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TRABALHO REALIZADO :
Pedro Domingos e
Euclides Tavares
Epopeia é um poema épico. Um poema heróico narrativo extenso, uma coleção
de feitos, de factos históricos, de um ou de vários indivíduos, reais, lendários ou
mitológicos.
A epopeia eterniza lendas seculares e tradições ancestrais, preservadas ao
longo dos tempos pela tradição oral ou escrita. Os primeiros grandes modelos
ocidentais de epopeia são os poemas homéricos a Ilíada e a Odisseia, os quais
têm a sua origem nas lendas sobre a guerra de Tróia.
A epopeia pertence ao género épico, mas embora tenha fundamentos
históricos, não representa os acontecimentos com fidelidade, geralmente
reveste os acontecimentos relatados com conceitos morais e atos exemplares
que funcionam como modelos de comportamento. Dentre os poemas épicos
podemos citar:

Exemplos :
Homero: Ilíada e Odisseia
Virgílio: Eneida
Dante Alighieri: A Divina Comédia
A Canção de Rolando (anónima)
Luís Vaz de Camões: Os Lusíadas
   Definição de epopeia
   Uma epopeia, forma literária da Antiguidade Clássica, define-se como uma narrativa,
   estruturada em verso, que narra, através de uma linguagem cuidada, os feitos grandiosos de
   um herói, com interesse para toda a Humanidade.
   Aristóteles, filósofo grego que viveu durante o séc. III a.C. descreveu os requisitos necessários
   à composição de uma epopeia:
   Ao analisarmos Os Lusíadas, e depois de conhecermos os elementos constituintes de uma
   epopeia, concluímos que Camões segue, em muitos aspetos, o modelo clássico apresentado.
   Protagonista:
   O herói dos Lusíadas é um herói colectivo e não individual, como nas antigas epopeias. O povo
   português é o protagonista desta epopeia, “o peito ilustre lusitano”, simbolicamente
   representado por Vasco da Gama que, ao narrar a história da pátria ao rei de Melinde, revela a
   heroicidade do seu povo.
   Acção:
   A acção d’Os Lusíadas é plena de heroísmo pois narra a descoberta do caminho marítimo para
   a Índia, um acontecimento com interesse universal. A acção d’Os Lusíadas apresenta quatro
   qualidades:
   - unidade: é um todo harmonioso. Todos os factos estão intrinsecamente ligados;
   - variedade: apresenta grande variedade de episódios (mitológicos, bélicos, líricos, naturalistas
   e simbólicos);
   - verdade: o assunto é quase na totalidade real, com alguns momentos de verosimilhança;
   Odisseia é um dos dois principais poemas épicos da Grécia Antiga,
    atribuídos a Homero. É, em parte, uma sequência da Ilíada, outra obra
    creditada ao autor, e é um poema fundamental ao cânone ocidental
    moderno, e, historicamente, é a segunda - a primeira sendo a própria
    Ilíada - obra existente da literatura ocidental, tendo sido escrita
    provavelmente no fim do século VIII a.C., em algum lugar da Jónia, região
    da costa da Ásia Menor então controlada pelos gregos, e atualmente
    parte da Turquia.
   O poema relata o regresso do protagonista, um herói da Guerra de Tróia,
    Odisseu (ou Ulisses, como era conhecido na mitologia romana). Como se
    diz na proposição, é a história do “herói de mil estratagemas que tanto
    vagueou, depois de ter destruído a acrópole sagrada de Tróia, que viu
    cidades e conheceu costumes de tantos homens e que no mar padeceu
    mil tormentos, quanto lutava pela vida e pelo regresso dos seus
    companheiros”. Odisseu leva dezassete anos para chegar à sua terra
    natal, Ítaca, depois da Guerra de Tróia, que também havia durado dez
    anos.
 A Ilíada (em grego antigo: em grego moderno é um
  poema épico grego que narra os acontecimentos
  ocorridos no período de pouco mais de 50 dias durante o
  décimo e último ano da Guerra de Troia e cuja génese
  radica na cólera de Aquiles . O título da obra deriva de um
  outro nome grego para Tróia, Ílion.
 A Ilíada e a Odisseia são atribuídas a Homero, que julga ter
  vivido por volta do século VIII , na Jónia (lugar que hoje é
  uma região da Turquia), e constituem os mais antigos
  documentos literários gregos (e ocidentais) que chegaram
  nos nossos dias. Ainda hoje, contudo, se discute a sua
  autoria, a existência real de Homero, e se estas duas obras
  teriam sido compostas pela mesma pessoa.
   A Eneida (Aceneis em latim) é um poema épico latino escrito por Virgílio
    no século I a.C.. Conta a saga de Eneias, um troiano que é salvo dos
    gregos em Tróia, viaja errante pelo Mediterrâneo até chegar à região que
    atualmente é a Itália. Seu destino era ser o ancestral de todos romanos.
   A Eneida simboliza o poder do Império Romano, sob o comando de
    Augusto.
   Dido simboliza o poder de Cartago, rival de Roma, que seria por esta
    destruída na Terceira Guerra Púnica. Dido também simboliza
    Cleópatra, rainha do Egipto, que se tinha aliado a um general
    romano, Marco António, para resistir a Roma. Marco António e Cleópatra
    foram derrotados na batalha de Áccio, ao largo do delta do Nilo e o Egito
    transformado em província romana. Dido simboliza assim a mulher
    misteriosa e sedutora do Oriente, que resiste ao poder romano mas que
    por ele é submetida. Por metonímia simboliza todo o Médio Oriente e
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    Império Romano.

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Epopeia de os lusíadas

  • 1. TRABALHO REALIZADO : Pedro Domingos e Euclides Tavares
  • 2. Epopeia é um poema épico. Um poema heróico narrativo extenso, uma coleção de feitos, de factos históricos, de um ou de vários indivíduos, reais, lendários ou mitológicos. A epopeia eterniza lendas seculares e tradições ancestrais, preservadas ao longo dos tempos pela tradição oral ou escrita. Os primeiros grandes modelos ocidentais de epopeia são os poemas homéricos a Ilíada e a Odisseia, os quais têm a sua origem nas lendas sobre a guerra de Tróia. A epopeia pertence ao género épico, mas embora tenha fundamentos históricos, não representa os acontecimentos com fidelidade, geralmente reveste os acontecimentos relatados com conceitos morais e atos exemplares que funcionam como modelos de comportamento. Dentre os poemas épicos podemos citar: Exemplos : Homero: Ilíada e Odisseia Virgílio: Eneida Dante Alighieri: A Divina Comédia A Canção de Rolando (anónima) Luís Vaz de Camões: Os Lusíadas
  • 3. Definição de epopeia  Uma epopeia, forma literária da Antiguidade Clássica, define-se como uma narrativa,  estruturada em verso, que narra, através de uma linguagem cuidada, os feitos grandiosos de  um herói, com interesse para toda a Humanidade.  Aristóteles, filósofo grego que viveu durante o séc. III a.C. descreveu os requisitos necessários  à composição de uma epopeia:  Ao analisarmos Os Lusíadas, e depois de conhecermos os elementos constituintes de uma  epopeia, concluímos que Camões segue, em muitos aspetos, o modelo clássico apresentado.  Protagonista:  O herói dos Lusíadas é um herói colectivo e não individual, como nas antigas epopeias. O povo  português é o protagonista desta epopeia, “o peito ilustre lusitano”, simbolicamente  representado por Vasco da Gama que, ao narrar a história da pátria ao rei de Melinde, revela a  heroicidade do seu povo.  Acção:  A acção d’Os Lusíadas é plena de heroísmo pois narra a descoberta do caminho marítimo para  a Índia, um acontecimento com interesse universal. A acção d’Os Lusíadas apresenta quatro  qualidades:  - unidade: é um todo harmonioso. Todos os factos estão intrinsecamente ligados;  - variedade: apresenta grande variedade de episódios (mitológicos, bélicos, líricos, naturalistas  e simbólicos);  - verdade: o assunto é quase na totalidade real, com alguns momentos de verosimilhança;
  • 4. Odisseia é um dos dois principais poemas épicos da Grécia Antiga, atribuídos a Homero. É, em parte, uma sequência da Ilíada, outra obra creditada ao autor, e é um poema fundamental ao cânone ocidental moderno, e, historicamente, é a segunda - a primeira sendo a própria Ilíada - obra existente da literatura ocidental, tendo sido escrita provavelmente no fim do século VIII a.C., em algum lugar da Jónia, região da costa da Ásia Menor então controlada pelos gregos, e atualmente parte da Turquia.  O poema relata o regresso do protagonista, um herói da Guerra de Tróia, Odisseu (ou Ulisses, como era conhecido na mitologia romana). Como se diz na proposição, é a história do “herói de mil estratagemas que tanto vagueou, depois de ter destruído a acrópole sagrada de Tróia, que viu cidades e conheceu costumes de tantos homens e que no mar padeceu mil tormentos, quanto lutava pela vida e pelo regresso dos seus companheiros”. Odisseu leva dezassete anos para chegar à sua terra natal, Ítaca, depois da Guerra de Tróia, que também havia durado dez anos.
  • 5.  A Ilíada (em grego antigo: em grego moderno é um poema épico grego que narra os acontecimentos ocorridos no período de pouco mais de 50 dias durante o décimo e último ano da Guerra de Troia e cuja génese radica na cólera de Aquiles . O título da obra deriva de um outro nome grego para Tróia, Ílion.  A Ilíada e a Odisseia são atribuídas a Homero, que julga ter vivido por volta do século VIII , na Jónia (lugar que hoje é uma região da Turquia), e constituem os mais antigos documentos literários gregos (e ocidentais) que chegaram nos nossos dias. Ainda hoje, contudo, se discute a sua autoria, a existência real de Homero, e se estas duas obras teriam sido compostas pela mesma pessoa.
  • 6. A Eneida (Aceneis em latim) é um poema épico latino escrito por Virgílio no século I a.C.. Conta a saga de Eneias, um troiano que é salvo dos gregos em Tróia, viaja errante pelo Mediterrâneo até chegar à região que atualmente é a Itália. Seu destino era ser o ancestral de todos romanos.  A Eneida simboliza o poder do Império Romano, sob o comando de Augusto.  Dido simboliza o poder de Cartago, rival de Roma, que seria por esta destruída na Terceira Guerra Púnica. Dido também simboliza Cleópatra, rainha do Egipto, que se tinha aliado a um general romano, Marco António, para resistir a Roma. Marco António e Cleópatra foram derrotados na batalha de Áccio, ao largo do delta do Nilo e o Egito transformado em província romana. Dido simboliza assim a mulher misteriosa e sedutora do Oriente, que resiste ao poder romano mas que por ele é submetida. Por metonímia simboliza todo o Médio Oriente e Norte de África, que foram as últimas terras a serem conquistadas pelo Império Romano.