2. É uma síndrome de diagnóstico essencialmente clínico
resultante de lesão do nervo facial localizada para além dos
núcleos do nervo facial na ponte.
CONCEITO
1. Paralisia Facial
Periférica
2. Características
3. Etiologias
4. Diagnóstico
5. Meios auxiliares
de diagnóstico
6. Fatores clínicos de
mau prognóstico
7. Tratamento
8. Evolução
9. Orientação
3. Paresia dos músculos da mímica facial da hemiface
ipsilateral
- Hiperacúsia (tolerância som)
- Xeroftalmia (olho seco)
- Perda do paladar nos 2/3
anteriores da língua.
CARACTRÍSTICAS
Associados ou não
1. Paralisia Facial
Periférica
2. Características
3. Etiologias
4. Diagnóstico
5. Meios auxiliares
de diagnóstico
6. Fatores clínicos de
mau prognóstico
7. Tratamento
8. Evolução
9. Orientação
4. CARACTRÍSTICAS
1. Paralisia Facial
Periférica
2. Características
3. Etiologias
4. Diagnóstico
5. Meios auxiliares
de diagnóstico
6. Fatores clínicos de
mau prognóstico
7. Tratamento
8. Evolução
9. Orientação
5. Idiopática Paralisia Facial de Bell - PFB (65%)
Infecciosa
Inflamatória
Imune pós-
infecciosa
Herpes Zoster Ótico - ZOE (12%)
Rubéola; Parotide; Sarampo
Doença de Lyme – Borrelia
burgdorferi
Mycoplasma pneumoniae
Otopatias agudas e crônicas
Meningite e encefalite
Vacinas
Síndrome de Guillain-Barré
Traumática Fraturas do osso temporal
Iatrogênica Cirurgia na região do nervo facial
Neoplásica Parótida; Leucemias; Schwanomas
Outras Hipertensão Arterial Severa
ETIOLOGIAS
1. Paralisia Facial
Periférica
2. Características
3. Etiologias
4. Diagnóstico
5. Meios auxiliares
de diagnóstico
6. Fatores clínicos de
mau prognóstico
7. Tratamento
8. Evolução
9. Orientação
6. ANAMNESE
A forma de instalação dos sintomas
1° ASPECTO DE DIFERENCIAÇÃO ENTRE
- PFB (IDIOPÁTICA)
- DIAGNÓSTICOS
DIFERENCIAIS
PFB
Inicio Súbito
Paralisia máxima ao terceiro dia de doença
Sintomas são consequências da interruptação das
diferentes fibras nervosas veinculadas ao 7° par
Não são comuns outros sintomas
OUTRAS
Instalação Progressiva (Causas neoplásicas)
Dor, erupção vesicular, ect (HZO)
Eritema migrans, mal-estar, etc (Doença de Lyme)
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2. Características
3. Etiologias
4. Diagnóstico
5. Meios auxiliares
de diagnóstico
6. Fatores clínicos de
mau prognóstico
7. Tratamento
8. Evolução
9. Orientação
7. DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS E ORIENTAÇÕES
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5. Meios auxiliares
de diagnóstico
6. Fatores clínicos de
mau prognóstico
7. Tratamento
8. Evolução
9. Orientação
8. Avaliação da pressão arterial
Inspeção de toda a superfície cutânea
Exame otorrinolaringológico
Palpação
Exame neurológico
Identificar o Grau
EXAME FÍSICO
- Eritema
- Palidez
- Púrpura
- Equimoses
- Parótidas
- Cadeias ganglionares
- Fígado e baço
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5. Meios auxiliares
de diagnóstico
6. Fatores clínicos de
mau prognóstico
7. Tratamento
8. Evolução
9. Orientação
ESCALA DE
HOUSE-BRACKMAN
9. Grau 1
Função Normal
Função Normal
Grau 2
Disfunção Ligeira
Parestesia ligeira só detectável com
inspeção cuidadosa
Fecha olho completamente com mínimo
esforço
Assimetria no sorrisso forçado
Sem complicações
Grau 3
Disfunção
Moderada
Parestesia evidente mas não desfigurante
Fecha o olho, mas com grande esforço
Boca com desvio evidente
Podem surgir espamos, contraturas
Grau 4
Disfunção
moderada/severa
Parestesia enidente e desfigurante
Não fecha o olho. Sinal de Bell
Simetria em repouso
Espamos e contraturas graves
ESCALA DE HOUSE- BRACKMANN
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9. Orientação
10. Grau 5
Disfunção
Severa
Quase sem movimento do lado
afetado
Assimetria em repouso
Geralmente sem espasmos ou
contraturas.
Assimentria no sorriso forçado
Sem complicações
Grau 6
Paralisia Total
Sem qualquer tipo de movimento
Sem espamos, contraturas.
ESCALA DE HOUSE- BRACKMANN
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mau prognóstico
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8. Evolução
9. Orientação
11. SINAIS E SINTOMAS DE ALARME
Instalação progressiva
Pós-traumático ou pós-cirúrgico
Febre
Hipertensão arterial
Otalgia, dor ou disestesia peri-auricular
Vesículas no canal auditivo externo, pavilhão
auricular, palato mole
Outras anomalias do exame neurológico
Otite média aguda e crônica, colesteatomas,
mastoidite
Adenomegalias, hepatomegalia e esplenomegalia
(hipertrofia)
Púrpura, equimoses, exantemas
Tumefação parotídea
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4. Diagnóstico
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de diagnóstico
6. Fatores clínicos de
mau prognóstico
7. Tratamento
8. Evolução
9. Orientação
12. INVESTIGAÇÃO COMPLEMENTAR
Hemograma com esfregaço de sangue periférico
Avaliação de títulos de IgG para o vírus varicella
zoster
Pesquisa de DNA vírico por PCR
Eletromiografia
Somente na presença de sinais/sintomas de “alarme”.
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de diagnóstico
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8. Evolução
9. Orientação
13. Idade >10anos
Início progressivo
Paresia grave – grau IV, V, VI segundo escala de
House-Brackmann
Vertigem
Lacrimejo, digeusia ( paladar), xeroftalmia (olho
seco)
Casos secundários, nomeadamente a Herpes Zoster
ótico (HZO)
Diabetes mellitus
FATORES CLÍNICOS DE MAU PROGNÓSTICO
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de mau prognóstico
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9. Orientação
14. MEDIDAS GERAIS
Lubrificação ocular (Prevenção de Úlcera de cornea) - --
- Com lágrimas artificiais aplicadas a cada 60 minutos
e a utilização de óculos de sol para proteção contra
corpos estranhos.
INTERVENÇÃO POR FISIATRIA
- Estabalecimento de um diagnóstico funcional,
prevenção de complicações (calor, massagem) e
tratamento das mesmas (ultrassom, toxina
botulínica)
TRATAMENTO
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15. TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
Corticoterapia:
- Prednisolona – 1mg/kg (início até o 5°dia)
- Prednisolona + Aciclovir
80mg/Kg/dia (Máximo 3,2 g/dia)
(início até o 3°dia)
TRATAMENTO
PARA HZO
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16. EVOLUÇÃO
EXISTEM DOIS MARCOS TEMPORAIS IMPORTANTES
20° DIA
DA
DOENÇA
CASOS de Agressão
nervosa mais ligeira
RECUPERAÇÃO FUNCIONAL
COMPLETA
MORTE
AXONAL
4 à 6 Meses para
ocorrer CRESCIMENTO
e REINERVAÇÃO
IDADE PEDIÁTRICA
EXCELENTE PROGNÓSTICO
RECUPRAÇÃO TOTAL SEM SEQUELAS
96% dos doentes com PFB
75% dos doente com HZO
PERSISTÊNCIA
DOS
SINTOMAS?
CONSULTA DE REAVALIAÇÃO
RASTREAMENTO DE COMPLICAÇÕES?
SEQUELAS?
ORIENTAÇÃO PARA CONSULTAS DE
CIRURGIA PLÁSTICA E OFTALMOLOGIA
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de diagnóstico
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8. Evolução
9. Orientação
17. COMPLICAÇÕES/ SEQUELAS
Úlcera de córnea
Contractura
Paresia / Paralisia permanente / Incompetência oral
Disgeusia ( paladar)
Disestesia ( sentidos)
Lacrimejo ou epífora ( lágrimas)
Síndrome das lágrimas de crocodilo (reinervação
anómala das glândulas lacrimais com fibras
parasimpáticas do núcleo salivatório)
Sincinésias (movimento involuntário de um grupo de
músculos quando se executa outro movimento)
Fenômeno de Marcus Gunn invertido (inibição do
elevador da pálpebra quando se abre a boca)
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2. Características
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de diagnóstico
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mau prognóstico
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18. 1. Paralisia Facial
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4. Diagnóstico
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de diagnóstico
6. Fatores clínicos de
mau prognóstico
7. Tratamento
8. Evolução
9. Orientação
ORIENTAÇÕES
Quando a sensibilidade não é restabelecida
após o tempo preconizado de “reinervação”, o
paciente precisa ser orientado sobre medidas e
tratamentos coadjunvantes tais como Cirurgia
Plástica e Oftalmologia.