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Mendes
Cabeçadas
1926
José Mendes Cabeçadas Júnior (Loulé, 19 de Agosto de 1883 — Lisboa,
11 de Junho de 1965) foi um oficial da Armada Portuguesa, maçom e
político republicano convicto, que teve um papel decisivo na preparação
dos movimentos revolucionários que conduziram à criação e à extinção
da Primeira República Portuguesa: a Revolução de 5 de Outubro de 1910
e o Golpe de 28 de Maio de 1926. Exerceu o cargo de 9.º Presidente da
República Portuguesa (1.º da Ditadura Nacional) e de Presidente do
Conselho de Ministros no breve período entre 31 de Maio de 1926 e 16
de Junho do mesmo ano. Afastado do poder pela estabilização do regime
à direita e pelo salazarismo, transformou-se num feroz opositor da
autocracia de Óscar Carmona e de Oliveira Salazar, conspirando em,
pelo menos, duas tentativas insurreccionais (1946 e 1947).
7º C
Manuel Teixeira
Gomes
1923-1925
Nasceu a 27 de Maio de 1860, em Vila Nova de Portimão. Era filho de José
Libânio Gomes e de Maria da Glória Teixeira Gomes.
Aos dez anos foi enviado para o Seminário Maior de Coimbra e
posteriormente matriculou-se em Medicina, na Universidade de Coimbra.
Cedo desistiu do curso, contrariando a vontade do pai. Muda-se então para
Lisboa, onde pertence ao círculo intelectual de Fialho de Almeida e João de
Deus
Republicano convicto, vem a exercer, após o 5 de Outubro de 1910, o cargo
de ministro plenipotenciário de Portugal em Inglaterra. A 11 de Outubro de
1911 apresenta as suas credenciais ao rei Jorge V do Reino Unido, em
Londres, onde se encontrava a família real portuguesa no exílio.
Eleito Presidente da República a 6 de Agosto de 1923, viria a demitir-se das
suas funções a 11 de Dezembro de 1925, num contexto de enorme
perturbação política e social. A sua vontade em dedicar-se exclusivamente à
obra literária, foi a sua justificação oficial para a renúncia. A 17 de Dezembro,
embarca no paquete holandês «Zeus» rumo a Oran, na Argélia, num auto-
exílio voluntário, sempre em oposição ao Salazarismo. Governou cerca de 2
anos.
Morreu em 18 de Outubro de 1941, em Bougie, na Argélia.
7º C
Sidónio Pais
(1917-1918)
Sidónio Bernardino Cardoso da Silva Pais (Caminha, 1 de Maio de 1872 -
Lisboa, 14 de Dezembro de 1918) foi o quarto presidente da República
Portuguesa, sendo conhecido com o Presidente-Rei.
Teve ideais republicanos desde que frequentou a Universidade (altura em que a
monarquia ainda vigorava). Pertenceu por um curto espaço de tempo à
maçonaria, embora não fosse um membro muito activo.
Depois da implantação da República, desempenhou vários cargos políticos:
deputado, ministro do fomento no governo de João Chagas, Ministro das
Finanças no governo de Augusto de Vasconcelos Correia, e Ministro de Portugal
em Berlim, onde se estabelece até que, em 9 de Março de 1916 volta para
Portugal devido ao facto de a Alemanha declarar guerra a Portugal (Primeira
Guerra Mundial).
A 5 de Dezembro de 1917 lidera um golpe de Estado. A 27 de Dezembro toma
funções como presidente da República, indo a votos posteriormente. O mandato
legitimado pelo sufrágio tem início a 9 de Maio de 1918. A 5 de Dezembro de
1918, durante a cerimónia da condecoração dos sobreviventes do NRP Augusto
de Castilho, sofreu um primeiro atentado, do qual conseguiu escapar ileso; o
mesmo não aconteceu dias depois, na Estação do Rossio, onde a 14 de
Dezembro de 1918 foi morto a tiro por José Júlio da Costa, um militante
republicano.
7º C
Ramalho
Eanes
(1976-1986)
Ramalho Eanes nasceu em Alcains, concelho de Castelo Branco, numa
família humilde. Filho de Manuel dos Santos Eanes e Maria do Rosário
Ramalho. É casado com Maria Manuela Portugal Eanes.
Em 1952 decidiu seguir a carreira nas Forças Armadas, estudando tácticas
militares.
No exército, Ramalho Eanes segue a arma de Infantaria. Serve na Guerra
Colonial onde combateu na Índia Portuguesa, Macau, Moçambique, Guiné-
Bissau e Angola.
Depois de demorada carreira de combatente, Eanes encontrava-se ainda em
serviço em Angola aquando da revolução de 25 de Abril. Aderiu ao
Movimento das Forças Armadas e, regressado a Portugal, foi director de
programas e nomeado presidente do conselho de administração da RTP, até
Março de 1975.
Foi presidente da república durante dois mandatos (1976 - 1986).
7º C
Bernardino
Machado
1915-1917
1925-1926
Bernardino Luís Machado Guimarães (Rio de Janeiro, 28 de
Março de 1851 — Famalicão, 28 de Abril de 1944) foi o terceiro e o
oitavo presidente eleito da República Portuguesa.
Estudou Filosofia e Matemática na Universidade de Coimbra. Teve
um importante percurso como dirigente da maçonaria (na Loja
"Perseverança" do Grande Oriente Lusitano).
Foi presidente da República Portuguesa por duas vezes. Primeiro,
de 6 de Agosto de 1915 até 5 de Dezembro de 1917, quando
Sidónio Pais, à frente de uma junta militar, dissolve o Congresso e
o destitui, sendo obrigado a abandonar o país.
Mais tarde, em 1925, volta à presidência da República para, um
ano depois, voltar a ser destituído pela revolução militar de 28 de
Maio de 1926, que instruirá a Ditadura Militar e abrirá caminho à
instauração do Estado Novo.
7º C
António
de
Spínola
1974
António de Spínola nasceu a 11 de Abril de 1910 em Estremoz, Portugal.
Estudou no Colégio Militar em Lisboa entre 1920 e 1928. Em 1939, tornou-
se ajudante de campo do comando da Guarda Nacional Republicana. A 17
de Janeiro de 1974, foi nomeado vice-chefe do Estado-Maior das Forças
Armadas, por sugestão de Costa Gomes, cargo de que foi afastado em
Março. Pouco tempo depois, mas ainda antes da Revolução dos Cravos,
publica Portugal e o Futuro, onde expressa a ideia de que a solução para o
problema colonial português passava por outras vias que não a continuação
da guerra. A 25 de Abril de 1974, como representante do Movimento das
Forças Armadas, recebeu do Presidente do Conselho de Ministros, Marcello
Caetano, a rendição do Governo (que se refugiara no Quartel do Carmo).
Isto permitiu-lhe assumir assim os seus poderes públicos. A 13 de Agosto
de 1996, Spínola morre aos 86 anos, vítima de embolia pulmonar.
7º C
Jorge
Sampaio
1996-2006
Jorge Sampaio - de seu nome completo, Jorge Fernando Branco de Sampaio - nasceu
em Lisboa, em 18 de Setembro de 1939. Desde a infância, fez estudos musicais e, por
imperativo da carreira do pai, passou largo tempo nos EUA e em Inglaterra,
experiência que o marcou profundamente. Frequentou os estudos secundários nos
liceus Pedro Nunes e Passos Manuel. Em 1961, licenciou-se em Direito pela
Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Na Universidade, desenvolveu uma
relevante actividade académica, iniciando, assim, uma persistente acção política de
oposição à Ditadura. Foi eleito Presidente da Associação Académica da Faculdade de
Direito, em 1960-61. Em 1978, Jorge Sampaio adere ao partido Socialista. Em 1979, é
eleito deputado à Assembleia da República, pelo círculo de Lisboa, e passa a integrar
o Secretariado Nacional do PS. No ano de 1989, é eleito Secretário-Geral do Partido
Socialista, cargo que exerce até 1991, e é designado, pela Assembleia da República,
como membro do Conselho de Estado. Em 1989, decide concorrer à presidência da
Câmara Municipal de Lisboa, cargo para o qual é, então, eleito e depois reeleito, em
1993. Em 1995, Jorge Sampaio apresenta a sua candidatura às eleições
presidenciais. Em 14 de Janeiro de 1996, é eleito, à primeira volta. Foi investido no
cargo de Presidente da República, no dia 9 de Março de 1996, prestando juramento
solene. Cumpriu o seu primeiro mandato exercendo uma magistratura de iniciativa na
linha do seu compromisso eleitoral. Apresentou-se de novo e voltou a ser eleito à
primeira volta, em 14 de Janeiro de 2001, para um novo mandato.
7º C
Teófilo Braga
1910-1911 (Provisório)
1915
Nasceu a 24 de Fevereiro de 1843, em Ponta Delgada, na ilha de São
Miguel, no arquipélago dos Açores, filho de Joaquim Manuel Fernandes Braga,
oficial do exército miguelista e posteriormente professor de Matemática e
Filosofia, e de D. Maria José da Câmara Albuquerque, ambos descendentes de
aristocratas, o primeiro descendente presumível de D. João V e a segunda
talvez de D. Afonso III. A mãe morre, quando Teófilo tinha 3 anos de idade, e a
sua morte e a má relação futura com a madrasta, com quem seu pai casa dois
anos depois, vão marcar decisivamente o seu temperamento fechado e agreste.
Por decreto publicado no Diário do Governo de 6 de Outubro do mesmo ano é
nomeado presidente do Governo Provisório da República Portuguesa saído da
Revolução de 5 de Outubro de 1910. Naquelas funções foi de facto chefe de
Estado, já que o primeiro Presidente da República Portuguesa, Manuel de
Arriaga, apenas foi eleito a 24 de Agosto de 1911.
Presidente da República em substituição de Manuel de Arriaga; exerceu o cargo
no período compreendido entre 29 de Maio de 1915 e 4 de Agosto do mesmo
ano. O seu Partido era o Partido Democrático, como profissão era político e
escritor. A sua morte surgiu a 29 de Janeiro de 1924.
7º C
João Canto e
Castro
1918-1919
(governou apenas 294 dias)
Nasceu em Lisboa, filho do general José Ricardo da Costa Silva Antunes e de
D. Maria da Conceição do Canto e Castro Mascarenhas Valdez. Apesar de
sempre se ter declarado como monárquico, em meados de 1913, é-lhe atribuído
o comando do cruzador Adamastor, que foi buscar a Macau. A viagem constituiu
uma verdadeira epopeia. Lisboa a Paris por caminho-de-ferro. Da França à
Rússia, atravessando a Alemanha, utilizando o transiberiano, visitando,
nomeadamente Petrogrado e Moscovo. Atravessa a China, última etapa antes
de chegar a Macau. Na ida encontra-se com Sidónio Pais, em Berlim. Na volta
recebe a bordo, em cerimónia oficial, Bernardino Machado, embaixador no
Brasil.
João do Canto e Castro Silva Antunes é eleito Presidente da República
Portuguesa na sessão do Congresso de 16 de Dezembro de 1918, segundo os
princípios parlamentares estabelecidos pela Constituição de 1911. Durante o
período presidencial, Canto e Castro não teve tarefa fácil. A agitação política e
social, herdada do sidonismo, não abrandou, muito antes pelo contrário. No mês
de Janeiro de 1919, as forças monárquicas chefiadas por Paiva Couceiro vão
proclamar o regresso do regime monárquico, no Porto e em Lisboa. O núcleo de
Monsanto é desbaratado em poucos dias, mas a "monarquia do Norte" só será
vencida cerca de um mês depois.
7º C
1911-1915
Nasceu em 8 de Julho de 1840, na cidade da Horta. Na Universidade de Coimbra,
onde se formou em Leis, cedo manifestou simpatia pelas ideias republicanas, o que
provocou um conflito insanável com o pai, que o deserdou e lhe deixou de custear os
estudos. Para sobreviver e pagar a Faculdade, teve então de dar aulas de Inglês no
liceu.
Filiado no Partido Republicano, foi eleito por quatro vezes deputado pelo círculo da
Madeira. Em 1890, foi preso em consequência das manifestações patrióticas de 11 de
Fevereiro, relativas ao Ultimato Inglês. Em 1891, aquando da revolta de 31 de Janeiro,
já fazia parte do directório daquele Partido, em conjunto com Jacinto Nunes, Azevedo
e Silva, Bernardino Pinheiro, Teófilo Braga e Francisco Homem Cristo.
Nos últimos anos da monarquia, sofre um certo apagamento, dado que o movimento
republicano tinha chegado, entretanto, à conclusão que a substituição do regime
monárquico não seria levada a cabo por uma forma pacífica. Os republicanos
doutrinários são, então, substituídos pelos homens de acção que irão fazer a ligação à
Maçonaria e à Carbonária.
Depois da proclamação do regime republicano foi então chamado a desempenhar as
funções de Procurador da República.
A 24 de Agosto de 1911 tornou-se no primeiro presidente eleito da República
Portuguesa, sucedendo na chefia do Estado ao Governo Provisório presidido por
Teófilo Braga. Exerceu aquelas funções até 26 de Maio de 1915, data em que foi
obrigado a demitir-se, sendo substituído no cargo pelo mesmo Teófilo Braga, que
como substituto completou o tempo restante do mandato
O Presidente é obrigado a resignar, saindo do Palácio de Belém escoltado por forças
da Guarda Republicana.
7º C
Mário
Soares
1986 - 1996
Mário Soares nasceu em Lisboa, a 7 de Dezembro de 1924. As acções políticas que
encetou contra o Estado Novo desde os tempos de estudante da Faculdade de Letras
da Universidade de Lisboa, tiveram como consequência ter sido preso 13 vezes pela
PIDE e ainda ter sofrido, em 1968, uma deportação para São Tomé. Tendo concluído,
em 1951, a licenciatura em Ciências Histórico-Filosóficas iniciou, na mesma
Universidade, o Curso de Direito, tendo-o concluído em 1957. Como advogado,
defendeu, em tribunais plenários, inúmeros opositores ao regime. Devido às
constantes perseguições que a polícia política lhe fazia, viu-se obrigado, em 1971, a
refugiar-se em Paris. Foi um dos fundadores, em 1973, do Partido Socialista, do qual
foi o primeiro secretário-geral. Regressou a Lisboa em 1974, logo após o derrube do
regime, tendo sido chamado a desempenhar as funções de Ministro dos Negócios
Estrangeiros, no âmbito das quais desenvolveu negociações conducentes à
independência das colónias portuguesas.
A 26.1.1986 na 1.ª volta das eleições presidenciais Mário Soares obtém 25,43%, face
aos 46,31% de Freitas do Amaral, 20,88% de Salgado Zenha e 7,38% de Lurdes
Pintassilgo. Mário Soares é eleito (51,18%) à 2.ª volta a 16.2.1986, derrotando Freitas
do Amaral (48,82%). Foi reeleito a 13.1.1991 (70,35%). Os candidatos derrotados
foram Basílio Horta (14,16%), Carlos Carvalhas (12,92%), e Carlos Marques (2,57%).
Foi Presidente da República de 9 de Março de 1986 a 9 de Março de 1996.
7º C
Américo Tomás
1958 - 1974
Nasceu em Lisboa, a 19 de Novembro de 1894, e faleceu a 18 de Setembro de 1987,
em Cascais.
É nomeado, em 1958, como candidato pela União Nacional, para disputar as eleições
contra o general Humberto Delgado, candidato da oposição, já que Arlindo Vicente,
candidato pelo PCP, tinha desistido no seguimento do "Pacto de Cacilhas".
A 8 de Junho de 1958, enquanto decorre o acto eleitoral, é publicado um decreto-lei
proibindo a oposição de inspeccionar o funcionamento das assembleias de voto. Os
números oficiais fornecidos pelo Governo dão apenas 24% no Continente e Ilhas,
31,7% em Angola e 30% em Moçambique ao general Delgado. Os totais oficiais
apurados deram cerca de 75% dos votos expressos a Américo Tomás e 25% ao
general Humberto Delgado, o que corresponde a 758 998 votos e 236 528 votos,
respectivamente, para cada um dos candidatos.
É eleito o candidato da União Nacional, Américo Tomás.
A 29 de Agosto de 1959 é alterado o texto constitucional, através da Lei n.º 2100.
A Lei prevê que o supremo magistrado da Nação passe a ser eleito por um colégio
eleitoral restrito de 602 membros. Esses membros são os deputados da Assembleia
Nacional, membros da Câmara Corporativa, representantes das estruturas
administrativas dos territórios ultramarinos e representantes das câmaras municipais.
O Colégio Eleitoral é o resultado das eleições de 1958. Foi criado para evitar situações
problemáticas para o regime, como a hipótese de vir a ser eleito um candidato da
oposição.
Américo Tomás será reeleito para o cargo, em 1965 e 1972, por colégio eleitoral.
Ocupará o cargo de 9 de Agosto de 1958 até 25 de Abril de 1974, altura em que é
demitido.
7º C
Francisco da
Costa Gomes
1974/1976
Nasceu em Chaves a 30 de Junho de 1914, tendo falecido em 31 de Julho de 2001.
Em 1970, exerceu as funções de comandante da Região Militar de Angola, onde
procedeu à remodelação do comando-chefe e é o impulsionador da ideia de
entendimento militar com a UNITA (União para a Independência Total de Angola),
entendimento este quebrado em 1972, por erros não imputáveis ao seu comando. É
nomeado para exercer o cargo de chefe do Estado-Maior das Forças Armadas a 12
de Setembro de 1972, em substituição do general Venâncio Deslandes.
É exonerado do cargo em Março de 1974, pouco antes do 25 de Abril, por se ter
recusado à prestação de lealdade ao governo de Marcelo Caetano.
Foi um dos sete militares que compuseram a Junta de Salvação Nacional, em Abril
de 1974, após o golpe de estado que derrubou o regime do Estado Novo.
De 25 de Abril a 30 de Setembro de 1974 exerceu as funções de chefe do Estado-
Maior General das Forças Armadas com prerrogativas de primeiro-ministro.
Assume a Presidência da República por indicação da Junta de Salvação Nacional,
devido à demissão do general Spínola a 30 de Setembro de 1974.
Ocupará o cargo de Presidente da República até 27 de Junho de 1976, altura em que
se realizaram as eleições que levaram à Suprema Magistratura da Nação o general
Ramalho Eanes.
7º C
António José de
Almeida
1919 - 1923
Nasceu a 27 de Julho de 1866, em Vale da Vinha, concelho de Penacova. Faleceu em
Lisboa em 31 de Outubro de 1929. Estudou em Coimbra e formou-se em Medicina, em
1895, pela Universidade daquela cidade com a classificação de distinto com 15
valores. Apesar dos resultados obtidos, deparou com a proibição de exercer o
magistério, devido ao lente da Faculdade, Lopes Vieira, já ter proposto ao Conselho
daquele estabelecimento de ensino que o estudante António José fosse impedido de o
fazer. A denúncia do conservadorismo dos professores, publicada nas 200 páginas da
Desforra, não conseguiu alterar a decisão.
A sua actividade política começa cedo, ainda na Faculdade
Em 1907, filia-se na Maçonaria, ficando a pertencer à Loja "Montanha";
É preso em 26 de Janeiro de 1908, dias antes do atentado à família real;
Participa no Congresso Republicano de 1909, sendo nomeado para o Comité Civil,
tendo em vista mobilizar as forças republicanas para a rebelião armada;
Funda e dirige a revista Alma Nacional, que nas vésperas da revolução republicana,
vai desempenhar um papel importante na informação às camadas populares
interessadas na mudança do regime. Após os acontecimentos de 5 de Outubro de
1910 a sua actividade política intensifica-se: Ministro do Interior do Governo
Provisório; Funda e dirige o jornal República, em Janeiro de 1911; Separa-se do
Partido Republicano e funda o Partido Evolucionista, em 24 de Fevereiro de 1912;
Apoia no Congresso a participação de Portugal na guerra de 1914-18, a convite da
Inglaterra; Preside ao governo da "União Sagrada" em Março de 1916, durante o
período da Grande Guerra, acumulando com a pasta de ministro das Colónias,
reconciliando-se com o Partido Democrático de Afonso Costa;
Eleito Presidente da República em 6 de Agosto de 1919.
7º C
Gomes da
Costa
1926 - 1926
Nasceu em Lisboa, a 14 de Janeiro de 1863. Morreu em 17 de Dezembro de 1929.
Oficial de cavalaria. Seu pai foi oficial subalterno de modesta origem camponesa.
Tendo, por isso, tomado para si as palavras de um marechal de Napoleão: "O
antepassado sou eu!"
Foi comandante da lª divisão do CEP (Corpo Expedicionário Português
Em Junho de 1926 marcha de Braga para Lisboa, onde entra triunfalmente, a cavalo,
à frente das forças revoltosas. Afasta Mendes Cabeçadas, assume deste a
presidência do Ministério e, ainda que de forma não explícita, a chefia do Estado. No
entanto, a sua passagem por ambas as posições (17.6 a 9.7.1926) foi pouco menos
transitória que a do seu antecessor. Foi afastado por Carmona e Sinel de Cordes,
devido à sua incapacidade para gerir os delicados equilíbrios da nova situação: tendo
demitido Carmona e outros ministros (7.7.1926) e, perante a pressão de diversas
unidades militares, recusado recuar, foi declarado deposto. Manteve, no entanto, o
seu prestígio. Daí ter-lhe sido proposto afastar-se apenas da chefia do Governo, mas
manter-se na Presidência da República, o que recusou. Foi então preso e deportado
para os Açores (11.7.1926), para evitar que se aglomerassem descontentamentos
em torno de si. Ainda aí, Carmona fê-lo marechal - o que se repetirá com frequência
entre os ex-presidentes militares. Autorizado a regressar - o que fez (Setembro de
1927) - quando a situação foi considerada suficientemente estabilizada; e para evitar
o risco de que morresse - mártir - nos Açores. Segundo Salazar, manteve longas
conversas com ele em 1928. Faleceu pobre e desiludido.
7º C
Óscar
Carmona
1926 - 1951
António Óscar de Fragoso Carmona (Lisboa, 24 de Novembro de 1869 — Lisboa,
18 de Abril de 1951) foi um político e militar português, filho e neto de militares, e foi o
décimo primeiro Presidente da República Portuguesa (primeiro do Estado Novo).
Estudou no Colégio Militar em Lisboa.
Carmona foi um dos conspiradores do 28 de Maio 1926, assumiu o poder após o
derrube do general Gomes da Costa, como Presidente do Conselho de Ministros (9
de Julho de 1926), sendo nomeado Presidente da República em 16 de Novembro de
1926.
Foi eleito em 1928, ainda durante a Ditadura Militar, dando início ao período
denominado Ditadura Nacional, e, já na vigência da Constituição de 1933, em 1935,
1942 e 1949, não concluindo o último mandato por ter falecido no decurso do mesmo.
Óscar Carmona foi nomeado marechal do exército em 1947.
7º C
Craveiro
Lopes
1951 – 1958
Nasceu em Lisboa a 12 de Abril de 1894, e faleceu também em Lisboa a 2 de Setembro
de 1964. De 1933 a 1934 ocupa a chefia do Gabinete do governador-geral da Índia,
cargo que volta a exercer alguns meses em finais de 1936. É, em 1934, governador
interino do distrito de Damão, cargo mais tarde confirmado com as atribuições de
intendente, sendo mesmo encarregado do Governo-Geral da Índia em 1936, a título
interino, cargo que desempenha até 1938. Em 1939, como tenente-coronel, comanda a
Base Aérea de Tancos. Comandante-geral da Aeronáutica em 1941, negocia as
condições de utilização da Base Aérea dos Açores pelos Estados Unidos, após o que é
designado comandante da Base Aérea dos Açores. Em 1943, tira o curso de Altos
Comandos e é chamado para o Instituto de Altos Estudos Militares com funções
docentes. De 1944 a 1950, exerce as funções de comandante-geral da Legião
Portuguesa. De 1945 a 1949 é eleito, pelo distrito de Coimbra, representante na
Assembleia Nacional, cargo que acumula com o de comandante da Base Aérea da
Terceira. Em 1945 é promovido a brigadeiro e em 1949 a general. Em 1951 é nomeado
comandante da terceira Região Militar, cargo que acumula com as funções docentes no
Instituto de Altos Estudos Militares.
Nesse mesmo ano, pouco após a morte de Carmona, é indigitado pela União Nacional
como candidato às eleições presidenciais, sendo eleito a a 21 de Julho de 1951.
(interinamente, a presidência da república foi assumida por Salazar).
Apesar de ter sido julgado um candidato capaz de suscitar consensos, cedo viria a
revelar a sua frieza nas relações com o Presidente do Conselho e a demonstrar até, uma
certa simpatia pelos oposicionistas. Por isso mesmo, não foi proposto para um segundo
mandato presidencial.
7º C
Cavaco
Silva
2006 …
Aníbal Cavaco Silva tomou posse como 19º Presidente da República Portuguesa em 9
de Março de 2006. Fora eleito, à primeira volta, no escrutínio presidencial de 22 de
Janeiro, ao qual se apresentou com uma candidatura pessoal e independente.
Aníbal Cavaco Silva é licenciado em Finanças pelo Instituto Superior de Ciências
Económicas e Financeiras, Lisboa, e doutorado em Economia pela Universidade de
York, Reino Unido. Foi docente do ISCEF, Professor Catedrático da Faculdade de
Economia da Universidade Nova de Lisboa e, quando foi eleito Presidente da
República, era Professor Catedrático na Universidade Católica Portuguesa.
Foi investigador da Fundação Calouste Gulbenkian e dirigiu o Gabinete de Estudos do
Banco de Portugal, instituição à qual regressou posteriormente como consultor.
Exerceu o cargo de ministro das Finanças e do Plano em 1980-81, no governo do
primeiro-ministro Francisco Sá Carneiro, e foi presidente do Conselho Nacional do
Plano entre 1981 e 1984. Presidiu ao Partido Social Democrata (PSD) entre Maio de
1985 e Fevereiro de 1995.
O Presidente Cavaco Silva é Doutor Honoris Causa pelas Universidades de York
(Reino Unido), La Coruña (Espanha), Goa (Índia), León (Espanha) e Heriot-Watt
(Edimburgo, Escócia), membro da Real Academia de Ciências Morais e Políticas de
Espanha, do Clube de Madrid para a Transição e Consolidação Democrática e da
Global Leadership Foundation.

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  • 1. Mendes Cabeçadas 1926 José Mendes Cabeçadas Júnior (Loulé, 19 de Agosto de 1883 — Lisboa, 11 de Junho de 1965) foi um oficial da Armada Portuguesa, maçom e político republicano convicto, que teve um papel decisivo na preparação dos movimentos revolucionários que conduziram à criação e à extinção da Primeira República Portuguesa: a Revolução de 5 de Outubro de 1910 e o Golpe de 28 de Maio de 1926. Exerceu o cargo de 9.º Presidente da República Portuguesa (1.º da Ditadura Nacional) e de Presidente do Conselho de Ministros no breve período entre 31 de Maio de 1926 e 16 de Junho do mesmo ano. Afastado do poder pela estabilização do regime à direita e pelo salazarismo, transformou-se num feroz opositor da autocracia de Óscar Carmona e de Oliveira Salazar, conspirando em, pelo menos, duas tentativas insurreccionais (1946 e 1947). 7º C
  • 2. Manuel Teixeira Gomes 1923-1925 Nasceu a 27 de Maio de 1860, em Vila Nova de Portimão. Era filho de José Libânio Gomes e de Maria da Glória Teixeira Gomes. Aos dez anos foi enviado para o Seminário Maior de Coimbra e posteriormente matriculou-se em Medicina, na Universidade de Coimbra. Cedo desistiu do curso, contrariando a vontade do pai. Muda-se então para Lisboa, onde pertence ao círculo intelectual de Fialho de Almeida e João de Deus Republicano convicto, vem a exercer, após o 5 de Outubro de 1910, o cargo de ministro plenipotenciário de Portugal em Inglaterra. A 11 de Outubro de 1911 apresenta as suas credenciais ao rei Jorge V do Reino Unido, em Londres, onde se encontrava a família real portuguesa no exílio. Eleito Presidente da República a 6 de Agosto de 1923, viria a demitir-se das suas funções a 11 de Dezembro de 1925, num contexto de enorme perturbação política e social. A sua vontade em dedicar-se exclusivamente à obra literária, foi a sua justificação oficial para a renúncia. A 17 de Dezembro, embarca no paquete holandês «Zeus» rumo a Oran, na Argélia, num auto- exílio voluntário, sempre em oposição ao Salazarismo. Governou cerca de 2 anos. Morreu em 18 de Outubro de 1941, em Bougie, na Argélia. 7º C
  • 3. Sidónio Pais (1917-1918) Sidónio Bernardino Cardoso da Silva Pais (Caminha, 1 de Maio de 1872 - Lisboa, 14 de Dezembro de 1918) foi o quarto presidente da República Portuguesa, sendo conhecido com o Presidente-Rei. Teve ideais republicanos desde que frequentou a Universidade (altura em que a monarquia ainda vigorava). Pertenceu por um curto espaço de tempo à maçonaria, embora não fosse um membro muito activo. Depois da implantação da República, desempenhou vários cargos políticos: deputado, ministro do fomento no governo de João Chagas, Ministro das Finanças no governo de Augusto de Vasconcelos Correia, e Ministro de Portugal em Berlim, onde se estabelece até que, em 9 de Março de 1916 volta para Portugal devido ao facto de a Alemanha declarar guerra a Portugal (Primeira Guerra Mundial). A 5 de Dezembro de 1917 lidera um golpe de Estado. A 27 de Dezembro toma funções como presidente da República, indo a votos posteriormente. O mandato legitimado pelo sufrágio tem início a 9 de Maio de 1918. A 5 de Dezembro de 1918, durante a cerimónia da condecoração dos sobreviventes do NRP Augusto de Castilho, sofreu um primeiro atentado, do qual conseguiu escapar ileso; o mesmo não aconteceu dias depois, na Estação do Rossio, onde a 14 de Dezembro de 1918 foi morto a tiro por José Júlio da Costa, um militante republicano. 7º C
  • 4. Ramalho Eanes (1976-1986) Ramalho Eanes nasceu em Alcains, concelho de Castelo Branco, numa família humilde. Filho de Manuel dos Santos Eanes e Maria do Rosário Ramalho. É casado com Maria Manuela Portugal Eanes. Em 1952 decidiu seguir a carreira nas Forças Armadas, estudando tácticas militares. No exército, Ramalho Eanes segue a arma de Infantaria. Serve na Guerra Colonial onde combateu na Índia Portuguesa, Macau, Moçambique, Guiné- Bissau e Angola. Depois de demorada carreira de combatente, Eanes encontrava-se ainda em serviço em Angola aquando da revolução de 25 de Abril. Aderiu ao Movimento das Forças Armadas e, regressado a Portugal, foi director de programas e nomeado presidente do conselho de administração da RTP, até Março de 1975. Foi presidente da república durante dois mandatos (1976 - 1986). 7º C
  • 5. Bernardino Machado 1915-1917 1925-1926 Bernardino Luís Machado Guimarães (Rio de Janeiro, 28 de Março de 1851 — Famalicão, 28 de Abril de 1944) foi o terceiro e o oitavo presidente eleito da República Portuguesa. Estudou Filosofia e Matemática na Universidade de Coimbra. Teve um importante percurso como dirigente da maçonaria (na Loja "Perseverança" do Grande Oriente Lusitano). Foi presidente da República Portuguesa por duas vezes. Primeiro, de 6 de Agosto de 1915 até 5 de Dezembro de 1917, quando Sidónio Pais, à frente de uma junta militar, dissolve o Congresso e o destitui, sendo obrigado a abandonar o país. Mais tarde, em 1925, volta à presidência da República para, um ano depois, voltar a ser destituído pela revolução militar de 28 de Maio de 1926, que instruirá a Ditadura Militar e abrirá caminho à instauração do Estado Novo. 7º C
  • 6. António de Spínola 1974 António de Spínola nasceu a 11 de Abril de 1910 em Estremoz, Portugal. Estudou no Colégio Militar em Lisboa entre 1920 e 1928. Em 1939, tornou- se ajudante de campo do comando da Guarda Nacional Republicana. A 17 de Janeiro de 1974, foi nomeado vice-chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, por sugestão de Costa Gomes, cargo de que foi afastado em Março. Pouco tempo depois, mas ainda antes da Revolução dos Cravos, publica Portugal e o Futuro, onde expressa a ideia de que a solução para o problema colonial português passava por outras vias que não a continuação da guerra. A 25 de Abril de 1974, como representante do Movimento das Forças Armadas, recebeu do Presidente do Conselho de Ministros, Marcello Caetano, a rendição do Governo (que se refugiara no Quartel do Carmo). Isto permitiu-lhe assumir assim os seus poderes públicos. A 13 de Agosto de 1996, Spínola morre aos 86 anos, vítima de embolia pulmonar. 7º C
  • 7. Jorge Sampaio 1996-2006 Jorge Sampaio - de seu nome completo, Jorge Fernando Branco de Sampaio - nasceu em Lisboa, em 18 de Setembro de 1939. Desde a infância, fez estudos musicais e, por imperativo da carreira do pai, passou largo tempo nos EUA e em Inglaterra, experiência que o marcou profundamente. Frequentou os estudos secundários nos liceus Pedro Nunes e Passos Manuel. Em 1961, licenciou-se em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Na Universidade, desenvolveu uma relevante actividade académica, iniciando, assim, uma persistente acção política de oposição à Ditadura. Foi eleito Presidente da Associação Académica da Faculdade de Direito, em 1960-61. Em 1978, Jorge Sampaio adere ao partido Socialista. Em 1979, é eleito deputado à Assembleia da República, pelo círculo de Lisboa, e passa a integrar o Secretariado Nacional do PS. No ano de 1989, é eleito Secretário-Geral do Partido Socialista, cargo que exerce até 1991, e é designado, pela Assembleia da República, como membro do Conselho de Estado. Em 1989, decide concorrer à presidência da Câmara Municipal de Lisboa, cargo para o qual é, então, eleito e depois reeleito, em 1993. Em 1995, Jorge Sampaio apresenta a sua candidatura às eleições presidenciais. Em 14 de Janeiro de 1996, é eleito, à primeira volta. Foi investido no cargo de Presidente da República, no dia 9 de Março de 1996, prestando juramento solene. Cumpriu o seu primeiro mandato exercendo uma magistratura de iniciativa na linha do seu compromisso eleitoral. Apresentou-se de novo e voltou a ser eleito à primeira volta, em 14 de Janeiro de 2001, para um novo mandato. 7º C
  • 8. Teófilo Braga 1910-1911 (Provisório) 1915 Nasceu a 24 de Fevereiro de 1843, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, no arquipélago dos Açores, filho de Joaquim Manuel Fernandes Braga, oficial do exército miguelista e posteriormente professor de Matemática e Filosofia, e de D. Maria José da Câmara Albuquerque, ambos descendentes de aristocratas, o primeiro descendente presumível de D. João V e a segunda talvez de D. Afonso III. A mãe morre, quando Teófilo tinha 3 anos de idade, e a sua morte e a má relação futura com a madrasta, com quem seu pai casa dois anos depois, vão marcar decisivamente o seu temperamento fechado e agreste. Por decreto publicado no Diário do Governo de 6 de Outubro do mesmo ano é nomeado presidente do Governo Provisório da República Portuguesa saído da Revolução de 5 de Outubro de 1910. Naquelas funções foi de facto chefe de Estado, já que o primeiro Presidente da República Portuguesa, Manuel de Arriaga, apenas foi eleito a 24 de Agosto de 1911. Presidente da República em substituição de Manuel de Arriaga; exerceu o cargo no período compreendido entre 29 de Maio de 1915 e 4 de Agosto do mesmo ano. O seu Partido era o Partido Democrático, como profissão era político e escritor. A sua morte surgiu a 29 de Janeiro de 1924. 7º C
  • 9. João Canto e Castro 1918-1919 (governou apenas 294 dias) Nasceu em Lisboa, filho do general José Ricardo da Costa Silva Antunes e de D. Maria da Conceição do Canto e Castro Mascarenhas Valdez. Apesar de sempre se ter declarado como monárquico, em meados de 1913, é-lhe atribuído o comando do cruzador Adamastor, que foi buscar a Macau. A viagem constituiu uma verdadeira epopeia. Lisboa a Paris por caminho-de-ferro. Da França à Rússia, atravessando a Alemanha, utilizando o transiberiano, visitando, nomeadamente Petrogrado e Moscovo. Atravessa a China, última etapa antes de chegar a Macau. Na ida encontra-se com Sidónio Pais, em Berlim. Na volta recebe a bordo, em cerimónia oficial, Bernardino Machado, embaixador no Brasil. João do Canto e Castro Silva Antunes é eleito Presidente da República Portuguesa na sessão do Congresso de 16 de Dezembro de 1918, segundo os princípios parlamentares estabelecidos pela Constituição de 1911. Durante o período presidencial, Canto e Castro não teve tarefa fácil. A agitação política e social, herdada do sidonismo, não abrandou, muito antes pelo contrário. No mês de Janeiro de 1919, as forças monárquicas chefiadas por Paiva Couceiro vão proclamar o regresso do regime monárquico, no Porto e em Lisboa. O núcleo de Monsanto é desbaratado em poucos dias, mas a "monarquia do Norte" só será vencida cerca de um mês depois. 7º C
  • 10. 1911-1915 Nasceu em 8 de Julho de 1840, na cidade da Horta. Na Universidade de Coimbra, onde se formou em Leis, cedo manifestou simpatia pelas ideias republicanas, o que provocou um conflito insanável com o pai, que o deserdou e lhe deixou de custear os estudos. Para sobreviver e pagar a Faculdade, teve então de dar aulas de Inglês no liceu. Filiado no Partido Republicano, foi eleito por quatro vezes deputado pelo círculo da Madeira. Em 1890, foi preso em consequência das manifestações patrióticas de 11 de Fevereiro, relativas ao Ultimato Inglês. Em 1891, aquando da revolta de 31 de Janeiro, já fazia parte do directório daquele Partido, em conjunto com Jacinto Nunes, Azevedo e Silva, Bernardino Pinheiro, Teófilo Braga e Francisco Homem Cristo. Nos últimos anos da monarquia, sofre um certo apagamento, dado que o movimento republicano tinha chegado, entretanto, à conclusão que a substituição do regime monárquico não seria levada a cabo por uma forma pacífica. Os republicanos doutrinários são, então, substituídos pelos homens de acção que irão fazer a ligação à Maçonaria e à Carbonária. Depois da proclamação do regime republicano foi então chamado a desempenhar as funções de Procurador da República. A 24 de Agosto de 1911 tornou-se no primeiro presidente eleito da República Portuguesa, sucedendo na chefia do Estado ao Governo Provisório presidido por Teófilo Braga. Exerceu aquelas funções até 26 de Maio de 1915, data em que foi obrigado a demitir-se, sendo substituído no cargo pelo mesmo Teófilo Braga, que como substituto completou o tempo restante do mandato O Presidente é obrigado a resignar, saindo do Palácio de Belém escoltado por forças da Guarda Republicana. 7º C
  • 11. Mário Soares 1986 - 1996 Mário Soares nasceu em Lisboa, a 7 de Dezembro de 1924. As acções políticas que encetou contra o Estado Novo desde os tempos de estudante da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, tiveram como consequência ter sido preso 13 vezes pela PIDE e ainda ter sofrido, em 1968, uma deportação para São Tomé. Tendo concluído, em 1951, a licenciatura em Ciências Histórico-Filosóficas iniciou, na mesma Universidade, o Curso de Direito, tendo-o concluído em 1957. Como advogado, defendeu, em tribunais plenários, inúmeros opositores ao regime. Devido às constantes perseguições que a polícia política lhe fazia, viu-se obrigado, em 1971, a refugiar-se em Paris. Foi um dos fundadores, em 1973, do Partido Socialista, do qual foi o primeiro secretário-geral. Regressou a Lisboa em 1974, logo após o derrube do regime, tendo sido chamado a desempenhar as funções de Ministro dos Negócios Estrangeiros, no âmbito das quais desenvolveu negociações conducentes à independência das colónias portuguesas. A 26.1.1986 na 1.ª volta das eleições presidenciais Mário Soares obtém 25,43%, face aos 46,31% de Freitas do Amaral, 20,88% de Salgado Zenha e 7,38% de Lurdes Pintassilgo. Mário Soares é eleito (51,18%) à 2.ª volta a 16.2.1986, derrotando Freitas do Amaral (48,82%). Foi reeleito a 13.1.1991 (70,35%). Os candidatos derrotados foram Basílio Horta (14,16%), Carlos Carvalhas (12,92%), e Carlos Marques (2,57%). Foi Presidente da República de 9 de Março de 1986 a 9 de Março de 1996. 7º C
  • 12. Américo Tomás 1958 - 1974 Nasceu em Lisboa, a 19 de Novembro de 1894, e faleceu a 18 de Setembro de 1987, em Cascais. É nomeado, em 1958, como candidato pela União Nacional, para disputar as eleições contra o general Humberto Delgado, candidato da oposição, já que Arlindo Vicente, candidato pelo PCP, tinha desistido no seguimento do "Pacto de Cacilhas". A 8 de Junho de 1958, enquanto decorre o acto eleitoral, é publicado um decreto-lei proibindo a oposição de inspeccionar o funcionamento das assembleias de voto. Os números oficiais fornecidos pelo Governo dão apenas 24% no Continente e Ilhas, 31,7% em Angola e 30% em Moçambique ao general Delgado. Os totais oficiais apurados deram cerca de 75% dos votos expressos a Américo Tomás e 25% ao general Humberto Delgado, o que corresponde a 758 998 votos e 236 528 votos, respectivamente, para cada um dos candidatos. É eleito o candidato da União Nacional, Américo Tomás. A 29 de Agosto de 1959 é alterado o texto constitucional, através da Lei n.º 2100. A Lei prevê que o supremo magistrado da Nação passe a ser eleito por um colégio eleitoral restrito de 602 membros. Esses membros são os deputados da Assembleia Nacional, membros da Câmara Corporativa, representantes das estruturas administrativas dos territórios ultramarinos e representantes das câmaras municipais. O Colégio Eleitoral é o resultado das eleições de 1958. Foi criado para evitar situações problemáticas para o regime, como a hipótese de vir a ser eleito um candidato da oposição. Américo Tomás será reeleito para o cargo, em 1965 e 1972, por colégio eleitoral. Ocupará o cargo de 9 de Agosto de 1958 até 25 de Abril de 1974, altura em que é demitido. 7º C
  • 13. Francisco da Costa Gomes 1974/1976 Nasceu em Chaves a 30 de Junho de 1914, tendo falecido em 31 de Julho de 2001. Em 1970, exerceu as funções de comandante da Região Militar de Angola, onde procedeu à remodelação do comando-chefe e é o impulsionador da ideia de entendimento militar com a UNITA (União para a Independência Total de Angola), entendimento este quebrado em 1972, por erros não imputáveis ao seu comando. É nomeado para exercer o cargo de chefe do Estado-Maior das Forças Armadas a 12 de Setembro de 1972, em substituição do general Venâncio Deslandes. É exonerado do cargo em Março de 1974, pouco antes do 25 de Abril, por se ter recusado à prestação de lealdade ao governo de Marcelo Caetano. Foi um dos sete militares que compuseram a Junta de Salvação Nacional, em Abril de 1974, após o golpe de estado que derrubou o regime do Estado Novo. De 25 de Abril a 30 de Setembro de 1974 exerceu as funções de chefe do Estado- Maior General das Forças Armadas com prerrogativas de primeiro-ministro. Assume a Presidência da República por indicação da Junta de Salvação Nacional, devido à demissão do general Spínola a 30 de Setembro de 1974. Ocupará o cargo de Presidente da República até 27 de Junho de 1976, altura em que se realizaram as eleições que levaram à Suprema Magistratura da Nação o general Ramalho Eanes. 7º C
  • 14. António José de Almeida 1919 - 1923 Nasceu a 27 de Julho de 1866, em Vale da Vinha, concelho de Penacova. Faleceu em Lisboa em 31 de Outubro de 1929. Estudou em Coimbra e formou-se em Medicina, em 1895, pela Universidade daquela cidade com a classificação de distinto com 15 valores. Apesar dos resultados obtidos, deparou com a proibição de exercer o magistério, devido ao lente da Faculdade, Lopes Vieira, já ter proposto ao Conselho daquele estabelecimento de ensino que o estudante António José fosse impedido de o fazer. A denúncia do conservadorismo dos professores, publicada nas 200 páginas da Desforra, não conseguiu alterar a decisão. A sua actividade política começa cedo, ainda na Faculdade Em 1907, filia-se na Maçonaria, ficando a pertencer à Loja "Montanha"; É preso em 26 de Janeiro de 1908, dias antes do atentado à família real; Participa no Congresso Republicano de 1909, sendo nomeado para o Comité Civil, tendo em vista mobilizar as forças republicanas para a rebelião armada; Funda e dirige a revista Alma Nacional, que nas vésperas da revolução republicana, vai desempenhar um papel importante na informação às camadas populares interessadas na mudança do regime. Após os acontecimentos de 5 de Outubro de 1910 a sua actividade política intensifica-se: Ministro do Interior do Governo Provisório; Funda e dirige o jornal República, em Janeiro de 1911; Separa-se do Partido Republicano e funda o Partido Evolucionista, em 24 de Fevereiro de 1912; Apoia no Congresso a participação de Portugal na guerra de 1914-18, a convite da Inglaterra; Preside ao governo da "União Sagrada" em Março de 1916, durante o período da Grande Guerra, acumulando com a pasta de ministro das Colónias, reconciliando-se com o Partido Democrático de Afonso Costa; Eleito Presidente da República em 6 de Agosto de 1919. 7º C
  • 15. Gomes da Costa 1926 - 1926 Nasceu em Lisboa, a 14 de Janeiro de 1863. Morreu em 17 de Dezembro de 1929. Oficial de cavalaria. Seu pai foi oficial subalterno de modesta origem camponesa. Tendo, por isso, tomado para si as palavras de um marechal de Napoleão: "O antepassado sou eu!" Foi comandante da lª divisão do CEP (Corpo Expedicionário Português Em Junho de 1926 marcha de Braga para Lisboa, onde entra triunfalmente, a cavalo, à frente das forças revoltosas. Afasta Mendes Cabeçadas, assume deste a presidência do Ministério e, ainda que de forma não explícita, a chefia do Estado. No entanto, a sua passagem por ambas as posições (17.6 a 9.7.1926) foi pouco menos transitória que a do seu antecessor. Foi afastado por Carmona e Sinel de Cordes, devido à sua incapacidade para gerir os delicados equilíbrios da nova situação: tendo demitido Carmona e outros ministros (7.7.1926) e, perante a pressão de diversas unidades militares, recusado recuar, foi declarado deposto. Manteve, no entanto, o seu prestígio. Daí ter-lhe sido proposto afastar-se apenas da chefia do Governo, mas manter-se na Presidência da República, o que recusou. Foi então preso e deportado para os Açores (11.7.1926), para evitar que se aglomerassem descontentamentos em torno de si. Ainda aí, Carmona fê-lo marechal - o que se repetirá com frequência entre os ex-presidentes militares. Autorizado a regressar - o que fez (Setembro de 1927) - quando a situação foi considerada suficientemente estabilizada; e para evitar o risco de que morresse - mártir - nos Açores. Segundo Salazar, manteve longas conversas com ele em 1928. Faleceu pobre e desiludido. 7º C
  • 16. Óscar Carmona 1926 - 1951 António Óscar de Fragoso Carmona (Lisboa, 24 de Novembro de 1869 — Lisboa, 18 de Abril de 1951) foi um político e militar português, filho e neto de militares, e foi o décimo primeiro Presidente da República Portuguesa (primeiro do Estado Novo). Estudou no Colégio Militar em Lisboa. Carmona foi um dos conspiradores do 28 de Maio 1926, assumiu o poder após o derrube do general Gomes da Costa, como Presidente do Conselho de Ministros (9 de Julho de 1926), sendo nomeado Presidente da República em 16 de Novembro de 1926. Foi eleito em 1928, ainda durante a Ditadura Militar, dando início ao período denominado Ditadura Nacional, e, já na vigência da Constituição de 1933, em 1935, 1942 e 1949, não concluindo o último mandato por ter falecido no decurso do mesmo. Óscar Carmona foi nomeado marechal do exército em 1947. 7º C
  • 17. Craveiro Lopes 1951 – 1958 Nasceu em Lisboa a 12 de Abril de 1894, e faleceu também em Lisboa a 2 de Setembro de 1964. De 1933 a 1934 ocupa a chefia do Gabinete do governador-geral da Índia, cargo que volta a exercer alguns meses em finais de 1936. É, em 1934, governador interino do distrito de Damão, cargo mais tarde confirmado com as atribuições de intendente, sendo mesmo encarregado do Governo-Geral da Índia em 1936, a título interino, cargo que desempenha até 1938. Em 1939, como tenente-coronel, comanda a Base Aérea de Tancos. Comandante-geral da Aeronáutica em 1941, negocia as condições de utilização da Base Aérea dos Açores pelos Estados Unidos, após o que é designado comandante da Base Aérea dos Açores. Em 1943, tira o curso de Altos Comandos e é chamado para o Instituto de Altos Estudos Militares com funções docentes. De 1944 a 1950, exerce as funções de comandante-geral da Legião Portuguesa. De 1945 a 1949 é eleito, pelo distrito de Coimbra, representante na Assembleia Nacional, cargo que acumula com o de comandante da Base Aérea da Terceira. Em 1945 é promovido a brigadeiro e em 1949 a general. Em 1951 é nomeado comandante da terceira Região Militar, cargo que acumula com as funções docentes no Instituto de Altos Estudos Militares. Nesse mesmo ano, pouco após a morte de Carmona, é indigitado pela União Nacional como candidato às eleições presidenciais, sendo eleito a a 21 de Julho de 1951. (interinamente, a presidência da república foi assumida por Salazar). Apesar de ter sido julgado um candidato capaz de suscitar consensos, cedo viria a revelar a sua frieza nas relações com o Presidente do Conselho e a demonstrar até, uma certa simpatia pelos oposicionistas. Por isso mesmo, não foi proposto para um segundo mandato presidencial. 7º C
  • 18. Cavaco Silva 2006 … Aníbal Cavaco Silva tomou posse como 19º Presidente da República Portuguesa em 9 de Março de 2006. Fora eleito, à primeira volta, no escrutínio presidencial de 22 de Janeiro, ao qual se apresentou com uma candidatura pessoal e independente. Aníbal Cavaco Silva é licenciado em Finanças pelo Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras, Lisboa, e doutorado em Economia pela Universidade de York, Reino Unido. Foi docente do ISCEF, Professor Catedrático da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa e, quando foi eleito Presidente da República, era Professor Catedrático na Universidade Católica Portuguesa. Foi investigador da Fundação Calouste Gulbenkian e dirigiu o Gabinete de Estudos do Banco de Portugal, instituição à qual regressou posteriormente como consultor. Exerceu o cargo de ministro das Finanças e do Plano em 1980-81, no governo do primeiro-ministro Francisco Sá Carneiro, e foi presidente do Conselho Nacional do Plano entre 1981 e 1984. Presidiu ao Partido Social Democrata (PSD) entre Maio de 1985 e Fevereiro de 1995. O Presidente Cavaco Silva é Doutor Honoris Causa pelas Universidades de York (Reino Unido), La Coruña (Espanha), Goa (Índia), León (Espanha) e Heriot-Watt (Edimburgo, Escócia), membro da Real Academia de Ciências Morais e Políticas de Espanha, do Clube de Madrid para a Transição e Consolidação Democrática e da Global Leadership Foundation.