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Revoltas populares na Primeira
República
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O movimento do cangaço (sertão nordestino, fim
do século XIX até meados do XX)
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A guerra de Canudos (1893-1897)
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que chegou a ter 25 mil habitantes.
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A Guerra de Canudos
●
Organização comunitária: colheitas, rebanhos e frutos do trabalho
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●
Repressão:
– Igreja Católica – Conselheiro desviava os fiéis;
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Expedições do governo contra
Canudos:
●
1ª: 100 homens, cercados por 1000 de Conselheiro.
●
2ª: 543 praças, 14 oficiais, 3 médicos, 2 canhões Krupp e
duas metralhadoras (melhor equipamento da época) e
derrota da repressão.
●
3ª: 1300 combatentes, 15 milhões de cartuchos e 70 tiros de
artilharia; Derrota causa comoção nacional e é percebida por
parte da população como início de uma conspiração
restauradora monarquista.
●
4ª: 2 colunas com mais de 5 mil homens e preparada
minuciosamente; no decorrer da luta, seus contingentes
receberão reforços de 4 mil homens; Em 5 de outubro
Canudos é derrotado.
Guerra do Contestado
●
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●
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Railway (empresas que exploravam a região) empregavam em
condições desumanas sertanejos sem-terra. Com o fim das
obras de uma Estrada de Ferro, a crise social piorou.
●
Liderança de José Maria – fundação de povoados da “Monarquia
Celeste” (governo próprio e normas igualitárias) → Movimento
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●
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●
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progresso” Reformas de Rodrigues Alves (presidente) e Pereira→
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●
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governamental Revolta urbana entre 12 e 15 de→
novembro de 1904
Charge de Carlos Latuff (2012) retratando
as remoções em nome do progresso na
atualidade (acima). À direita, charge da
revista O Malho (1904), retratando a
Revolta da Vacina.
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●
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as péssimas condições de trabalho:
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●
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●
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●
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Que tem por monumento
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  • 1. Revoltas populares na Primeira República ● O movimento do cangaço (sertão nordestino, fim do século XIX até meados do XX) ● A guerra de Canudos (1893-1897) ● A revolta do Contestado (Paraná/Santa Catarina, 1912-1916) ● A Revolta da Chibata (Rio de Janeiro, 1910) ● A Revolta da Vacina (Rio de Janeiro, 1904)
  • 2. O Cangaço Virgulino Ferreira, o Lampião, e seu bando, fotografados por Abrahão, em 1936. Xilogravura de Lampião e Maria Bonita feito para literatura de Cordel
  • 3. O Cangaço ● Contexto do sertão nordestino no fim do Império e início da República: secas, fome, abuso de autoridade pelos coronéis, etc. ● Cangaceiros confrontavam com coronéis, polícia, bandos→ rivais; praticavam roubos, assassinatos, seqüestros. Honra e Vingança. ● Criminalidade OU contestação social de pessoas oprimidas? ● Virgulino Ferreira da Silva (Lampião) – Morto em 1938 ● O Cangaço na identidade nordestina Justiceiros, heróis→ (literatura de Cordel)
  • 4. Canudos ● Dificuldades enfrentadas pelo povo do sertão nordestino → religião como saída → Messianismo (crença em um enviado de Deus que traria uma nova era de bonança para o povo) ● Antonio Conselheiro (líder): “A terra não tem dono. A terra é de todos.” seguidores→ ● 1893 - Instalação do Arraial de Canudos, que chegou a ter 25 mil habitantes. ● População de Canudos: sertanejos sem- terra, ex-escravos, pequenos proprietários pobres, pessoas perseguidas por coronéis
  • 5. A Guerra de Canudos ● Organização comunitária: colheitas, rebanhos e frutos do trabalho eram repartidos e o restante vendido ou trocado com vizinhos. Propriedade privada eram exclusivamente bens de uso pessoal (roupas, móveis). ● Repressão: – Igreja Católica – Conselheiro desviava os fiéis; – Proprietários – Ocupação das terras e não pagamento de impostos – República – Conselheiro era acusado de ser monarquista
  • 6. Expedições do governo contra Canudos: ● 1ª: 100 homens, cercados por 1000 de Conselheiro. ● 2ª: 543 praças, 14 oficiais, 3 médicos, 2 canhões Krupp e duas metralhadoras (melhor equipamento da época) e derrota da repressão. ● 3ª: 1300 combatentes, 15 milhões de cartuchos e 70 tiros de artilharia; Derrota causa comoção nacional e é percebida por parte da população como início de uma conspiração restauradora monarquista. ● 4ª: 2 colunas com mais de 5 mil homens e preparada minuciosamente; no decorrer da luta, seus contingentes receberão reforços de 4 mil homens; Em 5 de outubro Canudos é derrotado.
  • 7. Guerra do Contestado ● Contestado: região disputada por Santa Catarina e Paraná ● Fazendeiros, Southern Brazil Lamber and Colonization e Brazil Railway (empresas que exploravam a região) empregavam em condições desumanas sertanejos sem-terra. Com o fim das obras de uma Estrada de Ferro, a crise social piorou. ● Liderança de José Maria – fundação de povoados da “Monarquia Celeste” (governo próprio e normas igualitárias) → Movimento Messiânico ● “Vilas santas” com organização própria e contrários à República ● Repressão feita pelos fazendeiros, das empresas estrangeiras e do Estado.
  • 8. Guerra do Contestado “Vila Santa” na região do Contestado. Imagem do monge José Maria.
  • 9. Revolta da Vacina ● Problemas urbanos no RJ: Pobreza, desemprego, problemas de saneamento (esgoto, lixo, mosquitos) surtos de febre amarela,→ peste bubônica, varíola ● Desejo do governo de transformar Rio de Janeiro na “capital do progresso” Reformas de Rodrigues Alves (presidente) e Pereira→ Passos (prefeito)
  • 10. As Reformas Pereira Passos e a Revolta da Vacina ● Reformas: alargamento das ruas do centro, ampliação do saneamento e reforma da zona portuária ● Demolição de cortiços e casebres e remoção forçada das famílias para favelas e regiões de periferia ● Lei da vacinação obrigatória (médico e sanitarista Oswaldo Cruz) – Não houve esclarecimento para a população – Violência na aplicação ● Reação contra o contexto de autoritarismo governamental Revolta urbana entre 12 e 15 de→ novembro de 1904
  • 11. Charge de Carlos Latuff (2012) retratando as remoções em nome do progresso na atualidade (acima). À direita, charge da revista O Malho (1904), retratando a Revolta da Vacina.
  • 12. Revolta da Chibata ● Revolta dos marinheiros (majoritariamente negros) contra as péssimas condições de trabalho: – Péssima alimentação – Salários baixos – Código de disciplina da Marinha, que punia os marinheiros com chibatadas ● Liderança de João Cândido, “o Almirante Negro” ● Tomada de alguns navios e apontar dos canhões para a cidade do RJ ● Governo engana marinheiros concedendo-lhes vitória, mas acaba prendendo e exilando revoltosos.
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  • 18. Glória a todas as lutas inglórias Que através da nossa história Não esquecemos jamais Salve o almirante negro Que tem por monumento As pedras pisadas do cais (O mestre sala dos mares, de João Bosco e Aldir Blanc)
  • 19. Dicas de músicas: ● “O mestre sala dos mares”, sobre João Cândido e a Revolta da Chibata: http://www.vagalume.com.br/joao-bosco/o-mestre-sala-dos-mares.html ● “O Encontro de Eike Batista e Lampião”, sobre o Cangaço e sua relação com os dias atuais: http://www.vagalume.com.br/el-efecto/o-encontro-de-lampiao-com-eike-batista.html