QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
APRESENTAÇÃO DE POEMAS
1.
2. Amor igual a morte
Há quem peite minha face serena
Me cale o peito e cubra o canto
Se ao amor repito sem pena,
Que és paralelo a morte
Em porte e importância
Ambos vem sem pudores ou circunstâncias
Sem cheirar o Ponteiro
Ouvir o cheiro e olhar a prece
são dois velhos rabugentos
que brincam nos firmamentos
sem que os soubesse
e a vida é uma mera licença
que pediram ao tempo
para que possam brincar
enquanto não esteja olhando
e as vidas patinando por entre quimeras
enquanto eles juntam as lamas e amantes sinceras
escorrendo os parceiros, amancebando os momentos
e ressarcindo os prantos
tal que seria a vida um eco
sem seus antigos ventríloquos
monótona e sem fim
e tolo é quem pense ser boa ou má sorte
pois a vida é passageira pro amor
assim como é pra morte
3. Metrópole da confusão
Ando de um lado a outro
Procuro algo,
Só não sei o que
Vejo tudo,
Mas não enxergo nada
Nada disso faz sentido
Escuto cada vez mais sons,
Mas não ouço nada
Tudo confuso no rugir dessa metrópole
Falo e falo
Na incerteza de que digo algo
Entre gritos e sussurros,
Eu me calo
4. Descoberta do Ser
Lua nova,
Criança alva,
Sorriso inocente.
Lua crescente,
Coração ardente,
Juventude onipotente?
Olho-me no espelho
Não vejo feições infantis
E sim uma mulher
Em formação.
Lua cheia,
Vida feita,
Adolescente.
A fênix incandescente
Resguarda
Tesouro suficiente.
Tesouro esse,
A ser descoberto
Pelo adolescente.
E tal qual uma rosa
Em botão
Se abrirá.
5. Pássaros
Vejo voando vivos pássaros
Vão vivendo a voar
Passam os pássaros a voar, mas não em passos
Disso sei, pois vivem a voar
Sangue sagrado que sozinho corre
Sempre só sinto
Sozinho sou
O tempo sempre corre como
O pássaro que vive a voar
Colegas sozinhos, solitários
Eles passam nos compassos do ar
Um coração só e acompanhado
Que bate como a asa de um pássaro
Que vive a voar
6. Há algo maior
Há algo maior
Em um simples tilintar de sino ao meio dia
No ranger dos dentes, fruto da ansiedade
O leve sorriso que a menina dera quando as páginas do livro lia
A suave fragrância das flores que o amado deu a amada, pura vaidade
Há algo maior
Em uma simples descoberta daquilo que ele já sabia
No estalar do carinhoso beijo da face da amizade
O leve piscar de olhos da criança que aprendia
A suave brisa fazendo a cortina embalar na janela daquela cidade
Há algo maior
Em um simples olhar sentir tudo que nunca sentiria
No vibrar ao finalmente acabar com a maldade
O leve relembrar da cena que vivenciaria
A suave e articulada forma e natural espontaneidade
Há algo maior
Um lugar onde tudo que passara ainda aconteceria
Sentimentos profundos vividos com veracidade
Só a felicidade existiria
O universo com as incógnitas da humanidade
7. Luz negra
Acordei sem abrir os olhos
Essa noite, esqueci de sonhar.
Acordei com dor, com medo
Onde está a lua que me prometeram?
Triste sedução é a noite
Magnífica em seus segredos,
Cuida de mim e dos meus horrores.
Apaga o dia manchado de sangue.
Descansa-nos da vida
Prepara-nos à morte.
Nas trevas, não há sonhos nem desejos.
Há apenas a saudade
Do que, na verdade
Nunca tivemos.
8. Tudo é Arte
A música é arte, vida
Bem feita, amiga, ela é
Desde a vida que levamos, buscamos
Até a pessoa que nos tornamos
O caminho que seguimos
Rompendo as fronteiras do comum
No passo de um samba
Banalidades e coisas comuns
Invertem-se em criação
O dia-a-dia e a rotina
Reaparecem como arte
Somente por que
Arte não é complicada
Ao passo que é só olhar
Na imensidão do planeta
Toda arte que se inventa
A árvore, as estrelas
Lugares, jornadas
Em tudo há um toque artístico
Nada sendo igual
Tudo diferente, pois arte é
O que nos torna diferentes
9. Teu Doce Olhar
Adoro o seu olhar.
O modo como você me olha,
e mais ainda o modo como você não me olha.
Que vontade de ser tua amante por um dia.
Apenas isso.
Tão pequeno e frágil esse menino.
Quero o teu beijo após aquele teu olhar.
Aquele que nunca entendi ou desviei.
O único de todos.
Que bonito esse menino.
Eu não pedi que tu tirasses o meu ar.
Nem que me tirasse do chão de nuvens que estou a pisar.
Não era pra deixarem que ele se aproximasse.
Mas que doce paisagem.
Que menino bonito.
Quando unidos, amolecemos a princípio,
escorregando entre dedos e pele.
Ah, mas enfim enrijecemos toda a musculatura,
virando uma única mistura.
Somos tão bonitos juntos.
Adoro ser surpreendida por ti.
Adoro essa sensação.
De respiração ofegante,
pensamento vago.
Estômago vazio.
Esse menino tão franzino.
Que me reconquista cada vez que eu hesito.
Para sempre eu me lembrarei dos seus olhos travessos,
que me olhavam enquanto recosta-me em meu travesseiro.
Para sempre irei.
Mesmo tua única preocupação ser conquistar meu beijo.
10. ÓCULOS ESCUROS
Sei que não é dia
E que o sol já virou escuridão
Sei que a lua e as estrelas
Não tem a violeta que afeta minha visão
Não estou cego e nem apanhei
Só não quero que vocês saibam o que só eu sei
Podem falar que tenho estilo, ou que estou fora de moda
Que crio tendências, ou que sou brega
Mas vocês nunca vão ver além da estética
Vamos ser além da beleza, da imagem, da padronização
Óculos escuros me protegem da luz, mas acima de tudo
Dos meus sentimentos em evasão
Os olhos mostram o que palavras nunca vão dizer
Carregam o sumo pesado do meu coração exprimido
Estão bêbados de lágrimas, já não podem ficar mentindo
Minha visão está cansada, por favor me deixem esconder
Minha visão está ressacada de enxergar o que não quer ver
11. Do ludo ao Senegal
(Prólogo)
Eu via na televisão
A resposta para tudo.
Um campeonato de ludo!
Ganharei um belo violão
....../............
(Início, meio e fim)
E no meu violão tocarei.
Uma canção sobre poseidon.
O irmão do tal abadon.
De seu tridente falarei
O encordamento da moda
a arte muito melhora.
A bela ninfa até chora,
Doces lágrimas de soda.
Graças ao banho de prata
as trastes ficam brilhantes
e o violão mais legal
Preciso então da lata
para guardar os diamantes
da turnê no tal Senegal.