O documento discute os principais aspectos da interpretação em psicanálise. A interpretação visa promover transformações no paciente ao tornar consciente conflitos inconscientes e significados de crenças e ideias, visando introduzi-lo a novas experiências. Uma boa interpretação deve considerar diferentes aspectos da personalidade do paciente e ser o resultado de uma comunicação entre analista e analisando.
2. 19/12/2012
De um modo geral, a atividade
interpretativa visa atingir três aspectos
na mente do analisando:
•Curiosidade
•Reflexão
•Transformações.
A interpretação não unicamente se ocupa a
tornar consciente o conflito inconsciente
entre pulsões e defesas, porquanto ela
também visa a assinalar os significados das
crenças, ideias, afetos e transformações que
estão se processando, visando a introduzir o
paciente à pessoa mais importante com que
ele jamais poderá lidar.
2
3. 19/12/2012
Mais do que uma decodificação do conflito pulsional,
a interpretação consiste na construção de novos
sentidos, significados e na nomeação das velhas, bem
como as novas, difíceis experiências emocionais.
Mas não deve ser influenciada, confundida com os
propósitos do analista; tais como amizade, sedução,
confissão, poder, apoio, moralização, aconselhamento,
ser o substituto do pai ou mãe, etc.
A interpretação deve sempre manter
uma Visão Binocular, ou seja o Analista
deve estar atento aos diferentes
aspectos ( o lado sadio x doente, a parte
criança x adulta, etc. )que convivem em
um mesmo paciente.
3
4. 19/12/2012
A interpretação é o resultado final de uma
comunicação entre as mensagens, via de regra
transferenciais, emitidas pelo analisando, e a
repercussão contra transferencial que aquelas
despertam no Psicanalista em três tempos:
O de acolhida, seguida de transformações em sua
mente e, finalmente, a devolução, sob a forma de
formulaçoes verbais.
A formação da Interpretação na
mente do Analista
Na mente do analista:
Uma empática disposição para uma escuta polifônica
Uma capacidade para conter as necessidades,
desejos, angustias e incógnitas nele depositadas;
Paciência para permitir uma ressonância por vezes
muito turbulenta em seu próprio psiquismo,
principalmente quando o analista se confronta com a
sua impotência e ignorância.
4
5. 19/12/2012
• Capacidade negativa;
•Atenção flutuante;
•Intuição;
•Clima positivo, insights,
vértices afetivos, cognitivos e
cogitativos.
Interpretação como
possibilidades
necessárias de:
"desidentificações
"neo-identificações
e
e
dessignificações"
neo-significações
5
6. 19/12/2012
Elementos essenciais:
Seis elementos são necessários para uma
interpretação:
•Conteúdo;
•Forma;
•Oportunidade;
•Finalidade;
•Significação;
•Destino na mente do analisando.
. . . . . . . . .
A interpretação não deve ficar somente
limitado a proporcionar ao paciente m
insight relativo aos conflitos decorrentes do
embate entre pulsões e defesas, mas
também deve visar aos significados de como
certos fatos primitivos estão representados
na mente do paciente.
6
7. 19/12/2012
O ato interpretativo visa, sobretudo, a estabelecer
um contato com as verdades, porém o analista
deve levar em conta que a verdade pode aparecer
em diferentes dimensões, de modo que o ideal
seria poder fazer, juntamente com o paciente, uma
construção com a dimensão afetiva, semântica,
cognitiva.
Referências Bibliográficas:
•
•
•
•
•
•
•
Freud, S. (1937/1987). Construções em análise. Em Edição standard brasileira das
obras psicológicas completas de Sigmund Freud (2. ed., Vol.23, pp. 275-289.). Rio
de Janeiro: Imago.
ZIMERMAN, David E. Manual de Técnica Psicanalítica - Uma Re-Visão. Porto Alegre:
Artmed, 2004.
Garcia-Roza, L. A. (1993). Introdução à metapsicologia freudiana. Rio de Janeiro,
Zahar.
Násio, J. D. (1999) Como trabalha um psicanalista? Rio de Janeiro: Ed. Jorge Zahar.
Dicionário de psicanálise/Elisabeth Roudinesco, Michel Plon; tradução Vera Ribeiro,
Lucy Magalhães; supervisão da edição brasileira Marco Antonio Coutinho Jorge. —
Rio de Janeiro: Zahar, 1998.
Psicologia em Estudo, Maringá, jan./mar. 2009, Clínica, a interpretação psicanalítica
e o campo do experimento; Leonardo Pinto de Almeida, Raul Marcel Filgueiras
Atallah
http://artigos.psicologado.com/abordagens/psicanalise/mecanismos-dedefesa#ixzz2EroOBMlw
•
7
8. 19/12/2012
Bruno Augusto – Psicanalista e Diretor do Instituto
Ários Clínica e Pesquisa em Psicanálise e Psicologia.
www.institutoarios.com
bruno@institutoarios.com
37 3212- 7107
Rua Ceará 310, centro – Divinópolis - MG
8