3. Introdução
Santa Maria del Fiore é uma catedral gótica , iniciada em
1296 pelo arquitecto Arnolfo di Cambio, e é
principalmente, obra do arquitecto renascentista
Brunelleschi, além dele, também construiram a catedral:
Giotto di Bondone; Luca della Robbia; Donatello;
Federico Zuccari; Giorgio Vasari.
4. 1. Filippo Brunelleschi
Filippo Brunelleschi foi um arquitecto e escultor renascentista.
Nasceu numa família de classe média na Itália, cidade de Florença,
era filho de Guiana Spini e Brunellesco di Lippo, um advogado. Seu
pai tentou o influenciar a ser também advogado, mas Filippo
preferiu arte e arquitetura. Começou a vida como ourives e foi,
posteriormente, um arquiteto, o pioneiro desta arte na
Renascença. Entrou para a história ao concluir a Santa Maria del
Fiore, em Florença, uma das primeiras catedrais em estilo
renascentista.
Outras obras:
Fig. 1. Filippo Brunelleschi
Fig. 2. Hospital dos
Inocentes
Fig. 4. Palácio Pitti
Fig. 3. Capela
Pazzi Fig.5. Basílica de São
Lourenço
5. 2.A cúpula da Santa Maria del Fiore
A Catedral de Santa Maria del Fiore é uma obra
renascentista também designada por "Duomo"
de Florença, na Itália, e está localizada na praça
homônima. É uma catedral com capacidade de
acomodar até trinta mil pessoas.
Possui 153 metros de comprimento e 90 metros
de largura no transepto, enquanto o tambor
da cúpula possui 54 metros.
A construção iniciou-se em 1296 com o projeto
de Arnolfo di Cambio sobre as fundações da
antiga Catedral de Santa Reparada. Após a morte
de Arnolfo, passou pela supervisão de Giotto di
Bondone, depois por Francesco Talenti e teve
sua cúpula construída por Filippo Brunelleschi.
Ao fim das obras da cúpula em 1436, a catedral
foi consagrada pelo papa Eugênio IV em 25 de
março de 1436.
Fig. 6.
Fig. 7.
6. 2.1. História
Santa Maria del Fiore é resultado dum trabalho que se estendeu por seis séculos. Foi construída
no lugar da antiga catedral dedicada a Santa Reparata. O projeto básico foi feito por Arnold di
Cambio nos fins do século XIII, e a cúpula é obra de Brunelleschi, e a sua fachada teve de
esperar até o século XIX para ser concluída. Durante esse período, no seu processo de
construção houve intervenções estruturais e decorativas no exterior e interior que
enriqueceriam o monumento. A nova igreja foi desenhada para ser a maior igreja católica do
mundo, e mais magnificente.
Arnolfo trabalhou na construção até 1302,no mesmo ele perdeu a vida. Mas só pôde trabalhar
em duas capelas e na fachada que decorou só em parte. Com a sua morte o processo de
construção teve que parar. Giotto di Bandone foi apontado como supervisor para a construção
do campanário ou torre sineira. Foi sucedido por Andrea Pisano que continuou o trabalho até
que teve de ser abandonado por causa da peste negra que matou muita gente em 1348.
Sob Francesco Talenti, supervisor entre 1349 e 1359, o campanário foi concluído e preparou-se
um novo projeto para o Duomo, ou seja modificando o projeto iniciado por Arnolfo, com a
colaboração de Giovanni di Lapo Ghini.
Contudo, o problema da cúpula ainda não tinha sido resolvido. Brunelleschi fez seu primeiro
projeto em 1402, mas o manteve em segredo.
Em 1418, a Opera del Duomo, a centenária empresa administradora dos trabalhos na Catedral,
anunciou um concurso que Brunelleschi haveria de vencer, mas o trabalho não iniciaria senão
dois anos mais tarde, continuando até 1434. Os arremates que ainda esperavam conclusão eram
a lanterna da cúpula e o revestimento externo com mármores brancos de Carrara, verdes de
Prato, e vermelhos de Siena, de acordo com o projeto original de Arnolfo.
7. 2.2. A Fachada
A fachada original, desenhada por Arnolfo di Cambio, só
foi começada em meados do século XV, realizada por
esforços coletivos de vários artistas, entre eles Andrea
Orcagna e Taddeo Gaddi. Mas, de toda forma só foi
terminada na sua parte inferior. Esta parte foi demolida
por ordem de Francesco I de Medici entre 1587 e 1588,
pois ela era considerada totalmente fora de moda na
época renascentista.
Foi aberto um concurso para a criação de uma nova
fachada, mas este acabou em um escândalo, e novos
projetos foram propostos de seguida, mas não foram
aceites. A fachada ficou, então, despida até o século XIX.
Em 1864, Emílio de Fabris venceu um concurso para
desenhar uma nova fachada, que é a que vemos hoje,
um enorme e magistral trabalho de mosaico em
mármores coloridos em estilo neogótico, com uma
volumetria dinâmica e harmoniosa. Concluída em 1887,
foi dedicada à Virgem Maria, e é ricamente decorada
com estatuária de elegante e austero desenho. Em 1903
terminaram-se as monumentais portas de bronze, com
várias cenas em relevo e outras decorações.
Fig. 8. Estado da construcao da fachada
até a morte de Arnolf di Cambio
8. Fig. 9.Porta principal de bronze decorada co
cenas da vida da Virgem Maria
Fig. 10. Monumental Fachada
de santa Maria del Fiore
9. As seis janelas laterais, notáveis por seu rendilhado delicado e ornamentos, são separadas por
pilastras. Apenas as quatro janelas mais próximas do transepto admitem a luz e as outras duas
são meramente ornamentais. Os clerestórios– nível superior da nave das basílicas românicas e
góticas, cujas paredes são vazadas com janelas – são com janelas redondas, uma característica
comum em gótico italiano.
Fig. 11. Janela lateral
rendilhda
Fig. 12
10. 2.3. O Interior
A sua planta é basilical com três naves separadas
por grandes arcos suportados por colunas
monumentais. E, ela tem 153 metros de
comprimento, 38 de largura, e 90 metros no
transepto. Seus arcos se elevam até 23 metros de
altura, e o cume da cúpula, a 90 metros.
As suas decorações internas são austeras, ou seja
com muita rigidez, embora algumas foram se
perdendo com decorrer dos séculos.
Sobre a porta de entrada há um relógio colossal
com decoração em pintura de Paolo Uccello, e
acertado de acordo com a hora itálica, uma
divisão do tempo comumente empregada na Itália
até o século XVIII, que dava o por-do-sol como o
início do dia.
Os vitrais são os maiores em seu gênero na Itália
entre os séculos XIV e XV, com imagens de santos
do Velho e Novo Testamento. O vitral “O crucifixo”
é obra de Benedetto da Maiano, a talha do coro
de Bartolommeo Bandinelli, e as portas da
sacristia são de Luca della Robbia.
Fig. 13. Interior da nave
12. Fig. 17. Interior da cúpula
com afresco de Giorgio
Vasari e Frederico Zuccari
representando o Juízo Final
Fig. 18. Relógio de Uccelo
13. 2.4. A Lanterna
A lanterna, com seus 16 metros de altura, é uma
parte fundamental do conjunto arquitetônico. Ela
foi inspirada pelos templos circulares da Roma
Imperial, e é aberta aos ventos. Ela foi projetada
como sendo o tiro essencial de uma cúpula
octogonal e é uma espécie de ponto de partida do
ponto de vista da catedral.
Brunelleschi podia dizer a lanterna é um resumo
de tudo o que acontece abaixo dela. É como um
modelo completo da catedral, com seus
contrafortes, projetados em estilo gótico, com
forma octogonal dedicada a Santa Maria das flores
(Santa Maria del Fiore), bem como a catedral.
Fig. 19. A Lanterna
14. 2.6. Os Materiais
São os materiais utilizados: o tijolo, pedra e mármore, principalmente, que a cúpula também
tem vigas de madeira e escoras metálicas.
2.5. A Estrutura
A cúpula é pontiaguda e encimada por uma lanterna,
com uma estrutura feita de tijolos, sobre uma base
octogonal e é composto por duas conchas paralelas. O
interior e exterior são apontados ao longo de um arco
inscrito na sua base octogonal. A camada interior, com
um raio menor, é fechada. A diferença de raios de
curvatura contribui para que as forças distribuídas ao
longo de uma curva chamada pétala, com um ponto
máximo de tensão na qual foi colocado um anel de
reforço com vigas de madeira para que resistam às
tensões.
Fig. 20.
15. Glossário
Afresco- Nome dado a uma obra pictórica feita sobre parede, com base de gesso ou
argamassa.
Clerestório- Nome que se dá à parte da parede de uma nave, iluminada naturalmente por
um conjunto de janelas laterais do andar superior das igrejas medievais do estilo gótico. De
uma forma geral, refere-se à fiada de janelas altas, dispostas sobre um telhado adjacente.
Colossal- Enorme, excessivo e imenso.
Gótico- O estilo gótico refere-se a um determinado período que se inicia com uma revolução
arquitectónica, o qual durou do séc. XII ao séc. XVI. A este período que prevaleceu na Europa,
principalmente nos países nórdicos, pode ser considerado o ponto culminante da Idade
Média, a época de desenvolvimento da escolástica de S. Tomás de Aquino e do aparecimento
das universidades. Além de se tornar visível na escultura, o estilo gótico pode observar-se
também nos vitrais coloridos, nas pinturas e nas ilustrações de manuscritos.
Ourive- Fabricante de objetos de ouro e prata.
Transepto- Parte de um edifício de uma ou mais naves que atravessa perpendicularmente o
seu corpo principal perto do coro e dá ao edifício a sua planta em cruz. O cruzeiro é a área de
intersecção dos dois eixos.
Neogótico- Neogótico ou revivalismo gótico é um estilo de arquitetura revivalista originado
em meados do século XVIII na Inglaterra. No século XIX, estilos neogóticos progressivamente
mais sérios e instruídos procuraram reavivar as formas góticas medievais, em contraste com
os estilo estilos clássicos dominantes na época.
Pilastras- Pilar de quatro faces fixo ou aderente à parede por uma delas.
Rendilhado- Delicamente trabalhado e ornado.
16. Conclusão
Santa Maria del Fiore foi a primeira cúpula de grandes
dimensões, erguida na Itália, desde a Antiguidade sobre
uma enorme base octogonal. E, foi uma das primeiras
catedrais em estilo renascentista. Ela Passou por várias
manifestações arquitectónicas no seu processo de
construção, e teve como principal figura Filippo
Brunelleschi.