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O golfinho doente


   Era uma vez um golfinho que vivia no mar com a sua família.
     Num dia de tempestade, o golfinho andou no mar até tarde e, quando chegou a
casa, decidiu ir logo para a cama porque não se estava a sentir muito bem.
  No dia seguinte, ele acordou doente e a sua família ficou preocupadíssima porque ele
não conseguia manter-se de pé.
    Então, os amigos dele que eram muito queridos e simpáticos, fizeram-lhe uma sopa
de cenoura, a preferida dele. O golfinho deliciou-se com a sopa e rapidamente ficou
curado.
    Para festejar a sua cura, os seus amigos fizeram-lhe uma enorme festa e convidaram
a sua família e até a sua namorada. Não faltaram os peixes-palhaços para fazerem umas
piadas.
   A partir desse dia, o golfinho ganhou uma nova receita para as suas doenças e assim
nunca mais ficou doente.



                                                 Guilherme Lemos

                                                 2.º ano OUT3
James, perdido no mar

    Numa bela manhã de verão do dia 28 de Julho, um menino
chamado James foi à praia do Furadouro.
     James era inteligente e amigo da Natureza pois foi lá, para
ajudar uma baleia branca que tinha ficado presa na areia,
encalhada na praia.
    A baleia gemia porque queria sair dali.
     Recorreu aos salva vidas para que o viessem ajudar, pois a
baleia não aguentava viva por muito mais tempo.
    Esperou alguns minutos e os salva-vidas apareceram com o
equipamento necessário para salvar a baleia.
    Esta, toda feliz, agradeceu batendo as barbatanas.
    James, como estava no Furadouro, aproveitou e foi dar um
passeio de barco pelo mar fora. Mas a viagem correu mal, pois
ficou perdido sem saber como voltar.
    Aflito disse:
    - Calma James, calma!
    Olhou para o fundo do mar e ficou extasiado com o que viu,
pois a beleza que encontrou entontecia-o: golfinhos
brincalhões, baleias enormes, tartarugas lentas mas boas
nadadoras, anémonas bailarinas, corais brancos, amarelos…
Caiu na realidade e começou a pensar
como conseguiria voltar. Com tanta beleza
mas     também      com     muita    tristeza
adormeceu e, quando acordou, estava nos
Açores.
     Quase a anoitecer, dirigiu-se a um
hotel na praia da Vitória, assim se chama
o local onde foi parar, e explicou o que lhe
tinha acontecido. Os donos ficaram
sensibilizados com o que ouviram,
alimentaram-no e deixaram-no dormir lá.
     Gostou muito desse dia, das pessoas
que conheceu, dos lugares que visitou e,
por isso, ficou para sempre a gozar a
beleza dessas ilhas.




                             Escrito e ilustrado
                             Diogo Miguel Vaz
                                           Out4
O cientista Gervásio



      Era uma noite, muito escura, de tempestade. Os raios pareciam cair no
laboratório, estrambólico, do cientista louco e muito desastrado. Os
relâmpagos estalavam, estrondosamente, eriçando os cabelos, horripilantes,
de Gervásio.
Ele tinha pavor a estas noites. Então, pôs os seus neurónios a funcionar a todo
o gás. Poderia ele inventar uma máquina que controlasse as tempestades?
     De repente, surgiu-lhe uma ideia genial. Então começou a projetar a sua
invenção. Com a ajuda de uma régua e um compasso, desenhou numa folha de
papel próprio, o modelo da sua máquina. Demorou muito tempo a traçar todas
as peças que constituíam a sua engenhoca: parafusos, porcas, fios de várias
cores, botões, alavancas, metal, tubos de aspirador… e uma poção mágica de
cor verde mar. Exausto adormeceu num sono profundo.
    No dia seguinte, despertou sobressaltado. Ao olhar para cima, através da
cobertura transparente do seu laboratório, verificou que o sol brilhava, no
exterior, mas ele estava a tremer de frio gélido e molhado dos pés até à ponta
dos cabelos! Confuso, olhou a seu redor, e detetou, no chão, pequeninas
pegadas que, por certo, seriam as do seu despertador tão esquisito quanto ele!
Ficou muito zangado e enfurecido! É que Gervásio tinha um coração de
manteiga mas, quando lhe pregavam alguma partida, ele ficava
completamente desorientado! O despertador tinha-lhe atirado com um balde
de água fria mas, fugiu a sete pés não fosse o seu dono dar cabo dele!
Convencido que a tempestade voltaria decidiu concretizar o seu projeto e dirigiu-se, no seu
monociclo, à cidade. Entrou em dezenas de lojas de material e comprou tudo o que era
necessário.
   De regresso ao seu laboratório, pacientemente, ordenou e montou os milhares de peças, que
constituíam a sua maquineta, e colocou a poção mágica dentro dos tubos de aspirador. Quando
concluiu o seu trabalho, já fumegava pelas orelhas! Não sabia se aquela engenhoca iria mesmo
funcionar. Teria que aguardar por uma nova tempestade. Embora ficasse aterrorizado com a
ideia de o mau tempo voltar, estava ansioso por pôr à prova a sua “tempestade-inator”.
     Não teve muito que esperar. Nessa mesma noite, quando se preparava para dormir, o
temporal voltou. Gervásio tinha um duplo sentimento: por um lado, sentia muito medo; por
outro, queria, ansiosamente, pôr o seu invento à prova.
    No momento em que um raio se aproximava acionou a sua máquina, que projetou a poção
mágica verde mar, anulando a sua força. Nesse instante, a tempestade estacou! Gervásio ficou
radiante!
   A persistência do cientista possibilitou a realização do seu projeto. A sua audácia permitiu que
ele enfrentasse os seus medos. Ele foi muito corajoso!
   O medo originou a coragem que vence sempre o pessimismo.
Amaral o ponto final
    Pobre Amaral, o grande ponto final, nunca soube interrogar nem exclamar. É
muito preocupado, irá ser delegado? Isso talvez não, porque tem cabeça de
balão. Bom, vamos à história…
    Ocorreu numa sexta-feira quando entrou para a escola e, qual não foi o seu
espanto, quando sujou a camisola. Bem, sinceramente, eu não sei porque não
estava lá.
     O nosso personagem ficou novamente preocupado, quando viu o ponto de
exclamação Irmão e o ponto de interrogação Amigão. Nesse instante lembrou-
se:
    - Se eu puser uma placa nas minhas costas e amarrar um pano à volta dela,
vou conseguir exclamar. Se eu puser uma folha de papel e fizer mais ou menos
a forma de um “S” talvez possa interrogar.
      No dia seguinte, a professora mandou a turma ler um texto com muitas
interrogações e exclamações e, usando a sua nova estratégia, Amaral tirou
muito bom na leitura e ficou orgulhoso por ser o único a consegui-lo uma vez
que os seus colegas cometiam erros a ler.
     A professora deu-lhe um prémio que foi uma Viagem a Paris. Como ainda
não tinha carro, a viagem será só daqui a um ano. E o pior, é que ele está de
castigo durante dois anos por ter dado um pontapé e uma joelhada na cabeça
de um menino com a alegria dos festejos!
   Pediu desculpa mas, mesmo assim, foi castigado:
   - Coitado de mim! – Lamentou o Amaral…
   - Oh, céus!!                                                André Costa
                                                                  OUT6

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  • 4. O golfinho doente Era uma vez um golfinho que vivia no mar com a sua família. Num dia de tempestade, o golfinho andou no mar até tarde e, quando chegou a casa, decidiu ir logo para a cama porque não se estava a sentir muito bem. No dia seguinte, ele acordou doente e a sua família ficou preocupadíssima porque ele não conseguia manter-se de pé. Então, os amigos dele que eram muito queridos e simpáticos, fizeram-lhe uma sopa de cenoura, a preferida dele. O golfinho deliciou-se com a sopa e rapidamente ficou curado. Para festejar a sua cura, os seus amigos fizeram-lhe uma enorme festa e convidaram a sua família e até a sua namorada. Não faltaram os peixes-palhaços para fazerem umas piadas. A partir desse dia, o golfinho ganhou uma nova receita para as suas doenças e assim nunca mais ficou doente. Guilherme Lemos 2.º ano OUT3
  • 5. James, perdido no mar Numa bela manhã de verão do dia 28 de Julho, um menino chamado James foi à praia do Furadouro. James era inteligente e amigo da Natureza pois foi lá, para ajudar uma baleia branca que tinha ficado presa na areia, encalhada na praia. A baleia gemia porque queria sair dali. Recorreu aos salva vidas para que o viessem ajudar, pois a baleia não aguentava viva por muito mais tempo. Esperou alguns minutos e os salva-vidas apareceram com o equipamento necessário para salvar a baleia. Esta, toda feliz, agradeceu batendo as barbatanas. James, como estava no Furadouro, aproveitou e foi dar um passeio de barco pelo mar fora. Mas a viagem correu mal, pois ficou perdido sem saber como voltar. Aflito disse: - Calma James, calma! Olhou para o fundo do mar e ficou extasiado com o que viu, pois a beleza que encontrou entontecia-o: golfinhos brincalhões, baleias enormes, tartarugas lentas mas boas nadadoras, anémonas bailarinas, corais brancos, amarelos…
  • 6. Caiu na realidade e começou a pensar como conseguiria voltar. Com tanta beleza mas também com muita tristeza adormeceu e, quando acordou, estava nos Açores. Quase a anoitecer, dirigiu-se a um hotel na praia da Vitória, assim se chama o local onde foi parar, e explicou o que lhe tinha acontecido. Os donos ficaram sensibilizados com o que ouviram, alimentaram-no e deixaram-no dormir lá. Gostou muito desse dia, das pessoas que conheceu, dos lugares que visitou e, por isso, ficou para sempre a gozar a beleza dessas ilhas. Escrito e ilustrado Diogo Miguel Vaz Out4
  • 7. O cientista Gervásio Era uma noite, muito escura, de tempestade. Os raios pareciam cair no laboratório, estrambólico, do cientista louco e muito desastrado. Os relâmpagos estalavam, estrondosamente, eriçando os cabelos, horripilantes, de Gervásio. Ele tinha pavor a estas noites. Então, pôs os seus neurónios a funcionar a todo o gás. Poderia ele inventar uma máquina que controlasse as tempestades? De repente, surgiu-lhe uma ideia genial. Então começou a projetar a sua invenção. Com a ajuda de uma régua e um compasso, desenhou numa folha de papel próprio, o modelo da sua máquina. Demorou muito tempo a traçar todas as peças que constituíam a sua engenhoca: parafusos, porcas, fios de várias cores, botões, alavancas, metal, tubos de aspirador… e uma poção mágica de cor verde mar. Exausto adormeceu num sono profundo. No dia seguinte, despertou sobressaltado. Ao olhar para cima, através da cobertura transparente do seu laboratório, verificou que o sol brilhava, no exterior, mas ele estava a tremer de frio gélido e molhado dos pés até à ponta dos cabelos! Confuso, olhou a seu redor, e detetou, no chão, pequeninas pegadas que, por certo, seriam as do seu despertador tão esquisito quanto ele! Ficou muito zangado e enfurecido! É que Gervásio tinha um coração de manteiga mas, quando lhe pregavam alguma partida, ele ficava completamente desorientado! O despertador tinha-lhe atirado com um balde de água fria mas, fugiu a sete pés não fosse o seu dono dar cabo dele!
  • 8. Convencido que a tempestade voltaria decidiu concretizar o seu projeto e dirigiu-se, no seu monociclo, à cidade. Entrou em dezenas de lojas de material e comprou tudo o que era necessário. De regresso ao seu laboratório, pacientemente, ordenou e montou os milhares de peças, que constituíam a sua maquineta, e colocou a poção mágica dentro dos tubos de aspirador. Quando concluiu o seu trabalho, já fumegava pelas orelhas! Não sabia se aquela engenhoca iria mesmo funcionar. Teria que aguardar por uma nova tempestade. Embora ficasse aterrorizado com a ideia de o mau tempo voltar, estava ansioso por pôr à prova a sua “tempestade-inator”. Não teve muito que esperar. Nessa mesma noite, quando se preparava para dormir, o temporal voltou. Gervásio tinha um duplo sentimento: por um lado, sentia muito medo; por outro, queria, ansiosamente, pôr o seu invento à prova. No momento em que um raio se aproximava acionou a sua máquina, que projetou a poção mágica verde mar, anulando a sua força. Nesse instante, a tempestade estacou! Gervásio ficou radiante! A persistência do cientista possibilitou a realização do seu projeto. A sua audácia permitiu que ele enfrentasse os seus medos. Ele foi muito corajoso! O medo originou a coragem que vence sempre o pessimismo.
  • 9. Amaral o ponto final Pobre Amaral, o grande ponto final, nunca soube interrogar nem exclamar. É muito preocupado, irá ser delegado? Isso talvez não, porque tem cabeça de balão. Bom, vamos à história… Ocorreu numa sexta-feira quando entrou para a escola e, qual não foi o seu espanto, quando sujou a camisola. Bem, sinceramente, eu não sei porque não estava lá. O nosso personagem ficou novamente preocupado, quando viu o ponto de exclamação Irmão e o ponto de interrogação Amigão. Nesse instante lembrou- se: - Se eu puser uma placa nas minhas costas e amarrar um pano à volta dela, vou conseguir exclamar. Se eu puser uma folha de papel e fizer mais ou menos a forma de um “S” talvez possa interrogar. No dia seguinte, a professora mandou a turma ler um texto com muitas interrogações e exclamações e, usando a sua nova estratégia, Amaral tirou muito bom na leitura e ficou orgulhoso por ser o único a consegui-lo uma vez que os seus colegas cometiam erros a ler. A professora deu-lhe um prémio que foi uma Viagem a Paris. Como ainda não tinha carro, a viagem será só daqui a um ano. E o pior, é que ele está de castigo durante dois anos por ter dado um pontapé e uma joelhada na cabeça de um menino com a alegria dos festejos! Pediu desculpa mas, mesmo assim, foi castigado: - Coitado de mim! – Lamentou o Amaral… - Oh, céus!! André Costa OUT6