SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 30
A Revolução Russa
A participação da Rússia na 1ª
Guerra Mundial contribuiu
decisivamente para a Revolução
Russa. Para melhor compreender o
processo revolucionário russo,
recuemos um pouco no tempo.
• No final do século XIX, o império
Russo era o maior do mundo com
22 milhões de Km², abrangendo
terras na Europa e na Ásia;
• sua população era formada, em
sua maioria, por povos de outras
nacionalidades, que eram
constantemente reprimidos e
impedidos de expressar suas idéias
e práticas.
• O governo estava nas mão de uma
monarquia absolutista e o
soberano – o czar – era visto como
eleito por Deus.
Foto de 1896: Nicolau II, Alexandra
Fyodorovna, sua filha Olga e a Rainha Vitória,
sua avó, e Eduardo, príncipe de Gales.
 Na Rússia czarista o poder do
soberano não tinha limites,
era absoluto.
 O czar e sua família, o clero
ortodoxo e os nobres eram os
elementos privilegiados da
sociedade.
 Os camponeses eram 80 % da
população, a maioria vivia em
extrema penúria, pagando
altos impostos ao governo.
Entre eles, havia um
considerável numero de
escravos e arrendatários. Os
servos haviam sido libertados
em 1861, e mesmo assim,
houve várias fugas e revoltas
ainda no século XIX, além de
uma pesada indenização pela
extinção da servidão.
 O analfabetismo atingia a
maioria da população.
Camponeses russos, cerca de 1880.
A Rússia dos Czares
Policiais do Estado czarista
reprimem uma multidão de
trabalhadores.
Com uma jornada extenuante de trabalho e
baixos salários, meninos trabalham em uma
fábrica de sapatos russa.
Modernização, indústria e movimento operário
 Os czares da dinastia Romanov governaram a Rússia por mais
de três séculos, porém, foi apenas com Alexandre II (1858-
1881) que o país começou a se modernizar com indústrias,
exploração do petróleo e as ferrovias, entre elas a
transiberiana.
 Com Nicolau II (1868-1917) o capitalismo russo se expandiu,
impulsionado pelo capital estrangeiro e pela mão de obra
barata e abundante.
 Grandes indústrias como, fundições, siderúrgicas e fábricas de
tecelagem se instalaram no país, em cidades como São
Petersburgo, Moscou e Odessa.
 As condições de trabalho eram péssimas, mas o operariado
russo resistia com greves e passeatas, contra o governo que
os reprimia duramente por meio da Okhrana (polícia secreta
do Estado).
O socialismo e o anarquismo
O socialismo é uma doutrina política social que propõe a
transformação da sociedade, visando a repartição da riqueza e a
igualdade social.
A desigualdade social era grande no século XIX (na Europa) e a vida
dos trabalhadores, bastantes difícil. Assim, três pensadores franceses
elaboraram propostas de reforma do capitalismo e de melhora da
vida da classe trabalhadora: o Socialismo Utópico.
Para Saint-Simon a sociedade estava dividida em produtores e
ociosos e só melhoraria se fosse governada por industriais e
cientistas cristãos, que combateriam a competição, o egoísmo e
melhorariam a vida dos mais pobres. Industriais e cientistas
substituiriam, então, reis, aristocratas e políticos.
Para Charles Fourier a sociedade estava organizada em
Falanstérios: comunidade com cerca de 1800 pessoas; Cada um
trabalharia com o que mais se identificasse, os frutos do trabalho
seriam de todos;
Escola de
dança para
filhas e filhos
de operários
na fábrica
dirigida por
Robert Owen.
O socialismo e o anarquismo
 Robert Owen, que administrou uma fábrica de fiação de algodão da Grã-Bretanha na
época, ficou inconformado com as condições de vida e de trabalho da classe operaria; Ele
reduziu a jornada de trabalho de 14 para 10 horas diárias; Mandou construir casas,
escolas e creches para os filhos dos funcionários; Fez um armazém no interior da fábrica,
onde eram vendidas mercadorias a preços mais baixos do que os dos outros mercados.
Saint-Simon, Fourier e Owen acreditavam ser possível reformar o capitalismo e na passagem
pacífica deste para o comunismo. Por isso foram chamados de socialistas utópicos.
Marx
e
Engels
O Socialismo Científico
 Socialismo científico ou marxismo - teoria e filosofia criada por Karl Marx e
Friedrich Engels. As bases do marxismo estão contidas em duas obras
importantes: O Capital e O Manifesto Comunista, na qual expõem os
princípios de sua doutrina.
A ideia central do marxismo é que “a história da sociedade humana é a história
da luta de classes.” Para Marx e Engels somente o proletariado é uma classe
verdadeiramente revolucionária e ela deveria tomar o poder das mãos da
burguesia e implantar a Ditadura do Proletariado. Para isso, era preciso que os
meios de produção (terras, fabricas e maquinas) fossem SOCIALIZADOS.
Defendendo o lema “TRABALHADORES DE TODO O MUNDO, UNI-VOS!”,
convocavam o proletariado a lutar para pôr fim ao capitalismo e construir o
socialismo.
Anarquismo - doutrina que propõe uma sociedade LIVRE de controle político e
defende a liberdade de agir sem ser oprimido por qualquer tipo de autoridade.
Seu principal representante é Mikhail Bakunin (1814-1876), que propõe:
 a criação de uma sociedade igualitária, sem classes sociais, como no
socialismo.
 o controle do Estado pelos trabalhadores, até o fim das desigualdades
sociais.
 a imediata destruição do Estado.
O socialismo na Rússia
O socialismo penetrou na
Rússia graças à tradução da
obra O capital, de Karl
Marx, e dos textos de dois
russos, George Plekhanov e
Wladimir Ulianov, o Lênin.
Inspirado nesses textos foi
fundado o POSDR – Partido
Operário Social Democrata
Russo, em 1898. O partido
se dividia em dois grupos,
ambos marxistas:
 Mencheviques (minoria, em russo), corrente liderada
por George Plekhanov e Yuli Martov. queriam chegar
ao poder através de aliança com a burguesia e eleições
parlamentares;
 Bolcheviques (maioria, em russo), liderados por Lênin
e Trotsky. Defendiam a clandestinidade, a centralização
e uma rigorosa disciplina política no partido, pois na
Rússia czarista não havia liberdade política.
Domingo Sangrento – Em 1905,
a Rússia perdeu a guerra contra
o Japão. O povo marchou para
o Palácio de Inverno, em S.
Petersburgo, cantando: “Deus
salve o czar”. A polícia atirou na
multidão, matando mais de mil
e ferindo cerca de cinco mil.
Pôster do filme O Encouraçado Potemkin
(1925).
A Revolução em marcha
Em protesto contra o massacre do Domingo Sangrento, explodem revoltas e manifestações
promovidas por camponeses, operários e marinheiros. A mais famosa delas, A revolta dos
Marinheiros do Potemkin, em 1905, denunciava os castigos corporais e a fome sofridas na
marinha czarista.
A agitação social culminou com os levantes operários liderados pelos sovietes de Moscou. O
governo czarista reprimiu mas terminou por convocar uma Assembleia Nacional, a Duma. Isso o
manteve no poder por mais 12 anos. Entretanto, a desastrosa participação russa na 1ª Guerra
Mundial mergulhou o país na crise econômica e social.
Em fevereiro de 1917, um passeata de trabalhadores marchou rumo ao Palácio de Inverno
repetindo a frase: “paz, terra e pão!”. Quatro dias depois o governo czarista foi derrubado e
estabelecida a República na Rússia.
Lênin, no carro, indo em direção ao Palácio
de Inverno (1917).
Lênin, no carro, indo em direção ao Palácio de
Inverno (1917).
Sovietes – Conselho de deputados eleitos
por operários, camponeses e soldados.
Calendário juliano - Até 1917 a Rússia
utilizava o calendário juliano, instituído
em 46 a. C pelo general romano Júlio
César. Como as revoluções russas
ocorreram em março e novembro de
1917, mas tornaram-se datas históricas
segundo o calendário juliano, conta-se as
datas com atraso de 13 dias em relação ao
Calendário gregoriano, adotado na
maioria dos países desde o século XVI.
O Governo Provisório
Instalou-se um Governo Provisório, liderado por Alexander Kerenski, que concedeu liberdade
de imprensa, de reunião e associação. Entretanto, contrariou a vontade popular e manteve a
Rússia na Guerra. Em Abril de 1917 Lênin retorna à Rússia e propõe:
 A paz imediata com a Alemanha sem anexação e indenizações;
 A reforma agraria;
 A nacionalização dos bancos.
O processo revolucionário se acelerou nos meses seguintes, culminando com a Revolução
Socialista de Outubro. Os Bolcheviques tomaram o poder e Lenin ocupou o posto de
presidente do Conselho de Comissários do Povo.
O governo de Lênin
Ao assumir o poder, Lênin retirou a Rússia da guerra, confiscou as terras dos
nobres e do clero, distribuindo aos camponeses, estatizou indústrias, bancos e
ferrovias. Separou a Igreja do Estado e adotou o Calendário gregoriano.
Todas essas medidas dividiram a sociedade, levando o país a uma guerra civil que
durou de 1918 a 1921. Os opositores do novo governo criaram o EXÉRCITO
BRANCO. Para combatê-los, Trotsky organizou o EXÉRCITO VERMELHO.
Após três anos de guerra, os brancos foram derrotados, mas a Rússia viveu um
período de fome e manifestações de insatisfação, que foram reprimidas pelo
exército vermelho. Lênin teve que adotar a NEP – Nova Política Econômica – para
recuperar a economia, com o objetivo de modernizar a Rússia. Um dos pontos
mais importantes da NEP era permitir atividades capitalistas e atrair investimentos
externos, atividades que haviam sido proibidas durante a guerra civil.
Setores como: comércio, produção agrícola e algumas formas de atividade
industrial. Todos os investimentos tinham o controle do Estado e muitos deles
eram feitos em empresas estatais.
Em 1922 várias regiões que tinham se separado da Rússia voltaram a se integrar
formando a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), um Estado
composto de quinze repúblicas.
Com a morte de Lênin, em 1924, dois lideres passaram a disputar o
poder: Josef Stalin e Leon Trotsky.
Trotsky era partidário da chamada Revolução Permanente e imaginava
que se a revolução socialista não se difundisse pela Europa o próprio
regime na Rússia estaria ameaçado. Stálin, por sua vez, defendia a
chamada Revolução Num Só País, pois acreditava que, antes de tudo, era
preciso consolidar o socialismo na Rússia para só depois pensar em
difundi-lo ao mundo.
Stalin venceu a disputa, Trotsky foi expulso da URSS e assassinado no
México, em 1940, a mando de Stálin.
A disputa entre Trotsky e Stalin
O governo de Josef Stálin
Como chefe todo-poderoso do Partido Comunista da União Soviética,
Stálin implantou uma ditadura sangrenta, conhecida como stalinismo,
com as seguintes características:
 Adotou o partido único (partido comunista);
 Promoveu a opressão às nacionalidades (obrigou todos as
repúblicas não russas a falarem russo);
 Burocratizou o Estado, privilegiando os funcionários do governo;
 Promoveu julgamentos forjados contra seus inimigos ou opositores,
matando-os ou exilando-os nos Gulags da Sibéria;
 Aboliu a NEP e adotou os Planos Quinquenais;
 Investiu maciçamente na indústria;
 Coletivizou o trabalho rural, criando as Kolkhozes (cooperativas
agrícolas) e as sovkhozes (fazendas coletivas).
 No seu governo – de 1924 a 1953 – a União Soviética foi
transformada numa superpotência mundial que rivalizou com os
EUA.
Mausoléu de Lênin
Manutenção da Múmia
Manutenção da Múmia
Manutenção da Múmia
Manutenção da Múmia
Manutenção da Múmia
Manutenção da Múmia
Manutenção da Múmia
Manutenção da Múmia
Múmia na urna do mausoléu
Múmia na urna do mausoléu
Múmia na urna do mausoléu
Múmia na urna do mausoléu
Múmia na urna do mausoléu
Bibliografia:
História sociedade & cidadania.
Alfredo Boulos Júnior
FTD – 1ª Edição – 2013
3º Ano
A Revolução Russa

Más contenido relacionado

La actualidad más candente (20)

A Revolução Russa
A Revolução RussaA Revolução Russa
A Revolução Russa
 
Descolonização da áfrica e ásia
Descolonização da áfrica e ásiaDescolonização da áfrica e ásia
Descolonização da áfrica e ásia
 
3ºano - Primeira Guerra Mundial - 1914 a 1918
3ºano - Primeira Guerra Mundial - 1914 a 19183ºano - Primeira Guerra Mundial - 1914 a 1918
3ºano - Primeira Guerra Mundial - 1914 a 1918
 
Crise de 1929
Crise de 1929Crise de 1929
Crise de 1929
 
2° ano EM - Revolução Industrial.
2° ano EM - Revolução Industrial.2° ano EM - Revolução Industrial.
2° ano EM - Revolução Industrial.
 
Revolução russa slide
Revolução russa slideRevolução russa slide
Revolução russa slide
 
Proclamação da república
Proclamação da repúblicaProclamação da república
Proclamação da república
 
Slides revolução industrial
Slides revolução industrialSlides revolução industrial
Slides revolução industrial
 
Era vargas
Era vargasEra vargas
Era vargas
 
Fim da União Soviética
Fim da União SoviéticaFim da União Soviética
Fim da União Soviética
 
Movimento operário do século XIX
Movimento operário do século XIXMovimento operário do século XIX
Movimento operário do século XIX
 
Revolução Russa
Revolução RussaRevolução Russa
Revolução Russa
 
Independência da América Espanhola
Independência da América EspanholaIndependência da América Espanhola
Independência da América Espanhola
 
E.U.A no século XIX.
E.U.A no século XIX.E.U.A no século XIX.
E.U.A no século XIX.
 
Divisão internacional do trabalho
Divisão internacional do trabalhoDivisão internacional do trabalho
Divisão internacional do trabalho
 
Oriente Médio
Oriente MédioOriente Médio
Oriente Médio
 
Período regencial
Período regencialPeríodo regencial
Período regencial
 
Neocolonialismo geral2
Neocolonialismo geral2Neocolonialismo geral2
Neocolonialismo geral2
 
Ditaduras na america latina
Ditaduras na america latinaDitaduras na america latina
Ditaduras na america latina
 
O movimento operário brasileiro
O movimento operário brasileiroO movimento operário brasileiro
O movimento operário brasileiro
 

Similar a A Revolução Russa

Socialismo e revolução russa 9 ano
Socialismo e revolução russa 9 anoSocialismo e revolução russa 9 ano
Socialismo e revolução russa 9 anoAEDFL
 
Roteiro de Aula - Revolução Russa de 1917
Roteiro de Aula - Revolução Russa de 1917Roteiro de Aula - Revolução Russa de 1917
Roteiro de Aula - Revolução Russa de 1917josafaslima
 
Revolução Russa
Revolução RussaRevolução Russa
Revolução Russadmflores21
 
Revolução russa
Revolução russaRevolução russa
Revolução russaluizinhovlr
 
Revolução Russa_Prof. Eduardo Miranda
Revolução Russa_Prof. Eduardo MirandaRevolução Russa_Prof. Eduardo Miranda
Revolução Russa_Prof. Eduardo Mirandaeduardodemiranda
 
Revolução Socialista Russa_Prof. Eduardo Miranda
Revolução Socialista Russa_Prof. Eduardo MirandaRevolução Socialista Russa_Prof. Eduardo Miranda
Revolução Socialista Russa_Prof. Eduardo Mirandaeduardodemiranda
 
Revolução russa de 1917 texto resumo
Revolução russa de 1917 texto resumoRevolução russa de 1917 texto resumo
Revolução russa de 1917 texto resumoAlexandre Lopes
 
Historiando sob diversos olhares
Historiando sob diversos olharesHistoriando sob diversos olhares
Historiando sob diversos olharesJanayna Lira
 
ESTUDO DIRIGIDO REVOLUÇÃO RUSSA - Prof. Ms. Noe Assunção
ESTUDO DIRIGIDO REVOLUÇÃO RUSSA - Prof. Ms. Noe AssunçãoESTUDO DIRIGIDO REVOLUÇÃO RUSSA - Prof. Ms. Noe Assunção
ESTUDO DIRIGIDO REVOLUÇÃO RUSSA - Prof. Ms. Noe AssunçãoProf. Noe Assunção
 
Revolução Russa 1917
Revolução Russa 1917Revolução Russa 1917
Revolução Russa 1917jp091226
 
Historiando sob diversos olhares
Historiando sob diversos olharesHistoriando sob diversos olhares
Historiando sob diversos olharesJanayna Lira
 
A Revolução Russa
A Revolução RussaA Revolução Russa
A Revolução Russawinterverno
 

Similar a A Revolução Russa (20)

Socialismo e revolução russa 9 ano
Socialismo e revolução russa 9 anoSocialismo e revolução russa 9 ano
Socialismo e revolução russa 9 ano
 
Roteiro de Aula - Revolução Russa de 1917
Roteiro de Aula - Revolução Russa de 1917Roteiro de Aula - Revolução Russa de 1917
Roteiro de Aula - Revolução Russa de 1917
 
Revolução Russa
Revolução RussaRevolução Russa
Revolução Russa
 
Revolução russa
Revolução russaRevolução russa
Revolução russa
 
Revolução russa
Revolução russaRevolução russa
Revolução russa
 
A revolução russa
A revolução russaA revolução russa
A revolução russa
 
Revolução russa
Revolução russaRevolução russa
Revolução russa
 
Revolução russa
Revolução russaRevolução russa
Revolução russa
 
Revolução Russa_Prof. Eduardo Miranda
Revolução Russa_Prof. Eduardo MirandaRevolução Russa_Prof. Eduardo Miranda
Revolução Russa_Prof. Eduardo Miranda
 
Revolução russa
Revolução russaRevolução russa
Revolução russa
 
Revolução russa
Revolução russaRevolução russa
Revolução russa
 
Revolução Russa
Revolução RussaRevolução Russa
Revolução Russa
 
Revolução Socialista Russa_Prof. Eduardo Miranda
Revolução Socialista Russa_Prof. Eduardo MirandaRevolução Socialista Russa_Prof. Eduardo Miranda
Revolução Socialista Russa_Prof. Eduardo Miranda
 
Revolução russa de 1917 texto resumo
Revolução russa de 1917 texto resumoRevolução russa de 1917 texto resumo
Revolução russa de 1917 texto resumo
 
Historiando sob diversos olhares
Historiando sob diversos olharesHistoriando sob diversos olhares
Historiando sob diversos olhares
 
ESTUDO DIRIGIDO REVOLUÇÃO RUSSA - Prof. Ms. Noe Assunção
ESTUDO DIRIGIDO REVOLUÇÃO RUSSA - Prof. Ms. Noe AssunçãoESTUDO DIRIGIDO REVOLUÇÃO RUSSA - Prof. Ms. Noe Assunção
ESTUDO DIRIGIDO REVOLUÇÃO RUSSA - Prof. Ms. Noe Assunção
 
Revolução Russa 1917
Revolução Russa 1917Revolução Russa 1917
Revolução Russa 1917
 
Historiando sob diversos olhares
Historiando sob diversos olharesHistoriando sob diversos olhares
Historiando sob diversos olhares
 
Russia
RussiaRussia
Russia
 
A Revolução Russa
A Revolução RussaA Revolução Russa
A Revolução Russa
 

Más de Marcos Antonio Grigorio de Figueiredo

Más de Marcos Antonio Grigorio de Figueiredo (20)

Reforma da Previdencia 2019
Reforma da Previdencia 2019Reforma da Previdencia 2019
Reforma da Previdencia 2019
 
A Greve dos Caminhonheiros
A Greve dos CaminhonheirosA Greve dos Caminhonheiros
A Greve dos Caminhonheiros
 
Insalubridade e Periculosidade
Insalubridade e PericulosidadeInsalubridade e Periculosidade
Insalubridade e Periculosidade
 
Capítulo 10 e 11 - O Imperio e a decadência de Roma
Capítulo 10 e 11 - O Imperio e a decadência de RomaCapítulo 10 e 11 - O Imperio e a decadência de Roma
Capítulo 10 e 11 - O Imperio e a decadência de Roma
 
Capítulo 7 - Expansão e ouro na américa portuguesa
Capítulo 7 - Expansão e ouro na américa portuguesaCapítulo 7 - Expansão e ouro na américa portuguesa
Capítulo 7 - Expansão e ouro na américa portuguesa
 
Capítulo 9 - Roma Antiga
Capítulo 9 - Roma AntigaCapítulo 9 - Roma Antiga
Capítulo 9 - Roma Antiga
 
Capítulo 6 - A Era Vargas
Capítulo 6 - A Era VargasCapítulo 6 - A Era Vargas
Capítulo 6 - A Era Vargas
 
Capítulo 4 - A grande depressão, o fascismo e o nazismo
Capítulo 4 - A grande depressão, o fascismo e o nazismoCapítulo 4 - A grande depressão, o fascismo e o nazismo
Capítulo 4 - A grande depressão, o fascismo e o nazismo
 
Capítulo 3 - Primeira República - dominação e resistência
Capítulo 3 - Primeira República - dominação e resistênciaCapítulo 3 - Primeira República - dominação e resistência
Capítulo 3 - Primeira República - dominação e resistência
 
Capítulo 5 - A América portuguesa e a presença holandesa
Capítulo 5 - A América portuguesa e a presença holandesaCapítulo 5 - A América portuguesa e a presença holandesa
Capítulo 5 - A América portuguesa e a presença holandesa
 
Capítulos 7-8 - Grécia Antiga
Capítulos 7-8 - Grécia AntigaCapítulos 7-8 - Grécia Antiga
Capítulos 7-8 - Grécia Antiga
 
Capítulo 3 - Povos indígenas no Brasil
Capítulo 3 - Povos indígenas no BrasilCapítulo 3 - Povos indígenas no Brasil
Capítulo 3 - Povos indígenas no Brasil
 
Capítulo 2 - América indígena
Capítulo 2 - América indígenaCapítulo 2 - América indígena
Capítulo 2 - América indígena
 
Capítulo 5 - Hebreus, fenícios e persas
Capítulo 5 - Hebreus, fenícios e persasCapítulo 5 - Hebreus, fenícios e persas
Capítulo 5 - Hebreus, fenícios e persas
 
Capítulo 4 - África Antiga: egito e núbia
Capítulo 4 - África Antiga: egito e núbiaCapítulo 4 - África Antiga: egito e núbia
Capítulo 4 - África Antiga: egito e núbia
 
Capítulo 3 - Mesopotâmia
Capítulo 3 - MesopotâmiaCapítulo 3 - Mesopotâmia
Capítulo 3 - Mesopotâmia
 
Princesa Leopoldina
Princesa LeopoldinaPrincesa Leopoldina
Princesa Leopoldina
 
Operação Carne Fraca
Operação Carne FracaOperação Carne Fraca
Operação Carne Fraca
 
Capítulo 1 - Renascimento e Reformas Religiosas
Capítulo 1 -  Renascimento e Reformas ReligiosasCapítulo 1 -  Renascimento e Reformas Religiosas
Capítulo 1 - Renascimento e Reformas Religiosas
 
Capítulo 1 - História, tempo e cultura
Capítulo 1 - História, tempo e culturaCapítulo 1 - História, tempo e cultura
Capítulo 1 - História, tempo e cultura
 

Último

Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Centro Jacques Delors
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfaulasgege
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBAline Santana
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfManuais Formação
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasCassio Meira Jr.
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxkarinedarozabatista
 
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSlides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSilvana Silva
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinhaMary Alvarenga
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasRosalina Simão Nunes
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptxLírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptxfabiolalopesmartins1
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMVanessaCavalcante37
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresaulasgege
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfAdrianaCunha84
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalJacqueline Cerqueira
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfGuia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfEyshilaKelly1
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?Rosalina Simão Nunes
 

Último (20)

Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
 
Em tempo de Quaresma .
Em tempo de Quaresma                            .Em tempo de Quaresma                            .
Em tempo de Quaresma .
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
 
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSlides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinha
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
 
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptxLírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfGuia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
 

A Revolução Russa

  • 2. A participação da Rússia na 1ª Guerra Mundial contribuiu decisivamente para a Revolução Russa. Para melhor compreender o processo revolucionário russo, recuemos um pouco no tempo. • No final do século XIX, o império Russo era o maior do mundo com 22 milhões de Km², abrangendo terras na Europa e na Ásia; • sua população era formada, em sua maioria, por povos de outras nacionalidades, que eram constantemente reprimidos e impedidos de expressar suas idéias e práticas. • O governo estava nas mão de uma monarquia absolutista e o soberano – o czar – era visto como eleito por Deus. Foto de 1896: Nicolau II, Alexandra Fyodorovna, sua filha Olga e a Rainha Vitória, sua avó, e Eduardo, príncipe de Gales.
  • 3.  Na Rússia czarista o poder do soberano não tinha limites, era absoluto.  O czar e sua família, o clero ortodoxo e os nobres eram os elementos privilegiados da sociedade.  Os camponeses eram 80 % da população, a maioria vivia em extrema penúria, pagando altos impostos ao governo. Entre eles, havia um considerável numero de escravos e arrendatários. Os servos haviam sido libertados em 1861, e mesmo assim, houve várias fugas e revoltas ainda no século XIX, além de uma pesada indenização pela extinção da servidão.  O analfabetismo atingia a maioria da população. Camponeses russos, cerca de 1880. A Rússia dos Czares
  • 4. Policiais do Estado czarista reprimem uma multidão de trabalhadores. Com uma jornada extenuante de trabalho e baixos salários, meninos trabalham em uma fábrica de sapatos russa.
  • 5. Modernização, indústria e movimento operário  Os czares da dinastia Romanov governaram a Rússia por mais de três séculos, porém, foi apenas com Alexandre II (1858- 1881) que o país começou a se modernizar com indústrias, exploração do petróleo e as ferrovias, entre elas a transiberiana.  Com Nicolau II (1868-1917) o capitalismo russo se expandiu, impulsionado pelo capital estrangeiro e pela mão de obra barata e abundante.  Grandes indústrias como, fundições, siderúrgicas e fábricas de tecelagem se instalaram no país, em cidades como São Petersburgo, Moscou e Odessa.  As condições de trabalho eram péssimas, mas o operariado russo resistia com greves e passeatas, contra o governo que os reprimia duramente por meio da Okhrana (polícia secreta do Estado).
  • 6. O socialismo e o anarquismo O socialismo é uma doutrina política social que propõe a transformação da sociedade, visando a repartição da riqueza e a igualdade social. A desigualdade social era grande no século XIX (na Europa) e a vida dos trabalhadores, bastantes difícil. Assim, três pensadores franceses elaboraram propostas de reforma do capitalismo e de melhora da vida da classe trabalhadora: o Socialismo Utópico. Para Saint-Simon a sociedade estava dividida em produtores e ociosos e só melhoraria se fosse governada por industriais e cientistas cristãos, que combateriam a competição, o egoísmo e melhorariam a vida dos mais pobres. Industriais e cientistas substituiriam, então, reis, aristocratas e políticos. Para Charles Fourier a sociedade estava organizada em Falanstérios: comunidade com cerca de 1800 pessoas; Cada um trabalharia com o que mais se identificasse, os frutos do trabalho seriam de todos;
  • 7. Escola de dança para filhas e filhos de operários na fábrica dirigida por Robert Owen. O socialismo e o anarquismo  Robert Owen, que administrou uma fábrica de fiação de algodão da Grã-Bretanha na época, ficou inconformado com as condições de vida e de trabalho da classe operaria; Ele reduziu a jornada de trabalho de 14 para 10 horas diárias; Mandou construir casas, escolas e creches para os filhos dos funcionários; Fez um armazém no interior da fábrica, onde eram vendidas mercadorias a preços mais baixos do que os dos outros mercados. Saint-Simon, Fourier e Owen acreditavam ser possível reformar o capitalismo e na passagem pacífica deste para o comunismo. Por isso foram chamados de socialistas utópicos.
  • 8. Marx e Engels O Socialismo Científico  Socialismo científico ou marxismo - teoria e filosofia criada por Karl Marx e Friedrich Engels. As bases do marxismo estão contidas em duas obras importantes: O Capital e O Manifesto Comunista, na qual expõem os princípios de sua doutrina. A ideia central do marxismo é que “a história da sociedade humana é a história da luta de classes.” Para Marx e Engels somente o proletariado é uma classe verdadeiramente revolucionária e ela deveria tomar o poder das mãos da burguesia e implantar a Ditadura do Proletariado. Para isso, era preciso que os meios de produção (terras, fabricas e maquinas) fossem SOCIALIZADOS. Defendendo o lema “TRABALHADORES DE TODO O MUNDO, UNI-VOS!”, convocavam o proletariado a lutar para pôr fim ao capitalismo e construir o socialismo.
  • 9. Anarquismo - doutrina que propõe uma sociedade LIVRE de controle político e defende a liberdade de agir sem ser oprimido por qualquer tipo de autoridade. Seu principal representante é Mikhail Bakunin (1814-1876), que propõe:  a criação de uma sociedade igualitária, sem classes sociais, como no socialismo.  o controle do Estado pelos trabalhadores, até o fim das desigualdades sociais.  a imediata destruição do Estado.
  • 10. O socialismo na Rússia O socialismo penetrou na Rússia graças à tradução da obra O capital, de Karl Marx, e dos textos de dois russos, George Plekhanov e Wladimir Ulianov, o Lênin. Inspirado nesses textos foi fundado o POSDR – Partido Operário Social Democrata Russo, em 1898. O partido se dividia em dois grupos, ambos marxistas:  Mencheviques (minoria, em russo), corrente liderada por George Plekhanov e Yuli Martov. queriam chegar ao poder através de aliança com a burguesia e eleições parlamentares;  Bolcheviques (maioria, em russo), liderados por Lênin e Trotsky. Defendiam a clandestinidade, a centralização e uma rigorosa disciplina política no partido, pois na Rússia czarista não havia liberdade política. Domingo Sangrento – Em 1905, a Rússia perdeu a guerra contra o Japão. O povo marchou para o Palácio de Inverno, em S. Petersburgo, cantando: “Deus salve o czar”. A polícia atirou na multidão, matando mais de mil e ferindo cerca de cinco mil.
  • 11. Pôster do filme O Encouraçado Potemkin (1925). A Revolução em marcha Em protesto contra o massacre do Domingo Sangrento, explodem revoltas e manifestações promovidas por camponeses, operários e marinheiros. A mais famosa delas, A revolta dos Marinheiros do Potemkin, em 1905, denunciava os castigos corporais e a fome sofridas na marinha czarista. A agitação social culminou com os levantes operários liderados pelos sovietes de Moscou. O governo czarista reprimiu mas terminou por convocar uma Assembleia Nacional, a Duma. Isso o manteve no poder por mais 12 anos. Entretanto, a desastrosa participação russa na 1ª Guerra Mundial mergulhou o país na crise econômica e social. Em fevereiro de 1917, um passeata de trabalhadores marchou rumo ao Palácio de Inverno repetindo a frase: “paz, terra e pão!”. Quatro dias depois o governo czarista foi derrubado e estabelecida a República na Rússia. Lênin, no carro, indo em direção ao Palácio de Inverno (1917).
  • 12. Lênin, no carro, indo em direção ao Palácio de Inverno (1917). Sovietes – Conselho de deputados eleitos por operários, camponeses e soldados. Calendário juliano - Até 1917 a Rússia utilizava o calendário juliano, instituído em 46 a. C pelo general romano Júlio César. Como as revoluções russas ocorreram em março e novembro de 1917, mas tornaram-se datas históricas segundo o calendário juliano, conta-se as datas com atraso de 13 dias em relação ao Calendário gregoriano, adotado na maioria dos países desde o século XVI. O Governo Provisório Instalou-se um Governo Provisório, liderado por Alexander Kerenski, que concedeu liberdade de imprensa, de reunião e associação. Entretanto, contrariou a vontade popular e manteve a Rússia na Guerra. Em Abril de 1917 Lênin retorna à Rússia e propõe:  A paz imediata com a Alemanha sem anexação e indenizações;  A reforma agraria;  A nacionalização dos bancos. O processo revolucionário se acelerou nos meses seguintes, culminando com a Revolução Socialista de Outubro. Os Bolcheviques tomaram o poder e Lenin ocupou o posto de presidente do Conselho de Comissários do Povo.
  • 13. O governo de Lênin Ao assumir o poder, Lênin retirou a Rússia da guerra, confiscou as terras dos nobres e do clero, distribuindo aos camponeses, estatizou indústrias, bancos e ferrovias. Separou a Igreja do Estado e adotou o Calendário gregoriano. Todas essas medidas dividiram a sociedade, levando o país a uma guerra civil que durou de 1918 a 1921. Os opositores do novo governo criaram o EXÉRCITO BRANCO. Para combatê-los, Trotsky organizou o EXÉRCITO VERMELHO. Após três anos de guerra, os brancos foram derrotados, mas a Rússia viveu um período de fome e manifestações de insatisfação, que foram reprimidas pelo exército vermelho. Lênin teve que adotar a NEP – Nova Política Econômica – para recuperar a economia, com o objetivo de modernizar a Rússia. Um dos pontos mais importantes da NEP era permitir atividades capitalistas e atrair investimentos externos, atividades que haviam sido proibidas durante a guerra civil. Setores como: comércio, produção agrícola e algumas formas de atividade industrial. Todos os investimentos tinham o controle do Estado e muitos deles eram feitos em empresas estatais. Em 1922 várias regiões que tinham se separado da Rússia voltaram a se integrar formando a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), um Estado composto de quinze repúblicas.
  • 14. Com a morte de Lênin, em 1924, dois lideres passaram a disputar o poder: Josef Stalin e Leon Trotsky. Trotsky era partidário da chamada Revolução Permanente e imaginava que se a revolução socialista não se difundisse pela Europa o próprio regime na Rússia estaria ameaçado. Stálin, por sua vez, defendia a chamada Revolução Num Só País, pois acreditava que, antes de tudo, era preciso consolidar o socialismo na Rússia para só depois pensar em difundi-lo ao mundo. Stalin venceu a disputa, Trotsky foi expulso da URSS e assassinado no México, em 1940, a mando de Stálin. A disputa entre Trotsky e Stalin
  • 15. O governo de Josef Stálin Como chefe todo-poderoso do Partido Comunista da União Soviética, Stálin implantou uma ditadura sangrenta, conhecida como stalinismo, com as seguintes características:  Adotou o partido único (partido comunista);  Promoveu a opressão às nacionalidades (obrigou todos as repúblicas não russas a falarem russo);  Burocratizou o Estado, privilegiando os funcionários do governo;  Promoveu julgamentos forjados contra seus inimigos ou opositores, matando-os ou exilando-os nos Gulags da Sibéria;  Aboliu a NEP e adotou os Planos Quinquenais;  Investiu maciçamente na indústria;  Coletivizou o trabalho rural, criando as Kolkhozes (cooperativas agrícolas) e as sovkhozes (fazendas coletivas).  No seu governo – de 1924 a 1953 – a União Soviética foi transformada numa superpotência mundial que rivalizou com os EUA.
  • 24. Múmia na urna do mausoléu
  • 25. Múmia na urna do mausoléu
  • 26. Múmia na urna do mausoléu
  • 27. Múmia na urna do mausoléu
  • 28. Múmia na urna do mausoléu
  • 29. Bibliografia: História sociedade & cidadania. Alfredo Boulos Júnior FTD – 1ª Edição – 2013 3º Ano