O Jardim de S. Lázaro, inaugurado em 1834, foi o primeiro jardim público da cidade do Porto. Desenhado no estilo romântico, apresenta fontes, estátuas e árvores centenárias. Originalmente o local era conhecido como lugar do Arrabalde, onde trabalhavam oleiros, e recebeu o nome de S. Lázaro devido a uma antiga leprosaria medieval ali instalada.
História do porto jardins do porto - jardim de s. lázaro
1. Cadeira de
HISTÓRIA DO PORTO
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Professor Doutor
Artur Filipe dos Santos
2. Jardins e Praças do Porto
JARDIM DE S. LÁZARO
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3. • O Jardim de São Lázaro
é o mais antigo jardim
municipal da cidade do
Porto.
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Jardim de S. Lázaro
5. Jardim de S. Lázaro
• Inaugurado em 1834, o
jardim, fresco e frondoso,
é de concepção
romântica, podendo
destacar-se as
imponentes tílias, o
coreto e os grupos
escultóricos a que não
será alheia a proximidade
da Escola Superior de
Belas Artes do Porto.
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6. • Integrada no
gradeamento que o
delimita a norte,
encontra-se uma fonte
retirada do antigo
convento de São
Domingos.
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7. • A nascente do jardim
está a Biblioteca Pública
Municipal do Porto e, a
sul, a magnífica fachada
barroca do antigo
convento de São Lázaro,
atribuído a Nicolau
Nasoni.
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Jardim de S. Lázaro
8. Jardim de S. Lázaro
• Conhecido como Jardim
de S. Lázaro, foi
inaugurado em 1834,
sendo o primeiro jardim
público da cidade, o seu
nome oficial é Jardim
Marques de Oliveira.
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9. • Típico jardim romântico,
cheio de fontes e
estátuas, frondosas
árvores e canteiros, além
de um pequeno coreto.
Apesar de bastante
modificado desde a
origem, é hoje o único
jardim da cidade ainda
envolvido por um
gradeamento com quatro
portões.
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10. • Está instalada neste
jardim uma fonte de
mármore oriunda da
sacristia do extinto
Convento de São
Domingos.
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Jardim de S. Lázaro
11. Jardim de S. Lázaro
• Destaca-se o conjunto
de 12 Magnolia
grandiflora classificadas,
em redor do lago, com
grande valor
ornamental.
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12. • Próximo da Biblioteca
Municipal do Porto e da
Faculdade de Belas
Artes, o Jardim
Marques de Oliveira é
um dos jardins públicos
mais frequentados da
cidade.
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13. • João Marques da Silva
Oliveira (Porto, 23 de
Agosto de 1853 — 9 de
Outubro de 1927 (64
anos)) foi um pintor
naturalista e professor
português.
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Quem foi Marques de Oliveira
14. • Em 1864 entrou para a
Academia Portuense de
Belas Artes,
completando o curso de
história da pintura em
1873. Viveu em França
de 1873 a 1879, com o
seu colega Silva Porto.
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15. • Os dois pintores são
considerados os
introdutores do
naturalismo em
Portugal. Em 1876 e
1877 viajou com Silva
Porto pela Bélgica,
Países Baixos, Inglaterra
e Itália onde
permaneceram mais
demoradamente.
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16. • Participou nos Salons
de Paris de 1876 e
1878. Em 1879,
regressou ao Porto e, à
semelhança de Silva
Porto, introduziu a
pintura de ar livre em
Portugal.
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17. • A partir de 1881, e até
1926, foi professor na
Academia Portuense de
Belas-Artes, onde
ocupou o lugar de
director.
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18. • Faleceu a 9 de outubro
de 1927, tendo sido
sepultado no Cemitério
da Lapa, no Porto.
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19. • Auto-retrato, 1876
Museu Malhoa Caldas
da Rainha
• Filho Pródigo, 1877,
Museu Nacional Soares
dos Reis, Porto
• Céfalo e Prócris 1879,
Museu Nacional Soares
dos Reis, Porto
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Obras mais conhecidas
20. • Dafne e cloe, 1879,
Museu Nacional Soares
dos Reis, Porto
• Retrato de Teixeira
Gomes (1881), Museu
Soares dos Reis
• À Espera dos Barcos
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21. • O Jardim de S. Lázaro,
inaugurado em 1834,
foi o primeiro jardim
público da cidade.
Desenhado após o
cerco do Porto por João
José Gomes, primeiro
jardineiro municipal do
Porto, é um típico
jardim romântico.
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Jardim de S. Lázaro
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22. • O nome de S. Lázaro dado
a vários sítios (alguns
entretanto
desaparecidos) das
imediações do actual
jardim, que ainda ostenta
essa designação teve
origem na existência, por
ali perto, de um hospital
onde eram tratados os
leprosos que tinham
aquele santo como
protector.
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Origem do Topónimo
23. Origem do Topónimo
• Há documentos do século XIV
que falam de uma gafaria
"além da Porta de Cima de
Vila, não longe de Mijavelhas."
Ao local onde existiu esse
hospital deram o nome de S.
Lázaro. Nos nossos dias o
topónimo está apenas no
jardim e no Passeio de S.
Lázaro que liga a Avenida de
Rodrigues de Freitas à Rua de
D. João IV. Houve uma Rua de
S. Lázaro que ia desde o jardim
até à Rua de Entreparedes.
Desapareceu há muito.
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24. • Os terrenos que desta rua se
estendiam até à rua de
Alexandre Herculano faziam
parte, ainda no século XVII, de
uma enorme propriedade a
que se dera o nome de Quinta
de S. Lázaro. Houve um tempo
em que toda esta dilatada
zona foi conhecida por o
Arrabalde e o sítio exacto
onde se construiu o Jardim de
S. Lázaro era o lugar do
Arrabalde onde
predominavam os oleiros que
faziam louça de barro para uso
caseiro.
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Origem do Topónimo
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25. • Ainda hoje existe o Beco
do Arrabalde. Mas o sitio
era muito mais amplo e
abrangia zonas que
depois também tiveram
curiosas e pitorescas
denominações:
Mijavelhas, já aqui citado,
o actual Campo de 24 de
Agosto; Malmerendas, a
conhecida Rua do Dr.
Alves da Veiga;
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Origem do Topónimo
26. Origem do Topónimo
• Reimão, agora
transformada na
Avenida de Rodrigues
de Freitas; Poço das
Patas, topónimo ainda
existente numa travessa
das redondezas.
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27. • Em tempos antigos
passou por estes sítios
uma Via Sacra que tinha
origem junto da
desaparecida Capela da
Batalha e terminava no
sopé do antigo Monte
de Godim, actual alto
do Bonfim, onde se
construiu a igreja
paroquial.
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28. • A decisão de criar este
Jardim é
contemporânea da
constituição da
Biblioteca Pública,
situada mesmo ao lado.
O Jardim foi concluído
sete anos após a sua
inauguração.
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Jardim de S. Lázaro
29. Jardim de S. Lázaro
• Ao longo dos anos foi
sofrendo diversas
intervenções: em 1869,
intervenção paisagística
pelo alemão Emílio
David;
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30. • em 1908 foi derrubada
alguma vegetação
incluida em 1869; e em
1911 sofre nova
modificação,
acreditando-se que as
magnólias hoje
existentes no jardim
tenham sido plantadas
nesse ano.
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31. • Antes de ser jardim esta
zona era já chamada de
São Lázaro. Este
topónimo – Lázaro –
evoca a antiga gafaria
(leprosaria) medieval aí
instalada no princípio
do século XVI, que veio
a ser demolida no
século XVIII.
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Jardim de S. Lázaro
32. Jardim de S. Lázaro
• O local era
periodicamente
ocupado por uma feira,
tal como sucedia à
maioria dos espaços
que no Porto foram
ajardinados até à
segunda década do
século XX.
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33. • Era costume a feira
transitar então para
outro campo mais
periférico da cidade. No
caso de São Lázaro, o
destino foi o actual
Campo 24 de Agosto.
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34. • Camilo Castelo Branco,
que viveu próximo
desta zona recebeu
neste jardim, das mãos
de D. Pedro II do Brasil,
a Comenda da Ordem
da Rosa.
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Jardim de S. Lázaro
35. Jardim de S. Lázaro
• Após a inauguração dos
jardins do Palácio de
Cristal e da Cordoaria, o
Jardim de S. Lázaro, antes
lugar de eleição da
sociedade portuense,
entrou um pouco em
decadência. Hoje é, no
entanto, um dos jardins
públicos mais
frequentados da cidade.
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36. • O Jardim de S. Lázaro é
um típico jardim
romântico, cheio de
fontes e estátuas,
frondosas árvores e
canteiros, além de um
pequeno coreto. Apesar
de bastante modificado
desde a origem, é hoje o
único jardim da cidade
ainda envolvido por um
gradeamento com quatro
portões.
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37. • Este jardim possui algumas
das árvores mais antigas do
Porto. Dominando o
cenário, doze grandiosas
magnólias rodeiam o
pequeno lago central. Nos
canteiros, a poente e a
norte, encontram-se
numerosas camélias, alguns
cedros e uma palmeira. As
alamedas periféricas do
jardim são rematadas por
tilias.
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Jardim de S. Lázaro
38. Jardim de S. Lázaro
• Está instalada neste
jardim uma fonte de
mármore oriunda da
sacristia do extinto
Convento de São
Domingos.
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39. • Próximo da Biblioteca Municipal do Porto e da Faculdade de
Belas Artes, o Jardim de S. Lázaro é muito frequentado por
estudantes e reformados, sendo ainda hoje um dos mais
frequentados jardins públicos da cidade.
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40. • Houve no Porto um jardim
em que era "absolutamente
proibido" que dentro dele
entrassem"… mendigos
d'ambos os sexos, homens
com carretos às costas,
crianças que não sejão
acompanhadas, ou que
representem ter menos de
10 anos de idade e,
finalmente, toda a pessoa
que por seu trajo menos
decente possa pertencer às
classes indicadas…"
(mendigos, etc).
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Jardim de S. Lázaro
41. Jardim de S. Lázaro
• O jardim em causa era o de S.
Lázaro. Como é geralmente
sabido, este, ainda hoje belíssimo
espaço, mau grado o desleixo a
que tem sido votado nos últimos
anos, foi criado por iniciativa de
D. Pedro IV que, num gesto
romântico, o dedicou às mulheres
do Porto para que servisse de
lenitivo às agruras e aos
sacrifícios que elas tiveram que
suportar durante o Cerco que
opôs o Exército Liberal,
comandado por aquele monarca,
às tropas do regime absolutista
de D. Miguel.
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42. • O jardim a que,
modernamente, se deu o
nome do pintor Marques de
Oliveira, começou a ser
construído em Janeiro de
1833, com base num risco de
João Baptista Ribeiro e,
embora ainda não estivesse
concluído, foi inaugurado,
oficialmente, com imponentes
festejos, no dia 4 de Abril de
1834 por ser o aniversário
natalício da rainha D. Maria II
(cognominada de A
Educadoraou A Boa Mãe).
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43. • Quatro anos depois (22 de Dezembro de
1838), a Câmara do Porto, a pretexto de
que de que "achando-se definitivamente
concluído o Jardim Publico de S. Lázaro",
deliberou estabelecer um regulamento
que visava, "não somente a boa
conservação do jardim, conforme exige a
comodidade pública" mas também a
manutenção, dentro daquele espaço, de
uma patrulha da Polícia (ou Guarda)
Municipal para que, em colaboração com
o jardineiro para ali destacado,
garantissem "o escrupuloso
cumprimento" das instruções que a
seguir eram mencionadas.
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Jardim de S. Lázaro
Planta de J. de Costa Lima;
Jardim de S.Lázaro; 1839
44. • Pretendia-se, afinal, dar
cumprimento aos desejos
expressos por D. Pedro IV
que queria ver aquele
jardim, por si criado,
transformado num
espaço de recreio e de
lazer que satisfizesse os
objectivos que haviam
presidido à sua criação: o
de ser um local de pura
recreação para as damas
portuenses.
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Jardim de S. Lázaro
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45. • Com o regulamente
municipal divulgado em
1838 pretendia-se,
sobretudo, evitar a
degradação do espaço e
que os intentos do
monarca fossem, desse
modo, adulterados e o
jardim se transformasse,
a breve trecho, num
simples descampado.
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Jardim de S. Lázaro
46. Jardim de S. Lázaro
• O Jardim tinha as quatro
entradas que ainda hoje
possui mas o acesso ao seu
interior estava condicionado
pelos seguintes horários: no
Verão as portas abriam ao
nascer do sol e fechavam
"três horas depois do toque
das Ave Marias"; no Inverno
abriam às 7 horas e
"encerravam uma hora
depois do toque das Ave
Marias".
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47. • O período de Verão era
contado desde o
primeiro dia de Maio
até ao último dia do
mês de Setembro.
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48. • Havia uma sineta " junto
da porta que fica em
frente à Rua de 23 de
Julho (actual Rua de
Santo Ildefonso) que
tocará exclusivamente
para anunciar ao público
a hora da saída…" Trata-
se da entrada que fica
perto da actual Praça dos
Poveiros.
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Jardim de S. Lázaro
49. Jardim de S. Lázaro
• Eram três os toques da
sineta com que se
anunciava o fecho das
portas. A primeira a fechar
era a que atrás se
mencionou. Depois
encerrava a porta "que dava
para a Rua de 29 de
Setembro (actual Rua do
Heroísmo) e logo a seguir a
fechava a porta "em frente
à Rua da Murta" (agora
designada de Morgado de
Mateus).
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50. • Nesta última porta só se
fechava metade dela ao
último toque da sineta
e não se encerrava
definitivamente sem
antes se verificar se
ainda havia alguma
pessoa dentro do
jardim. O zelo era total.
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Jardim de S. Lázaro
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51. • No capítulo das proibições,
não era permitido tirar ramos
de verdura, flores ou outros
adornos, "nem mesmo ainda
tocar-lhes com a mão ou
bengala…" Era também
proibido "que pessoas, de
qualquer graduação ou classe
que sejam, entrem a cavalo
dentro do jardim…" Proibida
estava também "a entrada de
cães no jardim, nem mesmo
acompanhando seus donos…"
As pessoas que contrariassem
esta disposição pagavam a
multa de 2$400 reis.
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Jardim de S. Lázaro
52. Jardim de S. Lázaro
• Ao jardineiro de serviço no
jardim, além das funções
próprias do seu ofício que o
obrigavam a zelar pelo asseio
dos canteiros, "e o bom
regulamento do repuxo"
cabia-lhe ainda a ingrata mas
civilizada missão de "advertir
as pessoas que contraviessem
(sic) no que estava
determinado nos
regulamentos , sempre com
palavras decentes e civis e só
em caso de desobediência
requereria o auxilio da
Guarda…".
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53. • Existe ainda nos dias de
hoje uma festa rija,
tipicamente popular , nas
imediações do Colégio da
Nossa Senhora da
Esperança, em S. Lázaro.
Foi a romaria a este santo
protetor contra a lepra –
uma das poucas festas
que ainda acontecem no
interior do Porto.
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54. • Esta festa ocorre neste local
porque foi por ali que
funcionou uma das gafarias
(hospital de leprosos), «da
parte de fora do muro
(muralha fernandina), além
da porta de Cima de Vila,
não longe de Mijavelhas…»,
ou seja, perto do Campo 24
de Agosto que em recuados
tempos teve esta pitoresca
designação.
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Jardim de S. Lázaro
55. Jardim de S. Lázaro
• A notícia mais antiga que se
conhece sobre a atividade
de uma gafaria dá-a como
tendo funcionado, já em
1247, na Ribeira onde hoje
está a igreja de S. Nicolau.
Só no século XIV se fez a
transferência do hospital
para a parte de fora das
muralhas com a fundação
de uma ermida e hospital
que tomaram como
padroeiro S. Lázaro.
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56. • Daí adveio o nome ao
local que abrangia o atual
jardim e artérias
circundantes. Uma
descrição desses sítios
dos meados do século XIX
diz-nos que «o campo ou
terreiro de S. Lázaro, em
frente da capela e da
gafaria, se assemelhava a
um vulgar largo de feira
em terra provinciana…».
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57. • Hoje, o topónimo de S.
Lázaro, no Passeio de S.
Lázaro que vai da
Avenida de Rodrigues
de Freitas à Rua D. João
IV. Da capela e do
hospital, nem vestígios.
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Jardim de S. Lázaro
58. Jardim de S. Lázaro
• Emblemático do sítio de S.
Lázaro é este edifício onde
atualmente está instalada a
Biblioteca Pública
Municipal. Começou por ser
um pequeno hospício dos
frades menores reformados
da Ordem de S. Francisco da
Província da Imaculada
Conceição. Posteriormente
foi transformado em
convento da mesma ordem.
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59. • Durante as invasões
francesas o convento
serviu, simultaneamente,
de depósito militar e de
hospital. A gafaria de S.
Lázaro beneficiou muito
da rede de abastecimento
de água criado pelos
monges para seu serviço
e da população.
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60. • Com a romântica
intenção de atenuar as
agruras por que as
damas do Porto haviam
passado, durante do
Cerco, D. Pedro IV
mandou fazer, para
recreio delas, o Jardim
de S. Lázaro.
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Jardim de S. Lázaro
61. Jardim de S. Lázaro
• Ainda hoje é um dos mais
belos da cidade mau grado
a degradação que denuncia.
Durante as Festas em honra
de S. Lázaro e quando no
jardim se davam concertos
musicais, o Recolhimento
de Nossa Senhora da
Esperança colocava cadeiras
e bancos em torno do lago
que alugava, revertendo o
produto para ajudar à
manutenção do
recolhimento.
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63. AUTOR
Artur Filipe dos Santos
artursantosdocente@gmail.com
www.artursantos.no.sapo.pt
www.politicsandflags.wordpress.com
• Artur Filipe dos Santos, Doutorado em Comunicação, Publicidade Relações
Públicas e Protocolo, pela Universidade de Vigo, Galiza, Espanha, Professor
Universitário, consultor e investigador em Comunicação Institucional e
Património, Protocolista, Sociólogo.
• Director Académico e Professor Titular na Universidade Sénior Contemporânea,
membro da Direção do OIDECOM-Observatório Iberoamericano de Investigação e
Desenvolvimento em Comunicação, membro da APEP-Associacao Portuguesa de
Estudos de Protocolo.
Membro do ICOMOS (International Counsil on Monuments and Sites), consultor
da UNESCO para o Património Mundial, membro do Grupo de Investigação em
Comunicação (ICOM-X1) da Faculdade de Ciências Sociais e da Comunicação da
Universidade de Vigo, membro do Grupo de Investigação em Turismo e
Comunicação da Universidade de Westminster.
Orador e palestrante convidado em várias instituições de ensino superior.
Formador em Networking e Sales Communication no Network Group +Negócio
Portugal.
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64. A Universidade Sénior Contemporânea
Web: www.usc.no.sapo.pt
Email: usc@sapo.pt
Edições online: www.edicoesuscontemporanea.webnode.com
• A Universidade Sénior Contemporânea é uma instituição
vocacionada para a ocupação de tempos livres dos indivíduos que
se sintam motivados para a aprendizagem constante de diversas
matérias teóricas e práticas,adquirindo conhecimentos em
múltiplas áreas, como línguas, ciências sociais, saúde, informática,
internet, dança, teatro, entre outras, tendo ainda a oportunidade
de participação em actividades como o Grupo de Teatro, Coro da
USC, USC Web TV, conferências, colóquios, visitas de estudo.
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