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TROVADORISMO




1




    PROfeSSORA AnA KARInA
2
A LITERATURA BRASILEIRA –
- INFLUÊNCIA DA LITERATURA
   PORTUGUESA:
- Nossos escritores eram portugueses;

- Ou eram brasileiros, mas com formação.

 universitária em Portugal.

Assim, a Literatura Brasileira é uma continuação
 da Literatura Portuguesa.


                                                   3
CRONOLOGIA
   Período: séculos XII a XIV

   Início: 1189 (ou 1198?)
       Cantiga da
        Ribeirinha, Paio
        Soares de Taveirós

   Término: 1418
       Nomeação de Fernão
        Lopes como guarda-
        mor da Torre do
        Tombo              4
5
6
CONTEXTO HISTÓRICO
 Teocentrismo: poder
    espiritual  e cultural da
    Igreja

 Cristianismo
 Cruzadas     rumo       ao
  Oriente

   Monopólio clerical

                                7
FEUDALISMO




             8
9
CANCIONEIRO DA
AJUDA




                 10
POESIAS   Cantigas   Lírico-
           amorosas
            Cantiga de amor
            Cantiga de amigo


          Cantigas  Satíricas
            Cantiga de
             escárnio
            Cantiga de
                                 11

             Maldizer
CARACTERÍSTICAS DAS
CANTIGAS
 Língua galego-português
 Tradição oral e coletiva
 Poesia cantada e acompanhada por instrumentos
  musicais colecionada em cancioneiros
 Autores: trovadores
 Intérpretes: jograis, segréis e menestréis.




                                                  12
       Cantiga de
        amor
        Origem provençal

        Eu lírico masculino

        Tratamento dado à
         mulher: mia senhor

        Expressão da vida
         da corte

        Convenções do
         amor cortês:
            Idealização da
             mulher;
            Vassalagem        13
             amorosa;
            Expressão da
CANTIGA DE AMOR
Cantiga da Ribeirinha               Cantiga da Ribeirinha
No mundo non me sei parelha,
mentre me for’ como me vai,         No mundo ninguém se assemelha a mim
ca já moiro por vós – e ai!         enquanto a minha vida continuar como vai
mia senhor branca e vermelha,
                                    porque morro por vós, e ai
queredes que vos retraia
quando vos eu vi en saia!           minha senhora de pele alva e faces rosadas,
Mau dia me levantei,                quereis que vos descreva
que vos enton non vi fea!           quando vos eu vi sem manto
E, mia senhor, des aquel di’, ai!   Maldito dia! me levantei
me foi a mi muin mal,               que não vos vi feia (ou seja, a viu mais bela)
e vós, filha de don Paai            E, minha senhora, desde aquele dia, ai
Moniz, e bem vos semelha            tudo me foi muito mal
d’aver eu por vós guarvaia,         e vós, filha de don Pai
pois eu, mia senhor, d’alfaia
                                    Moniz, e bem vos parece
nunca de vós ouve nem ei
valia d’ua correa.                  de Ter eu por vós guarvaia
(Paio Soares de Taveirós)           pois eu, minha senhora, como mimo
                                    de vós nunca recebi
VOCABULÁRIO                         algo, mesmo que sem valor
retraia: retrate
saia: roupa íntima
                                                                              14
guarvaia: roupa luxuosa
parelha: semelhante
CANTIGAS DE AMOR
  A dona que eu am’e tenho por senhor     Dama que eu sirvo e que muito
  amostráde-mh-a Deus, se vos en prazer   adoro mostrai-ma, ai Deus! Pois que
  for,                                    vos imploro,
  se non, dade-mi a morte.                Senão, dai-me a morte.


  A que tenh’eu por lume destes olhos     Essa que é a luz dos olhos meus
  meus                                    por quem sempre choram, mostrai-
  e por que choran sempr’, amostráde-     me, ai Deus!
  mh-a, Deus,                             Senão, dai-me a morte.
  se non, dáde-mi a morte.
                                          Essa que entre todas fizestes
  Essa que vós fezestes melhor parecer    formosa,
  de quantas sei, ai Deus!, fazéde-mh-a   mostrai-ma, ai Deus! Onde vê-la eu
  veer,                                   possa,
  se non, dáde-mh a morte.
                                          Senão, dai-me a morte.

  Ay Deus, que mi-a fezestes mais ca
  min amar,                               A que me fizesse amar mais do que
  mostráde-mh-a u possa con ela falar,    tudo,
  se non, dade-mh a morte
                                          Mostrai-ma e onde posso com ela
                                                                       15
                                          falar,
Bernardo Bonaval                          Senão, dai-me a morte.
INTERTEXTUALIDADE : ROBERTO
CARLOS

Eu tenho tanto pra te falar,                            
mas com palavras não sei dizer                     
como é grande o meu amor por você.           
E não há nada pra comparar                         
para poder lhe explicar                                  
como é grande o meu amor por você.           
Nem mesmo o céu, nem as estrelas,
nem mesmo o mar e o infinito,                        
não é maior que o meu amor,
nem mais bonito.
Eu desespero a procurar
alguma forma de lhe falar
como é grande o meu amor por você.
Nunca se esqueça nenhum segundo
que eu tenho o amor maior do mundo,                         16
como é grande o meu amor por você.
QUEIXA – CAETANO VELOSO
        Um amor assim delicado
          Você pega e despreza
        Não devia ter despertado
           Ajoelha e não reza
                   {...}
  Princesa, surpresa, você me arrasou
 Serpente, nem sente que me envenenou
 Senhora, e agora, me diga onde eu vou
      Senhora, serpente, princesa
         Um amor assim violento
         Quando torna-se mágoa
      É o avesso de um sentimento
            Oceano sem água              17
CANTIGAS DE AMIGO
   Eu lírico feminino;
 Ambiente popular (campo, vilas, praia etc.);
 Tema

a) separação do namorado, que parte em alguma expedição militar e a
    espera de seu retorno;
(b) a romaria a lugares santos, onde a donzela busca uma conquista
    amorosa, através da dança;
(c) as bailadas, que versam exclusivamente o tema da dança;
(d) as marinhas ou barcarolas, à beira do mar;
(e) o tema das tecedeiras, no interior dos lares;
(f) e o tema das chamadas cantigas de fonte, onde as donzelas iam lavar os
    cabelos ou mesmo a roupa, encontrando-se então com os namorados.

   Amor real (saudades de quem o eu lírico teve);
   Paralelismo (repetições parciais)
   Refrão (repetições integrais)
   Sentimentos de saudade do "amigo";
   Composições com diálogo;
                                                                         18
   Presença das forças da natureza;
   Composição masculina.
POESIA TROVADORESCA
   Cantiga de amigo
   Origem popular
   Eu lírico feminino
   Tratamento dado ao
    namorado: amigo
   Expressão da vida
    campesina e urbana
   Realismo: fatos
    comuns à vida
    cotidiana
   Amor realizado ou
    possível – sofrimento
    amoroso
   Paralelismo e refrão    19
CANTIGAS DE AMIGO

Ondas do mar de Vigo,       Ondas do mar de Vigo,
se vistes meu amigo?        acaso vistes meu amigo? Queira
E ai Deus, se verra cedo!   Deus que ele venha cedo! (digam
                            que virá cedo)
Ondas do mar levado,
se vistes meu amado?        Ondas do mar agitado,
E ai Deus, se verra cedo!   acaso vistes meu amado?
                            Queira Deus que ele venha cedo!
Se vistes meu amigo,
o por que eu sospiro?       Acaso vistes meu amigo
E ai Deus, se verra cedo!   aquele por quem suspiro?
                            Queira Deus que ele venha cedo!

Se vistes meu amado,        Acaso vistes meu amado,
por que ei gran coitado?    por quem tenho grande cuidado
E ai Deus, se verra cedo!   (preocupado) ?
      Martim Codax          Queira Deus que ele venha cedo

                                                              20
TANTA SAUDADE- WANESSA
CAMARGO
   O mundo caiu no instante em que eu me
    vi sem você
    Eu não me toquei eu só acreditei que o
    amor fosse fácil de se esquecer eu
    errei.
    Eu tenho tanta saudade..
    Sinto falta de você dizendo que eu te fiz
    feliz
    Eu tô colhendo a tempestade que eu
    mesma fiz
    Será que um dia desses vou te
    encontrar
    Só pra te dizer que foi com você
    Que aprendi a amar                          21
INTERTEXTUALIDADE: AMOR I
LOVE YOU – MARISA MONTE




                            22
VALOR DA POESIA
     MEDIEVAL
• Interesse social e histórico
- sentimentos de homens e mulheres;
- alguns usos e costumes da época;
- relações entre fidalgos e plebeus;
- lutas entre trovadores e jograis;
- covardia de alguns militares.

• Interesse artístico e estilístico

• Interesse para o estudo linguístico
                                        23
POESIA TROVADORESCA
CANTIGAS SATÍRICAS

        Cantiga de escárnio
  Crítica indireta
  Uso da ironia


        Cantiga de Maldizer
  Crítica direta
  Intenção difamatória
  Palavrões e xingamentos



                               24
CANTIGA DE ESCÁRNIO
Ai dona fea! foste-vos queixar         Ai! dona feia! fostes vos queixar
porque vos nunca louv’ em meu trobar   porque nunca vos louvei em meu trovar
mais ora quero fazer um cantar         mas, agora quero fazer um cantar
em que vos loarei toda via;            em que vos louvarei, todavia;
e vedes como vos quero loar;           e vide como vos quero louvar:
dona fea, velha e sandia!              dona feia, velha e louca.

Ai dona fea! se Deus mi perdom!        Ai! dona feia! que Deus me perdoe!
e pois havedes tan gran coraçon        pois vós tendes tão bom coração
que vos eu loe em esta razon,          que eu vos louvarei, por esta razão,
vos quero já loar toda via;            eu vos louvarei, todavia;
e vedes queal será a loaçon:           e veja qual será a louvação:
dona fea, velha e sandia!              dona feia, velha e louca!

Dona fea, nunca vos eu loei            Dona feia, eu nunca vos louvei
em meu trobar, pero muito trobei;      em meu trovar, mas muito já trovei;
mais ora já um bom cantar farei        entretanto, farei agora um bom cantar
em que vos loarei todavia;             em que vos louvarei todavia;
e direi-vos como vos loarei:           e vos direi como louvarei:          25
dona fea, velha e sandia!              dona feia, velha e louca!
UMA ARLINDA MULHER
MAMONAS ASSASSINAS

Te encontrei toda remelenta e estronchada
Num bar entregue às bebida
Te cortei os cabelos do sovaco e as unhas do pé
te chamei de querida
Te ensinei todos os auto-reverse da vida
e o movimento de translação que faz a terra girar
Te falei que o importante é competir
mas te mato de pancada se você não ganhar




                                                    26
CANTIGAS DE MALDIZER
                                Dom Bernaldo (Bernaldo de Bonaval),
                                um famosos trovador (poeta nobre, pois o
"Dom Bernaldo, pois trazeis     pronome Dom antecedendo seu nome
                                indica isso), vulgarizado pelo autor da
convosco uma tal mulher,        cantiga ao ser chamado de jogral (poeta
                                plebeu): afinal, um poeta que anda com
a pior que conheceis            a pior prostituta que conhece só pode
                                ser como ela, que “ se vende” (lembrando
que se o alguazil souber,       o ditado “dize-me com quem andas e te
                                direi quem és” ).
açoitá-la quererá.              A cantiga de Pero da Ponte, ainda, tem
                                tom ameaçador : se o alguazil ( espécie
A prostituta queixar-se-á       de policial da época) souber vai querer
                                açoitá-la (observe a insinuação de que
e vós, assanhar-vos-ei          Dom Bernaldo se excitará (assanhar-
                                vos-ei) quando a prostituta estiver
                                apanhando e se queixando por isso), e
                                se alguém (que pode ser o próprio autor
Vós que tão bem entendeis       da cantiga) contar a el-rei, ele vai
                                querer justiçá-la. E o que Bernardo de
o que um bom jogral entende,    Bonaval fará ? Irá contra o alguazil?
                                Contra el-rei? Não. Se ambos souberem
por que demônio viveis          que Bernaldo anda com uma prostituta
                                como aquela, o poeta estará perdido
com uma mulher que se vende ?   ("muito vos molestará" ): nem Deus
                                poderá salvá-lo (“Se nem Deus lhe
E depois, o que fareis          valerá”), nada ele poderá fazer a
                                respeito (“valer-lhe não podeis”). Se o                 27
se alguém a El-rei contar       que a cantiga denuncia for de
                                conhecimento de muitas pessoas,
a mulher com quem viveis        Bernaldo de Bonaval, certamente,
                                perderá seu prestígio literário, político, moral etc.
GENI E O ZEPELIN – CHICO
BUARQUE
CANTIGA DE MALDIZER
   De tudo que é nego torto
    Do mangue e do cais do porto
    Ela já foi namorada
    O seu corpo é dos errantes
    Dos cegos, dos retirantes
    É de quem não tem mais nada
    Dá-se assim desde menina
    Na garagem, na cantina
    Atrás do tanque, no mato
    É a rainha dos detentos
    Das loucas, dos lazarentos
    Dos moleques do internato
    E também vai amiúde
    Com os velhinhos sem saúde
    E as viúvas sem porvir
    Ela é um poço de bondade
    E é por isso que a cidade
    Vive sempre a repetir
    Joga pedra na Geni
    Joga pedra na Geni
    Ela é feita pra apanhar
    Ela é boa de cuspir
    Ela dá pra qualquer um
    Maldita Geni                   28
POESIA TROVADORESCA


    Cancioneiro da Ajuda: composto durante o reinado do
    rei Afonso III, no século XIII, contendo apenas
    cantigas de amor.

  Cancioneiro da Biblioteca Nacional: (ou Colocci-
  Brancuti, dois italianos que o possuíam), engloba
  trovadores dos reinados de Afonso III e de D. Dinis.
 Cancioneiro da Vaticana: (descoberto na Biblioteca do
    Vaticano), inclui todos os tipos de cantigas e contém uma
    produção do século XVI.
                                                         29
PROSA TROVADORESCA
   Novelas de cavalaria
  Canções       de gesta

       Ciclos de novelas
  Ciclo Clássico
  Ciclo arturiano
   ou bretão
  Ciclo carolíngeo
                            30
Ciclos das novelas de cavalaria

   Ciclo Clássico (novelas que narram a guerra de Tróia, as aventuras
    de Alexandre, o grande)

   Ciclo arturiano ou bretão (as que apresentam o rei Arthur e os
    cavaleiros da Távola Redonda – A Demanda do Santo Graal)

   Ciclo carolíngeo (a História de Carlos Magno)




                                                                   31
PROSA TROVADORESCA




                 32
PROSA TROVADORESCA


          Os cavaleiros da
          Távola Redonda




                        33
CICLO ARTURIANO

   Rei
    Arthur


                      34
CICLO ARTURIANO


A demanda do
Santo Graal


                    35
AS CRUZADAS




              36
OS CAMINHOS DAS CRUZADAS




                      37
PRINCIPAIS AUTORES
 Paio Soares de Taveirós
 Dom Dinis

 Duarte da Gama

 Martim Garcia de Guilhade

 Martim Codax

 João Zorro

 Afonso Sanches (filho de D. Dinis)

 Rui Queimado
                                       38
 Bernardo Bonaval
VESTIMENTA DO HOMEM MEDIEVAL
          EUROPEU




                               39
O CLERO


     •   vestiam túnicas e mantos
         enfeitados;

     •   alguns tecidos eram
         feitos com fios de ouro;

     •   certas roupas eram
         enfeitadas com pedras
         preciosas e pérolas.




                                    40
41
A NOBREZA




.




    Homem Nobre: Pelote com longas cavas, Touca de pano ou
     seda, Manto ou Capa, Saia justa ao corpo.           42
A NOBREZA
Mulher Nobre: Touca sobre o lenço passado ou véu passado sobre
o queixo. Vestido justo de manga larga




                                                           43
O POVO
         • vestia túnicas simples e
         blusas.

         Camponês: Túnica curta,
         camisa comprida até aos
         joelhos, cordão à cintura,
         botas de couro e chapéu
         grande na cabeça.

         Camponesa:         Vestido
         comprido,           túnica
         comprida sobre o vestido,
         cordão à cintura e chapéu
         grande na cabeça.


                                 44
OS CAVALEIROS




                45
OS TROVADORES




                46
COSTUMES DO HOMEM MEDIEVAL
         EUROPEU




                                      47

 Faziam banquetes ao som de música.
COSTUMES DO HOMEM MEDIEVAL
         EUROPEU




                             48
COSTUMES DO HOMEM MEDIEVAL EUROPEU




                                               49
A caçada era o esporte preferido da nobreza.
COSTUMES DO HOMEM MEDIEVAL
         EUROPEU




                             50
Ainda assim, eu me levanto


                               Minha presença o incomoda?
                               Por que meu brilho o
Você pode me riscar da         intimida?
História                       Porque eu caminho como
Com mentiras lançadas ao ar.   quem possui
Pode me jogar contra o chão de Riquezas dignas do grego
terra,                         Midas.
Mas ainda assim, como a
poeira, eu vou me levantar.




                                                       51
Meu orgulho o ofende?
Você não queria me ver quebrada?   Tenho certeza que sim
Cabeça curvada e olhos para o      Porque eu rio como quem
chão?                              possui
Ombros caídos como as lágrimas,    Ouros escondidos em mim.
Minha alma enfraquecida pela
solidão?




                                                        52
Da favela, da humilhação
                                   imposta pela cor
                                   Eu me levanto
                                   De um passado enraizado na
Pode me atirar palavras afiadas,   dor
Dilacerar-me com seu olhar,        Eu me levanto
Você pode me matar em nome do      Sou um oceano negro,
ódio,                              profundo na fé,
Mas ainda assim, como o ar, eu     Crescendo e expandindo-se
vou me levantar.                   como a maré.




                                                          53
Deixando para trás noites
de terror e atrocidade
Eu me levanto
Em direcção a um novo dia
de intensa claridade        Trazendo comigo o dom de meus
Eu me levanto               antepassados,
                            Eu carrego o sonho e a esperança
                            do homem escravizado.
                            E assim, eu me levanto
                            Eu me levanto
                            Eu me levanto.




        54



                                                         54
                                                              54
                            Maya Angelou
Questões
1.    Transcreva os versos em que o tema do poema esteja
      explicitado.
2.    Como o eu lírico aborda esse tema? Justifique com versos
      do poema.
3.    Como o eu lírico reage ao preconceito? Que qualidades
      podem ser identificadas em seu comportamento?
4.    Associe as qualidades que você identificou a alguma(s)
      passagem(ns) do texto.
       55
5. É possível, a partir da leitura do poema, construir uma imagem do eu
lírico. Que experiências pode ter tido alguém que diz coisas como essa?
6. Explique como você tomou tal imagem?
7. Releia.
                Sou um oceano negro, profundo na fé,
              Crescendo e expandindo-se como a maré.
Explique por que esses versos podem ser interpretados como um
manifesto de orgulho pela própria raça e de esperança no futuro.

      56
57
Cantiga de amor de refrão
Cantiga de amor de refrão

Se em partir, senhora minha,   Que     farei   se   nunca    mais
mágoas haveis de deixar a      contemplar vossa beleza? Morto
quem firme em vos amar foi     serei de tristeza. Se Deus me não
desde a primeira hora. se me   acudir, nem de vós conselho ouvir, ó
abandonais agora, ó formosa!   formosa! que farei?
que farei?
A Nosso Senhor eu peço quando
houver de vos perder, se me
quiser comprazer, que morte me   Vosso amor me leva a tanto! Se,
queira dar. Mas se a vida me     partindo, provocais quebranto
poupar. Ó formosa! Que farei?    que não curais a quem de amor
                                 desespera, de vós conselho
                                 quisera: Ó formosa! Que farei?


                                 Natália Correia(Adap.)
Exercícios avaliativos
   1. Qual é o tema tratado na cantiga?
   2. Que elementos estruturais permitem classificar o texto como uma cantiga
    de amor?
   3. Identifique o refrão da cantiga. Que sentimento do eu lírico ele reforça?
   4. Uma das principais características das cantigas de amor é a relação entre
    o eu lírico e sua amai Que forma de tratamento o eu lírico usa para se referir
    à mulher?
   5. 0 que esse tratamento revela a respeito da relação entre eles?
   6.   Você acredita ser possível, hoje, existir um sofrimento amoroso
    semelhante? Por quê?
AS QUESTÕES AMOROSAS CONTINUAM
     VEJA COMO ESSE TEMA É DESENVOLVIDO
                     MÚSICA – FICO ASSIM SEM VOCÊ
Avião sem asa, fogueira sem brasa
Sou eu assim sem você
Futebol sem bola, Piu-Piu sem           Eu não existo longe de você
Frajola Sou eu assim sem você           E a solidão é o meu pior castigo
                                        Eu conto as horas
Por que é que tem que ser assim         Pra poder te ver
Se o meu desejo não tem fim             Mas o relógio tá de mal comigo
Eu te quero a todo instante
Nem mil alto-falantes vão poder falar   Por quê? Por quê?
Por mim.                                Neném sem chupeta
                                        Romeu Sem Julieta
Tô louco pra te ver chegar              Sou eu assim sem você
Tô louco pra te ter nas mãos            Carro sem estrada
Deitar no teu abraço                    Queijo sem goiabada
Retomar o pedaço                        Sou eu assim sem você              61
Que falta no meu coração
Eu não existo longe de você
E a solidão é o meu pior castigo.
Eu conto as horas pra poder te ver
Mas o relógio tá de mal comigo

Por quê?



                                     62
7. Qual é o tema desenvolvido em "Fico assim sem
  você"?
a) Que elementos indicam que se trata de um texto
  atual?
b) Poderíamos dizer que ele desenvolve um tema
  semelhante ao da cantiga de Nuno Fernandes
  Torneol? Por quê?
8. Quais são os sentimentos que o eu lírico expressa
  pela mulher amada?
9. A relação entre o eu lírico e sua amada se dá do
  mesmo modo que na cantiga de amor? Explique.
10. Que elementos formais e de conteúdo da canção
  permitem compará-la a uma cantiga de amor

                                                       63

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  • 2. 2
  • 3. A LITERATURA BRASILEIRA – - INFLUÊNCIA DA LITERATURA PORTUGUESA: - Nossos escritores eram portugueses; - Ou eram brasileiros, mas com formação. universitária em Portugal. Assim, a Literatura Brasileira é uma continuação da Literatura Portuguesa. 3
  • 4. CRONOLOGIA  Período: séculos XII a XIV  Início: 1189 (ou 1198?)  Cantiga da Ribeirinha, Paio Soares de Taveirós  Término: 1418  Nomeação de Fernão Lopes como guarda- mor da Torre do Tombo 4
  • 5. 5
  • 6. 6
  • 7. CONTEXTO HISTÓRICO  Teocentrismo: poder espiritual  e cultural da Igreja  Cristianismo  Cruzadas rumo ao Oriente  Monopólio clerical 7
  • 9. 9
  • 11. POESIAS Cantigas Lírico- amorosas  Cantiga de amor  Cantiga de amigo Cantigas Satíricas  Cantiga de escárnio  Cantiga de 11 Maldizer
  • 12. CARACTERÍSTICAS DAS CANTIGAS  Língua galego-português  Tradição oral e coletiva  Poesia cantada e acompanhada por instrumentos musicais colecionada em cancioneiros  Autores: trovadores  Intérpretes: jograis, segréis e menestréis. 12
  • 13. Cantiga de amor  Origem provençal  Eu lírico masculino  Tratamento dado à mulher: mia senhor  Expressão da vida da corte  Convenções do amor cortês:  Idealização da mulher;  Vassalagem 13 amorosa;  Expressão da
  • 14. CANTIGA DE AMOR Cantiga da Ribeirinha Cantiga da Ribeirinha No mundo non me sei parelha, mentre me for’ como me vai, No mundo ninguém se assemelha a mim ca já moiro por vós – e ai! enquanto a minha vida continuar como vai mia senhor branca e vermelha, porque morro por vós, e ai queredes que vos retraia quando vos eu vi en saia! minha senhora de pele alva e faces rosadas, Mau dia me levantei, quereis que vos descreva que vos enton non vi fea! quando vos eu vi sem manto E, mia senhor, des aquel di’, ai! Maldito dia! me levantei me foi a mi muin mal, que não vos vi feia (ou seja, a viu mais bela) e vós, filha de don Paai E, minha senhora, desde aquele dia, ai Moniz, e bem vos semelha tudo me foi muito mal d’aver eu por vós guarvaia, e vós, filha de don Pai pois eu, mia senhor, d’alfaia Moniz, e bem vos parece nunca de vós ouve nem ei valia d’ua correa. de Ter eu por vós guarvaia (Paio Soares de Taveirós) pois eu, minha senhora, como mimo de vós nunca recebi VOCABULÁRIO algo, mesmo que sem valor retraia: retrate saia: roupa íntima 14 guarvaia: roupa luxuosa parelha: semelhante
  • 15. CANTIGAS DE AMOR A dona que eu am’e tenho por senhor Dama que eu sirvo e que muito amostráde-mh-a Deus, se vos en prazer adoro mostrai-ma, ai Deus! Pois que for, vos imploro, se non, dade-mi a morte. Senão, dai-me a morte. A que tenh’eu por lume destes olhos Essa que é a luz dos olhos meus meus por quem sempre choram, mostrai- e por que choran sempr’, amostráde- me, ai Deus! mh-a, Deus, Senão, dai-me a morte. se non, dáde-mi a morte. Essa que entre todas fizestes Essa que vós fezestes melhor parecer formosa, de quantas sei, ai Deus!, fazéde-mh-a mostrai-ma, ai Deus! Onde vê-la eu veer, possa, se non, dáde-mh a morte. Senão, dai-me a morte. Ay Deus, que mi-a fezestes mais ca min amar, A que me fizesse amar mais do que mostráde-mh-a u possa con ela falar, tudo, se non, dade-mh a morte Mostrai-ma e onde posso com ela 15 falar, Bernardo Bonaval Senão, dai-me a morte.
  • 16. INTERTEXTUALIDADE : ROBERTO CARLOS Eu tenho tanto pra te falar,                             mas com palavras não sei dizer                      como é grande o meu amor por você.            E não há nada pra comparar                          para poder lhe explicar                                   como é grande o meu amor por você.            Nem mesmo o céu, nem as estrelas, nem mesmo o mar e o infinito,                         não é maior que o meu amor, nem mais bonito. Eu desespero a procurar alguma forma de lhe falar como é grande o meu amor por você. Nunca se esqueça nenhum segundo que eu tenho o amor maior do mundo, 16 como é grande o meu amor por você.
  • 17. QUEIXA – CAETANO VELOSO Um amor assim delicado Você pega e despreza Não devia ter despertado Ajoelha e não reza {...} Princesa, surpresa, você me arrasou Serpente, nem sente que me envenenou Senhora, e agora, me diga onde eu vou Senhora, serpente, princesa Um amor assim violento Quando torna-se mágoa É o avesso de um sentimento Oceano sem água 17
  • 18. CANTIGAS DE AMIGO  Eu lírico feminino;  Ambiente popular (campo, vilas, praia etc.);  Tema a) separação do namorado, que parte em alguma expedição militar e a espera de seu retorno; (b) a romaria a lugares santos, onde a donzela busca uma conquista amorosa, através da dança; (c) as bailadas, que versam exclusivamente o tema da dança; (d) as marinhas ou barcarolas, à beira do mar; (e) o tema das tecedeiras, no interior dos lares; (f) e o tema das chamadas cantigas de fonte, onde as donzelas iam lavar os cabelos ou mesmo a roupa, encontrando-se então com os namorados.  Amor real (saudades de quem o eu lírico teve);  Paralelismo (repetições parciais)  Refrão (repetições integrais)  Sentimentos de saudade do "amigo";  Composições com diálogo; 18  Presença das forças da natureza;  Composição masculina.
  • 19. POESIA TROVADORESCA  Cantiga de amigo  Origem popular  Eu lírico feminino  Tratamento dado ao namorado: amigo  Expressão da vida campesina e urbana  Realismo: fatos comuns à vida cotidiana  Amor realizado ou possível – sofrimento amoroso  Paralelismo e refrão 19
  • 20. CANTIGAS DE AMIGO Ondas do mar de Vigo, Ondas do mar de Vigo, se vistes meu amigo? acaso vistes meu amigo? Queira E ai Deus, se verra cedo! Deus que ele venha cedo! (digam que virá cedo) Ondas do mar levado, se vistes meu amado? Ondas do mar agitado, E ai Deus, se verra cedo! acaso vistes meu amado? Queira Deus que ele venha cedo! Se vistes meu amigo, o por que eu sospiro? Acaso vistes meu amigo E ai Deus, se verra cedo! aquele por quem suspiro? Queira Deus que ele venha cedo! Se vistes meu amado, Acaso vistes meu amado, por que ei gran coitado? por quem tenho grande cuidado E ai Deus, se verra cedo! (preocupado) ? Martim Codax Queira Deus que ele venha cedo 20
  • 21. TANTA SAUDADE- WANESSA CAMARGO  O mundo caiu no instante em que eu me vi sem você Eu não me toquei eu só acreditei que o amor fosse fácil de se esquecer eu errei. Eu tenho tanta saudade.. Sinto falta de você dizendo que eu te fiz feliz Eu tô colhendo a tempestade que eu mesma fiz Será que um dia desses vou te encontrar Só pra te dizer que foi com você Que aprendi a amar 21
  • 22. INTERTEXTUALIDADE: AMOR I LOVE YOU – MARISA MONTE 22
  • 23. VALOR DA POESIA MEDIEVAL • Interesse social e histórico - sentimentos de homens e mulheres; - alguns usos e costumes da época; - relações entre fidalgos e plebeus; - lutas entre trovadores e jograis; - covardia de alguns militares. • Interesse artístico e estilístico • Interesse para o estudo linguístico 23
  • 24. POESIA TROVADORESCA CANTIGAS SATÍRICAS  Cantiga de escárnio  Crítica indireta  Uso da ironia  Cantiga de Maldizer  Crítica direta  Intenção difamatória  Palavrões e xingamentos 24
  • 25. CANTIGA DE ESCÁRNIO Ai dona fea! foste-vos queixar Ai! dona feia! fostes vos queixar porque vos nunca louv’ em meu trobar porque nunca vos louvei em meu trovar mais ora quero fazer um cantar mas, agora quero fazer um cantar em que vos loarei toda via; em que vos louvarei, todavia; e vedes como vos quero loar; e vide como vos quero louvar: dona fea, velha e sandia! dona feia, velha e louca. Ai dona fea! se Deus mi perdom! Ai! dona feia! que Deus me perdoe! e pois havedes tan gran coraçon pois vós tendes tão bom coração que vos eu loe em esta razon, que eu vos louvarei, por esta razão, vos quero já loar toda via; eu vos louvarei, todavia; e vedes queal será a loaçon: e veja qual será a louvação: dona fea, velha e sandia! dona feia, velha e louca! Dona fea, nunca vos eu loei Dona feia, eu nunca vos louvei em meu trobar, pero muito trobei; em meu trovar, mas muito já trovei; mais ora já um bom cantar farei entretanto, farei agora um bom cantar em que vos loarei todavia; em que vos louvarei todavia; e direi-vos como vos loarei: e vos direi como louvarei: 25 dona fea, velha e sandia! dona feia, velha e louca!
  • 26. UMA ARLINDA MULHER MAMONAS ASSASSINAS Te encontrei toda remelenta e estronchada Num bar entregue às bebida Te cortei os cabelos do sovaco e as unhas do pé te chamei de querida Te ensinei todos os auto-reverse da vida e o movimento de translação que faz a terra girar Te falei que o importante é competir mas te mato de pancada se você não ganhar 26
  • 27. CANTIGAS DE MALDIZER Dom Bernaldo (Bernaldo de Bonaval), um famosos trovador (poeta nobre, pois o "Dom Bernaldo, pois trazeis pronome Dom antecedendo seu nome indica isso), vulgarizado pelo autor da convosco uma tal mulher, cantiga ao ser chamado de jogral (poeta plebeu): afinal, um poeta que anda com a pior que conheceis a pior prostituta que conhece só pode ser como ela, que “ se vende” (lembrando que se o alguazil souber, o ditado “dize-me com quem andas e te direi quem és” ). açoitá-la quererá. A cantiga de Pero da Ponte, ainda, tem tom ameaçador : se o alguazil ( espécie A prostituta queixar-se-á de policial da época) souber vai querer açoitá-la (observe a insinuação de que e vós, assanhar-vos-ei Dom Bernaldo se excitará (assanhar- vos-ei) quando a prostituta estiver apanhando e se queixando por isso), e se alguém (que pode ser o próprio autor Vós que tão bem entendeis da cantiga) contar a el-rei, ele vai querer justiçá-la. E o que Bernardo de o que um bom jogral entende, Bonaval fará ? Irá contra o alguazil? Contra el-rei? Não. Se ambos souberem por que demônio viveis que Bernaldo anda com uma prostituta como aquela, o poeta estará perdido com uma mulher que se vende ? ("muito vos molestará" ): nem Deus poderá salvá-lo (“Se nem Deus lhe E depois, o que fareis valerá”), nada ele poderá fazer a respeito (“valer-lhe não podeis”). Se o 27 se alguém a El-rei contar que a cantiga denuncia for de conhecimento de muitas pessoas, a mulher com quem viveis Bernaldo de Bonaval, certamente, perderá seu prestígio literário, político, moral etc.
  • 28. GENI E O ZEPELIN – CHICO BUARQUE CANTIGA DE MALDIZER  De tudo que é nego torto Do mangue e do cais do porto Ela já foi namorada O seu corpo é dos errantes Dos cegos, dos retirantes É de quem não tem mais nada Dá-se assim desde menina Na garagem, na cantina Atrás do tanque, no mato É a rainha dos detentos Das loucas, dos lazarentos Dos moleques do internato E também vai amiúde Com os velhinhos sem saúde E as viúvas sem porvir Ela é um poço de bondade E é por isso que a cidade Vive sempre a repetir Joga pedra na Geni Joga pedra na Geni Ela é feita pra apanhar Ela é boa de cuspir Ela dá pra qualquer um Maldita Geni 28
  • 29. POESIA TROVADORESCA  Cancioneiro da Ajuda: composto durante o reinado do rei Afonso III, no século XIII, contendo apenas cantigas de amor.  Cancioneiro da Biblioteca Nacional: (ou Colocci- Brancuti, dois italianos que o possuíam), engloba trovadores dos reinados de Afonso III e de D. Dinis.  Cancioneiro da Vaticana: (descoberto na Biblioteca do Vaticano), inclui todos os tipos de cantigas e contém uma produção do século XVI. 29
  • 30. PROSA TROVADORESCA  Novelas de cavalaria  Canções de gesta  Ciclos de novelas  Ciclo Clássico  Ciclo arturiano ou bretão  Ciclo carolíngeo 30
  • 31. Ciclos das novelas de cavalaria  Ciclo Clássico (novelas que narram a guerra de Tróia, as aventuras de Alexandre, o grande)  Ciclo arturiano ou bretão (as que apresentam o rei Arthur e os cavaleiros da Távola Redonda – A Demanda do Santo Graal)  Ciclo carolíngeo (a História de Carlos Magno) 31
  • 33. PROSA TROVADORESCA Os cavaleiros da Távola Redonda 33
  • 34. CICLO ARTURIANO  Rei Arthur 34
  • 35. CICLO ARTURIANO A demanda do Santo Graal 35
  • 37. OS CAMINHOS DAS CRUZADAS 37
  • 38. PRINCIPAIS AUTORES  Paio Soares de Taveirós  Dom Dinis  Duarte da Gama  Martim Garcia de Guilhade  Martim Codax  João Zorro  Afonso Sanches (filho de D. Dinis)  Rui Queimado 38  Bernardo Bonaval
  • 39. VESTIMENTA DO HOMEM MEDIEVAL EUROPEU 39
  • 40. O CLERO • vestiam túnicas e mantos enfeitados; • alguns tecidos eram feitos com fios de ouro; • certas roupas eram enfeitadas com pedras preciosas e pérolas. 40
  • 41. 41
  • 42. A NOBREZA . Homem Nobre: Pelote com longas cavas, Touca de pano ou seda, Manto ou Capa, Saia justa ao corpo. 42
  • 43. A NOBREZA Mulher Nobre: Touca sobre o lenço passado ou véu passado sobre o queixo. Vestido justo de manga larga 43
  • 44. O POVO • vestia túnicas simples e blusas. Camponês: Túnica curta, camisa comprida até aos joelhos, cordão à cintura, botas de couro e chapéu grande na cabeça. Camponesa: Vestido comprido, túnica comprida sobre o vestido, cordão à cintura e chapéu grande na cabeça. 44
  • 47. COSTUMES DO HOMEM MEDIEVAL EUROPEU 47 Faziam banquetes ao som de música.
  • 48. COSTUMES DO HOMEM MEDIEVAL EUROPEU 48
  • 49. COSTUMES DO HOMEM MEDIEVAL EUROPEU 49 A caçada era o esporte preferido da nobreza.
  • 50. COSTUMES DO HOMEM MEDIEVAL EUROPEU 50
  • 51. Ainda assim, eu me levanto Minha presença o incomoda? Por que meu brilho o Você pode me riscar da intimida? História Porque eu caminho como Com mentiras lançadas ao ar. quem possui Pode me jogar contra o chão de Riquezas dignas do grego terra, Midas. Mas ainda assim, como a poeira, eu vou me levantar. 51
  • 52. Meu orgulho o ofende? Você não queria me ver quebrada? Tenho certeza que sim Cabeça curvada e olhos para o Porque eu rio como quem chão? possui Ombros caídos como as lágrimas, Ouros escondidos em mim. Minha alma enfraquecida pela solidão? 52
  • 53. Da favela, da humilhação imposta pela cor Eu me levanto De um passado enraizado na Pode me atirar palavras afiadas, dor Dilacerar-me com seu olhar, Eu me levanto Você pode me matar em nome do Sou um oceano negro, ódio, profundo na fé, Mas ainda assim, como o ar, eu Crescendo e expandindo-se vou me levantar. como a maré. 53
  • 54. Deixando para trás noites de terror e atrocidade Eu me levanto Em direcção a um novo dia de intensa claridade Trazendo comigo o dom de meus Eu me levanto antepassados, Eu carrego o sonho e a esperança do homem escravizado. E assim, eu me levanto Eu me levanto Eu me levanto. 54 54 54 Maya Angelou
  • 55. Questões 1. Transcreva os versos em que o tema do poema esteja explicitado. 2. Como o eu lírico aborda esse tema? Justifique com versos do poema. 3. Como o eu lírico reage ao preconceito? Que qualidades podem ser identificadas em seu comportamento? 4. Associe as qualidades que você identificou a alguma(s) passagem(ns) do texto. 55
  • 56. 5. É possível, a partir da leitura do poema, construir uma imagem do eu lírico. Que experiências pode ter tido alguém que diz coisas como essa? 6. Explique como você tomou tal imagem? 7. Releia. Sou um oceano negro, profundo na fé, Crescendo e expandindo-se como a maré. Explique por que esses versos podem ser interpretados como um manifesto de orgulho pela própria raça e de esperança no futuro. 56
  • 57. 57 Cantiga de amor de refrão
  • 58. Cantiga de amor de refrão Se em partir, senhora minha, Que farei se nunca mais mágoas haveis de deixar a contemplar vossa beleza? Morto quem firme em vos amar foi serei de tristeza. Se Deus me não desde a primeira hora. se me acudir, nem de vós conselho ouvir, ó abandonais agora, ó formosa! formosa! que farei? que farei?
  • 59. A Nosso Senhor eu peço quando houver de vos perder, se me quiser comprazer, que morte me Vosso amor me leva a tanto! Se, queira dar. Mas se a vida me partindo, provocais quebranto poupar. Ó formosa! Que farei? que não curais a quem de amor desespera, de vós conselho quisera: Ó formosa! Que farei? Natália Correia(Adap.)
  • 60. Exercícios avaliativos  1. Qual é o tema tratado na cantiga?  2. Que elementos estruturais permitem classificar o texto como uma cantiga de amor?  3. Identifique o refrão da cantiga. Que sentimento do eu lírico ele reforça?  4. Uma das principais características das cantigas de amor é a relação entre o eu lírico e sua amai Que forma de tratamento o eu lírico usa para se referir à mulher?  5. 0 que esse tratamento revela a respeito da relação entre eles?  6. Você acredita ser possível, hoje, existir um sofrimento amoroso semelhante? Por quê?
  • 61. AS QUESTÕES AMOROSAS CONTINUAM VEJA COMO ESSE TEMA É DESENVOLVIDO MÚSICA – FICO ASSIM SEM VOCÊ Avião sem asa, fogueira sem brasa Sou eu assim sem você Futebol sem bola, Piu-Piu sem Eu não existo longe de você Frajola Sou eu assim sem você E a solidão é o meu pior castigo Eu conto as horas Por que é que tem que ser assim Pra poder te ver Se o meu desejo não tem fim Mas o relógio tá de mal comigo Eu te quero a todo instante Nem mil alto-falantes vão poder falar Por quê? Por quê? Por mim. Neném sem chupeta Romeu Sem Julieta Tô louco pra te ver chegar Sou eu assim sem você Tô louco pra te ter nas mãos Carro sem estrada Deitar no teu abraço Queijo sem goiabada Retomar o pedaço Sou eu assim sem você 61 Que falta no meu coração
  • 62. Eu não existo longe de você E a solidão é o meu pior castigo. Eu conto as horas pra poder te ver Mas o relógio tá de mal comigo Por quê? 62
  • 63. 7. Qual é o tema desenvolvido em "Fico assim sem você"? a) Que elementos indicam que se trata de um texto atual? b) Poderíamos dizer que ele desenvolve um tema semelhante ao da cantiga de Nuno Fernandes Torneol? Por quê? 8. Quais são os sentimentos que o eu lírico expressa pela mulher amada? 9. A relação entre o eu lírico e sua amada se dá do mesmo modo que na cantiga de amor? Explique. 10. Que elementos formais e de conteúdo da canção permitem compará-la a uma cantiga de amor 63