O documento discute teorias fonológicas, incluindo modelos lineares e não-lineares, a teoria dos traços distintivos, a fonologia gerativa de Chomsky e Halle, processos fonológicos na aquisição da linguagem e a fonologia pós-SPE, incluindo a fonologia autossegmental e a análise por restrições da Teoria da Otimidade.
12. Traços distintivos Quando aprendemos uma L2, somos surdos psiquicamente a todo o que não é distintivo na língua. Somos surdos funcionais. Cada língua caracteriza-se pelas oposições distintivas que definemseus sons. PERCEBER as oposições distintivas.
58. DESCRIÇÃO FONÉTICA Nome: Idade: Data da coleta: feio 10 como é 9 esqueci S 8 também N N 7 prende N 6 com a N/ 5 faço 4 flor R 3 quem N 2 celular R / 1 PALAVRA FONOLÓGICA FONÉTICA No.
O Modelo Estruturalista do desenvolvimento fonológico, defendido por Jakobson (1941), aponta o caráter universal das regularidades na ordem do desenvolvimento. Essa regularidade é baseada em uma hierarquia universal de leis estruturais. Ele defende a idéia de que a criança, na aquisição dos sons, adquire oposições e contrastes, e não sons individuais. O caráter universal do processo de aquisição da linguagem também foi defendido pela Teoria Cognitiva, representada por Chomsky (CHOMSKY; HALLE, 1968). O modelo cognitivo, apesar de ressaltar o papel ativo e criativo da criança nesse processo, não desconsidera as tendências fonéticas universais que regem a aquisição do sistema fonológico. Partindo do princípio de que a criança constrói seu sistema fonológico ativamente, formulando hipóteses manifestadas pelos processos fonológicos e de suas reestruturações mediante o contato com o sistema-alvo, a criança vai adquirindo pistas que facilitam seu desenvolvimento fonológico. Para que realize assimilações que tornem os segmentos mais próximos e mais parecidos, a criança começa a fazer generalizações no uso dos fonemas, através de traços comuns e traços distintivos. A partir dos contrastes presentes nas mais diferentes línguas, foi proposta a teoria dos traços distintivos, na tentativa de construir uma teoria fonológica universal (JAKOBSON; FANT, HALLE, 1952; CHOMSKY; HALLE, 1968). Mas, vale a pena esclarecer que esta teoria não deixa de enfatizar as diferenças individuais e, de certo modo, vem para complementar o modelo estruturalista. A teoria da Fonologia Natural tenta quebrar o ideal de universalidade, considerando as características gerais do desenvolvimento fonológico e apontando a possibilidade de variação individual, tanto no domínio segmental, quanto no domínio prosódico ou supra-segmental (STAMPE, 1973). A criança começa a usar estratégias, como uma tentativa de adequar as realizações do sistema-alvo ao seu sistema fonológico. Esse é o grande salto da Teoria da Fonologia Natural – o estudo dos processos fonológicos (STAMPE, 1973). Stampe (1973) foi o pioneiro no estudo dos processos fonológicos. Lamprecht (2004) se refere aos processos fonológicos como estratégias de reparo. Segundo ela, as crianças as adotam para facilitar a realização do sistema-alvo ao seu sistema fonológico. Elas substituem segmentos ou estruturas silábicas que ainda não dominam por aqueles que já adquiriram. Dentre os processos mais comuns, na aquisição fonológica normal, podem ser citados os de estruturação silábica e os de substituição, no nível silábico e segmental