O documento resume a história do estado do Paraná no Brasil. Começa com a pré-história dos povos indígenas que habitaram a região, como os Tupi-Guarani e Jê. Depois aborda a chegada dos europeus no século XVI, principalmente os espanhóis e portugueses, e a fundação das primeiras vilas. O documento também descreve os principais ciclos econômicos do Paraná, como o do mate, madeira e café, além de conflitos como a Revolução Federalista e a Guerra do
2. Período Pré-colonial:
Existem datações, no oeste do
estado de aproximadamente
oito mil anos.
Temos no Paraná basicamente:
Tupi-guarani no litoral, no
oeste e noroeste.
Jê (botocudo e Kaingangue)
com distribuição geográfica
mal definida, mas
preferencialmente sobre a
Floresta de Araucária.
Em 1953, foram descobertos
os Xetá, que haviam se
isolado na Serra dos Dourados
(noroeste do estado) vivendo
no mais puro estado primitivo,
atualmente restam sete
indivíduos.
4. A ocupação européia:
Como podemos observar
a maior parte do território
paranaense pertencia a
Espanha.
Durante o século XVI,
temos algumas
explorações e contatos
entre europeus e nativos:
Aleixo Garcia.
Alvares Nuñez Cabeza
de Vaca 1541 .
Hans Staden, em 1549,
5. O Paraná espanhol:
Em 1554 nasceu a vila de
Ontiveros, primeira
povoação européia
(espanhola), perto da foz
do rio Ivaí.
Dois anos depois o
povoamento, transferido
para perto da foz do rio
Piquiri, receberia o nome
de
Ciudad Real de Guairá,
que, junto com Vila Rica
do Espírito Santo – nas
margens do Ivaí – formou
a Província de Vera ou do
Guairá.
A tentativa espanhola de
escravizar os índios
provocou levantes e a
pacificação foi confiada
aos padres Jesuítas, que
adotaram o sistema de
reduções.
7. Ocupação portuguesa:
Bandeirante Diogo de Unhate, em 1614
Gabriel de Lara: > OURO <
O pelourinho de Paranaguá foi erguido em 6 de janeiro
de 1646 e a criação da Câmara e das Justiças
aconteceu com a eleição de 29 de junho de 1648.
As lendas sobre a existência de grandes jazidas de ouro
e prata atraíram à região de Paranaguá numerosos
aventureiros.
No início os atrativos na região eram as atividades dos
bandeirantes (capturar índios e buscar ouro)
1654 - Ébano Pereira funda Curitiba, que nasceu às
margens do rio Atuba. Destaca-se Baltazar Carrasco
dos Reis e Mateus Leme, figuras importantes no
povoado, sendo este último seu dirigente.
Também observamos uma modesta agricultura.
8. O povoado de Nossa Senhora da Luz e Bom
Jesus dos Pinhais (CURITIBA), foi elevado a
vila em 1693.
9. Tropeirismo:
Para atender às necessidades de alimentação e
transporte dos mineradores das Minas Gerais,
ocorreu uma grande procura de vacas, cavalos
e mulas. Os campos de Curitiba e do atual Rio
Grande do Sul, onde o gado se espalhava em
grande quantidade, eram territórios favoráveis à
pecuária. Século XVIII.
Como conseqüência da expansão dos currais
de gado, nasceram as cidades dos campos:
Castro, Ponta Grossa, Palmeira, Lapa,
Guarapuava e Palmas, todas do século XIX.
10.
11. Estrada Real ou Caminho do
Viamão, que saindo de Viamão,
no RS, passava pelos campos de
Vacaria, Lages, Curitibanos,
Papanduva, Rio Negro, Campo do
Tenente, Lapa, Palmeira, Ponta
Grossa, Castro, Piraí do Sul,
Jaguariaiva, Itararé, chegando a
Sorocaba em São Paulo.
Caminho das Missões, que
saindo dos campos da região de
São Borja seguia por Santo
Ângelo, Palmeira das Missões,
Rodeio, Chapecó, Xanxerê,
Palmas, onde se bifurcava por
União da Vitória e Palmeira, e a
segunda Guarapuava, Imbituva e
Ponta Grossa.
Caminho da Vacaria, interligava
Palmeira das Missões a Vacaria
no Caminho do Viamão, passando
por Ijuí, Carazinho, Passo Fundo e
Lagoa Vermelha.
12. Em 19 de novembro de 1811, foi criada a 5ª
Comarca de SP: Paranaguá e Curitiba.
A emancipação para
província do Paraná, se
deu em:
19 de dezembro de
1853.
Curitiba tornou-se,
então, a capital da
província em 26 de julho
de 1854, com 5.819
habitantes.
Zacarias de Góes e
Vasconcelos
13. Erva Mate
Ilex paraguariensis :Mate, erva-mate, erveira,
congonha, erva, erva-verdadeira, erva-congonha.
A erva-mate, responsável por um dos mais longos e
produtivos ciclos econômicos da história paranaense,
teve seu apogeu, no século XIX.
14. Junto com a atividade ervateira,
que chegou a representar 85 por
cento da economia da nova
província, instalaram-se indústrias:
em 1853 existiam 90 engenhos de
beneficiamento de mate;
floresceram cidades como Guaíra,
desbravada e colonizada pela
Companhia Matte Laranjeira S. A.,
Rio Negro que abrigava uma
burguesia ervateira abastada e
influente e tantos outros centros
urbanos que evoluíram de portos
fluviais como União da Vitória,
Porto Amazonas e São Mateus do
Sul.
Foi na esteira deste ciclo, que os
transportes tiveram grande
impulso: desenvolveu-se a
navegação fluvial no rio Iguaçu;
construiu-se a Estrada da
Graciosa e a Ferrovia Curitiba-
Paranaguá, concluída em tempo
recorde de apenas cinco anos.
15. Vapores no Rio Paraná e Iguaçu:
No início do século XIX a
erva mate abriu o
comércio de exportação
para os mercados do
Rio da Prata e do Chile.
Transformou-se no
esteio econômico
paranaense até os anos
de 1930 quando a
concorrência argentina
encerrará a
predominância da erva-
mate paranaense.
17. Ciclo da Madeira:
Principalmente séculos XIX e XX
A exploração de madeira no Brasil
vem dos primórdio da colonização.
(Pau-brasil).
No Paraná a madeira de boa
qualidade e o tronco reto da
araucária, não demoraram muito a
serem notados pela Metrópole.
Contudo existe a dificuldade em
ultrapassar os limites do planalto,
até o litoral.
Temos também a concorrência
externa, pinho de Riga.
Que é superada com I Guerra
Mundial.
18. Transporte da madeira:
O desenvolvimento do transporte feito por caminhão após a década de 30, libertou a
indústria madeireira da dependência exclusiva da estrada de ferro, penetrando desta
forma, cada vez mais para o interior.Em um determinado espaço de tempo, durante a
Segunda Guerra Mundial, a madeira de pinho liderou a pauta das exportações do
Paraná.
19. Revolução Federalista:
Movimento insurrecional do início da República envolvendo as principais
facções políticas do Rio Grande do Sul. Começa em 1893 e dura até 1895. Dois
partidos disputam o poder. De um lado, o Partido Federalista reúne a velha elite
do Partido Liberal do Império, Gaspar da Silveira Martins. De outro, o Partido
Republicano Rio-Grandense Júlio de Castilhos.
Maragatos e chimangos – Em fevereiro de 1893, ano da campanha eleitoral
para o governo estadual, os federalistas, chamados maragatos, iniciam
sangrento conflito com os republicanos, apelidados de chimangos ou pica-paus.
Os combates espalham-se pelo estado e transformam-se em uma guerra civil,
com milhares de vítimas. Os maragatos pedem a intervenção federal no estado,
mas o presidente Floriano Peixoto prefere apoiar os pica-paus.
20. Revolução federalista:
Entre fins de 1893 e começo de
1894, os maragatos avançam
sobre Santa Catarina e unem-se
aos rebeldes da Revolta da
Armada, que ocupam a cidade de
Desterro (atual Florianópolis). Em
seguida entram no Paraná e
tomam Curitiba. Mas, sem
recursos humanos nem materiais
suficientes, recuam. Concentram
sua atividade no território gaúcho,
mantendo a luta até meados de
1895. No dia 10 de julho, o novo
presidente da República, Prudente
de Moraes, consegue um acordo
de paz. O governo central garante
o poder a Júlio de Castilhos e o
Congresso anistia os participantes
do movimento.
21. CAFÉ:
O cultivo do café se iniciou em,
1860. Nessa ocasião, fazendeiros
paulistas e mineiros começaram a
ocupar a região Nordeste do
Estado, que se tornou conhecida
como Norte Pioneiro.
Como decorrência desse fato,
eram escassos os vínculos dessa
região com o restante do Estado.
Tanto o escoamento dessa
produção quanto o abastecimento
da região com os gêneros dos
quais ela não era auto-suficiente
se faziam pelo Estado de São
Paulo. a partir de 1924 essa
região começaria a se integrar à
economia paranaense.
•Café : riqueza do início da República
(tela de Portinari)
23. Naquele ano, quase trinta mil
sacas de café do norte do
Paraná seriam escoadas pelo
Porto de Paranaguá, o quadro
se altera radicalmente a partir da
ocupação do assim chamado
Norte Novo, abrangendo desde
Cornélio Procópio até a região
de Londrina.
A colonização dessa região
esteve a cargo da Companhia
de Terras Norte do Paraná,
fundada por britânicos. Tendo
comprado quase meio milhão de
alqueires do Estado em 1927, a
Companhia se dedicou a partir
daí, à venda de lotes para
pequenos e médios fazendeiros.
No início da década de 1950,
quase 400 mil alqueires haviam
sido vendidos, totalizando 26 mil
lotes rurais (OLIVEIRA, p.35
2001).
24. Guerra do contestado:
Violento conflito social que ocorre entre 1912 e 1916 no Contestado
– região no oeste de Santa Catarina e sudoeste do Paraná,
Essa fronteira era mal definida e reivindicada pelos dois estados
brasileiros.
Camponeses pobres enfrentam forças federais e estaduais na
defesa de suas terras e de suas crenças religiosas.
POBREZA e MESSIANISMO.
26. Contestado:
Em 1912 há um grande contingente de
famílias pobres à procura de terra e de
trabalho. São famílias de desempregados
da estrada de ferro recém-construída
(ligando São Paulo ao Rio Grande do Sul)
ou expulsas das terras à beira da ferrovia,
concedidas pelo governo a companhias
colonizadoras e madeireiras.
Nesse ano aparece nas vizinhanças de
Campos Novos e Curitibanos o "monge"
José Maria, pregador e curandeiro que atrai
muitos camponeses para a localidade de
Taquaruçu. De lá são expulsos por
jagunços do coronel Francisco de
Albuquerque e se instalam na Vila do Irani,
no centro do Contestado.
A luta prolonga-se até o final de 1916,
envolvendo uma população rebelada de 20
mil pessoas.
Termina com a maciça intervenção do
Exército, com saldo de quase 3 mil mortos.
No final desse ano, o governo do Paraná e
o de Santa Catarina assinam um acordo de
limites, pondo fim à velha disputa territorial.
27. Imigrantes no Paraná:
Não se pode falar em
colonização do Paraná, sem
falar nos imigrantes. Depois dos
portugueses e espanhóis, os
alemães se estabeleceram no
Paraná. Isso ocorreu em 1829,
no atual município de Rio Negro.
Foi a 1ª Colônia alemã no
estado. O Paraná é um estado
com grande diversidade étnica.
É constituído por imigrantes
alemães, japoneses, poloneses,
ucranianos, italianos, espanhóis
e outros, que ajudaram construir
a riqueza da nação brasileira.
28. Entre 1853 e 1886, o Paraná recebeu cerca de 20 mil imigrantes. Marechal
Cândido Rondon recebeu grande nº de imigrantes alemães. Sua cultura
reflete nas fachadas das casas, na culinária e no rosto de seus habitantes.
É considerada a cidade mais alemã do Paraná. As cidades de Rolândia,
Cambé, Teófilo Otoni, Guaraqueçaba, Castro, Curitiba, Irati, Ponta Grossa,
Guarapuava e algumas outras, receberam imigrantes alemães.
Em 1860, começaram a chegar os imigrantes italianos, poloneses,
ucranianos, japoneses, neerlandeses. Os poloneses se fixaram mais na
região de Curitiba, Araucária, Irati com seus carroções de toldo; os
italianos na região de Colombo, Santa Felicidade,eram os agricultores e
comerciantes e ficaram famosos com sua culinária; os alemães em Rio
Negro, Rolândia, Cambé, etc. se destacaram na agricultura e indústria; os
japoneses fizeram suas Colônias em Assaí, Uraí, Bandeirantes e Londrina ,
famosos com sua hoticultura; os ucranianos em Ponta Grossa, Cruz
Machado , na agricultura e artesanato; os neerlandeses se fixaram na
região de Castro, Ponta Grossa, Guarapuava, se destacando na indústria
de laticínios. Todos contribuiram para o desenvolvimento e progresso do
Paraná.
30. Coluna prestes
Movimento político-militar de origem
tenentista que, entre 1925 e 1927, se
desloca pelo Brasil pregando reformas
políticas e sociais e combatendo o
governo do presidente Artur Bernardes.
No início de 1925, eles se reúnem no
oeste do Paraná com a coluna do
capitão Luís Carlos Prestes, que havia
partido do Rio Grande do Sul,
atravessa o país até o Maranhão,
percorre parte do Nordeste e em
seguida retorna a partir de Minas
Gerais. Refaz parte do trajeto da ida e
cruza a fronteira com a Bolívia em
fevereiro de 1927.
Sem jamais ser vencida, a coluna
combate as tropas do Exército ao lado
de forças policiais dos estados e de
jagunços e cangaceiros, recrutados
pelos coronéis e estimulados por
promessas oficiais de anistia.
31. Paraná Atual:
Agropecuária.
Agro-Negócio e
cooperativas.
O Museu Oscar Niemeyer
Industrialização.
Turismo.
Renaut - São José dos Pinhais/PR