1. DEDICATÓRIA
A responsabilidade moral de cordialmente dedicarmos com profundo apresso e
reconhecimento ao docente desta cadeira, que não tem poupado o esforço em transmitir
os seus nobres conhecimentos.
Também a nossa dedicatória propaga-se com ecos carinhosos a todos aqueles
que directas ou indirectamente tornaram possível a elaboração deste trabalho, que ao
longo desta batalha que agora começa na procura do saber caminham connosco.
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2. AGRADECIMENTO
A premissa agradecemos à Deus fonte de vida e de sabedoria.
Ao nosso querido incansável docente que com os seus ricos conhecimentos tem
vindo a contribuir na mudança e nos comportamentos da nossa psique, o nosso muito
obrigado.
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3. PENSAMENTO
Não há formação sem sacrifício e não existe êxitos no saber sem uma boa pesquisa.
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4. ÍNDICE
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DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTO
PENSAMENTO
INTRODUÇÃO----------------------------------------------------------------------------- 5
A CRIANÇA EM IDADE PRÉ-ESCOLAR-------------------------------------------- 6
A IMPORTÂNCIA DA PRÉ-ESCOLA------------------------------------------------- 7
MARCOS DE DESENVOLVIMENTO------------------------------------------------- 9
UMA BOA PRÉ-ESCOLA---------------------------------------------------------------10
CONCLUSÃO----------------------------------------------------------------------------- 11
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS-------------------------------------------------- 12
5. INTRODUÇÃO
Este trabalho que tem como tema “o desenvolvimento da criança na idade
pré-escolar”, é fruto de, pesquisas orais e escritas, o mesmo desempenha um papel
fundamental no desenvolvimento psicomotor da criança bem como proporciona o
melhor entendimento da criança no concernente ao seu desenvolvimento.
A redação deste descritivo respeitante ao Desenvolvimento cognitivo “Normal”
de uma Criança, tem como objectivo proporcionar uma ferramenta para a preparação de
futuros docentes dando um plano educativo adequado às crianças no contesto
educacional em que nos encontramos.
De entre os vários investigadores que trabalharam o tema enunciado em
epígrafe, o estudo que decidimos seguir e basear este trabalho, foi a investigação
realizada por Piaget e Erik Erikson dando contributos sobre estudos psicanalíticos e
sobre o desenvolvimento psicomotor da criança.
Neste trabalho abordaremos sobre a criança em idade pré-escolar, sobre a
importância da pré-escola, sobre os marcos de desenvolvimento e concluiremos dando
opiniões sobre os trâmites que uma boa pré-escola deve seguir bem como realçaremos
sobre a sua importância.
Cientes do nosso esforço e da nossa humilde investigação convidamos os nossos
leitores a prestarem a máxima atenção sobre o tema.
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6. A criança em idade pré-escolar
O período do desenvolvimento compreendido entre o 3º e o final do 5º ano de
vida é chamado de idade pré-escolar. Nesta fase, a criança conquista importantes
habilidades, principalmente em relação à linguagem e à socialização, o que contribui
para que se torne mais independente e com capacidade de afirmar sua personalidade de
forma única e peculiar.
No início do período, a criança já é capaz de compreender e expressar
sentimentos mais complexos, como amor, tristeza, ciúmes e inveja, tanto no âmbito
verbal como não-verbal. Além disso, demonstra preocupação em ter a aprovação das
pessoas que lhe são queridas: seus pais e cuidadores. Na fase final, a criança mostra-se
apta para enfrentar desafios cada vez mais complexos no que se refere ao convívio
social, já que domina tarefas primárias de socialização, como controlar os esfíncteres,
vestir-se e alimentar-se sozinha, além de suas emoções estarem mais estáveis.
Segundo a teoria psicanalítica, a primeira fase do desenvolvimento é marcada
pela importância da oralidade. Um pouco mais adiante, entre 18 meses 24 meses de
idade, o controle do próprio corpo (esfíncteres) coincide com um grande desejo de
controlo do mundo e busca de autonomia, o que caracteriza a fase anal. Na faixa de dois
a três anos, a criança começa a ter consciência da genitália e das diferenças entre os
sexos, o que a leva a começar um processo de busca de compreensão dos papéis
feminino e masculino. E na fase pré-escolar? Para os psicanalistas, neste período a
criança encontra-se no estágio fálico do desenvolvimento psicossexual. Entre três e
cinco anos, a libido está voltada à região genital. Não raras vezes, observam-se
comportamentos naturais às dúvidas e descobertas em relação ao próprio corpo, como a
masturbação e a ansiedade em relação a ferimentos.
Erik Erikson trouxe uma importante contribuição para os estudos psicanalíticos
sobre a criança em fase pré-escolar ao propor que nesse período o grande desafio está
no desenvolvimento do senso de iniciativa. Nesta fase, a criança parece dotada de uma
energia interminável, que é extravasada principalmente através do brincar e de
atividades motoras (correr, pular, subir, descer etc.). A criança estará aprendendo
também como funciona o mundo social e como ela funciona dentro dele. A confiança na
sua própria capacidade de iniciativa, para Erikson, está bastante associada à criatividade
e ao desempenho de tarefas na idade adulta. Neste período de intensa atividade
imaginativa, o mundo de fantasias parece sobressair-se em relação à realidade.
Aos quatro anos, a criança é extremamente curiosa, costuma perguntar tudo.
Essa é a famosa fase dos “porquês”, e é nesse momento que começa a elaborar melhor a
linguagem, começa a ter preferências no seu vestir e no arrumar dos cabelos, está
sempre disposta a brincar e realiza pequenas missões. No período dos cinco aos seis
anos, a criança já consegue se movimentar com confiança para todas as direções, o que
evidencia uma real ampliação de suas capacidades motoras. A utilização da linguagem
já é eficiente, a criança sente orgulho de suas realizações e, algumas vezes, vergonha de
seus erros. Sua memória esta em pleno desenvolvimento. Neste momento, já possui
habilidades sociais para praticar exporte jogos e frequentar a pré-escola.
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7. Em relação ao desenvolvimento cognitivo, Jean Piaget postulou que, nesse
período, a criança encontra-se no estágio pré-operatório, ou seja: torna-se mais
sofisticada no uso do pensamento simbólico e da linguagem, mas, apesar disso, ainda
não é plenamente capaz de pensar logicamente e de compreender operações como, por
exemplo, a reversibilidade. Neste estágio, principalmente no começo do período, é
marcante o egocentrismo do seu pensamento. Um exemplo disso está na tendência a
pensar que cada um de seus pensamentos é comum a todas as outras pessoas, e que
podem sempre ser compreendidos.
Como pode ser visto, a idade pré-escolar caracteriza-se por um intenso
desenvolvimento das habilidades cognitivas, motoras e sociais. A habilidade crescente
de agir sobre o mundo traz consequências psicológicas pra criança: ao passo que
melhora seu teste de realidade, vê nas capacidades verbais uma maneira de solucionar
problemas e cooperar com os outros, o que resultará num avanço significativo da sua
autonomia e autossuficiência.
A importância da pré-escola
Alfabetização a princípio significa o domínio da leitura e da escrita, mas esse
domínio é na verdade a conclusão de um longo processo. Para que uma criança seja
alfabetizada, é preciso que ela passe antes por uma série de etapas em seu
desenvolvimento, tornando-se então preparada para a aquisição da leitura e da escrita.
Essas etapas compõem a chamada "fase pré-escolar" ou "período preparatório". O
processo de alfabetização, é bastante complexo para a criança, por isso a importância de
se respeitar o período preparatório, que dará a criança o suporte necessário para que ela
prossiga sem apresentar grandes problemas. Uma criança sem o preparo necessário,
pode apresentar durante a alfabetização, dificuldades relacionadas à coordenação
motora fina e à orientação espacial, não sabendo por exemplo, segurar o lápis com
firmeza, unir as letras enquanto escreve, ou como posicionar a escrita no papel. Pode
ainda ter problemas para identificar os fonemas e associá-los aos grafemas. Também é
possível encontrar crianças que só sabem copiar textos, e durante um ditado, não
conseguem escrever. Podemos falar também sobre as dificuldades de interpretação de
texto, de compreensão, de raciocínio lógico e ainda nas dificuldades emocionais.
Complexos de inferioridade, insegurança, medo de situações novas, medo de ser
repreendida, medo de errar, de não corresponder às expectativas dos pais, apatia,
indiferença ou indisciplina e revolta, problemas de socialização, baixa auto-estima, e
outros. O período propício para a alfabetização é entre os 6 ou 7 anos. Segundo Freud, é
a chamada "fase latente", quando a criança já não tem mais interesses relacionados à
descoberta do próprio corpo e do sexo oposto, bem como suas relações, e pode ter toda
a sua atenção voltada para a aprendizagem por que esses interesses só voltam a se
manifestar na puberdade. O processo de alfabetização pode chegar à 2 anos dependendo
da maturidade, do preparo, do ritmo da criança e do quanto foi estimulada. Este é o
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8. período adequado para que a criança tenha completo domínio da leitura e da escrita,
havendo a necessidade daí por diante do aperfeiçoamento da ortografia, da gramática e a
estimulação constante da compreensão, interpretação e produção de textos. Além de
tudo isso, uma boa alimentação, boa saúde, tempo de sono respeitado com horários
regulares e um ambiente de tranquilidade, segurança e amor entre a família, integração
entre a família e a escola, facilitam muito a superação do período de alfabetização com
bastante êxito.
Falando agora do período preparatório, precisamos levar em consideração que
para ser alfabetizada, uma criança precisa antes de tudo ter uma autoestima elevada,
precisa estar bem emocionalmente, ter segurança e auto-confiança, para poder enfrentar
as dificuldades que o processo de alfabetização irão lhe impor. Além disso, a criança
precisa apresentar características de socialização. Seja qual for o seu temperamento, ela
deve saber se portar em grupo, respeitar as pessoas, saber quais são seus limites, ter
disciplina, estabelecer boa comunicação, ir aos poucos adquirindo independência e
responsabilidade, saber ganhar e saber perder, ter boas maneiras, etc. Depois disso, a
criança deve apresentar um bom desenvolvimento motor e dominância lateral definida.
Isso significa que ela deve brincar muito, exercitar-se através de jogos e
brincadeiras que estimulem as percepções sensoriais (gustativa, olfativa, visual, tátil e
auditiva). Deve dominar seus movimentos corporais com habilidade e segurança, deve
conhecer seu corpo, seus limites, ter postura, equilíbrio, reflexos e raciocínio lógico bem
desenvolvidos. Por isso a importância das, brincadeiras de rua, de jogar bola, andar de
bicicleta. Rolar na grama, brincar com areia, nadar, correr, pular, etc. Isso é o que
chamamos de coordenação motora global. O próximo passo, é o desenvolvimento da
coordenação motora fina. A criança se desenvolve nesse sentido quando desenha ou
pinta com todos os tipos de lápis, pincéis, quando usa tesouras ou quando pinta com os
próprios dedos. Quando rasga, amassa ou pica papéis, quando brinca com jogos de
encaixar e montar, enfim, são atividades que limitam-se mais ao uso das mãos,
associadas ao raciocínio, à percepção sensorial e à concentração. Também são pré-requisitos
importantes o desenvolvimento da capacidade de concentração, o
desenvolvimento da memória e do raciocínio lógico e abstrato. Estes podem ser
aprimorados com brinquedos e programas educativos, músicas, histórias, filmes
infantis, livros, conversas informais, e tantas outros recursos. Toda e qualquer atividade
estimulam o cérebro, e quanto mais estimulado, melhor é o desempenho da criança em
todo o processo de aprendizagem. Além de tudo isso a criança precisa sem dúvida
apresentar bom desenvolvimento físico e boa saúde. Por causa de todo esse aprendizado
é importante que as crianças frequentem a pré-escola. Os pais devem estar atentos
quanto a escolha de uma, por que muitas não têm a aprovação da secretaria de educação
do município. São as conhecidas escolas de "fundo de quintal", onde não existem os
recursos necessários para todo o desenvolvimento do período preparatório.
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9. Marcos de desenvolvimento
Estes marcos de desenvolvimento mostram algumas das capacidades que
marcam o progresso das crianças à medida que aprendem a comunicar.
Aos 3 anos compreende as perguntas “quem”, “o quê”, “onde” e “porquê” cria
frases longas, usando 5 a 8 palavras fale sobre eventos passados - viagem à casa dos
avós, dia no jardim infantil conta histórias simples mostra afeição pelos amigos de
brincadeira favoritos envolve-se em brincadeira de fingir de com etapas múltiplas –
cozinhar uma refeição, reparar um carro é compreendido pela maior parte das pessoas
fora da família, a maior parte das vezes tem conhecimento da função da letra impressa –
em menus, listas, sinais tem um princípio de interesse em, e atenção a, rimas.
Aos 4 anos segue instruções envolvendo 3, ou mais, etapas – “Primeiro, arranja
um papel, depois faz um desenho, no fim dá-o à mamã” usa gramática do tipo adulto
conta histórias com um princípio, meio e fim claros fala para tentar resolver problemas
com adultos e outras crianças demonstra uma brincadeira imaginária cada vez mais
complexa é compreendia por estranhos, quase sempre é capaz de gerar rimas simples –
“gato-pato” equipara algumas letras com os seus sons, “a letra T diz “tê”.
Aos 5 anos seguem instruções de grupo – “todos os rapazes apanham um
brinquedo” compreende instruções envolvendo “se...então” – “Se vai usar ténis, então
prepara-os para a ginástica” descreve eventos passados, presentes e futuros em
pormenor procuram agradar aos amigos mostra uma independência aumentada nas
amizades podem visitar os vizinhos sozinha usa quase todos os sons da sua linguagem
com poucos ou nenhuns erros conhece todas as letras do alfabeto identifica os sons no
princípio de algumas palavras – “Pop começa com o som ‘pê’”
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10. Uma boa pré-escola deve:
Ser aprovada pelo Ministério de educação
Ser devidamente regularizada e fiscalizada
Ter amplo espaço externo, com variedade de recursos para recreação
Ser limpa e organizada
Ter salas adequadas para idades diferentes, que devem ser limpas, arejadas, amplas
e decoradas para melhor estimulação e ilustração.
Ter recursos pedagógicos variados e organizados: brinquedos, jogos, ambientes de
estimulação, actividades extracurriculares
Ter professores experientes formados em magistério primário e/ou pedagogia
Ter cozinha e refeitórios limpos e amplos
Ter funcionários para limpeza: cozinha e secretaria
Apresentar planos pedagógicos organizados e coerentes com as idades das crianças
Ter atendimento e boa comunicação com os pais
Muitas pré-escolas se preocupam somente com a alfabetização da criança, mas é
muito importante que a pré-escola se preocupe primeiramente com o desenvolvimento
do período preparatório, com a estimulação de todos os pré-requisitos que já
descrevemos. A escola não deve pular as etapas do desenvolvimento, isso é
extremamente prejudicial e trará consequências futuras para a criança, nas áreas
pedagógica, emocional ou social. Para ser alfabetizada, uma criança precisa estar
madura em todos os sentidos, pois o processo de alfabetização apresenta novas etapas, e
a criança deve estar preparada para vencê-las. É importante ressaltar que pré-escola não
é um “depósito de crianças”, onde as crianças ficam para que os pais possam trabalhar.
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11. CONCLUSÃO
Com base nas pesquisas feitas, e analisando a relevância do tema, o grupo
entendeu que a pré-escola tem um papel importantíssimo no preparo da criança para a
alfabetização e deve cumprir este papel com competência. É o início da formação da
criança, é onde ela vai ter o primeiro contato com o processo de aprendizagem, que será
a base para todos os anos de escola que ela terá no futuro. Esse contato deverá ser
agradável e prazeroso, para que não gere traumas futuros. No período preparatório, a
família e a escola devem caminhar juntas, auxiliando uma à outra mutuamente. A
família deve estimular a criança, ajudá-la com as tarefas, participar das reuniões, estar
em contato com os professores, interessar-se pela vida escolar da criança.
Para finalizar, a escolha de uma pré-escola, não é tarefa fácil, por isso os pais
devem pesquisar muito, conhecer o maior número possível de pré-escolas, levando em
consideração não só as suas expectativas em relação à escola, mas principalmente as da
criança, procurando por uma boa escola, que seja adequada às necessidades dos seus
filhos, que ofereça bom ambiente e bons serviços. É importante lembrar que a pré-escola
é o começo da longa caminhada escolar de seus filhos, por isso, deve ser um bom
começo, que proporcione alegria e satisfação para a criança, afinal... “ a primeira
professora a gente nunca esquece.” Este é o humilde contributo que o grupo tem acerca
do desenvolvimento da criança na idade pré-escolar.
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12. Referências bibliográficas
Para a realização deste trabalho tivemos como fonte o site da internet
www.google.com, na qual encontramos as seguintes referências:
BEE, Helen. A criança em desenvolvimento. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996.
EIZIRIK, Cláudio Laks; KAPCZINSKI, Flávio; BASSOLS, Ana Margareth Siqueira
(Orgs.).O ciclo da vida humana: uma perspectiva psicodinâmica. Porto Alegre: Artmed,
2001.
SHAFFER, David R. Psicologia do desenvolvimento. São Paulo: Thomson Pioneira,
2005.
PIAGET, Jean; Psicologia da inteligência. Rio de Janeiro, Zahar Editores, 1977
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