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nº 17 / JUL - AGO 2014 evista 
O Campo é o Nosso Escritório 
O CAMPO NA 
PALMA DA MÃO 
O campo nunca absorveu tanta tecnologia, 
mas o gargalo ainda é a integração entre elas. 
Manejo de doenças na soja 
Noite de Campo BMW 
Produtor do ano 
Diversificação gera renda 
Pergunte ao especialista | Área Polo Morgan | Iniciativa 2. 4D da Dow | Fruticultura
“A agricultura é a arte 
de saber esperar” 
Riccardo Bacchelli 
28 de Julho 
Dia do Agricultor
Diretor Geral 
Marcelo Souza 
Diretora Executiva 
Fabiane Cavina Souza 
Redação 
Renato Piovan 
Matérias 
José Carlos Muniz 
Direção de Arte 
PARRA+CONSENTINO 
Publicidade 
Fotos 
José C. Muniz e 
arquivo Manancial 
fotografi a 
Agência Manancial 
Comunicação 
Av . Brasil 1359 , Loja 7 
Centro - Pedrinhas Pta 
Fone 18 3375 - 1101 
Departamento Comercial 
José Carlos Muniz 
muniz@ragricola.com.br 
18 99713 9878 
18 3375 1101 
www.ragricola.com.br 
Tiragem 
10.000 exemplares 
Periodicidade 
Bimestral 
2014 
evista 
A tecnologia no campo e seus desafi os 
O agronegócio brasileiro tem demonstrado seu potencial e a cada dia sur-gem 
novos desafi os. 
Com o advento das novas tecnologias, o campo se transformou em um mer-cado 
cobiçado, não somente por empresas de máquinas e implementos, mas 
também de sistemas de gestão e afi ns. No entanto, são crescentes também 
as reclamações de falta de mão de obra especializad a para gerir todas estas 
informações e integrá-las para o maior aproveitamento por parte do produtor, 
que paga caro, mas muitas vezes não consegue usufruir dos seus benefícios. 
Para discutir este entrenó, visitamos os produtores mais técnicos da região, 
além de pesquisadores e professores que desenvolvem trabalhos voltados a 
desmistifi car as novas tecnologias e facilitar a vida no campo. 
Na próxima edição traremos vários resultados de produtividade de milho 2ª 
safra no Vale do Paranapanema, além das curiosidades de uma família do mu-nicípio 
de Platina (SP) que ainda utiliza o tradicional engenho movido a cavalo 
para a fabricação de melado e rapadura. 
Caso tenham alguma dúvida ou sugestão de matéria, favor nos encaminhar 
através do email: leitor@ragricola.com.br 
Tenham todos, uma ótima leitura e até a próxima! 
Marcelo Souza 
Diretor Geral 
IMAGEM DO MÊS 
No dia de São Donato tem macarronada de graça para toda população 
em Pedrinhas Paulista (SP), cidade sede da Revista Agrícola
SUMÁRIO 
05 Pergunte ao especialista 
12 Consórcio Nacional Jacto 
13 Área Polo Morgan 
14 Morgan em Pedrinhas Pta 
16 Agro Rural 
18 Bayer e Agro Ferrari 
19 Ihara lança novo inseticida 
22 Iniciativa 2. 4D da Dow 
24 Produtor do ano 
26 Unimaq-John Deere 
28 Valley 
44 Fruticultura 
46 Diversifi cação gera renda 
48 Aconteceu na região / Profi ssionais do Agro 
50 Agenda 
10 Noite de Campo BMW 
30 O Campo na palma 
da mão 
08 Agricultura de precisão 
em foco 20 Manejo de doenças 
na soja
revista Agrícola | 5 
PERGUNTE AO 
ESPECIALISTA 
Entenda como fazer a declaração do Cadastro Ambiental Rural - CAR 
Trazendo inquietação e preocu-pações 
para o setor agrícola, o 
CAR – Cadastro Ambiental Rural 
foi regulamentado nacionalmente em 
05 de maio último com a publicação do 
decreto 8.235/2014. 
Em nossa experiência de trabalho 
notamos que muitos dos responsá-veis 
pelos pequenos imóveis rurais, 
não tem sequer ciência da nova exi-gência 
legal, ao passo que os pro-prietários 
de médio e grande porte 
estão bastante confusos quanto aos 
termos e dados necessários para 
efetivar a declaração. 
Sem pretender esgotar o assunto, 
que é realmente mais complexo do que 
parece, farei um apanhado geral visan-do 
esclarecer os principais pontos con-cernentes 
ao tema. 
O QUE É O CAR? 
Trata-se de um instrumento estatal 
de gestão através do qual pretende-se 
conhecer, monitorar e planejar a situa-ção 
florestal no país. O próprio conceito 
legal, quando separado em tópicos, é 
autoexplicativo, vejamos: 
Registro público: registro é um as-sentamento, 
uma escrituração. Público 
é o antônimo de “não particular”, signifi-ca 
que não é sigiloso. Desde 1989 a re-serva 
legal deveria ser obrigatoriamente 
averbada à margem da matrícula dos 
imóveis rurais, ao passo que as outras 
formas de cobertura vegetal não tinham 
nenhum tipo de controle formal. 
Obrigatório: não é facultativo, to-dos 
os imóveis rurais deverão se cadas-trar, 
ou estarão sujeitos as sanções por 
descumprimento. 
Eletrônico: O CAR põe fim as exi-gências 
de averbação notarial de for-ma 
que as informações ambientais 
passam a ser armazenadas eletroni-camente, 
salvo em casos específicos 
de compensação da reserva legal ex-tra 
propriedade nos quais permanece-rá 
a exigência de averbação na matrí-cula 
do imóvel em cartório. 
Âmbito Nacional: Todo imóvel ru-ral 
brasileiro deverá se cadastrar e de-clarar 
seu status ambiental. 
Caráter declaratório: Ou seja, 
assim como no caso do imposto de 
renda, cabe ao proprietário ou pos-suidor 
de imóvel rural demonstrar e 
comprovar ao Estado qual é a situação 
ambiental. A responsabilidade pela 
declaração é de quem a faz, ficando o 
declarante sujeito as penas da lei em 
caso de falsidade ou omissão. 
QUANDO FAZER A DECLARAÇÃO? 
Nos termos da lei 12.651/2012, 
o prazo para cadastramento do imó-vel 
rural no CAR é de um ano, a con-tar 
da sua instituição, que ocorreu 
no último dia 06 de maio, através da 
Instrução Normativa nº 02 do Minis-tério 
do Meio Ambiente. 
A mesma lei estabelece que este pra-zo 
pode ser prorrogado por mais um ano, 
por ato do chefe do poder executivo. 
QUE DADOS SÃO NECESSÁRIOS 
PARA FAZER A DECLARAÇÃO? 
Os integrantes dos órgãos ambien-tais 
se esforçam por defender a sim-plicidade 
do cadastramento do imóvel 
alegando que são necessários apenas 
dados do proprietário ou possuidor, da-dos 
do imóvel rural e da situação flores-tal. 
Porém, como em toda teoria, tam-bém 
neste caso, a prática é outra. 
O que se vê é que existem inúmeras 
dificuldades que vão desde identificar 
corretamente o tipo de vegetação, deli-mitar 
as áreas protegidas e conhecer as
No cadastro, o produtor terá de informar quantos módulos de sua propriedade estão destinados a APP e a Reserva Legal 
regras para sanar o passivo ambiental, 
que muda conforme o tamanho do imó-vel 
e a data do último desmatamento. 
O Estado, através dos órgãos am-bientais 
pertencentes ao SISNAMA – 
Sistema Nacional de Meio Ambiente, 
deverão prestar toda assistência para 
cadastrar as pequenas propriedade e 
posses (até 4 módulos fi scais). Quanto 
aos demais imóveis, cumpre aos pro-prietários 
e possuidores informarem-se 
a respeito das regras gerais e transi-tórias 
e de todos os demais conceitos 
relacionados ao tema para efetuarem 
suas declarações com segurança. 
CAR PASSO A PASSO 
Procurei ordenar àquilo que deve 
ser conhecido pelos responsáveis, 
para efetuar a declaração no CAR: 
Divide-se a área total do imóvel 
pela área do módulo fi scal do municí-pio 
em que está situado para desco-brir 
6 | revista Agrícola 
quantos módulos fi scais tem sua 
propriedade. Esta informação é neces-sária 
para se determinar qual a faixa 
de recomposição mínima nas APP´s 
(áreas de preservação permanente) 
naquele imóvel, bem como sobre o 
percentual de reserva legal a compen-sar 
(pode ser menor para imóveis de 
até 4 módulos). 
Identifi car a data do último desma-tamento 
e defi nir como será a compro-vação 
do mesmo. 
Identifi car os tipos de APP´s exis-tentes 
no imóvel e delimitar suas res-pectivas 
áreas totais. 
Delimitadas as APP´s, passa-se 
a conferir e discriminar o uso do 
solo nas mesmas, ou seja, delimi-tar 
quanto está coberto por vegeta-ção, 
quanto está sem uso e quanto 
está sendo usado para atividades 
agrossilvopastoris. 
Delimitar as áreas de uso restrito 
existentes no imóvel, se houver. 
Delimitar todos os demais remanes-centes 
de cobertura vegetal existentes 
no imóvel (mata que está fora APP´s); 
Avaliar o quanto precisa ser recom-posto 
de vegetação nas faixas mínimas 
obrigatórias de APP com base nas re-gras 
transitórias (tabela “escadinha”) 
para imóveis de até 10 módulos fi scais. 
Avaliar qual a necessidade de re-composição 
ou recuperação de reser-va 
legal para atingir a porcentagem 
mínima de cobertura vegetal neces-sária, 
sabendo-se que, a depender 
da data do desmatamento é possível 
computar as Áreas de APP recupera-das 
ou em recuperação no percentual 
de reserva legal. 
Defi nir como pretende sanar o dé-fi 
cit de reserva legal, se houver. Lem-brando 
que só é possível compensar 
a RL em outro imóvel rural se desma-tamento 
no imóvel defi citário ocorreu 
até julho de 2008. 
Um ponto importante é saber que,
revista Agrícola | 7 
cadastrando-se, o passivo ambiental 
eventualmente existente, poderá ser re-parado 
através da adesão ao PRA – Pro-grama 
de Regularização Ambiental, atra-vés 
do qual é possível obter prazo para 
as devidas providências, mediante assi-natura 
de termo de compromisso e apre-sentação 
de projeto de recuperação. 
CAR – DECLARAR OU NÃO 
DECLARAR? QUAIS AS CONSE-QUÊNCIAS 
DA DECLARAÇÃO OU 
DA OMISSÃO DESTA? 
Como o CAR tem caráter obrigató-rio, 
sua não realização, por si só, pode 
acarretar sanções por descumprimento, 
sem prejuízo das sanções por eventuais 
passivos ambientais não regularizados. 
Lembrando que as infrações ambien-tais 
são triplamente tuteladas, ou seja, 
existem implicações cumulativas nas 
esferas administrativa, cível e penal. 
Dentre os principais problemas da 
não declaração está a impossibilidade 
de concessão de crédito agrícola para 
imóveis que não estiverem cadastrados 
no CAR a partir de maio de 2017, con-forme 
mandamento da Lei 12.651 que 
estabeleceu esta limitação a ser imple-mentada 
5 anos após a publicação da-quela 
Lei. Portanto, no que tange a con-cessão 
de crédito agrícola, o prazo está 
sendo contando desde maio de 2012 e 
não a partir da instituição do CAR que 
ocorreu em 2014. 
A contrário senso podemos listar 
as vantagens advindas do cadastra-mento, 
das quais estarão automati-camente 
privados aqueles que não se 
cadastrarem, dentre elas: 
Regularização do passivo ambiental 
através do PRA; 
Conversão de multas em servi-ços 
ambientais. A chamada “anistia” 
refere-se as infrações cometidas até 
22/07/2008 por supressão indevida de 
vegetação em áreas protegidas. 
Recebimento de incentivos previstos 
em lei, tais como pagamento por serviços 
ambientais, possibilidade de negociação 
de ativos florestais excedentes, isenção 
de ITR, contratações de seguros e finan-ciamentos 
agrícolas a preço diferenciado. 
Elaine Cândido 
Advogada 
Secretária executiva – ASPIPP – Asso-ciação 
Sudoeste Paulista de Irrigantes e 
Plantio na Palha 
GLOSSÁRIO DE TERMOS 
RELACIONADOS 
Para se levantar as informações 
para o cadastramento é necessário 
que se conheça o conceito dos te-mas 
intimamente relacionados com a 
questão do CAR. Assim, procurei listar 
os principais deles: 
Qual a diferença entre APP e 
Reserva Legal? 
A APP – Área de Preservação per-manente 
é definida por critério am-biental 
e sua localização se destina 
a proteção de locais considerados 
frágeis. Um ponto importante a se res-saltar 
é que uma APP pode estar sem 
cobertura vegetal, mas não deixa de 
ser APP, devendo ser recuperada, sal-vo 
hipótese de uso consolidado. 
A reserva legal se refere a porcen-tagem 
de cobertura mínima vegetal 
que todo imóvel rural deve ter. A por-centagem 
varia conforme a região bra-sileira. 
A localização da reserva legal 
no imóvel é flexível e sua função é o 
uso sustentável. 
O que é área de uso consolidado? 
São as áreas convertidas para uso 
antrópico antes de 22/07/2008, ou 
seja, o solo de uma APP já era usado 
com atividades agrossilvopastoris antes 
desta data, desta forma, o imóvel adqui-riu 
o direito de continuar usando parte 
desta APP, devendo recuperar somente 
a faixa mínima obrigatória. 
O que é área de uso restrito? 
São as planícies inundáveis (pan-tanal) 
e áreas com declividade entre 
25º e 45º. 
Quais são os tipos de APP? 
São protegidas as áreas entorno de 
cursos d’água naturais, lagos e lagoas 
naturais, reservatórios de água artifi-cial 
(decorrentes de barramento e com 
espelho d’água maior que 1 hectare), 
nascentes, chapadas, mangues, topos 
de morro e encostas. 
Como delimitar as APP´s? 
Quando há área consolidada, 
qual a faixa mínima obrigatória 
para recomposição? 
A lei traz as metragens das áreas a 
proteger a depender do tipo de curso 
d’água, ou tamanho do reservatório, 
lago ou lagoa. De igual modo, há de-terminação 
legal para recomposição 
da faixa mínima obrigatória conforme a 
classificação do imóvel em módulos fis-cais 
(pequenos, médios e grandes). Am-bas 
as informações podem ser obtidas 
de forma muito didática no “Guia para 
Aplicação da Nova Lei Florestal” que 
está gratuitamente disponível nos sites 
do IPEF e do IMAFLORA. 
Como sanar o déficit de Reserva 
Legal? 
Verificada que a cobertura ve-getal 
em um imóvel está abaixo do 
mínimo legal exigido o proprietário 
pode optar por: compensar em outro 
imóvel (somente se o desmatamento 
ocorreu antes de 22/07/2008), ou 
recompor no mesmo imóvel, caso em 
que poderá fazê-lo por implantação 
de mudas nativas ou regeneração 
natural (comprovadamente por lau-do 
assinado por responsável). 
Na próxima edição darei continui-dade 
a este artigo esclarecendo so-bre 
as modalidades de cumprimento 
da Reserva Legal, sobre o PRA – Pro-grama 
de Regularização Ambiental e 
respondendo as dúvidas frequentes 
entre os proprietários e possuidores 
de imóveis rurais.
Roger apresente o escarifi cador 
8 | revista Agrícola 
AGRICULTURA DE 
PRECISÃO EM FOCO 
Sefert e Stara realizam evento em Santa Cruz 
do Rio Pardo para discutir o tema 
Uma tarde repleta de informações 
de alto nível técnico. Este é o resu-mo 
do evento “Agricultura de Pre-cisão 
em Foco”, que trouxe aos produtores 
da região, além de conhecimento sobre 
máquinas e implementos, o contato com 
um dos pesquisadores que mais conhe-cem 
de agricultura de precisão do País, o 
professor doutor Telmo Amado, da Univer-sidade 
Federal de Santa Maria (Santa Ca-tarina), 
coordenador do Projeto Aquarius, 
que é o maior projeto mundial de Agricultu-ra 
de Precisão de nível comercial, com um 
banco de dados de 15 anos de trabalho. 
Na oportunidade, dr. Amado falou a 
sobre a importância da agricultura de pre-cisão 
como ferramenta imprescindível na 
potencialização da produtividade regional 
e afi rmou que o projeto se estendeu para 
outros estados e hoje conta com a parceria 
de produtores como Aldo Tasca do muni-cípio 
de Céu Azul (PR) e Gianni Di Raimo 
do município de Pedrinhas Paulista (SP), 
que na oportunidade, estiveram no even-to 
apresentando alguns resultados da 
Agricultura de Precisão em suas lavouras, 
além de participarem de uma mesa redon-da 
com o objetivo de explicar aos amigos 
produtores como foi conduzida a implanta-ção 
desta tecnologia em suas áreas. 
Além da palestra, os produtores tiveram 
a oportunidade de conhecerem algumas 
máquinas e implementos da Stara, com tec-nologia 
embarcada de última geração para 
facilitar a implantação da tecnologia de agri-cultura 
de precisão em suas propriedades. 
Segundo Roger Baumgratz Caron, re-presentante 
da Stara, a marca é a pioneira 
no país em fabricação de máquinas e im-plementos 
voltados para a agricultura de 
precisão porque enxerga que esta é uma 
ferramenta totalmente viável que propor-ciona 
maior rentabilidade ao produtor. 
Após a exposição de máquinas e imple-mentos, 
os convidados tiveram a oportuni-dade 
de ouvir o conceituado MSc. Edson 
Massao Tanaka, professor da Fatec Shunji 
Nishimura de Pompeia (SP) que falou sobre 
a qualidade de plantio. Segundo ele, muitos
revista Agrícola | 9 
PROJETO AQUARIUS 
O Projeto Aquarius nasceu há 15 anos através 
de uma parceria entre Stara, empresas do ramo, 
Universidade Federal de Santa Maria, através do 
NEMA e do Setor de Uso e Manejo e Conservação 
do Solo (Departamento de Solos), e objetiva 
desenvolver o ciclo completo de Agricultura de 
Precisão. A experiência pioneira no sul do Brasil na 
forma e na amplitude da pesquisa da Agricultura 
de Precisão, agora já se estendeu para todo país. 
Atualmente conta com 16 áreas distribuídas no 
Alto Jacuí totalizando729 hectares. Ainda, possui 
um rico banco de dados contendo resultados de 
análises de solo e rendimento de culturas. 
produtores investem em sementes de qua-lidade, 
agroquímicos caros e em uma boa 
colheitadeira, mas se esquecem de que cer-ca 
de 60% do sucesso da cultura está rela-cionada 
ao plantio, ou seja, à uniformidade 
do estande de plantas. “Se o produtor não 
tiver plantas como terá uma produtividade 
satisfatória”, assegurou Tanaka. 
Segundo Roger, a Stara investe constante-mente 
em novas tecnologias para disponibili-zar 
aos clientes, produtos de alto rendimento 
e precisão. “Cerca de 60% do faturamento da 
Stara vem de produtos lançados nos últimos 
três anos”, afirma ele. 
Para ele, este sucesso crescente da Stara 
só é possível através dos parceiros comerciais 
como a Sefert, que tem investido em treina-mento 
de seu pessoal e em infraestrutura, 
para que os clientes tenham a sua disposição 
o maior número possível de peças e serviços. 
Produtores atentos a palestra sobre precisão no plantio
O município de Maracaí entra 
para a história do agronegócio 
regional por sediar a primeira 
Noite de Campo do Vale do Paranapane-ma. 
O evento da Dekalb, que é tradição 
no Sul do Estado e também no Estado 
do Paraná, agora passa a ser realizado 
na região em parceria com sua revenda 
exclusiva, a BMW. 
10 | revista Agrícola 
NOITE DE CAMPO BMW 
Unida à Dekalb e demais parcerias, a BMW reuniu cerca de 300 produtores 
na primeira Noite de Campo do Vale do Paranapanema 
Segundo Fernando R. Sichieri, RTV 
da Dekalb que assumiu o trabalho na 
região há um ano (dando continuidade 
ao trabalho realizado por Paulo Garollo), 
promover um evento pioneiro como o de 
Maracaí é um sonho realizado. 
Ele lembra que já havia realizado al-gumas 
noites de campo no Sudoeste do 
Paraná, com grande repercussão entre 
os agricultores e seus familiares e, por 
isso, resolveu fazer um evento teste no 
Vale do Paranapanema. 
“As pessoas dessa região estão 
sempre de braços abertos e têm um co-ração 
muito bom. Levamos a proposta 
à BMW que aceitou o desafi o e calhou 
de ocorrer a inauguração do silo da em-presa, 
ou seja, tínhamos um local com 
Equipe da BMW e empresas 
parceira no evento
Fernando, RTV da Dekalb, idealizador do 
evento, apresenta o portfólio da empresa 
revista Agrícola | 11 
toda a estrutura para receber nossos 
clientes e amigos. Com isso o evento 
foi um sucesso, com grande número de 
agricultores e de parceiros”, relata ele. 
Sichieri destaca que pelo sucesso 
do evento, muitos outros ocorrerão, 
pois os agricultores já iam embora pe-dindo 
para que outro no mesmo estilo 
fosse realizado. “É um evento exclusi-vo 
da Dekalb que, agora, deixa esse 
legado também no Vale do Paranapa-nema”, 
encerra. 
Para Paulo Roberto Mailho, sócio- 
-proprietário da BMW, o sucesso e 
aceitação do evento foi uma grata 
surpresa por se tratar de algo inédito. 
Mesmo assim, praticamente todas as 
famílias convidadas compareceram. 
Ele destaca que a BMW faz questão 
de convidar a família do produtor para 
seus eventos, pois na maioria das ve-zes 
as decisões na propriedade são 
tomadas em conjunto. 
“Trata-se de um evento inovador 
em nossa região, todos vieram para 
conhecer o que é uma ‘noite de cam-po’, 
e percebemos que fi caram impres-sionados 
com o resultado, estamos 
plenamente satisfeitos com o sucesso 
do evento”, diz ele. 
Mailho lembra ainda que a BMW 
se sente honrada por possuir grandes 
parceiros, empresas nacionais e multi-nacionais, 
o que proporciona oferecer 
um amplo portfólio de produtos e uma as-sistência 
técnica invejável, uma vez que a 
empresa conta com um corpo técnico for-mado 
por profi ssionais gabaritados, mui-tos 
deles já com experiência de até oito 
anos de casa, trabalhando com empenho 
e atenção total à carteira de clientes. O 
evento também contou com a apresen-tação 
de ensaios das empresas Bayer, 
Spraytec, Lagoa Bonita, Kimberlit.. 
Clemems Krause, produtor de 
São José das Laranjeiras, se mostrou 
surpreso com a qualidade do evento 
e do campo montado no local, que 
trouxe todo o portfólio de atuação 
da BMW, além do grande compare-cimento 
de agricultores de todas as 
partes da região. 
“Os híbridos expostos pela Dekalb, 
de alto investimento, estão muito atra-tivos. 
Eu e meu irmão [Gunar Krause] 
somos clientes da Dekalb e nessa Sa-frinha 
plantamos o DKB 285, que se 
comportou muito bem devido a sua pre-cocidade, 
mesmo durante o período de 
estiagem, sendo um material muito in-teressante 
para nós, possibilitando uma 
‘janela’ diferenciada. É uma tendência 
atual o plantio de híbridos precoces, 
pois eles, atualmente, oferecem uma 
alta caixa produtiva”, relata. 
Outro agricultor que teceu vários elo-gios 
para o evento foi Martins Cristovão 
Plank, produtor de Maracaí, que desta-cou 
a qualidade e organização da Noite 
de Campo, com o campo mostrando aos 
agricultores todo o seu potencial. “Os or-ganizadores 
estão de parabéns e já es-tamos 
esperando o próximo. Sou cliente 
da BMW e toda a equipe da empresa 
está de parabéns pelos parceiros e pela 
equipe que possui”, disse. 
Cliente Dekalb, Plank plantou na Sa-frinha 
o DKB 310, que teve um compor-tamento 
muito bom e resultou em uma 
bela lavoura. 
O evento foi marcado com a presença 
maciça dos familiares dos produtores 
Gunar e Clemems Krause, irmãos e 
produtores em São José das Laranjeiras 
Martins Cristovão Plank, produtor 
de Maracaí, elogiou a iniciativa
Uniporte 2500 Star 
Colhedora de café 
Foto: Arquivo Jacto 
Foto: Arquivo Jacto 
O Consórcio Nacional Jacto reali-zou 
no dia 2 de agosto a primei-ra 
assembleia do consórcio de 
equipamentos da linha Uniport e Colhe-doras 
de Café Jacto. A contemplação se 
deu através da apuração do resultado 
da Loteria Federal. 
As contemplações, um Uniport 2500 
Star (por sorteio) e um Uniport Plus Vor-tex 
(por lance) saíram, respectivamente, 
para as cidades de Primavera do Leste e 
Sinop, ambas do estado de Mato Grosso. 
Lançado no início deste ano, o Con-sórcio 
Nacional Jacto oferece planos 
para toda linha Uniport e Colhedoras de 
Café Jacto em até 102 parcelas, sem ju-ros, 
com amortizações mensais, trimes-trais, 
semestrais e anuais. 
As assembleias são mensais com 
contemplação por sorteio e lance. O fa-turamento 
é direto da fábrica. 
A próxima assembleia será presencial 
e ocorrerá no dia 03 de setembro durante 
a Expointer na cidade de Esteio - RS. 
12 | revista Agrícola 
CONSÓRCIO NACIONAL 
JACTO 
Realizada a primeira assembleia do Consórcio de Uniport e Colhedoras Jacto
revista Agrícola | 13 
ÁREA POLO MORGAN 
Empresa apresenta a performance de seu portfólio a produtores 
Ecli, gerente comercial da Morgan apresenta o MG652 PW, lançamento da Morgan para a região 
A Morgan Sementes realizou 
em Santa Cruz do Rio Pardo o 
evento “Área Polo”, onde reuniu 
produtores para demonstrar os híbridos 
atuais no mercado e os lançamentos 
que estão chegando ao campo, com 
destaque para dois materiais. 
O híbrido lançamento de destaque 
foi o MG 652 PW da Morgan e o segundo 
foi o MG 300 PW de ciclo hiperprecoce. 
Dentre os materiais atuais da empresa 
também foi apresentado o 30A37 PW, 
30A16 PW (para abertura de plantio) e 
o triplo 20A55 PW. 
Segundo Thiago Pinho franqueado 
comercial da Morgan para a região su-doeste 
de São Paulo, o diferencial que 
empresa levou a um elevado crescimen-to 
na região foi a genética e biotecno-logia 
agregado ao time de campo, que 
reúne franqueados e distribuidores. 
Pinho aponta que a Morgan dá todo 
o respaldo a esses parceiros, além de 
promover eventos e posicionamento 
dos produtos, o que, para ele, é um 
diferencial da empresa, que não foca 
apenas em ter excelentes híbridos, mas 
também no posicionamento dos mes-mos 
para uma melhor produtividade. 
“A rede de franquias associada aos 
de Santa Cruz do Rio Pardo e região 
nossos distribuidores, somados a um óti-mo 
portfólio, biotecnologia e foco no po-sicionamento 
são os fatores determinan-tes 
para o nosso sucesso e crescimento 
destacado na região. Essa é a ‘receita’ 
que fez com que a empresa ganhasse a 
confiança do produtor”, completa. 
O franqueado comercial explica que 
o posicionamento do híbrido é estu-dado 
mesmo antes do lançamento do 
produto. São colocados diferentes en-saios 
durantes anos e em diferentes 
propriedades rurais em regiões distin-tas. 
Cabe, então, ao Departamento de 
Pesquisas da Morgan, estudar como 
foi o desempenho do híbrido em cada 
uma dessas propriedades e verificar o 
posicionamento ideal. 
“A nossa Área Polo também teve como 
objetivo mostrar exemplos de densidade 
de plantas, com as populações adequa-das 
para cada híbrido, além do TSI (Trata-mento 
de Semente Industrial ), demons-trando 
o que isso agrega ao produtor. 
Também foi demonstrada a eficiência do 
PowerCore”, completa Thiago Pinho. 
Thiago Pinho, franqueado da Morgan apresenta os hibridos da empresa
A Morgan Sementes  Biotecno-logia 
realizou um Dia de Cam-po 
em parceria com a DuVale 
na propriedade de Dirceu Parmegiani, 
no município de Cruzália-SP. Segundo 
Duda, proprietário da DuVale, o evento 
reuniu cerca de 60 produtores e serviu 
para mostrar o potencial produtivo do 
híbrido 30A37 PW em área comercial. 
“Além de reunir nossos clientes 
para comprovarem o potencial do 
30A37 PW, também foi destacado o 
lançamento do híbrido MG 652 PW, 
o qual vem se destacando na região 
com altas produtividades. Temos posi-cionado 
o MG 652 PW para abertura 
de plantio em alto investimento, pois 
se trata de um híbrido com excelente 
sanidade e qualidade de grãos, com 
foco em safrinha”, afirma ele. 
Ainda segundo Duda, o híbrido 
30A37 PW se tornou referência na re-gião 
por sua performance produtiva e 
sanidade. A área deste híbrido aumen-tou 
muito nas últimas safras por sua 
14 | revista Agrícola 
MORGAN EM 
PEDRINHAS PAULISTA 
Hibrido 30A37 PW demostra alto potencial produtivo e sanidade 
tolerância às principais doenças, além 
de sua excelente qualidade de grãos, 
tornando-se o hibrido mais plantado do 
portfólio Morgan. 
No Sítio São Carlos (propriedade 
de Parmegiani), foram plantados cer-ca 
de 32 hectares do 30A37 PW e até 
o fechamento desta edição, o produtor 
ainda não havia concluído os dados da 
colheita. No entanto, informações pre-liminares 
comprovaram produtividade 
superior a 300 sacas por alqueire. 
Maycon Santos, franqueado da 
Morgan na região também destacou o 
lançamento de algumas variedades de 
soja da Morgan que estão disponíveis 
aos produtores da região para plantio 
ainda neste verão. 
O hibrido 30A37PW tem entregado resultados 
surpreendentes nesta safrinha 
Produtores visitam área do produtor Dirceu Parmegiani
Segundo Fernando Sichieri, 
RTV da Dekalb através do tour 
na área de quatro produtores, 
foi possível apresentar alguns lança-mentos 
que a Dekalb está disponi-bilizando 
para a safrinha no Vale do 
Paranapanema, com foco no DKB 310 
PRO2 que é um milho de ponta com 
maior teto produtivo para o serrado 
e mostrou estabilidade desde o ano 
passado, trazendo qualidade de col-mo 
e no seu primeiro ano já conquis-tou 
o primeiro lugar no ranking do IAC 
em produtividade e sanidade. 
Já o DKB 177 PRO2 é um hibrido 
mais rústico para médio investimento 
para fechamento de plantio em áreas 
de solo mais mistos. 
Foi apresentado também um cam-po 
demonstrativo onde os produtores 
conferiram o potencial produtivo de 
vários híbridos como o DKB290 PRO2, 
hibrido para plantio de verão que al-cançou 
600 sacas/alqueire em Cam- 
16 | revista Agrícola 
AGRO RURAL 
Empresa realiza tour em Iepê para apresentar potencial dos híbridos Dekalb e Pioneer 
pos Gerais (MG) e também o DKB 285 
PRO2 que é o hibrido superprecoce 
mais plantado no Vale do Paranapane-ma 
e tem se comportado muito bem 
em áreas comerciais com produção de 
280 a 320 sacas/alqueire. 
“Esta segunda safra no Vale do Pa-ranapanema 
tem sido muito importan-te 
para a Dekalb que tem alavancado 
suas vendas a ponto de alcançar um 
Área comercial do DKB 310 PRO2 
Fernando apresenta o DKB310 PRO2 
terço do mercado regional, até porque 
dispõe do maior portfólio do mercado 
com oito híbridos a disposição dos 
produtores”, relata Sichieri. 
Para Mário Nogueira, proprietário da 
Agro Rural, o tour mostrou a performan-ce 
dos híbridos em várias condições, 
tanto em alto quanto em médio inves-timento 
com produção satisfatória em 
ambas condições.
O P3646 YH é um híbrido com 
foco para altos investimentos 
O 30S31 YH é um dos hibridos mais 
plantados no Vale do Paranapanema 
revista Agrícola | 17 
Foram visitadas quatro áreas 
dos produtores Jaime Lino (DKB 
310 PRO2 e DKB177 PRO2), João 
Montoia (DKB177 PRO2), Armando 
Ferreira de Castilho Junior (DKB 
310 PRO2 e DKB177 PRO2), e a vi-sita 
foi finalizada na área do produ-tor, 
Mário Nogueira com plantio do 
DKB 310 PRO2, além de uma área 
de ensaio da Dekalb. 
“O DKB310 PRO2 é um hibrido 
que responde muito bem aos inves-timentos. 
Caso o produtor queira in-vestir 
um pouco mais com uma boa 
adubação de cobertura, ele respon-de 
em produtividade”, diz Nogueira. 
Os resultados produtivos dos hí-bridos 
da Dekalb estão acima das 
expectativas dos produtores nesta 
Safrinha. “Fizemos várias medições 
em lavouras em Agicê e Gardênia 
que comprovaram a superioridade 
dos híbridos, como no caso do produ-tor 
Claudio Ludwig que fechou com 
média de 311 sacas/alqueire, média 
segundo o produtor, nunca alcança-da 
em sua propriedade”, completa. 
A tendência para o próximo ano 
é aumentar a participação da Agro 
Rural na região em consequência 
da concorrência não estar aten-dendo 
os produtores com qualida-de, 
segundo os responsáveis pela 
Agro Rural. De acordo com eles, a 
concorrência não tem feito um bom 
acompanhamento das lavouras e, 
desta forma, não tem conseguido 
alcançar boas produtividades. 
“O grande objetivo destes tours 
que fazemos é a interatividade en-tre 
os produtores e poderem ver o 
que outros produtores estão fazen-do 
e o resultado que estes novos 
investimentos estão trazendo para 
cada um. Contratamos recentemen-te 
mais um agrônomo para atuar na 
região de Cruzália, Pedrinhas e Florí-nea 
sempre com foco no pós-venda, 
que sempre foi nosso diferencial de 
trabalho”, encerra. 
DIA DE CAMPO PIONEER 
No Dia de Campo da Pioneer Se-mentes 
foi demonstrado os híbridos 
30S31YH, que segundo Evandro Fra-zzatto, 
representante da Pioneer na re-gião, 
é um dos híbridos mais plantados 
na safrinha do Vale do Paranapanema 
e também o P3646YH que tem de-monstrado 
ser um hibrido bem adapta-do 
a esta região com alta caixa produti-va 
e excelente resposta ao manejo. 
Para Evandro, na safrinha do próxi-mo 
ano, o produtor deve escolher o hí-brido 
em função de seu potencial pro-dutivo 
e estabilidade na região, uma 
vez que potencial produtivo do híbri-do 
não tem relação com as tecnolo-gias 
de Bt existentes no mercado, e 
que a tecnologia é uma ferramenta a 
mais no manejo integrado de pragas 
na cultura do milho, sendo que inde-pendentemente 
da tecnologia de Bt o 
produtor deverá monitorar sua lavou-ra 
para avaliar se há necessidade de 
aplicação de inseticida. 
“Existem lavouras de mais de 
100 ha de 30S31 convencional co-lhidas 
na região com produtivida-de 
acima dos 300 sc/alq.” 
Na oportunidade, foi visitada duas 
áreas comerciais, de um lado do car-reador 
o 30S31YH na propriedade de 
Jaime Lino e do outro lado o P3646YH 
do produtor Mário Nogueira, onde os 
produtores puderam comprovar a sani-dade 
dos materiais, além da qualidade 
de grãos e potencial produtivo. 
Ele também destacou o 
30F53YH, que é o híbrido mais plan-tado 
no Brasil e que também apre-sentará 
resultados surpreendentes 
de produtividade na região. 
Evandro diz que o produtor deve escolher o híbrido 
em função de seu potencial produtivo e estabilidade
A Bayer CropScience trouxe para San-ta 
Cruz do Rio Pardo (SP) o renoma-do 
fi topatologista da Universidade 
de Rio Verde (GO), Dr. Luiz Henrique Carre-gal, 
que desenvolveu inúmeras pesquisas 
sobre as principais doenças da cultura. 
Na oportunidade o professor alertou 
os produtores para a importância do 
monitoramento na lavoura e a preocu-pação 
com a ferrugem asiática que ain-da 
ronda nossas lavouras. 
Para ele, é provável que ocorra o El 
Niño neste ano. Caso isso se confi rme, 
haverá uma distribuição maior de chuva e 
com isso a tendência é que haja uma inci-dência 
maior de doenças, especialmente 
a ferrugem asiática, que é uma doença 
policíclica, ou seja, o fungo tem vários ci-clos 
dentro de um ciclo da soja. 
“Caso as condições climáticas sejam 
ideais, em apenas uma semana o fungo 
da ferrugem asiática completa o ciclo libe-rando 
esporos que novamente irão rein-fectar 
a soja. Por este motivo, o produtor 
precisa fazer um monitoramento constan-te 
e entrar com aplicações preventivas, 
antes da cultura fechar a linha e nunca 
curativas”, alertou o pesquisador. 
O cenário é preocupante na opinião 
Everson Zin, gerente de Marketing Es-tratégico 
FOX® da Bayer CropScience, 
já que a safra passada sofreu alta pres-são 
de doenças e pragas e apresentou 
quebra signifi cativa nos números fi nais 
da colheita. “Ações isoladas de manejo 
não funcionam, ainda mais neste caso. 
Nossa recomendação é que o sojicultor 
comece a se planejar agora, levantar o 
histórico de como a região se comportou 
diante do fenômeno El Niño em safras 
anteriores, o que foi feito e o que fun-cionou, 
além de contar sempre com o 
18 | revista Agrícola 
BAYER E AGRO FERRARI 
Parceria entre empresas traz o pesquisador Luiz Henrique Carregal para a região 
Produtores atentos ao menejo 
de doenças na soja 
apoio de um engenheiro agrônomo. Mes-mo 
que haja diferenças entre um ano 
e outro, é importante não ser pego de 
surpresa”, ressalta Zin. Ele enfatiza que 
o melhor controle das doenças nas la-vouras 
é o manejo preventivo, por isso é 
fundamental respeitar o vazio sanitário, 
optar por cultivares precoces e planejar o 
tratamento preventivo das lavouras. 
Para Rogério Ferrari, proprietário da 
Agro Ferrari, estas palestras são muito im-portantes 
porque aproximam o produtor 
dos avanços da pesquisa e levam soluções 
para sua lavoura. 
“O objetivo da Agro Ferrari e suas parcei-ras 
é sempre levar ao produtor aquilo que 
há de melhor em produtos e serviços, e isso 
contribui para que nossos clientes elevem 
sua produtividade trazendo cada dia mais, 
prosperidade para o campo”. 
PRODUTORES APROVAM A 
PALESTRA 
“Achei muito boa a palestra porque ele 
fala a ‘língua do produtor’ e o agricultor 
consegue entender muito bem. É impor-tante 
ouvir um pesquisador falar, princi-palmente, 
de doenças, porque eles fazem 
várias pesquisas para saber qual veneno 
é melhor para determinada doença, coisa 
que o produtor não consegue fazer. Nós 
sabemos plantar, mas não conseguimos 
pesquisar. E isso eles fazem muito bem. 
Por isso é que precisamos estar sempre 
aprendendo com eles”. (Nelson Gazola) 
“O professor é muito bom e é importan-te 
para a própria Bayer trazer pesquisado-res 
para tirar nossas dúvidas. E como eu 
já usei o Fox e o Sphere Max, hoje tive a 
comprovação de que fi z um bom negócio, 
pela qualidade dos produtos. Como somos 
produtores de soja, milho, café, cana e eu-calipto, 
precisamos estar atentos ao mo-nitoramento 
das doenças”. (Roberto Torin, 
gerente agrícola da Fazenda Cocaes) 
“Aprendemos bastante com relação às 
doenças e também como fazer uma boa 
pulverização, com relação ao volume de 
calda, que é uma grande discussão hoje 
entre os agricultores. Como plantamos 
soja e milho, temos problemas com lagar-tas 
na soja e ferrugem na cultura do milho 
e estas informações são muito importan-tes 
para resolvermos estes difi culdades no 
manejo”. (Murilo Teresan) 
“Há duas safras uso o Fox e achei 
um bom produto, mas como não cho-veu 
bem em nossa área não consegui-mos 
aproveitar o potencial do produto. 
No verão pretendo plantar toda minha 
área de soja e continuar utilizando Fox e 
Sphere Max”. (Ricardo Crivelli) 
Pesquisador Luiz Henrique Carregal
AGROFERRARI E IHARA 
Empresas lançam nova solução para o controle de percevejos na cultura da soja 
Celebrando mais de 22 anos de 
parceria com a Agroferrari, a 
IHARA, tradicional fabricante 
de defensivos agrícolas, investiu mais 
uma vez na inovação para entregar ao 
mercado uma solução efi caz contra as 
pragas da soja. No dia 23/07/2014, em 
Assis-SP, foi realizado o lançamento do 
produto INCRÍVEL que chega ao merca-do 
com uma forma efetiva no combate 
ao percevejo da soja, bastante comum 
nessa cultura, e que vem causando 
crescentes problemas na região do Vale 
do Paranapanema. “O produto oferece 
28 de Julho 
Dia do Agricultor 
Agricultor, obrigado por existir! 
Você é um profissional de múltiplas funções, onde planta, 
cultiva, empreende, inova, administra, colhe, ou seja, 
faz o que há de mais belo: produzir alimentos. 
Que no decorrer do ano agrícola possamos 
receber um belo presente de Deus, chuvas, 
bençãos e uma excelente colheita. 
Parabéns a todos os Agricultores por seu dia! 
Homenagem da equipe 
maior choque e período de controle atu-ando 
nas principais espécies de perce-vejo. 
Ele também é uma ferramenta para 
o manejo de resistência, já que se trata 
de uma nova molécula para a cultura 
da soja”, explica Frederico Gianasi, Con-sultor 
de Desenvolvimento de Mercado. 
Preocupada com a segurança de aplica-dores 
e meio ambiente a IHARA colocou 
sua mais alta tecnologia no desenvolvi-mento, 
assegurando a esse produto uma 
das mais seguras classes toxicológicas, 
a classe III. Outro benefício exclusivo do 
produto é sua fl exibilidade, podendo ser 
aplicado tanto via terrestre quanto aé-rea, 
sem restrição quanto à fase de de-senvolvimento 
da cultura. Esses benefí-cios 
trazem um diferencial muito grande 
quando comparado com as opções 
atuais do mercado. “O INCRIVEL real-mente 
trará vantagens competitivas e 
facilitará a vida dos sojicultores”, afi rma 
Rogério Ferrari, Diretor da Agroferrari. 
Os percevejos estão entre as pragas 
mais preocupantes aos produtores de 
soja no Brasil. Por se alimentarem dos 
grãos, afetam seriamente sua produtivi-dade 
e a sua qualidade.
MANEJO DE DOENÇAS NA SOJA 
Fitopatologista alerta produtores para a importância do monitoramento de doenças na safra 2014/15 
A colheita de soja do Brasil 
deverá crescer 9% cento em 
2014/15, para um recorde 
de 94,45 milhões de toneladas, com 
um crescimento de plantio e melho-res 
produtividades esperadas, pre-viu 
a consultoria Safras  Mercado 
em sua primeira estimativa para a 
nova temporada. 
Segundo a consultoria, a safra 
14/15, que começa a ser plantada a 
partir do próximo mês, crescerá com a 
soja ganhando área de milho, em meio 
a preços mais favoráveis para a oleagi-nosa, 
explicou a Safras. O aumento no 
plantio esperado é de 4% ante 13/14, 
para 31,2 milhões de hectares. 
Ainda segundo os especialistas, a 
soja tende a ganhar área do milho na 
maior parte dos Estados, pois muitos 
produtores também apostam na ole-aginosa 
em novas terras agrícolas, 
no plantio que substituirá pastagens. 
Após a seca ter afetado a produtivida-de 
em algumas áreas na temporada 
13/14, a consultoria também acredita 
em um rendimento médio por hecta-re 
mais alto em 14/15, o que explica 
o fato de a produção crescer mais do 
que a área plantada esperada. 
20 | revista Agrícola 
Com o plantio de soja às portas, a 
Revista Agrícola entrevistou um dos 
mais conceituados pesquisadores 
do país para trazer aos produtores 
informações sobre as principais do-enças 
que podem afetar a produção 
de soja, principalmente no interior 
do Estado de São Paulo. 
Em entrevista à Revista Agrícola, Dr. 
Luiz Henrique Carregal, que é fi topato-logista 
da Universidade de Rio Verde 
(GO) e desenvolveu inúmeras pesquisas 
sobre as principais doenças da cultura 
da soja, alertou os produtores para a im-portância 
do monitoramento na lavoura 
e a preocupação com a ferrugem asiáti-ca 
que ainda ronda nossas lavouras. 
Segundo ele, o novo cenário de do-enças 
é preocupante no país, princi-palmente, 
com relação ao plantio de 
soja safrinha e a perda da efi ciência de 
alguns fungicidas. A grande preocupa-ção 
do plantio de soja safrinha são as 
excessivas pulverizações necessárias 
nesta cultura, principalmente para o 
controle da ferrugem asiática. Somen-te 
para fazer uma correlação, na safra 
de verão foram realizadas, em média, 
três aplicações, no plantio de soja no 
inverno, são necessárias sete. Se cal-cularmos 
que os dois plantios aconte-cem 
em cerca de oito meses, são uti-lizadas 
normalmente, dez aplicações 
de fungicidas, somente na cultura da 
soja. Isso coloca uma pressão de sele-ção 
muito grande em cima dos fungos 
e desta forma começam a surgir os 
‘patótipos resistentes’. 
Com um número crescente de pro-dutores 
que se arriscam a plantar soja 
no inverno, a preocupação já está nas 
mesas de reuniões do Governo para coi-bir 
esta ‘onda’. 
Segundo Carregal, ainda não há da-dos 
reais, mas estima-se que o plantio 
tenha superado os 50 mil hectares em 
Goiás, 300 mil ha no MT, além de plan-tios 
no interior do Paraná e São Paulo. 
“Isso talvez não represente 2% da 
área de soja plantada no Brasil, mas 
por causa de poucos agricultores, a 
maioria corre o risco, sem falar na 
resistência de pragas e plantas dani-nhas”, 
assegura o pesquisador. 
Outro assunto abordado na pales-tra 
foi a correta utilização dos fungici-das. 
Para ele, o ideal é que o produtor 
sempre utilize misturas na aplicação 
de fungicidas. Nunca utilizar somen-te 
Benzimidazol, Triazol ou Estrubilurina
A grande preocupação dos pesquisadores é o plantio de soja de inverno e a maior incidencia da ferrugem asiática 
revista Agrícola | 21 
separados. Optar sempre por uma mis-tura. 
Segundo Carregal, há no mercado 
alguns produtos diferentes como o Fox 
que tem uma Triazolinthione, o Elathos 
e o Orkestra que ambos têm uma Car-boxamida, 
estes são os três produtos 
diferentes a disposição dos produtores 
para uso na cultura da soja. 
“Existem alguns estudos com fungi-cidas 
que chamamos de ‘Multi-sítio’ ou 
‘Fungicidas Protetores’ que são aqueles 
mais antigos a base de Mancozeb ou 
Clortalonil, mas só podem ser usados 
depois de serem registrados para a cul-tura 
da soja, junto ao Ministério da Agri-cultura”, 
pondera Carregal. 
Segundo ele, existem também al-guns 
produtos antigos, mas que não 
sofreram tanta exposição, e por este 
motivo ainda podem controlar bem, em 
determinadas circunstâncias como o 
Aproach Prima e o Horus. 
Perguntado sobre qual seria o ma-nejo 
ideal para a proteção destes princí-pios 
ativos, ele salientou que primeiro, é 
não cultivar soja na safrinha, segundo, 
obedecer o vazio sanitário e em terceiro, 
buscar variedades com ciclos mais cur-tos 
para evitar a exposição da soja aos 
patógenos e por último, fazer as aplica-ções 
na hora certa, ou seja, antes do fe-chamento 
das ruas para que o produto 
atinja as folhas do baixeiro. 
EL NIÑO 
Os pesquisadores estão falando 
muito em El Niño neste ano, caso isso 
se confi rme, haverá uma distribui-ção 
maior de chuva, principalmente 
no serrado, então a tendência é que 
tenhamos uma incidência maior de 
doenças, especialmente a ferrugem 
asiática, que é uma doença policícli-ca, 
ou seja, o fungo tem vários ciclos 
dentro de um ciclo da soja. 
Caso as condições climáticas sejam 
ideais, em apenas uma semana, o fun-go 
da ferrugem asiática completa o ciclo 
liberando esporos que novamente irão 
reinfectar a soja. 
Por este motivo, o produtor precisa 
fazer um monitoramento constante e 
entrar com aplicações preventivas, an-tes 
da cultura fechar a linha e nunca 
curativas. 
DOSES 
As doses dos produtos são excessi-vamente 
testadas e o produtor, neces-sariamente 
deve respeitar as doses de 
registro dos produtos. Ele deve seguir 
rigorosamente as doses recomendadas 
na bula, nunca alterando para mais e 
para menos, para prevenir os riscos de 
resistência. 
Profº Dr. Luiz Henrique Carregal
Mais de 300 agricultores da região 
ouviram atentos as recomenda-ções 
passadas pelo Professor 
Doutor da Universidade Estadual do Norte 
do Paraná/PR – Bandeirantes, Robinson 
Osipe, durante os treinamentos sobre a 
molécula 2,4-D e sua utilização na pro-dução 
agrícola realizados nos municípios 
de Assis e Ourinhos - SP. O produtor rural 
de Cândido Mota, Vagner Nogueira, que 
acompanhou o evento, afi rmou que o 
conteúdo trará impactos positivos na apli-cação 
de herbicidas em sua propriedade. 
“É muito importante recebermos atualiza-ções 
sobre formas mais seguras e efetivas 
de utilizarmos os defensivos agrícolas.” 
O professor Robinson Osipe abordou 
informações técnicas sobre a molécula 
2,4-D, suas características, situação regu-latória, 
segurança no campo e manejo de 
resistência de plantas daninhas. “O 2,4-D 
é um herbicida amplamente utilizado para 
o controle de plantas daninhas de folhas 
largas. No Brasil, é muito usado na des-secação 
de pré-plantio da soja, mas tam-bém 
em culturas como cana-de-açúcar, 
milho, café, trigo, aveia, centeio, arroz e 
pastagens formadas. É uma ferramenta 
essencial no manejo de plantas de difícil 
22 | revista Agrícola 
INICIATIVA 2,4-D 
Produtores receberam informações sobre a importância do herbicida 2,4-D para 
o manejo de plantas daninhas resistentes 
controle, como Buva, Leiteiro, Picão-preto e 
Nabiça”, explica Osipe. 
Ele relata que na região de Assis, as 
principais reclamações têm sido acerca 
do capim amargoso e a buva. O professor 
aponta que o manejo equivocado de plan-tas 
daninhas e o uso errado de produtos 
têm selecionado plantas que tem causado 
muitos danos, levando até alguns agricul-tores 
a tomar a atitude extrema de aban-donar 
o plantio direto e retomar do uso de 
grade para o controle dessas pragas. 
Para ele o plantio direto é a melhor fer-ramenta 
para a redução da utilização de 
herbicidas, mas desde que o manejo da 
área seja feito da maneira adequada. “O 
problema é que o agricultor tem errado o 
manejo, tem permitido a produção de se-mentes 
das pragas e apelando para a gra-de 
devido ao seu posicionamento errado 
dos herbicidas”, explica. 
“O uso equivocado da ferramenta 
herbicida tem feito os agricultores paga-rem 
um alto preço no presente. A melhor 
opção, agora, é ouvir do agrônomo que 
acompanha a lavoura, a melhor maneira 
de se fazer a rotação de herbicidas e de 
culturas, o que evita a seleção de plantas. 
Quando o agricultor rotacional produtos e 
culturas, ele reduz o tempo de seleção de 
ervas daninhas, diminuindo assim o custo 
da produção”, diz. 
É importante também o levantamento 
de plantas daninhas na propriedade, pois 
em cada talhão há incidência de diferentes 
ervas daninha. Ele lembra que se tornou tra-dição 
deixar o mato conviver um tempo com 
a lavoura de soja para depois se realizar o 
controle, mas essa mato-competição de cer-ca 
de 20 dias já interfere na produtividade. 
Profº Robinson Osipe em Assis 
Palermo apresenta portfólio 
da Dow em Assis 
“O ideal é que o agricultor promo-va 
a limpeza da área com produtos 
que ofereçam residual para ele poder 
aplicar produtos mais tarde, sem essa 
competição. Para o combate ao amar-goso, 
a limpeza deve ocorrer logo após 
a colheita do milho, entrando com pro-dutos 
assim que o amargoso e a buva 
comecem a emergir”, explica ele. 
“Hoje o produtor quer fazer cinco 
safras em dois anos, querendo plantar 
cada vez mais cedo e aproveitar mais o 
tempo. O agricultor precisa ter a cons-ciência 
de deixar a terra descansar um 
pouco, fazendo uma rotação que fertilize 
mais essa terra. Mas isso é uma minoria 
que realiza”, completa Osipe. 
O evento foi realizado pela Iniciativa 
Palestra em Ourinhos ministrada 
pelo profº Robinson Osipe
revista Agrícola | 23 
Rogério Montin 
2,4-D, grupo formado pelas empresas Ata-nor, 
Dow AgroSciences, Milenia e Nufarm 
para gerar informação técnica sobre o uso 
correto e seguro de defensivos agrícolas, e 
faz parte do projeto que ministrará mais de 
30 cursos sobre 2,4-D e tecnologia de apli-cação 
nos Estados do Paraná, Santa Cata-rina, 
Goiás, Minas Gerais, Rio Grande do 
Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São 
Paulo e Bahia, de abril a agosto de 2014. 
Em Assis e Ourinhos, o treinamento foi rea-lizado 
em parceria com a Agro Ferrari. 
SOBRE A INICIATIVA 2,4-D 
A Iniciativa 2,4-D é um grupo formado 
por representantes das empresas Atanor, 
Dow AgroSciences, Milenia e Nufarm, que, 
com apoio acadêmico, tem como propósito 
gerar informação técnica sobre o uso cor-reto 
e seguro de defensivos agrícolas, além 
de apoiar projetos que abordem esta ques-tão, 
como o Projeto “Acerte o Alvo – evite a 
deriva na aplicação de agrotóxicos”, reali-zado 
no Paraná. O foco é educar o produtor 
sobre a importância da utilização correta 
de tecnologias que garantam a qualidade 
da aplicação dos defensivos agrícolas. O 
grupo defende que o uso adequado das 
tecnologias de aplicação e a precaução 
para evitar a deriva são essenciais para ga-rantir 
a efi cácia e a segurança ambiental 
na utilização de defensivos agrícolas. A Ini-ciativa 
2,4-D se apresenta como fonte de 
informação e esclarecimento, que, apoia-da 
por estudos acadêmicos, visa desmis-tifi 
car o emprego do 2,4-D. 
IMPRESSÕES DOS 
PRODUTORES 
Helio Toshio Yamamoto, produtor de Ri-beirão 
do Sul, comentou que tem utilizado 
o 2,4-D na dessecação por ter um custo/ 
benefício muito atrativo, misturando o pro-duto 
com glifosato. Ele destaca que esta 
mistura é efi ciente para o controle das er-vas 
como a trapoeraba, e a corda de viola. 
Arnaldo Adriano da Silva, produtor de 
Campos Novos Paulista, aponta que tem 
sofrido há algum tempo com a resistência 
da buva e do capim amargoso em sua pro-priedade. 
Ele tem utilizado o 2,4-D para o 
controle da buva buscando assim uma ma-neira 
de evitar que se tornem resistentes 
aos produtos que as controlam. 
Arnaldo diz que utilizou o Clorimuron 
na mistura com Glifosato, mas, mesmo 
assim, as ervas daninhas têm rebrotado, 
vindo ainda com mais força e causando 
mais problemas. Esse tipo de problema 
tem feito o agricultor utilizar a enxada no 
combate à erva. 
Já Fernando Alves Myra, agricultor de 
Santa Cruz do Rio Pardo, utilizou a palestra 
para tirar algumas dúvidas sobre o 2,4-D, 
principalmente sobre a volatilidade do pro-duto, 
que ao contrário do que muitos pen-savam. 
É o produto ideal para dessecação 
da buva e demais folhas largas. 
“Eu utilizo o produto e estou apren-dendo 
a maneira correta de aplicação 
para melhores resultados. Há dois anos 
a buva começou a causar problemas, 
mas porque não fazíamos o manejo cor-reto, 
agora passamos a usar o 2,4-D. 
Apenas o amargoso é que vem causando 
mais dor de cabeça”, relata ele. 
Daniel Augusto Gomes é produtor 
de Águas de Santa Bárbara, sendo 
também engenheiro agrônomo consul-tor. 
Ele relata que há alguns anos já se 
nota a maior incidência de algumas er-vas 
resistentes nas lavouras, registran-do- 
se tolerância a alguns produtos que 
eram utilizados comumente. 
Para o manejo dessas ervas, ele desta-ca 
que os agricultores têm utilizado alguns 
herbicidas como o Glifosato e o 2,4-D, mas 
lembra que a rotação de culturas também 
é uma ferramenta importante neste mane-jo. 
Além da buva e do amargoso, existem 
alguns casos pontuais onde algumas er-vas 
apresentam certa tolerância a produ-tos, 
como o fedegoso e a trapoeraba. 
“É por meio de palestras como esta que 
o agricultor pode ter acesso a informações 
de especialistas e de outros agricultores 
sobre as ações realizadas no combate des-sas 
ervas resistentes”, completa Gomes. 
Produtor de Ribeirão do Sul, Francis-co 
Eugenio Saad relata que começou a 
ter problemas com o amargoso desde o 
ano passado, sendo necessário a utili-zação 
de enxadão em algumas áreas, a 
buva, no entanto, foi controlada com a 
aplicação de 2,4-D. 
Ele lembra que os produtores vizinhos 
também devem estar atentos ao amargo-so, 
pois onde há infestação desta erva a 
cultura da soja não se desenvolve. “Deve 
haver uma conscientização maior, porque 
o problema é sério. Ainda não registrei per-das 
porque tenho feito o controle destas 
ervas, mas esse ano já utilizarei o Spider 
para combater a sementeira da buva e 
acabou diminuindo a incidência do capim 
em minha propriedade”, conta o produtor. 
Marcos Jose de Almeida é produtor do 
município de Salto Grande e seu grande 
problema também tem sido o capim amar-goso. 
Ele acredita que essa incidência da 
erva é resultado da falta de um manejo 
mais adequado no início e a resistência 
tem causado grandes problemas nas la-vouras 
da região. 
Para o controle da trapoeraba, ele tem 
utilizado o 2,4-D na dessecação e os re-sultados 
têm sido satisfatórios. 
“Não vejo a longevidade da tecnologia 
RR sem a associação de um herbicida 
pré-emergente com residual e com amplo 
espectro de controle das ervas de difícil 
controle, da buva e do capim amargoso, 
que estão resistentes ao Glifosato” diz Ro-gério 
Montin, Gerente da Agro Ferrari fi lial 
de Assis. Para se ter um manejo de ervas 
efi ciente, é preciso conhecer as “ervas 
problemas”de cada talhão e saber ma-nejar 
os herbicidas adequadamente. Exis-tem 
muitos mitos sobre 2,4D e o objetivo 
de trazer esta palestra com o professor 
Osipe é desmistifi car esta molécula que é 
indispensável para o manejo de desseca-ção 
e tem efeito sinérgico quando asso-ciado 
ao Glifosato. 
Glizmax, DMA e Spider são produtos 
que estão se destacando no manejo 
correto das ervas de difícil controle e da 
buva resistente a Glifosato, eliminando 
a mato-competição inicial na cultura da 
soja, fazendo com que a planta expres-se 
todo o seu potencial produtivo (ganho 
em produtividade). Spider é um herbi-cida 
pré-emergente que tem um amplo 
espectro de controle das ervas de difícil 
controle para Glifosato. Ele age no ponto 
de crescimento das mesmas eliminan-do 
o banco de sementes das ervas que 
controla. Tem um longo período residual, 
diminuindo o número de aplicações de 
Glifosato em pós-emergência (se houver 
necessidade de uma aplicação de Glifo-sato, 
podemos reduzir dose). A soja sai, 
fecha e colhe no limpo.
O Instituto Agronômico comemo-rou 
127 anos de pesquisa e de-senvolvimento 
24 | revista Agrícola 
tecnológico da 
agricultura. Na ocasião o IAC concedeu 
o prêmio “Produtor Rural do Ano” a Do-rival 
Finotti, pelo seu trabalho, esforço e 
dedicação à cultura do trigo na Região 
do Médio Paranapanema, sempre acre-ditando 
na cultura como uma opção 
tecnicamente viável e sua importância 
para a rotação de culturas. 
Como produtor rural, assim como 
tantos outros produtores da região, 
Dorival Finotti continua colaborando 
com a experimentação regional do 
IAC em especial com os experimen-tos 
de trigo desenvolvidos anual-mente 
em sua propriedade. 
Para o agricultor, trata-se de uma 
honra receber um prêmio de um ór-gão 
tão renomado como o IAC. Finot-ti 
acredita que a honraria se deve à 
parceria de muitos anos que ele tem 
com o instituto, atendendo aos crité-rios 
para a escolha. 
PRODUTOR DO ANO 
Dorival Finotti recebe prêmio concedido pelo IAC e lamenta falta de 
investimentos em tecnologia na região do Vale do Paranapanema 
“Me sinto gratificado em saber que 
tantos anos de trabalho dedicado à 
agricultura deram resultado e ajudaram 
a desenvolver variedades derivadas dos 
experimentos. É uma honra ser reco-nhecido 
pelo IAC por uma coisa que faço 
prazerosamente”, diz ele. 
Outro fator de destaque na escolha 
foi o motivo de que Finotti, ao contrá-rio 
da grande maioria dos agricultores 
do Médio Paranapanema, não dedica 
seu trabalho à cultura de soja e milho, 
mas do trigo. O produtor acredita que 
esse diferencial também acabou aju-dando 
na escolha. 
“O Brasil é um grande importador de 
trigo e estamos em uma luta árdua para 
substituir parte destas importações, 
pois nós somos capazes de produzir o 
grão. Só precisamos organizar o setor. 
Parte de meu trabalho junto ao IAC é 
justamente na busca de criar um siste-ma 
de qualidade na produção de trigo. 
Não basta produzir grande quantidade, 
mas um material com características 
que atendam as exigências do mercado. 
O Brasil produz muito volume e nosso 
trabalho é que consigamos a oferecer 
qualidade”, explica. 
O Brasil, para Finotti, acaba sub-valorizando 
o trigo, pois existem gran-des 
áreas plantadas, mas a qualidade 
do grão fica aquém do necessário. Ele 
lembra que no Paraná, por exemplo, 
existem mais de 200 cultivares de trigo 
recomendadas, o que é positivo por um 
lado e negativo por outro. 
“Isso mostra que temos disponi-bilidade 
de material genético para 
superar as dificuldades que possam 
surgir. Porém, essa elevada quan-tia 
de recursos genéticos não é boa 
para os setores produtivo e do con-sumo, 
que precisam produzir para 
suprir determinada demanda do 
mercado. Hoje, 55% do trigo consu-mido 
no Brasil é destinado à panifi-cação, 
ou seja, temos que produzir 
trigo que atenda esta demanda, um 
trigo cujo glúten permita a boa es-
revista Agrícola | 25 
tabilidade, material ao qual o Brasil 
não investiu”, diz ele. 
O agricultor cita o Sul de São Paulo 
como um exemplo disso, onde se co-lhe 
o trigo e tudo é misturado e onde, 
ainda, as cooperativas não trabalham 
nessa seleção. Ele destaca que os 
agricultores plantam diversas varie-dades 
de trigo sem ao menos saber 
o que se planta, preocupados apenas 
com o custo da lavoura. 
“Não é assim que se trabalha 
com o trigo. Muitas vezes se investe 
em um produto mais caro e se con-segue 
vendê-lo por um preço melhor 
e obtemos uma maior margem de 
lucro. Produzir trigo barato não é a 
solução para o setor”, frisa. 
Para alavancar o setor no Brasil Fi-notti 
destaca que falta no país uma 
política nacional de produção de trigo, 
política esta que existe de direito, mas 
não existe de fato. Os recursos que são 
destinados à pesquisa de trigo são es-cassos, 
faltando até mesmo investimen-tos 
da iniciativa privada. Ele lembra que 
o setor do agronegócio brasileiro tem o 
costume de correr atrás das tecnologias 
já prontas, quando o ideal é investir em 
pesquisas para a renovação do setor. 
“Atualmente somos dependentes 
da importação de moléculas e sequer 
temos proteção, pois nossas leis re-ferentes 
à obtenção de patentes são 
medíocres e burocráticas, o que deter-mina 
o baixo investimento no setor. A 
iniciativa privada não investe dinheiro 
em pesquisa porque demora cerca de 
10 anos para se obter uma patente, 
prazo que já tornou essa nova tecno-logia 
obsoleta. E o trigo é uma cultura 
vítima desse fato”, lamenta ele. 
O Vale do Paranapanema optou por 
trabalhar com o milho na safrinha (inver-no), 
deixando de lado a sua tradição na 
produção de trigo. Para Dorival Finotti 
isso é temerário, pois nesse período 
se produz uma média de 200 sacas 
por alqueire, enquanto os norte-ame-ricanos 
têm uma produção três vezes 
maior, o que torna o plantio inviável, 
pois o investimento é idêntico aos pro-dutores 
dos EUA. 
“O milho de inverno é importante 
para a região do Vale do Paranapane-ma, 
principalmente para a rotação de 
cultura. Mas entendo que essa rotação 
deveria ser feita com a área dividida 
em partes destinadas ao milho, trigo e 
leguminosas, sendo ainda uma alterna-tiva 
para o plantio Verão. A rotação de 
culturas leva a menores custos, mas o 
que vemos é nossa região se tornando 
refém da monocultura e com produtivi-dades 
bem inferiores aos grandes cen-tros 
produtores”, completa ele. 
“E mais: nosso milho paga cerca de 
R$ 100 em frete por tonelada para sair 
de Assis e chegar ao porto de Santos. 
O milho norte-americano paga cerca de 
US$ 34 por tonelada em um frete que 
o leva para o mundo todo. Isso traz um 
baixo valor agregado ao nosso milho. 
Precisamos transformar o milho do Vale 
do Paranapanema em algo rentável. 
Temos que investir na criação de por-cos, 
de frangos e na exportação destes 
produtos e de ovos. Isso levaria nosso 
milho a viajar não como grão, mas sim 
como proteínas nobres. Estamos come-tendo 
um erro primário em nosso plane-jamento. 
Fica praticamente impossível 
competir com os grandes centros produ-tores 
dessa maneira. Estamos em uma 
região tão bem localizada, mas não 
sabemos trabalhar com exportação de 
nossos produtos. Temos que investir em 
tecnologia para reverter esse quadro”, 
finaliza Dorival Finotti. 
Dorival Finotti 
Foto: Arquivo IAC
GRUPO UNIMAQ REALIZA 
REPASSE DE ROUPAS 
Assis 
Taquarituba 
Avaré 
Ourinhos 
26 | revista Agrícola 
As roupas doadas foram destinadas ao Fundo de Solidariedade 
O Grupo Unimaq Máquinas, realizou no período de 09 
de junho até 10 de julho, a Campanha do Agasalho 
2014, cujo objetivo foi benefi ciar o Fundo Social de 
cada município que pertence matriz e fi liais da empresa. 
A entrega das roupas da loja matriz e fi liais acontece-ram 
no dia 11 de julho nas dependências de cada unidade. 
Durante a campanha a Unimaq de Assis arrecadou 638 
peças; entre masculino, feminino e infantil. A entrega das 
roupas aconteceu nas dependências da loja matriz e con-tou 
com a presença da presidente do Fundo Social, Darcy 
Pinheiro Santana e Ana Karina Cardoso de Moraes, secre-tária 
do Fundo Social. Na ocasião, Elisandra Rocha Gus-mão 
Rodrigues, do departamento de Marketing e Daniela 
Souza da Cruz, atendimento ao cliente, ambas colaborado-ras 
da Unimaq de Assis realizaram o repasse das roupas. 
A Unimaq de Ourinhos arrecadou 93 peças de roupas que 
foram repassadas ao Fundo Social; participaram da entrega 
as colaboradoras; do atendimento ao cliente Lais Alves, depto 
Pós Vendas, Marcela Melo, Carlos Claudino e Regiane Correa. 
Já a Unimaq de Avaré doou 52 peças femininas, 54 
masculinas, 74 infantil e 31 pares de sapatos. Da Unimaq 
as colaboradoras, Cleide Dias da Silva, copa, Zeni Apareci-da 
Gaioto, fi nanceiro, Cristiane Aparecida Meraio, Analista 
de Pós Venda, Monique Cristine de Jesus Carvalho, admi-nistrativo 
e representantes do Fundo Social da cidade. 
A Unimaq de Taquarituba realizou a entrega de 21 co-bertores 
na presença da primeira-dama, Elizabeth de Sou-za 
Milleo e a secretaria do Fundo Social, Maria Lidia Gomes 
de Carvalho. Na oportunidade as colaboradoras Carolina 
Rodrigues, administrativo e Priscila Silva, fi nanceiro, parti-cipa 
ram da entrega.
Oscar Knuppel e seu inseparável cão 
É crescente o número de áreas na re-gião 
do Médio Paranapanema (SP) 
a receber sistema de irrigação com 
pivô. Os produtores estão vendo in loco a di-ferença 
na produtividade das culturas irriga-das 
versus sequeiro e mensurado o custo/ 
benefício desta tecnologia. 
Oscar Knuppel, produtor no município de 
Cândido Mota (SP) é um desses que neste 
ano começa a colher os frutos de seu inves-timento. 
São 85 alqueires plantados, dos 
quais 60 já receberam o sistema de irrigação 
com pivô central. 
“Ainda não terminei de colher, mas 
na metade que colhi já percebi a dife-rença. 
Estou colhendo 365 sacas por 
alqueire, livres de impureza e umidade, 
contra 285 sacas por alqueire da área de 
sequeiro”, afi rma Oscar. 
Ele argumenta que em anos com clima 
favorável como este, é difícil perceber a falta 
de água, mas o pivô deixou claro isso. “Todos 
os agricultores estão colhendo muito bem 
neste ano, porque o clima ajudou. Mas mes-mo 
assim, tivemos um acréscimo de produ-tividade 
na área irrigada e, por este motivo, 
já estou investindo em mais um pivô de 20 
alqueires com sistema Bender”, comemora 
o produtor. Segundo ele, em áreas irrigadas 
é possível investir mais, porque ela proporcio- 
28 | revista Agrícola 
VALLEY 
Agricultores do Médio Paranapane ma começam a descobrir, in loco, 
a vantagem dos investimentos em sistemas de irrigação 
na mais segurança de colheita. 
“Nossos dois maiores problemas no plan-tio 
de inverno são a falta de chuva e a geada 
e, com a irrigação, conseguimos antecipar o 
plantio escapando da geada e irrigando na 
hora certa eliminamos os dois”, observa ele. 
Oscar afi rma que com os investimentos 
em irrigação vai aumentar sua área produti-va 
de 85 alqueires para 184 alqueires, dos 
quais, 80 irrigados. “Estou tirando a cana, e 
investindo em cereais, que é mais lucrativo 
com irrigação”, afi rma ele. 
Oscar ainda diz que tem projeto para 
ampliar a área irrigada em mais 15 al-queires 
que hoje ainda está com cana de 
segundo corte, mas pretende também 
diversifi car as culturas. 
“Pretendo em breve trabalhar com ou-tras 
culturas como feijão, tomate, e já estou 
desenvolvendo um projeto para plantar mi-lho 
semente em parceria com a Monsanto”, 
fi naliza o produtor cândido-motense.
Elatus 
Consulte a bula do produto. 
Informe-se sobre e realize o manejo integrado de pragas. 
Descarte corretamente as embalagens e restos de produtos. 
© Syngenta, 2014. 
Chegou Elatus, 
o novo fungicida da Syngenta. 
Tão diferente e revolucionário 
que você não vai acreditar 
que a sua soja já viveu sem ele. 
Elatus. O fungicida indispensável 
na vida da soja. 
• Muito mais dias de controle 
• Modo de ação sem igual no mercado 
• Novo patamar de controle da ferrugem 
e outras doenças da soja
O agronegócio deve continuar 
sendo por muito tempo o se-tor 
mais competitivo da eco-nomia 
brasileira, representando mais 
de 20% do PIB (cerca de 1 trilhão de 
reais) e com 41% das exportações e 
25 a 30 milhões de pessoas traba-lhando 
(cerca de 30% da população 
economicamente ativa). A produção 
de grãos deve atingir 191 milhões de 
toneladas em 2014, mantendo taxa 
de crescimento de 4% ao ano. 
O Brasil continua salvo de um desas-tre 
cambial e de uma crise econômica 
muito mais séria graças ao agronegó-cio, 
o setor produtivo mais efi ciente do 
País, capaz de garantir um superávit 
comercial de US$ 40,77 bilhões no 
primeiro semestre, enquanto se acu-mulava 
um défi cit global de US$ 2,36 
bilhões no comércio exterior. O cam-po 
e as fábricas diretamente ligadas 
à agropecuária continuam proporcio-nando 
a maior parte das poucas notí-cias 
positivas da economia, enquanto 
a maior parte da indústria permanece 
atolada em problemas de competitivi-dade, 
agravados pela sucessão de erros 
da política econômica. 
Graças a isso é possível acompa-nhar 
uma evolução tecnológica muito 
acelerada em nosso país, evolução essa 
30 | revista Agrícola 
O CAMPO NA PALMA 
DA MÃO 
O campo nunca absorveu tanta tecnologia, mas o gargalo ainda é a integração entre elas 
que muitas vezes não consegue ser 
acompanhada pelos agricultores, umas 
vezes por falta de informação, outras 
vezes por falta de uma mão de obra es-pecializada 
em utilizar ou, pelo menos, 
orientação sobre essas tecnologias. 
Agricultura de Precisão, TSI, Tráfe-go 
Controlado, Nutrirrigação, Teleme-tria 
e Bioenergia são alguns termos 
que ainda causam mais dúvidas do 
que certezas na cabeça dos produto-res 
brasileiros e até mesmo em em-presas 
responsáveis por repassar ou 
indicar a eles estas tecnologias. 
A Revista Agrícola traz nesta repor-tagem 
especial a palavra de diversos 
especialistas em alguns destes assun-tos 
e também de produtores que re- 
Trator equipado para ensino dos alunos 
na Fatec de Pompeia
revista Agrícola | 31 
solveram investir em tecnologia e co-meçam, 
aos poucos, sentir a diferença 
positiva no campo. 
AGRICULTURA DE PRECISÃO 
Segundo o professor Carlos Otobo-ni, 
diretor da Fatec “Shunji Nishimu-ra” 
de Pompeia (SP), a Agricultura de 
Precisão foi o setor produtivo que viu 
a necessidade de formar um profissio-nal 
com o perfil de atuar na integração 
das novas tecnologias lançadas nas 
quatro áreas: Agricultura, eletrônica, 
informática e mecânica. 
Muitas tecnologias foram lançadas 
para o agronegócio, mas o produtor não 
consegue aproveitar o máximo de cada 
uma delas, hora por falta de treinamen-to 
adequado, hora por não ter um fun-cionário 
que domine estas tecnologias. 
No entanto, com o início das ativi-dades 
da Fatec Shunji Nishimura, esta 
realidade está mudando. Uma estrutu-ra 
inovadora foi montada para propor-cionar 
ensino teórico e prático aos alu-nos. 
E isso somente foi possível através 
das parcerias com o Estado, Fundação 
Shunji Nishimura e empresas do setor. 
“Ter já é uma grande dificuldade, 
e ter em grande quantidade à disposi-ção, 
máquinas, sistemas e produtos de 
última geração, é realmente uma con-quista 
gigante, comemora Otoboni. Aqui 
[na Fatec] conseguimos individualizar 
o ensino, pois temos programas de úl-tima 
geração em vários computadores. 
Isso custa muito dinheiro. Para ter uma 
ideia, temos programas que custam 
R$60 mil e aqui temos ele em mais de 
40 micros”, diz. 
Empresas como a Jacto, Tatu Mar-chesan, 
Valtra, Jumil, John Deere, 
Baldan, New Roland, Trimble, Raven, 
ArcGIS, Falker cedem gratuitamen-te 
à faculdade seus produtos para 
que os alunos tenham conhecimento 
avançado de tudo o que há de mais 
novo no mercado. 
Segundo Otoboni, neste ano a Fa-tec 
vai iniciar a aplicação localizada de 
defensivo agrícola para o controle de 
nematoides, o que era um sonho para 
a faculdade. “Isso vai gerar economia, 
menor impacto ambiental e maior con-trole 
do patógeno”. 
A qualidade dos alunos da faculdade 
está sendo comprovada até mesmo nos 
EUA onde 10 deles estão em estágio. 
“Um deles, chegando à fazenda onde 
iria estagiar, se deparou com um equi-pamento 
parado em que o agricultor 
iria devolver. Logo que ele configurou o 
equipamento o produtor conseguiu usar 
tranquilamente, e isso foi interessante, 
porque ele passou a dar assistência a 
vários produtores daquela região. Então 
vemos que este problema não é somen-te 
do Brasil, mas é de produtores do 
mundo inteiro”, conta. 
Hoje a Fatec tem alunos de 12 Esta-dos 
e três do Paraguai e também conta 
com um corpo técnico muito qualificado, 
que é o segredo de todo este sucesso. 
José Vitor Salvi, professor de Tec-nologia 
de Agricultura de Precisão 
na Fatec, destaca que boa parte da 
tecnologia embarcada nas máquinas 
e implementos já vem como ‘item de 
série’, e isto é uma tendência. A ideia 
junto aos alunos é que ele gerencie e 
faça esta integração das várias tecno-logias 
disponíveis, ou seja, fazer a má-quina 
funcionar perfeitamente. 
“O que não queremos é ver o produ-tor 
comprar a tecnologia e na hora de 
plantar, fazer com direção manual e 
com adubação fixa, isto seria inadmis-sível. 
O retorno deste investimento em 
tecnologia é enorme para o produtor. A 
barra de luz com sinal de GPS, RTK com 
uma polegada de posicionamento que 
possibilita a não sobreposição da barra 
de pulverização, são exemplos de tec-nologia 
que se paga. O problema é que 
o produtor muitas vezes não mede este 
benefício, mas ele é gigantesco, explica. 
Nosso objetivo é que o produtor faça 
toda a cadeia bem feita, o plantio, adu-bação 
de cobertura, tratos culturais e a 
colheita”, completa o professor Salvi. 
Álvaro Alves Monteiro e Guilherme 
Nagib dos Santos são alunos do 6º ter-mo 
do curso superior de Tecnologia em 
Mecanização em Agricultura de Preci-são 
da Fatec Shunji Nishimura. Eles 
contam que escolheram o curso pela 
‘pegada tecnológica’ proposta pela en-tidade 
e pela facilidade de terem a dis-posição 
as tecnologias mais avançadas 
do setor, além da prática, algo que os 
cursos tecnológicos incentivam. 
“Conseguimos avaliar os equipa-mentos 
e as operações em campo, isso 
ajuda a entender o conceito das tec-nologias 
utilizadas”, argumenta Nagib. 
Os alunos enaltecem as parcerias, pois 
através delas, foi criada uma estrutura 
educacional invejável. 
“Estas parcerias publico-privadas 
são muito importantes para o nosso cur-so 
porque possibilita a gente ter contato 
com o que há de mais moderno no mer-cado, 
e com isso podemos desenvolver 
um ótimo trabalho”, assegura ele. 
Para Álvaro, em países desenvolvi-dos 
normalmente as tecnologias são 
geradas nas universidades e vai para as 
empresas, aqui no Brasil o caminho ain-da 
é inverso. “Precisamos mudar esta 
metodologia, porque tem muita gente 
boa criando soluções nas Universidades 
e Fatecs e que não são apoiadas pelas 
empresas. Nosso foco é trabalhar nas 
empresas com foco na mecânica, na 
Profº Vitor Salvi e diretor Carlos Otoboni 
da Fatec Shunji Nishimura
área de gestão para facilitar a vida do 
agrônomo, do produtor e das empresas 
fabricantes”, finaliza. 
Outro pesquisador que tem se de-dicado 
ao estudo da AP (Agricultura 
de Precisão) é o professor doutor Tel-mo 
Amado, da Universidade Federal 
de Santa Maria (Santa Catarina), co-ordenador 
do Projeto Aquarius, que 
figura como o maior projeto mundial 
de Agricultura de Precisão de nível 
comercial, com um banco de dados 
de 15 anos de trabalho. 
O Projeto Aquarius nasceu no ano 
2000 através de uma parceria entre 
Stara, empresas do ramo, Universida-de 
Federal de Santa Maria, através 
do NEMA e do Setor de Uso e Manejo 
e Conservação do Solo (Departamento 
de Solos), e objetiva desenvolver o ciclo 
completo de Agricultura de Precisão. 
A experiência pioneira no sul do Brasil 
na forma e na amplitude da pesquisa 
da Agricultura de Precisão, agora já se 
estendeu para todo país. Atualmente 
conta com 16 áreas distribuídas no Alto 
Jacuí totalizando 729 hectares. Ainda, 
possui um rico banco de dados conten-do 
resultados de análises de solo e ren-dimento 
de culturas. 
Este banco de dados conta com a 
32 | revista Agrícola 
parceria de diversos produtores de vá-rios 
Estados, inclusive do interior paulis-ta, 
como é o caso do produtor Gianni Di 
Raimo, de Pedrinhas Paulista (SP), para 
quem a adesão à tecnologia (que tem 
alto custo) teve trazer benefícios que 
compensem a implantação desse siste-ma 
na lavoura. Caso contrário, não será 
viável para o agricultor. 
Di Raimo comenta que há muitas 
dúvidas acerca de detalhes sobre o 
tema, mas com os testes implantados 
pelo professor Telmo, já começam a 
surgir resultados sobre os melhores 
caminhos a serem tomados (como po-pulação 
de plantas, dosagem de ferti-lizante, 
etc), encontrando, assim, um 
ponto de equilíbrio que traga rentabili-dade 
que possibilite investimentos na 
Agricultura de Precisão. 
Como as empresas investem em 
grandes tecnologias embarcadas nas 
máquinas, tecnologias muitas vezes es-tas 
sequer utilizadas pelo agricultor por 
falta de conhecimento, Gianni Di Raimo 
acredita que seria ideal se as coopera-tivas 
agrícolas tomassem a frente e ti-vessem 
pessoas qualificadas e que sou-bessem 
orientar os agricultores a tirar o 
máximo de cada uma dessas máquinas. 
Para o produtor pedrinhense, exis-tem 
quatro grandes desafios para os 
agricultores que buscam investir em 
alta tecnologia: recursos (uma vez que 
muitas dessas máquinas têm valores 
inviáveis para médias propriedades); 
químico (falta de adubo); físico (textura 
de solo); e biológico (áreas que perde-ram 
a riqueza do solo). No momento 
só existem áreas de testes para a di-vulgação 
de resultados, porém, este 
ano deve ser iniciado um trabalho em 
área comercial, a fim de se definir as 
populações ideais, o que é um tema 
polêmico, pois seu desenvolvimento 
depende muito dos fatores climáticos. 
No momento o agricultor tem traba-lhado 
na tentativa de implantar em sua 
propriedade a tecnologia de Tráfego 
Controlado, o que tem trazido muitas 
dificuldades. A chave para o sucesso 
de um programa de tráfego controla-do 
é a sincronização de equipamento, 
assim todo uso de equipamentos será 
numa linha. Existe a tecnologia para 
conduzir todos os equipamentos nas 
linhas de mesma faixa e sem a habili-dade 
de um operador. 
Segundo Di Raimo, o Tráfego Con-trolado 
envolve muitos detalhes, pois 
a plantadeira deve ter o mesmo núme-ro 
de linha das colheitadeiras, o pul-verizador 
deve ser múltiplo, etc. Por 
trabalharem com piloto automático 
somente nos tratores, o agricultor terá 
que, de início, controlar apenas o trân-sito 
do autopropelido. 
“Temos que ter em mente que o uso 
de alta tecnologia não é apenas mil ma-ravilhas. 
O problema do preço é muito 
sério e apenas uma parcela de uma má-quina 
adquirida pode prejudicar o agri-cultor 
mais à frente. Temos que investir, 
mas com planejamento. Essas moder-nas 
máquinas podem nos empolgar de 
início, mas não podemos nos esquecer 
que teremos que produzir o suficiente 
para conseguir pagá-la”, adverte. 
Segundo Telmo Amado, em 2000 
todas as tecnologias voltadas para a 
AP eram importadas, principalmente, 
de países como Alemanha e EUA, e por 
isso, caríssima. “Com o trabalho todos 
nós pesquisadores desenvolvemos, o 
Brasil passou a ser exportador de tec- 
Alvaro e Nagib, alunos do 6º termo do curso superior de Tecnologia em 
Mecanização em Agricultura de Precisão da Fatec Shunji Nishimura
nologia de AP, o que ajudou a baratear 
e a desmistifi car a tecnologia”, justifi ca. 
Para Telmo, temos vivido um aumen-to 
da efi ciência do uso de insumos. Ini-cialmente 
o trabalho com amostragens 
georreferenciada de solos que permitiu 
uma resolução maior da variabilidade 
que havia nos campos, permitindo um 
tratamento diferenciado. E isso foi a 
porta de entrada da AP nas lavouras 
brasileiras. “Em seguida percebemos 
que havia muito espaço para melho-rarmos 
o que estávamos fazendo, e 
isso aconteceu na pulverização, na 
semeadura e com o mapa de colheita 
que permite avaliar o grau de acerto 
no manejo”, completa. 
O Aquarius, segundo ele, foi um 
sucesso porque sempre se trabalhou 
junto com os produtores. Quando se 
uniu indústria, pesquisa e produtor 
isso gerou uma combinação podero- 
Plantio de feijão irrigado na propriedade do 
Gianni Di Raimo em Pedrinhas Paulista-SP
sa que encurtou os caminhos e trou-xe 
muitos resultados. Sai-se de uma 
agricultura de subsistência e migrou- 
-se para uma agricultura empresarial 
e o agricultor evoluiu neste processo. 
“Então vejo que o nosso produtor está 
esperando que a indústria e a pesqui-sa 
lhes ofereçam novas ferramentas a 
ponto de ele poder competir com os 
melhores produtores do mundo. Como 
as fronteiras agrícolas estão cada dia 
mais escassas, precisamos aumentar 
a produtividade por hectares e isso 
pode ocorrer somente com adoção de 
novas tecnologias”, pondera Telmo. 
O potencial genético é algo a ser 
considerado, segundo o pesquisador, 
pois o potencial produtivo aumentou 
consideravelmente nos últimos anos e, 
como o produtor paga caro nisso, ele 
precisa aproveitar este potencial. 
“Não estamos dizendo que por ado-tar 
a AP vamos deixar de errar, mas atra-vés 
dela, conseguirmos mensurar o nos-so 
grau de erro e podemos corrigi-los 
individualmente. A AP está muito avan-çada 
nos EUA, Alemanha, Inglaterra, Di-namarca 
e Argentina. Mas o Brasil está 
caminhando a passos largos para nos 
alinharmos a estes países e isso pode 
ser um diferencial para conquistarmos 
mercado no futuro, como por exemplo, 
a rastreabilidade da nossa produção. 
Muito em breve iremos distinguir as 
propriedades não pelo seu tamanho, 
mas pelo nível de tecnologia que ela 
emprega”, encerra ele. 
Para Aldo Tasca, produtor em 220 
hectares no município de Céu Azul (PR), 
quando se trata e tecnologia não há 
mais volta, pois a demanda por alimen-tos 
é muito grande. 
Ele conta que iniciou o trabalho com 
AP somente com grides de análise de 
solo e depois foi investindo em monitor 
de colheita e recentemente adquiriu 
uma plantadeira com distribuição de 
semente e adubo à taxa variável. 
“Em determinado momento, no en-tanto, 
vimos que não adiantava mais 
corrigir o solo quimicamente e estrutu-ralmente 
sem disciplinar o tráfego den-tro 
da área. Foi assim que, com base em 
pesquisas publicadas e visitas a outros 
países, resolvemos trabalhar com o Trá-fego 
Controlado”, justifica Aldo. 
34 | revista Agrícola 
Humberto e Edson da fazenda Maruque em Itaberá-SP 
Segundo ele, começaram a discipli-nar 
o tráfego, depois investiram em pi-loto 
automático, GPS e bases RTK para 
as máquinas definirem uma linha de 
tráfego dentro da propriedade e sempre 
utilizarem o mesmo rastro. 
“Hoje seguimos o mesmo rastro de 
plantio, cultura após cultura. Para isso 
alteramos o espaçamento de plantio 
para 70 cm nas culturas de soja e mi-lho, 
ou seja, plantamos a soja na mes-ma 
linha do milho. Desta forma, o trator 
e o pulverizador trafegam na entrelinha, 
somente com a colheitadeira é que 
ainda estamos tendo um pouco de di-ficuldade, 
mas iremos acertar um espa-çamento 
adequado para ela também” 
comemora Aldo. 
Para ele, através deste sistema con-seguiram 
fazer uma adubação locali-zada, 
voltada para a linha de plantio, e 
como não há compactação na linha as 
raízes aprofundam mais porque a dispo-nibilidade 
de água no solo é maior. 
“A pesquisa está avaliando os nú-meros 
para termos a comprovação dos 
resultados, mas visualmente, temos 
observado que a maturação é mais 
uniformidade e as plantas estão mais 
sadias. Mas há algumas coisas em 
que não podemos ver, como a decom-posição 
das raízes criando aberturas 
para a entrada de água e fertilizante, 
dentre outras”, justifica. 
Segundo Aldo, faz seis anos que es-tão 
desenvolvendo esta pesquisa e hoje 
um terço de sua área já recebe este tra-tamento 
diferenciado. 
Segundo o pesquisador Telmo Ama-do, 
há estudos que mostram que se o 
produtor não faz este controle de tráfe-go, 
cerca de 80% da sua área podem re-ceber 
pressão de pneus. Com o controle 
de tráfego isso pode reduzir para até 5% 
a, no máximo 30%. 
“Temos dados que no exterior esta 
técnica tem sido muito bem aceita, 
porque comprovam que aumenta a 
atividade biológica e o teor de matéria 
orgânica. A questão é não retroceder 
na tecnologia, e sim buscar na própria 
tecnologia, soluções para os problemas 
que ela trouxe”, encerra Telmo Amado. 
Na Fazenda Maruque, em Itapeva, 
a Agricultura de Precisão é feita por 
meio do cruzamento de dados obti-dos 
em mapas de colheita e mapas de 
análise de solo. 
Segundo Edson Cagnin, diretor da 
fazenda e Humberto Zomer, engº agrº 
e gerente de produção, após o cruza-mento 
destas informações é possível 
se verificar se existe algum problema 
no solo e quais as recomendações 
para resolver o entrave. 
Um das grandes preocupações dos
responsáveis pela fazenda é tomar 
medidas que visam evitar um dos 
grandes problemas que pode prejudi-car 
a lavoura: a compactação do solo. 
Como a propriedade possui muitos 
equipamentos, seus administradores 
têm investido de maneira reduzida em 
altas tecnologias, como piloto auto-mático 
nos maquinários, trabalhando 
apenas com a utilização do GPS. No 
momento tal tecnologia é considerada 
muito custosa e não considerada in-dispensável 
para a gestão da lavoura. 
FUTURO DA AP 
Segundo o pesquisador Telmo Ama-do, 
a agricultura conseguiu evoluir na 
correção da fertilidade da terra, mas o 
próximo passo da AP deve ser na cor-reção 
física do solo, como infi ltração e 
armazenagem de água, evitando, as-sim, 
erosões, além da melhoria na parte 
biológica da área através da adubação 
verde usada com tecnologia. Para ele, a 
interatividade da melhoria da fertilidade 
do solo, da preservação da condição fí-sica 
do solo e este detalhe biológico é o 
caminho natural para que se possa ter 
sistemas efi cientes e sustentáveis. 
“Chamamos isto de empilhamento 
de tecnologias, e com esta associação 
das tecnologias criamos um sinergis-mo 
que juntamente com a AP traz uma 
maior efi ciência no campo”, argumenta. 
Para Mauricio Swart, engenheiro 
agrônomo, diretor da Aspipp (Associa-ção 
do Sudoeste Paulista de Irrigantes e 
Plantio na Palha) e produtor no municí-pio 
de Paranapanema (SP), outra ferra-menta 
importante na AP é o coletor de 
Profº Telmo Amado da Universidade Federal de 
Santa Maria e o Profº Tanaka da Fatec de Pompeia
dados ArcGIS que possibilita fazer um 
monitoramento de pragas, doenças e 
análise de performance georreferencia-do. 
“Com isso, se consegue prever algu-mas 
situações e agir preventivamente. 
Já existe este programa instalado aqui 
na APPAS (Associação Paulista dos Pro-dutores 
de Algodão), mas ainda é uma 
ferramenta cara para ser adquirida indi-vidualmente”, 
afi rma o produtor. 
TECNOLOGIA NAS SEMENTES 
Com o passar dos anos os agricul-tores 
começaram a se aperceber da 
importância de se investir no trata-mento 
de sementes antes do plantio, 
o que resultava em melhores produ-tividades. 
Começou, então, a ser de-senvolvida 
no Brasil uma tecnologia 
nesta área, abrangendo, de início, as 
culturas mais plantadas, como soja e 
milho. Com o surgimento desta nova 
necessidade, começaram a surgir es-tudos 
e tal tecnologia começou a ser 
efetivamente desenvolvida. 
A novidade começou a ser difundida 
entre os próprios agricultores, o que le-vou 
as indústrias químicas a desenvol-verem 
produtos para atender esse novo 
mercado. Foi neste período que come-çou 
a evolução da Incotec, que tinha 
36 | revista Agrícola 
como foco principal o mercado de se-mentes 
de hortaliças, mas que se adap-tou 
para atender essa nova demanda. 
Segundo Marcelo Betin, responsável 
pela unidade da empresa em Itaberá, a 
Incotec tem como diferencial não se ater 
a marcas e bandeiras, mas sim naquele 
tratamento de sementes que o agricul-tor 
acredita ser o mais adequado para 
ele e com seus produtos de confi ança e, 
após análises, verifi ca-se se o mesmo é 
realmente o mais indicado para aquela 
situação e se adequa a sua realidade. 
Matheus Hossri, consultor técnico 
de vendas e Marketing da Incotec, des-taca 
que atualmente muitas empresas 
buscam “amarrar” os produtos quími-cos, 
comercializando apenas pacotes 
fechados, limitando as opções dos 
agricultores. Por isso, a empresa busca 
atender o agricultor de acordo com a 
sua realidade, colocando a sua dispo-sição 
toda a sua estrutura e processos 
diferenciados, que oferece uma certifi - 
cação e exatidão mais garantida pelo 
serviço prestado. 
“Pelo teste de loading podemos 
quantifi car tudo o que foi aplicado e a 
distribuição dos ingredientes ativos fi ca 
uniforme, trazendo os melhores resulta-dos 
aos clientes, isso atendendo o que 
o agricultor deseja, sem fi car refém de 
determinados produtos”, explica. 
Neste caso, o agricultor tem total 
acesso ao andamento de determinada 
calda. O que mais atrasa os resultados 
é a análise de vida útil, sendo que a 
empresa não oferece garantia antes da 
fi nalização destas análises, garantindo 
a idoneidade do produto oferecido. A 
empresa oferece, portanto, validações 
de inúmeras combinações de caldas, 
seja em quantidade de produtos ou do-sagem. 
Porém, existem as caldas mais 
tradicionais (cujas análises e estudos 
já estão concluídos) e que abrangem 
as mais diversas empresas químicas do 
mercado, muitas vezes atendendo a de-manda 
dos produtores. 
Olhando para o futuro e analisando 
o quanto o tratamento de sementes 
pode evoluir, Matheus Hossri destaca 
que a melhor maneira disso ocorrer é 
atender o maior interessado nesta tec-nologia: 
o agricultor. Com o projeto de 
franquias da Incotec, a empresa preten-de 
expandir no Brasil, atendendo de iní-cio 
as grandes culturas e, futuramente, 
as médias e pequenas. “A Incotec não 
é uma sementeira, é uma empresa que 
produz tecnologia que visa potencializar 
essa semente”, diz. 
Franco Feitosa, especialista de pro-dutos 
e processos da empresa, destaca 
que vislumbra para o futuro a migração 
do ‘tratamento de sementes da fazenda’ 
para o TSI. Mesmo ainda existindo mui-tos 
tratamentos on farm, ele acredita 
que essa demanda (TSI) é uma tendên-cia 
a expandir, pois traz mais qualidade 
e, principalmente, mais segurança, pois 
o produtor não expõe seus funcionários 
a produtos químicos. 
“Um tratamento em TSI tecnifi ca-do, 
feito por profi ssionais capacitados, 
com todo processo previamente estu-dado 
é a segurança, que pode ser ofe-recido 
com qualidade que o agricultor 
precisa e com o custo que ele acha 
justo”, encerra. 
Em Itapeva, o tratamento de se-mentes 
é padrão na Fazenda Maru-que, 
que começa a investir no trata-mento 
industrial, deixando de lado, 
por enquanto, apenas a semente de 
soja devido aos inoculantes (ques-tão 
que ainda está em debate em 
Franco, Matheus e Marcelo da Incotec
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MÁQUINAS 
Sobre a evolução da tecnologia que 
hoje em dia vemos nos maquinários uti-lizados 
pelos agricultores, o engenheiro 
agrônomo Maurício Swart lembra que 
a partir de 2008, através dos estudos 
de análise de performance realizados 
na fazenda, se notou que havia neces-sidade 
de se investir em plantadeiras 
pneumáticas, com sistema de precisão 
de distribuição de sementes e adubos. 
Isto permitiu a criação de um checklist 
não somente na parte operacional, mas 
também de gestão de pessoas e admi-nistrativa. 
Com isso houve maior veloci-dade 
no plantio e padronização de es-tande 
em todas as culturas, saindo de 
63% de efi ciência de plantio, em 2008 
para 92% neste ano. 
“Vemos que hoje ainda não temos 
mão de obra especializada para gerir 
estas tecnologias embarcadas nas no-vas 
máquinas. Por este motivo estamos 
treinando a equipe para fazer a preci-são 
da agricultura, ou seja, as regula-gens 
precisas de cada máquina e imple-mento 
para depois sim, investirmos na 
Agricultura de Precisão”, relata. 
Análise de performance é uma fer-ramenta 
que, desde 2008, tem sido 
utilizada na cultura do feijão. “Através 
de um programa (Planta Forte da Iha-ra), 
nós saímos do ‘achismo’ e come-çamos 
a avaliar e descobrimos que 
o que mais reduz nossa produção de 
feijão são as lagartas, não as doenças 
como pensávamos”, destaca. 
Para Swart, a prestação de serviços 
por parte das empresas de máquinas 
e implementos é o melhor caminho 
para o viés da falta de aproveitamen-to 
das tecnologias no campo. “É o que 
ocorre nas grandes economias e deve-ria 
ser uma realidade também no Bra-sil”, 
completa ele. 
Para o diretor da Aspipp, uma neces-sidade 
que existe atualmente é fazer 
com que as informações precisas dos 
fabricantes cheguem até os produtores. 
Segundo ele, as empresas deveriam ca-pacitar 
mais seus vendedores para que 
tenham mais noção das tecnologias em-barcadas 
nas máquinas para que elas 
sejam mais aproveitadas no campo e o 
produtor venha ter resultado com cada 
real investido nelas. 
“Para avançarmos, precisamos de 
uma melhor infraestrutura em energia 
elétrica para os pivos, telefonia e in-ternet 
de qualidade para utilizarmos 
os aplicativos disponibilizados nos 
smartphones e, se tratando de um Es-tado 
rico como é São Paulo, a quali-dade 
destes serviços é vergonhosa”, 
conclui Maurício Swart. 
TELEMETRIA 
A telemetria é uma tecnologia que 
permite receber, medir, repassar e 
avaliar dados e informações remo-tamente, 
que estão disponíveis ao 
condutor através do painel de instru-mentos 
e determinadas informações
disponíveis somente ao módulo con-trolador 
da máquina. 
A telemetria básica é a velocidade 
desenvolvida, rotação do motor, quilô-metros 
percorridos, horas de motor liga-do, 
temperatura do motor, temperatura 
do óleo do hidráulico entre outros. 
Com o objetivo de oferecer esta fer-ramenta 
aos produtores, a recentemen-te 
a John Deere lançou um software de 
gerenciamento das informações gera-das 
pelas máquinas no campo. Ofere-cer 
soluções que melhorem a efi ciência 
do negócio é o propósito da John Deere 
com o conceito FarmSight. 
Segundo Bruno Cavina, gerente de 
A.M.S. da Unimaq-John Deere, a missão 
da empresa não é vender somente pro-dutos, 
mas também soluções integra-das 
que otimizem o uso das máquinas, 
melhorem a logística e deem suporte à 
decisão agronômica. 
Para complementar ainda mais as 
soluções integradas, a John Deere, em 
parceria com a Auteq, apresenta o Gre-en 
Fleet, uma nova ferramenta que tem 
como principal objetivo tornar as frotas 
mais inteligentes, oferecendo automa-tização 
de processos, maior efi ciência 
e confi abilidade na telemetria, levando 
com rapidez – do campo para o escritó-rio 
– as informações necessárias para a 
gestão de frota. 
38 | revista Agrícola 
Segundo Bruno, através da teleme-tria, 
é possível inserir alguns parâme-tros 
para cada operação, que serão 
comparados ao executado. Desta forma 
é possível avaliar o tempo em que a má-quina 
desempenhou sua tarefa e como 
potencializar esta operação, sejam com 
melhor assistência técnica, turnos de 
trabalho ou logística. 
Através do Green Fleet, o administra-dor 
tem todas as informações de posi-cionamento 
e operação da máquina, ou 
seja, qual operador está trabalhando, 
se a máquina está na rotação correta, 
a velocidade, etc. Tudo pode ser monito-rado 
do escritório em tempo real. 
O seguimento que mais utiliza essa 
tecnologia ainda é o canavieiro, mas já 
está em estudo a adoção do sistema 
também no setor de cereais. Caso o pro-dutor 
não tenha pessoas treinadas para 
realizar esse gerenciamento dos dados, 
ele pode contratar o serviço do conces-sionário 
que tem uma equipe treinada a 
sua disposição. 
Segundo Bruno, muitos têm apre-sentado 
produtos como a grande no-vidade, 
mas a Unimaq-John Deere, 
além dos produtos tem disponibilizado 
a prestação de serviços, que faz com 
que o produtor utilize todos os recur-sos 
tecnológicos a sua disposição, fa-zendo 
com que haja uma integração 
destas informações para a melhor to-mada 
de decisão. 
Muitos jovens decidiram fi car no 
campo pelo uso das novas tecnolo-gias, 
e isso tem sido constante nas 
propriedades. “Grande número dos 
produtores que vem para conhecer as 
novas tecnologias, vem acompanha-dos 
de seus fi lhos. Isso tem mostrado 
maior interesse dos fi lhos na atividade 
Plantio de milho com sistema de desligamento automático de linha 
Plantadeira, lançamento da Jumil, doada para 
aulas teóricas e práticas na Fatec de Pompeia
QUEM COLHE SABE QUE CADA 
MINUTO É PRECIOSO. 
QUE TAL TERMINAR A COLHEITA ATÉ 
7 DIAS ANTES? 
Dados referem-se à colheita em uma área de 2.500 hectares. 
CHEGARAM AS COLHEITADEIRAS SÉRIE S JOHN DEERE. 
MODELOS S540, S550, S660, S670, S680. 
• Produtividade até 15% maior. 
• Tanque graneleiro até 12% maior. 
• Consumo de combustível até 17% menor. 
• Até 55% menos tempo com ajustes e manutenções diários. 
• Vazão de descarga até 16% maior, proporcionando menos paradas.
SEMENTE SUPERIOR TEM NOME: LAGOA BONITA. 
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dos pais”, testemunha Bruno. 
Os terraços e canais também po-dem 
ser facilmente construídos, sem 
o uso de lasers, utilizando o software 
Surface Water Pro que permite fazer 
o levantamento topográfi co da área e 
uma única pessoa pode fazer o traba-lho 
no campo em menos tempo, eco-nomizando 
combustível e reduzindo 
custos. “Este recurso tem sido utiliza-do 
também na construção de taipas 
para plantio de arroz e também na 
elaboração de projetos de plantio para 
que se tenham mais metros lineares 
de plantio com menor número de des-pontos”, 
completa. 
Para Maurício Swart, o uso da tele-metria 
na irrigação é uma ferramenta 
muito efi ciente, porque permitirá irri-gar 
com precisão, ou seja, irrigar com 
base na textura do solo. “Com isso o 
solo que tiver mais capacidade de ab-sorção 
receberá maior quantidade de 
água”, comenta. 
IRRIGAÇÃO 
O diretor da Aspipp e produtor no 
município de Paranapanema, Mauri-cio 
Swart trabalha com as culturas de 
soja, milho semente, trigo, feijão, sorgo, 
aveia preta, cevada, milheto, algodão e 
laranja. Seu pai foi um dos pioneiros na 
agricultura irrigada na região e hoje a 
propriedade conta com 1.900 hectares, 
dos quais 1.495 são irrigados através 
dos 26 pivôs instalados na fazenda. 
Segundo ele, é a irrigação que mantém 
grande parte das famílias naquela re-gião, 
tendo como maior contribuição a 
segurança de se fazer duas ótimas co-lheitas 
dentro do ano. 
Porém, Swart reclama que ainda há 
alguns limitantes na irrigação, como por 
exemplo, a qualidade de energia. “Joga-mos 
água somente à noite para evitar 
perdas, mas ainda freamos em algu-mas 
defi ciências, como a qualidade de 
energia elétrica. Isso tem gerado muita 
insatisfação e perda de qualidade na 
irrigação, pois a energia oscila demais, 
provocando a queima de motores e de-mais 
equipamentos”. 
Para ele, a automação da irriga-ção, 
que é realidade em outros paí- 
Lavoura de café com irrigação 
subterrânea da Netafi m
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Tecnologias no campo

  • 1. nº 17 / JUL - AGO 2014 evista O Campo é o Nosso Escritório O CAMPO NA PALMA DA MÃO O campo nunca absorveu tanta tecnologia, mas o gargalo ainda é a integração entre elas. Manejo de doenças na soja Noite de Campo BMW Produtor do ano Diversificação gera renda Pergunte ao especialista | Área Polo Morgan | Iniciativa 2. 4D da Dow | Fruticultura
  • 2. “A agricultura é a arte de saber esperar” Riccardo Bacchelli 28 de Julho Dia do Agricultor
  • 3. Diretor Geral Marcelo Souza Diretora Executiva Fabiane Cavina Souza Redação Renato Piovan Matérias José Carlos Muniz Direção de Arte PARRA+CONSENTINO Publicidade Fotos José C. Muniz e arquivo Manancial fotografi a Agência Manancial Comunicação Av . Brasil 1359 , Loja 7 Centro - Pedrinhas Pta Fone 18 3375 - 1101 Departamento Comercial José Carlos Muniz muniz@ragricola.com.br 18 99713 9878 18 3375 1101 www.ragricola.com.br Tiragem 10.000 exemplares Periodicidade Bimestral 2014 evista A tecnologia no campo e seus desafi os O agronegócio brasileiro tem demonstrado seu potencial e a cada dia sur-gem novos desafi os. Com o advento das novas tecnologias, o campo se transformou em um mer-cado cobiçado, não somente por empresas de máquinas e implementos, mas também de sistemas de gestão e afi ns. No entanto, são crescentes também as reclamações de falta de mão de obra especializad a para gerir todas estas informações e integrá-las para o maior aproveitamento por parte do produtor, que paga caro, mas muitas vezes não consegue usufruir dos seus benefícios. Para discutir este entrenó, visitamos os produtores mais técnicos da região, além de pesquisadores e professores que desenvolvem trabalhos voltados a desmistifi car as novas tecnologias e facilitar a vida no campo. Na próxima edição traremos vários resultados de produtividade de milho 2ª safra no Vale do Paranapanema, além das curiosidades de uma família do mu-nicípio de Platina (SP) que ainda utiliza o tradicional engenho movido a cavalo para a fabricação de melado e rapadura. Caso tenham alguma dúvida ou sugestão de matéria, favor nos encaminhar através do email: leitor@ragricola.com.br Tenham todos, uma ótima leitura e até a próxima! Marcelo Souza Diretor Geral IMAGEM DO MÊS No dia de São Donato tem macarronada de graça para toda população em Pedrinhas Paulista (SP), cidade sede da Revista Agrícola
  • 4. SUMÁRIO 05 Pergunte ao especialista 12 Consórcio Nacional Jacto 13 Área Polo Morgan 14 Morgan em Pedrinhas Pta 16 Agro Rural 18 Bayer e Agro Ferrari 19 Ihara lança novo inseticida 22 Iniciativa 2. 4D da Dow 24 Produtor do ano 26 Unimaq-John Deere 28 Valley 44 Fruticultura 46 Diversifi cação gera renda 48 Aconteceu na região / Profi ssionais do Agro 50 Agenda 10 Noite de Campo BMW 30 O Campo na palma da mão 08 Agricultura de precisão em foco 20 Manejo de doenças na soja
  • 5. revista Agrícola | 5 PERGUNTE AO ESPECIALISTA Entenda como fazer a declaração do Cadastro Ambiental Rural - CAR Trazendo inquietação e preocu-pações para o setor agrícola, o CAR – Cadastro Ambiental Rural foi regulamentado nacionalmente em 05 de maio último com a publicação do decreto 8.235/2014. Em nossa experiência de trabalho notamos que muitos dos responsá-veis pelos pequenos imóveis rurais, não tem sequer ciência da nova exi-gência legal, ao passo que os pro-prietários de médio e grande porte estão bastante confusos quanto aos termos e dados necessários para efetivar a declaração. Sem pretender esgotar o assunto, que é realmente mais complexo do que parece, farei um apanhado geral visan-do esclarecer os principais pontos con-cernentes ao tema. O QUE É O CAR? Trata-se de um instrumento estatal de gestão através do qual pretende-se conhecer, monitorar e planejar a situa-ção florestal no país. O próprio conceito legal, quando separado em tópicos, é autoexplicativo, vejamos: Registro público: registro é um as-sentamento, uma escrituração. Público é o antônimo de “não particular”, signifi-ca que não é sigiloso. Desde 1989 a re-serva legal deveria ser obrigatoriamente averbada à margem da matrícula dos imóveis rurais, ao passo que as outras formas de cobertura vegetal não tinham nenhum tipo de controle formal. Obrigatório: não é facultativo, to-dos os imóveis rurais deverão se cadas-trar, ou estarão sujeitos as sanções por descumprimento. Eletrônico: O CAR põe fim as exi-gências de averbação notarial de for-ma que as informações ambientais passam a ser armazenadas eletroni-camente, salvo em casos específicos de compensação da reserva legal ex-tra propriedade nos quais permanece-rá a exigência de averbação na matrí-cula do imóvel em cartório. Âmbito Nacional: Todo imóvel ru-ral brasileiro deverá se cadastrar e de-clarar seu status ambiental. Caráter declaratório: Ou seja, assim como no caso do imposto de renda, cabe ao proprietário ou pos-suidor de imóvel rural demonstrar e comprovar ao Estado qual é a situação ambiental. A responsabilidade pela declaração é de quem a faz, ficando o declarante sujeito as penas da lei em caso de falsidade ou omissão. QUANDO FAZER A DECLARAÇÃO? Nos termos da lei 12.651/2012, o prazo para cadastramento do imó-vel rural no CAR é de um ano, a con-tar da sua instituição, que ocorreu no último dia 06 de maio, através da Instrução Normativa nº 02 do Minis-tério do Meio Ambiente. A mesma lei estabelece que este pra-zo pode ser prorrogado por mais um ano, por ato do chefe do poder executivo. QUE DADOS SÃO NECESSÁRIOS PARA FAZER A DECLARAÇÃO? Os integrantes dos órgãos ambien-tais se esforçam por defender a sim-plicidade do cadastramento do imóvel alegando que são necessários apenas dados do proprietário ou possuidor, da-dos do imóvel rural e da situação flores-tal. Porém, como em toda teoria, tam-bém neste caso, a prática é outra. O que se vê é que existem inúmeras dificuldades que vão desde identificar corretamente o tipo de vegetação, deli-mitar as áreas protegidas e conhecer as
  • 6. No cadastro, o produtor terá de informar quantos módulos de sua propriedade estão destinados a APP e a Reserva Legal regras para sanar o passivo ambiental, que muda conforme o tamanho do imó-vel e a data do último desmatamento. O Estado, através dos órgãos am-bientais pertencentes ao SISNAMA – Sistema Nacional de Meio Ambiente, deverão prestar toda assistência para cadastrar as pequenas propriedade e posses (até 4 módulos fi scais). Quanto aos demais imóveis, cumpre aos pro-prietários e possuidores informarem-se a respeito das regras gerais e transi-tórias e de todos os demais conceitos relacionados ao tema para efetuarem suas declarações com segurança. CAR PASSO A PASSO Procurei ordenar àquilo que deve ser conhecido pelos responsáveis, para efetuar a declaração no CAR: Divide-se a área total do imóvel pela área do módulo fi scal do municí-pio em que está situado para desco-brir 6 | revista Agrícola quantos módulos fi scais tem sua propriedade. Esta informação é neces-sária para se determinar qual a faixa de recomposição mínima nas APP´s (áreas de preservação permanente) naquele imóvel, bem como sobre o percentual de reserva legal a compen-sar (pode ser menor para imóveis de até 4 módulos). Identifi car a data do último desma-tamento e defi nir como será a compro-vação do mesmo. Identifi car os tipos de APP´s exis-tentes no imóvel e delimitar suas res-pectivas áreas totais. Delimitadas as APP´s, passa-se a conferir e discriminar o uso do solo nas mesmas, ou seja, delimi-tar quanto está coberto por vegeta-ção, quanto está sem uso e quanto está sendo usado para atividades agrossilvopastoris. Delimitar as áreas de uso restrito existentes no imóvel, se houver. Delimitar todos os demais remanes-centes de cobertura vegetal existentes no imóvel (mata que está fora APP´s); Avaliar o quanto precisa ser recom-posto de vegetação nas faixas mínimas obrigatórias de APP com base nas re-gras transitórias (tabela “escadinha”) para imóveis de até 10 módulos fi scais. Avaliar qual a necessidade de re-composição ou recuperação de reser-va legal para atingir a porcentagem mínima de cobertura vegetal neces-sária, sabendo-se que, a depender da data do desmatamento é possível computar as Áreas de APP recupera-das ou em recuperação no percentual de reserva legal. Defi nir como pretende sanar o dé-fi cit de reserva legal, se houver. Lem-brando que só é possível compensar a RL em outro imóvel rural se desma-tamento no imóvel defi citário ocorreu até julho de 2008. Um ponto importante é saber que,
  • 7. revista Agrícola | 7 cadastrando-se, o passivo ambiental eventualmente existente, poderá ser re-parado através da adesão ao PRA – Pro-grama de Regularização Ambiental, atra-vés do qual é possível obter prazo para as devidas providências, mediante assi-natura de termo de compromisso e apre-sentação de projeto de recuperação. CAR – DECLARAR OU NÃO DECLARAR? QUAIS AS CONSE-QUÊNCIAS DA DECLARAÇÃO OU DA OMISSÃO DESTA? Como o CAR tem caráter obrigató-rio, sua não realização, por si só, pode acarretar sanções por descumprimento, sem prejuízo das sanções por eventuais passivos ambientais não regularizados. Lembrando que as infrações ambien-tais são triplamente tuteladas, ou seja, existem implicações cumulativas nas esferas administrativa, cível e penal. Dentre os principais problemas da não declaração está a impossibilidade de concessão de crédito agrícola para imóveis que não estiverem cadastrados no CAR a partir de maio de 2017, con-forme mandamento da Lei 12.651 que estabeleceu esta limitação a ser imple-mentada 5 anos após a publicação da-quela Lei. Portanto, no que tange a con-cessão de crédito agrícola, o prazo está sendo contando desde maio de 2012 e não a partir da instituição do CAR que ocorreu em 2014. A contrário senso podemos listar as vantagens advindas do cadastra-mento, das quais estarão automati-camente privados aqueles que não se cadastrarem, dentre elas: Regularização do passivo ambiental através do PRA; Conversão de multas em servi-ços ambientais. A chamada “anistia” refere-se as infrações cometidas até 22/07/2008 por supressão indevida de vegetação em áreas protegidas. Recebimento de incentivos previstos em lei, tais como pagamento por serviços ambientais, possibilidade de negociação de ativos florestais excedentes, isenção de ITR, contratações de seguros e finan-ciamentos agrícolas a preço diferenciado. Elaine Cândido Advogada Secretária executiva – ASPIPP – Asso-ciação Sudoeste Paulista de Irrigantes e Plantio na Palha GLOSSÁRIO DE TERMOS RELACIONADOS Para se levantar as informações para o cadastramento é necessário que se conheça o conceito dos te-mas intimamente relacionados com a questão do CAR. Assim, procurei listar os principais deles: Qual a diferença entre APP e Reserva Legal? A APP – Área de Preservação per-manente é definida por critério am-biental e sua localização se destina a proteção de locais considerados frágeis. Um ponto importante a se res-saltar é que uma APP pode estar sem cobertura vegetal, mas não deixa de ser APP, devendo ser recuperada, sal-vo hipótese de uso consolidado. A reserva legal se refere a porcen-tagem de cobertura mínima vegetal que todo imóvel rural deve ter. A por-centagem varia conforme a região bra-sileira. A localização da reserva legal no imóvel é flexível e sua função é o uso sustentável. O que é área de uso consolidado? São as áreas convertidas para uso antrópico antes de 22/07/2008, ou seja, o solo de uma APP já era usado com atividades agrossilvopastoris antes desta data, desta forma, o imóvel adqui-riu o direito de continuar usando parte desta APP, devendo recuperar somente a faixa mínima obrigatória. O que é área de uso restrito? São as planícies inundáveis (pan-tanal) e áreas com declividade entre 25º e 45º. Quais são os tipos de APP? São protegidas as áreas entorno de cursos d’água naturais, lagos e lagoas naturais, reservatórios de água artifi-cial (decorrentes de barramento e com espelho d’água maior que 1 hectare), nascentes, chapadas, mangues, topos de morro e encostas. Como delimitar as APP´s? Quando há área consolidada, qual a faixa mínima obrigatória para recomposição? A lei traz as metragens das áreas a proteger a depender do tipo de curso d’água, ou tamanho do reservatório, lago ou lagoa. De igual modo, há de-terminação legal para recomposição da faixa mínima obrigatória conforme a classificação do imóvel em módulos fis-cais (pequenos, médios e grandes). Am-bas as informações podem ser obtidas de forma muito didática no “Guia para Aplicação da Nova Lei Florestal” que está gratuitamente disponível nos sites do IPEF e do IMAFLORA. Como sanar o déficit de Reserva Legal? Verificada que a cobertura ve-getal em um imóvel está abaixo do mínimo legal exigido o proprietário pode optar por: compensar em outro imóvel (somente se o desmatamento ocorreu antes de 22/07/2008), ou recompor no mesmo imóvel, caso em que poderá fazê-lo por implantação de mudas nativas ou regeneração natural (comprovadamente por lau-do assinado por responsável). Na próxima edição darei continui-dade a este artigo esclarecendo so-bre as modalidades de cumprimento da Reserva Legal, sobre o PRA – Pro-grama de Regularização Ambiental e respondendo as dúvidas frequentes entre os proprietários e possuidores de imóveis rurais.
  • 8. Roger apresente o escarifi cador 8 | revista Agrícola AGRICULTURA DE PRECISÃO EM FOCO Sefert e Stara realizam evento em Santa Cruz do Rio Pardo para discutir o tema Uma tarde repleta de informações de alto nível técnico. Este é o resu-mo do evento “Agricultura de Pre-cisão em Foco”, que trouxe aos produtores da região, além de conhecimento sobre máquinas e implementos, o contato com um dos pesquisadores que mais conhe-cem de agricultura de precisão do País, o professor doutor Telmo Amado, da Univer-sidade Federal de Santa Maria (Santa Ca-tarina), coordenador do Projeto Aquarius, que é o maior projeto mundial de Agricultu-ra de Precisão de nível comercial, com um banco de dados de 15 anos de trabalho. Na oportunidade, dr. Amado falou a sobre a importância da agricultura de pre-cisão como ferramenta imprescindível na potencialização da produtividade regional e afi rmou que o projeto se estendeu para outros estados e hoje conta com a parceria de produtores como Aldo Tasca do muni-cípio de Céu Azul (PR) e Gianni Di Raimo do município de Pedrinhas Paulista (SP), que na oportunidade, estiveram no even-to apresentando alguns resultados da Agricultura de Precisão em suas lavouras, além de participarem de uma mesa redon-da com o objetivo de explicar aos amigos produtores como foi conduzida a implanta-ção desta tecnologia em suas áreas. Além da palestra, os produtores tiveram a oportunidade de conhecerem algumas máquinas e implementos da Stara, com tec-nologia embarcada de última geração para facilitar a implantação da tecnologia de agri-cultura de precisão em suas propriedades. Segundo Roger Baumgratz Caron, re-presentante da Stara, a marca é a pioneira no país em fabricação de máquinas e im-plementos voltados para a agricultura de precisão porque enxerga que esta é uma ferramenta totalmente viável que propor-ciona maior rentabilidade ao produtor. Após a exposição de máquinas e imple-mentos, os convidados tiveram a oportuni-dade de ouvir o conceituado MSc. Edson Massao Tanaka, professor da Fatec Shunji Nishimura de Pompeia (SP) que falou sobre a qualidade de plantio. Segundo ele, muitos
  • 9. revista Agrícola | 9 PROJETO AQUARIUS O Projeto Aquarius nasceu há 15 anos através de uma parceria entre Stara, empresas do ramo, Universidade Federal de Santa Maria, através do NEMA e do Setor de Uso e Manejo e Conservação do Solo (Departamento de Solos), e objetiva desenvolver o ciclo completo de Agricultura de Precisão. A experiência pioneira no sul do Brasil na forma e na amplitude da pesquisa da Agricultura de Precisão, agora já se estendeu para todo país. Atualmente conta com 16 áreas distribuídas no Alto Jacuí totalizando729 hectares. Ainda, possui um rico banco de dados contendo resultados de análises de solo e rendimento de culturas. produtores investem em sementes de qua-lidade, agroquímicos caros e em uma boa colheitadeira, mas se esquecem de que cer-ca de 60% do sucesso da cultura está rela-cionada ao plantio, ou seja, à uniformidade do estande de plantas. “Se o produtor não tiver plantas como terá uma produtividade satisfatória”, assegurou Tanaka. Segundo Roger, a Stara investe constante-mente em novas tecnologias para disponibili-zar aos clientes, produtos de alto rendimento e precisão. “Cerca de 60% do faturamento da Stara vem de produtos lançados nos últimos três anos”, afirma ele. Para ele, este sucesso crescente da Stara só é possível através dos parceiros comerciais como a Sefert, que tem investido em treina-mento de seu pessoal e em infraestrutura, para que os clientes tenham a sua disposição o maior número possível de peças e serviços. Produtores atentos a palestra sobre precisão no plantio
  • 10. O município de Maracaí entra para a história do agronegócio regional por sediar a primeira Noite de Campo do Vale do Paranapane-ma. O evento da Dekalb, que é tradição no Sul do Estado e também no Estado do Paraná, agora passa a ser realizado na região em parceria com sua revenda exclusiva, a BMW. 10 | revista Agrícola NOITE DE CAMPO BMW Unida à Dekalb e demais parcerias, a BMW reuniu cerca de 300 produtores na primeira Noite de Campo do Vale do Paranapanema Segundo Fernando R. Sichieri, RTV da Dekalb que assumiu o trabalho na região há um ano (dando continuidade ao trabalho realizado por Paulo Garollo), promover um evento pioneiro como o de Maracaí é um sonho realizado. Ele lembra que já havia realizado al-gumas noites de campo no Sudoeste do Paraná, com grande repercussão entre os agricultores e seus familiares e, por isso, resolveu fazer um evento teste no Vale do Paranapanema. “As pessoas dessa região estão sempre de braços abertos e têm um co-ração muito bom. Levamos a proposta à BMW que aceitou o desafi o e calhou de ocorrer a inauguração do silo da em-presa, ou seja, tínhamos um local com Equipe da BMW e empresas parceira no evento
  • 11. Fernando, RTV da Dekalb, idealizador do evento, apresenta o portfólio da empresa revista Agrícola | 11 toda a estrutura para receber nossos clientes e amigos. Com isso o evento foi um sucesso, com grande número de agricultores e de parceiros”, relata ele. Sichieri destaca que pelo sucesso do evento, muitos outros ocorrerão, pois os agricultores já iam embora pe-dindo para que outro no mesmo estilo fosse realizado. “É um evento exclusi-vo da Dekalb que, agora, deixa esse legado também no Vale do Paranapa-nema”, encerra. Para Paulo Roberto Mailho, sócio- -proprietário da BMW, o sucesso e aceitação do evento foi uma grata surpresa por se tratar de algo inédito. Mesmo assim, praticamente todas as famílias convidadas compareceram. Ele destaca que a BMW faz questão de convidar a família do produtor para seus eventos, pois na maioria das ve-zes as decisões na propriedade são tomadas em conjunto. “Trata-se de um evento inovador em nossa região, todos vieram para conhecer o que é uma ‘noite de cam-po’, e percebemos que fi caram impres-sionados com o resultado, estamos plenamente satisfeitos com o sucesso do evento”, diz ele. Mailho lembra ainda que a BMW se sente honrada por possuir grandes parceiros, empresas nacionais e multi-nacionais, o que proporciona oferecer um amplo portfólio de produtos e uma as-sistência técnica invejável, uma vez que a empresa conta com um corpo técnico for-mado por profi ssionais gabaritados, mui-tos deles já com experiência de até oito anos de casa, trabalhando com empenho e atenção total à carteira de clientes. O evento também contou com a apresen-tação de ensaios das empresas Bayer, Spraytec, Lagoa Bonita, Kimberlit.. Clemems Krause, produtor de São José das Laranjeiras, se mostrou surpreso com a qualidade do evento e do campo montado no local, que trouxe todo o portfólio de atuação da BMW, além do grande compare-cimento de agricultores de todas as partes da região. “Os híbridos expostos pela Dekalb, de alto investimento, estão muito atra-tivos. Eu e meu irmão [Gunar Krause] somos clientes da Dekalb e nessa Sa-frinha plantamos o DKB 285, que se comportou muito bem devido a sua pre-cocidade, mesmo durante o período de estiagem, sendo um material muito in-teressante para nós, possibilitando uma ‘janela’ diferenciada. É uma tendência atual o plantio de híbridos precoces, pois eles, atualmente, oferecem uma alta caixa produtiva”, relata. Outro agricultor que teceu vários elo-gios para o evento foi Martins Cristovão Plank, produtor de Maracaí, que desta-cou a qualidade e organização da Noite de Campo, com o campo mostrando aos agricultores todo o seu potencial. “Os or-ganizadores estão de parabéns e já es-tamos esperando o próximo. Sou cliente da BMW e toda a equipe da empresa está de parabéns pelos parceiros e pela equipe que possui”, disse. Cliente Dekalb, Plank plantou na Sa-frinha o DKB 310, que teve um compor-tamento muito bom e resultou em uma bela lavoura. O evento foi marcado com a presença maciça dos familiares dos produtores Gunar e Clemems Krause, irmãos e produtores em São José das Laranjeiras Martins Cristovão Plank, produtor de Maracaí, elogiou a iniciativa
  • 12. Uniporte 2500 Star Colhedora de café Foto: Arquivo Jacto Foto: Arquivo Jacto O Consórcio Nacional Jacto reali-zou no dia 2 de agosto a primei-ra assembleia do consórcio de equipamentos da linha Uniport e Colhe-doras de Café Jacto. A contemplação se deu através da apuração do resultado da Loteria Federal. As contemplações, um Uniport 2500 Star (por sorteio) e um Uniport Plus Vor-tex (por lance) saíram, respectivamente, para as cidades de Primavera do Leste e Sinop, ambas do estado de Mato Grosso. Lançado no início deste ano, o Con-sórcio Nacional Jacto oferece planos para toda linha Uniport e Colhedoras de Café Jacto em até 102 parcelas, sem ju-ros, com amortizações mensais, trimes-trais, semestrais e anuais. As assembleias são mensais com contemplação por sorteio e lance. O fa-turamento é direto da fábrica. A próxima assembleia será presencial e ocorrerá no dia 03 de setembro durante a Expointer na cidade de Esteio - RS. 12 | revista Agrícola CONSÓRCIO NACIONAL JACTO Realizada a primeira assembleia do Consórcio de Uniport e Colhedoras Jacto
  • 13. revista Agrícola | 13 ÁREA POLO MORGAN Empresa apresenta a performance de seu portfólio a produtores Ecli, gerente comercial da Morgan apresenta o MG652 PW, lançamento da Morgan para a região A Morgan Sementes realizou em Santa Cruz do Rio Pardo o evento “Área Polo”, onde reuniu produtores para demonstrar os híbridos atuais no mercado e os lançamentos que estão chegando ao campo, com destaque para dois materiais. O híbrido lançamento de destaque foi o MG 652 PW da Morgan e o segundo foi o MG 300 PW de ciclo hiperprecoce. Dentre os materiais atuais da empresa também foi apresentado o 30A37 PW, 30A16 PW (para abertura de plantio) e o triplo 20A55 PW. Segundo Thiago Pinho franqueado comercial da Morgan para a região su-doeste de São Paulo, o diferencial que empresa levou a um elevado crescimen-to na região foi a genética e biotecno-logia agregado ao time de campo, que reúne franqueados e distribuidores. Pinho aponta que a Morgan dá todo o respaldo a esses parceiros, além de promover eventos e posicionamento dos produtos, o que, para ele, é um diferencial da empresa, que não foca apenas em ter excelentes híbridos, mas também no posicionamento dos mes-mos para uma melhor produtividade. “A rede de franquias associada aos de Santa Cruz do Rio Pardo e região nossos distribuidores, somados a um óti-mo portfólio, biotecnologia e foco no po-sicionamento são os fatores determinan-tes para o nosso sucesso e crescimento destacado na região. Essa é a ‘receita’ que fez com que a empresa ganhasse a confiança do produtor”, completa. O franqueado comercial explica que o posicionamento do híbrido é estu-dado mesmo antes do lançamento do produto. São colocados diferentes en-saios durantes anos e em diferentes propriedades rurais em regiões distin-tas. Cabe, então, ao Departamento de Pesquisas da Morgan, estudar como foi o desempenho do híbrido em cada uma dessas propriedades e verificar o posicionamento ideal. “A nossa Área Polo também teve como objetivo mostrar exemplos de densidade de plantas, com as populações adequa-das para cada híbrido, além do TSI (Trata-mento de Semente Industrial ), demons-trando o que isso agrega ao produtor. Também foi demonstrada a eficiência do PowerCore”, completa Thiago Pinho. Thiago Pinho, franqueado da Morgan apresenta os hibridos da empresa
  • 14. A Morgan Sementes Biotecno-logia realizou um Dia de Cam-po em parceria com a DuVale na propriedade de Dirceu Parmegiani, no município de Cruzália-SP. Segundo Duda, proprietário da DuVale, o evento reuniu cerca de 60 produtores e serviu para mostrar o potencial produtivo do híbrido 30A37 PW em área comercial. “Além de reunir nossos clientes para comprovarem o potencial do 30A37 PW, também foi destacado o lançamento do híbrido MG 652 PW, o qual vem se destacando na região com altas produtividades. Temos posi-cionado o MG 652 PW para abertura de plantio em alto investimento, pois se trata de um híbrido com excelente sanidade e qualidade de grãos, com foco em safrinha”, afirma ele. Ainda segundo Duda, o híbrido 30A37 PW se tornou referência na re-gião por sua performance produtiva e sanidade. A área deste híbrido aumen-tou muito nas últimas safras por sua 14 | revista Agrícola MORGAN EM PEDRINHAS PAULISTA Hibrido 30A37 PW demostra alto potencial produtivo e sanidade tolerância às principais doenças, além de sua excelente qualidade de grãos, tornando-se o hibrido mais plantado do portfólio Morgan. No Sítio São Carlos (propriedade de Parmegiani), foram plantados cer-ca de 32 hectares do 30A37 PW e até o fechamento desta edição, o produtor ainda não havia concluído os dados da colheita. No entanto, informações pre-liminares comprovaram produtividade superior a 300 sacas por alqueire. Maycon Santos, franqueado da Morgan na região também destacou o lançamento de algumas variedades de soja da Morgan que estão disponíveis aos produtores da região para plantio ainda neste verão. O hibrido 30A37PW tem entregado resultados surpreendentes nesta safrinha Produtores visitam área do produtor Dirceu Parmegiani
  • 15.
  • 16. Segundo Fernando Sichieri, RTV da Dekalb através do tour na área de quatro produtores, foi possível apresentar alguns lança-mentos que a Dekalb está disponi-bilizando para a safrinha no Vale do Paranapanema, com foco no DKB 310 PRO2 que é um milho de ponta com maior teto produtivo para o serrado e mostrou estabilidade desde o ano passado, trazendo qualidade de col-mo e no seu primeiro ano já conquis-tou o primeiro lugar no ranking do IAC em produtividade e sanidade. Já o DKB 177 PRO2 é um hibrido mais rústico para médio investimento para fechamento de plantio em áreas de solo mais mistos. Foi apresentado também um cam-po demonstrativo onde os produtores conferiram o potencial produtivo de vários híbridos como o DKB290 PRO2, hibrido para plantio de verão que al-cançou 600 sacas/alqueire em Cam- 16 | revista Agrícola AGRO RURAL Empresa realiza tour em Iepê para apresentar potencial dos híbridos Dekalb e Pioneer pos Gerais (MG) e também o DKB 285 PRO2 que é o hibrido superprecoce mais plantado no Vale do Paranapane-ma e tem se comportado muito bem em áreas comerciais com produção de 280 a 320 sacas/alqueire. “Esta segunda safra no Vale do Pa-ranapanema tem sido muito importan-te para a Dekalb que tem alavancado suas vendas a ponto de alcançar um Área comercial do DKB 310 PRO2 Fernando apresenta o DKB310 PRO2 terço do mercado regional, até porque dispõe do maior portfólio do mercado com oito híbridos a disposição dos produtores”, relata Sichieri. Para Mário Nogueira, proprietário da Agro Rural, o tour mostrou a performan-ce dos híbridos em várias condições, tanto em alto quanto em médio inves-timento com produção satisfatória em ambas condições.
  • 17. O P3646 YH é um híbrido com foco para altos investimentos O 30S31 YH é um dos hibridos mais plantados no Vale do Paranapanema revista Agrícola | 17 Foram visitadas quatro áreas dos produtores Jaime Lino (DKB 310 PRO2 e DKB177 PRO2), João Montoia (DKB177 PRO2), Armando Ferreira de Castilho Junior (DKB 310 PRO2 e DKB177 PRO2), e a vi-sita foi finalizada na área do produ-tor, Mário Nogueira com plantio do DKB 310 PRO2, além de uma área de ensaio da Dekalb. “O DKB310 PRO2 é um hibrido que responde muito bem aos inves-timentos. Caso o produtor queira in-vestir um pouco mais com uma boa adubação de cobertura, ele respon-de em produtividade”, diz Nogueira. Os resultados produtivos dos hí-bridos da Dekalb estão acima das expectativas dos produtores nesta Safrinha. “Fizemos várias medições em lavouras em Agicê e Gardênia que comprovaram a superioridade dos híbridos, como no caso do produ-tor Claudio Ludwig que fechou com média de 311 sacas/alqueire, média segundo o produtor, nunca alcança-da em sua propriedade”, completa. A tendência para o próximo ano é aumentar a participação da Agro Rural na região em consequência da concorrência não estar aten-dendo os produtores com qualida-de, segundo os responsáveis pela Agro Rural. De acordo com eles, a concorrência não tem feito um bom acompanhamento das lavouras e, desta forma, não tem conseguido alcançar boas produtividades. “O grande objetivo destes tours que fazemos é a interatividade en-tre os produtores e poderem ver o que outros produtores estão fazen-do e o resultado que estes novos investimentos estão trazendo para cada um. Contratamos recentemen-te mais um agrônomo para atuar na região de Cruzália, Pedrinhas e Florí-nea sempre com foco no pós-venda, que sempre foi nosso diferencial de trabalho”, encerra. DIA DE CAMPO PIONEER No Dia de Campo da Pioneer Se-mentes foi demonstrado os híbridos 30S31YH, que segundo Evandro Fra-zzatto, representante da Pioneer na re-gião, é um dos híbridos mais plantados na safrinha do Vale do Paranapanema e também o P3646YH que tem de-monstrado ser um hibrido bem adapta-do a esta região com alta caixa produti-va e excelente resposta ao manejo. Para Evandro, na safrinha do próxi-mo ano, o produtor deve escolher o hí-brido em função de seu potencial pro-dutivo e estabilidade na região, uma vez que potencial produtivo do híbri-do não tem relação com as tecnolo-gias de Bt existentes no mercado, e que a tecnologia é uma ferramenta a mais no manejo integrado de pragas na cultura do milho, sendo que inde-pendentemente da tecnologia de Bt o produtor deverá monitorar sua lavou-ra para avaliar se há necessidade de aplicação de inseticida. “Existem lavouras de mais de 100 ha de 30S31 convencional co-lhidas na região com produtivida-de acima dos 300 sc/alq.” Na oportunidade, foi visitada duas áreas comerciais, de um lado do car-reador o 30S31YH na propriedade de Jaime Lino e do outro lado o P3646YH do produtor Mário Nogueira, onde os produtores puderam comprovar a sani-dade dos materiais, além da qualidade de grãos e potencial produtivo. Ele também destacou o 30F53YH, que é o híbrido mais plan-tado no Brasil e que também apre-sentará resultados surpreendentes de produtividade na região. Evandro diz que o produtor deve escolher o híbrido em função de seu potencial produtivo e estabilidade
  • 18. A Bayer CropScience trouxe para San-ta Cruz do Rio Pardo (SP) o renoma-do fi topatologista da Universidade de Rio Verde (GO), Dr. Luiz Henrique Carre-gal, que desenvolveu inúmeras pesquisas sobre as principais doenças da cultura. Na oportunidade o professor alertou os produtores para a importância do monitoramento na lavoura e a preocu-pação com a ferrugem asiática que ain-da ronda nossas lavouras. Para ele, é provável que ocorra o El Niño neste ano. Caso isso se confi rme, haverá uma distribuição maior de chuva e com isso a tendência é que haja uma inci-dência maior de doenças, especialmente a ferrugem asiática, que é uma doença policíclica, ou seja, o fungo tem vários ci-clos dentro de um ciclo da soja. “Caso as condições climáticas sejam ideais, em apenas uma semana o fungo da ferrugem asiática completa o ciclo libe-rando esporos que novamente irão rein-fectar a soja. Por este motivo, o produtor precisa fazer um monitoramento constan-te e entrar com aplicações preventivas, antes da cultura fechar a linha e nunca curativas”, alertou o pesquisador. O cenário é preocupante na opinião Everson Zin, gerente de Marketing Es-tratégico FOX® da Bayer CropScience, já que a safra passada sofreu alta pres-são de doenças e pragas e apresentou quebra signifi cativa nos números fi nais da colheita. “Ações isoladas de manejo não funcionam, ainda mais neste caso. Nossa recomendação é que o sojicultor comece a se planejar agora, levantar o histórico de como a região se comportou diante do fenômeno El Niño em safras anteriores, o que foi feito e o que fun-cionou, além de contar sempre com o 18 | revista Agrícola BAYER E AGRO FERRARI Parceria entre empresas traz o pesquisador Luiz Henrique Carregal para a região Produtores atentos ao menejo de doenças na soja apoio de um engenheiro agrônomo. Mes-mo que haja diferenças entre um ano e outro, é importante não ser pego de surpresa”, ressalta Zin. Ele enfatiza que o melhor controle das doenças nas la-vouras é o manejo preventivo, por isso é fundamental respeitar o vazio sanitário, optar por cultivares precoces e planejar o tratamento preventivo das lavouras. Para Rogério Ferrari, proprietário da Agro Ferrari, estas palestras são muito im-portantes porque aproximam o produtor dos avanços da pesquisa e levam soluções para sua lavoura. “O objetivo da Agro Ferrari e suas parcei-ras é sempre levar ao produtor aquilo que há de melhor em produtos e serviços, e isso contribui para que nossos clientes elevem sua produtividade trazendo cada dia mais, prosperidade para o campo”. PRODUTORES APROVAM A PALESTRA “Achei muito boa a palestra porque ele fala a ‘língua do produtor’ e o agricultor consegue entender muito bem. É impor-tante ouvir um pesquisador falar, princi-palmente, de doenças, porque eles fazem várias pesquisas para saber qual veneno é melhor para determinada doença, coisa que o produtor não consegue fazer. Nós sabemos plantar, mas não conseguimos pesquisar. E isso eles fazem muito bem. Por isso é que precisamos estar sempre aprendendo com eles”. (Nelson Gazola) “O professor é muito bom e é importan-te para a própria Bayer trazer pesquisado-res para tirar nossas dúvidas. E como eu já usei o Fox e o Sphere Max, hoje tive a comprovação de que fi z um bom negócio, pela qualidade dos produtos. Como somos produtores de soja, milho, café, cana e eu-calipto, precisamos estar atentos ao mo-nitoramento das doenças”. (Roberto Torin, gerente agrícola da Fazenda Cocaes) “Aprendemos bastante com relação às doenças e também como fazer uma boa pulverização, com relação ao volume de calda, que é uma grande discussão hoje entre os agricultores. Como plantamos soja e milho, temos problemas com lagar-tas na soja e ferrugem na cultura do milho e estas informações são muito importan-tes para resolvermos estes difi culdades no manejo”. (Murilo Teresan) “Há duas safras uso o Fox e achei um bom produto, mas como não cho-veu bem em nossa área não consegui-mos aproveitar o potencial do produto. No verão pretendo plantar toda minha área de soja e continuar utilizando Fox e Sphere Max”. (Ricardo Crivelli) Pesquisador Luiz Henrique Carregal
  • 19. AGROFERRARI E IHARA Empresas lançam nova solução para o controle de percevejos na cultura da soja Celebrando mais de 22 anos de parceria com a Agroferrari, a IHARA, tradicional fabricante de defensivos agrícolas, investiu mais uma vez na inovação para entregar ao mercado uma solução efi caz contra as pragas da soja. No dia 23/07/2014, em Assis-SP, foi realizado o lançamento do produto INCRÍVEL que chega ao merca-do com uma forma efetiva no combate ao percevejo da soja, bastante comum nessa cultura, e que vem causando crescentes problemas na região do Vale do Paranapanema. “O produto oferece 28 de Julho Dia do Agricultor Agricultor, obrigado por existir! Você é um profissional de múltiplas funções, onde planta, cultiva, empreende, inova, administra, colhe, ou seja, faz o que há de mais belo: produzir alimentos. Que no decorrer do ano agrícola possamos receber um belo presente de Deus, chuvas, bençãos e uma excelente colheita. Parabéns a todos os Agricultores por seu dia! Homenagem da equipe maior choque e período de controle atu-ando nas principais espécies de perce-vejo. Ele também é uma ferramenta para o manejo de resistência, já que se trata de uma nova molécula para a cultura da soja”, explica Frederico Gianasi, Con-sultor de Desenvolvimento de Mercado. Preocupada com a segurança de aplica-dores e meio ambiente a IHARA colocou sua mais alta tecnologia no desenvolvi-mento, assegurando a esse produto uma das mais seguras classes toxicológicas, a classe III. Outro benefício exclusivo do produto é sua fl exibilidade, podendo ser aplicado tanto via terrestre quanto aé-rea, sem restrição quanto à fase de de-senvolvimento da cultura. Esses benefí-cios trazem um diferencial muito grande quando comparado com as opções atuais do mercado. “O INCRIVEL real-mente trará vantagens competitivas e facilitará a vida dos sojicultores”, afi rma Rogério Ferrari, Diretor da Agroferrari. Os percevejos estão entre as pragas mais preocupantes aos produtores de soja no Brasil. Por se alimentarem dos grãos, afetam seriamente sua produtivi-dade e a sua qualidade.
  • 20. MANEJO DE DOENÇAS NA SOJA Fitopatologista alerta produtores para a importância do monitoramento de doenças na safra 2014/15 A colheita de soja do Brasil deverá crescer 9% cento em 2014/15, para um recorde de 94,45 milhões de toneladas, com um crescimento de plantio e melho-res produtividades esperadas, pre-viu a consultoria Safras Mercado em sua primeira estimativa para a nova temporada. Segundo a consultoria, a safra 14/15, que começa a ser plantada a partir do próximo mês, crescerá com a soja ganhando área de milho, em meio a preços mais favoráveis para a oleagi-nosa, explicou a Safras. O aumento no plantio esperado é de 4% ante 13/14, para 31,2 milhões de hectares. Ainda segundo os especialistas, a soja tende a ganhar área do milho na maior parte dos Estados, pois muitos produtores também apostam na ole-aginosa em novas terras agrícolas, no plantio que substituirá pastagens. Após a seca ter afetado a produtivida-de em algumas áreas na temporada 13/14, a consultoria também acredita em um rendimento médio por hecta-re mais alto em 14/15, o que explica o fato de a produção crescer mais do que a área plantada esperada. 20 | revista Agrícola Com o plantio de soja às portas, a Revista Agrícola entrevistou um dos mais conceituados pesquisadores do país para trazer aos produtores informações sobre as principais do-enças que podem afetar a produção de soja, principalmente no interior do Estado de São Paulo. Em entrevista à Revista Agrícola, Dr. Luiz Henrique Carregal, que é fi topato-logista da Universidade de Rio Verde (GO) e desenvolveu inúmeras pesquisas sobre as principais doenças da cultura da soja, alertou os produtores para a im-portância do monitoramento na lavoura e a preocupação com a ferrugem asiáti-ca que ainda ronda nossas lavouras. Segundo ele, o novo cenário de do-enças é preocupante no país, princi-palmente, com relação ao plantio de soja safrinha e a perda da efi ciência de alguns fungicidas. A grande preocupa-ção do plantio de soja safrinha são as excessivas pulverizações necessárias nesta cultura, principalmente para o controle da ferrugem asiática. Somen-te para fazer uma correlação, na safra de verão foram realizadas, em média, três aplicações, no plantio de soja no inverno, são necessárias sete. Se cal-cularmos que os dois plantios aconte-cem em cerca de oito meses, são uti-lizadas normalmente, dez aplicações de fungicidas, somente na cultura da soja. Isso coloca uma pressão de sele-ção muito grande em cima dos fungos e desta forma começam a surgir os ‘patótipos resistentes’. Com um número crescente de pro-dutores que se arriscam a plantar soja no inverno, a preocupação já está nas mesas de reuniões do Governo para coi-bir esta ‘onda’. Segundo Carregal, ainda não há da-dos reais, mas estima-se que o plantio tenha superado os 50 mil hectares em Goiás, 300 mil ha no MT, além de plan-tios no interior do Paraná e São Paulo. “Isso talvez não represente 2% da área de soja plantada no Brasil, mas por causa de poucos agricultores, a maioria corre o risco, sem falar na resistência de pragas e plantas dani-nhas”, assegura o pesquisador. Outro assunto abordado na pales-tra foi a correta utilização dos fungici-das. Para ele, o ideal é que o produtor sempre utilize misturas na aplicação de fungicidas. Nunca utilizar somen-te Benzimidazol, Triazol ou Estrubilurina
  • 21. A grande preocupação dos pesquisadores é o plantio de soja de inverno e a maior incidencia da ferrugem asiática revista Agrícola | 21 separados. Optar sempre por uma mis-tura. Segundo Carregal, há no mercado alguns produtos diferentes como o Fox que tem uma Triazolinthione, o Elathos e o Orkestra que ambos têm uma Car-boxamida, estes são os três produtos diferentes a disposição dos produtores para uso na cultura da soja. “Existem alguns estudos com fungi-cidas que chamamos de ‘Multi-sítio’ ou ‘Fungicidas Protetores’ que são aqueles mais antigos a base de Mancozeb ou Clortalonil, mas só podem ser usados depois de serem registrados para a cul-tura da soja, junto ao Ministério da Agri-cultura”, pondera Carregal. Segundo ele, existem também al-guns produtos antigos, mas que não sofreram tanta exposição, e por este motivo ainda podem controlar bem, em determinadas circunstâncias como o Aproach Prima e o Horus. Perguntado sobre qual seria o ma-nejo ideal para a proteção destes princí-pios ativos, ele salientou que primeiro, é não cultivar soja na safrinha, segundo, obedecer o vazio sanitário e em terceiro, buscar variedades com ciclos mais cur-tos para evitar a exposição da soja aos patógenos e por último, fazer as aplica-ções na hora certa, ou seja, antes do fe-chamento das ruas para que o produto atinja as folhas do baixeiro. EL NIÑO Os pesquisadores estão falando muito em El Niño neste ano, caso isso se confi rme, haverá uma distribui-ção maior de chuva, principalmente no serrado, então a tendência é que tenhamos uma incidência maior de doenças, especialmente a ferrugem asiática, que é uma doença policícli-ca, ou seja, o fungo tem vários ciclos dentro de um ciclo da soja. Caso as condições climáticas sejam ideais, em apenas uma semana, o fun-go da ferrugem asiática completa o ciclo liberando esporos que novamente irão reinfectar a soja. Por este motivo, o produtor precisa fazer um monitoramento constante e entrar com aplicações preventivas, an-tes da cultura fechar a linha e nunca curativas. DOSES As doses dos produtos são excessi-vamente testadas e o produtor, neces-sariamente deve respeitar as doses de registro dos produtos. Ele deve seguir rigorosamente as doses recomendadas na bula, nunca alterando para mais e para menos, para prevenir os riscos de resistência. Profº Dr. Luiz Henrique Carregal
  • 22. Mais de 300 agricultores da região ouviram atentos as recomenda-ções passadas pelo Professor Doutor da Universidade Estadual do Norte do Paraná/PR – Bandeirantes, Robinson Osipe, durante os treinamentos sobre a molécula 2,4-D e sua utilização na pro-dução agrícola realizados nos municípios de Assis e Ourinhos - SP. O produtor rural de Cândido Mota, Vagner Nogueira, que acompanhou o evento, afi rmou que o conteúdo trará impactos positivos na apli-cação de herbicidas em sua propriedade. “É muito importante recebermos atualiza-ções sobre formas mais seguras e efetivas de utilizarmos os defensivos agrícolas.” O professor Robinson Osipe abordou informações técnicas sobre a molécula 2,4-D, suas características, situação regu-latória, segurança no campo e manejo de resistência de plantas daninhas. “O 2,4-D é um herbicida amplamente utilizado para o controle de plantas daninhas de folhas largas. No Brasil, é muito usado na des-secação de pré-plantio da soja, mas tam-bém em culturas como cana-de-açúcar, milho, café, trigo, aveia, centeio, arroz e pastagens formadas. É uma ferramenta essencial no manejo de plantas de difícil 22 | revista Agrícola INICIATIVA 2,4-D Produtores receberam informações sobre a importância do herbicida 2,4-D para o manejo de plantas daninhas resistentes controle, como Buva, Leiteiro, Picão-preto e Nabiça”, explica Osipe. Ele relata que na região de Assis, as principais reclamações têm sido acerca do capim amargoso e a buva. O professor aponta que o manejo equivocado de plan-tas daninhas e o uso errado de produtos têm selecionado plantas que tem causado muitos danos, levando até alguns agricul-tores a tomar a atitude extrema de aban-donar o plantio direto e retomar do uso de grade para o controle dessas pragas. Para ele o plantio direto é a melhor fer-ramenta para a redução da utilização de herbicidas, mas desde que o manejo da área seja feito da maneira adequada. “O problema é que o agricultor tem errado o manejo, tem permitido a produção de se-mentes das pragas e apelando para a gra-de devido ao seu posicionamento errado dos herbicidas”, explica. “O uso equivocado da ferramenta herbicida tem feito os agricultores paga-rem um alto preço no presente. A melhor opção, agora, é ouvir do agrônomo que acompanha a lavoura, a melhor maneira de se fazer a rotação de herbicidas e de culturas, o que evita a seleção de plantas. Quando o agricultor rotacional produtos e culturas, ele reduz o tempo de seleção de ervas daninhas, diminuindo assim o custo da produção”, diz. É importante também o levantamento de plantas daninhas na propriedade, pois em cada talhão há incidência de diferentes ervas daninha. Ele lembra que se tornou tra-dição deixar o mato conviver um tempo com a lavoura de soja para depois se realizar o controle, mas essa mato-competição de cer-ca de 20 dias já interfere na produtividade. Profº Robinson Osipe em Assis Palermo apresenta portfólio da Dow em Assis “O ideal é que o agricultor promo-va a limpeza da área com produtos que ofereçam residual para ele poder aplicar produtos mais tarde, sem essa competição. Para o combate ao amar-goso, a limpeza deve ocorrer logo após a colheita do milho, entrando com pro-dutos assim que o amargoso e a buva comecem a emergir”, explica ele. “Hoje o produtor quer fazer cinco safras em dois anos, querendo plantar cada vez mais cedo e aproveitar mais o tempo. O agricultor precisa ter a cons-ciência de deixar a terra descansar um pouco, fazendo uma rotação que fertilize mais essa terra. Mas isso é uma minoria que realiza”, completa Osipe. O evento foi realizado pela Iniciativa Palestra em Ourinhos ministrada pelo profº Robinson Osipe
  • 23. revista Agrícola | 23 Rogério Montin 2,4-D, grupo formado pelas empresas Ata-nor, Dow AgroSciences, Milenia e Nufarm para gerar informação técnica sobre o uso correto e seguro de defensivos agrícolas, e faz parte do projeto que ministrará mais de 30 cursos sobre 2,4-D e tecnologia de apli-cação nos Estados do Paraná, Santa Cata-rina, Goiás, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Bahia, de abril a agosto de 2014. Em Assis e Ourinhos, o treinamento foi rea-lizado em parceria com a Agro Ferrari. SOBRE A INICIATIVA 2,4-D A Iniciativa 2,4-D é um grupo formado por representantes das empresas Atanor, Dow AgroSciences, Milenia e Nufarm, que, com apoio acadêmico, tem como propósito gerar informação técnica sobre o uso cor-reto e seguro de defensivos agrícolas, além de apoiar projetos que abordem esta ques-tão, como o Projeto “Acerte o Alvo – evite a deriva na aplicação de agrotóxicos”, reali-zado no Paraná. O foco é educar o produtor sobre a importância da utilização correta de tecnologias que garantam a qualidade da aplicação dos defensivos agrícolas. O grupo defende que o uso adequado das tecnologias de aplicação e a precaução para evitar a deriva são essenciais para ga-rantir a efi cácia e a segurança ambiental na utilização de defensivos agrícolas. A Ini-ciativa 2,4-D se apresenta como fonte de informação e esclarecimento, que, apoia-da por estudos acadêmicos, visa desmis-tifi car o emprego do 2,4-D. IMPRESSÕES DOS PRODUTORES Helio Toshio Yamamoto, produtor de Ri-beirão do Sul, comentou que tem utilizado o 2,4-D na dessecação por ter um custo/ benefício muito atrativo, misturando o pro-duto com glifosato. Ele destaca que esta mistura é efi ciente para o controle das er-vas como a trapoeraba, e a corda de viola. Arnaldo Adriano da Silva, produtor de Campos Novos Paulista, aponta que tem sofrido há algum tempo com a resistência da buva e do capim amargoso em sua pro-priedade. Ele tem utilizado o 2,4-D para o controle da buva buscando assim uma ma-neira de evitar que se tornem resistentes aos produtos que as controlam. Arnaldo diz que utilizou o Clorimuron na mistura com Glifosato, mas, mesmo assim, as ervas daninhas têm rebrotado, vindo ainda com mais força e causando mais problemas. Esse tipo de problema tem feito o agricultor utilizar a enxada no combate à erva. Já Fernando Alves Myra, agricultor de Santa Cruz do Rio Pardo, utilizou a palestra para tirar algumas dúvidas sobre o 2,4-D, principalmente sobre a volatilidade do pro-duto, que ao contrário do que muitos pen-savam. É o produto ideal para dessecação da buva e demais folhas largas. “Eu utilizo o produto e estou apren-dendo a maneira correta de aplicação para melhores resultados. Há dois anos a buva começou a causar problemas, mas porque não fazíamos o manejo cor-reto, agora passamos a usar o 2,4-D. Apenas o amargoso é que vem causando mais dor de cabeça”, relata ele. Daniel Augusto Gomes é produtor de Águas de Santa Bárbara, sendo também engenheiro agrônomo consul-tor. Ele relata que há alguns anos já se nota a maior incidência de algumas er-vas resistentes nas lavouras, registran-do- se tolerância a alguns produtos que eram utilizados comumente. Para o manejo dessas ervas, ele desta-ca que os agricultores têm utilizado alguns herbicidas como o Glifosato e o 2,4-D, mas lembra que a rotação de culturas também é uma ferramenta importante neste mane-jo. Além da buva e do amargoso, existem alguns casos pontuais onde algumas er-vas apresentam certa tolerância a produ-tos, como o fedegoso e a trapoeraba. “É por meio de palestras como esta que o agricultor pode ter acesso a informações de especialistas e de outros agricultores sobre as ações realizadas no combate des-sas ervas resistentes”, completa Gomes. Produtor de Ribeirão do Sul, Francis-co Eugenio Saad relata que começou a ter problemas com o amargoso desde o ano passado, sendo necessário a utili-zação de enxadão em algumas áreas, a buva, no entanto, foi controlada com a aplicação de 2,4-D. Ele lembra que os produtores vizinhos também devem estar atentos ao amargo-so, pois onde há infestação desta erva a cultura da soja não se desenvolve. “Deve haver uma conscientização maior, porque o problema é sério. Ainda não registrei per-das porque tenho feito o controle destas ervas, mas esse ano já utilizarei o Spider para combater a sementeira da buva e acabou diminuindo a incidência do capim em minha propriedade”, conta o produtor. Marcos Jose de Almeida é produtor do município de Salto Grande e seu grande problema também tem sido o capim amar-goso. Ele acredita que essa incidência da erva é resultado da falta de um manejo mais adequado no início e a resistência tem causado grandes problemas nas la-vouras da região. Para o controle da trapoeraba, ele tem utilizado o 2,4-D na dessecação e os re-sultados têm sido satisfatórios. “Não vejo a longevidade da tecnologia RR sem a associação de um herbicida pré-emergente com residual e com amplo espectro de controle das ervas de difícil controle, da buva e do capim amargoso, que estão resistentes ao Glifosato” diz Ro-gério Montin, Gerente da Agro Ferrari fi lial de Assis. Para se ter um manejo de ervas efi ciente, é preciso conhecer as “ervas problemas”de cada talhão e saber ma-nejar os herbicidas adequadamente. Exis-tem muitos mitos sobre 2,4D e o objetivo de trazer esta palestra com o professor Osipe é desmistifi car esta molécula que é indispensável para o manejo de desseca-ção e tem efeito sinérgico quando asso-ciado ao Glifosato. Glizmax, DMA e Spider são produtos que estão se destacando no manejo correto das ervas de difícil controle e da buva resistente a Glifosato, eliminando a mato-competição inicial na cultura da soja, fazendo com que a planta expres-se todo o seu potencial produtivo (ganho em produtividade). Spider é um herbi-cida pré-emergente que tem um amplo espectro de controle das ervas de difícil controle para Glifosato. Ele age no ponto de crescimento das mesmas eliminan-do o banco de sementes das ervas que controla. Tem um longo período residual, diminuindo o número de aplicações de Glifosato em pós-emergência (se houver necessidade de uma aplicação de Glifo-sato, podemos reduzir dose). A soja sai, fecha e colhe no limpo.
  • 24. O Instituto Agronômico comemo-rou 127 anos de pesquisa e de-senvolvimento 24 | revista Agrícola tecnológico da agricultura. Na ocasião o IAC concedeu o prêmio “Produtor Rural do Ano” a Do-rival Finotti, pelo seu trabalho, esforço e dedicação à cultura do trigo na Região do Médio Paranapanema, sempre acre-ditando na cultura como uma opção tecnicamente viável e sua importância para a rotação de culturas. Como produtor rural, assim como tantos outros produtores da região, Dorival Finotti continua colaborando com a experimentação regional do IAC em especial com os experimen-tos de trigo desenvolvidos anual-mente em sua propriedade. Para o agricultor, trata-se de uma honra receber um prêmio de um ór-gão tão renomado como o IAC. Finot-ti acredita que a honraria se deve à parceria de muitos anos que ele tem com o instituto, atendendo aos crité-rios para a escolha. PRODUTOR DO ANO Dorival Finotti recebe prêmio concedido pelo IAC e lamenta falta de investimentos em tecnologia na região do Vale do Paranapanema “Me sinto gratificado em saber que tantos anos de trabalho dedicado à agricultura deram resultado e ajudaram a desenvolver variedades derivadas dos experimentos. É uma honra ser reco-nhecido pelo IAC por uma coisa que faço prazerosamente”, diz ele. Outro fator de destaque na escolha foi o motivo de que Finotti, ao contrá-rio da grande maioria dos agricultores do Médio Paranapanema, não dedica seu trabalho à cultura de soja e milho, mas do trigo. O produtor acredita que esse diferencial também acabou aju-dando na escolha. “O Brasil é um grande importador de trigo e estamos em uma luta árdua para substituir parte destas importações, pois nós somos capazes de produzir o grão. Só precisamos organizar o setor. Parte de meu trabalho junto ao IAC é justamente na busca de criar um siste-ma de qualidade na produção de trigo. Não basta produzir grande quantidade, mas um material com características que atendam as exigências do mercado. O Brasil produz muito volume e nosso trabalho é que consigamos a oferecer qualidade”, explica. O Brasil, para Finotti, acaba sub-valorizando o trigo, pois existem gran-des áreas plantadas, mas a qualidade do grão fica aquém do necessário. Ele lembra que no Paraná, por exemplo, existem mais de 200 cultivares de trigo recomendadas, o que é positivo por um lado e negativo por outro. “Isso mostra que temos disponi-bilidade de material genético para superar as dificuldades que possam surgir. Porém, essa elevada quan-tia de recursos genéticos não é boa para os setores produtivo e do con-sumo, que precisam produzir para suprir determinada demanda do mercado. Hoje, 55% do trigo consu-mido no Brasil é destinado à panifi-cação, ou seja, temos que produzir trigo que atenda esta demanda, um trigo cujo glúten permita a boa es-
  • 25. revista Agrícola | 25 tabilidade, material ao qual o Brasil não investiu”, diz ele. O agricultor cita o Sul de São Paulo como um exemplo disso, onde se co-lhe o trigo e tudo é misturado e onde, ainda, as cooperativas não trabalham nessa seleção. Ele destaca que os agricultores plantam diversas varie-dades de trigo sem ao menos saber o que se planta, preocupados apenas com o custo da lavoura. “Não é assim que se trabalha com o trigo. Muitas vezes se investe em um produto mais caro e se con-segue vendê-lo por um preço melhor e obtemos uma maior margem de lucro. Produzir trigo barato não é a solução para o setor”, frisa. Para alavancar o setor no Brasil Fi-notti destaca que falta no país uma política nacional de produção de trigo, política esta que existe de direito, mas não existe de fato. Os recursos que são destinados à pesquisa de trigo são es-cassos, faltando até mesmo investimen-tos da iniciativa privada. Ele lembra que o setor do agronegócio brasileiro tem o costume de correr atrás das tecnologias já prontas, quando o ideal é investir em pesquisas para a renovação do setor. “Atualmente somos dependentes da importação de moléculas e sequer temos proteção, pois nossas leis re-ferentes à obtenção de patentes são medíocres e burocráticas, o que deter-mina o baixo investimento no setor. A iniciativa privada não investe dinheiro em pesquisa porque demora cerca de 10 anos para se obter uma patente, prazo que já tornou essa nova tecno-logia obsoleta. E o trigo é uma cultura vítima desse fato”, lamenta ele. O Vale do Paranapanema optou por trabalhar com o milho na safrinha (inver-no), deixando de lado a sua tradição na produção de trigo. Para Dorival Finotti isso é temerário, pois nesse período se produz uma média de 200 sacas por alqueire, enquanto os norte-ame-ricanos têm uma produção três vezes maior, o que torna o plantio inviável, pois o investimento é idêntico aos pro-dutores dos EUA. “O milho de inverno é importante para a região do Vale do Paranapane-ma, principalmente para a rotação de cultura. Mas entendo que essa rotação deveria ser feita com a área dividida em partes destinadas ao milho, trigo e leguminosas, sendo ainda uma alterna-tiva para o plantio Verão. A rotação de culturas leva a menores custos, mas o que vemos é nossa região se tornando refém da monocultura e com produtivi-dades bem inferiores aos grandes cen-tros produtores”, completa ele. “E mais: nosso milho paga cerca de R$ 100 em frete por tonelada para sair de Assis e chegar ao porto de Santos. O milho norte-americano paga cerca de US$ 34 por tonelada em um frete que o leva para o mundo todo. Isso traz um baixo valor agregado ao nosso milho. Precisamos transformar o milho do Vale do Paranapanema em algo rentável. Temos que investir na criação de por-cos, de frangos e na exportação destes produtos e de ovos. Isso levaria nosso milho a viajar não como grão, mas sim como proteínas nobres. Estamos come-tendo um erro primário em nosso plane-jamento. Fica praticamente impossível competir com os grandes centros produ-tores dessa maneira. Estamos em uma região tão bem localizada, mas não sabemos trabalhar com exportação de nossos produtos. Temos que investir em tecnologia para reverter esse quadro”, finaliza Dorival Finotti. Dorival Finotti Foto: Arquivo IAC
  • 26. GRUPO UNIMAQ REALIZA REPASSE DE ROUPAS Assis Taquarituba Avaré Ourinhos 26 | revista Agrícola As roupas doadas foram destinadas ao Fundo de Solidariedade O Grupo Unimaq Máquinas, realizou no período de 09 de junho até 10 de julho, a Campanha do Agasalho 2014, cujo objetivo foi benefi ciar o Fundo Social de cada município que pertence matriz e fi liais da empresa. A entrega das roupas da loja matriz e fi liais acontece-ram no dia 11 de julho nas dependências de cada unidade. Durante a campanha a Unimaq de Assis arrecadou 638 peças; entre masculino, feminino e infantil. A entrega das roupas aconteceu nas dependências da loja matriz e con-tou com a presença da presidente do Fundo Social, Darcy Pinheiro Santana e Ana Karina Cardoso de Moraes, secre-tária do Fundo Social. Na ocasião, Elisandra Rocha Gus-mão Rodrigues, do departamento de Marketing e Daniela Souza da Cruz, atendimento ao cliente, ambas colaborado-ras da Unimaq de Assis realizaram o repasse das roupas. A Unimaq de Ourinhos arrecadou 93 peças de roupas que foram repassadas ao Fundo Social; participaram da entrega as colaboradoras; do atendimento ao cliente Lais Alves, depto Pós Vendas, Marcela Melo, Carlos Claudino e Regiane Correa. Já a Unimaq de Avaré doou 52 peças femininas, 54 masculinas, 74 infantil e 31 pares de sapatos. Da Unimaq as colaboradoras, Cleide Dias da Silva, copa, Zeni Apareci-da Gaioto, fi nanceiro, Cristiane Aparecida Meraio, Analista de Pós Venda, Monique Cristine de Jesus Carvalho, admi-nistrativo e representantes do Fundo Social da cidade. A Unimaq de Taquarituba realizou a entrega de 21 co-bertores na presença da primeira-dama, Elizabeth de Sou-za Milleo e a secretaria do Fundo Social, Maria Lidia Gomes de Carvalho. Na oportunidade as colaboradoras Carolina Rodrigues, administrativo e Priscila Silva, fi nanceiro, parti-cipa ram da entrega.
  • 27.
  • 28. Oscar Knuppel e seu inseparável cão É crescente o número de áreas na re-gião do Médio Paranapanema (SP) a receber sistema de irrigação com pivô. Os produtores estão vendo in loco a di-ferença na produtividade das culturas irriga-das versus sequeiro e mensurado o custo/ benefício desta tecnologia. Oscar Knuppel, produtor no município de Cândido Mota (SP) é um desses que neste ano começa a colher os frutos de seu inves-timento. São 85 alqueires plantados, dos quais 60 já receberam o sistema de irrigação com pivô central. “Ainda não terminei de colher, mas na metade que colhi já percebi a dife-rença. Estou colhendo 365 sacas por alqueire, livres de impureza e umidade, contra 285 sacas por alqueire da área de sequeiro”, afi rma Oscar. Ele argumenta que em anos com clima favorável como este, é difícil perceber a falta de água, mas o pivô deixou claro isso. “Todos os agricultores estão colhendo muito bem neste ano, porque o clima ajudou. Mas mes-mo assim, tivemos um acréscimo de produ-tividade na área irrigada e, por este motivo, já estou investindo em mais um pivô de 20 alqueires com sistema Bender”, comemora o produtor. Segundo ele, em áreas irrigadas é possível investir mais, porque ela proporcio- 28 | revista Agrícola VALLEY Agricultores do Médio Paranapane ma começam a descobrir, in loco, a vantagem dos investimentos em sistemas de irrigação na mais segurança de colheita. “Nossos dois maiores problemas no plan-tio de inverno são a falta de chuva e a geada e, com a irrigação, conseguimos antecipar o plantio escapando da geada e irrigando na hora certa eliminamos os dois”, observa ele. Oscar afi rma que com os investimentos em irrigação vai aumentar sua área produti-va de 85 alqueires para 184 alqueires, dos quais, 80 irrigados. “Estou tirando a cana, e investindo em cereais, que é mais lucrativo com irrigação”, afi rma ele. Oscar ainda diz que tem projeto para ampliar a área irrigada em mais 15 al-queires que hoje ainda está com cana de segundo corte, mas pretende também diversifi car as culturas. “Pretendo em breve trabalhar com ou-tras culturas como feijão, tomate, e já estou desenvolvendo um projeto para plantar mi-lho semente em parceria com a Monsanto”, fi naliza o produtor cândido-motense.
  • 29. Elatus Consulte a bula do produto. Informe-se sobre e realize o manejo integrado de pragas. Descarte corretamente as embalagens e restos de produtos. © Syngenta, 2014. Chegou Elatus, o novo fungicida da Syngenta. Tão diferente e revolucionário que você não vai acreditar que a sua soja já viveu sem ele. Elatus. O fungicida indispensável na vida da soja. • Muito mais dias de controle • Modo de ação sem igual no mercado • Novo patamar de controle da ferrugem e outras doenças da soja
  • 30. O agronegócio deve continuar sendo por muito tempo o se-tor mais competitivo da eco-nomia brasileira, representando mais de 20% do PIB (cerca de 1 trilhão de reais) e com 41% das exportações e 25 a 30 milhões de pessoas traba-lhando (cerca de 30% da população economicamente ativa). A produção de grãos deve atingir 191 milhões de toneladas em 2014, mantendo taxa de crescimento de 4% ao ano. O Brasil continua salvo de um desas-tre cambial e de uma crise econômica muito mais séria graças ao agronegó-cio, o setor produtivo mais efi ciente do País, capaz de garantir um superávit comercial de US$ 40,77 bilhões no primeiro semestre, enquanto se acu-mulava um défi cit global de US$ 2,36 bilhões no comércio exterior. O cam-po e as fábricas diretamente ligadas à agropecuária continuam proporcio-nando a maior parte das poucas notí-cias positivas da economia, enquanto a maior parte da indústria permanece atolada em problemas de competitivi-dade, agravados pela sucessão de erros da política econômica. Graças a isso é possível acompa-nhar uma evolução tecnológica muito acelerada em nosso país, evolução essa 30 | revista Agrícola O CAMPO NA PALMA DA MÃO O campo nunca absorveu tanta tecnologia, mas o gargalo ainda é a integração entre elas que muitas vezes não consegue ser acompanhada pelos agricultores, umas vezes por falta de informação, outras vezes por falta de uma mão de obra es-pecializada em utilizar ou, pelo menos, orientação sobre essas tecnologias. Agricultura de Precisão, TSI, Tráfe-go Controlado, Nutrirrigação, Teleme-tria e Bioenergia são alguns termos que ainda causam mais dúvidas do que certezas na cabeça dos produto-res brasileiros e até mesmo em em-presas responsáveis por repassar ou indicar a eles estas tecnologias. A Revista Agrícola traz nesta repor-tagem especial a palavra de diversos especialistas em alguns destes assun-tos e também de produtores que re- Trator equipado para ensino dos alunos na Fatec de Pompeia
  • 31. revista Agrícola | 31 solveram investir em tecnologia e co-meçam, aos poucos, sentir a diferença positiva no campo. AGRICULTURA DE PRECISÃO Segundo o professor Carlos Otobo-ni, diretor da Fatec “Shunji Nishimu-ra” de Pompeia (SP), a Agricultura de Precisão foi o setor produtivo que viu a necessidade de formar um profissio-nal com o perfil de atuar na integração das novas tecnologias lançadas nas quatro áreas: Agricultura, eletrônica, informática e mecânica. Muitas tecnologias foram lançadas para o agronegócio, mas o produtor não consegue aproveitar o máximo de cada uma delas, hora por falta de treinamen-to adequado, hora por não ter um fun-cionário que domine estas tecnologias. No entanto, com o início das ativi-dades da Fatec Shunji Nishimura, esta realidade está mudando. Uma estrutu-ra inovadora foi montada para propor-cionar ensino teórico e prático aos alu-nos. E isso somente foi possível através das parcerias com o Estado, Fundação Shunji Nishimura e empresas do setor. “Ter já é uma grande dificuldade, e ter em grande quantidade à disposi-ção, máquinas, sistemas e produtos de última geração, é realmente uma con-quista gigante, comemora Otoboni. Aqui [na Fatec] conseguimos individualizar o ensino, pois temos programas de úl-tima geração em vários computadores. Isso custa muito dinheiro. Para ter uma ideia, temos programas que custam R$60 mil e aqui temos ele em mais de 40 micros”, diz. Empresas como a Jacto, Tatu Mar-chesan, Valtra, Jumil, John Deere, Baldan, New Roland, Trimble, Raven, ArcGIS, Falker cedem gratuitamen-te à faculdade seus produtos para que os alunos tenham conhecimento avançado de tudo o que há de mais novo no mercado. Segundo Otoboni, neste ano a Fa-tec vai iniciar a aplicação localizada de defensivo agrícola para o controle de nematoides, o que era um sonho para a faculdade. “Isso vai gerar economia, menor impacto ambiental e maior con-trole do patógeno”. A qualidade dos alunos da faculdade está sendo comprovada até mesmo nos EUA onde 10 deles estão em estágio. “Um deles, chegando à fazenda onde iria estagiar, se deparou com um equi-pamento parado em que o agricultor iria devolver. Logo que ele configurou o equipamento o produtor conseguiu usar tranquilamente, e isso foi interessante, porque ele passou a dar assistência a vários produtores daquela região. Então vemos que este problema não é somen-te do Brasil, mas é de produtores do mundo inteiro”, conta. Hoje a Fatec tem alunos de 12 Esta-dos e três do Paraguai e também conta com um corpo técnico muito qualificado, que é o segredo de todo este sucesso. José Vitor Salvi, professor de Tec-nologia de Agricultura de Precisão na Fatec, destaca que boa parte da tecnologia embarcada nas máquinas e implementos já vem como ‘item de série’, e isto é uma tendência. A ideia junto aos alunos é que ele gerencie e faça esta integração das várias tecno-logias disponíveis, ou seja, fazer a má-quina funcionar perfeitamente. “O que não queremos é ver o produ-tor comprar a tecnologia e na hora de plantar, fazer com direção manual e com adubação fixa, isto seria inadmis-sível. O retorno deste investimento em tecnologia é enorme para o produtor. A barra de luz com sinal de GPS, RTK com uma polegada de posicionamento que possibilita a não sobreposição da barra de pulverização, são exemplos de tec-nologia que se paga. O problema é que o produtor muitas vezes não mede este benefício, mas ele é gigantesco, explica. Nosso objetivo é que o produtor faça toda a cadeia bem feita, o plantio, adu-bação de cobertura, tratos culturais e a colheita”, completa o professor Salvi. Álvaro Alves Monteiro e Guilherme Nagib dos Santos são alunos do 6º ter-mo do curso superior de Tecnologia em Mecanização em Agricultura de Preci-são da Fatec Shunji Nishimura. Eles contam que escolheram o curso pela ‘pegada tecnológica’ proposta pela en-tidade e pela facilidade de terem a dis-posição as tecnologias mais avançadas do setor, além da prática, algo que os cursos tecnológicos incentivam. “Conseguimos avaliar os equipa-mentos e as operações em campo, isso ajuda a entender o conceito das tec-nologias utilizadas”, argumenta Nagib. Os alunos enaltecem as parcerias, pois através delas, foi criada uma estrutura educacional invejável. “Estas parcerias publico-privadas são muito importantes para o nosso cur-so porque possibilita a gente ter contato com o que há de mais moderno no mer-cado, e com isso podemos desenvolver um ótimo trabalho”, assegura ele. Para Álvaro, em países desenvolvi-dos normalmente as tecnologias são geradas nas universidades e vai para as empresas, aqui no Brasil o caminho ain-da é inverso. “Precisamos mudar esta metodologia, porque tem muita gente boa criando soluções nas Universidades e Fatecs e que não são apoiadas pelas empresas. Nosso foco é trabalhar nas empresas com foco na mecânica, na Profº Vitor Salvi e diretor Carlos Otoboni da Fatec Shunji Nishimura
  • 32. área de gestão para facilitar a vida do agrônomo, do produtor e das empresas fabricantes”, finaliza. Outro pesquisador que tem se de-dicado ao estudo da AP (Agricultura de Precisão) é o professor doutor Tel-mo Amado, da Universidade Federal de Santa Maria (Santa Catarina), co-ordenador do Projeto Aquarius, que figura como o maior projeto mundial de Agricultura de Precisão de nível comercial, com um banco de dados de 15 anos de trabalho. O Projeto Aquarius nasceu no ano 2000 através de uma parceria entre Stara, empresas do ramo, Universida-de Federal de Santa Maria, através do NEMA e do Setor de Uso e Manejo e Conservação do Solo (Departamento de Solos), e objetiva desenvolver o ciclo completo de Agricultura de Precisão. A experiência pioneira no sul do Brasil na forma e na amplitude da pesquisa da Agricultura de Precisão, agora já se estendeu para todo país. Atualmente conta com 16 áreas distribuídas no Alto Jacuí totalizando 729 hectares. Ainda, possui um rico banco de dados conten-do resultados de análises de solo e ren-dimento de culturas. Este banco de dados conta com a 32 | revista Agrícola parceria de diversos produtores de vá-rios Estados, inclusive do interior paulis-ta, como é o caso do produtor Gianni Di Raimo, de Pedrinhas Paulista (SP), para quem a adesão à tecnologia (que tem alto custo) teve trazer benefícios que compensem a implantação desse siste-ma na lavoura. Caso contrário, não será viável para o agricultor. Di Raimo comenta que há muitas dúvidas acerca de detalhes sobre o tema, mas com os testes implantados pelo professor Telmo, já começam a surgir resultados sobre os melhores caminhos a serem tomados (como po-pulação de plantas, dosagem de ferti-lizante, etc), encontrando, assim, um ponto de equilíbrio que traga rentabili-dade que possibilite investimentos na Agricultura de Precisão. Como as empresas investem em grandes tecnologias embarcadas nas máquinas, tecnologias muitas vezes es-tas sequer utilizadas pelo agricultor por falta de conhecimento, Gianni Di Raimo acredita que seria ideal se as coopera-tivas agrícolas tomassem a frente e ti-vessem pessoas qualificadas e que sou-bessem orientar os agricultores a tirar o máximo de cada uma dessas máquinas. Para o produtor pedrinhense, exis-tem quatro grandes desafios para os agricultores que buscam investir em alta tecnologia: recursos (uma vez que muitas dessas máquinas têm valores inviáveis para médias propriedades); químico (falta de adubo); físico (textura de solo); e biológico (áreas que perde-ram a riqueza do solo). No momento só existem áreas de testes para a di-vulgação de resultados, porém, este ano deve ser iniciado um trabalho em área comercial, a fim de se definir as populações ideais, o que é um tema polêmico, pois seu desenvolvimento depende muito dos fatores climáticos. No momento o agricultor tem traba-lhado na tentativa de implantar em sua propriedade a tecnologia de Tráfego Controlado, o que tem trazido muitas dificuldades. A chave para o sucesso de um programa de tráfego controla-do é a sincronização de equipamento, assim todo uso de equipamentos será numa linha. Existe a tecnologia para conduzir todos os equipamentos nas linhas de mesma faixa e sem a habili-dade de um operador. Segundo Di Raimo, o Tráfego Con-trolado envolve muitos detalhes, pois a plantadeira deve ter o mesmo núme-ro de linha das colheitadeiras, o pul-verizador deve ser múltiplo, etc. Por trabalharem com piloto automático somente nos tratores, o agricultor terá que, de início, controlar apenas o trân-sito do autopropelido. “Temos que ter em mente que o uso de alta tecnologia não é apenas mil ma-ravilhas. O problema do preço é muito sério e apenas uma parcela de uma má-quina adquirida pode prejudicar o agri-cultor mais à frente. Temos que investir, mas com planejamento. Essas moder-nas máquinas podem nos empolgar de início, mas não podemos nos esquecer que teremos que produzir o suficiente para conseguir pagá-la”, adverte. Segundo Telmo Amado, em 2000 todas as tecnologias voltadas para a AP eram importadas, principalmente, de países como Alemanha e EUA, e por isso, caríssima. “Com o trabalho todos nós pesquisadores desenvolvemos, o Brasil passou a ser exportador de tec- Alvaro e Nagib, alunos do 6º termo do curso superior de Tecnologia em Mecanização em Agricultura de Precisão da Fatec Shunji Nishimura
  • 33. nologia de AP, o que ajudou a baratear e a desmistifi car a tecnologia”, justifi ca. Para Telmo, temos vivido um aumen-to da efi ciência do uso de insumos. Ini-cialmente o trabalho com amostragens georreferenciada de solos que permitiu uma resolução maior da variabilidade que havia nos campos, permitindo um tratamento diferenciado. E isso foi a porta de entrada da AP nas lavouras brasileiras. “Em seguida percebemos que havia muito espaço para melho-rarmos o que estávamos fazendo, e isso aconteceu na pulverização, na semeadura e com o mapa de colheita que permite avaliar o grau de acerto no manejo”, completa. O Aquarius, segundo ele, foi um sucesso porque sempre se trabalhou junto com os produtores. Quando se uniu indústria, pesquisa e produtor isso gerou uma combinação podero- Plantio de feijão irrigado na propriedade do Gianni Di Raimo em Pedrinhas Paulista-SP
  • 34. sa que encurtou os caminhos e trou-xe muitos resultados. Sai-se de uma agricultura de subsistência e migrou- -se para uma agricultura empresarial e o agricultor evoluiu neste processo. “Então vejo que o nosso produtor está esperando que a indústria e a pesqui-sa lhes ofereçam novas ferramentas a ponto de ele poder competir com os melhores produtores do mundo. Como as fronteiras agrícolas estão cada dia mais escassas, precisamos aumentar a produtividade por hectares e isso pode ocorrer somente com adoção de novas tecnologias”, pondera Telmo. O potencial genético é algo a ser considerado, segundo o pesquisador, pois o potencial produtivo aumentou consideravelmente nos últimos anos e, como o produtor paga caro nisso, ele precisa aproveitar este potencial. “Não estamos dizendo que por ado-tar a AP vamos deixar de errar, mas atra-vés dela, conseguirmos mensurar o nos-so grau de erro e podemos corrigi-los individualmente. A AP está muito avan-çada nos EUA, Alemanha, Inglaterra, Di-namarca e Argentina. Mas o Brasil está caminhando a passos largos para nos alinharmos a estes países e isso pode ser um diferencial para conquistarmos mercado no futuro, como por exemplo, a rastreabilidade da nossa produção. Muito em breve iremos distinguir as propriedades não pelo seu tamanho, mas pelo nível de tecnologia que ela emprega”, encerra ele. Para Aldo Tasca, produtor em 220 hectares no município de Céu Azul (PR), quando se trata e tecnologia não há mais volta, pois a demanda por alimen-tos é muito grande. Ele conta que iniciou o trabalho com AP somente com grides de análise de solo e depois foi investindo em monitor de colheita e recentemente adquiriu uma plantadeira com distribuição de semente e adubo à taxa variável. “Em determinado momento, no en-tanto, vimos que não adiantava mais corrigir o solo quimicamente e estrutu-ralmente sem disciplinar o tráfego den-tro da área. Foi assim que, com base em pesquisas publicadas e visitas a outros países, resolvemos trabalhar com o Trá-fego Controlado”, justifica Aldo. 34 | revista Agrícola Humberto e Edson da fazenda Maruque em Itaberá-SP Segundo ele, começaram a discipli-nar o tráfego, depois investiram em pi-loto automático, GPS e bases RTK para as máquinas definirem uma linha de tráfego dentro da propriedade e sempre utilizarem o mesmo rastro. “Hoje seguimos o mesmo rastro de plantio, cultura após cultura. Para isso alteramos o espaçamento de plantio para 70 cm nas culturas de soja e mi-lho, ou seja, plantamos a soja na mes-ma linha do milho. Desta forma, o trator e o pulverizador trafegam na entrelinha, somente com a colheitadeira é que ainda estamos tendo um pouco de di-ficuldade, mas iremos acertar um espa-çamento adequado para ela também” comemora Aldo. Para ele, através deste sistema con-seguiram fazer uma adubação locali-zada, voltada para a linha de plantio, e como não há compactação na linha as raízes aprofundam mais porque a dispo-nibilidade de água no solo é maior. “A pesquisa está avaliando os nú-meros para termos a comprovação dos resultados, mas visualmente, temos observado que a maturação é mais uniformidade e as plantas estão mais sadias. Mas há algumas coisas em que não podemos ver, como a decom-posição das raízes criando aberturas para a entrada de água e fertilizante, dentre outras”, justifica. Segundo Aldo, faz seis anos que es-tão desenvolvendo esta pesquisa e hoje um terço de sua área já recebe este tra-tamento diferenciado. Segundo o pesquisador Telmo Ama-do, há estudos que mostram que se o produtor não faz este controle de tráfe-go, cerca de 80% da sua área podem re-ceber pressão de pneus. Com o controle de tráfego isso pode reduzir para até 5% a, no máximo 30%. “Temos dados que no exterior esta técnica tem sido muito bem aceita, porque comprovam que aumenta a atividade biológica e o teor de matéria orgânica. A questão é não retroceder na tecnologia, e sim buscar na própria tecnologia, soluções para os problemas que ela trouxe”, encerra Telmo Amado. Na Fazenda Maruque, em Itapeva, a Agricultura de Precisão é feita por meio do cruzamento de dados obti-dos em mapas de colheita e mapas de análise de solo. Segundo Edson Cagnin, diretor da fazenda e Humberto Zomer, engº agrº e gerente de produção, após o cruza-mento destas informações é possível se verificar se existe algum problema no solo e quais as recomendações para resolver o entrave. Um das grandes preocupações dos
  • 35. responsáveis pela fazenda é tomar medidas que visam evitar um dos grandes problemas que pode prejudi-car a lavoura: a compactação do solo. Como a propriedade possui muitos equipamentos, seus administradores têm investido de maneira reduzida em altas tecnologias, como piloto auto-mático nos maquinários, trabalhando apenas com a utilização do GPS. No momento tal tecnologia é considerada muito custosa e não considerada in-dispensável para a gestão da lavoura. FUTURO DA AP Segundo o pesquisador Telmo Ama-do, a agricultura conseguiu evoluir na correção da fertilidade da terra, mas o próximo passo da AP deve ser na cor-reção física do solo, como infi ltração e armazenagem de água, evitando, as-sim, erosões, além da melhoria na parte biológica da área através da adubação verde usada com tecnologia. Para ele, a interatividade da melhoria da fertilidade do solo, da preservação da condição fí-sica do solo e este detalhe biológico é o caminho natural para que se possa ter sistemas efi cientes e sustentáveis. “Chamamos isto de empilhamento de tecnologias, e com esta associação das tecnologias criamos um sinergis-mo que juntamente com a AP traz uma maior efi ciência no campo”, argumenta. Para Mauricio Swart, engenheiro agrônomo, diretor da Aspipp (Associa-ção do Sudoeste Paulista de Irrigantes e Plantio na Palha) e produtor no municí-pio de Paranapanema (SP), outra ferra-menta importante na AP é o coletor de Profº Telmo Amado da Universidade Federal de Santa Maria e o Profº Tanaka da Fatec de Pompeia
  • 36. dados ArcGIS que possibilita fazer um monitoramento de pragas, doenças e análise de performance georreferencia-do. “Com isso, se consegue prever algu-mas situações e agir preventivamente. Já existe este programa instalado aqui na APPAS (Associação Paulista dos Pro-dutores de Algodão), mas ainda é uma ferramenta cara para ser adquirida indi-vidualmente”, afi rma o produtor. TECNOLOGIA NAS SEMENTES Com o passar dos anos os agricul-tores começaram a se aperceber da importância de se investir no trata-mento de sementes antes do plantio, o que resultava em melhores produ-tividades. Começou, então, a ser de-senvolvida no Brasil uma tecnologia nesta área, abrangendo, de início, as culturas mais plantadas, como soja e milho. Com o surgimento desta nova necessidade, começaram a surgir es-tudos e tal tecnologia começou a ser efetivamente desenvolvida. A novidade começou a ser difundida entre os próprios agricultores, o que le-vou as indústrias químicas a desenvol-verem produtos para atender esse novo mercado. Foi neste período que come-çou a evolução da Incotec, que tinha 36 | revista Agrícola como foco principal o mercado de se-mentes de hortaliças, mas que se adap-tou para atender essa nova demanda. Segundo Marcelo Betin, responsável pela unidade da empresa em Itaberá, a Incotec tem como diferencial não se ater a marcas e bandeiras, mas sim naquele tratamento de sementes que o agricul-tor acredita ser o mais adequado para ele e com seus produtos de confi ança e, após análises, verifi ca-se se o mesmo é realmente o mais indicado para aquela situação e se adequa a sua realidade. Matheus Hossri, consultor técnico de vendas e Marketing da Incotec, des-taca que atualmente muitas empresas buscam “amarrar” os produtos quími-cos, comercializando apenas pacotes fechados, limitando as opções dos agricultores. Por isso, a empresa busca atender o agricultor de acordo com a sua realidade, colocando a sua dispo-sição toda a sua estrutura e processos diferenciados, que oferece uma certifi - cação e exatidão mais garantida pelo serviço prestado. “Pelo teste de loading podemos quantifi car tudo o que foi aplicado e a distribuição dos ingredientes ativos fi ca uniforme, trazendo os melhores resulta-dos aos clientes, isso atendendo o que o agricultor deseja, sem fi car refém de determinados produtos”, explica. Neste caso, o agricultor tem total acesso ao andamento de determinada calda. O que mais atrasa os resultados é a análise de vida útil, sendo que a empresa não oferece garantia antes da fi nalização destas análises, garantindo a idoneidade do produto oferecido. A empresa oferece, portanto, validações de inúmeras combinações de caldas, seja em quantidade de produtos ou do-sagem. Porém, existem as caldas mais tradicionais (cujas análises e estudos já estão concluídos) e que abrangem as mais diversas empresas químicas do mercado, muitas vezes atendendo a de-manda dos produtores. Olhando para o futuro e analisando o quanto o tratamento de sementes pode evoluir, Matheus Hossri destaca que a melhor maneira disso ocorrer é atender o maior interessado nesta tec-nologia: o agricultor. Com o projeto de franquias da Incotec, a empresa preten-de expandir no Brasil, atendendo de iní-cio as grandes culturas e, futuramente, as médias e pequenas. “A Incotec não é uma sementeira, é uma empresa que produz tecnologia que visa potencializar essa semente”, diz. Franco Feitosa, especialista de pro-dutos e processos da empresa, destaca que vislumbra para o futuro a migração do ‘tratamento de sementes da fazenda’ para o TSI. Mesmo ainda existindo mui-tos tratamentos on farm, ele acredita que essa demanda (TSI) é uma tendên-cia a expandir, pois traz mais qualidade e, principalmente, mais segurança, pois o produtor não expõe seus funcionários a produtos químicos. “Um tratamento em TSI tecnifi ca-do, feito por profi ssionais capacitados, com todo processo previamente estu-dado é a segurança, que pode ser ofe-recido com qualidade que o agricultor precisa e com o custo que ele acha justo”, encerra. Em Itapeva, o tratamento de se-mentes é padrão na Fazenda Maru-que, que começa a investir no trata-mento industrial, deixando de lado, por enquanto, apenas a semente de soja devido aos inoculantes (ques-tão que ainda está em debate em Franco, Matheus e Marcelo da Incotec
  • 37. Eficiência comprovada FPS JÚPITER RR FPS ANTARES RR FPS ATALANTA IPRO Conheça o Portfólio de Cultivares de Soja da Fundação Pró‐Sementes Lançamento Lançamento Qualidade + Produtividade fundacaoprosementes.com.br contato@fundacaoprosementes.com.br Fone: 54 3314‐8983 diversas instituições do Brasil). MÁQUINAS Sobre a evolução da tecnologia que hoje em dia vemos nos maquinários uti-lizados pelos agricultores, o engenheiro agrônomo Maurício Swart lembra que a partir de 2008, através dos estudos de análise de performance realizados na fazenda, se notou que havia neces-sidade de se investir em plantadeiras pneumáticas, com sistema de precisão de distribuição de sementes e adubos. Isto permitiu a criação de um checklist não somente na parte operacional, mas também de gestão de pessoas e admi-nistrativa. Com isso houve maior veloci-dade no plantio e padronização de es-tande em todas as culturas, saindo de 63% de efi ciência de plantio, em 2008 para 92% neste ano. “Vemos que hoje ainda não temos mão de obra especializada para gerir estas tecnologias embarcadas nas no-vas máquinas. Por este motivo estamos treinando a equipe para fazer a preci-são da agricultura, ou seja, as regula-gens precisas de cada máquina e imple-mento para depois sim, investirmos na Agricultura de Precisão”, relata. Análise de performance é uma fer-ramenta que, desde 2008, tem sido utilizada na cultura do feijão. “Através de um programa (Planta Forte da Iha-ra), nós saímos do ‘achismo’ e come-çamos a avaliar e descobrimos que o que mais reduz nossa produção de feijão são as lagartas, não as doenças como pensávamos”, destaca. Para Swart, a prestação de serviços por parte das empresas de máquinas e implementos é o melhor caminho para o viés da falta de aproveitamen-to das tecnologias no campo. “É o que ocorre nas grandes economias e deve-ria ser uma realidade também no Bra-sil”, completa ele. Para o diretor da Aspipp, uma neces-sidade que existe atualmente é fazer com que as informações precisas dos fabricantes cheguem até os produtores. Segundo ele, as empresas deveriam ca-pacitar mais seus vendedores para que tenham mais noção das tecnologias em-barcadas nas máquinas para que elas sejam mais aproveitadas no campo e o produtor venha ter resultado com cada real investido nelas. “Para avançarmos, precisamos de uma melhor infraestrutura em energia elétrica para os pivos, telefonia e in-ternet de qualidade para utilizarmos os aplicativos disponibilizados nos smartphones e, se tratando de um Es-tado rico como é São Paulo, a quali-dade destes serviços é vergonhosa”, conclui Maurício Swart. TELEMETRIA A telemetria é uma tecnologia que permite receber, medir, repassar e avaliar dados e informações remo-tamente, que estão disponíveis ao condutor através do painel de instru-mentos e determinadas informações
  • 38. disponíveis somente ao módulo con-trolador da máquina. A telemetria básica é a velocidade desenvolvida, rotação do motor, quilô-metros percorridos, horas de motor liga-do, temperatura do motor, temperatura do óleo do hidráulico entre outros. Com o objetivo de oferecer esta fer-ramenta aos produtores, a recentemen-te a John Deere lançou um software de gerenciamento das informações gera-das pelas máquinas no campo. Ofere-cer soluções que melhorem a efi ciência do negócio é o propósito da John Deere com o conceito FarmSight. Segundo Bruno Cavina, gerente de A.M.S. da Unimaq-John Deere, a missão da empresa não é vender somente pro-dutos, mas também soluções integra-das que otimizem o uso das máquinas, melhorem a logística e deem suporte à decisão agronômica. Para complementar ainda mais as soluções integradas, a John Deere, em parceria com a Auteq, apresenta o Gre-en Fleet, uma nova ferramenta que tem como principal objetivo tornar as frotas mais inteligentes, oferecendo automa-tização de processos, maior efi ciência e confi abilidade na telemetria, levando com rapidez – do campo para o escritó-rio – as informações necessárias para a gestão de frota. 38 | revista Agrícola Segundo Bruno, através da teleme-tria, é possível inserir alguns parâme-tros para cada operação, que serão comparados ao executado. Desta forma é possível avaliar o tempo em que a má-quina desempenhou sua tarefa e como potencializar esta operação, sejam com melhor assistência técnica, turnos de trabalho ou logística. Através do Green Fleet, o administra-dor tem todas as informações de posi-cionamento e operação da máquina, ou seja, qual operador está trabalhando, se a máquina está na rotação correta, a velocidade, etc. Tudo pode ser monito-rado do escritório em tempo real. O seguimento que mais utiliza essa tecnologia ainda é o canavieiro, mas já está em estudo a adoção do sistema também no setor de cereais. Caso o pro-dutor não tenha pessoas treinadas para realizar esse gerenciamento dos dados, ele pode contratar o serviço do conces-sionário que tem uma equipe treinada a sua disposição. Segundo Bruno, muitos têm apre-sentado produtos como a grande no-vidade, mas a Unimaq-John Deere, além dos produtos tem disponibilizado a prestação de serviços, que faz com que o produtor utilize todos os recur-sos tecnológicos a sua disposição, fa-zendo com que haja uma integração destas informações para a melhor to-mada de decisão. Muitos jovens decidiram fi car no campo pelo uso das novas tecnolo-gias, e isso tem sido constante nas propriedades. “Grande número dos produtores que vem para conhecer as novas tecnologias, vem acompanha-dos de seus fi lhos. Isso tem mostrado maior interesse dos fi lhos na atividade Plantio de milho com sistema de desligamento automático de linha Plantadeira, lançamento da Jumil, doada para aulas teóricas e práticas na Fatec de Pompeia
  • 39. QUEM COLHE SABE QUE CADA MINUTO É PRECIOSO. QUE TAL TERMINAR A COLHEITA ATÉ 7 DIAS ANTES? Dados referem-se à colheita em uma área de 2.500 hectares. CHEGARAM AS COLHEITADEIRAS SÉRIE S JOHN DEERE. MODELOS S540, S550, S660, S670, S680. • Produtividade até 15% maior. • Tanque graneleiro até 12% maior. • Consumo de combustível até 17% menor. • Até 55% menos tempo com ajustes e manutenções diários. • Vazão de descarga até 16% maior, proporcionando menos paradas.
  • 40. SEMENTE SUPERIOR TEM NOME: LAGOA BONITA. Qfififi fififibfifififi fififi fififififififififififi fifibfi fifififi fi fifififififififififi fifi fififi fififififififififi fi fifififififi fififififififififififififififififififififififififififififififififififififififififififififi fififififififififififififififififififififififififififififififififififififififififififififififififififififififififififififififififififififififififififififififififififififi fififififififififififififififififififififififififififififififififififififififififififififififififififififififififififififififififififififififi fifififififififififififififififififififififififififififififififififififififififififififififififififififififififififi www.lagoabonita.com.br dos pais”, testemunha Bruno. Os terraços e canais também po-dem ser facilmente construídos, sem o uso de lasers, utilizando o software Surface Water Pro que permite fazer o levantamento topográfi co da área e uma única pessoa pode fazer o traba-lho no campo em menos tempo, eco-nomizando combustível e reduzindo custos. “Este recurso tem sido utiliza-do também na construção de taipas para plantio de arroz e também na elaboração de projetos de plantio para que se tenham mais metros lineares de plantio com menor número de des-pontos”, completa. Para Maurício Swart, o uso da tele-metria na irrigação é uma ferramenta muito efi ciente, porque permitirá irri-gar com precisão, ou seja, irrigar com base na textura do solo. “Com isso o solo que tiver mais capacidade de ab-sorção receberá maior quantidade de água”, comenta. IRRIGAÇÃO O diretor da Aspipp e produtor no município de Paranapanema, Mauri-cio Swart trabalha com as culturas de soja, milho semente, trigo, feijão, sorgo, aveia preta, cevada, milheto, algodão e laranja. Seu pai foi um dos pioneiros na agricultura irrigada na região e hoje a propriedade conta com 1.900 hectares, dos quais 1.495 são irrigados através dos 26 pivôs instalados na fazenda. Segundo ele, é a irrigação que mantém grande parte das famílias naquela re-gião, tendo como maior contribuição a segurança de se fazer duas ótimas co-lheitas dentro do ano. Porém, Swart reclama que ainda há alguns limitantes na irrigação, como por exemplo, a qualidade de energia. “Joga-mos água somente à noite para evitar perdas, mas ainda freamos em algu-mas defi ciências, como a qualidade de energia elétrica. Isso tem gerado muita insatisfação e perda de qualidade na irrigação, pois a energia oscila demais, provocando a queima de motores e de-mais equipamentos”. Para ele, a automação da irriga-ção, que é realidade em outros paí- Lavoura de café com irrigação subterrânea da Netafi m