SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 10
Ideias que se opõe ao uso dos computadores na educação




Nome: Amanda Séllos Rodrigues
CB3
Baseando – se na frase “Estudantes que não dominam os computadores não
acompanharão seus colegas.” Diz-se:

“Este padrão aplica-se principalmente ao uso de computadores por crianças em
casa. Devemos considerar aqui dois casos: eles são usados na escola, e aí não
há necessidade de instalá-los em casa, ou eles não são usados na escola. Nesse
caso, é necessário considerar se professores estão exigindo algo que somente
alunos que têm computador em casa podem fazer, por exemplo entregar uma
composição necessariamente impressa em um editor de textos, ou procurar
alguma informação através da Internet. Nestes e em casos semelhantes, o
professor deveria ser advertido de que não é justo descriminar estudantes que
não podem ter acesso a um computador. Além disso, se um pai considera que
sua criança não deveria usar computadores, como estamos tentando mostrar
aqui, ele ou ela deveria procurar uma escola que não os emprega no processo
educacional (pelo menos no nível elementar) e não requer seu usa em casa.
Estamos cientes que isso será cada vez mais difícil; deveríamos lutar pela
existência de escolas alternativas, no caso as que não são a favor do emprego
de computadores no ensino antes do nível médio (ex-2 grau, ou colegial), como
exporemos adiante”
Baseando – se na frase “Computadores melhoram o rendimento dos estudantes”.
Diz-se:

“Suponhamos que esse padrão esteja correto. Nesse caso, dever-se-ia perguntar:
qual tipo de rendimento será melhorado com o uso de computadores na educação?
É possível que os estudantes tirem melhores notas em testes de múltipla escolha
em Matemática, mas isso é um sinal bom ou mau? O necessário pensamento
lógico exercido enquanto se utiliza um computador em qualquer uso (note-se que
ele é uma máquina abstrata, matemática, logico-simbólica) pode melhorar
precisamente o pensamento lógico-simbólico. Duvidamos que ele melhore outros
tipos de pensamentos matemáticos, e qualquer outro tipo não-matemático. De fato,
o espaço de trabalho apresentado pelos computadores é absolutamente bem-
definido. Consideramos que criatividade real não acontece em espaços bem-
definidos, mas em mal-definidos, tais como os envolvidos em artesanato, atividade
artística, humanidades e interação social. Conjecturamos que o desenvolvimento
do pensamento lógico-simbólico forçado pelos computadores acaba por impedir
uma criatividade real, em áreas não-lógicas e não-simbólico-formais.”
Baseando – se na frase “Computadores podem ser usados para tornar as
crianças mais conscientes do seu próprio processo de pensamento.” Diz-se:

“Se os computadores podem tornar crianças mais conscientes de seu próprio
processo de pensar, isso significa que essas crianças são forçadas a se
comportarem conscientemente como adultos. Crianças não deveriam ter o mesmo
grau de consciência que adultos. No brasil, a maturidade adulta legal é ainda de
21 anos (há projeto de lei mudando esse limite para 18 anos). Uma antiga
sabedoria intuitiva é revelada nessa idade de 21 anos: leva muito tempo para uma
pessoa jovem tornar-se plenamente consciente de seus atos, podendo então
atribuir-se-lhe liberdade e responsabilidade. Auto-consciência somente é exercida
através do pensar, de modo que os computadores estariam fazendo aqui uma
contribuição para a eliminação da infância e juventude.”
Baseando-se na frase “Computadores desenvolvem autocontrole.” Diz-se:

  “Cremos que, muito mais freqüente que o desenvolvimento de auto-controle,
computadores induzem indisciplina. Vamos fazer aqui uma comparação
simples. Ao escrever uma carta à mão, ou bantedo-a em uma antiga máquina
de escrever, uma pessoa deve exercer uma tremenda disciplina mental. De
fato, as possibilidades de fazer correções são nesses casos extremamente
limitadas; uma bonita disposição nas páginas somente é obtida através de
observação e controle de como as palavras e linhas são escritas. Compare-se
agora com o uso de um editor de texto. O usuário quase não tem que prestar
atenção, por que ele poderá alterar qualquer coisa, mover parágrafos ou
frases, e obter uma impressão estética somente com a escolha de comandos
e ícones corretos. Ele nem necessita mais prestar atenção à ortografia e à
gramática, pois corretores automáticos detectarão a maior parte dos erros,
sugerindo correções. O resultado dessa falta de necessidade de prestar
atenção é, em nossa opinião, um convite ao exercício de indisciplina. De fato,
relativamente poucas pessoas querem ser disciplinadas, e se possível não se
comportam dessa maneira. Essa situação é ainda mais típica quando se
desenvolve um programa. Muito poucos programadores usam uma
metodologia rigorosa que impõe alguma disciplina no projeto e na
programação: o computador não requer essa disciplina. O resultado é que
quase todos os programas são verdadeiros mistérios: o "problema do ano 2000"
advém justamente dessa falta de disciplina. Se os programadores tivessem
documentado decentemente os seus programas, e escolhido nomes apropriados
para as variáveis contendo datas, as alterações para corrigir o problema seriam
bem localizadas e muito simples. O problema é descobrir quais variáveis contêm
datas. Além disso, a economia de 2 bytes (ou mesmo nenhum, dependendo do
formato usado para as datas) em cada variável que continha um ano era uma
típica otimização de espaço mal colocada. Tudo isso é devido a uma característica
essencial dos computadores: é possível desenvolver produtos de software de
maneira ruim que funcionam relativamente bem. Os problemas surgem quando
esses produtos têm que ser corrigidos ou alterados.”
“ ...é ridículo achar que o que uma criança aprende hoje de informática será
útil quando ela for adulta: há 5 anos praticamente não existia a WWW; não se
pode prever como serão os sistemas de software e os computadores daqui a 5
anos.”
“É impossível usar um computador sem dar à máquina comandos para que ela
efetue as ações que se deseja, e a execução é determinista, sempre a mesma.
Esses comandos constituem uma linguagem formal, lógico-simbólica. Cada
comando dado à máquina (como por exemplo acionando o ícone de alinhar um
parágrafo verticalmente) produz a execução de ações matemáticas - de fato, o
computador é uma máquina matemática, trabalhando em um espaço puramente
mental (tudo o que ela faz foi pensado matematicamente e seu funcionamento
transcende os materiais físicos que a compõem). Assim, ao dar-se comandos para
o computador, deve-se exercer um raciocínio que na essência é matemático (mais
precisamente, algorítmico) através de uma linguagem lógico-simbólica.
Ora, esse raciocínio e essa linguagem não são próprios de crianças; é desejável
que qualquer adulto possa executá-los, mas forçá-los em crianças é fazer com
que estas comportem-se como adultos, e adquiram atitudes e pensamentos de
adultos.”
“ Criança deve ser sempre infantil; o roubo, mesmo que parcial, de sua
infância, provocará mais tarde transtornos psicológicos e sociais talvez
irreparáveis. Em particular, tememos por uma futura admiração ou adoração
pelas máquinas, e a idéia de que as estas são melhores do que os seres
humanos e, estes, máquinas imperfeitas. Os horrores sociais deste século,
como o nazismo, o stalinismo, o pol-potismo e outros serão fichinha perto do
que esses futuros adultos farão com seus semelhantes - afinal, máquinas não
têm moral. ”
REFERÊNCIAS:

• http://www.ime.usp.br/~vwsetzer/argsport.html
• http://www.ime.usp.br/~vwsetzer/crime.html

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Márcia Paulina de Oliveira Pereira Miranda
Márcia Paulina de Oliveira Pereira MirandaMárcia Paulina de Oliveira Pereira Miranda
Márcia Paulina de Oliveira Pereira Miranda
marciapop
 
Argumentos de um Tecnófobo
Argumentos de um TecnófoboArgumentos de um Tecnófobo
Argumentos de um Tecnófobo
kaiqueesouza
 
Débora lucília dos santos vieira
Débora lucília dos santos vieiraDébora lucília dos santos vieira
Débora lucília dos santos vieira
Debora_Vieira
 
Resenha tics - André
Resenha tics - AndréResenha tics - André
Resenha tics - André
André Guimar
 
Atividade3 matheushenriquevelozogonçalves
Atividade3 matheushenriquevelozogonçalvesAtividade3 matheushenriquevelozogonçalves
Atividade3 matheushenriquevelozogonçalves
Mavelozo
 

Mais procurados (19)

Atividade3gustavoantonionoronhadelima
Atividade3gustavoantonionoronhadelimaAtividade3gustavoantonionoronhadelima
Atividade3gustavoantonionoronhadelima
 
Márcia Paulina de Oliveira Pereira Miranda
Márcia Paulina de Oliveira Pereira MirandaMárcia Paulina de Oliveira Pereira Miranda
Márcia Paulina de Oliveira Pereira Miranda
 
Pontifícia universidade católica_de_minas_gerais
Pontifícia universidade católica_de_minas_geraisPontifícia universidade católica_de_minas_gerais
Pontifícia universidade católica_de_minas_gerais
 
Argumentos de um Tecnófobo
Argumentos de um TecnófoboArgumentos de um Tecnófobo
Argumentos de um Tecnófobo
 
Atividade04.pp.camila soares dutra elias
Atividade04.pp.camila soares dutra eliasAtividade04.pp.camila soares dutra elias
Atividade04.pp.camila soares dutra elias
 
Computador na educação
Computador na educaçãoComputador na educação
Computador na educação
 
Débora lucília dos santos vieira
Débora lucília dos santos vieiraDébora lucília dos santos vieira
Débora lucília dos santos vieira
 
Atividade6lailaribeirosilva
Atividade6lailaribeirosilvaAtividade6lailaribeirosilva
Atividade6lailaribeirosilva
 
Tecnófobos
TecnófobosTecnófobos
Tecnófobos
 
WebQuest - Tecnófobos -Computadores na Educação Básica: sim ou não?
WebQuest - Tecnófobos -Computadores na Educação Básica: sim ou não?WebQuest - Tecnófobos -Computadores na Educação Básica: sim ou não?
WebQuest - Tecnófobos -Computadores na Educação Básica: sim ou não?
 
Resenha tics - André
Resenha tics - AndréResenha tics - André
Resenha tics - André
 
O uso Pedagógico da Sala de Informática da Escola
O uso Pedagógico da Sala de Informática da EscolaO uso Pedagógico da Sala de Informática da Escola
O uso Pedagógico da Sala de Informática da Escola
 
Atividade3 matheushenriquevelozogonçalves
Atividade3 matheushenriquevelozogonçalvesAtividade3 matheushenriquevelozogonçalves
Atividade3 matheushenriquevelozogonçalves
 
Tic
Tic Tic
Tic
 
Técnicas e práticas educativas - Tecnófobo
Técnicas e práticas educativas - TecnófoboTécnicas e práticas educativas - Tecnófobo
Técnicas e práticas educativas - Tecnófobo
 
Computadores na educação básica? NÃO
Computadores na educação básica?NÃOComputadores na educação básica?NÃO
Computadores na educação básica? NÃO
 
Reflexao final
Reflexao finalReflexao final
Reflexao final
 
Apresentação joao costa
Apresentação joao costaApresentação joao costa
Apresentação joao costa
 
Mayer o pesquisador interplanetario convergente
Mayer o pesquisador interplanetario convergenteMayer o pesquisador interplanetario convergente
Mayer o pesquisador interplanetario convergente
 

Semelhante a Ideias que se opõe ao uso dos computadores na educação.

Puc tp 1 - tecnófobos
Puc tp 1 - tecnófobos Puc tp 1 - tecnófobos
Puc tp 1 - tecnófobos
gersonos
 
Informática na educação
Informática na educaçãoInformática na educação
Informática na educação
Daniborges22
 
Educação e tecnologia
Educação e tecnologiaEducação e tecnologia
Educação e tecnologia
2801992
 
Analise dos diferentes tipos de software
Analise dos diferentes tipos de softwareAnalise dos diferentes tipos de software
Analise dos diferentes tipos de software
Ana Pierina
 
Analise dos diferentes tipos de software
Analise dos diferentes tipos de softwareAnalise dos diferentes tipos de software
Analise dos diferentes tipos de software
Ana Pierina
 
Informatica e educação matematica
Informatica e educação matematicaInformatica e educação matematica
Informatica e educação matematica
Tayana Grego
 
Informática na educação infantil
Informática na educação infantilInformática na educação infantil
Informática na educação infantil
Claudinéia da Silva
 
Ihc about face
Ihc about faceIhc about face
Ihc about face
Marlon Ph
 
Iv diferentes usos do computador na educação
Iv diferentes usos do computador na educaçãoIv diferentes usos do computador na educação
Iv diferentes usos do computador na educação
jhecioosaki
 
Aval de software educativo
Aval  de software educativoAval  de software educativo
Aval de software educativo
verpaguiar
 
Unidade 1 - Curso Introdução à Educação Digital
Unidade 1 - Curso Introdução à Educação DigitalUnidade 1 - Curso Introdução à Educação Digital
Unidade 1 - Curso Introdução à Educação Digital
Ana Lúcia Lemes Nunes Silva
 

Semelhante a Ideias que se opõe ao uso dos computadores na educação. (20)

Uma faca de dois gumes
Uma faca de dois gumesUma faca de dois gumes
Uma faca de dois gumes
 
Informática na educação
Informática na educaçãoInformática na educação
Informática na educação
 
Puc tp 1 - tecnófobos
Puc tp 1 - tecnófobos Puc tp 1 - tecnófobos
Puc tp 1 - tecnófobos
 
Informática na educação
Informática na educaçãoInformática na educação
Informática na educação
 
Apresentação Amanda Martins
Apresentação Amanda MartinsApresentação Amanda Martins
Apresentação Amanda Martins
 
Educação e tecnologia
Educação e tecnologiaEducação e tecnologia
Educação e tecnologia
 
aTividade3gustavosantos
aTividade3gustavosantosaTividade3gustavosantos
aTividade3gustavosantos
 
Analise dos diferentes tipos de software
Analise dos diferentes tipos de softwareAnalise dos diferentes tipos de software
Analise dos diferentes tipos de software
 
Analise dos diferentes tipos de software
Analise dos diferentes tipos de softwareAnalise dos diferentes tipos de software
Analise dos diferentes tipos de software
 
Atividade3 brunabarrosomesquita
Atividade3 brunabarrosomesquitaAtividade3 brunabarrosomesquita
Atividade3 brunabarrosomesquita
 
Informatica e educação matematica
Informatica e educação matematicaInformatica e educação matematica
Informatica e educação matematica
 
Informática na educação infantil
Informática na educação infantilInformática na educação infantil
Informática na educação infantil
 
Informática na educação infantil
Informática na educação infantilInformática na educação infantil
Informática na educação infantil
 
Ihc about face
Ihc about faceIhc about face
Ihc about face
 
Tecnologias Educativas II
Tecnologias Educativas II Tecnologias Educativas II
Tecnologias Educativas II
 
Tecnologias Educativas - Familia em Rede
Tecnologias Educativas - Familia em RedeTecnologias Educativas - Familia em Rede
Tecnologias Educativas - Familia em Rede
 
Iv diferentes usos do computador na educação
Iv diferentes usos do computador na educaçãoIv diferentes usos do computador na educação
Iv diferentes usos do computador na educação
 
Aval de software educativo
Aval  de software educativoAval  de software educativo
Aval de software educativo
 
Unidade 1 - Curso Introdução à Educação Digital
Unidade 1 - Curso Introdução à Educação DigitalUnidade 1 - Curso Introdução à Educação Digital
Unidade 1 - Curso Introdução à Educação Digital
 
Webquest: Pesquisa interdisciplinar -Matemática e Informática
Webquest: Pesquisa interdisciplinar -Matemática e InformáticaWebquest: Pesquisa interdisciplinar -Matemática e Informática
Webquest: Pesquisa interdisciplinar -Matemática e Informática
 

Último

19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
marlene54545
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
AntonioVieira539017
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
LeloIurk1
 
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptxSlide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
edelon1
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
TailsonSantos1
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
LeloIurk1
 
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdfGEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
RavenaSales1
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
WagnerCamposCEA
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
FabianeMartins35
 

Último (20)

Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptxSeminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
 
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
 
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfPROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
 
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptxSlide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
 
Projeto Nós propomos! Sertã, 2024 - Chupetas Eletrónicas.pptx
Projeto Nós propomos! Sertã, 2024 - Chupetas Eletrónicas.pptxProjeto Nós propomos! Sertã, 2024 - Chupetas Eletrónicas.pptx
Projeto Nós propomos! Sertã, 2024 - Chupetas Eletrónicas.pptx
 
Antero de Quental, sua vida e sua escrita
Antero de Quental, sua vida e sua escritaAntero de Quental, sua vida e sua escrita
Antero de Quental, sua vida e sua escrita
 
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdfGEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
 

Ideias que se opõe ao uso dos computadores na educação.

  • 1. Ideias que se opõe ao uso dos computadores na educação Nome: Amanda Séllos Rodrigues CB3
  • 2. Baseando – se na frase “Estudantes que não dominam os computadores não acompanharão seus colegas.” Diz-se: “Este padrão aplica-se principalmente ao uso de computadores por crianças em casa. Devemos considerar aqui dois casos: eles são usados na escola, e aí não há necessidade de instalá-los em casa, ou eles não são usados na escola. Nesse caso, é necessário considerar se professores estão exigindo algo que somente alunos que têm computador em casa podem fazer, por exemplo entregar uma composição necessariamente impressa em um editor de textos, ou procurar alguma informação através da Internet. Nestes e em casos semelhantes, o professor deveria ser advertido de que não é justo descriminar estudantes que não podem ter acesso a um computador. Além disso, se um pai considera que sua criança não deveria usar computadores, como estamos tentando mostrar aqui, ele ou ela deveria procurar uma escola que não os emprega no processo educacional (pelo menos no nível elementar) e não requer seu usa em casa. Estamos cientes que isso será cada vez mais difícil; deveríamos lutar pela existência de escolas alternativas, no caso as que não são a favor do emprego de computadores no ensino antes do nível médio (ex-2 grau, ou colegial), como exporemos adiante”
  • 3. Baseando – se na frase “Computadores melhoram o rendimento dos estudantes”. Diz-se: “Suponhamos que esse padrão esteja correto. Nesse caso, dever-se-ia perguntar: qual tipo de rendimento será melhorado com o uso de computadores na educação? É possível que os estudantes tirem melhores notas em testes de múltipla escolha em Matemática, mas isso é um sinal bom ou mau? O necessário pensamento lógico exercido enquanto se utiliza um computador em qualquer uso (note-se que ele é uma máquina abstrata, matemática, logico-simbólica) pode melhorar precisamente o pensamento lógico-simbólico. Duvidamos que ele melhore outros tipos de pensamentos matemáticos, e qualquer outro tipo não-matemático. De fato, o espaço de trabalho apresentado pelos computadores é absolutamente bem- definido. Consideramos que criatividade real não acontece em espaços bem- definidos, mas em mal-definidos, tais como os envolvidos em artesanato, atividade artística, humanidades e interação social. Conjecturamos que o desenvolvimento do pensamento lógico-simbólico forçado pelos computadores acaba por impedir uma criatividade real, em áreas não-lógicas e não-simbólico-formais.”
  • 4. Baseando – se na frase “Computadores podem ser usados para tornar as crianças mais conscientes do seu próprio processo de pensamento.” Diz-se: “Se os computadores podem tornar crianças mais conscientes de seu próprio processo de pensar, isso significa que essas crianças são forçadas a se comportarem conscientemente como adultos. Crianças não deveriam ter o mesmo grau de consciência que adultos. No brasil, a maturidade adulta legal é ainda de 21 anos (há projeto de lei mudando esse limite para 18 anos). Uma antiga sabedoria intuitiva é revelada nessa idade de 21 anos: leva muito tempo para uma pessoa jovem tornar-se plenamente consciente de seus atos, podendo então atribuir-se-lhe liberdade e responsabilidade. Auto-consciência somente é exercida através do pensar, de modo que os computadores estariam fazendo aqui uma contribuição para a eliminação da infância e juventude.”
  • 5. Baseando-se na frase “Computadores desenvolvem autocontrole.” Diz-se: “Cremos que, muito mais freqüente que o desenvolvimento de auto-controle, computadores induzem indisciplina. Vamos fazer aqui uma comparação simples. Ao escrever uma carta à mão, ou bantedo-a em uma antiga máquina de escrever, uma pessoa deve exercer uma tremenda disciplina mental. De fato, as possibilidades de fazer correções são nesses casos extremamente limitadas; uma bonita disposição nas páginas somente é obtida através de observação e controle de como as palavras e linhas são escritas. Compare-se agora com o uso de um editor de texto. O usuário quase não tem que prestar atenção, por que ele poderá alterar qualquer coisa, mover parágrafos ou frases, e obter uma impressão estética somente com a escolha de comandos e ícones corretos. Ele nem necessita mais prestar atenção à ortografia e à gramática, pois corretores automáticos detectarão a maior parte dos erros, sugerindo correções. O resultado dessa falta de necessidade de prestar atenção é, em nossa opinião, um convite ao exercício de indisciplina. De fato, relativamente poucas pessoas querem ser disciplinadas, e se possível não se comportam dessa maneira. Essa situação é ainda mais típica quando se desenvolve um programa. Muito poucos programadores usam uma metodologia rigorosa que impõe alguma disciplina no projeto e na programação: o computador não requer essa disciplina. O resultado é que
  • 6. quase todos os programas são verdadeiros mistérios: o "problema do ano 2000" advém justamente dessa falta de disciplina. Se os programadores tivessem documentado decentemente os seus programas, e escolhido nomes apropriados para as variáveis contendo datas, as alterações para corrigir o problema seriam bem localizadas e muito simples. O problema é descobrir quais variáveis contêm datas. Além disso, a economia de 2 bytes (ou mesmo nenhum, dependendo do formato usado para as datas) em cada variável que continha um ano era uma típica otimização de espaço mal colocada. Tudo isso é devido a uma característica essencial dos computadores: é possível desenvolver produtos de software de maneira ruim que funcionam relativamente bem. Os problemas surgem quando esses produtos têm que ser corrigidos ou alterados.”
  • 7. “ ...é ridículo achar que o que uma criança aprende hoje de informática será útil quando ela for adulta: há 5 anos praticamente não existia a WWW; não se pode prever como serão os sistemas de software e os computadores daqui a 5 anos.”
  • 8. “É impossível usar um computador sem dar à máquina comandos para que ela efetue as ações que se deseja, e a execução é determinista, sempre a mesma. Esses comandos constituem uma linguagem formal, lógico-simbólica. Cada comando dado à máquina (como por exemplo acionando o ícone de alinhar um parágrafo verticalmente) produz a execução de ações matemáticas - de fato, o computador é uma máquina matemática, trabalhando em um espaço puramente mental (tudo o que ela faz foi pensado matematicamente e seu funcionamento transcende os materiais físicos que a compõem). Assim, ao dar-se comandos para o computador, deve-se exercer um raciocínio que na essência é matemático (mais precisamente, algorítmico) através de uma linguagem lógico-simbólica. Ora, esse raciocínio e essa linguagem não são próprios de crianças; é desejável que qualquer adulto possa executá-los, mas forçá-los em crianças é fazer com que estas comportem-se como adultos, e adquiram atitudes e pensamentos de adultos.”
  • 9. “ Criança deve ser sempre infantil; o roubo, mesmo que parcial, de sua infância, provocará mais tarde transtornos psicológicos e sociais talvez irreparáveis. Em particular, tememos por uma futura admiração ou adoração pelas máquinas, e a idéia de que as estas são melhores do que os seres humanos e, estes, máquinas imperfeitas. Os horrores sociais deste século, como o nazismo, o stalinismo, o pol-potismo e outros serão fichinha perto do que esses futuros adultos farão com seus semelhantes - afinal, máquinas não têm moral. ”