente	os	efeitos	nefastos	de	uma	subalternização	das	suas	propostas	
de	formação.	
No	que	concerne	à	oferta	curricular,	constata-se	alguma	rigidez	na	composição	das	
ofertas	formativas,	nomeadamente,	na	dificuldade	de	articulação	entre	planos	de	
estudos	associada	à	diversidade	de	recursos	e	experiência	das	Unidades	Orgânicas.	
Também	a	internacionalização	não	tem	sido	objecto	de	tratamento	estratégico	por	
parte	do	IPL	e	das	Unidades	Orgânicas.	Entre	os	problemas	identificados,	destacam-
se	a	não	divulgação	do	IPL,	das		Unidades	Orgânicas	e	dos	seus	curricula,	para	além	
da	 inexistência	 de	 uma	 política	 de	 oferta	 de	 Unidades	 Curriculares	 em	 língua	
veicular	inglesa.	
	
2. O	desconhecimento	sobre	a	suas	Unidades	Orgânicas	
	
Não	 tem	 sido	 valorizada	 a	 diversidade	 e	 os	 recursos	 efetivamente	 existentes	 na	
comunidade	académica	do	IPL,	o	que	tem	resultado	no	desperdício	de	contributos	
que,	decerto,	poderiam	notabilizar	a	imagem	do	IPL.		
A	partilha	de	ideias,	experiências	e	soluções	entre	as	Unidades	Orgânicas	é	ainda	
deficitária,	o	que	resulta	no	desconhecimento	dos	seus	modelos	educativos	e	na	
deficiente	partilha	de	recursos.	
O	 balanço	 global	 do	 percurso	 profissional	 e	 da	 efetiva	 empregabilidade	 dos	
estudantes	formados	pelas	Unidades	Orgânicas	é	ainda	incompleto.	
	
3. Ausência	de	uma	estratégia	integradora	de	formação	
	
Apesar	 das	 condições	 contratuais	 dos	 docentes	 a	 tempo	 parcial	 não	 serem	
particularmente	 compensadoras,	 estes	 colegas	 têm	 um	 papel	 fundamental	 no	
ensino	 de	 muitas	 Unidades	 Curriculares,	 nomeadamente	 as	 de	 cariz	 prático.	
Todavia,	 a	 sua	 presença	 não	 tem	 sido	 valorizada	 no	 plano	 curricular,	 não	 se	
aproveitando	a	sua	“mais-valia”,	rica	em	experiência	e	formação	científica,	técnica,	
cultural	ou	artística,	para	a	dinamização	da	vida	académica,	acabando	os	próprios	
por	 ser	 remetidos	 à	 condição	 de	 colaboradores	 eventuais	 para	 um	 mero	
preenchimento	de	horário.		
O	IPL	ainda	não	desencadeou	uma	política	genuína	de	formação	para	os	3ºs	Ciclos,	
nem	 tão	 pouco	 promoveu	 o	 seu	 apoio	 e	 enquadramento	 interno,	 a	 despeito	 da	
exigência	de	qualificação	para	o	percurso	académico	e	responsabilidades	atribuídas	
aos	seus	docentes.	
A	actividade	dos	centros	de	investigação	como	suportes	de	realização	curricular	e	
de	desenvolvimento	do	percurso	académico	é	ainda	diminuta,	verificando-se	ainda	
o	 subaproveitamento	 de	 programas	 e	 potenciais	 protocolos	 de	 parceria	 em	
formação	avançada.		
	
4. Insuficiência	de	modalidades	de	formação	
	
A	realidade	das	modalidades	de	formação	implica	uma	interpenetração	entre	a	vida	
ativa	e	as	propostas	de	formação,	conciliando	a	dimensão	presencial	com	recursos	
de	 mediação;	 não	 há	 uma	 plataforma	 de	 e-learning	 no	 IPL,	 nem	 uma	 aposta	
consolidada	na	construção	de	recursos	centralizados.
QUALIDADE DE ENSINO
JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 36
Para	além	da	participação	nos	programas	Erasmus,	é	ainda	reduzida	a	mobilidade	
dos	estudantes	e	docentes,	não	sendo	acionados	de	forma	eficiente	e	simétrica	os	
protocolos	entre	estudantes	e	docentes	com	instituições	em	protocolo	com	o	IPL.	
					
	
Oportunidades	e	Potencialidades	
	
1. O	contexto	de	implementação	do	IPL	
	
A	apetência	por	novas	áreas	de	formação	com	maior	diversidade	curricular	poderá	
suscitar	 uma	 maior	 ligação	 entre	 as	 Unidades	 Orgânicas	 do	 IPL	 bem	 como	 o	
estabelecimento	de	protocolos	com	outras	entidades	–	outros	estabelecimentos	de	
Ensino,	 públicos	 e	 privados,	 Centros	 de	 Investigação	 Científica	 (Laboratórios	 e	
Institutos	do	Estado).	
A	densidade	de	concentração	de	estabelecimentos	de	ensino	secundário	na	área	
metropolitana	 de	 Lisboa	 permite,	 também,	 um	 impacto	 considerável	 junto	 da	
população	jovem	para	uma	sensibilização	à	oferta	formativa	do	IPL.		
O	 alargamento	 e	 diversificação	 da	 oferta	 formativa	 poderá	 ainda	 decorrer	 da	
integração	de	outras	escolas	e	institutos	de	formação	superior.	
	
2. Os	recursos	materiais	e	humanos	do	IPL	
	
Existe	 no	 IPL	 um	 corpo	 docente	 diversificado	 que	 importa	 valorizar.	 Desta	
diversidade	 de	 individualidades	 há	 muitas	 que	 se	 destacam	 a	 nível	 nacional	 e	
internacional,	 e	 que,	 frequentemente	 estão	 integradas	 em	 redes	 académicas	 de	
investigação	relevantes.		
O	IPL	dispõe	de	um	significativo	acervo	documental	e	um	conjunto	de	contratos	e	
de	 suportes	 de	 acesso	 a	 bases	 de	 dados	 e	 outros	 recursos,	 que	 valorizam	 e	
optimizam	a	sua	partilha.	
A	 experiência	 de	 um	 número	 relevante	 dos	 seus	 docentes	 no	 plano	 do	
empreendedorismo	é	bem	reconhecida,	sendo	por	isso	uma	clara	mais-valia	o	seu	
contributo	nos	diferentes	projetos	pedagógicos	das	Unidades	Orgânicas	do	IPL.	
	
3. A	especificidade	do	perfil	de	oferta	formativa	do	IPL	
	
A	diversidade	de	recursos	do	IPL	é	plenamente	potenciada	numa	oferta	formativa	
associada	 ao	 tecido	 económico	 produtivo,	 à	 atividade	 científica	 e	 à	 atividade	 e	
criação	artísticas.	
Esta	 latitude	 de	 oferta	 formativa,	 ao	 abranger	 formações	 tão	 distintas	 quanto	 a	
engenharia	ou	a	saúde,	a	gestão	ou	as	artes,	a	educação	ou	a	comunicação,	e	que	
se	distinguem	claramente	pelo	modo	como	no	seu	ensino	se	conjuga	a	componente	
conceptual	 e	 teórica	 com	 saberes	 pragmáticos	 e	 mais	 operativos,	 apoiados	 na	
tecnologia	e	nas	experiências	de	cariz	aplicado,	configura	e	potencia	a	abertura	de
QUALIDADE DE ENSINO
JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 37
novas	formações	além	daquelas	que	são	oferecidas	nos	graus	académicos	clássicos.	
Sabe-se	que	há	um	mercado	ávido	destas	formações,	desde	os	tradicionais	cursos	
de	soft	skills,		summer	schools,	masterclasses	e	a	Formação	ao	Longo	da	Vida,	que	
podem	ser	concebidas	em	parceira	e	à	medida	das	necessidades	dos	públicos	e	das	
organizações		
Além	disso,	o	IPL	encontra-se	em	condições	privilegiadas	para	a	sua	expansão	para	
novas	 áreas	 de	 formação	 associadas	 às	 indústrias	 ligadas	 ao	 Turismo	 e	 lazer,	 à	
Navegação	 Comercial,	 e	 a	 outras	 áreas	 científicas	 relacionadas	 com	 o	 Mar	 e	 os	
Oceanos.	
					
	
Estratégias	
Objectivos	 Ações	
a.	 Valorizar	 a	 oferta	
formativa	
1.	 Implementar	 a	 prospecção	 das	 expectativas	 de	
formação	junto	de	públicos	do	ensino	secundário	
e	superior,	nacionais	e	estrangeiros	
2.	 Definir	uma	estratégia	de	comunicação	global	do	
IPL	que	vise	uma	maior	visibilidade	da	qualidade	
de	 ensino,	 que	 valorize	 a	 sua	 formação	 de	
excelência,	o	seu	cariz	aplicado,	a	qualidade	do	
seu	corpo	docente,	a	um	tempo	de	académicos	e	
de	 profissionais	 de	 relevo	 na	 sua	 área	 de	
especialidade	
3.	
	
Alargar	 as	 propostas	 formativas,	
nomeadamente,	nos	países	da	CPLP,	na	América	
Latina	e	na	Ásia	
b.	 Aproveitar	 as	
competências	 e	
diversidades	 de	 cada	 UO	
para	 a	 criação	 de	 novas	
ofertas	formativas	
1.	 Criar	 uma	 base	 de	 dados	 que	 contemple	 as	
formações/áreas	científicas	de	todos	os	docentes	
e	técnicos	ao	serviço	das	unidades	orgânicas	do	
IPL	
2.	
	
	
3.	
Criar	 um	 programa	 de	 colaboração	 curricular	
complementar	 entre	 diferentes	 Unidades	
Orgânicas	ou	com	parceiros	externos	
	
Propor	 a	 criação	 de	 mestrados	 de	 titulação	
múltipla:	 graus	 de	 mestre	 inter-Unidades	
Orgânicas	 e/ou	 em	 articulação	 com	 outros	
estabelecimentos	de	ensino	superior	nacionais	e	
estrangeiros.
QUALIDADE DE ENSINO
JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 38
c.	 Diversificar	 a	 oferta	
formativa	
1.	 Criar	 um	 Programa	 de	 Formação	 ao	 Longo	 da	
Vida	–	alargando	a	presença	do	IPL	nas	diversas	
etapas	 de	 formação	 profissional,	 cultural	 e	
artística	
2.	 Promover	 iniciativas	 do	 tipo	 summer	 schools,	
diversificando	 os	 períodos	 da	 sua	 oferta	
formativa	
3.	 Implementar	cursos	de	soft	skills,	ou	seja,	cursos	
breves	 de	 capacitação	 de	 competências	
complementares	e	de	interesse	para	os	alunos	e	
públicos	externos	
4.	 Promover	a	realização	de	masterclasses		
5.	 Criar	 cursos	 para	 classes	 séniores,	 podendo	
algumas	 delas	 ser	 leccionadas	 por	 docentes	
jubilados	
6.	 Criar	um	Centro	de	Línguas	
d.	 Apoiar	 a	 formação	 de	 3.º	
Ciclo	
1.	 Criar	 um	 “Colégio	 Doutoral”	 para	 avaliar	 os	
protocolos	de	parceria	nas	formações	de	3º	ciclo;	
e	apoiar	os	percursos	de	docentes	e	estudantes	
que	 concluíram	 o	 2º	 ciclo,	 e	 que	 pretendem	
continuar	 os	 estudos	 em	 programas	 doutorais	
adequados	
2.	 Numa	1.ª	fase:	reforçar	a	presença	do	IPL,	quer	
no	 corpo	 docente,	 quer	 no	 corpo	 discente	 dos	
programas	 doutorais	 leccionados	 em	 parceria	
com	universidades	portuguesas	ou	estrangeiras,	
para	 que	 se	 assumam	 como	 um	 polo	
dinamizador	da	investigação	científica,	técnica	e	
artística	do	IPL	
Numa	2.ª	fase:	criar	doutoramentos	próprios	nas	
áreas	científicas	nucleares	no	IPL	
	
e.	 Internacionalizar	 o	 IPL	 ao	
nível	da	oferta	formativa	e	
captação	de	estudantes	
1.	 Criar	 um	 programa	 captação	 de	 estudantes	 no	
estrangeiro,	 nomeadamente	 na	 CPLP,	 com	
recurso	a	programas	bilaterais	e	protocolos	entre	
o	 IPL	 e	 universidades	 dos	 países	 desta	
comunidade	lusófona	
2.	 Criar	 uma	 “Rede”	 com	 instituições	 de	 ensino
QUALIDADE DE ENSINO
JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 39
superior	de	países	de	Língua	oficial	Portuguesa	
3.	 Dinamizar	 um	 quadro	 de	 ofertas	 curriculares	 e	
de	 formação	 em	 Língua	 veicular	 inglesa	 nas	
diversas	Unidades	Orgânicas	
4.	 Criar	um	Centro	de	Línguas	no	IPL	que	contemple	
a	 formação,	 para	 além	 da	 Língua	 Inglesa,	 de	
línguas	como	o	Mandarim,	o	Bahasa,	o	Árabe,	o	
Alemão	e	o	Espanhol	
f.	 Modernizar	 os	 suportes	
educativos	
1.	 Promover	 a	 concentração	 (física	 ou	 virtual)	 das	
Bibliotecas	e	Centros	de	Recursos	no	Campus	do	
IPL	ou	numa	plataforma	virtual	central	
2.	 Instalar	uma	plataforma	de	e-learning	comum	a	
todo	o	universo	IPL	
3.	 Definir	uma	política	de	aquisição	e	dos	contratos	
de	utilização	de	software	e	partilha	dos	mesmos	
pelas	Unidades	Orgânicas	
4.	 Valorizar	as	condições	de	trabalho	dos	docentes	
nas	 instalações	 das	 Unidades	 Orgânicas	 ou	 das	
condições	para	o	contacto	virtual	com	os	colegas	
e	estudantes	
g	 Reforçar	 a	 orientação	 do	
Ensino	 para	 um	 universo	
de	empregabilidade	
1.	 Criar	 um	 “Observatório”	 de	 monitorização	 da	
inserção	profissional	dos	diplomados	do	IPL	
2.	 Criar	 um	 “Gabinete”	 de	 apoio	 à	 criação	 de	
estágios	e	de	projetos	de	inserção	na	vida	activa	
Quadro	4	–	Qualidade	de	Ensino:	Objectivos	e	ações
3.º EIXO PROGRAMÁTICO
INVESTIGAÇÃO
CIENTÍFICA,
TÉCNICA
E ARTÍSTICA
JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 41
	
3.º	Eixo	Programático	
Investigação	Científica,	Técnica	e	Artística	
	
Introdução	
	
Enquanto	instituição	de	ensino	superior,	o	Instituto	Politécnico	de	Lisboa	deve	ter	
como	um	dos	seus	principais	desígnios,	em	qualquer	circunstância,	a	produção	de	
Conhecimento.	
A	 criação	 científica,	 técnica	 e	 artística	 de	 alto	 nível	 é	 imprescindível	 para	 a	
afirmação	do	Instituto;	sem	ela,	um	conjunto	de	constrangimentos	e	bloqueios	que	
hoje	 existem	 terão	 tendência	 a	 perpetuar-se	 a	 diversos	 níveis:	 na	 captação	 de	
estudantes,	 na	 empregabilidade	 dos	 diplomados,	 no	 reforço	 do	 prestígio	 e	
qualidade	dos	ciclos	de	estudos	existentes,	na	implementação	de	novos	ciclos	de	
estudos,	e	na	internacionalização	da	instituição.	
	
	
Problemas	
	
1. Quantidade	e	qualidade	da	investigação	
	
O	Instituto	Politécnico	de	Lisboa	abarca	um	conjunto	de	oito	escolas	em	áreas	do	
Saber	 muito	 distintas.	 Como	 tal,	 é	 difícil	 encontrar	 elementos	 comuns	 que	
possibilitem	 uma	 avaliação	 homogénea	 dos	 resultados	 de	 investigação	 e	 do	
processo	de	criação	que	conduz	a	esses	resultados.		
No	 entanto,	 uma	 análise	 objetiva	 do	 trabalho	 de	 investigação	 realizado	 nas	
diferentes	 escolas	 conduz-nos	 à	 inevitável	 conclusão	 de	 que	 o	 trabalho	 de	
investigação	produzido	nalgumas	áreas	é	escasso	em	quantidade	e	qualidade.	
	
2. Ausência	 de	 tempo	 previsto	 para	 a	 investigação	 e	 escassez	 de	 recursos	
materiais	para	o	seu	desenvolvimento	
	
A	 relativa	 exiguidade	 de	 resultados	 de	 investigação	 de	 excelência	 e	 de	 nível	
internacional	 radica	 em	 diversas	 dificuldades	 sobejamente	 conhecidas	 e	 que	
distanciam	o	ensino	politécnico	do	subsistema	de	ensino	universitário.	Este	último,	
pela	sua	tradição	e	natureza,	está	melhor	preparado	para	propiciar	condições	de	
investigação	 adequadas,	 concentrando	 uma	 parte	 significativa	 dos	 seus	 recursos	
para	este	fim.
INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA, TÉCNICA E ARTÍSTICA
JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 42
Os	 docentes	 do	 ensino	 superior	 politécnico	 debatem-se	 com	 inúmeros	
constrangimentos,	 em	 particular,	 a	 não	 alocação	 de	 tempo	 na	 distribuição	 de	
serviço	 para	 atividades	 de	 investigação,	 a	 falta	 de	 recursos	 materiais	 para	 o	 seu	
desenvolvimento	 e	 a	 escassez	 de	 apoios	 financeiros	 para	 custear	 as	 despesas	 de	
participação	 em	 conferências	 e	 noutros	 eventos	 científicos.	 Sente-se	 no	 IPL	 a	
necessidade	 de	 criar	 uma	 estrutura	 institucional	 que	 oriente	 e	 dinamize	 essa	
componente	da	atividade	profissional	junto	dos	nossos	docentes.	
	
3. Dificuldades	na	promoção	de	uma	cultura	de	investigação	
	
No	 que	 toca	 à	 prossecução	 de	 atividades	 científicas,	 técnicas	 e	 artísticas,	 é	
necessário	reconhecer	que	as	suas	unidades	orgânicas	se	encontram	em	patamares	
de	 desenvolvimento	 distintos,	 persistindo,	 porém,	 alguma	 manifesta	 falta	 de	
cultura	de	investigação	científica.		
Esta	 relativa	 lacuna	 está	 relacionada	 com	 vários	 fatores,	 desde	 a	 inexistência	 de	
tradição	nalgumas	áreas,	até	ao	tipo	de	composição	do	corpo	docente,	a	qual	inclui	
muitos	 docentes	 em	 regime	 de	 tempo	 parcial,	 condição	 que	 dificulta	 um	 maior	
envolvimento	com	a	escola	e	com	o	meio	académico	em	geral.	
	
	
Oportunidades	e	Potencialidades	
	
1. Maior	qualificação	do	corpo	docente	
	
As	 unidades	 orgânicas	 do	 IPL	 apresentam	 hoje	 um	 corpo	 docente	
significativamente	mais	qualificado	o	que	abre	boas	perspetivas	para	o	futuro	no	
que	respeita	à	consolidação	do	desenvolvimento	de	atividades	científicas,	técnicas	
e	artísticas.	
	
2. Enquadramento	legal	sobre	qualificação	para	a	docência	
	
Adicionalmente,	 as	 mudanças	 no	 enquadramento	 legal	 e	 regulamentar	 do	
funcionamento	das	instituições	do	ensino	superior	impulsionam	necessariamente	a	
emergência	da	produção	de	trabalho	científico	de	qualidade.	
A	 progressão	 na	 carreira	 do	 ensino	 superior	 politécnico	 só	 é	 hoje	 possível	 para	
quem	 constrói	 currículos	 de	 investigação	 sólidos.	 Além	 disso,	 a	 acreditação	 dos	
cursos	 só	 se	 torna	 plena	 onde	 há	 evidência	 da	 produção	 científica,	 técnica	 e	
artística	de	excelência.
INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA, TÉCNICA E ARTÍSTICA
JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 43
	
3. Possibilidades	 de	 colaboração	 e	 de	 recurso	 a	 sinergias	 diversificadas	 em	
projetos	comuns	
	
Há	que	notar	ainda	que,	ao	longo	dos	últimos	tempos,	as	unidades	orgânicas	do	IPL	
foram	 estreitando	 relações	 entre	 si,	 de	 tal	 forma	 que	 são	 hoje	 identificáveis	
inúmeras	 possibilidades	 de	 sinergias,	 nomeadamente	 no	 desenvolvimento	 de	
projetos	de	investigação,	desenvolvimento	e	inovação.	
Isto	é	evidente,	por	exemplo,	no	caso	das	escolas	das	artes,	mas	não	só;	existe	um	
potencial	grande	de	colaboração	entre	docentes	das	várias	escolas,	circunstância	
que	pode	dinamizar	decisivamente	a	produção	científica,	técnica	e	artística.	
	
4. Possibilidade	de	criação	de	linhas	de	investigação	diferenciadas	
	
A	 investigação	 está	 também	 intrinsecamente	 ligada	 ao	 ensino	 pós-graduado.	 O	
ensino	 superior	 politécnico	 encontra-se	 constrangido	 pelo	 facto	 de	 não	 poder	
atribuir	o	grau	de	doutor.	
No	 entanto,	 por	 via	 dos	 doutoramentos	 em	 parceria	 com	 universidades,	 e	 do	
grande	 número	 de	 mestrados	 que	 o	 IPL	 ministra,	 há	 condições	 para	 criar	 um	
ambiente	propício	ao	desenvolvimento	de	um	conjunto	de	linhas	de	investigação	
com	um	cunho	próprio,	que	distinga	e	destaque	o	carácter	específico	e	único	da	
investigação	no	IPL,	diferente	do	que	se	faz	noutras	instituições	do	ensino	superior.
INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA, TÉCNICA E ARTÍSTICA
JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 44
Estratégias	
Objectivos	 Ações	
a.	 Valorizar	 e	 incentivar	 a	
excelência	 da	 atividade	
de	investigação	do	IPL	
1.	 Elaborar	e	implementar	uma	“Carta	de	estratégia	
institucional	 de	 apoio	 às	 atividades	 de	
investigação,	desenvolvimento	e	inovação	do	IPL”	
que	contemple	instalações,	suporte	institucional	e	
recurso	 a	 uma	 matriz	 multidisciplinar,	 com	 maior	
envolvimento	da	Associação	Politec&ID	
2.	 Promover	 e	 dinamizar	 as	 plataformas	 de	
publicação	 e	 edição	 de	 artigos	 e	 trabalhos	
resultantes	da	atividade	de	investigação	científica,	
técnica	e	artística	
3.	 Publicar	os	resultados	da	atividade	de	investigação	
científica,	 técnica	 e	 artística	 pelos	 meios	
tradicionais	
4.	
	
	
		5.	
Implementar	 a	 recolha	 sistemática	 e	 o	
processamento	de	informação	relativa	à	atividade	
científica,	técnica	e	artística	por	parte	dos	serviços	
de	informação	e	documentação	
	
Estimular	a	criação	e	desenvolvimento	de	Grupos	e	
Centros	 de	 Investigação,	 de	 preferência	
multidisciplinares,	no	IPL	com	recurso	às	sinergias	
entre	Unidades	Orgânicas		
	
b.	 Criar	incentivos	diretos	à	
obtenção	 de	 resultados	
de	 investigação	 e	
favorecer	 a	 sua	
continuidade	
1.	 Definir	 com	 clareza	 o	 que	 se	 entende	 por	
resultados	 de	 excelência	 em	 cada	 uma	 das	 áreas	
de	 conhecimento	 na	 esfera	 de	 competências	 das	
escolas	do	IPL	
2.	 Divulgar	 os	 resultados	 de	 investigação	 de	
excelência	 por	 via	 dos	 canais	 institucionais	
existentes	
3.	 Atribuir	prémios	/	menções	honrosas	aos	docentes	
envolvidos	no	trabalho	realizado	
4.	 Disponibilizar	 verbas	 para	 dar	 seguimento	 à	
investigação	já	realizada	
5.	 Criar	o	perfil	de	“investigador”	para	docentes	com	
resultados	de	relevo	em	investigação	com	efeitos	
na	 respectiva	 distribuição	 de	 serviço	 docente,	 no
INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA, TÉCNICA E ARTÍSTICA
JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 45
processo	de	avaliação	de	desempenho	e	no	acesso	
a	condições	de	trabalho	facilitadoras	da	actividade	
de	 investigação	 e	 da	 sua	 divulgação	 nos	 fóruns	
próprios	
c.	 Projeção	 nacional	 e	
internacional	 da	
investigação	do	IPL	
1.	 Criar	 parcerias,	 canais	 privilegiados	 e	 redes	 de	
colaboração	 em	 projetos	 de	 investigação	 com	
outras	instituições	nacionais	e	internacionais	
2.	 Promover	a	procura	sistemática	e	diversificada	de	
fontes	 de	 financiamento	 para	 projetos	 de	
investigação	do	IPL	
d.	 Promover	 a	
transferência	 de	
conhecimento	adquirido	
1.	 Promover	estratégias	e	linhas	de	investigação	que	
privilegiem	 a	 inovação,	 e	 ainda,	 o	 registo	 e	
promoção	de	patentes	
2.	 Produzir	um	anuário	científico	do	IPL,	que	reúna	a	
informação	sobre	os	resultados	de	investigação	de	
maior	destaque	alcançados	em	todas	as	escolas	do	
Instituto	
Apoiar	 as	 publicações	 de	 cariz	 científico	 que	
existem	nas	Unidades	Orgânicas	
Quadro	5	–	Investigação	Científica,	Técnica	e	Artística:	Objectivos	e	ações
4.º EIXO PROGRAMÁTICO
INTERNACIONALIZAÇÃO
JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 47
	
4.º	Eixo	Programático	
Internacionalização	
	
Introdução	
						
A	 internacionalização	 do	 ensino	 superior	 é	 hoje	 uma	 realidade	 que	 condiciona	
decisivamente	o	futuro	de	qualquer	instituição	neste	sistema.	Em	Portugal,	devido	
à	situação	periférica	no	continente	europeu	e	ao	relativo	atraso	em	relação	a	este	
fenómeno	 dinâmico,	 a	 internacionalização	 assume	 um	 carácter	 prioritário	 e	 vital	
para	 o	 desenvolvimento	 e	 afirmação	 das	 suas	 instituições.	 Este	 é,	 porventura	 o	
fator	mais	determinante	para	a	sua	sustentabilidade	e	garantia	de	competitividade	
ao	 propiciar	 o	 indispensável	 intercâmbio	 de	 saberes,	 culturas	 e	 conhecimentos,	
bem	 assim	 como	 a	 aferição	 permanente	 da	 sua	 qualidade	 em	 parâmetros	
plenamente	validados.	
Como	 eixo	 prioritário	 do	 seu	 programa	 de	 ação,	 esta	 candidatura	 assume	 a	
urgência	do	fortalecimento	da	componente	operativa	internacional	da	oferta	do	IPL	
enquanto	 elemento	 diferenciador	 no	 âmbito	 das	 suas	 atividades	 de	 ensino,	
investigação	e	cooperação.		
Conforme	 a	 matriz	 identitária	 defendida	 para	 o	 IPL,	 pretende-se	 uma	 Instituição	
aberta	a	um	mundo	cada	vez	mais	globalizado,	no	qual	a	mobilidade	e	as	parcerias	
sejam	o	motor	que	reforça	a	sua	presença	na	rede	internacional	do	ensino	superior,	
da	investigação	e	da	criação	artística.	
	
	
Problemas	
	
1. Modelo	de	internacionalização	
	
Conscientes	 de	 que	 o	 processo	 de	 internacionalização	 não	 é	 unívoco,	 importa	
consubstanciar	um	modelo	de	desenvolvimento	para	o	IPL	com	base	em	critérios	
pragmáticos	seguros.	
O	actual	modelo	existente	não	responde	a	estas	questões	estratégicas,	limitando-se	
a	um	conjunto	de	intenções	ou	de	ações	dispersas.	Esta	limitação	tem-se	reflectido	
na	ausência	de	impacto	real	da	dimensão	internacional	do	Instituto,	quer	a	nível	
externo	 (nacional/internacional),	 quer	 a	 nível	 interno	 no	 seio	 das	 suas	 Unidades	
Orgânicas.
INTERNACIONALIZAÇÃO
JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 48
	
2. Infraestrutura	de	internacionalização	
A	 falta	 de	 um	 modelo	 de	 internacionalização	 tem	 tido	 repercussões	 a	 nível	 do	
desempenho	 do	 GRIMA	 que,	 manifestamente,	 atua	 num	 âmbito	 muito	 restrito	
(mobilidade)	e	de	forma	não	sistémica.	Importa,	sem	dúvida,	equipar	o	Gabinete	de	
Internacionalização	 dos	 recursos	 necessários,	 de	 forma	 a	 que,	 obedecendo	 a	 um	
modelo	 de	 internacionalização	 consequente,	 seja	 o	 elemento	 facilitador	 de	
cooperação	integrada	entre	as	várias	Unidades	Orgânicas	do	IPL	e	as	instituições	
congéneres	externas	potencializando	a	concretização	de	múltiplas	iniciativas.	
	
3. Oferta	formativa	
	
Pese	a	riqueza	curricular	do	IPL,	as	Unidades	Orgânicas	não	têm	sido	pró-ativas	na	
adequação	das	suas	especificidades	e	dos	seus	planos	curriculares	a	uma	realidade	
de	 interação	 internacional.	 Importa,	 pois,	 sensibilizar	 as	 Unidades	 Orgânicas	 no	
sentido	de	refletirem	e	atuarem	sobre	a	sua	oferta	formativa,	potencializando	a	sua	
capacidade	de	captação	de	estudantes	externos	(ex.	disponibilização	de	um	grande	
número	 de	Unidades	 Curriculares	 -	 tendencionalmente		 turmas	 -	 leccionadas	 em	
língua	inglesa,	de	modo	a	acomodar	os	estudantes	em	mobilidade),	e	de	criação	de	
parcerias	(ex.	erasmus	mundus).	
	
	
Oportunidades	e	Potencialidades	
	
1. O	relatório	“Uma	estratégia	para	a	internacionalização	do	Ensino	Superior	
Português”	
	
A	 publicação	 deste	 relatório	 é	 um	 sinal	 positivo	 da	 tutela	 ao	 pretender	 dar	 um	
impulso	 inicial	 a	 uma	 nova	 fase	 de	 internacionalização	 do	 ensino	 superior	
português,	fazendo	recomendações	que	possam	concretizar	uma	estratégia	para	tal	
internacionalização.	
	
2. Estatuto	do	estudante	internacional	
	
Este	 estatuto	 constitui	 um	 impulsionador	 da	 angariação	 de	 estudantes	 externos	
que,	não	só	abre	o	acesso	ao	ensino	superior	português	a	estudantes	estrangeiros	
por	 vias	 alternativas	 aos	 programas	 de	 mobilidade,	 como	 desburocratiza	 e	
uniformiza	o	processo	de	integração	destes	estudantes.
INTERNACIONALIZAÇÃO
JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 49
	
	
3. Conjunto	de	iniciativas/programas	comunitários		
	
A	possibilidade	de	se	promoverem	toda	uma	série	de	iniciativas	com	o	apoio	de	
programas	 comunitários	 constitui	 um	 importante	 incentivo	 à	 cooperação	
internacional	 entre	 instituições	 de	 ensino	 superior.	 Para	 lá	 da	 mobilidade,	 o	 IPL	
deverá	trabalhar	num	programa	de	desenvolvimento	desta	vertente,	sobretudo	ao	
nível	 da	 criação	 de	 ofertas	 formativas	 nos	 vários	 ciclos.	 São	 igualmente	 vectores	
para	 esse	 desenvolvimento	 a	 criação	 de	 cursos	 de	 curta	 duração	 e	 de	 formação	
profissional	com	recurso	entre	outras	a	modalidades	de	ensino	a	distância	através	
da	aposta	no	e-learning.	
	
4. A	Lusofonia	IPL	
	
A	par	das	diretivas	europeias	para	captação	de	mercados	fora	do	espaço	europeu	e	
no	 reconhecimento	 da	 unidade	 linguística	 e	 de	 um	 passado	 e	 cultura	 comum	
qualquer	 instituição	 portuguesa	 de	 ensino	 superior,	 incluindo	 o	 IPL,	 tem	 acesso	
privilegiado	ao	espaço	lusófono.	Esta	é	uma	oportunidade	que	não	deve	ser	mais	
adiada,	devendo	ser	assumida	como	de	investimento	prioritário.	
	
5. Universo	IPL	
	
A	multidisciplinaridade	inerente	às	diferentes	vocações	de	cada	UO	do	IPL	é	uma	
característica	que	se	optimiza	com	o	benefício	da	expansão	do	seu	corpo	discente	
com	 outras	 origens	 e	 culturas,	 e	 com	 a	 procura	 da	 diversidade	 de	 contactos	 e	
relacionamentos	externos	efetivos.	
	
6. Localização	IPL	
	
Com	 todas	 as	 suas	 Unidades	 Orgânicas	 localizadas	 na	 região	 de	 Lisboa,	 cujos	
atrativos	para	estudar,	viver,	e	visitar	têm	beneficiado	de	particular	visibilidade	a	
nível	 internacional,	 cabe	 ao	 IPL	 promover	 este	 atributo	 enquanto	 vantagem	
comparativa	junto	dos	públicos	a	captar.
INTERNACIONALIZAÇÃO
JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 50
	
Estratégias	
Objectivos	 Ações	
a.	 Dotar	o	IPL	dos	recursos,	
oferta	 formativa	 e	
dinâmicas	que	conduzam	
à	 sua	 efetiva	
internacionalização		
1.	 Investir	 numa	 política	 de	 comunicação	 sólida	 de	
promoção	da	visibilidade	internacional	do	IPL			
2.	 Promover	 a	 interdisciplinaridade	 e	
transversalidade	 do	 IPL	 como	 fatores	 de	
diferenciação	positiva	internacional	
3.	 Fomentar	 acordos	 e	 parcerias,	 explorando	 os	
múltiplos	 programas	 comunitários	 de	 forma	 a	
aumentar	 o	 número	 de	 estudantes,	 docentes	 e	
investigadores	estrangeiros	
4.	 Explorar	 as	 potencialidades	 de	 acesso	 especial	
conferido	 pelo	 Estatuto	 do	 Estudante	
Internacional	
5.	 Garantir	 os	 meios	 e	 recursos	 que	 permitam	 a	
presença	do	IPL	nas	mais	importantes	plataformas	
ou	 eventos	 com	 projecção	 internacional	 (feiras	
internacionais,	missões,	etc..)	
6.	 Estimular	 o	 envolvimento	 da	 comunidade	
académica	 na	 disseminação	 da	 marca	 IPL	 para	
além	fronteiras	
7.	 Apostar	nos	mercados	lusófono,	europeu	de	leste,	
ibero-americano,	 norte-americano	 e	 do	 extremo	
oriente	
8.	 Dotar	 o	 IPL	 de	 estruturas	 de	 apoio	 e	 de	
acolhimento	 de	 estudantes	 internacionais	 em	
particular	 ao	 nível	 da	 procura	 de	 alojamento	 e	
integração	cultural	e	social
INTERNACIONALIZAÇÃO
JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 51
b.	 Criar	 uma	 infraestrutura	
de	internacionalização	do	
IPL	
1.	 Criar	uma	“Agência”	de	relações	internacionais	do	
IPL	
2.	 Criar	 ou	 integrar	 redes	 com	 outras	 instituições	
congéneres	no	espaço	internacional	
3.	 Implementar	 uma	 política	 de	 captação	 de	
financiamento	 para	 a	 realização	 de	 projetos	 de	
cooperação	e	mobilidade	internacional	
4.	 Reformular	 as	 competências	 e	 a	 organização	 do	
GRIMA	
5.	 Dotar	o	GRIMA	de	recursos	humanos	de	forma	a	
gerir	 com	 eficácia	 o	 processo	 de	
internacionalização	
6.	 Explorar	 a	 localização	 do	 IPL,	 na	 cidade	 e	 área	
metropolitana	 de	 Lisboa,	 como	 plataforma	
privilegiada	de	intercâmbio	de	estudantes	
c.	 Adequar	 a	 oferta	
formativa	 ao	 perfil	 do	
estudante	internacional	
1.	 Aumento	 do	 número	 de	 Unidades	 Curriculares	
leccionadas	em	língua	inglesa	para	incrementar	a	
mobilidade	 e	 a	 captação	 de	 estudantes	
internacionais	
2.	 Criar	 cursos	 em	 parceria	 com	 outras	 instituições	
estrangeiras	de	forma	a	enriquecer	a	experiencia	
internacional	dos	estudantes		
3.	 Desenvolver	 o	 modelo	 de	 dupla	 titulação	 no	
âmbito	do	Programa	Erasmus+	
4.	 Promover	 a	 utilização	 das	 plataformas	 de	 e-
learning,	 para	 o	 ensino	 à	 distância	 no	 âmbito	
internacional	
5.	 Promover	 encontros	 internacionais	 de	 âmbito	
académico-científico	
6.	 Promover	 a	 língua	 e	 a	 cultura	 portuguesa	 como	
veículo	 de	 captação	 e	 mobilidade	 de	 estudantes	
internacionais	
Quadro	6	-	Internacionalização:	Objectivos	e	ações
5.º EIXO PROGRAMÁTICO
RELAÇÃO
COM A
SOCIEDADE
JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 53
	
5.º	Eixo	Programático	
Relação	com	a	Comunidade	
	
Introdução	
	
Nos	dias	de	hoje,	as	instituições	de	ensino	superior	não	podem	funcionar	fechadas	
sobre	si	próprias.	A	articulação	e	a	relação	com	a	comunidade	e	com	as	instituições	
e	 organizações	 do	 espaço	 geográfico	 onde	 estão	 inseridas	 é	 um	 factor	 crítico	 de	
sucesso	e	sustentabilidade.	
O	Instituto	Politécnico	de	Lisboa,	ao	estar	inserido	na	área	metropolitana	de	Lisboa,	
zona	 industrializada	 e	 economicamente	 desenvolvida,	 dotada	 do	 maior	 centro	
populacional	 e	 onde	 estão	 concentrados	 a	 maioria	 dos	 serviços	 do	 Estado	 e	 de	
privados,	 só	 tem	 a	 beneficiar	 se	 estabelecer	 uma	 relação	 dinâmica,	 aberta	 e	 em	
permanência	com	esta	larga	comunidade.	
Simultaneamente,	 num	 quadro	 de	 um	 sistema	 de	 qualidade,	 os	 requisitos	 atuais	
determinam	novas	exigências	aos	estabelecimentos	de	ensino	superior,	pelo	que,	o	
IPL	 deve	 desenvolver	 um	 trabalho	 de	 relacionamento	 com	 as	 diferentes	
comunidades,	de	forma	a	integrar-se,	cada	vez	mais,	na	cidade	e	na	grande	área	
metropolitana	de	Lisboa.	
A	abordagem	aos	diferentes	parceiros	externos	deve	ter	em	conta	a	prossecução	de	
propósitos	 como	 a	 incorporação	 de	 atividades	 de	 parceria	 e	 de	 prestação	 de	
serviços,	 formação,	 investigação,	 inovação	 e	 desenvolvimento,	 de	 promoção	 da	
intervenção	cívica	e	cultural.	
	
	
Problemas	
	
1. Inexistência	de	estratégia	institucional	do	IPL	de	relação	com	a	comunidade	
	
A	 inexistência	 de	 uma	 estratégia	 institucional	 de	 relacionamento	 com	 a	
comunidade	 não	 tem	 atraído	 as	 “forças	 vivas”	 da	 comunidade	 para	 o	
desenvolvimento	 da	 missão	 social	 e	 pública	 do	 IPL.	 Esta	 realidade	 não	 tem	
possibilitado	a	captação	de	apoios,	contributos	e	reconhecimento	público.	
É	essa	incapacidade	em	atrair	sinergias	com	os	agentes	da	sociedade	ao	nível	local	e	
nacional,	 e	 a	 ausência	 de	 qualquer	 forma	 de	 visibilidade	 que	 tem	 limitado	
fortemente	o	impacto	social	da	relação	do	IPL	com	a	comunidade	envolvente.
RELAÇÃO COM A COMUNIDADE
JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 54
	
2. Desconhecimento	 sobre	 a	 realidade	 atual	 das	 relações	 das	 Unidades	
Orgânicas	do	IPL	com	a	comunidade	
	
O	 desconhecimento,	 a	 nível	 da	 presidência,	 sobre	 a	 extensão,	 a	 natureza	 e	 as	
dimensões	das	relações	das	várias	Unidades	Orgânicas	do	IPL	com	a	comunidade,	
tem	desperdiçado	o	enorme	potencial	do	somatório	dessas	mesmas	forças	para	a	
sua	própria	rentabilização	e	para	a	afirmação	do	IPL.	
A	inexistência	de	indicadores	para	a	avaliação	da	direção	e	da	força	das	eventuais	
relações	 existentes	 entre	 as	 Unidades	 Orgânicas	 e	 parceiros	 da	 comunidade	 não	
tem	permitido	capitalizar	ganhos	e	capacidade	sinergética.	
	
3. Ausência	de	uma	plataforma	de	gestão,	facilitadora	da	relação	das	Unidades	
Orgânicas	com	a	comunidade	
Outra	dificuldade	que	urge	resolver	prende-se	com	a	incapacidade	da	Associação	
POLITEC	 I&D	 em	 atuar	 como	 um	 dos	 facilitadores	 da	 relação	 do	 IPL	 com	
comunidade,	e	com	a	ausência	de	articulação	entre	esta	associação	e	os	agentes	
académicos	do	IPL.	
A	 POLITEC	 I&D	 não	 tem	 funcionado	 de	 forma	 sistemática,	 não	 detém	 estrutura	
funcional	e	recursos	próprios,	nomeadamente	humanos,	não	se	divulga	nem	se	dá	
a	conhecer,	e	não	se	relaciona	nem	se	integra	com	as	Unidades	Orgânicas	do	IPL.		
A	 inexistência	 de	 um	 desenho	 e	 aplicação	 de	 um	 modelo	 de	 avaliação	 e	
potenciação	 dos	 protocolos	 estabelecidos	 com	 várias	 entidades	 nacionais,	 como	
instrumentos	 privilegiados	 de	 desenvolvimento	 da	 relação	 com	 a	 comunidade,	 é	
outra	 das	 lacunas	 de	 consequências	 mais	 limitativas	 do	 desenvolvimento	 deste	
importante	eixo	programático	para	o	IPL.	
	
	
Oportunidades	e	Potencialidades	
	
1. A	região	de	implantação	do	IPL	
	
Para	 além	 da	 dimensão	 e	 projeção	 nacional	 do	 IPL,	 existe	 uma	 condição	 única	 e	
especifica	que	é	a	região	geográfica	onde	se	insere.	
Esta	região	inclui	a	maior	densidade	demográfica	do	país,	albergando	um	terço	da	
população	portuguesa,	assim	como	a	sua	cidade	capital	com	a	respectiva	grande	
área	metropolitana	de	concentração	de	vários	agentes	de	índole	social,	de	índole	
política,	económica,	comercial,	industrial	e	de	serviços.	
A	 cidade	 e	 a	 área	 metropolitana	 de	 Lisboa,	 como	 polo	 de	 forte	 captação	 de	
interesses	 e	 de	 atenção	 internacional,	 constituem-se	 como	 uma	 das	 maiores	
condicionantes	 potenciadoras	 da	 internacionalização	 das	 nossas	 escolas,	 e,	 por	
conseguinte,	do	IPL.
RELAÇÃO COM A COMUNIDADE
JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 55
	
2. O	grau	de	consolidação	e	a	realização	existente	do	parque	instalado	nas	UO	do	IPL	
	
As	 relações	 já	 existentes	 e	 o	 seu	 grau	 de	 consolidação	 com	 parceiros	 vários	 da	
comunidade	ao	nível	da	cada	UO	tanto	no	plano	nacional	e	internacional	são	a	base	
que	permite	perspectivar	a	adoção	de	novas	políticas	transversais	de	reforço	desta	
componente	 essencial	 da	 realidade	 do	 IPL,	 a	 qual	 se	 inscreve	 na	 agenda	 de	
prioridades	institucionais	que	valorizam	o	desenvolvimento	de	ações	de	parceria,	
de	 relação	 com	 as	 comunidades	 e	 de	 cooperação	 entre	 diferentes	 agentes	 com	
objectivos	comuns.	
	
3. As	áreas	do	conhecimento	e	valências	instaladas	no	IPL	
	
Ao	congregar	uma	vasta	gama	de	áreas	do	conhecimento,	o	IPL	evidencia	um	cunho	
verdadeiramente	 “universal”	 no	 campo	 das	 ciências,	 tecnologias	 e	 das	 artes	
(administração	 e	 contabilidade,	 comunicação,	 cinema,	 educação,	 engenharias,	
dança,	 música,	 teatro,	 e	 saúde,	 perspectivando-se	 ainda	 a	 possibilidade	 de	
expansão	para	outras	áreas	como	a	náutica,	as	ciências	do	mar	e	dos	oceanos,	o	
turismo	e	a	hotelaria).	
Neste	 domínio,	 importa	 destacar	 as	 valências	 e	 as	 competências	 instaladas	 nas	
Unidades	 Orgânicas	 do	 IPL,	 ao	 nível	 dos	 seus	 recursos	 humanos	 qualificados	 e	
diferenciados,	do	seu	espólio	laboratorial	e	de	ferramentas	instrumentais,	das	suas	
instalações	físicas	e	respectiva	localização	geográfica,	e	ainda,	a	sua	capacidade	de	
evolução	para	uma	maior	potenciação	e	optimização	da	sua	qualidade.
RELAÇÃO COM A COMUNIDADE
JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 56
	
Estratégias	Quadro	Síntese	
Objectivos	 Ações	
a.	 Desenhar	 uma	 estratégia	
de	relacionamento	do	IPL	
com	a	comunidade	
1.	 Elaborar	uma	“Carta	de	compromisso	do	IPL	com	
a	comunidade”	e	de	um	“Livro	branco	sobre	o	IPL	
e	a	Comunidade”	de	inventariação	das	estratégias	
e	 ações	 realizadas	 nos	 últimos	 5	 anos	 nas	
Unidades	 Orgânicas	 de	 modo	 a	 projetar	 futuras	
linhas	de	investimento	e	ação	
2.	 Criar	no	IPL	um	“Gabinete”	de	gestão	partilhado	
com	as	Unidades	Orgânicas	para	as	relações	com	
a	comunidade	
b.	 Afirmar	 o	 IPL	 como	
parceiro	de	referência,	na	
investigação,	 inovação	 e	
desenvolvimento	 das	
Unidades	Orgânicas	
1.	 Angariar	 apoios	 e	 estabelecer	 pontes	 junto	 dos	
membros	cooptados	do	Conselho	Geral	do	IPL	e	
outros	 parceiros	 para	 desenvolver	 projetos	 de	
relação	com	a	comunidade	
	
Promover	 reuniões	 e	 eventos,	 científicos	 e	
culturais,	 atraindo	 os	 membros	 da	 comunidade	
envolvente	 (congressos,	 jornadas	 temáticas,	
debates,	 espetáculos,	 concertos,	 exposições,	
ações,	atividades	em	espaços	públicos,	etc.)	
			2.	
c.	 Fomentar	 uma	 maior	
proximidade	 com	 o	
mercado	 de	 trabalho	 e	 a	
atividade	 económica	 de	
modo	 a	 tornar	 o	 IPL	
parceiro	preferencial	para	
a	colocação	de	estagiários	
e	 de	 recrutamento	
profissional	
1.	 Realizar	 encontros,	 reuniões	 e	 espaços	 de	 troca	
de	informação	em	networking	com	as	forças	vivas	
da	 comunidade	 (empresas	 de	 vários	 sectores,	
autarquias,	escolas,	fábricas,	media,	associações,	
sindicatos	e	outros)	para	fomentar	e	incrementar	
a	 relação	 com	 os	 membros	 da	 comunidade	
académica	do	IPL,	nomeadamente	os	estudantes	
	
d.	 Desenvolver	 o	 conceito	
de	 um	 “Campus	 IPL	
polinucleado”	 como	
factor	de	cooperação	e	de	
ligação	 com	 as	
instituições	 de	 ensino	
secundário	
1.	 Desenvolver	 um	 programa	 de	 atividades	 de	
apresentação	às	instituições	de	ensino	secundário	
da	 área	 metropolitana	 de	 Lisboa	 do	 IPL	 e	 seus	
projetos
RELAÇÃO COM A COMUNIDADE
JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 57
e.	 Divulgar	a	participação	de	
membros	da	comunidade	
académica	 do	 IPL	 em	
órgãos	 e	 estruturas	 de	
“governo”	 de	 outras	
instituições	 e	
organizações	 da	
comunidade	
1.	 Inventariar	e	reforçar	a	participação	de	membros	
da	 comunidade	 académica	 do	 IPL	 em	 órgãos	 e	
estruturas	de	“governo”	de	outras	instituições	e	
organizações	da	comunidade	
f.	 Reconhecer	 a	
importância	 dos	 antigos	
estudantes	 como	
“embaixadores	do	IPL”	na	
comunidade	
1.	 Criar	 um	 espaço	 de	 relacionamento	 e	 de	
Associações	 de	 antigos	 alunos	 das	 Unidades	
Orgânicas	 do	 IPL	 através	 da	 promoção	 de	 uma	
Federação	Alumni	IPL	
g.	 Promover	 o	 espírito	 de	
intervenção	 cívica,	 de	
voluntariado	 e	
solidariedade	 entre	 os	
membros	da	comunidade	
académica	
1.	
	
	
	
2.	
	
	
	
Apoiar	 e	 incentivar	 ações	 de	 intervenção	 dos	
estudantes,	 docentes	 e	 funcionários	 não	
docentes	 junto	 da	 comunidade,	 através	 de	
projetos	multidisciplinares		
Criar	de	Grupos	promotores	de	atividades	com	a	
comunidade	 nas	 várias	 áreas	 do	 conhecimento	
das	 Unidades	 Orgânicas,	 incentivando	 a	
participação	 de	 estudantes,	 docentes,	
funcionários	 não	 docentes,	 ex-estudantes,	
docentes	 e	 não	 docentes	 aposentados,	
favorecendo	o	estabelecimento	de	uma	cultura	e	
uma	identidade	inter-relacional	e	inter-geracional	
que	 corporize	 uma	 verdadeira	 integração	
comunitária	
h.	 Fortalecer	 o	
empreendedorismo,	
nomeadamente,	 através	
do	 Programa	 Poli-
Empreende	 e	 apoiar	 a	
criação	 de	 “start-	 ups”	
para	 estudantes	 e	
diplomados	do	IPL	
1.	 Intensificar	 a	 formação	 em	 empreendedorismo	
com	oferta	de	Unidades	Curriculares	específicas	e	
promover	a	mobilidade	de	estudantes	e	docentes	
2.	 Promover	espaços	no	IPL	para	a	criação	de	start-
ups	 com	 recurso	 a	 estratégias	 de	
empreendedorismo	e	de	parcerias	
i.	 Promover	a	cultura	
científica,	tecnológica	e	
artística	do	IPL	junto	da	
comunidade	externa		
1.	 Promover	 um	 programa	 anual	 de	 eventos	
culturais	virado	para	o	exterior,	envolvendo	todo	
o	IPL,	leia-se	Unidades	Orgânicas,	nomeadamente	
as	 artísticas	 através	 da	 oferta	 e	 realização	 de	
eventos	 de	 vária	 natureza	 (espetáculos,	
seminários,	congressos,	jornadas,	ateliers,	etc..)
RELAÇÃO COM A COMUNIDADE
JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 58
	 2	 Criar	um	“Gabinete”	de	gestão	de	eventos	do	IPL	
partilhado	pelas	Unidades	Orgânicas	
	 3	 Estabelecer	parcerias	com	entidades	várias	para	a	
promoção	de	um	“Programa	Cultural	do	IPL”.	
Quadro	7	–	Relação	com	a	Comunidade:	Objectivos	e	ações
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
Programa IPL 2016-2020: Cultura, Saber e Modernidade
Programa IPL 2016-2020: Cultura, Saber e Modernidade
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  • 1. PROGRAMA DA CANDIDATURA DO PROF. DOUTOR JORGE VERÍSSIMO A PRESIDENTE DO INSTITUTO POLITÉCNICO DE LISBOA 2016-2020
  • 2. PROGRAMA DA CANDIDATURA DO PROF. DOUTOR JORGE VERÍSSIMO A PRESIDENTE DO INSTITUTO POLITÉCNICO DE LISBOA 2016-2020
  • 3. JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 2 Índice I. Razões da Candidatura ........................................................ 4 II. Enquadramento Institucional .............................................. 7 Descrição Envolvente Origens A oferta formativa do Instituto III. Organização e Gestão Institucional ................................... 23 Introdução Problemas Oportunidades e Potencialidades Estratégias IV. Qualidade de Ensino.......................................................... 34 Introdução Problemas Oportunidades e Potencialidades Estratégias V. Investigação Científica, Técnica e Artística .........................41 Introdução Problemas Oportunidades e Potencialidades Estratégias VI. Internacionalização............................................................ 47 Introdução Problemas Oportunidades e Potencialidades Estratégias VII. Relação com a Comunidade............................................... 53 Introdução Problemas Oportunidades e Potencialidades Estratégias VIII. Considerações Finais.......................................................... 60
  • 4. JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 3 Agradecimentos Apesar da candidatura à presidência do Instituto Politécnico de Lisboa ser de natureza unipessoal, nunca me senti sozinho, bem pelo contrário. Tive comigo uma larga esquipa que me apoiou incondicionalmente, e que generosamente trabalhou na elaboração deste Programa da Candidatura, dando ideias, sugestões e contributos, a quem agradeço profundamente. Quero, também, agradecer a todos/as os/as colegas docentes, funcionários/as não docentes e estudantes de todas as Unidades Orgânicas, e a todos/as funcionários/as não docentes dos Serviços da Presidência e dos Serviços de Ação Social, a subscrição da minha candidatura, bem como o incentivo e o estimulo que me deram, o que demonstra o modo como acreditam em mim e no meu trabalho.
  • 5. RAZÕES DA CANDIDATURA JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 4 Razões da Candidatura Num momento em que o Instituto Politécnico de Lisboa (IPL), em particular, e o Ensino Superior Politécnico, em geral, vivem um período de incerteza institucional, em que as suas enormes potencialidades de crescimento se confrontam, acima de tudo, com a desconfiança e resistência ao reconhecimento da relevância do seu desempenho e missão, entendi ser meu dever disponibilizar-me para apresentar uma candidatura à Presidência do Instituto Politécnico de Lisboa. Não me candidato sozinho. Tenho o privilégio de representar a vontade de um vasto número de docentes, de estudantes e de funcionários não docentes de todo o IPL. Conto com o apoio, manifestado, das presidências e direções da Escola Superior de Dança, da Escola Superior de Educação, da Escola Superior de Música, da Escola Superior de Tecnologia da Saúde e da Escola Superior Comunicação Social, e com a subscrição da direção da Escola Superior de Teatro e Cinema, bem como de um conjunto muito alargado de docentes, de funcionários não docentes e de estudantes destas unidades orgânicas, assim como do Instituto Superior de Engenharia de Lisboa e do Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Lisboa, que no último ano têm vindo a refletir e a debater o futuro do IPL. Com o lema “Afirmar o IPL: um universo de cultura, saber e modernidade”, pretendemos: - Valorizar o IPL como uma instituição de excelência e de referência ao nível da ciência e da cultura no quadro nacional e, também, internacional; - Mobilizar o IPL para uma dinâmica que o afirme e identifique como uma entidade singular, aberta à modernidade e determinada em protagonizar um contributo essencial para o desenvolvimento do país; - Potenciar o IPL explorando a diversidade e a complementaridade científica e artística das várias Unidades Orgânicas, não esquecendo a sua vocação de aplicação de conhecimentos; - Estruturar o IPL numa instituição de ensino superior de natureza universitária. Pretendemos iniciar todo um processo de construção e afirmação identitária através da criação de uma imagem de Universitas, de uma concepção holística de academia de escolas de alto prestígio científico e artístico, materializada na atmosfera partilhada de cultura e de divulgação do conhecimento. Afirmar o IPL envolverá, sobretudo, a celebração cúmplice dos mais nobres e exigentes valores humanísticos que nos constituem como comunidade que, ao cultivar o saber, as capacidades e o pensamento humano, os coloca ao serviço do progresso e da
  • 6. RAZÕES DA CANDIDATURA JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 5 felicidade dos cidadãos. Este é o nosso sentimento de pertença e de comunhão. Este é o nosso IPL. Há muitos anos que sinto orgulho em integrar a comunidade académica do IPL. Primeiro como estudante, entre 1990 e 1993. Depois, em 1995, iniciei um percurso onde tenho vindo a conciliar o ensino e a investigação e, desde 2005 a gestão, sem nunca descurar qualquer uma destas dimensões. A polivalência das minhas atividades no seio do IPL – ensino, investigação e gestão – assumo-as como uma vantagem de conhecimento da realidade do Ensino Superior, manifestada na experiencia de gestão e de sensibilidade para as preocupações atuais da docência e da investigação. Porque a minha candidatura expressa e reflete um pensamento e força colectiva de desenvolvimento para o IPL, estou plenamente convencido que será possível criarmos a energia aglutinadora, a coesão e a mobilização para construirmos o nosso futuro! No texto que segue, apresenta-se o programa de candidatura. Um programa elaborado por um grupo alargado de docentes das várias Unidades Orgânicas do IPL, e que contou com valiosíssimos contributos de docentes, funcionários não docentes e estudantes de todo o Universo IPL. Um programa que assumimos como ambicioso, contudo, um programa que será exequível com o apoio e a união entre todos os que compõem o IPL. O documento é composto por seis capítulos assim distribuídos: um primeiro capítulo de enquadramento geral das Unidades Orgânicas que compõem o Instituto Politécnico de Lisboa; e por cinco outros capítulos em que se explicita o programa de candidatura vertido em cinco eixos programáticos, respectivamente “Organização e Gestão Institucional”; “Qualidade de Ensino”; “Investigação Científica, Técnica e Artística”; “Internacionalização”; e ”Relação com a Comunidade”, cada um com os objectivos traçados e as respectivas linhas de ação. Surgem, ainda, três apêndices ao documento, respectivamente, uma nota curricular do candidato, a composição da equipa da presidência, e uma informação sobre os subscritores da candidatura.
  • 8. JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 7 Enquadramento Institucional Descrição O Instituto Politécnico de Lisboa, instituição de ensino superior público, foi formalmente criado em 1986 no quadro de um programa de expansão do ensino superior politécnico em Portugal. Os seus primeiros estatutos, publicados em 1991, reconhecem o IPL como uma pessoa coletiva de direito público, dotada de autonomia estatutária, científica, pedagógica, cultural, administrativa, financeira, disciplinar e patrimonial. Na sua génese o IPL agregou cinco escolas de “ensino médio” então existentes em Lisboa. Atualmente, congregando oito Unidades Orgânicas de ensino superior, os Serviços da Presidência e os Serviços de Ação Social, o IPL afirma-se como uma instituição de relevo em qualquer das áreas de atuação expressas na sua missão: ensino, investigação e interação com a sociedade. Figura 1 - Dinâmica e universo do IPL Esta grande comunidade é formada por mais de catorze mil indivíduos, entre estudantes e funcionários docentes e não docentes, de acordo com os dados do ano letivo 2014/15
  • 9. ENQUADRAMENTO INSTITUCIONAL JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 8 Fontes: Rebides, Site do IPL e das UOs Quadro 1 - Comunidade académica do IPL Funcionários Nº Estudantes Unidades Orgânicas/Serviços Docentes Não Docentes Licenciaturas Mestrados ESCS – Comunicação 115 30 1 217 209 ESD – Dança 24 10 161 41 ESELx – Educação 95 22 787 291 ESML – Música 90 12 406 148 ESTC – Teatro e Cinema 60 23 334 76 ESTeSL – Saúde 239 51 1 779 49 ISCAL – Contabilidade e Administração 189 34 2 628 447 ISEL - Engenharia 414 142 3 371 876 SP – Serviços da Presidência 63 SAS – Serviços de Ação Social 26 Total 1 226 350 10 683 2 137 Total Global 1 576 12 820
  • 10. ENQUADRAMENTO INSTITUCIONAL JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 9 Envolvente O IPL tem um forte envolvimento regional e uma sólida ligação ao mundo do trabalho, reconhecido em estudos internacionais, como é o caso do U-Multirank que avalia o desempenho das instituições de ensino superior através de 31 indicadores agrupados em cinco áreas: investigação - ensino e aprendizagem, orientação internacional, transferência de conhecimentos e envolvimento regional. Neste estudo o IPL, ocupa a 2ª posição no ranking nacional enquanto instituição de ensino superior politécnico, e o 10º lugar no total das Instituições de Ensino Superior Nacional. O IPL fixa o seu território em 5 pontos na cidade de Lisboa e estende a sua marca à cidade da Amadora. Figura 2 - Mapa de localização das Unidades Orgânicas do IPL
  • 11. ENQUADRAMENTO INSTITUCIONAL JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 10 Origens Uma visita a cada uma das suas oito unidades orgânicas de ensino é também uma viagem no tempo por um universo de múltiplos saberes e modos diversos de intervenção na comunidade. Figura 3 - Cronologia Figura 4 - Escola Superior de Comunicação Social ESCS A ESCS surge, em 1987, numa proposta constitutiva de uma Escola Superior de Jornalismo, posteriormente alterada para Escola Superior de Comunicação Social. Em Junho de 1989 foi formado o primeiro Conselho Científico da ESCS. A 17 de Janeiro de 1990, iniciaram-se as atividades lectivas, fixando-se esta data como o dia de aniversário da Escola. O atual edifício da ESCS, da autoria do arquiteto Carrilho da Graça, viria a ser inaugurado em 1994, e desde então a escola não parou de crescer. Com licenciaturas, mestrados e pós-graduações nas áreas da Publicidade e Marketing, Relações Publicas e Comunicação Empresarial, Jornalismo, Audiovisual e Multimédia, a ESCS é hoje a instituição de referência no ensino superior da Integração da ESTeSL no IPL Criação da ESCS no IPL Integração do ISEL no IPL Publicação dos Primeiros Estatutos do IPL Constituição do IPL com ESD ESML ESTC ESELx ISCAL Escola Técnica de Serviços de Saúde Escola Normal de Lisboa Instituto Industrial de Lisboa Conservatório Geral de Artes Dramáticas Aula do Comércio 18361759 1852 1919 1980 1986 199119881987 2004
  • 12. ENQUADRAMENTO INSTITUCIONAL JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 11 comunicação social em Portugal e o parceiro preferencial de recrutamento para as empresas e organizações. Para esta realidade muito tem contribuído a dedicação e o profissionalismo de um excelente corpo docente e de funcionários não docentes que, desde sempre, têm imprimido inovação no ensino e na investigação, inspirando uma cultura de rigor e constante aperfeiçoamento, incutindo um sentido de cidadania, responsabilidade e participação social nos estudantes. A missão da ESCS pauta-se por uma total abertura à sociedade civil, conquistando a preferência das organizações no estabelecimento de parcerias. A ESCS promove protocolos de cooperação com diversas organizações dos sectores públicos e privado, proporcionando aos estudantes experiências em ambientes profissionais reais através de uma aproximação do meio académico ao mundo empresarial. Figura 5 - Escola Superior de Dança ESD A Escola Superior de Dança (ESD) foi criada em 1983, no âmbito de uma reforma do ensino artístico, ministrado no Conservatório Nacional e escolas afins, pela qual foram criadas também as Escolas Superiores de Música e de Teatro e Cinema. A ESD integra o IPL em 1985 mantendo-se nas instalações originais do Conservatório de Lisboa. Desde 1995 ocupa o Palácio Marquês de Pombal, na Rua da Academia das Ciências, mantendo a forte ligação a uma zona da cidade especialmente ligada aos ambientes culturais e artísticos. Assume como missão - enquanto centro de formação artística, técnica, científica, cultural e profissional de nível superior - a preparação para o exercício de atividades profissionais altamente qualificadas nos domínios da dança e das profissões artísticas ligadas à dança. A ESD ocupa uma posição de destaque e de reconhecimento no panorama do ensino superior artístico, nacional e internacional pela qualidade e singularidade do seu ensino cujos Planos de Estudo incorporam a componente reflexiva e a fundamentação científica, mas desenvolvem, também, uma formação com particular relevância para a componente prática. O reconhecimento da qualidade da formação que ministra e da forte implantação da ESD na comunidade, é visível - para além das inúmeras apresentações públicas - na inclusão de muitos dos seus
  • 13. ENQUADRAMENTO INSTITUCIONAL JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 12 diplomados e estudantes nas diversas Companhias de Dança Profissionais e/ou em outros projetos artísticos na área da Dança e, no número de diplomados que constituem o corpo docente das atuais Escolas de Ensino Especializado da Dança. Atualmente ministra os cursos de Licenciatura em Dança e de Mestrado em Ensino de Dança. A ESD participa, ainda, no âmbito do IPL, no Curso de Doutoramento em Artes - Artes Performativas e da Imagem em Movimento, da Universidade de Lisboa. Figura 6 - Escola Superior de Educação ESELx A Escola Superior de Educação (ESELx) deu início às suas atividades em 1985. Sendo uma instituição recente, esta escola tem, no entanto, um longo passado como herdeira pedagógica de duas instituições de formação de educadores e professores - a Escola do Magistério Primário de Lisboa e o Instituto António Aurélio da Costa Ferreira. A escola do Magistério Primário, ela própria herdeira desde 1919 das duas Escolas Normais de Lisboa, ocupou a partir de então o magnífico edifício construído em Benfica, segundo projeto do arquiteto A. R. Adães Bermudes, entre 1916 e 1918, tendo sido então inaugurado pelo Presidente da República, Dr. Bernardino Machado. É este edifício que, pelo seu destaque no território, marca hoje simbolicamente o Campus de Benfica do IPL. Desde a sua criação, a ESELx desenvolveu atividades nos diversos domínios da Educação - formação inicial, contínua e especializada de professores e educadores, profissionalização em serviço, investigação, prestação de serviços à comunidade. Com a reformulação dos cursos determinada pelo Processo de Bolonha, a ESELx passou a oferecer cursos orientados para a Educação não formal, como é o caso da Animação Sócio Cultural, e tem vindo a ocupar um lugar ainda por preencher no IPL, o das Artes Visuais, orientando assim nos últimos anos uma parte substancial da sua intervenção formativa no campo das Artes Visuais. No domínio das artes a ESELx oferece uma licenciatura em Música na Comunidade em parceria com a ESML. A diversificação da oferta formativa da ESELx tem permitido a ampliação da capacidade de intervenção social da Escola na educação formal e não formal, áreas em que a ESELx constitui uma instituição de referência na zona de Lisboa.
  • 14. ENQUADRAMENTO INSTITUCIONAL JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 13 Figura 7 - Escola Superior de Música de Lisboa ESML A Escola Superior de Música de Lisboa (ESML), criada em 1983, a par da ESD e da ESTC, foi integrada no IPL em 1985, mantendo-se desde então nas instalações do Bairro Alto na Rua das Flores. Em 2010 passa a ocupar um novo edifício, integralmente projetado de raiz para o ensino da Música, assinado pelo arquiteto Carrilho da Graça, no Campus de Benfica. A ESML constitui, no panorama nacional, cada vez mais uma escola de referência, tanto pelas suas origens, como pelo corpo docente internacional de elevada qualidade, e por dispor de instalações e equipamentos adequados à lecionação dos cursos, o que é essencial na prossecução da sua missão: promover um ambiente de ensino/aprendizagem de qualidade que, numa perspetiva de formação ao longo da vida, incentive os estudantes ao seu máximo desenvolvimento internacionalmente competitivo e socialmente relevante nas áreas das Artes e Indústrias Musicais. Destacam-se os numerosos concertos e eventos musicais oferecidos à comunidade ao longo do ano, tanto no seu magnífico Auditório Vianna da Motta em Benfica, como em numerosos locais na cidade de Lisboa, no país e no estrangeiro.
  • 15. ENQUADRAMENTO INSTITUCIONAL JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 14 Figura 8 - Escola Superior de Teatro e Cinema ESTC A Escola Superior de Teatro e Cinema foi criada em Lisboa em 1983, através de diploma legal que procedeu à reconversão do Conservatório Nacional em várias escolas de artes. A tradição do ensino da área do Teatro remonta à fundação em 1836 do Conservatório Geral de Arte Dramática, porém, na vertente de Cinema, o respetivo curso só foi introduzido no Conservatório Nacional, como experiência pedagógica, a partir de 1971. Em 1985 a ESTC foi integrada no IPL, mantendo-se nas instalações do Conservatório. Em 1998, a ESTC transfere as suas atividades do velho edifício da Rua dos Caetanos, em Lisboa, para a cidade da Amadora, ocupando um edifício construído de raiz, o primeiro destinado a uma escola de ensino artístico em Portugal, dotado de espaços letivos adequados, de estúdios, de salas de espetáculos e de visionamento, de biblioteca e refeitório que possibilitam as melhores condições de trabalho para os estudantes que a frequentam. A ESTC mantém uma estrutura bi-departamental resultante da herança histórica das pré-existentes escolas de Teatro e de Cinema do Conservatório Nacional. No cumprimento da sua missão, a ESTC participa em programas de desenvolvimento educativo a nível local e produz e realiza anualmente dezenas de exercícios - espetáculo e filmes dos seus alunos, exibidos gratuitamente à comunidade, quer nas suas instalações, quer em Teatros, Museus, Cinemateca e em muitos outros espaços públicos. A ESTC tem vindo a afirmar-se, nacional e internacionalmente, como uma Escola de referência nos seus domínios, integrada em importantes organizações internacionais quer do âmbito do Teatro, quer do âmbito do Cinema, quer ainda no das Artes em geral. Esta preocupação pela internacionalização fez também com que a Escola reforçasse a sua participação ativa em múltiplos programas de intercâmbio de discentes e docentes com escolas estrangeiras.
  • 16. ENQUADRAMENTO INSTITUCIONAL JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 15 Figura 9 - Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa ESTeSL A Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL) tem origem na Escola Técnica dos Serviços de Saúde de Lisboa cujos alicerces remontam a 1980. Os seus mais de 35 anos de história concretizam uma missão de excelência de ensino, de investigação e de prestação de serviços, no âmbito das ciências da saúde. Localizada no Parque das Nações, num complexo escolar com todas as facilidades para o cumprimento da sua missão, a ESTeSL passou a integrar em 2004 o IPL, por decisão democrática da sua comunidade escolar. A ESTeSL apresenta um conceito de Escola diferenciador, assente numa visão e abordagem multidisciplinar da saúde, do seu ensino e investigação, e firmando os seus pilares na promoção dos valores da ética e da cidadania. A Escola aposta numa forte ligação à comunidade através da dinamização de diversas iniciativas de natureza científica e cultural e do estabelecimento de protocolos com instituições nacionais e internacionais, para as suas várias áreas de atividades, nomeadamente para a realização de estágios de aprendizagem, educação clínica e de projetos de investigação. A qualidade demonstrada pelos profissionais de saúde formados pela ESTeSL, nomeadamente os profissionais de Diagnóstico e Terapêutica, fazem desta Escola um estabelecimento de ensino de referência na área das Ciências e Tecnologias da Saúde a nível nacional e internacional.
  • 17. ENQUADRAMENTO INSTITUCIONAL JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 16 Figura 10 - Instituto Superior de Contabilidade e Administração ISCAL O início do Instituto Superior de Contabilidade (ISCAL) remonta ao século XVIII com a criação da Aula de Comércio em 1759 pelo Marquês de Pombal. Em 1869 foi criado o Instituto Industrial de Lisboa, mais tarde passando a Instituto Industrial e Comercial de Lisboa. Com a implantação da República, em 1911, este Instituto foi dividido em duas escolas, o Instituto Superior Técnico e o Instituto Superior de Comércio. Em 1976 o Instituto Comercial de Lisboa passa a ter a designação de Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Lisboa, tendo poder para ministrar os graus de bacharelato. Em 1985 o ISCAL é integrado no IPL. Este Instituto orgulha-se de ter uma história marcada pela tradição e pelo rigor académicos, pontuada pela presença de muitos professores e estudantes ilustres. O ISCAL assume-se assim como uma instituição de ensino superior de alto nível, orientada para a criação, transmissão e difusão do conhecimento, da cultura, da ciência e tecnologia, e do saber de natureza profissional, através da articulação do estudo, do ensino, da investigação e do desenvolvimento experimental. A sua missão contempla a prestação de serviços à comunidade, nas áreas em que dispõe de competências, contribuindo para a sua consolidação como instituição de referência nos planos nacional e internacional.
  • 18. ENQUADRAMENTO INSTITUCIONAL JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 17 Figura 11 - Instituto Superior de Engenharia de Lisboa ISEL O Instituto Superior de Engenharia de Lisboa (ISEL) é das mais antigas escolas de engenharia em Portugal. Teve a sua génese em 30 de Dezembro de 1852, tendo sido criado, por Decreto Régio de D. Maria II, com a designação de Instituto Industrial de Lisboa. Em 1974, este Instituto passou a ter estatuto de ensino superior com a denominação de Instituto Superior de Engenharia de Lisboa. Em 1988 o ISEL é integrado no IPL. Progressivamente, o ISEL foi ampliando o nível dos diplomas de qualificação académica a atribuir. Até 1988 apenas leccionava cursos de bacharelato em engenharia. Em 1989/90, o ISEL lançou-se numa nova aposta, criando, ao abrigo de uma nova Lei de Bases do Sistema Educativo, Cursos de Estudos Superiores Especializados conducentes ao grau de Licenciado, em áreas bem específicas e com impacto no sector industrial. Na sequência das alterações introduzidas à lei em 1997, o ISEL passou a atribuir igualmente o grau de Licenciado. Com as alterações legislativas resultantes do processo de Bolonha e com o reconhecimento das suas competências e capacidades próprias, o ISEL, alcança em 2007 autorização para atribuir o grau de Mestre. O ISEL, sendo das mais antigas Instituições de ensino no âmbito da engenharia em Portugal, tem apresentado um crescimento interno notório, quer no âmbito da oferta educativa, quer no âmbito da Investigação e Desenvolvimento.
  • 19. ENQUADRAMENTO INSTITUCIONAL JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 18 Figura 12 - Serviços da Presidência do Instituto Politécnico de Lisboa Serviços da Presidência Os Serviços da Presidência do Instituto Politécnico de Lisboa (IPL) estão, desde 199x, localizados em Benfica. São nestes serviços que está sediado o órgão superior de governo e de representação externa da instituição, o Presidente do IPL Nestes serviços estão integrados os “Serviços Comuns” que asseguram o suporte logístico e funcional às diferentes unidades orgânicas e outras unidades e serviços do IPL, nomeadamente Serviços Administrativos e Financeiros, que incluem, entre outros os Recursos Humanos, os Serviços da Gestão Académica; e os “Gabinetes de Apoio”, como o Gabinete Jurídico, o Gabinete de Relações Internacionais e Mobilidade Académica – GRIMA (estes dois gabinetes foram recentemente sediados no Campus de Benfica do IPL), o Gabinete de Gestão da Qualidade do IPL – GGQ-IPL, e o Gabinete de Comunicação e Imagem .
  • 20. ENQUADRAMENTO INSTITUCIONAL JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 19 Figura 13 - Serviços de Ação Social Serviços de Ação Social Como unidade orgânica transversal a todas as outras, os Serviços de Ação Social (SAS) do IPL constituem uma estrutura de apoio aos estudantes, atuando nas áreas da alimentação (gestão das cantinas), da atribuição de bolsas de estudos, da residência de estudantes, do apoio médico e psicológico aos estudantes e da promoção de atividades desportivas. O objectivo é de contribuir para a melhoria das condições de sucesso escolar. Os Serviços de Ação Social (SAS) situam-se no Campus de Benfica do IPL e são dotados de recursos humanos próprios e de autonomia administrativa e financeira.
  • 21. ENQUADRAMENTO INSTITUCIONAL JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 20 A oferta formativa do Instituto Na sua matriz original, as escolas do IPL ofereciam apenas cursos de bacharelato. Posteriormente, e de acordo com a evolução dos diplomas legais relativos ao ensino politécnico, passou a atribuir os diplomas de CESE (Cursos de Estudos Superiores Especializados) equivalentes a licenciaturas. Mais tarde, as licenciaturas bietápicas e finalmente as licenciaturas, entre outros cursos de formação especializada. O processo de Bolonha, que conferiu às instituições do ensino superior politécnico a capacidade de atribuírem o grau de mestre, deu um impulso substancial à oferta formativa do IPL, permitindo a incorporação com solidez deste novo tipo de ciclo de estudos nos portefólios formativos das suas unidades orgânicas. A diversidade formativa do instituto está bem espelhada na distribuição dos 81 cursos da sua oferta de formação conferente de grau. Quadro 2 - Oferta formativa do IPL Cursos Unidades Orgânicas Licenciaturas Mestrados ESCS – Comunicação 4 4 ESD – Dança 1 1 ESELx – Educação 4 13 ESML – Música 2 1 ESTC – Teatro e Cinema 2 2 ESTeSL – Saúde 9 6 ISCAL – Contabilidade e Administração 5 8 ISEL - Engenharia 8 11 Total 35 46 Total Global 81
  • 22. ENQUADRAMENTO INSTITUCIONAL JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 21 Para além desta oferta formativa, as várias unidades orgânicas proporcionam mais de duas dezenas de cursos de pós-graduação ou de formação avançada, nas suas áreas de especialidade. Conhecer o IPL é conhecer um pouco da história do ensino superior português, ultrapassando as fronteiras da região de Lisboa. A dimensão politécnica do ensino superior, que nos últimos 30 anos foi decisiva para a democratização deste nível de ensino, evidencia a importância da qualificação académica e profissional em áreas de forte componente técnica. Hoje o ensino politécnico enfrenta a passagem a um patamar mais exigente, mas já inquestionável: a possibilidade de conciliar a dimensão politécnica com o estatuto de universidade. O IPL, com a sua experiência, universalidade, pluralidade e consistência, encontra- se na linha da frente para a concretização deste desígnio nas áreas em que tem vindo a consolidar o seu saber, bem como em áreas inovadoras que cruzam saberes diversos.
  • 24. JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 23 1.º Eixo Programático Organização e Gestão Institucional Introdução A história do IPL ajuda conhecer a vitalidade de cada uma das suas unidades orgânicas com identidades bastante fortes e implantadas na comunidade, muito anteriores à do próprio Instituto. Esta pluralidade, que confere ao IPL o caráter de instituição de ensino superior única no panorama português, não tem sido fácil de transformar em unidade, um dos princípios fundamentais da organização e gestão institucional. O modelo de gestão em funcionamento consubstancia-se fundamentalmente na centralização de alguns serviços, decorrente do facto de sete das suas unidades orgânicas não terem autonomia financeira por via da implementação do RJIES há sete anos. É amplamente reconhecido que faltam ao IPL projetos próprios e intervenção com visibilidade na comunidade, tanto interna como externa. A construção de um novo modelo de organização e gestão interna, bem como o seu desenvolvimento, exige uma reformulação progressiva de serviços, estruturada numa organização de trabalho em equipas articuladas entre si e em conjugação com as equipas de gestão de cada unidade orgânica, coordenadas por uma direção forte, flexível e dinâmica. As boas práticas isoladas já existentes, bem como a excelência dos recursos humanos, tanto ao nível dos serviços centrais como das unidades orgânicas, constituem um ponto de partida fundamental. A mudança de orientação depende mais de vontade e da criatividade do que do reforço de recursos humanos e financeiros. Problemas 1. A diversidade das oito unidades orgânicas Com exceção da ESCS, a criação de todas as diferentes unidades orgânicas que compõem o IPL foi anterior à própria criação do Instituto. Como tal, as suas identidades sobrepõem-se muitas vezes à do próprio IPL. O fortalecimento da identidade e unidade do IPL como uma instituição do ensino superior distinta e dotada da sua própria idiossincrasia coerente e consistente é assim uma das ações a empreender, numa perspectiva de integração e de partilha entre todas as Unidades Orgânicas. Cada uma das Unidades Orgânicas dispôs num passado recente de uma estrutura orgânica independente e totalmente autónoma, administrativa e financeiramente. Por força da lei – RJIES, sete das oito Unidades Orgânicas perderam esta autonomia. Esta é uma realidade que obriga à criação de laços de interação e da exploração do enorme potencial que o vasto leque de sinergias existente permite.
  • 25. ORGANIZAÇÃO E GESTÃO INSTITUCIONAL JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 24 2. O atual modelo de gestão centrado na presidência O atual modelo de Organização e Gestão Institucional centrado na Presidência, sem uma articulação permanente com as unidades orgânicas, e que apenas responde ao imposto pela lei, RJIES, tem tido como consequência a centralização dos processos de gestão administrativa e financeira. Esta experiência foi encarada principalmente como uma exigência decorrente da reorganização imposta pelo RJIES e de outros movimentos externos e não como um motor interno de desenvolvimento integrado e de crescimento da instituição. As grandes diferenças entre as Unidades Orgânicas ao nível da sua dimensão, bem como a sua dispersão física e a existência de um campus têm constituído um fator de diferenciação que não é favorável à coesão e ao desenvolvimento. O sistema de ligações entre serviços centrais e unidades orgânicas está fundamentalmente baseado nos presidentes/diretores e nos diretores de serviços. Este modelo de forte cariz hierárquico não facilita a articulação nem o desenvolvimento harmonioso e inclusivo do IPL como um todo. Tem revelado também a quase irrelevância e ineficiência do Conselho Permanente, desperdiçando assim um conhecimento alargado e multifacetado da instituição reunido num órgão que, pelo contrário, deveria ser nuclear na definição das várias políticas e iniciativas catalisadoras de uma desejada dinâmica identitária do IPL. 3. Inexistência de estruturas de gestão central para áreas fundamentais A fraca articulação entre cada unidade orgânica e os serviços centrais do IPL é outro dos problemas identificados. Reformular o modelo de gestão dos serviços, repensando, alterando e melhorando metodologias, procedimentos e práticas num entendimento conjunto é uma estratégia e uma medida a implementar. Os serviços centrais, principalmente focados em aspetos administrativos, funcionam numa lógica compartimentada. As soluções encontradas por alguns não são colocadas ao serviço dos outros, não existindo uma cultura de construção partilhada de soluções para os problemas. Por exemplo, a gestão centralizada de compras e de obras tem criado muitas dificuldades às unidades orgânicas. A compatibilização dos períodos em que ocorrem os pedidos, associada à gestão de procedimentos mais amplos e abrangentes, não tem conseguido dar resposta às necessidades particulares e pertinentes de cada unidade orgânica. Outro exemplo, é o gabinete para apoio a projetos, o GPEI, recentemente criado. Esta estrutura precisa de ser consolidada e desenvolvida com uma estrutura de recursos humanos adequada, um plano de desenvolvimento e uma real ligação às várias unidades orgânicas. Já, por outro lado, o projeto do repositório científico é uma iniciativa muito bem sucedida a vários níveis: utilidade, contributos para a imagem pública do instituto e de cada unidade orgânica, boa gestão ao nível dos recursos que utiliza, e capacidade de evolução a curto prazo. As aprendizagens decorrentes desta iniciativa não estão identificadas nem colocadas ao serviço de outras iniciativas, sejam elas de natureza de criação e gestão de serviços ou de realização de projetos.
  • 26. ORGANIZAÇÃO E GESTÃO INSTITUCIONAL JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 25 4. Ausência de um plano estratégico de comunicação interna e externa Ao nível interno, existe uma grande falta de conhecimento, por parte da comunidade académica do IPL, dos projetos verdadeiramente institucionais ao nível do Instituto e de cada unidade orgânica. As diversas plataformas informáticas utilizadas não estão todas ligadas e há falhas de comunicação. Ainda se privilegia o recurso ao papel, mesmo quando a mensagem é enviada simultaneamente por email. Quanto à dimensão externa, não existe uma estratégia de comunicação, nem de relação com a comunidade. Esta ausência tem impossibilitado a colocação no terreno qualquer campanha de afirmação clara do IPL como instituição única em muitos aspetos fundamentais da sua oferta e dos seus recursos, assim como das suas Unidades Orgânicas. 5. Ausência de visão global das necessidades dos funcionários docentes e não docentes e de uma estratégia para o seu desenvolvimento profissional e pessoal No IPL subsiste uma percepção de que cada unidade orgânica está um pouco por sua conta no que se refere à sua capacidade para gerir os seus recursos humanos. Neste contexto, tem havido unidades orgânicas que têm conseguido qualificar os seus corpos de funcionários e criar condições para a sua promoção, enquanto outras unidades orgânicas se debatem com enormes dificuldades nesta matéria. No que diz respeito ao corpo de docentes, o PROTEC permitiu a qualificação de muitos docentes, mas esta facilidade não foi continuada por outra qualquer medida de apoio, deixando muitos dos nossos docentes desapoiados e com sérios problemas para terminar os seus doutoramentos. A par desta situação, não existe um plano de desenvolvimento profissional e pessoal dos docentes que contemple o apoio centralizado a esse desenvolvimento como, por exemplo, o recurso a licenças sabáticas ou outras medidas de promoção e incentivo à investigação. Na componente de investigação, algumas unidades orgânicas têm conseguido apoiar a participação dos docentes em congressos científicos, enquanto outras não encontram soluções para garantir esse suporte a esse tipo de envolvimento académico. Aqui, também, a disparidade de atuações não constitui um fator de unidade nem de identidade. No que respeita ao corpo de funcionários não docentes os problemas são análogos. Existe uma falta de visão conjunta das necessidades reais dos funcionários e uma ausência de estratégias que favoreçam o desenvolvimento das suas competências e valorização profissional. Embora sejam realizadas algumas formações de natureza administrativa, não há um plano que favoreça a formação académica destes profissionais nem a sua qualificação.
  • 27. ORGANIZAÇÃO E GESTÃO INSTITUCIONAL JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 26 Oportunidades e Potencialidades 1. Mudança de presidência Uma mudança de presidência de uma instituição é uma oportunidade da maior relevância para uma renovação efetiva na orientação de uma gestão institucional no sentido do seu progresso e refrescamento identitário. A presente candidatura, que tem na sua génese um movimento coletivo em que participam presidentes e diretores de unidades orgânicas, tem-se revelado uma possibilidade única de reflexão sobre a experiência dos últimos anos e de conceptualização das soluções encontradas. Não tenhamos dúvidas, esta candidatura corporiza uma realidade nova dentro da instituição. Através do impacto do trabalho de preparação e debate realizado, este movimento marcou já de forma iniludível o presente e o futuro do IPL. Identidade e unidade deverão constituir os eixos primordiais orientadores da futura gestão do IPL. A construção de uma cultura de gestão participativa que envolva toda a comunidade académica, aos diferentes níveis, são um contributo decisivo para o desenvolvimento de uma instituição forte de ensino superior de excelência. As mudanças a operar ao nível da gestão dependem sobretudo da vontade e da criatividade. Toda a experiência coletiva é uma mais-valia, porém não pode ser vista como estática e intocável. 2. Boas práticas instaladas e reflexão sobre as mesmas Algumas das experiências de funcionamento de vários serviços, com modelos de gestão distintos, permite explicitar os diferentes conceitos já identificados no atual modelo de gestão interna. Por um lado a gestão partilhada (Repositório Científico, o Gabinete de Relações Internacionais e Mobilidade Académica - GRIMA), surge com um modelo funcionamento considerado de muito bom e elogiado por todos. Por outro, a gestão centralizada (Recursos Humanos, Financeiros, Compras, Obras) é avaliada deficitariamente por todas as Unidades Orgânicas, muitas das vezes não porque funcionem mal, mas porque não há partilha de informação na tomada de muitas decisões. A avaliação dessas experiências, como explicitação concreta desses conceitos, permite definir novos conceitos e dar resposta a algumas necessidades já identificadas. Há ideias que podem ser conceptualizadas, mas a melhoria dos serviços, a optimização de recursos e o próprio desenvolvimento institucional constituem uma oportunidade para construir e implementar novos serviços e funcionalidades, bem como melhorar ou recriar os já existentes, tanto ao nível da gestão central como da gestão de cada unidade orgânica. A implementação de um Sistema Interno de Garantia da Qualidade (SIGQ), acreditado pela A3ES, constituiu uma prática de unificação entre todas as unidades orgânicas. Tem sido amplamente reconhecido por todos os que participaram neste processo que esta ação representa um exemplo de conhecimento mútuo das realidades das várias unidades orgânicas e de aprendizagem através de uma prática de trabalho comum.
  • 28. ORGANIZAÇÃO E GESTÃO INSTITUCIONAL JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 27 No entanto, a simplificação dos procedimentos, o seu aperfeiçoamento, adequação e desenvolvimento, a par da procura da fiabilidade dos indicadores do SIGQ estabelece uma oportunidade de consolidação do próprio IPL. Além disso, há que pensar e discutir a contribuição de um SIGQ para a melhoria efetiva da qualidade da ação institucional. É através da reformulação, simplificação e eficácia do SIGQ que se poderão encontrar as soluções que melhor contribuirão para o desenvolvimento do próprio modelo de gestão interna. Nos dois últimos anos, associado ao desenvolvimento do GRIMA, consolidou-se a oferta de formação em Língua Portuguesa para todos os estudantes Erasmus. Esta experiência é um indicador do potencial de oferta de cursos de línguas tanto internos como para públicos externos. A criação de um Centro de Línguas, aproveitando a experiência e os recursos disponíveis, permitirá oferecer serviços diversos à comunidade (cursos, traduções). Um centro desta natureza pode ser, ainda, uma oportunidade de relação com a comunidade e, simultaneamente, uma potencial fonte de receitas. A concretização do repositório científico do IPL constitui uma boa prática de gestão concertada. O seu desenvolvimento tem mostrado o valor de uma equipa coesa e comprometida com a instituição ao nível das várias unidades orgânicas. A valorização interna do trabalho desta equipa e o seu reconhecimento pela comunidade contribuem para uma melhor compreensão dos processos de trabalho em equipa e de consolidação de serviços. Neste caso, podemos verificar uma evidência da realidade da investigação e desenvolvimento do IPL a partir do seu repositório. As boas práticas de consolidação, qualificação e compromisso dos funcionários não docentes podem ser valorizadas, conhecidas e apropriadas por outras unidades orgânicas. 3. Dimensão, áreas do conhecimento e valências do IPL A dimensão do IPL, ao nível dos recursos humanos, da diversidade de conhecimentos e da experiência acumulada, permite encarar a possibilidade de desenvolver os serviços centrais muito para além da gestão meramente administrativa. A monitorização e acompanhamento de projetos já existentes, bem como as mais- valias que deles decorrem, podem ser potenciados para as outras unidades orgânicas, consolidando desse modo o perfil do IPL enquanto instituição una e dinâmica. O IPL agrega, nas suas Unidades Orgânicas, um conjunto de saberes que permitem a prestação de serviços diversos à comunidade. Muitos dos serviços que o IPL adquire a entidades exteriores podem passar a ser realizados internamente. É vital explorar estas potencialidades reais internas que podem ser colocadas ao serviço do desenvolvimento da própria instituição. Apresenta-se de seguida os objectivos para uma melhor e mais efetiva organização e gestão Institucional do IPL e as respectivas ações.
  • 29. ORGANIZAÇÃO E GESTÃO INSTITUCIONAL JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 28 Estratégias Quadro Síntese Objectivos Ações a. Promover uma cultura de identidade e unidade no IPL 1. Elaborar um “Livro branco sobre a comunidade IPL” inventariando as estratégias e ações realizadas nos últimos 5 anos a nível central e nas Unidades Orgânicas que tenham contribuído para o reforço da coesão interna 2. Realizar iniciativas no IPL, de natureza cultural e científica, que promovam um conhecimento interno e constituam também oportunidades de divulgação para o exterior b. Promover a transformação do IPL numa instituição de ensino superior de natureza universitária 1. Criar um grupo de missão, com uma coordenação de pró-presidência, responsável por caracterizar a composição do corpo docente no que concerne ao nº de doutorados, integração em projetos/centros de investigação, publicações, etc, e as perspetivas da sua evolução a médio prazo, bem como de propor medidas de apoio e incentivo 2. Iniciar uma campanha pública para mobilização das sinergias necessárias à concretização deste objetivo c. Promover a inclusão no IPL de outras instituições públicas de ensino superior “não integradas” da região de Lisboa 1. Criar um grupo de missão, com uma coordenação de pró-presidência, responsável por identificar as instituições passíveis de integração e estudar e preparar as implicações desta integração 2. Realizar com as instituições em causa as conversações necessárias à sua integração no IPL e desenvolver um plano de acolhimento d. Implementar um plano de gestão da informação e respectivos recursos 1. Avaliar os sistemas de gestão da informação já existentes, e desenvolver/criar novas funcionalidades para as lacunas que se vier a encontrar. 2. Implementar um sistema de gestão documental digital que permita terminar com o recurso ao uso do papel 3. Promover as ações adequadas para promover e melhorar a imagem pública do Instituto
  • 30. ORGANIZAÇÃO E GESTÃO INSTITUCIONAL JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 29 e. Melhorar os mecanismos de controle interno do orçamento e realizar o planeamento financeiro a longo prazo 1. Reforçar o papel do Conselho Permanente como nuclear na partilha da definição e validação das opções estratégicas do IPL e das suas Unidades Orgânicas Promover reuniões com os diretores de serviço das Unidades Orgânicas para que todos acompanhem e avaliem a implementação das opções estratégicas tomadas f. Mudar a cultura de gestão do IPL aproximando a Presidência e serviços centrais das Unidades Orgânicas, envolvendo todos na tomada de decisão, aos diversos níveis e fomentando a interação entre as Unidades Orgânicas 1. Alterar o estatuto meramente consultivo do Conselho Permanente 2. Fazer evoluir os serviços centrais para um modelo organizativo que reforce as iniciativas de responsabilidade centralizada e transversal ao IPL com projetos próprios e de intervenção, com visibilidade na comunidade tanto interna como externa 3. Promover e apoiar ações de cooperação/ parcerias, projetos/ gestão de recursos/ mobilidade dentro do IPL 4. Fomentar a interação entre as Unidades Orgânicas na partilha de boas práticas g. Reforçar e melhorar unidades de gestão (Conselhos, Divisões, Gabinetes, Serviços…), aperfeiçoar e tornar eficazes a sua articulação e relacionamento 1. Promover a avaliação de recursos e processos, bem como das condições organizativas, de modo a criar uma reflexão conjunta sobre os problemas e soluções. No fundo, apostar numa articulação muito forte e solidária entre os serviços centrais e as várias unidades orgânicas 2. Reforçar o trabalho de gabinetes criados e cujo desempenho se tem mostrado profícuo 3. Ativar uma estrutura de administração alargada e participada que integre os diretores de serviços dos serviços centrais e das unidades orgânicas, numa lógica de desenvolvimento da instituição h Implementar um plano de gestão e de qualificação dos recursos humanos, docentes e não docentes 1. Criar um Centro de Formação e Dinamização que promova ações internas de formação e desenvolvimento profissional dos recursos humanos do IPL e que possa, igualmente, oferecer e prestar serviços à comunidade
  • 31. ORGANIZAÇÃO E GESTÃO INSTITUCIONAL JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 30 2. Envolver a comunidade de funcionários não docentes na elaboração de um plano plurianual de formação, valorizando os recursos internos para a realização destas ações 3. Gerir de forma articulada os recursos humanos não docentes dos serviços centrais e de cada unidade orgânica, favorecendo a mobilidade de curta duração entre UNIDADES ORGÂNICAS e serviços centrais no sentido de promover o conhecimento mútuo e a partilha de experiências e até na resolução de ausências temporárias de funcionários em sectores mais carenciados da Unidades Orgânicas 4. Atribuir incentivos para a realização de pós- graduações e mestrados pelos funcionários não docentes orientados para a qualificação em gestão e liderança intermédia 5. Promover medidas e ações que valorizem o trabalho em equipa, tanto interno como em ligação com a comunidade e os parceiros sociais, numa real e viva articulação interna e externa que dê visibilidade ao IPL i. Implementar um plano de manutenção e reconversão do património edificado do IPL e de construção de novos edifícios 1. Criar um grupo de missão, formado por especialistas do IPL na área da edificação e do património, com a tarefa de promover as ações necessárias à elaboração e execução de um plano de manutenção e reconversão do património edificado e de construção de novos edifícios j. Promover a melhoria da eficiência dos apoios aos estudantes 1. Reforçar a disponibilidade do parque residencial 2. Promover a qualidade das instalações atribuídas às organizações associativas estudantis 3. Criar e promover um programa de integração dos novos estudantes do IPL, nomeadamente na comunidade académica e na cidade de Lisboa 4. Criar e reforçar infra-estruturas de apoio aos estudantes em colaboração com o SAS k. Apoiar o movimento académico estudantil, nomeadamente através da FAIPL, promovendo a 1. Acompanhar com maior proximidade as iniciativas do movimento estudantil, incentivando e apoiando a organização de eventos de promoção da reflexão e debate sobre os mais diversos temas
  • 32. ORGANIZAÇÃO E GESTÃO INSTITUCIONAL JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 31 cultura para uma melhor cidadania e problemáticas, em particular aqueles que afetam a vida e o futuro dos estudantes l. Promover a atividade cultural e desportiva no IPL 1. 2. Apoiar a Casa de Cultura e Recreio do Pessoal do IPL, incentivando as suas iniciativas, até como forma de a tornar mais conhecida e aumentar o nº de sócios e de beneficiários das suas atividades Reforçar e potenciar a oferta cultural interna ao IPL e disponibilizá-la a todos, incentivando, em particular, a participação dos estudantes de todas as Unidades Orgânicas 3. Promover iniciativas de natureza lúdica e formações alternativas, ativas e práticas, que envolvam as Unidades Orgânicas, e ainda funcionários docentes, não docentes e estudantes 4. Estabelecer protocolos para facilitar o acesso à cultura aos funcionários e estudantes, bem como para proporcionar condições que contribuam para a melhoria da sua qualidade de vida 5. Criar um circuito de manutenção física no Campus de Benfica e noutras Unidades Orgânicas, sempre que tal seja possível, aberto a todos 6. Adquirir e disponibilizar aparelhos desportivos exteriores no Campus de Benfica e noutras Unidades Orgânicas , sempre que tal seja possível m. Consolidar a acreditação do Sistema Interno de Garantia da Qualidade do IPL 1. Manter a estrutura central, mas partilhada, de Gestão da Qualidade 2. Promover a melhoria dos recursos disponíveis para a aperfeiçoar o SIGQ n. Constituir um “Conselho de Eméritos” como um dos pilares essenciais do universo de cultura e saber do IPL 1. Promover as medidas necessárias à constituição do “Conselho de Eméritos” por docentes e não docentes jubilados do IPL 2. Contemplar e promover o envolvimento deste Conselho nas diversas iniciativas de natureza cultural e científica do Instituto
  • 33. ORGANIZAÇÃO E GESTÃO INSTITUCIONAL JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 32 o. Promover eventos académicos no IPL que reforcem a cultura e a unidade identitária do instituto 1. Promover as condições necessárias para a realização de eventos, tais como, a Sessão Solene de Abertura do ano académico, a Comemoração do Dia do IPL, ou a Cerimónia de entrega de Diplomas e Prémios, entre outras, garantindo a participação alargada de discentes e docentes p. Orientar a Associação Politec&ID como plataforma privilegiada no apoio à concretização da missão do IPL e de todas as suas Unidades Orgânicas 1. Promover e publicitar a Politec&ID no universo do IPL, sensibilizando os docentes a direcionar, para esta associação projetos de investigação em parceria com organizações Quadro 3 - Organização e Gestão Institucional: Objectivos e ações
  • 35. JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 34 2.º Eixo Programático Qualidade de Ensino Introdução A grave crise económica e financeira dos últimos anos teve graves repercussões no sistema de ensino superior, particularmente no subsistema politécnico. A redução das verbas do OE para as instituições de ensino superior fez-se sentir de uma forma dramática. No contexto da feroz concorrência entre as diferentes ofertas no ensino superior, a nível nacional e internacional, é imperioso assumir como principal prioridade do IPL a da sua afirmação e posicionamento como uma instituição de referência em áreas tão distintas, mas fundamentais, como as artes, as engenharias, a gestão e contabilidade, a saúde, a comunicação e educação, prevendo ainda a possibilidade do seu alargamento a outras áreas do conhecimento. Deste propósito de afirmação do IPL resulta ainda, para além da aposta nas formações de licenciatura, de pós-graduação e de mestrado, a criação de condições com vista à possibilidade das Unidades Orgânicas do IPL, autonomamente, atribuírem o grau de doutor. Problemas 1. A inexistência de uma estratégia integrada de captação de estudantes, docentes e parceiros para o IPL Não tem existido, no IPL, uma estratégia de comunicação global, que contribua para a visibilidade e valorização da qualidade de ensino, da excelência das formações ministradas e da qualidade do seu corpo docente. Simultaneamente, essa ausência de estratégia estende-se à completa omissão de qualquer iniciativa de prospecção de futuros estudantes junto das instituições de ensino secundário. O IPL tem visto o seu desenvolvimento penalizado pela falta de dinamismo na divulgação da oferta formativa, e na ausência da monitorização das expectativas, em constante mudança, de potenciais estudantes e de potencial mercado de trabalho. Veiculada por alguns sectores de opinião, a ideia persistente de desvalorização social do ensino politécnico tem vindo a afetar a imagem deste subsistema, não tendo havido uma estratégia para contrariar esta percepção, e sente-se
  • 36. QUALIDADE DE ENSINO JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 35 progressivamente os efeitos nefastos de uma subalternização das suas propostas de formação. No que concerne à oferta curricular, constata-se alguma rigidez na composição das ofertas formativas, nomeadamente, na dificuldade de articulação entre planos de estudos associada à diversidade de recursos e experiência das Unidades Orgânicas. Também a internacionalização não tem sido objecto de tratamento estratégico por parte do IPL e das Unidades Orgânicas. Entre os problemas identificados, destacam- se a não divulgação do IPL, das Unidades Orgânicas e dos seus curricula, para além da inexistência de uma política de oferta de Unidades Curriculares em língua veicular inglesa. 2. O desconhecimento sobre a suas Unidades Orgânicas Não tem sido valorizada a diversidade e os recursos efetivamente existentes na comunidade académica do IPL, o que tem resultado no desperdício de contributos que, decerto, poderiam notabilizar a imagem do IPL. A partilha de ideias, experiências e soluções entre as Unidades Orgânicas é ainda deficitária, o que resulta no desconhecimento dos seus modelos educativos e na deficiente partilha de recursos. O balanço global do percurso profissional e da efetiva empregabilidade dos estudantes formados pelas Unidades Orgânicas é ainda incompleto. 3. Ausência de uma estratégia integradora de formação Apesar das condições contratuais dos docentes a tempo parcial não serem particularmente compensadoras, estes colegas têm um papel fundamental no ensino de muitas Unidades Curriculares, nomeadamente as de cariz prático. Todavia, a sua presença não tem sido valorizada no plano curricular, não se aproveitando a sua “mais-valia”, rica em experiência e formação científica, técnica, cultural ou artística, para a dinamização da vida académica, acabando os próprios por ser remetidos à condição de colaboradores eventuais para um mero preenchimento de horário. O IPL ainda não desencadeou uma política genuína de formação para os 3ºs Ciclos, nem tão pouco promoveu o seu apoio e enquadramento interno, a despeito da exigência de qualificação para o percurso académico e responsabilidades atribuídas aos seus docentes. A actividade dos centros de investigação como suportes de realização curricular e de desenvolvimento do percurso académico é ainda diminuta, verificando-se ainda o subaproveitamento de programas e potenciais protocolos de parceria em formação avançada. 4. Insuficiência de modalidades de formação A realidade das modalidades de formação implica uma interpenetração entre a vida ativa e as propostas de formação, conciliando a dimensão presencial com recursos de mediação; não há uma plataforma de e-learning no IPL, nem uma aposta consolidada na construção de recursos centralizados.
  • 37. QUALIDADE DE ENSINO JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 36 Para além da participação nos programas Erasmus, é ainda reduzida a mobilidade dos estudantes e docentes, não sendo acionados de forma eficiente e simétrica os protocolos entre estudantes e docentes com instituições em protocolo com o IPL. Oportunidades e Potencialidades 1. O contexto de implementação do IPL A apetência por novas áreas de formação com maior diversidade curricular poderá suscitar uma maior ligação entre as Unidades Orgânicas do IPL bem como o estabelecimento de protocolos com outras entidades – outros estabelecimentos de Ensino, públicos e privados, Centros de Investigação Científica (Laboratórios e Institutos do Estado). A densidade de concentração de estabelecimentos de ensino secundário na área metropolitana de Lisboa permite, também, um impacto considerável junto da população jovem para uma sensibilização à oferta formativa do IPL. O alargamento e diversificação da oferta formativa poderá ainda decorrer da integração de outras escolas e institutos de formação superior. 2. Os recursos materiais e humanos do IPL Existe no IPL um corpo docente diversificado que importa valorizar. Desta diversidade de individualidades há muitas que se destacam a nível nacional e internacional, e que, frequentemente estão integradas em redes académicas de investigação relevantes. O IPL dispõe de um significativo acervo documental e um conjunto de contratos e de suportes de acesso a bases de dados e outros recursos, que valorizam e optimizam a sua partilha. A experiência de um número relevante dos seus docentes no plano do empreendedorismo é bem reconhecida, sendo por isso uma clara mais-valia o seu contributo nos diferentes projetos pedagógicos das Unidades Orgânicas do IPL. 3. A especificidade do perfil de oferta formativa do IPL A diversidade de recursos do IPL é plenamente potenciada numa oferta formativa associada ao tecido económico produtivo, à atividade científica e à atividade e criação artísticas. Esta latitude de oferta formativa, ao abranger formações tão distintas quanto a engenharia ou a saúde, a gestão ou as artes, a educação ou a comunicação, e que se distinguem claramente pelo modo como no seu ensino se conjuga a componente conceptual e teórica com saberes pragmáticos e mais operativos, apoiados na tecnologia e nas experiências de cariz aplicado, configura e potencia a abertura de
  • 38. QUALIDADE DE ENSINO JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 37 novas formações além daquelas que são oferecidas nos graus académicos clássicos. Sabe-se que há um mercado ávido destas formações, desde os tradicionais cursos de soft skills, summer schools, masterclasses e a Formação ao Longo da Vida, que podem ser concebidas em parceira e à medida das necessidades dos públicos e das organizações Além disso, o IPL encontra-se em condições privilegiadas para a sua expansão para novas áreas de formação associadas às indústrias ligadas ao Turismo e lazer, à Navegação Comercial, e a outras áreas científicas relacionadas com o Mar e os Oceanos. Estratégias Objectivos Ações a. Valorizar a oferta formativa 1. Implementar a prospecção das expectativas de formação junto de públicos do ensino secundário e superior, nacionais e estrangeiros 2. Definir uma estratégia de comunicação global do IPL que vise uma maior visibilidade da qualidade de ensino, que valorize a sua formação de excelência, o seu cariz aplicado, a qualidade do seu corpo docente, a um tempo de académicos e de profissionais de relevo na sua área de especialidade 3. Alargar as propostas formativas, nomeadamente, nos países da CPLP, na América Latina e na Ásia b. Aproveitar as competências e diversidades de cada UO para a criação de novas ofertas formativas 1. Criar uma base de dados que contemple as formações/áreas científicas de todos os docentes e técnicos ao serviço das unidades orgânicas do IPL 2. 3. Criar um programa de colaboração curricular complementar entre diferentes Unidades Orgânicas ou com parceiros externos Propor a criação de mestrados de titulação múltipla: graus de mestre inter-Unidades Orgânicas e/ou em articulação com outros estabelecimentos de ensino superior nacionais e estrangeiros.
  • 39. QUALIDADE DE ENSINO JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 38 c. Diversificar a oferta formativa 1. Criar um Programa de Formação ao Longo da Vida – alargando a presença do IPL nas diversas etapas de formação profissional, cultural e artística 2. Promover iniciativas do tipo summer schools, diversificando os períodos da sua oferta formativa 3. Implementar cursos de soft skills, ou seja, cursos breves de capacitação de competências complementares e de interesse para os alunos e públicos externos 4. Promover a realização de masterclasses 5. Criar cursos para classes séniores, podendo algumas delas ser leccionadas por docentes jubilados 6. Criar um Centro de Línguas d. Apoiar a formação de 3.º Ciclo 1. Criar um “Colégio Doutoral” para avaliar os protocolos de parceria nas formações de 3º ciclo; e apoiar os percursos de docentes e estudantes que concluíram o 2º ciclo, e que pretendem continuar os estudos em programas doutorais adequados 2. Numa 1.ª fase: reforçar a presença do IPL, quer no corpo docente, quer no corpo discente dos programas doutorais leccionados em parceria com universidades portuguesas ou estrangeiras, para que se assumam como um polo dinamizador da investigação científica, técnica e artística do IPL Numa 2.ª fase: criar doutoramentos próprios nas áreas científicas nucleares no IPL e. Internacionalizar o IPL ao nível da oferta formativa e captação de estudantes 1. Criar um programa captação de estudantes no estrangeiro, nomeadamente na CPLP, com recurso a programas bilaterais e protocolos entre o IPL e universidades dos países desta comunidade lusófona 2. Criar uma “Rede” com instituições de ensino
  • 40. QUALIDADE DE ENSINO JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 39 superior de países de Língua oficial Portuguesa 3. Dinamizar um quadro de ofertas curriculares e de formação em Língua veicular inglesa nas diversas Unidades Orgânicas 4. Criar um Centro de Línguas no IPL que contemple a formação, para além da Língua Inglesa, de línguas como o Mandarim, o Bahasa, o Árabe, o Alemão e o Espanhol f. Modernizar os suportes educativos 1. Promover a concentração (física ou virtual) das Bibliotecas e Centros de Recursos no Campus do IPL ou numa plataforma virtual central 2. Instalar uma plataforma de e-learning comum a todo o universo IPL 3. Definir uma política de aquisição e dos contratos de utilização de software e partilha dos mesmos pelas Unidades Orgânicas 4. Valorizar as condições de trabalho dos docentes nas instalações das Unidades Orgânicas ou das condições para o contacto virtual com os colegas e estudantes g Reforçar a orientação do Ensino para um universo de empregabilidade 1. Criar um “Observatório” de monitorização da inserção profissional dos diplomados do IPL 2. Criar um “Gabinete” de apoio à criação de estágios e de projetos de inserção na vida activa Quadro 4 – Qualidade de Ensino: Objectivos e ações
  • 42. JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 41 3.º Eixo Programático Investigação Científica, Técnica e Artística Introdução Enquanto instituição de ensino superior, o Instituto Politécnico de Lisboa deve ter como um dos seus principais desígnios, em qualquer circunstância, a produção de Conhecimento. A criação científica, técnica e artística de alto nível é imprescindível para a afirmação do Instituto; sem ela, um conjunto de constrangimentos e bloqueios que hoje existem terão tendência a perpetuar-se a diversos níveis: na captação de estudantes, na empregabilidade dos diplomados, no reforço do prestígio e qualidade dos ciclos de estudos existentes, na implementação de novos ciclos de estudos, e na internacionalização da instituição. Problemas 1. Quantidade e qualidade da investigação O Instituto Politécnico de Lisboa abarca um conjunto de oito escolas em áreas do Saber muito distintas. Como tal, é difícil encontrar elementos comuns que possibilitem uma avaliação homogénea dos resultados de investigação e do processo de criação que conduz a esses resultados. No entanto, uma análise objetiva do trabalho de investigação realizado nas diferentes escolas conduz-nos à inevitável conclusão de que o trabalho de investigação produzido nalgumas áreas é escasso em quantidade e qualidade. 2. Ausência de tempo previsto para a investigação e escassez de recursos materiais para o seu desenvolvimento A relativa exiguidade de resultados de investigação de excelência e de nível internacional radica em diversas dificuldades sobejamente conhecidas e que distanciam o ensino politécnico do subsistema de ensino universitário. Este último, pela sua tradição e natureza, está melhor preparado para propiciar condições de investigação adequadas, concentrando uma parte significativa dos seus recursos para este fim.
  • 43. INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA, TÉCNICA E ARTÍSTICA JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 42 Os docentes do ensino superior politécnico debatem-se com inúmeros constrangimentos, em particular, a não alocação de tempo na distribuição de serviço para atividades de investigação, a falta de recursos materiais para o seu desenvolvimento e a escassez de apoios financeiros para custear as despesas de participação em conferências e noutros eventos científicos. Sente-se no IPL a necessidade de criar uma estrutura institucional que oriente e dinamize essa componente da atividade profissional junto dos nossos docentes. 3. Dificuldades na promoção de uma cultura de investigação No que toca à prossecução de atividades científicas, técnicas e artísticas, é necessário reconhecer que as suas unidades orgânicas se encontram em patamares de desenvolvimento distintos, persistindo, porém, alguma manifesta falta de cultura de investigação científica. Esta relativa lacuna está relacionada com vários fatores, desde a inexistência de tradição nalgumas áreas, até ao tipo de composição do corpo docente, a qual inclui muitos docentes em regime de tempo parcial, condição que dificulta um maior envolvimento com a escola e com o meio académico em geral. Oportunidades e Potencialidades 1. Maior qualificação do corpo docente As unidades orgânicas do IPL apresentam hoje um corpo docente significativamente mais qualificado o que abre boas perspetivas para o futuro no que respeita à consolidação do desenvolvimento de atividades científicas, técnicas e artísticas. 2. Enquadramento legal sobre qualificação para a docência Adicionalmente, as mudanças no enquadramento legal e regulamentar do funcionamento das instituições do ensino superior impulsionam necessariamente a emergência da produção de trabalho científico de qualidade. A progressão na carreira do ensino superior politécnico só é hoje possível para quem constrói currículos de investigação sólidos. Além disso, a acreditação dos cursos só se torna plena onde há evidência da produção científica, técnica e artística de excelência.
  • 44. INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA, TÉCNICA E ARTÍSTICA JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 43 3. Possibilidades de colaboração e de recurso a sinergias diversificadas em projetos comuns Há que notar ainda que, ao longo dos últimos tempos, as unidades orgânicas do IPL foram estreitando relações entre si, de tal forma que são hoje identificáveis inúmeras possibilidades de sinergias, nomeadamente no desenvolvimento de projetos de investigação, desenvolvimento e inovação. Isto é evidente, por exemplo, no caso das escolas das artes, mas não só; existe um potencial grande de colaboração entre docentes das várias escolas, circunstância que pode dinamizar decisivamente a produção científica, técnica e artística. 4. Possibilidade de criação de linhas de investigação diferenciadas A investigação está também intrinsecamente ligada ao ensino pós-graduado. O ensino superior politécnico encontra-se constrangido pelo facto de não poder atribuir o grau de doutor. No entanto, por via dos doutoramentos em parceria com universidades, e do grande número de mestrados que o IPL ministra, há condições para criar um ambiente propício ao desenvolvimento de um conjunto de linhas de investigação com um cunho próprio, que distinga e destaque o carácter específico e único da investigação no IPL, diferente do que se faz noutras instituições do ensino superior.
  • 45. INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA, TÉCNICA E ARTÍSTICA JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 44 Estratégias Objectivos Ações a. Valorizar e incentivar a excelência da atividade de investigação do IPL 1. Elaborar e implementar uma “Carta de estratégia institucional de apoio às atividades de investigação, desenvolvimento e inovação do IPL” que contemple instalações, suporte institucional e recurso a uma matriz multidisciplinar, com maior envolvimento da Associação Politec&ID 2. Promover e dinamizar as plataformas de publicação e edição de artigos e trabalhos resultantes da atividade de investigação científica, técnica e artística 3. Publicar os resultados da atividade de investigação científica, técnica e artística pelos meios tradicionais 4. 5. Implementar a recolha sistemática e o processamento de informação relativa à atividade científica, técnica e artística por parte dos serviços de informação e documentação Estimular a criação e desenvolvimento de Grupos e Centros de Investigação, de preferência multidisciplinares, no IPL com recurso às sinergias entre Unidades Orgânicas b. Criar incentivos diretos à obtenção de resultados de investigação e favorecer a sua continuidade 1. Definir com clareza o que se entende por resultados de excelência em cada uma das áreas de conhecimento na esfera de competências das escolas do IPL 2. Divulgar os resultados de investigação de excelência por via dos canais institucionais existentes 3. Atribuir prémios / menções honrosas aos docentes envolvidos no trabalho realizado 4. Disponibilizar verbas para dar seguimento à investigação já realizada 5. Criar o perfil de “investigador” para docentes com resultados de relevo em investigação com efeitos na respectiva distribuição de serviço docente, no
  • 46. INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA, TÉCNICA E ARTÍSTICA JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 45 processo de avaliação de desempenho e no acesso a condições de trabalho facilitadoras da actividade de investigação e da sua divulgação nos fóruns próprios c. Projeção nacional e internacional da investigação do IPL 1. Criar parcerias, canais privilegiados e redes de colaboração em projetos de investigação com outras instituições nacionais e internacionais 2. Promover a procura sistemática e diversificada de fontes de financiamento para projetos de investigação do IPL d. Promover a transferência de conhecimento adquirido 1. Promover estratégias e linhas de investigação que privilegiem a inovação, e ainda, o registo e promoção de patentes 2. Produzir um anuário científico do IPL, que reúna a informação sobre os resultados de investigação de maior destaque alcançados em todas as escolas do Instituto Apoiar as publicações de cariz científico que existem nas Unidades Orgânicas Quadro 5 – Investigação Científica, Técnica e Artística: Objectivos e ações
  • 48. JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 47 4.º Eixo Programático Internacionalização Introdução A internacionalização do ensino superior é hoje uma realidade que condiciona decisivamente o futuro de qualquer instituição neste sistema. Em Portugal, devido à situação periférica no continente europeu e ao relativo atraso em relação a este fenómeno dinâmico, a internacionalização assume um carácter prioritário e vital para o desenvolvimento e afirmação das suas instituições. Este é, porventura o fator mais determinante para a sua sustentabilidade e garantia de competitividade ao propiciar o indispensável intercâmbio de saberes, culturas e conhecimentos, bem assim como a aferição permanente da sua qualidade em parâmetros plenamente validados. Como eixo prioritário do seu programa de ação, esta candidatura assume a urgência do fortalecimento da componente operativa internacional da oferta do IPL enquanto elemento diferenciador no âmbito das suas atividades de ensino, investigação e cooperação. Conforme a matriz identitária defendida para o IPL, pretende-se uma Instituição aberta a um mundo cada vez mais globalizado, no qual a mobilidade e as parcerias sejam o motor que reforça a sua presença na rede internacional do ensino superior, da investigação e da criação artística. Problemas 1. Modelo de internacionalização Conscientes de que o processo de internacionalização não é unívoco, importa consubstanciar um modelo de desenvolvimento para o IPL com base em critérios pragmáticos seguros. O actual modelo existente não responde a estas questões estratégicas, limitando-se a um conjunto de intenções ou de ações dispersas. Esta limitação tem-se reflectido na ausência de impacto real da dimensão internacional do Instituto, quer a nível externo (nacional/internacional), quer a nível interno no seio das suas Unidades Orgânicas.
  • 49. INTERNACIONALIZAÇÃO JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 48 2. Infraestrutura de internacionalização A falta de um modelo de internacionalização tem tido repercussões a nível do desempenho do GRIMA que, manifestamente, atua num âmbito muito restrito (mobilidade) e de forma não sistémica. Importa, sem dúvida, equipar o Gabinete de Internacionalização dos recursos necessários, de forma a que, obedecendo a um modelo de internacionalização consequente, seja o elemento facilitador de cooperação integrada entre as várias Unidades Orgânicas do IPL e as instituições congéneres externas potencializando a concretização de múltiplas iniciativas. 3. Oferta formativa Pese a riqueza curricular do IPL, as Unidades Orgânicas não têm sido pró-ativas na adequação das suas especificidades e dos seus planos curriculares a uma realidade de interação internacional. Importa, pois, sensibilizar as Unidades Orgânicas no sentido de refletirem e atuarem sobre a sua oferta formativa, potencializando a sua capacidade de captação de estudantes externos (ex. disponibilização de um grande número de Unidades Curriculares - tendencionalmente turmas - leccionadas em língua inglesa, de modo a acomodar os estudantes em mobilidade), e de criação de parcerias (ex. erasmus mundus). Oportunidades e Potencialidades 1. O relatório “Uma estratégia para a internacionalização do Ensino Superior Português” A publicação deste relatório é um sinal positivo da tutela ao pretender dar um impulso inicial a uma nova fase de internacionalização do ensino superior português, fazendo recomendações que possam concretizar uma estratégia para tal internacionalização. 2. Estatuto do estudante internacional Este estatuto constitui um impulsionador da angariação de estudantes externos que, não só abre o acesso ao ensino superior português a estudantes estrangeiros por vias alternativas aos programas de mobilidade, como desburocratiza e uniformiza o processo de integração destes estudantes.
  • 50. INTERNACIONALIZAÇÃO JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 49 3. Conjunto de iniciativas/programas comunitários A possibilidade de se promoverem toda uma série de iniciativas com o apoio de programas comunitários constitui um importante incentivo à cooperação internacional entre instituições de ensino superior. Para lá da mobilidade, o IPL deverá trabalhar num programa de desenvolvimento desta vertente, sobretudo ao nível da criação de ofertas formativas nos vários ciclos. São igualmente vectores para esse desenvolvimento a criação de cursos de curta duração e de formação profissional com recurso entre outras a modalidades de ensino a distância através da aposta no e-learning. 4. A Lusofonia IPL A par das diretivas europeias para captação de mercados fora do espaço europeu e no reconhecimento da unidade linguística e de um passado e cultura comum qualquer instituição portuguesa de ensino superior, incluindo o IPL, tem acesso privilegiado ao espaço lusófono. Esta é uma oportunidade que não deve ser mais adiada, devendo ser assumida como de investimento prioritário. 5. Universo IPL A multidisciplinaridade inerente às diferentes vocações de cada UO do IPL é uma característica que se optimiza com o benefício da expansão do seu corpo discente com outras origens e culturas, e com a procura da diversidade de contactos e relacionamentos externos efetivos. 6. Localização IPL Com todas as suas Unidades Orgânicas localizadas na região de Lisboa, cujos atrativos para estudar, viver, e visitar têm beneficiado de particular visibilidade a nível internacional, cabe ao IPL promover este atributo enquanto vantagem comparativa junto dos públicos a captar.
  • 51. INTERNACIONALIZAÇÃO JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 50 Estratégias Objectivos Ações a. Dotar o IPL dos recursos, oferta formativa e dinâmicas que conduzam à sua efetiva internacionalização 1. Investir numa política de comunicação sólida de promoção da visibilidade internacional do IPL 2. Promover a interdisciplinaridade e transversalidade do IPL como fatores de diferenciação positiva internacional 3. Fomentar acordos e parcerias, explorando os múltiplos programas comunitários de forma a aumentar o número de estudantes, docentes e investigadores estrangeiros 4. Explorar as potencialidades de acesso especial conferido pelo Estatuto do Estudante Internacional 5. Garantir os meios e recursos que permitam a presença do IPL nas mais importantes plataformas ou eventos com projecção internacional (feiras internacionais, missões, etc..) 6. Estimular o envolvimento da comunidade académica na disseminação da marca IPL para além fronteiras 7. Apostar nos mercados lusófono, europeu de leste, ibero-americano, norte-americano e do extremo oriente 8. Dotar o IPL de estruturas de apoio e de acolhimento de estudantes internacionais em particular ao nível da procura de alojamento e integração cultural e social
  • 52. INTERNACIONALIZAÇÃO JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 51 b. Criar uma infraestrutura de internacionalização do IPL 1. Criar uma “Agência” de relações internacionais do IPL 2. Criar ou integrar redes com outras instituições congéneres no espaço internacional 3. Implementar uma política de captação de financiamento para a realização de projetos de cooperação e mobilidade internacional 4. Reformular as competências e a organização do GRIMA 5. Dotar o GRIMA de recursos humanos de forma a gerir com eficácia o processo de internacionalização 6. Explorar a localização do IPL, na cidade e área metropolitana de Lisboa, como plataforma privilegiada de intercâmbio de estudantes c. Adequar a oferta formativa ao perfil do estudante internacional 1. Aumento do número de Unidades Curriculares leccionadas em língua inglesa para incrementar a mobilidade e a captação de estudantes internacionais 2. Criar cursos em parceria com outras instituições estrangeiras de forma a enriquecer a experiencia internacional dos estudantes 3. Desenvolver o modelo de dupla titulação no âmbito do Programa Erasmus+ 4. Promover a utilização das plataformas de e- learning, para o ensino à distância no âmbito internacional 5. Promover encontros internacionais de âmbito académico-científico 6. Promover a língua e a cultura portuguesa como veículo de captação e mobilidade de estudantes internacionais Quadro 6 - Internacionalização: Objectivos e ações
  • 54. JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 53 5.º Eixo Programático Relação com a Comunidade Introdução Nos dias de hoje, as instituições de ensino superior não podem funcionar fechadas sobre si próprias. A articulação e a relação com a comunidade e com as instituições e organizações do espaço geográfico onde estão inseridas é um factor crítico de sucesso e sustentabilidade. O Instituto Politécnico de Lisboa, ao estar inserido na área metropolitana de Lisboa, zona industrializada e economicamente desenvolvida, dotada do maior centro populacional e onde estão concentrados a maioria dos serviços do Estado e de privados, só tem a beneficiar se estabelecer uma relação dinâmica, aberta e em permanência com esta larga comunidade. Simultaneamente, num quadro de um sistema de qualidade, os requisitos atuais determinam novas exigências aos estabelecimentos de ensino superior, pelo que, o IPL deve desenvolver um trabalho de relacionamento com as diferentes comunidades, de forma a integrar-se, cada vez mais, na cidade e na grande área metropolitana de Lisboa. A abordagem aos diferentes parceiros externos deve ter em conta a prossecução de propósitos como a incorporação de atividades de parceria e de prestação de serviços, formação, investigação, inovação e desenvolvimento, de promoção da intervenção cívica e cultural. Problemas 1. Inexistência de estratégia institucional do IPL de relação com a comunidade A inexistência de uma estratégia institucional de relacionamento com a comunidade não tem atraído as “forças vivas” da comunidade para o desenvolvimento da missão social e pública do IPL. Esta realidade não tem possibilitado a captação de apoios, contributos e reconhecimento público. É essa incapacidade em atrair sinergias com os agentes da sociedade ao nível local e nacional, e a ausência de qualquer forma de visibilidade que tem limitado fortemente o impacto social da relação do IPL com a comunidade envolvente.
  • 55. RELAÇÃO COM A COMUNIDADE JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 54 2. Desconhecimento sobre a realidade atual das relações das Unidades Orgânicas do IPL com a comunidade O desconhecimento, a nível da presidência, sobre a extensão, a natureza e as dimensões das relações das várias Unidades Orgânicas do IPL com a comunidade, tem desperdiçado o enorme potencial do somatório dessas mesmas forças para a sua própria rentabilização e para a afirmação do IPL. A inexistência de indicadores para a avaliação da direção e da força das eventuais relações existentes entre as Unidades Orgânicas e parceiros da comunidade não tem permitido capitalizar ganhos e capacidade sinergética. 3. Ausência de uma plataforma de gestão, facilitadora da relação das Unidades Orgânicas com a comunidade Outra dificuldade que urge resolver prende-se com a incapacidade da Associação POLITEC I&D em atuar como um dos facilitadores da relação do IPL com comunidade, e com a ausência de articulação entre esta associação e os agentes académicos do IPL. A POLITEC I&D não tem funcionado de forma sistemática, não detém estrutura funcional e recursos próprios, nomeadamente humanos, não se divulga nem se dá a conhecer, e não se relaciona nem se integra com as Unidades Orgânicas do IPL. A inexistência de um desenho e aplicação de um modelo de avaliação e potenciação dos protocolos estabelecidos com várias entidades nacionais, como instrumentos privilegiados de desenvolvimento da relação com a comunidade, é outra das lacunas de consequências mais limitativas do desenvolvimento deste importante eixo programático para o IPL. Oportunidades e Potencialidades 1. A região de implantação do IPL Para além da dimensão e projeção nacional do IPL, existe uma condição única e especifica que é a região geográfica onde se insere. Esta região inclui a maior densidade demográfica do país, albergando um terço da população portuguesa, assim como a sua cidade capital com a respectiva grande área metropolitana de concentração de vários agentes de índole social, de índole política, económica, comercial, industrial e de serviços. A cidade e a área metropolitana de Lisboa, como polo de forte captação de interesses e de atenção internacional, constituem-se como uma das maiores condicionantes potenciadoras da internacionalização das nossas escolas, e, por conseguinte, do IPL.
  • 56. RELAÇÃO COM A COMUNIDADE JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 55 2. O grau de consolidação e a realização existente do parque instalado nas UO do IPL As relações já existentes e o seu grau de consolidação com parceiros vários da comunidade ao nível da cada UO tanto no plano nacional e internacional são a base que permite perspectivar a adoção de novas políticas transversais de reforço desta componente essencial da realidade do IPL, a qual se inscreve na agenda de prioridades institucionais que valorizam o desenvolvimento de ações de parceria, de relação com as comunidades e de cooperação entre diferentes agentes com objectivos comuns. 3. As áreas do conhecimento e valências instaladas no IPL Ao congregar uma vasta gama de áreas do conhecimento, o IPL evidencia um cunho verdadeiramente “universal” no campo das ciências, tecnologias e das artes (administração e contabilidade, comunicação, cinema, educação, engenharias, dança, música, teatro, e saúde, perspectivando-se ainda a possibilidade de expansão para outras áreas como a náutica, as ciências do mar e dos oceanos, o turismo e a hotelaria). Neste domínio, importa destacar as valências e as competências instaladas nas Unidades Orgânicas do IPL, ao nível dos seus recursos humanos qualificados e diferenciados, do seu espólio laboratorial e de ferramentas instrumentais, das suas instalações físicas e respectiva localização geográfica, e ainda, a sua capacidade de evolução para uma maior potenciação e optimização da sua qualidade.
  • 57. RELAÇÃO COM A COMUNIDADE JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 56 Estratégias Quadro Síntese Objectivos Ações a. Desenhar uma estratégia de relacionamento do IPL com a comunidade 1. Elaborar uma “Carta de compromisso do IPL com a comunidade” e de um “Livro branco sobre o IPL e a Comunidade” de inventariação das estratégias e ações realizadas nos últimos 5 anos nas Unidades Orgânicas de modo a projetar futuras linhas de investimento e ação 2. Criar no IPL um “Gabinete” de gestão partilhado com as Unidades Orgânicas para as relações com a comunidade b. Afirmar o IPL como parceiro de referência, na investigação, inovação e desenvolvimento das Unidades Orgânicas 1. Angariar apoios e estabelecer pontes junto dos membros cooptados do Conselho Geral do IPL e outros parceiros para desenvolver projetos de relação com a comunidade Promover reuniões e eventos, científicos e culturais, atraindo os membros da comunidade envolvente (congressos, jornadas temáticas, debates, espetáculos, concertos, exposições, ações, atividades em espaços públicos, etc.) 2. c. Fomentar uma maior proximidade com o mercado de trabalho e a atividade económica de modo a tornar o IPL parceiro preferencial para a colocação de estagiários e de recrutamento profissional 1. Realizar encontros, reuniões e espaços de troca de informação em networking com as forças vivas da comunidade (empresas de vários sectores, autarquias, escolas, fábricas, media, associações, sindicatos e outros) para fomentar e incrementar a relação com os membros da comunidade académica do IPL, nomeadamente os estudantes d. Desenvolver o conceito de um “Campus IPL polinucleado” como factor de cooperação e de ligação com as instituições de ensino secundário 1. Desenvolver um programa de atividades de apresentação às instituições de ensino secundário da área metropolitana de Lisboa do IPL e seus projetos
  • 58. RELAÇÃO COM A COMUNIDADE JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 57 e. Divulgar a participação de membros da comunidade académica do IPL em órgãos e estruturas de “governo” de outras instituições e organizações da comunidade 1. Inventariar e reforçar a participação de membros da comunidade académica do IPL em órgãos e estruturas de “governo” de outras instituições e organizações da comunidade f. Reconhecer a importância dos antigos estudantes como “embaixadores do IPL” na comunidade 1. Criar um espaço de relacionamento e de Associações de antigos alunos das Unidades Orgânicas do IPL através da promoção de uma Federação Alumni IPL g. Promover o espírito de intervenção cívica, de voluntariado e solidariedade entre os membros da comunidade académica 1. 2. Apoiar e incentivar ações de intervenção dos estudantes, docentes e funcionários não docentes junto da comunidade, através de projetos multidisciplinares Criar de Grupos promotores de atividades com a comunidade nas várias áreas do conhecimento das Unidades Orgânicas, incentivando a participação de estudantes, docentes, funcionários não docentes, ex-estudantes, docentes e não docentes aposentados, favorecendo o estabelecimento de uma cultura e uma identidade inter-relacional e inter-geracional que corporize uma verdadeira integração comunitária h. Fortalecer o empreendedorismo, nomeadamente, através do Programa Poli- Empreende e apoiar a criação de “start- ups” para estudantes e diplomados do IPL 1. Intensificar a formação em empreendedorismo com oferta de Unidades Curriculares específicas e promover a mobilidade de estudantes e docentes 2. Promover espaços no IPL para a criação de start- ups com recurso a estratégias de empreendedorismo e de parcerias i. Promover a cultura científica, tecnológica e artística do IPL junto da comunidade externa 1. Promover um programa anual de eventos culturais virado para o exterior, envolvendo todo o IPL, leia-se Unidades Orgânicas, nomeadamente as artísticas através da oferta e realização de eventos de vária natureza (espetáculos, seminários, congressos, jornadas, ateliers, etc..)
  • 59. RELAÇÃO COM A COMUNIDADE JORGE VERÍSSIMO - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO IPL 58 2 Criar um “Gabinete” de gestão de eventos do IPL partilhado pelas Unidades Orgânicas 3 Estabelecer parcerias com entidades várias para a promoção de um “Programa Cultural do IPL”. Quadro 7 – Relação com a Comunidade: Objectivos e ações